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LÚDICO

O lúdico oferece condições do educando vivenciar situações problemas, a


partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam a criança uma
vivência no tocante às experiências com alógica e o raciocínio e permitindo
atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulando as reações
afetivas, cognitivas, morais, culturais e lingüísticas.

Desta forma existe uma relação muito próxima entre o lúdico e a educação de
crianças para favorecer o ensino de conteúdos escolares e como recurso para
motivação no ensino às necessidades infantis.

Conforme Piaget (1984, p. 44), o lúdico é formado por um conjunto lingüístico


que funciona dentro de um contexto social; possui um sistema de regras e se
constitui de um objeto simbólico que designa também um fenômeno. Portanto,
permite ao educando a identificação de um sistema de regras que permite uma
estrutura seqüencial que especifica a sua moralidade.

Piaget também escreve em um de seus estudos, que somente os jogos de


regras desenvolvem-se com a idade sendo os únicos que subsistem na idade adulta.
Na opinião de Martinez dos Santos, Piaget vê no jogo um processo de ajuda ao
desenvolvimento da criança; acompanha-a, sendo ao mesmo tempo uma atividade
conseqüente de seu próprio crescimento (1984, p. 32- 45).

De acordo com Vygotsky (1984, p. 29) é na interação com as atividades que


envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera
cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançadas do que
nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto
pela capacidade de subordinação às regras.

Segundo Vygotsky (l988, p. 81) o lúdico influencia enormemente o


desenvolvimento da criança. È através do lúdico que a criança aprende a agir sua
curiosidade e estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.

Conforme Fridman (2003, p. 41) considera que os “jogos lúdicos permitem


uma situação educativa cooperativa e internacional, ou seja, quando alguém está
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jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações


de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo”. Assim, nesta
perspectiva, os jogos lúdicos se assentam em bases pedagógicas, porque envolve
os seguintes critérios: a função de literalidade e não literalidade, os novos signos
lingüísticos que se fazem nas regras, a flexibilidade a partir de novas combinações
de idéias e comportamentos, a ausência de pressão no ambiente, ajuda na
aprendizagem de noções de habilidades.

Goleman (1999, p. 203) desenvolveu o conceito de inteligência emocional e


salienta: “A preparação da criança para a escola passa pelo desenvolvimento de
competências emocionais – inteligência emocional – designadamente confiança,
curiosidade, intencionalidade, autocontrole, capacidade de relacionamento, de
comunicação e cooperação”.

Machado (1966, p. 29) salienta, que a interação social implica transformação


e contatos com instrumentos físicos e/ou simbólicos mediadores do processo de
ação que são possíveis no contato direto com o jogo. Esta concepção reconhece o
papel dos jogos pra a formação do sujeito, atribuindo-lhe um espaço importante no
desenvolvimento das estruturas psicológicas do raciocínio rápido e estruturado nas
atividades operacionais.

Segundo Almeida (2004, p. 123) “o bom êxito de toda a atividade lúdico


pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor”. É
baseado neste contexto que se deve buscar uma nova proposta, e que esta
aproveite de forma consciente o lúdico como instrumento metodológico de
aprendizagem e alfabetização, possibilitando o desenvolvimento que respeite a
criança e o adolescente.

Quando os alunos não se habituam ao processo de abstração lógico na


matemática, situando a problemática, na constante reclamação dos professores de
que as crianças não realizarão as tarefas em sala de aula, é fundamental que o
professor possa diagnosticar o problema, quando, o caso não se define por alguma
disfunção da criança. Cabe observar a sua atuação em outras disciplinas. É
fundamental perceber, por exemplo, se ela gosta de música, de leitura animada, de
teatro, entre outros, e se consegue desenvolver satisfatoriamente outras atividades
educativas.
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O professor deve oferecer formas didáticas diferenciadas, como atividades


físicas para que a criança sinta o desejo de pensar logicamente. Isto significa que
ela pode não apresentar predisposição para gostar da disciplina e por isso não se
interessa por ela. Daí, a necessidade de implementar atividades lúdicas na escola.

O jogo possui um caráter competitivo, e certamente o possui, mas ao


contrário dos objetivos da competição que visa rendimento, o lúdico nas brincadeiras
propicia momentos de distração, descontração e fantasia e contribui para o
aprendizado, sendo assim uma forma de aprender.

Nos dias atuais não se vê mais acontecer isso, pois ninguém mais tem tempo
para brincar com os filhos, o que se vê é cada vez mais um número maior de
escolinhas de esportes, escolas de línguas, de computação, de danças entre outras
e o tempo de brincar fica cada vez mais escasso.

Ao jogar, o aluno é levado a exercitar suas habilidades mentais e a buscar


melhores resultados para vencer. O confronto de diferentes pontos de vista é
essencial para o desenvolvimento do pensamento lógico está sempre presente no
lúdico, o que torna essa situação particularmente rica para estimular a vida social e a
atividade construtiva da criança.

Com as diversas pesquisas e estudos realizados sobre o tema, já não há


dúvidas de que o lúdico tem importância fundamental para o desenvolvimento físico
e mental da criança, auxiliando na construção do conhecimento e na socialização,
englobando, portanto, aspectos cognitivos e afetivos. É um instrumento pedagógico,
nem sempre valorizado. Muitas vezes, quando trabalhado, é feito de forma aleatória,
sem objetivos bem definidos. O lúdico tem o poder de valorizar uma área quase
sempre desprezada pela escola: a intuição.

O Lúdico na Educação Infantil

Com relação ao jogo, Piaget (1998) acredita que ele é essencial na vida da
criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete
uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
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Em torno dos 2-3 e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que
satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o
acontecido, mas de executar a representação.
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos
socialmente de criança para criança e por conseqüência vão aumentando de
importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social.
Para Piaget (1998), o jogo constitui-se em expressão e condição para o
desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem
transformar a realidade.
Já Vygotsky (1991), diferentemente de Piaget, considera que o
desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores
são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o
desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é
interativo.
Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas
de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos
outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de
problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações,
quer elas pareçam agradáveis ou não.
Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget fala do jogo simbólico, e
pode-se dizer, segundo Oliveira (1997), que são correspondentes. “O brinquedo cria
uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança”, afirma Oliveira (1997, p. 67),
lembrando que a aquisição do conhecimento se dá através das zonas de
desenvolvimento: a real e a proximal. A zona de desenvolvimento real é a do
conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é
atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham
adquirido esse conhecimento.
Para Vygotsky (1991), as maiores aquisições de uma criança são
conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico
de ação real e moralidade. Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço
obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à
prática educativa.
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Na visão sócio- histórica de Vygotsky, o lúdico é uma atividade específica da


infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é
uma atividade social, com contexto cultural e social. Para Vygotsky, citado por
Wajskop (1999, p.35):

A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal


que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver
independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um
adulto, ou de um companheiro mais capaz.

Vygotsky, citado por Lins (1999), classifica o brincar em algumas fases:


durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio
social, representado pela mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das
coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a
fase estende-se até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela
imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas
convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas.
Vygotsky (1991, p. 109), ainda afirma que:

É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É


no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés
de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.

A noção de “zona proximal de desenvolvimento” interliga-se, portanto, de


maneira muito forte, à sensibilidade do professor em relação às necessidades e
capacidades da criança e à sua aptidão para utilizar as contingências do meio a fim
de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe.
(VYGOTSKY, 1991).
As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a
zona de desenvolvimento em que ela se encontra.
No processo da educação infantil o papel do professor é de suma
importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das
brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.
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A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do


conhecimento estruturado e formalizado, ignora as dimensões educativas da
brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade
construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada
vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos,
brincadeiras e com outras crianças.
O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá
encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os
professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir
para com o desenvolvimento da criança.
Negrine (1994, p.20), em estudos realizados sobre aprendizagem e
desenvolvimento infantil, afirma que "quando a criança chega à escola, traz consigo
toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas
através da atividade lúdica".
Segundo esse autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento
do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e
sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.
Entende-se, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá
contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-
pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado
pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. T. P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis: Vozes,


2004.
FRIEDMANN, A. A arte de brincar. Petrópolis: Vozes, 2003.
LINS, Maria Judith Sucupira da Costa. O direito de brincar: desenvolvimento
cognitivo e a imaginação da criança na perspectiva de Vygotsky. In: XIII
CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA OMEP. Paraíba. Anais
do XIII Congresso Brasileiro de Educação Infantil da OMEP. 1999, p. 41-47.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Prodil,
1994.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento Um
processo Sócio-Histórico. São Paulo, Scipione, 1997.
PIAGET, J. A formação do símbolo: imitação, jogo e sonho, imagem e
representação. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
VIGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo:
Ícone, 1988.
WAJSKOP, G. O brincar na educação infantil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo,
n. 92, p. 62-69, fev. 1999.

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