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PORTUGUÊS P/ FUND.

CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)


PROFESSOR: DÉCIO TERROR

Português para a Fundação Carlos Chagas


(teoria e questões comentadas)

Aula 6

(Crase)

Olá, pessoal!
E então, como estamos? Está tudo tranqüilo? Estamos entendendo bem?
Estou muito feliz, por ver a participação de vocês no fórum. Isso é importante
para sabermos se vocês estão entendendo e para melhorarmos em alguns
pontos que possam ter ficado meio obscuros.
Fruto disso, o comentário das questões ficará na primeira parte da aula e
vou deixar ao final a lista destas questões para sua revisão ficar mais eficaz.
Isso já é feito nos meus outros cursos do Ponto, mas nas aulas iniciais percebi
que, com a banca FCC, isso iria aumentar demais o tamanho das páginas, por
isso não havia feito.
Assim, chegamos à nossa aula 6! Como sempre digo, qualquer dúvida, é
só entrar no fórum!!!!
Vimos, na aula passada, a regência e como é explorada na prova. Esta
aula é uma continuação da anterior, pois a crase se baseia na regência. Assim,
os verbos e nomes já explorados que regem a preposição "a" fatalmente serão
revistos nesta aula.
Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra,
principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para
facilitar, vamos denominar a estrutura abaixo de "estrutura-padrão da crase".
A estrutura-padrão da crase

Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição "a" e o


substantivo posterior admitir artigo "a", haverá crase. Além disso, se houver a
preposição "a" seguida dos pronomes "aquele", "aquela", "aquilo", "a"
(=aquela) e "a qual"; ocorrerá crase.

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Você vai ver nas questões que a banca Fundação Carlos Chagas
basicamente explora essa estrutura-padrão. Veja as frases abaixo e procure
entendê-las com base no nosso esquema.
Observe as frases abaixo. Elas confirmam a estrutura da crase:
1. Obedeço à lei.
2. Obedeço ao código.
3. Tenho aversão à atividade manual.
4. Tenho aversão ao trabalho manual.
5. Refiro-me àquela casa.
6. Refiro-me àquele livro.
7. Refiro-me àquilo.
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
9. Esta é a casa à qual me referi.

Na frase 1, o verbo "Obedeço" é transitivo indireto e exige preposição


"a", e o substantivo "lei" é feminino e admite artigo "a", por isso há crase.
Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo
posterior é masculino, por isso não há crase.
Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo "aversão" exigiu a
preposição "a" e o substantivo "atividade" admitiu o artigo feminino "a".
Na frase 4, "aversão" exige preposição "a", mas "trabalho" é substantivo
masculino, por isso não há crase.
Nas frases 5, 6 e 7, "Refiro-me" exige preposição "a", e os pronomes
demonstrativos "aquela", "aquele" e "aquilo" possuem vogal "a" inicial (não é
artigo), por isso há crase.
Na frase 8, "me refiro" exige preposição "a", "aquela" possui vogal "a"
inicial (não é artigo) e "a" tem valor de "aquela", por isso há duas ocorrências
de crase.
Na frase 9, "me referi" exige preposição "a", e o pronome relativo "a
qual" é iniciado por artigo "a", por isso há crase.
Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral,
estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo "a". Outras vezes
esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso
não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto
exige o objeto indireto:
Os substantivos "leis", "lei" estão em
sentido geral, por isso não recebem
Obedeço a leis. artigo "as", "a" e não há crase. Na
Obedeço a lei e a regulamento. segunda frase, o que ratificou o sentido
geral foi o substantivo masculino
"regulamento" não ser antecedido pelo
artigo "o".

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Obedeço a uma lei. O artigo "uma" é indefinido, os
pronomes "qualquer, toda, cada" são
Obedeço a qualquer lei. indefinidos. Como eles indefinem, não
Obedeço a toda lei. admitem artigo definido "a". Os
pronomes "tal" e "esta" são
Obedeço a cada lei. demonstrativos. Por eles já
especificarem o substantivo "lei", não
Obedeço a tal lei.
admitem o artigo "a". Por isso não há
crase.

O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal.


Veja:
Tenho obediência a leis.
Tenho obediência a lei e a regulamento.
Tenho obediência a uma lei.
Tenho obediência a qualquer lei.
Tenho obediência a toda lei.
Tenho obediência a cada lei.
Tenho obediência a tal lei.

Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição "a",


mas os verbos intransitivos também podem exigir preposição "a". Muitas vezes
o problema é saber se o nome posterior admite ou não o artigo "a" e se o
vocábulo "a" é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo "a".
Por isso inserimos abaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estrutura-
padrão da crase.

a. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino,


admite-se a crase:
Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.
Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.
Perceba que o substantivo "excursão" exige a preposição "a" e os
topônimos "Bahia" e "Paraíba" admitem artigo "a". Por isso há crase. Já os
topônimos "Sergipe" e "Alagoas" não admitem artigo; por isso não há crase.
Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo
"a"? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes.
Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o
verbo (que exige a preposição "a") por outro que exija preposição diferente;
para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja:
Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma.

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Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por "vim".
Veja:
Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma.
Como o verbo "Vim" exige preposição "de", se a oração permanecer
somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo "Fui", também
permanecerá só a preposição "a" (Vim de Sergipe^-Fui a Sergipe).

Mas, se o verbo "Vim" estiver seguido de preposição mais artigo "da", é


sinal de que, com o verbo "Fui", também ocorrerá preposição mais artigo "à"
(Vim da Bahia^-Fui à Bahia).
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar,
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a
preposição "a", ocorrerá a crase. Veja:
Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.
(Viemos de Brasília ... de São Paulo)
Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.
(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)

Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. A Fundação


Carlos Chagas requer de você o entendimento das estruturas; pois, se nós
formos realizar as questões só pela regra, algumas vezes vamos ter sérias
dúvidas, e vou apontar isso mais à frente.
b. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de
deslocamento para ou do "próprio lar", ela não admite artigo. Mas isso não
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:
Você diz: "vim de casa" ou "vim da casa"?
Você diz: "vou para casa" ou "vou para a casa"?
Se é seu próprio lar, é natural dizer, "vim de casa", "vou para casa".
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo.
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:
Você diz "vim de casa da Luzia" ou "vim da casa da Luzia"?
Você diz "vou para casa da Luzia" ou "vou para a casa da Luzia"?
Naturalmente usamos as segundas opções, correto?
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a
preposição "para" tem o mesmo valor da preposição "a"; na sua substituição,
podemos ter crase.

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Veja:

O bom filho volta a casa todos os dias.


O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.
Note que se pode determinar a palavra "casa" colocando letra inicial maiúscula
(Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo de Câmara
dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma, poderá
ocorrer a crase:
Prestar à Casa as devidas homenagens.
c. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra "terra" admite artigo
normalmente.
A terra é boa! Ele vive da terra!
Assim, haverá crase:
O agricultor dedica-se à terra.
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a "a bordo". Isso
porque não dizemos "ao bordo". Não pode haver artigo nesta expressão:
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e,
consequentemente, crase. Veja:
Viajou em visita à terra dos antepassados.
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)
d. Na locução à uma, significando "unanimemente, conjuntamente", haverá
crase. Veja:
Os sindicalistas responderam à uma: greve já!

Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição "a".


Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui
a estrutura interna com a preposição.
Exemplo: Estive aqui de manhã.
Note que a locução adverbial "de manhã" ocorreu sem exigência do
verbo, pois poderíamos dizer "Estive aqui." Esta locução tem uma composição
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição "a"
seguida de nome feminino que admitisse artigo "a", haveria crase.
Exemplo: Estive aqui à noite.

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Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:

à tarde à noite à direita às claras


às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras

Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que


especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido "a", "as".
à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.
Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo
futuro:
Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.
Veja a diferença nas frases abaixo:

A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)

A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)

A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)

No último caso, não há locução adverbial, o verbo "há" marca tempo


decorrido. Vimos isso na aula de concordância, lembra?
Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase:
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.
Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não
receberá. (de 9 a 10 horas).
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9 às
10 horas).
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode estar
expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado:
Pedimos uma pizza à moda da casa.
Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo,
as quais não possuem crase por não transmitirem modo.

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Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre
nocionais e iniciam locução adverbial:
à beira de à sombra de à exceção de à força de
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela;
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave;
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o
meio podem ser especificados ou não com o artigo "a".

Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.

Perceba uma diferença muito importante: "às vezes" e "as vezes".


Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se "de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!

CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição "a" é facultativa depois da preposição "até":
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.

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b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida
c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome
for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa:
Refiro-me à Madalena.
Refiro-me a Madalena.
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase,
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.
O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.
O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.
Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida.
Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase.
Mas fique tranquilo, pois, quando a banca quer que você veja
rapidamente o erro de crase, ela coloca um verbo antecedido de crase. Esse é
o erro básico! E você verá isso várias vezes.
Agora, vamos praticar!
As quatro primeiras questões são para julgamento de CERTO ou
ERRADO, pois fazem parte de questões que envolvem mais temas, que não
cabe aqui ressaltar. As outras são de cinco alternativas.

Questão 2: Fiscal de Rendas 2008 superior


Em "resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza à exposição
escrita", na substituição do segmento destacado por "expor na escrita", o
acento indicativo da crase deveria permanecer, conforme o padrão culto da
língua.
Gabarito: ERRADO
Comentário: Veja como ficaria com a substituição:
...em virtude da sua própria natureza à expor na escrita...
Sabendo-se que não pode haver crase antes de verbo, a afirmativa está
errada.

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Questão 3: MPU 2007 Analista
O emprego do sinal gráfico indicativo da crase está correto em "sujeitos à
superação", assim como está em "Chegaram à propor um acordo, mas não
foram ouvidos".
Gabarito: ERRADO
Comentário: Novamente há verbo precedido de crase. Por isso a afirmativa
está errada.

Questão 4: TRF 2 a R 2007 Analista


Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie
humana.
A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: o sinal indicativo
da crase está usado em conformidade com a norma padrão, assim como o
está em "lançado à qualquer que seja o ser humano".
Gabarito: ERRADO
Comentário: A expressão "lançado à espécie humana" realmente possui
crase, pois "lançado" exige a preposição "a" e o substantivo "espécie" admite
o artigo "a". Porém, o erro está em dizer que permaneceria a crase diante do
pronome indefinido "qualquer". Como ele generaliza, indefine, naturalmente
não admite artigo definido "a". Por isso, não há crase.

Questão 5: TRT 2 a R 2008 técnico


O emprego ou não do sinal indicativo de crase está inteiramente correto na
frase:
(A) Às metrópoles cabe o papel de eixo da economia, especialmente porque a
densidade populacional ajuda a reduzir os custos da produção.
(B) Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos à um transporte
público que nem sempre atende à suas necessidades de deslocamento.
(C) As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente à 3
bilhões de pessoas que vão a procura de bem-estar.
(D) É necessário haver respeito as leis para que os cidadãos desfrutem à vida
nas cidades, que oferece benefícios à todos.
(E) A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às
empresas, destacando-se às de oferta de serviços.
Gabarito: A
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo "cabe" é transitivo indireto e
seu objeto indireto é "Às metrópoles". Note que esse verbo exige preposição
"a" e o substantivo "metrópoles" está antecipado do artigo "as"; por isso há
crase. Perceba que antes de "densidade" não há crase por haver apenas
artigo, pois esse termo é o sujeito. Além disso, perceba que o verbo "reduzir"
está antecipado apenas da preposição "a", pois verbo não admite artigo "a".

Na alternativa (B), o adjetivo "sujeitos" rege preposição "a", mas não há


crase porque o substantivo "transporte" é masculino e está antecipado do
artigo indefinido "um". O verbo "atende" é transitivo indireto e exige
preposição "a"; porém o substantivo "necessidades" está antecipado do
pronome possessivo "suas". Como o "a" não está no plural, há indicação que
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não ocorre artigo, apenas preposição. Por isso não pode haver crase. Assim:
"Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos a um transporte público
que nem sempre atende a suas necessidades de deslocamento."
Na alternativa (C), o addetivo "equivalente" rege preposição "a"; porém
"bilhões" é numeral masculino, não admitindo artigo feminino, por isso sem
crase. O verbo "vão" rege preposição "a" e o substantivo "procura" admite
artigo "a"; por isso deve haver crase.
"As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente a 3
bilhões de pessoas que vão à procura de bem-estar."
Na alternativa (D), o substantivo "respeito" rege preposição "a" e o
substantivo "leis" admitiu o artigo "as"; por isso deve haver crase. O verbo
"desfrutem" é transitivo direto, por isso deve-se retirar o acento grave, pois
há apenas artigo antes do substantivo "vida". O pronome "todos" é indefinido,
por isso não admite artigo "a", não devendo haver crase.
"É necessário haver respeito às leis para que os cidadãos desfrutem a vida
nas cidades, que oferece benefícios a todos."
Na alternativa (E), o addetivo "atraente" rege preposição "a" e o
substantivo "empresas" está antecedido de artigo "as"; por isso ocorre crase
corretamente. Já o verbo "destacando-se" é transitivo direto e o pronome "se"
é apassivador; por isso "as" é somente artigo que faz subentender o
substantivo "empresas"; assim não deve haver crase.
"A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às
empresas, destacando-se as de oferta de serviços."

Questão 6: TRT 16 a R 2009 técnico


Lado lado das restrições legais, são importantes os estímulos
medidas educativas, que permitam avanços em direção um
desenvolvimento sustentável do setor da saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por
(A) a - à - à
(B) à - a - à
(C) à - a - a
(D) a - a - a
(E) a - à - a
Gabarito: D
Comentário: Entre palavras repetidas, não há crase. Por isso, eliminam-se as
alternativas (B e C). O substantivo "estímulos" rege preposição "a" e o
substantivo "medidas" não está antecedido de artigo, pois se encontra no
plural e nas alternativas só há singular. Neste caso, a crase é proibida e com
isso, eliminam-se as alternativas (A) e (E). Dessa forma, já se sabe que a
correta é a alternativa (D); mas é sempre bom confirmar. O substantivo
"direção" rege preposição "a", porém o substantivo posterior é masculino e
antecedido de artigo "um"; por isso não há crase.

Questão 7: TRT 20 a R 2002 Analista

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A população de miseráveis não tem acesso quantidade mínima de
alimentos necessária manutenção de uma vida saudável, equivalente
uma dieta de 2000 calorias diárias.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada é:
(A) a - à - a
(B) à - à - a
(C) à - à - à
(D) à - a - a
(E) a - a - à
Gabarito: B
Comentário: O substantivo "acesso" rege preposição "a" e o substantivo
"quantidade" admite artigo "a"; por isso há crase. Assim, eliminam-se as
alternativas (A) e (E). O adjetivo "necessária" rege preposição "a" e o
substantivo "manutenção" admite artigo "a"; por isso há crase. Elimina-se a
alternativa (D). O adjetivo "equivalente" rege preposição "a" e o substantivo
"dieta" está antecedido do artigo indefinido "uma"; assim, não há artigo "a",
nem crase. Elimina-se a alternativa (C), sobrando a (B) como correta.

Questão 8: TRT 24 a R 2003 Analista


Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, está
inteiramente correta a frase:
(A) Quem está à alguma distância de Campo Grande não pode avaliar à
contento o mérito da polêmica à que se refere o texto.
(B) Não é aqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição
do uso de uma língua à cuja preservação estejam devotados milhares de
falantes.
(C) Quem visa à restringir a utilização de uma língua das minorias deveria
também se ater à toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais.
(D) As decisões que se tomam à revelia do interesse das populações são
semelhantes àquelas tomadas na vigência dos atos institucionais da ditadura
militar.
(E) Quem se manifeste contrário à uma única manifestação de arbitrariedade
está manifestando sua hostilidade à todas as medidas arbitrárias.
Gabarito: D
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), o verbo "está" rege preposição "a", mas o pronome
indefinido "alguma" não admite o uso do artigo "a"; por isso não há crase. A
locução adverbial de modo "a contento" é precedida apenas de preposição "a",
pois "contento" não admite artigo "a"; por isso não há crase. O pronome
relativo "que" não admite artigo e é antecedido apenas da preposição "a" por
ser objeto indireto do verbo pronominal "se refere"; por isso não há crase.
"Quem está a alguma distância de Campo Grande não pode avaliar a contento
o mérito da polêmica a que se refere o texto."
Na alternativa (B), o verbo "cabe" é transitivo indireto e rege a
preposição "a", a qual se encontra antes do pronome "aqueles", por isso deve

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haver crase. O adjetivo "devotados" rege preposição "a", a qual se encontra
antes do pronome relativo "cuja"; mas esse pronome não admite ser
antecipado de artigo "a", por isso não deve haver crase.
"Não é àqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição do
uso de uma língua a cuja preservação estejam devotados milhares de
falantes."
Na alternativa (C), o verbo "visa" rege preposição "a", porém o verbo
"restringir" não admite artigo, por isso não pode haver crase. O verbo
pronominal "se ater" rege preposição "a", porém o pronome indefinido "toda"
não admite ser antecedido de artigo "a"; por isso, não pode haver crase.
"Quem visa a restringir a utilização de uma língua das minorias deveria
também se ater a toda e qualquer má utilização das chamadas línguas
oficiais."
A alternativa (D) é a correta, pois a locução prepositva "à revelia das" é
iniciada por preposição "a" e o substantivo feminino "revelia" admite o artigo
"a". Além disso, o adjetivo "semelhantes" rege a preposição "a" que se junta
ao pronome demonstrativo "aquelas"; por isso, há corretamente crase.
Na alternativa (E), o adjetivo "contrário" rege preposição "a", mas o
substantivo "manifestação" é antecipado pelo artigo indefinido "uma", por isso
não pode haver crase. O substantivo "hostilidade" rege preposição "a", mas o
pronome indefinido "todas" não admite ser antecipado pelo artigo feminino
"a"; por isso não deve haver crase.
"Quem se manifeste contrário a uma única manifestação de arbitrariedade
está manifestando sua hostilidade a todas as medidas arbitrárias."

Questão 9: TRT 24 a R 2006 Técnico


A cidade de Corumbá, que se situa margens do rio Paraguai e uma
distância de 420 quilômetros de Campo Grande, recebe turistas sempre
dispostos pescar.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por
(A) às - a - a
(B) às - à - a
(C) às - à - à
(D) as - a - à
(E) as - à - à
Gabarito: A
Comentário: O verbo pronominal "se situa" rege preposição "a" e o
substantivo "margens", de acordo com as alternativas, recebe artigo "as".
Assim, há crase obrigatória e se devem eliminar as alternativas (D) e (E).
Pelo mesmo motivo, ocorre a preposição " a " antes de "uma distância",
porém esse substantivo é antecedido de artigo indefinido "uma", o que
impede a ocorrência de crase. Eliminam-se as alternativas (B) e (C). Sabe-se,
portanto, que a alternativa correta é a (A), mas isso deve ser comprovado.
Verificando-se que o particípio "dispostos" exige preposição "a", mas o

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verbo "pescar" não admite artigo, então não há crase; ratificando a alternativa
(A) como correta.

Questão 10: TRT 21 a R 2003 Analista


Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, a frase
inteiramente correta é:
(A) O processo correrá às expensas do denunciante, a menos que a isto se
oponha a autoridade do Ministro, de cuja decisão nenhuma parte poderá vir a
recorrer.
(B) Em meio as atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a
comparecer a sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete à
lápis, que estava acamada.
(C) À despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar àquela
velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs à soluçar?
(D) Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como
sua defensora à jovem bacharel, que ainda não se submetera à uma prova de
fogo, como aquela.
(E) Ele ficou à distância, em meio as profundas hesitações que a ausência da
testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar à que
fosse adiada a sessão?
Gabarito: A
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
A alternativa (A) é a correta, pois se observa que a locução prepositiva
"às expensas do" é iniciada com a preposição "a" e o substantivo "expensas"
admitiu o artigo "as", pois este se encontra no plural. Assim, a crase está
corretamente empregada. O "a" em "a menos" é apenas preposição; em "a
isto" é apenas preposição que inicia o objeto indireto; em "a autoridade" é
apenas artigo, pois esse termo é o sujeito. Na locução verbal "vir a recorrer",
há apenas preposição entre os verbos.

Na alternativa (B), a locução prepositiva "Em meio a" deve ser finalizada
pela preposição "a". Perceba que o "a" está flexionado no plural, o que
demonstra que o substantivo feminino plural "atribulações" é precedido de
artigo "as". Assim, a crase é obrigatória. O verbo "comparecer" rege
preposição "a" e o substantivo "sessão" admite o artigo "a", devendo haver
crase. O verbo "alegando" é transitivo direto e indireto, seu objeto indireto é
"à autoridade judicial", antecedido de preposição "a" e artigo "a"; por isso a
crase está correta. A locução adverbial de instrumento "a lápis" é precedida de
preposição "a", mas o substantivo "lápis" é masculino, não ocorrendo o artigo,
por isso não deve haver crase.

"Em meio às atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a


comparecer à sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete a
lápis, que estava acamada."
Na alternativa (C), a locução prepositiva "A despeito de" é antecedida
apenas da preposição "a", pois "despeito" é nome masculino, não cabendo
artigo "a", por isso não há crase. o verbo "inocentar" é transitivo direto, por
isso não exige preposição "a", devendo-se retirar o acento indicativo de crase
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em "aquela velha senhora". Note que o pronome "quem" não admite artigo
"a", por isso está corretamente sem crase. Não pode haver artigo "a" antes de
verbo, por isso não pode haver crase na locução verbal "pôs a soluçar".
"A despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar aquela
velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs a soluçar?"
Na alternativa (D), normalmente a locução adverbial "à deriva" não
possui acento indicativo de crase, mas seu uso não implica incorreção
gramatical, pois se pode inserir ou não o artigo antes do substantivo "deriva".
O verbo "designava" é transitivo direto e a expressão "a jovem bacharel" é o
objeto direto. Assim, não há preposição e por isso não pode haver crase. O
verbo pronominal "se submetera" rege preposição "a", mas o substantivo
"prova" está antecedido do artigo indefinido "uma", por isso não há artigo
definido "a" e assim não pode haver crase.

"Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como sua
defensora a jovem bacharel, que ainda não se submetera a uma prova de
fogo, como aquela."
Na alternativa (E), não se deve inserir o acento indicativo de crase na
locução adverbial "a distância", sem que esse substantivo seja determinado
por algum adjetivo ou palavra de valor adjetivo. A locução prepositiva "em
meio a" é finalizada pela preposição "a". Como o substantivo "profundas"
encontra-se no plural e feminino e o artigo "as" antecede esse substantivo, a
crase é obrigatória. A conjunção integrante "que" não admite antecipação de
artigo, apenas de preposição; por isso não deve haver crase em "a que".

"Ele ficou a distância, em meio às profundas hesitações que a ausência da


testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar a que
fosse adiada a sessão?"

Questão 11: TRT 2 a R 2008 Analista


Atente para as seguintes frases:
I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um
notório extrovertido.
II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem
notar; também as tímidas chamam a atenção.
III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar
a atenção de todos.
Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) I.
(E) III.
Gabarito: A
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida a frase será
reescrita já com a correção em negrito.
Cuidado com a frase I pois "a medida que", neste contexto, não traduz

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valor de proporção. A banca queria confundir o candidato com a locução
conjuntiva adverbial proporcional "à medida que". Veja que o verbo
"estabelecer" é transitivo direto e a expressão "a medida" é o objeto direto da
oração principal. "que" é pronome relativo que inicia a oração subordinada
adjetiva restritiva "que distancia um notório tímido de um notório
extrovertido". Por isso, não pode haver crase e podemos eliminar as
alternativas (B), (C) e (D).
oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva
"Não é possível estabelecer a medida que distancia um notório tímido de um
notório extrovertido."
A frase II está correta, pois o verbo "assiste" é transitivo indireto e o
objeto indireto é "às pessoas extrovertidas", por isso a crase está correta.
Veja que não há crase antes de "tímidas" porque essa expressão é o sujeito.
Também não ocorre crase antes de "atenção", porque este termo é o objeto
direto. Assim, elimina-se a alternativa (E), cabendo a alternativa (A) como
correta.

A frase III está correta, pois o adjunto adverbial "à vontade" é precedido
de preposição "a" e o substantivo "vontade" admite o artigo "a", por isso há
crase. Realmente não há crase em "a atenção", pois esse termo é o objeto
direto.

Questão 12: CEAL 2008 Advogado


Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente
correta é:
(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato
a um posto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um
político profissional.
(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas
nos prendemos todos, em nossa vida comum.
(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam
àqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida.
(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores
causam as pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.
(E) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar
desprendimento, pois este se reserva às pessoas generosas.
Gabarito: E
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), o verbo pronominal "Reportamo-nos" rege
preposição "a" e o substantivo "inexperiência" admitiu o artigo "a", por isso há
crase. Já o adjetivo "propensos" rege preposição "a", mas não há artigo "a"
antes de verbo, por isso não deve haver crase em "à rejeitar".
"Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a
um posto público, mas somos propensos a rejeitar a candidatura de um
político profissional."
Na alternativa (B), o substantivo "culto" rege a preposição "a" e o

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substantivo "aparências" é antecedido do artigo "as", por isso ocorreu crase
corretamente na frase. Entretanto, o pronome "elas" admite apenas
preposição "a", e nunca artigo; por isso não pode haver crase.
"O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que a elas
nos prendemos todos, em nossa vida comum."
Na alternativa (C), o verbo "cabe" é transitivo indireto. Seu sujeito é a
oração "identificar os preconceitos" e o objeto indireto é a expressão "a
gente", a qual é precedida de preposição "a" (exigida pelo verbo "cabe"), além
do artigo "a" (admitido pelo substantivo "gente"), ocorrendo a crase. O verbo
"afetam" é transitivo direto; por isso, deve-se retirar o acento indicativo de
crase no pronome "aqueles". O verbo "dão" é transitivo direto e indireto, o
objeto indireto "à nossa vida" está precedido de preposição obrigatória "a" e
de artigo facultativo "a", pois em seguida é encontrado o pronome possessivo
singular feminino "nossa".
"É à gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam
aqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida."
Na alternativa (D), o verbo "Assistimos" é transitivo indireto e rege a
preposição "a". Como o substantivo "exibição" admite o artigo "a", ocorre
crase. O verbo "causam" é transitivo indireto e rege a preposição "a", e o
substantivo "pessoas" é precedido do artigo "as"; assim a crase é obrigatória.
Na locução adverbial "à distância de nós", ocorre crase, tendo em vista que o
substantivo "distância" foi determinado pela expressão "de nós".
"Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores
causam às pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós."
A alternativa (E) é a correta, pois o substantivo "desprendimento" rege
a preposição "a"; ao encontro do pronome "Aqueles", ocorre crase
corretamente. O verbo pronominal "se reserva" rege a preposição "a". Note
que esta preposição se encontra com o artigo "as", por isso a crase está
corretamente empregada.

Questão 13: BB - 2011 - Escriturário


Quando comparado outras aves, os tucanos parecem ser bem maiores
quem os observa, voar na natureza.
Os espaços pontilhados da frase acima estarão corretamente preenchidos, na
ordem, por:
(A) às - a - a
(B) às - à - a
(C) as - a - a
(D) às - a - à
(E) as - à - à
Gabarito: A
Comentário: O particípio "comparado" rege preposição "a" e o substantivo
"aves" está antecipado do pronome indefinido "outras", o qual admite o artigo
"as". Poderíamos ter a construção "comparado a outras aves" ou "comparado
às outras aves". Como na alternativa só há plural, obrigatoriamente haverá
crase. Assim, eliminamos as alternativas (C) e (E).

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O adjetivo "maiores" rege preposição "a", porém o pronome "quem" não
admite artigo, por isso não há crase. Assim, eliminamos a alternativa (B).
Verbo não pode ser precedido de artigo, assim não admite crase. Por
isso, a alternativa correta é a (A).

Questão 14: TRT 1 a R - 2011 - Analista


pessoas de fora, estranhas cidade, a vida urbana exerce uma
constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de
violência, inevitáveis sob condições urbanas de alta densidade
demográfica.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) Às - à - as
(B) As - à - às
(C) As - a - às
(D) Às - a - às
(E) As - à - as
Gabarito: A
Comentário: O verbo "exerce" é transitivo direto e indireto. Seu sujeito é "a
vida urbana", o objeto direto é "uma constante atração" e o objeto indireto é
"Às pessoas de fora"; por isso há crase obrigatoriamente. Assim eliminamos
as alternativas (B, (C) e (E). Veja a ordem natural:
A vida urbana exerce uma constante atração às pessoas de fora...
O aposto explicativo é iniciado pelo addetivo "estranhas" e rege
preposição "a". Como "cidade" admite artigo "a", ocorre crase. Assim,
eliminamos a alternativa (D) e já sabemos que a alternativa (A) é a correta;
porém, devemos confirmar.
A preposição "sob" não exige preposição "a"; por isso ocorre apenas o
artigo "as" antes do substantivo "condições".

Questão 15: TRT 23 a R - 2004 - Analista


Busca-se muito tempo uma linguagem adequada expressão das leis
e outras questões sociais.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por
(A) a - à - à
(B) há - a - a
(C) a - a - à
(D) a - à - a
(E) há - à - a
Gabarito: E
Comentário: A expressão "muito tempo" traduz ideia de tempo decorrido;
por isso cabe o verbo "há". Assim, eliminamos as alternativas (A), (C) e (D).
O adjetivo "adequada" rege preposição " a " e exige o complemento
nominal composto, cujos núcleos são "expressão" e "questões". O substantivo
"expressão" admite artigo "a", por isso ocorre crase. O substantivo "questões"
é precedido do pronome indefinido "outras", os quais também admitem artigo
(neste caso, "as"); mas, nas alternativas, não há plural, somente singular.

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Isso quer dizer que só existe preposição "a". Assim, a alternativa (E) é a
correta.

Questão 16: TRT 17 a R - 2004 - Analista


Justificam-se inteiramente ambas as ocorrências do sinal de crase em:
(A) Os que têm pleno acesso àquilo que oferece a cesta de bens e serviços
devem considerar-se à margem da pobreza.
(B) Quem atribui um valor monetário à essa cesta de bens e serviços está-se
habilitando à definir uma linha de pobreza.
(C) Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta à
uma boa definição é o rigor de um bom critério.
(D) Há quem recrimine à cultura da subsistência, imputando-lhe à
responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos
brasileiros.
(E) Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição
dessa cesta deixam de atender à todas as suas necessidades básicas.
Gabarito: A
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
A alternativa (A) é a correta, pois "acesso" rege preposição "a", a qual se
junta ao pronome demonstrativo "aquilo"; por isso ocorre crase. A locução
adverbial de modo "à margem da pobreza" possui estrutura interna com
preposição "a" seguida de artigo " a " admitido pelo substantivo feminino
"margem". Por isso, os dois sinais indicativos de crase estão corretos.
Na alternativa (B), o pronome demonstrativo "essa" não admite artigo, nem
verbo admite ser antecedido por artigo "a"; por isso não há crase.
Quem atribui um valor monetário a essa cesta de bens e serviços está-se
habilitando a definir uma linha de pobreza.
Na alternativa (C), desprezando-se a dupla vírgula separando o objeto indireto
"à maioria das pessoas", que é um erro agudo (mas aqui não se pode contar
como erro, porque a questão trata apenas de crase); o verbo "falta" exige
preposição "a" e o substantivo "maioria" admite artigo "a"; por isso há crase.
O erro está a seguir; pois o verbo "falta" é transitivo indireto e exige o objeto
indireto "a uma boa definição". Como há artigo indefinido "uma", não há
artigo "a", consequentemente, não pode haver crase.

Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta a uma
boa definição é o rigor de um bom critério.
Na alternativa (D), o verbo "recrimine" é transitivo direto; assim o objeto
direto "a cultura da subsistência" não admite preposição "a" e não pode
receber crase. O verbo "imputando" é transitivo direto e indireto. Seu objeto
indireto é "lhe", e "a responsabilidade" é o objeto direto, o qual não é
precedido por preposição "a"; por isso não há crase.
Há quem recrimine a cultura da subsistência, imputando-lhe a
responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos
brasileiros.

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Na alternativa (E), "inferiores" rege preposição "a" e "quantia" admite artigo
"a", por isso há crase. O verbo "atender" é transitivo indireto, exigindo
preposição "a", porém o pronome "todas" não admite ser antecipado por
artigo "as". Logo, não há crase.
Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição dessa
cesta deixam de atender a todas as suas necessidades básicas.

Questão 17: TRT 11 a R - 2005 - Analista


Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o
que se lê em:
(A) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se
mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.
(B) Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos
grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões
cruciais do pós-guerra.
(C) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação
coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se.
(D) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas
à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas
da ciência.
(E) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um
homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada
intervenção cirúrgica.
Gabarito: C
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), o verbo "pertenceu" é transitivo indireto e exige preposição
"a", e o pronome "aquele" possui vogal inicial "a", por isso há crase. A locução
adverbial cujo núcleo é "margem" exige a preposição "a", internamente a sua
estrutura, por isso a crase é obrigatória (à margem das contingências). O
adjetivo "desatentos" exige preposição "a", e "volta" é substantivo feminino
que admite artigo "a". Como há pronome possessivo, esse artigo é facultativo
e a crase também.

Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se


mantinham à margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.
Na alternativa (B), não pode haver crase antes de verbo. O verbo "lançou-se"
exige preposição " a " e "roda" admite artigo "a", por isso há crase. O pronome
"cuja" nunca admite artigo, por isso não pode haver crase. A expressão "as
decisões cruciais do pós-guerra" é o sujeito, por isso não há crase.
Einstein não se limitou a escrever textos científicos; lançou-se à roda dos
grandes debates políticos internacionais, a cuja órbita se prendiam as
decisões cruciais do pós-guerra.
A alternativa (C) é a correta, pois o substantivo "cerceamento" exige
preposição "a" e "liberdade" admite artigo "a", por isso há crase. O verbo
"leva" é transitivo direto e indireto, em que "a indignação coletiva" é o objeto
direto e "às alturas" é o objeto indireto. Veja que na sequência há dois verbos

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antecipados de preposição "a".
Na alternativa (D), os pronomes indefinidos "qualquer" e "toda" não admitem
ser antecipados por artigo; portanto, não pode haver crase. A expressão "a
cabo" não possui crase, pois é termo masculino. Veja que "se dará" exige a
preposição "a" e "novas ferramentas da ciência" é objeto indireto e admite o
artigo "as", por isso há crase.
Não cabe a qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas a
toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da
ciência.
Na alternativa (E), a locução adverbial "à flor da pele" admite crase, pois sua
estrutura interna possui preposição "a" seguida de artigo "a". O verbo
"assistimos" é transitivo indireto e exige preposição "a", porém não há artigo
"a", mas o artigo indefinido "uma"; por isso, não pode haver crase. O
particípio "promovido" exige preposição "a" e "condição" admite artigo "a", por
isso deve haver crase. O verbo "dava" é transitivo direto e indireto, "início" é o
objeto direto e "à tão anunciada intervenção cirúrgica" é o objeto indireto,
cujo núcleo é o substantivo feminino "intervenção". Os termos adjetivos "tão"
e "anunciada" não impedem a crase. Por isso, ela é necessára.

Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV a uma cena em que um


homem rude, promovido à condição de milagreiro, dava início à tão anunciada
intervenção cirúrgica.

Questão 18: TRT 2 a R - 2004 - Analista


Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente
correto o seguinte período:
(A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes
cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas
interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinquência.
(B) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à
toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das
guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.
(C) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão
social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição
semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média.
(D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de
morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da
formação integral dos jovens.
(E) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta
àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência
pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos
problemas.
Gabarito: C
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), "à boa parte de nossa imprensa" é objeto indireto, o verbo
"interessa" é transitivo indireto e "a divulgação de crimes cometidos por
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jovens" é o sujeito, por isso o primeiro termo recebe crase e o último não. Da
mesma forma "a uma pequena parcela dos jornalistas" é objeto indireto e "a
discussão" é o sujeito. Não há crase no primeiro termo, porque possui artigo
indefinido "uma". O erro está em se colocar a crase antes do pronome
demonstrativo "essa", pois ele não admite artigo.
Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos
por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a
discussão das questões que se ligam a essa faixa de delinquência.
Na alternativa (B), o verbo "convém" é transitivo indireto e exige preposição
"a". Como "parcela" admite artigo "a", ocorre crase. Perceba o erro sem se
colocar crase antes do pronome indefinido "toda". Ele não admite artigo.
Corretamente não há crase em "a violência", porque esse termo é o sujeito; o
vocábulo "a" seguinte é o pronome oblíquo átono "a" na função de objeto
direto, por isso não há crase. Além disso, veja que em "a postos" só ocorre
preposição "a".

Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune a


toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das
guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.
A alternativa (C) é a correta, pois "aspira" é transitivo indireto, exige
preposição "a" e "inclusão" admite artigo "a". Por isso há crase. O adjetivo
"semelhante" exige preposição "a", por isso há crase em "àquela". Note que
não pode haver crase em "a posições" e "a uma condição", pois não há artigo
"a".
Na alternativa (D), a locução adverbial "à boca pequena" exige crase. As
locuções prepositivas "a respeito de" e "a despeito de" não possuem crase,
pois os núcleos são masculinos. O adjetivo "extensiva" exige preposição "a" e
o substantivo "criminalidade" admite artigo "a", por isso deve haver crase. O
verbo "convoca" é transitivo direto e indireto. Ele exige a preposição " a "
iniciando o objeto indireto "à tarefa da formação integral dos jovens"; por isso
a crase está correta.

Muito se comenta, à boca pequena, a respeito da vantagem da pena de


morte, extensiva à criminalidade juvenil, a despeito do que reza o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da
formação integral dos jovens.
Na alternativa (E), o verbo "impute" é transitivo direto e indireto, "se" é
pronome apassivador, "a polícia" é sujeito paciente e "à situação" é o objeto
indireto. Por isso a crase está corretíssima. O primeiro verbo "falta" é
intransitivo e "aquela participação" é o sujeito, por isso não pode haver crase.
Já o segundo verbo "falta" é transitivo indireto e exige preposição "a" (à
adolescência pobre"), por isso a crase está correta. Veja que "qualquer
sinalização" é o sujeito desse verbo. O nome "dedicação" exige preposição "a",
por isso "à solução" possui crase.

Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta


aquela participação maior no combate à criminalidade, falta à adolescência
pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos
problemas.

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Questão 19: DPE RS - 2011 - Superior


A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo.
(A) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro...
(B) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice.
(C) Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de....
(D) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro...
(E) ...dentro de seu carro em frente a sua casa...
Gabarito: E
Comentário: Na alternativa (A), não pode haver crase, porque "a" está no
singular e "pontas" está no plural.
Na alternativa (B), "a promotora" é sujeito, por isso não há crase.
Na alternativa (C), há apenas preposição, pois o termo é iniciado por
preposição "de". Lembre-se "de...a; mas "da ...à".
Na alternativa (D), o artigo "uma" elimina a possibilidade de crase.
A alternativa (E) é a correta, pois "casa" é substantivo feminino singular e
está antecedido de pronome possessivo feminino singular "sua"; e o vocábulo
"frente" exige preposição "a". Assim, a crase é facultativa.

Questão 20: MPE RS 2010 Superior


Fragmento de texto: Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois
de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais
longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência ...
Considere as afirmativas seguintes:
I. A concordância verbal estaria inteiramente respeitada, com o verbo
experimentar flexionado na 1 a pessoa do plural, experimentamos.
II. A presença do sinal de crase é facultativa, pois internet é palavra
originária do inglês, adaptada ao nosso idioma.
III. O segmento introduzido pelos dois pontos explica a dificuldade
decorrente da acentuada exposição à internet.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
Gabarito: C
Comentário: O sujeito "muito de nós" admite que o verbo concorde com
"muitos" ou com a expressão "de nós". Por isso a afirmativa I está correta.
O nome "exposição" exige a preposição "a" e "internet" admite o artigo "a",
por isso há crase. O erro está em dizer que ela é facultativa por haver palavra
originária do inglês. Não há fundamento gramatical para isso.
Vimos nas aulas anteriores que o sinal de dois-pontos sinaliza uma explicação
e, pelo contexto, entendemos que há realmente a explicação da dificuldade
decorrente da acentuada exposição à internet. Assim, a afirmativa está
correta.

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Questão 21: PBGAS RS 2007 Superior
Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em:
(A) Caberá à maioria das pessoas decidir se continuarão preferindo a
velocidade à qualidade mesma das experiências.
(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser substituído por algum
parâmetro que leve em conta a ecologia.
(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade não tem encontrado
oponentes à altura de seu prestígio.
(D) Dada à importância que assumiu na informática, a velocidade dos
processos tornou-se indispensável à massa dos internautas.
(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade será submetido à uma mais
rigorosa e justa avaliação.
Gabarito: A
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo "caberá" exige preposição "a" e
"maioria" admite artigo "a". Assim está correta a crase. O verbo "preferindo" é
transitivo direto e indireto e exige a preposição "a". Assim, "à qualidade
mesma das experiências" é o objeto indireto e possui crase corretamente.
Na alternativa (B), "atribuído" exige "a" e "velocidade" admite artigo "a",
portanto há crase. Mas verbo não admite crase, por isso há erro.

O valor atribuído à velocidade está prestes a ser substituído por algum


parâmetro que leve em conta a ecologia.
Na alternativa (C), vemos que o pronome "tal" não admite artigo, por isso não
pode haver crase. A locução adverbial "à altura" possui crase.
Desde que se alçou a tal poder, o fator velocidade não tem encontrado
oponentes à altura de seu prestígio.
Na alternativa (D), o particípio "Dada" não exige preposição, por isso não
pode haver crase. O adjetivo "indispensável" exige preposição "a" e "massa"
admite artigo "a", por isso há crase.
Dada a importância que assumiu na informática, a velocidade dos processos
tornou-se indispensável à massa dos internautas.
Na alternativa (E), "curto prazo" é termo masculino, por isso não há crase. O
artigo "uma" não admite crase.
Sabe-se que, a curto prazo, o fator velocidade será submetido a uma mais
rigorosa e justa avaliação.

Questão 22: TRE AC 2003 Analista


Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em:
(A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado
à uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria
sensível à pressões internacionais.
(B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres
vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre
fizeram jus.

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(C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis
do país, pois é a estas, e não a outras, que lhe cabe dar cumprimento.
(D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis;
que faríamos se os nigerianos nos conclamassem a cessação dessa
permanente afronta às nossas normas legais?
(E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por
apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira a absolvição de
Amina um significado maior do que o de uma concessão.
Gabarito: C
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), "à maioria das pessoas" é objeto direto preposicionado,
pois o verbo "espantou" é transitivo direto. Como esse objeto está antecipado
e poderia provocar dúvida em quem seria o sujeito; coube perfeitamente a
preposição "a" e, por consequência, a crase. Os erros são as crases antes do
artigo indefinido "uma" e do substantivo plural "pressões" com vocábulo "a"
no singular.
Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado a
uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível
a pressões internacionais.
Na alternativa (B), não pode haver crase entre palavras repetidas. O verbo
"ascendendo" é transitivo indireto e exige a preposição "a", por isso há crase
em "àquele". Mas não pode haver crase antes do pronome relativo "que", pois
ele não admite artigo "a".
Pouco a pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão
ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, a que sempre
fizeram jus.
A alternativa (C) está correta, porque "à corte nigeriana" é o objeto indireto,
bem como "às leis do país". Veja que corretamente não houve crase, antes do
pronome demonstrativo "estas". Perceba que antes do pronome "outras" o "a"
está no singular, por isso só há preposição e não há crase.
Na alternativa (D), não pode haver crase antes do pronome "toda". O
substantivo "desacato" exige preposição "a" e "nossas leis" possui artigo "as",
por isso ocorreu a crase. O verbo "conclamassem" é transitivo direto e indireto
(conclamar alguém a alguma coisa). Assim, "nos" é objeto direto e "a
cessação" deve receber crase, por ser o objeto indireto. O vocábulo "afronta"
exige preposição "a" e "nossas normas legais" possui artigo "as", por isso
ocorreu crase.

Aqui e ali se verifica, a toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que
faríamos se os nigerianos nos conclamassem à cessação dessa permanente
afronta às nossas normas legais?
Na alternativa (E), após "tendo em vista", não há preposição "a", assim não
pode haver crase. O substantivo "acusado" exige a preposição "a" e "morte"
admite artigo "a", por isso deve haver crase. A locução adverbial de causa "à
falta de indícios positivos" possui crase. O verbo "confira" é transitivo direto e
indireto, "se" é pronome apassivador, "um significado" é o sujeito paciente e
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"a absolvição de Amina" deve receber crase, por ser o objeto indireto (um
significado (...) não seja conferido à absolvição de Amina).
Tendo em vista a condenação do acusado de sodomia à morte por
apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira à absolvição de
Amina um significado maior do que o de uma concessão.

Questão 23: TRE MG 2005 Analista


Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:
(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os
resultados à que chegaram.
(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à
sua teoria dos buracos negros.
(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de
trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão.
(D) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam
curvar-se às evidências de um equívoco.
(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às
hipóteses sujeitas a verificação e a erro.
Gabarito: D
Comentário: Na alternativa (A), o problema foi a crase antes do pronome
relativo "que", pois ele não admite artigo.
Na alternativa (B), não pode haver crase antes de verbo. O pronome
possessivo "sua" faz com que a crase seja facultativa.
Na alternativa (C), "as certezas dogmáticas" é o sujeito do verbo "satisfarão",
por isso não pode haver crase. O pronome indefinido "alguma" não admite
artigo, por isso não há crase. Perceba que a expressão "A quem aspira" é o
mesmo que "Para quem aspira". Essa estrutura é chamada de dativo livre.
Você não tem que saber esse nome. Apenas guarde que é um termo que
admite a vírgula. Seria mais claro se a banca colocasse assim:
Para quem aspira, as certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de
trabalho, sempre sujeitas a alguma revisão.
Mas isso facilitaria muito a vida do candidato, você não acha?
A alternativa (D) é a correta, pois os verbos "filia-se" e "curvar-se" exigem
preposição "a" e os substantivos "tradição" e "evidências" admitem artigo "a",
"as", respectivamente. Por isso, há crase.
Na alternativa (E), o verbo "prefere" é transitivo direto e indireto. Assim, ele
não pode ter dois objetos indiretos. De acordo com o contexto, o objeto direto
é "as certezas dogmáticas"; por isso, não pode receber crase.

Questão 24: TRE MG 2005 Analista


E preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
(A) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem
sequer atentar para o que está vendo.
(B) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado
por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de

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sonhar.
(C) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro
de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
(D) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas
prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
(E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda
uma geração.
Gabarito: E
Comentário: Na alternativa (A), "À falta de coisa" é uma locução adverbial,
iniciada por preposição "a", por isso possui crase. O verbo "assiste" é
transitivo indireto e exige preposição "a", e "televisão" admite artigo "a".
Na alternativa (B), o verbo "Cabe" exige a preposição "a"; "dedicar-se" e "jus"
também. Como os substantivos "juventude", "substituição" e "capacidade"
admitem artigo "a", ocorreram as crases.
Na alternativa (C), as locuções adverbiais "à vista", "às vezes" e "à revelia"
recebem crase.
Na alternativa (D), o verbo "aspira" e "prestem" exigem preposição "a". Em
contato com o substantivo "estabilidade" (o qual admite artigo "a") e com o
pronome "aquele"; ocorre a crase.
Na alternativa (E), o verbo "agracia" é transitivo direto, por isso o objeto
direto "a juventude" não pode receber crase. O vocábulo "salvo" é masculino,
por isso não pode haver crase.
Quem acha que agracia a juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo
não está a salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

Questão 25: TRF 5aR 2003 Analista


Atente para as seguintes frases:
I. À^ qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra.
II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas da
guerra.
III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o
Presidente fará à Nação.
Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o
que se lê em
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II, somente.
(E) II e III, somente.
Gabarito: E
Comentário: Na frase I, a locução adverbial "A qualquer hora" não admite
crase, porque "qualquer" não admite artigo "a". Além disso, o vocábulo
"guerras" está no plural e o vocábulo "a" está no singular, por isso não pode
haver crase.
A frase II está correta, pois a locução adverbial "Àquela hora da noite" possui
crase. O adjetivo "atentos" exige preposição "a" e "transmissão" admite artigo

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"a", por isso há crase.
A frase III está correta, pois a locução "Daqui a uma hora" não transmite a
hora do evento, mas marca tempo futuro, por isso não há crase. O verbo
"fará" é transitivo direto e indireto, o pronome "que" é objeto direto e "à
Nação" é o objeto indireto; por isso há crase.

Questão 26: TRF 5aR 2008 Analista


Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase
em:
(A) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois
àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.
(B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de
reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.
(C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-se à
determinada sensação, a determinado humor.
(D) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir,
conforme comprovam nossas próprias experiências.
(E) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da
fronteira entre o pessimismo e o otimismo.
Gabarito: E
Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a
frase já com a correção em negrito.
Na alternativa (A), o único erro é inserir crase antes do pronome "esta". A
expressão "A medida que" não transmite valor de proporção (à proporção que,
à medida que). Veja que "A medida" é o sujeito na oração principal (A medida
pode também avaliar o pessimismo). O substantivo "medida" está sendo
caracterizado pela oração subordinada adjetiva restritiva: "que afere o
otimismo". Por isso, não recebe crase.
A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois
àquela ou a esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.
Na alternativa (B), "paradoxos" é substantivo masculino, então não pode
haver crase. "à necessidade" é o objeto indireto de "leva", por isso há crase.
O texto não nos leva a paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer
uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.
Na alternativa (C), o verbo "Cabe" é transitivo indireto e "às pessoas" é o
objeto indireto, por isso há crase. O pronome indefinido "cada" não admite
artigo "a", por isso não pode haver crase. O verbo "entregar" é transitivo
direto e indireto, em que o pronome "se" é reflexivo e objeto direto; "à
determinada sensação, a determinado humor" é o objeto indireto composto.
Logo, o primeiro núcleo possui crase e o segundo, por ser masculino, não
admite crase.

Cabe às pessoas decidir, a cada experiência, se lhes convém entregar-se à


determinada sensação, a determinado humor.
Na alternativa (D), "léguas" é um substantivo feminino plural, mas o vocábulo
"a" está no singular, por isso só há preposição e não há crase. Verbo não
admite crase.
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O otimismo não fica a léguas do pessimismo; tendem ambos a convergir,
conforme comprovam nossas próprias experiências.
A alternativa (E) é a correta, pois "o direito" é o sujeito, "assiste" é verbo
transitivo indireto e "às ciências positivas" é o objeto indireto; por isso há
crase. O verbo "aspirar" exige preposição "a" e "definição" admite artigo "a";
por isso há crase.

Questão 27: TRF i a R 2001 Biblioteconomista


A necessidade ou não do sinal de crase está inteiramente observada na frase:
(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também
às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade.
(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à
qual, aliás, já se fizeram objeções à torto e à direito.
(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição
"natural" de cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem.
(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários
pontos, à exemplo do que ocorreu com o antigo.
(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos;
todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.
Gabarito: A
Comentário: A partir de agora, segue somente a correção, pois as
justificativas se repetem:
(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também
às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade.
(B) Encontra-se à disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à
qual, aliás, já se fizeram objeções a torto e à direito.
("à qual" é complemento nominal de "objeções")
(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá a ninguém a condição
"natural" de cabeça de casal, a qual, até então, se reservava para o homem.
("a qual" é sujeito paciente de "se reservava")
(D) Pode ser que a curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários
pontos, a exemplo do que ocorreu com o antigo.
(E) Não se impute a uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos;
todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.

Questão 28: TRF 4aR 2001 Analista


Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:
(A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo.
(B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de
socorro.
(C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às
boas.
(D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa.
(E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão.
Gabarito: B
Comentário: Só correção.
(A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me a tempo.
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(B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de
socorro.
(C) Se fosse a mim, e não a ela que você devesse dinheiro, estaríamos às
boas.
(D) Pretendi, a todo custo, que ela aderisse à nossa causa.
(E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos a qualquer conclusão.

Questão 29: TRT 12aR 2010 Analista


Observam-se plenamente as regras que regulamentam o emprego do sinal de
crase em:
(A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária
àquela, é rir às escâncaras.
(B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre
à normas de boa conduta para se justificar.
(C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à
nenhuma pessoa impedir que alguém a conte.
(D) O humorista requisitou àquela senhora para contracenar com ele, mas,
afeita à defender o "politicamente correto", ela se recusou.
(E) E à partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar à
alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal.
Gabarito: A
Comentário: Só correção.
(A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária
àquela, é rir às escâncaras.
(B) O humor não pede licença a ninguém para se fazer presente, nem recorre
a normas de boa conduta para se justificar.
(C) Assiste a toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe a
nenhuma pessoa impedir que alguém a conte.
(D) O humorista requisitou aquela senhora para contracenar com ele, mas,
afeita a defender o "politicamente correto", ela se recusou.
(E) E a partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar a
alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal.

Questão 30: TRT 6aR 2006 Analista


Quanto à observância do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:
(A) Triste de quem só se reconhece à partir da imagem que os outros ficam à
construir.
(B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que
cheguemos à uma imagem verdadeira de nós mesmos.
(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos
que ela corresponda as nossas verdades mais profundas.
(D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos,
costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta.
(E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também
deveríamos nos preocupar em reanimar à verdade do nosso ser.
Gabarito: D
Comentário: Só correção.
(A) Triste de quem só se reconhece a partir da imagem que os outros ficam a
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construir.
(B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que
cheguemos a uma imagem verdadeira de nós mesmos.
(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos
que ela corresponda às nossas verdades mais profundas.
(D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos,
costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta.
(E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também
deveríamos nos preocupar em reanimar a verdade do nosso ser.

QUESTÕES CUMULATIVAS DE REVISÃO

Questão 31: BAHIA GAS - 2010 - Analista


Os mitos nos acompanham ao longo do tempo, por isso é preciso dar aos
mitos a atenção que requerem. Porque haveremos de tratar os mitos como se
fossem embustes, em vez de reconhecer nos mitos a simbologia inspiradora?
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, respectivamente, por:
(A) dar-lhes os tratar neles reconhecer
(B) dar-lhes tratar-lhes reconhecê-los
(C) dá-los os tratar lhes reconhecer
(D) lhes dar tratar a eles os reconhecer
(E) dar a eles lhes tratar reconhecer neles
Gabarito: A
Comentário: O verbo "dar" é transitivo direto e indireto. A expressão "a
atenção" é o objeto direto e "aos mitos" é o objeto indireto. Assim, só cabe
"lhes". Com isso, eliminamos a alternativa (C).
O verbo "tratar" é transitivo direto, logo "os mitos" é o objeto direto,
cabendo o pronome "os". Com isso, eliminamos as alternativas (B), (D) e (E).
Agora, já sabemos que a alternativa correta é a (A), mas devemos
confirmar.
O verbo "reconhecer" é transitivo indireto e "nos mitos" é o objeto
indireto; cabe o pronome oblíquo tônico com preposição "em": " neles".

Questão 32: TRT 1aR - 2011 - Analista


O verbo que pode ser empregado corretamente também no singular, sem
outra alteração na frase, está grifado em:
(A) ... por aquelas pedras passaram pelo menos 600 mil escravos trazidos
d'África.
(B) Metade deles tinham entre 10 e 19 anos.
(C) Em 1817, contaram-se 50 salas ...
(D) Os milhares de africanos que morreram por conta da viagem [...] foram
jogados numa área ...
(E) ... os dois pesados volumes da obra estão criteriosamente ilustrados.
Gabarito: B
Comentário: A expressão partitiva "metade deles" admite a concordância no
plural (referindo-se a "deles") ou no singular (referindo-se ao núcleo sintático
"metade").
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Questão 33: BB DF - 2006 - Escriturário


Verbos do texto foram empregados em novas frases. A que se apresenta
totalmente em conformidade com a norma padrão escrita é:
(A) Com a invasão do europeu, afetou-se, de maneira evidente, muitas
práticas tradicionais dos povos indígenas.
(B) Trata-se de relações complexas, essas que são estabelecidas entre povos
de culturas distintas.
(C) Se você ver a colonização da América com o distanciamento que uma
análise objetiva exige, muitos aspectos obscuros se esclarecerão.
(D) Seria uma grande conquista se conseguíssemos que fosse reconstituído,
pela ação dos antropólogos, os mais relevantes aspectos da cultura soterrada.
(E) Eles evitaram inúmeras vezes abandonarem o sítio arqueológico, mas
acabaram por fazê-lo.
Gabarito: B
Comentário: Seguem abaixo as frases já corrigidas:
Na alternativa (A), o verbo "afetou" é transitivo direto, "se" é pronome
apassivador e o sujeito é "muitas práticas tradicionais dos povos indígenas";
por isso o verbo deve ser flexionado no plural:
Com a invasão do europeu, afetaram-se, de maneira evidente, muitas
práticas tradicionais dos povos indígenas.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo "Trata" é transitivo indireto e possui
o índice de indeterminação do sujeito, por isso só pode se flexionar no
singular.
Trata-se de relações complexas, essas que são estabelecidas entre povos de
culturas distintas.
O erro da alternativa (C) é a flexão do verbo "ver" no futuro do subjuntivo. O
correto é "vir":
Se você vir a colonização da América com o distanciamento que uma análise
objetiva exige, muitos aspectos obscuros se esclarecerão.
O erro na alternativa (D) é a locução verbal não realizar a concordância com o
seu sujeito no plural:
Seria uma grande conquista se conseguíssemos que fossem reconstituídos,
pela ação dos antropólogos, os mais relevantes aspectos da cultura soterrada.
O erro na alternativa (E) foi a flexão do infinitivo. Esse verbo é impessoal e
não se refere ao sujeito da primeira oração "Eles":
Eles evitaram inúmeras vezes abandonar o sítio arqueológico, mas acabaram
por fazê-lo.

Questão 34: TRT 9aR - 2010 - Analista (TI)


Estão corretamente empregadas e flexionadas todas as formas verbais da
frase:
(A) Se não intervirmos no mundo em que vivemos, para garantir seu
equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer.

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(B) Se a religião não se dispor a refazer os cálculos, o número de 7.000 anos
que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo.
(C) Se os crentes requisessem e obtivessem a presença de Deus como prova
de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo.
(D) Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto à existência de um
único Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas.
(E) Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detessem no
caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns.
Gabarito: D
Comentário: Corrigindo, teremos:
(A) Se não interviermos no mundo em que vivemos, para garantir seu
equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer.
(B) Se a religião não se dispuser a refazer os cálculos, o número de 7.000
anos que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo.
(C) Se os crentes requeressem e obtivessem a presença de Deus como
prova de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo.
(E) Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detivessem no
caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns.

Questão 35: TRE TO - 2011 - Analista


... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram.
A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da
frase:
(A) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética
dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do
conhecimento.
(B) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da
saúde humana é tudo aquilo possam sonhar os cientistas.
(C) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta,
tendo em vista se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.
(D) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de
estudo se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.
(E) E necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da
biodiversidade para a vida no planeta, se amplie o campo das pesquisas
genéticas.
Gabarito: D
Comentário:
Na alternativa (A), vemos que "os pesquisadores" é o sujeito, "dispõem" é o
verbo transitivo indireto e "de que" é o objeto indireto (os médicos dispõem
de algo).
(A) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética de que
dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do
conhecimento.
Na alternativa (B), entendemos que os cientistas sonham com aquilo. Assim,
"os cientistas" é sujeito, "sonham" é verbo transitivo indireto e "com que" é o
objeto indireto.
Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde
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humana é tudo aquilo com que possam sonhar os cientistas.
Na alternativa (C), ocorre a locução conjuntiva adverbial de causa "tendo em
vista que". Assim, não pode haver preposição antes do "que".
Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo
em vista que se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.
A alternativa (D) é a correta, pois entendemos que os cientistas se
fundamentam no estudo.
As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo
em que se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.
Na alternativa (E), entende-se uma relação de finalidade iniciando a nova
oração, por isso cabe apenas "para que".
E necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade
para a vida no planeta, para que se amplie o campo das pesquisas genéticas.

Questão 36: TRE TO - 2011 - Analista


Para que nos faça feliz...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está em:
(A) ... como a morte de alguém que amamos...
(B) ... por que nos darmos o trabalho...
(C) Se o livro que estamos lendo...
(D) ... livros que nos atinjam...
(E) Seríamos felizes da mesma forma...
Gabarito: D
Comentário: O verbo "faça está no presente do subjuntivo.
(A) amamos: presente do indicativo.
(B) darmos: infinitivo.
(C) estamos lendo: locução verbal no presente do indicativo.
(D) atinjam: presente do subjuntivo.
(E) Seríamos: futuro do pretérito do indicativo.

Questão 37: TRT1aR - 2011 - Analista


... a densidade da ocupação espacial resulta na concentração de necessidades.
Assim, nas cidades surgem problemas que em outras condições as pessoas
nunca tiveram oportunidade de resolver.
Identifica-se entre as frases acima, respectivamente, relação de
(A) consequência e ressalva.
(B) causa e consequência.
(C) finalidade e temporalidade.
(D) oposição e ressalva.
(E) condição e oposição.
Gabarito: B
Comentário: Veja que a conjunção "Assim" inicia uma oração coordenada
conclusiva. Na relação de causa e efeito, sabemos que as conjunções
conclusivas também transmitem o valor de consequência. Sempre que houver
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uma oração de consequência, a outra a que ela se refere será de causa. Por
isso, a alternativa correta é a (B).

Questão 38: TRT 24aR - 2006 - Analista


Na frase No entanto, mesmo com a multiplicação das instituições, não
conhecemos nenhuma época histórica que não tenha sido marcada por
conflitos, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído, sem
prejuízo para o sentido, por:
(A) Ainda assim, contando com a
(B) Porém, ainda que houvesse a
(C) Apesar disso, pelo fato de haver a
(D) Todavia, apesar da
(E) Por conseguinte, a despeito da
Gabarito: D
Comentário: Veja que "No entanto" é conjunção coordenada adversativa. Por
isso só cabe as alternativas (B) e (D). A outra estrutura é adverbial
concessiva, por isso cabem as locuções "ainda que" ou "apesar da". Com a
inserção da oração "ainda que houvesse a...", o verbo desta oração está no
pretérito imperfeito do subjuntivo (houvesse) e levaria o verbo da outra
oração para o futuro do pretérito do indicativo (conheceríamos). Porém, ele
está no presente do indicativo (conhecemos). Isso indica que esta estrutura
adverbial deve ser um adjunto adverbial e não uma oração. Por isso, cabe
"apesar da".

Questão 39: TRT19aR 2008 Analista


Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do corpo, já quem cultiva
uma amizade, conta com o conforto moral.
(B) No que me diz respeito, não me interessam os amigos de ocasião: prezo
apenas os verdadeiros, os que me apoiam incondicionalmente.
(C) De que pode valer, gozarmos um momento de felicidade, se não dispomos
de alguém, a quem possamos estendê-la?
(D) Confio sempre num amigo; pois minha confiança nele, certamente será
retribuída com sua confiança em mim.
(E) São essas enfim, minhas razões para louvar a amizade: diga-me você
agora quais as suas?
Gabarito: B
Comentário: As frases estarão abaixo reescritas já com a correção.
Na alternativa (A), observe que os sujeitos do verbo "conta" nas duas
ocorrências são "Quem cuida da saúde" e "quem cultiva uma amizade"; por
isso as vírgulas entre estes termos estão erradas. A vírgula antes do advérbio
"já" está correta, pois separa duas estruturas coordenadas adversativas.
Quem cuida da saúde conta com os recursos do corpo, já quem cultiva uma
amizade conta com o conforto moral.
A alternativa (B) é a correta, pois há uma estrutura adverbial
antecipada, composta de preposição "em", pronome demonstrativo reduzido
"o" ("no") e oração subordinada adjetiva restritiva "que me diz respeito". Por
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isso a vírgula é obrigatória. Os dois-pontos assinalam uma explicação. A
vírgula após "verdadeiros" ocorreu para assinalar que o pronome
demonstrativo reduzido "os", seguido da oração subordinada adjetiva
restritiva "que me apoiam incondicionalmente" é um aposto, o qual amplia o
termo "os verdadeiros".
No que me diz respeito, não me interessam os amigos de ocasião: prezo

apenas os verdadeiros, os que me apoiam incondicionalmente.

Na alternativa (C), a oração "gozarmos um momento de fellciiade" é


uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, e sua
oração principal é "De que pode valer". Assim, não pode haver vírgula entre
essas orações. Note que a oração principal possui a locução verbal "pode
valer", a qual é entendida como transitiva indireta e seu objeto indireto é "de
que"; por isso toda a oração já apontada é o sujeito. A vírgula antes da
conjunção "se" é facultativa, pois inicia uma oração subordinada adverbial
condicional ("se não dispomos de alguém"), a qual se encontra após a oração
principal. Note que a oração "a quem possamos estendê-la" é subordinada
adjetiva. Ela se encontra antecipada de vírgula, o que não é coerente, pois o
termo a ser caracterizado é um pronome indefinido ("alguém"). Termos
generalizantes como este devem ser restringidos pela oração adjetiva e não
explicados. Por isso, o ideal é a retirada da vírgula.

De que pode valer gozarmos um momento de felicidade, se não dispomos

de alguém a quem possamos estendê-la?

Na alternativa (D), o vício nesta frase está em não se inserir uma vírgula
após o advérbio "certamente". Esse advérbio, por se entender de pequena
extensão, pode ficar entre vírgulas ou sem qualquer vírgula, o que não se
admite é a forma como está na questão: apenas com uma. O ponto e vírgula
está corretamente inserido, pois divide as orações coordenadas, sendo que
uma delas (a explicativa) já se encontra com vírgulas internas.

Confio sempre num amigo; pois minha confiança nele, certamente, será

retribuída com sua confiança em mim.

Na alternativa (E), a palavra denotatva "enfim" funciona como


conjunção coordenativa conclusiva deslocada; por isso deve ficar entre
vírgulas. Os dois-pontos muito raramente são utilizados para expressar
conclusão, mas a norma culta aceita; por isso seu uso é lícito nesta frase.
(E) São essas, enfim, minhas razões para louvar a amizade: diga-me você

agora quais as suas?

Questão 40: CEAL 2008 Advogado


O período cuja pontuação está inteiramente correta é:
(A) Não sendo político, um ator não deveria jamais candidatar-se a qualquer
cargo segundo julga a maioria dos eleitores que assim, manifestam seu
preconceito.
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(B) Nômades, por um lado, devassos por outros: é com tais imputações que
se revelam, os preconceitos que, alimentamos em relação aos atores.
(C) De todas as afirmações feitas no texto a que mais impressionou é a de
que somos todos, atores, em virtude do fingimento pelo qual acabamos por
regular nosso comportamento no cotidiano.
(D) Ao se referir ao nosso absenteísmo, está o autor aludindo à nossa inércia,
à acomodação política a que nos entregamos, mesmo nos momentos que
exigem uma decisiva participação.
(E) Sendo a democracia, ao mesmo tempo um regime de decisão pessoal, e
de representação coletiva, suscita entre os eleitores, uma notável
ambivalência na hora de se decidirem.
Gabarito: D
Comentário: As frases estarão abaixo reescritas já com a correção.
Na alternativa (A), a oração "não sendo p o l í c o " é subordinada adverbial
de causa e se encontra antecipada, por isso a vírgula que a separa da
principal é obrigatória. A oração subordinada adverbial conformativa "segundo
julga a maioria dos eleitores" é seguida de uma oração subordinada adjetiva
restritiva. A falta de vírgula após "cargo" e após "eleitores" não compromete a
gramaticalidade, pois a oração subordinada adverbial encontra-se após a
oração principal e sabemos que não há vírgula antes da oração adjetiva
restritiva. O problema então está apenas na vírgula após o advérbio de modo
"assim". Por ser adjunto adverbial de pequena extensão, o autor pode optar
em inserir dupla vírgula ou não; mas nunca uma só vírgula.

Não sendo político, um ator não deveria jamais candidatar-se a qualquer


cargo segundo julga a maioria dos eleitores que, assim, manifestam seu
preconceito.
Na alternativa (B), a locução adverbial "por um lado" está entre vírgulas
corretamente, mas poderia estar sem vírgula alguma, por entendermos
locução adverbial de pequena extensão. Os dois-pontos revelam que há uma
explicação da informação anterior, por isso está corretamente empregada esta
sinalização. O problema está nas vírgulas após "revelam" e após "que".
Primeiro porque não há vírgula entre sujeito e verbo, depois porque não pode
haver vírgula após conjunção; a exceção das conjunções coordenativas
adversativas e conclusivas.

Nômades, por um lado, devassos por outros: é com tais imputações que se
revelam os preconceitos que alimentamos em relação aos atores.
Na alternativa (C), a locução adverbial antecipada "De todas as
afirmações feitas no texto" deve receber vírgula após o substantivo "texto". O
substantivo "atores" é o predicativo do sujeito. Esse termo não pode ficar
intercalado por vírgulas num predicado nominal; por isso, deve-se retirá-las.
Poderia haver uma vírgula após a locução prepositiva "em virtude de", por
iniciar termo adverbial; porém isso não é obrigatório porque a estrutura
adverbial se encontra após a estrutura principal. Note que a oração "pelo qual
acabamos por regular nosso comportamento no cotidiano" é subordinada
adjetiva restritiva, por isso não recebe vírgula.

De todas as afirmações feitas no texto, a que mais impressionou é a de

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que somos todos atores em virtude do fingimento pelo qual acabamos por
regular nosso comportamento no cotidiano.
A alternativa (D) é a correta. A oração "Ao se referir ao nosso
absenteísmo" é subordinada adverbial temporal antecipada, o que faz a
vírgula ser obrigatória. A vírgula após "inércia" ocorre porque "à nossa inércia,
à acomodação" é objeto indireto composto. A oração "a que nos entregamos"
é adjetiva restritiva, por isso não recebe vírgula. A vírgula após "entregamos"
é facultativa, pois inicia adjunto adverbial em final de oração. Também não se
admite a vírgula após "momentos", porque a oração "que exigem uma
decisiva participação" é adjetiva restritiva.

Ao se referir ao nosso absenteísmo, está o autor aludindo à nossa inércia,


à acomodação política a que nos entregamos, mesmo nos momentos que
exigem uma decisiva participação.
Na alternativa (E), a locução adverbial "ao mesmo tempo" foi iniciada
por vírgula, por isso deve haver vírgula após esta estrutura. A vírgula após
"pessoal" deve ser retirada, pois a conjunção "e" já une os dois adjuntos
adnominais "de decisão pessoal e de representação coletiva". A vírgula após
"coletiva" é obrigatória, haja vista marcar a antecipação de toda a oração
subordinada adverbial de causa. A locução adverbial "entre os eleitores" pode
ser considerada de pequena extensão; porém, se houve vírgula fechando-a,
deverá haver vírgula iniciando-a.

Sendo a democracia, ao mesmo tempo, um regime de decisão pessoal e de


representação coletiva, suscita, entre os eleitores, uma notável ambivalência
na hora de se decidirem.

Questão 41: CEF 2011 Advogado


Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos; seja pelas
consequências que dele derivaram projetadas em escala mundial.
(B) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico seja pela gravidade, que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências, que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(C) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico - seja pela gravidade que tiveram, em si mesmos, seja pelas
consequências que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(D) Há eventos que, como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico, seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(E) Há eventos, que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências que, dele, derivaram projetadas em escala mundial.
Gabarito: D
Comentário: Como todas as frases são iguais, ao se comentar a frase
corretamente pontuada, por exclusão se chegará ao erro das outras.
A alternativa (D) é a correta, pois a expressão denotativa de
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exemplificação "como o 11 de setembro" está intercalada e deve ser separa
por dupla vírgula. Note que a estrutura "seja pela gravidade que tiveram em si
mesmos, seja pelas consequências que dele derivaram" é um adjunto
adverbial de causa e se encontra composto, isto é coordenado por conjunções
alternativas, por isso se explicam as vírgulas antes das conjunções
coordenativas alternativas "seja". A vírgula antes de "projetadas" ocorre
porque a oração "projetadas em escala mundial" é subordinada adjetiva
explicativa reduzida de particípio. Essa oração explica o substantivo
"consequências".
Há eventos que, como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico, seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências que dele derivaram, projetadas em escala mundial.

Questão 42: TCM - CE 2010 Superior


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(C) A rotina - afirmam alguns - é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
Gabarito: A
Comentário: Como a frase é a mesma, só mudando a pontuação, analisar-
se-á apenas a correta e por exclusão se entende o erro das outras.
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
A expressão "afirmam alguns" é o comentário do autor, também
chamada de oração parentética. Essa expressão pode ser separada por dupla
vírgula, duplo travessão e parênteses. A expressão "segundo o cronista" é um
adjunto adverbial de conformidade e, por estar intercalada, está entre
vírgulas. Os dois-pontos iniciam uma oração explicativa. A vírgula antes da
conjunção coordenativa adversativa "mas" é obrigatória.

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O que devo tomar nota como mais importante?
• A estrutura-base da crase!

Índice das provas analisadas


Prova: TRF 1aR 2001 Biblioteconomista
Prova: TRF 4a R 2001 Analista
Prova: TRT 20aR 2002 Analista
Prova: TRE AC 2003 Analista
Prova: TRF 5aR 2003 Analista
Prova: TRT 21aR 2003 Analista
Prova: TRT 24aR 2003 Analista
Prova: TRT 2aR - 2004 - Analista
Prova: TRT 17aR - 2004 - Analista
Prova: TRT23aR - 2004 - Analista
Prova: TRE MG 2005 Analista
Prova: TRT 11aR - 2005 - Analista
Prova: BB DF - 2006 - Escriturário
Prova: TRT 6aR 2006 Analista
Prova: TRT 24aR 2006 Técnico
Prova: MPU 2007 Analista
Prova: PBGÁS RS 2007 Superior
Prova: TRF 2aR 2007 Analista
Prova: CEAL 2008 Advogado
Prova: Fiscal de Rendas 2008 superior
Prova: TRT 2aR 2008 Analista
Prova: TRT 2aR 2008 técnico
Prova: TRF 5aR 2008 Analista
Prova: TRT19aR 2008 Analista
Prova: MPE RS 2010 Superior
Prova: TRT 12aR 2010 Analista
Prova: TRT 16aR 2009 técnico
Prova: BAHIA GÁS - 2010 - Analista
Prova: TCM - CE 2010 Superior
Prova: TRT 9aR - 2010 - Analista (TI)
Prova: BB - 2011 - Escriturário
Prova: DPE RS - 2011 - Superior
Prova: CEF 2011 Advogado
Prova: TRT 1aR - 2011 - Analista
Prova: TRE TO - 2011 - Analista

Para realizarmos este curso, estamos catalogando 111 provas da banca


Fundação Carlos Chagas, no período de 2001 a 2011. Logicamente não são
todas as produzidas neste período, mas nos dá um boa ideia desta banca. Ao
trabalharmos com provas num intervalo de 10 anos, acreditamos passar aos
alunos uma melhor tendência da prova, de forma a sabermos o que vem
caindo ao longo do tempo, e não sermos imediatistas e pensarmos que só cai
aquilo que vimos em provas recentes.

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Essa análise das provas é importante; porque estudo sem estratégia é
estudo perdido. O que podemos perceber nesta aula é que, dessas 111 provas
analisadas, conseguimos encontrar apenas 30 questões de crase. Assim,
notamos que é um conteúdo que vem caindo pouco.
Ao compararmos com concordância, regência e pontuação, este tema
está bem aquém na prioridade do estudo. Mas note, não podemos
menosprezar o assunto. Como falei, isso é uma tendência. Encontramos provas
que pediram este assunto duas vezes.
A partir desta aula, estamos disponibilizando a lista das questões
trabalhadas para uma revisão.

Até nosso próximo encontro!


Grande abraço.
Terror

Lista de questões

Questão 1: BB escriturário 2006


A substituição do segmento grifado em "dedicam-se os velhos (...) à
cerimônia da evocação" por "relembrar", exigiria a manutenção do acento
indicativo da crase, em respeito ao padrão escrito culto.

Questão 2: Fiscal de Rendas 2008 superior


Em "resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza à exposição
escrita", na substituição do segmento destacado por "expor na escrita", o
acento indicativo da crase deveria permanecer, conforme o padrão culto da
língua.

Questão 3: MPU 2007 Analista


O emprego do sinal gráfico indicativo da crase está correto em "sujeitos à
superação", assim como está em "Chegaram à propor um acordo, mas não
foram ouvidos".

Questão 4: TRF 2aR 2007 Analista


Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie
humana.
A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: o sinal indicativo
da crase está usado em conformidade com a norma padrão, assim como o
está em "lançado à qualquer que seja o ser humano".

Questão 5: TRT 2aR 2008 técnico


O emprego ou não do sinal indicativo de crase está inteiramente correto na
frase:
(A) Às metrópoles cabe o papel de eixo da economia, especialmente porque a
densidade populacional ajuda a reduzir os custos da produção.

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(B) Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos à um transporte
público que nem sempre atende à suas necessidades de deslocamento.
(C) As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente à 3
bilhões de pessoas que vão a procura de bem-estar.
(D) É necessário haver respeito as leis para que os cidadãos desfrutem à vida
nas cidades, que oferece benefícios à todos.
(E) A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às
empresas, destacando-se às de oferta de serviços.

Questão 6: TRT 16aR 2009 técnico


Lado lado das restrições legais, são importantes os estímulos
medidas educativas, que permitam avanços em direção um
desenvolvimento sustentável do setor da saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por
(A) a - à - à
(B) à - a - à
(C) à - a - a
(D) a - a - a
(E) a - à - a

Questão 7: TRT 2QaR 2002 Analista


A população de miseráveis não tem acesso quantidade mínima de
alimentos necessária manutenção de uma vida saudável, equivalente
uma dieta de 2000 calorias diárias.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada é:
(A) a - à - a
(B) à - à - a
(C) à - à - à
(D) à - a - a
(E) a - a - à

Questão 8: TRT 24aR 2003 Analista


Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, está
inteiramente correta a frase:
(A) Quem está à alguma distância de Campo Grande não pode avaliar à
contento o mérito da polêmica à que se refere o texto.
(B) Não é aqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição
do uso de uma língua à cuja preservação estejam devotados milhares de
falantes.
(C) Quem visa à restringir a utilização de uma língua das minorias deveria
também se ater à toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais.
(D) As decisões que se tomam à revelia do interesse das populações são
semelhantes àquelas tomadas na vigência dos atos institucionais da ditadura
militar.
(E) Quem se manifeste contrário à uma única manifestação de arbitrariedade

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está manifestando sua hostilidade à todas as medidas arbitrárias.

Questão 9: TRT 24aR 2006 Técnico


A cidade de Corumbá, que se situa margens do rio Paraguai e uma
distância de 420 quilômetros de Campo Grande, recebe turistas sempre
dispostos pescar.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por
(A) às - a - a
(B) às - à - a
(C) às - à - à
(D) as - a - à
(E) as - à - à

Questão 10: TRT 21aR 2003 Analista


Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, a frase
inteiramente correta é:
(A) O processo correrá às expensas do denunciante, a menos que a isto se
oponha a autoridade do Ministro, de cuja decisão nenhuma parte poderá vir a
recorrer.
(B) Em meio as atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a
comparecer a sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete à
lápis, que estava acamada.
(C) À despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar àquela
velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs à soluçar?
(D) Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como
sua defensora à jovem bacharel, que ainda não se submetera à uma prova de
fogo, como aquela.
(E) Ele ficou à distância, em meio as profundas hesitações que a ausência da
testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar à que
fosse adiada a sessão?

Questão 11: TRT 2aR 2008 Analista


Atente para as seguintes frases:
I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um
notório extrovertido.
II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem
notar; também as tímidas chamam a atenção.
III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar
a atenção de todos.
Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) I.

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(E) III.

Questão 12: CEAL 2008 Advogado


Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente
correta é:
(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato
a um posto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um
político profissional.
(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas
nos prendemos todos, em nossa vida comum.
(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam
àqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida.
(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores
causam as pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.
(E) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar
desprendimento, pois este se reserva às pessoas generosas.

Questão 13: BB - 2011 - Escriturário


Quando comparado outras aves, os tucanos parecem ser bem maiores
quem os observa, voar na natureza.
Os espaços pontilhados da frase acima estarão corretamente preenchidos, na
ordem, por:
(A) às - a - a
(B) às - à - a
(C) as - a - a
(D) às - a - à
(E) as - à - à

Questão 14: TRT 1aR - 2011 - Analista


pessoas de fora, estranhas cidade, a vida urbana exerce uma
constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de
violência, inevitáveis sob condições urbanas de alta densidade
demográfica.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) Às - à - as
(B) As - à - às
(C) As - a - às
(D) Às - a - às
(E) As - à - as
Questão 15: TRT 23aR - 2004 - Analista
Busca-se muito tempo uma linguagem adequada expressão das leis
e outras questões sociais.
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por
(A) a - à - à
(B) há - a - a

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(C) a - a - à
(D) a - à - a
(E) há - à - a

Questão 16: TRT 17aR - 2004 - Analista


Justificam-se inteiramente ambas as ocorrências do sinal de crase em:
(A) Os que têm pleno acesso àquilo que oferece a cesta de bens e serviços
devem considerar-se à margem da pobreza.
(B) Quem atribui um valor monetário à essa cesta de bens e serviços está-se
habilitando à definir uma linha de pobreza.
(C) Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta à
uma boa definição é o rigor de um bom critério.
(D) Há quem recrimine à cultura da subsistência, imputando-lhe à
responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos
brasileiros.
(E) Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição
dessa cesta deixam de atender à todas as suas necessidades básicas.

Questão 17: TRT 11aR - 2005 - Analista


Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o
que se lê em:
(A) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se
mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.
(B) Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos
grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões
cruciais do pós-guerra.
(C) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação
coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se.
(D) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas
à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas
da ciência.
(E) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um
homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada
intervenção cirúrgica.

Questão 18: TRT 2aR - 2004 - Analista


Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente
correto o seguinte período:
(A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes
cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas
interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinquência.
(B) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à
toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das
guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.
(C) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão
social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição
semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média.
(D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de

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morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da
formação integral dos jovens.
(E) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta
àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência
pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos
problemas.

Questão 19: DPE RS - 2011 - Superior


A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo.
(A) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro...
(B) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice.
(C) Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de....
(D) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro...
(E) ...dentro de seu carro em frente a sua casa...

Questão 20: MPE RS 2010 Superior


Fragmento de texto: Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois
de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais
longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência ...
Considere as afirmativas seguintes:
I. A concordância verbal estaria inteiramente respeitada, com o verbo
experimentar flexionado na 1a pessoa do plural, experimentamos.
II. A presença do sinal de crase é facultativa, pois internet é palavra
originária do inglês, adaptada ao nosso idioma.
III. O segmento introduzido pelos dois pontos explica a dificuldade
decorrente da acentuada exposição à internet.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.

Questão 21: PBGÁS RS 2007 Superior


Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em:
(A) Caberá à maioria das pessoas decidir se continuarão preferindo a
velocidade à qualidade mesma das experiências.
(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser substituído por algum
parâmetro que leve em conta a ecologia.
(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade não tem encontrado
oponentes à altura de seu prestígio.
(D) Dada à importância que assumiu na informática, a velocidade dos
processos tornou-se indispensável à massa dos internautas.
(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade será submetido à uma mais
rigorosa e justa avaliação.

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Questão 22: TRE AC 2003 Analista
Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em:
(A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado
à uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria
sensível à pressões internacionais.
(B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres
vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre
fizeram jus.
(C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis
do país, pois é a estas, e não a outras, que lhe cabe dar cumprimento.
(D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis;
que faríamos se os nigerianos nos conclamassem a cessação dessa
permanente afronta às nossas normas legais?
(E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por
apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira a absolvição de
Amina um significado maior do que o de uma concessão.

Questão 23: TRE MG 2005 Analista


Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:
(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os
resultados à que chegaram.
(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à
sua teoria dos buracos negros.
(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de
trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão.
(D) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam
curvar-se às evidências de um equívoco.
(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às
hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

Questão 24: TRE MG 2005 Analista


É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
(A) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem
sequer atentar para o que está vendo.
(B) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado
por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de
sonhar.
(C) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro
de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
(D) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas
prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
(E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda
uma geração.

Questão 25: TRF 5aR 2003 Analista


Atente para as seguintes frases:

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I. À^ qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra.
II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas da
guerra.
III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o
Presidente fará à Nação.
Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o
que se lê em
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II, somente.
(E) II e III, somente.

Questão 26: TRF 5aR 2008 Analista


Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase
em:
(A) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois
àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.
(B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de
reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.
(C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-se à
determinada sensação, a determinado humor.
(D) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir,
conforme comprovam nossas próprias experiências.
(E) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da
fronteira entre o pessimismo e o otimismo.

Questão 27: TRF 1aR 2001 Biblioteconomista


A necessidade ou não do sinal de crase está inteiramente observada na frase:
(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também
às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade.
(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à
qual, aliás, já se fizeram objeções à torto e à direito.
(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição
"natural" de cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem.
(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários
pontos, à exemplo do que ocorreu com o antigo.
(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos;
todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.

Questão 28: TRF 4aR 2001 Analista


Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:
(A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo.
(B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de
socorro.
(C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às
boas.
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(D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa.
(E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão.

Questão 29: TRT 12aR 2010 Analista


Observam-se plenamente as regras que regulamentam o emprego do sinal de
crase em:
(A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária
àquela, é rir às escâncaras.
(B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre
à normas de boa conduta para se justificar.
(C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à
nenhuma pessoa impedir que alguém a conte.
(D) O humorista requisitou àquela senhora para contracenar com ele, mas,
afeita à defender o "politicamente correto", ela se recusou.
(E) É à partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar à
alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal.

Questão 30: TRT 6aR 2006 Analista


Quanto à observância do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:
(A) Triste de quem só se reconhece à partir da imagem que os outros ficam à
construir.
(B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que
cheguemos à uma imagem verdadeira de nós mesmos.
(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos
que ela corresponda as nossas verdades mais profundas.
(D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos,
costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta.
(E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também
deveríamos nos preocupar em reanimar à verdade do nosso ser.

Questão 31: BAHIA GÁS - 2010 - Analista


Os mitos nos acompanham ao longo do tempo, por isso é preciso dar aos
mitos a atenção que requerem. Porque haveremos de tratar os mitos como se
fossem embustes, em vez de reconhecer nos mitos a simbologia inspiradora?
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, respectivamente, por:
(A) dar-lhes os tratar neles reconhecer
(B) dar-lhes tratar-lhes reconhecê-los
(C) dá-los os tratar lhes reconhecer
(D) lhes dar tratar a eles os reconhecer
(E) dar a eles lhes tratar reconhecer neles

Questão 32: TRT 1aR - 2011 - Analista


O verbo que pode ser empregado corretamente também no singular, sem
outra alteração na frase, está grifado em:
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(A) ... por aquelas pedras passaram pelo menos 600 mil escravos trazidos
d'África.
(B) Metade deles tinham entre 10 e 19 anos.
(C) Em 1817, contaram-se 50 salas ...
(D) Os milhares de africanos que morreram por conta da viagem [...] foram
jogados numa área ...
(E) ... os dois pesados volumes da obra estão criteriosamente ilustrados.

Questão 33: BB DF - 2006 - Escriturário


Verbos do texto foram empregados em novas frases. A que se apresenta
totalmente em conformidade com a norma padrão escrita é:
(A) Com a invasão do europeu, afetou-se, de maneira evidente, muitas
práticas tradicionais dos povos indígenas.
(B) Trata-se de relações complexas, essas que são estabelecidas entre povos
de culturas distintas.
(C) Se você ver a colonização da América com o distanciamento que uma
análise objetiva exige, muitos aspectos obscuros se esclarecerão.
(D) Seria uma grande conquista se conseguíssemos que fosse reconstituído,
pela ação dos antropólogos, os mais relevantes aspectos da cultura soterrada.
(E) Eles evitaram inúmeras vezes abandonarem o sítio arqueológico, mas
acabaram por fazê-lo.

Questão 34: TRT 9aR - 2010 - Analista (TI)


Estão corretamente empregadas e flexionadas todas as formas verbais da
frase:
(A) Se não intervirmos no mundo em que vivemos, para garantir seu
equilíbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer.
(B) Se a religião não se dispor a refazer os cálculos, o número de 7.000 anos
que ela impele ao mundo parecerá cada vez mais absurdo.
(C) Se os crentes requisessem e obtivessem a presença de Deus como prova
de sua existência, os cientistas passariam a examiná-lo.
(D) Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto à existência de um
único Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas.
(E) Mesmo que todos os cientistas fossem agnósticos, e se detessem no
caminho exclusivo da ciência, a dúvida acabaria por assaltar alguns.

Questão 35: TRE TO - 2011 - Analista


... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram.
A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da
frase:
(A) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética
dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do
conhecimento.
(B) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da
saúde humana é tudo aquilo possam sonhar os cientistas.
(C) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta,
tendo em vista se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

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(D) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de
estudo se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.
(E) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da
biodiversidade para a vida no planeta, se amplie o campo das pesquisas
genéticas.

Questão 36: TRE TO - 2011 - Analista


Para que nos faça feliz...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está em:
(A) ... como a morte de alguém que amamos...
(B) ... por que nos darmos o trabalho...
(C) Se o livro que estamos lendo...
(D) ... livros que nos atinjam...
(E) Seríamos felizes da mesma forma...

Questão 37: TRT 1aR - 2011 - Analista


... a densidade da ocupação espacial resulta na concentração de necessidades.
Assim, nas cidades surgem problemas que em outras condições as pessoas
nunca tiveram oportunidade de resolver.
Identifica-se entre as frases acima, respectivamente, relação de
(A) consequência e ressalva.
(B) causa e consequência.
(C) finalidade e temporalidade.
(D) oposição e ressalva.
(E) condição e oposição.

Questão 38: TRT 24aR - 2006 - Analista


Na frase No entanto, mesmo com a multiplicação das instituições, não
conhecemos nenhuma época histórica que não tenha sido marcada por
conflitos, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído, sem
prejuízo para o sentido, por:
(A) Ainda assim, contando com a
(B) Porém, ainda que houvesse a
(C) Apesar disso, pelo fato de haver a
(D) Todavia, apesar da
(E) Por conseguinte, a despeito da

Questão 39: TRT 19aR 2008 Analista


Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do corpo, já quem cultiva
uma amizade, conta com o conforto moral.
(B) No que me diz respeito, não me interessam os amigos de ocasião: prezo
apenas os verdadeiros, os que me apoiam incondicionalmente.
(C) De que pode valer, gozarmos um momento de felicidade, se não dispomos
de alguém, a quem possamos estendê-la?

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(D) Confio sempre num amigo; pois minha confiança nele, certamente será
retribuída com sua confiança em mim.
(E) São essas enfim, minhas razões para louvar a amizade: diga-me você
agora quais as suas?

Questão 40: CEAL 2008 Advogado


O período cuja pontuação está inteiramente correta é:
(A) Não sendo político, um ator não deveria jamais candidatar-se a qualquer
cargo segundo julga a maioria dos eleitores que assim, manifestam seu
preconceito.
(B) Nômades, por um lado, devassos por outros: é com tais imputações que
se revelam, os preconceitos que, alimentamos em relação aos atores.
(C) De todas as afirmações feitas no texto a que mais impressionou é a de
que somos todos, atores, em virtude do fingimento pelo qual acabamos por
regular nosso comportamento no cotidiano.
(D) Ao se referir ao nosso absenteísmo, está o autor aludindo à nossa inércia,
à acomodação política a que nos entregamos, mesmo nos momentos que
exigem uma decisiva participação.
(E) Sendo a democracia, ao mesmo tempo um regime de decisão pessoal, e
de representação coletiva, suscita entre os eleitores, uma notável
ambivalência na hora de se decidirem.

Questão 41: CEF 2011 Advogado


Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos; seja pelas
consequências que dele derivaram projetadas em escala mundial.
(B) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico seja pela gravidade, que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências, que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(C) Há eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico - seja pela gravidade que tiveram, em si mesmos, seja pelas
consequências que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(D) Há eventos que, como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico, seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências que dele derivaram, projetadas em escala mundial.
(E) Há eventos, que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco
histórico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas
consequências que, dele, derivaram projetadas em escala mundial.

Questão 42: TCM - CE 2010 Superior


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
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literatura.
(C) A rotina - afirmam alguns - é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.

GABARITO

1. E 2. E 3. E 4. E 5. A 6. D 7. B 8. D 9. A 10. A
11. A 12. E 13. A 14. A 15. E 16. A 17. C 18. C 19. E 20. C
21. A 22. C 23. D 24. E 25. E 26. E 27. A 28. B 29. A 30. D
31. A 32. B 33. B 34. D 35. D 36. D 37. B 38. D 39. B 40. D
41. D 42. A

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