Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
ENSAIO DE IMPACTO
PONTA GROSSA
2019
ALEFE JOAS SANTOS
EDINAN FERNANDES DANIUK
EDUARDO ALEXANDRE GANASSOLI
JOÃO PEDRO CORREIA GIROTO
MAURO MATHEUS KOEHLER
ENSAIO DE IMPACTO
PONTA GROSSA
2019
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 7
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 8
3.1. MATERIAIS .................................................................................................... 8
3.2. MÉTODOS ..................................................................................................... 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 10
4.1. ALUMÍNIO .................................................................................................... 10
4.2. AÇO SAE 1045 ............................................................................................ 12
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16
5
1. INTRODUÇÃO
Dois ensaios padronizados, as técnicas Charpy e Izod, são utilizadas para
medir a energia de impacto, conhecida também como tenacidade ao entalhe. A
técnica Charpy do entalhe em “V” é habitualmente a mais usada nos Estados
Unidos. Para a técnica Charpy, o corpo de prova apresenta o formato de uma barra
com seção reta quadrada, sendo que está é usinado um entalhe com formato em
“V”. Esse entalhe com dimensões controladas é feito no corpo de prova, com
objetivo de imitar uma trinca. A fratura então se inicia nas vizinhanças da ponta do
entalhe e vai se propagando através da seção transversal da amostra. O
equipamento para realização dos ensaios de impacto com entalhe em “V” está
ilustrado esquematicamente na Figura 1. 1
Após o impacto, o pêndulo continua o seu balanço, até uma altura máxima h’,
sendo está inferior a h. Com isso, a absorção de energia que é computada a partir
da diferença entre h e h’, retrata uma medida da energia do impacto. Contudo, têm-
se variáveis que acabam influenciando os resultados dos testes, tais como o
tamanho e o formato do corpo de prova, bem como a configuração e a profundidade
do entalhe. 1
Esses resultados obtidos dos ensaios de impacto, são de natureza qualitativa
além de serem de uso restrito quando os objetivos são de projeto. O ensaio Charpy,
tem como uma das principais funções determinar se um dado material experimenta
ou não uma transição dúctil-frágil com a redução da temperatura. Essa transição
dúctil-frágil do material é relacionada à dependência da absorção da energia de
impacto medida em relação à temperatura. 1
2. OBJETIVOS
Avaliar através de ensaio de impacto a presença de transição dúctil-frágil para
amostras de alumínio e aço SAE 1045.
8
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. MATERIAIS
Para a realização do presente ensaio utilizou-se uma máquina de impacto e
um paquímetro, este para se realizar as medidas dos corpos de prova. Utilizou-se
também corpos de prova de diferentes tipos de materiais metálicos, sendo eles o
alumínio e o aço SAE 1045, a fim de se comparar o tipo de fratura entre eles. Para
se plotar uma curva de transição dúctil-frágil de ambos os materiais, utilizou-se uma
mistura de nitrogênio líquido com álcool etílico e também uma panela com água
fervente, estes sendo utilizados para se fazer o controle da temperatura dos corpos
de prova.
3.2. MÉTODOS
Os ensaios de impacto Charpy e Izod se diferem em alguns aspectos, sendo
eles as dimensões dos corpos de prova, a profundidade e tipo de entalhe, as
velocidades de ensaio e também a carga aplicada. A norma que rege estes aspectos
em um ensaio de impacto é a ASTM E 23. Os corpos de prova foram medidos com o
auxílio de um paquímetro e se comprovou que estes possuem um pequeno desvio
da norma, sendo assim, não estão de acordo com a mesma que descreve que o
comprimento dos corpos de prova deve ser de 55 mm ± 1 mm, enquanto a largura e
espessura de 10 mm ± 0,13 mm. 1
Os ensaios foram realizados numa faixa de temperaturas de -80°C e 150°C, a
fim de se conseguir plotar uma curva de transição dúctil frágil dos mesmos. Para
atingir as temperaturas mais baixas, utilizou-se uma mistura de nitrogênio líquido
com álcool etílico, em diferentes proporções para atingir diferentes temperaturas. Os
corpos de provas foram submetidos nestas misturas por 5 minutos e após isto aferiu-
se a temperatura e os mesmos foram retirados com o auxílio de uma pinça para que
não houvesse interferência de meios externos nos resultados. Para as temperaturas
mais altas, utilizou-se uma panela pequena com água fervente. Assim como feito
pars deixou por cinco minutos, após isto aferiu-se a temperatura dos mesmos e com
o auxílio de uma pinça estes foram retirados e ensaiados.1
O ensaio Charpy consiste em determinar se um dado material apresenta ou
não uma transição dúctil-frágil de acordo com o decréscimo da temperatura, e caso
este possua esta transição, em que faixa de temperaturas ela se encontra.a
temperaturas mais baixas, colocou-se os corpos de prova no banho quente e o
9
Para esta determinação, o ensaio Charpy é regido pela norma ASTM E 2298,
esta que fala o descreve como sendo um teste que consiste em romper dado corpo
de prova metálico, de entalhe centralizado, com um pêndulo oscilante, sendo que o
corpo deve estar apoiado em cada extremidade da máquina de impacto.2
Os corpos de prova foram levados um a um para a máquina de impacto e
colocados na mesma com as suas extremidades apoiadas e o entalhe ao lado
oposto do que o martelo da máquina se choca. Feito isto, se ergueu o martelo de
impacto até uma altura específica e soltou-se ele para que fraturasse o corpo de
prova em questão. Isto se repetiu em todos os corpos de prova e assim se pode
observar diferentes aspectos de fratura nos dois materiais ensaiados.
É importante ressaltar a utilização dos equipamentos de proteção individual
necessários para a realização deste ensaio, pois o impacto gerado pelo aparelho no
corpo de prova era suficiente para que este se soltasse da máquina e se chocasse
contra a parede, sendo assim, este poderia ricochetear e se chocar contra o
operador do equipamento.
Por fim, observou-se a fratura de cada amostra e assim, foi possível constatar
com o conhecimento já tido das aulas de materiais metálicos 1, qual seria o tipo de
fratura de cada um dos materiais em suas respectivas temperaturas e assim plotar a
curva de transição dúctil-frágil para estes metais.
10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. ALUMÍNIO
Após a realização dos procedimentos descritos na seção 3.2 foram obtidos os
dados de temperatura da amostra e da energia necessária para a fratura assim
como das dimensões dos corpos de prova de alumínio e o tipo de fratura, e os
mesmos estão apresentados conforme a Tabela 1.
deveria ser 2 ± 0,025 mm, o qual também apresenta-se fora do padrão estabelecido.
Também não foi medido o ângulo do entalhe, porém de acordo com a norma esse
deveria ser de 45 ± 1°. Por estarem fora da norma, esses valores podem influenciar
no resultado final da energia necessária para a fratura dos corpos de prova, sendo
então considerado um erro experimental. 2
A norma orienta ainda a não utilização de entalhes muito pontiagudos, uma
vez que esses podem agir como concentradores de tensão, causando uma fratura
frágil no material.
Com os dados da temperatura das amostras e a energia absorvida no
impacto apresentados na Tabela 1, foi montado o gráfico expresso na Figura 1, onde
os valores de temperatura em graus Celsius estão apresentados no eixo das
abscissas e os de energia em Joule no eixo das ordenadas.
Fonte: os autores
Figura 3 - Amostra 2 de alumínio após fratura apresentando em (a) a superfície da fratura e em (b) a
fratura em perspectiva lateral.
Fonte: os autores.
Figura 4 - Gráfico da energia absorvida versus temperatura para amostras de aço SAE 1045.
Fonte: os autores.
Figura 5 - Amostra 8 de aço SAE 1045 após fratura apresentando em (a) a superfície da fratura e em
(b) a fratura em perspectiva lateral.
FOTO
Fonte: os autores.
15
5. CONCLUSÃO
Através do ensaio de impacto, foi possível avaliar a influência da temperatura
sobre a energia necessária para fratura em amostras de alumínio e de aço 1045.
Para as amostras de alumínio, foi possível avaliar através do gráfico da Figura
1 que o material não apresentou transição dúctil-frágil, e que se comportou como
dúctil dentro do intervalo de temperatura analisado.
Para as amostras de aço SAE 1045, foi possível avaliar através do gráfico da
Figura 3 que o material tende a apresentar um comportamento dúctil com o aumento
da temperatura, porém não foi possível determinar a temperatura de transição dúctil-
frágil devido a falta de dados necessários.
Os valores de comprimento e área transversal para todas as amostras, tanto
de alumínio quanto de aço SAE 1045, estão fora do padrão estipulado pela norma
ASTM E 23, o que pode ser considerado um erro experimental, diminuindo a
confiabilidade dos dados obtidos.
16
REFERÊNCIAS
1 CALLISTER JR, W. D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução.
5. ed. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: LTC, c2002. 589 p. ISBN 85-216-1288-5.
2 ASTM International. E23-18 Standard Test Methods for Notched Bar
Impact Testing of Metallic Materials. West Conshohocken, PA; ASTM
International, 2018.
3 ASTM International. E2298-18 Standard Test Method for Instrumented
Impact Testing of Metallic Materials. West Conshohocken, PA; ASTM
International, 2018.