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COORDENAÇÃO DE CAPACITAÇÃO, TREINAMENTO E ENSINO

Histórico e Fundamentação

A origem da licitação tem suas raízes no direito romano. "Sua utilização


estendia-se tanto para a alienação dos despojos de guerra como para a realização
de obras públicas." (Dallari apud CASTRO e LOPES, 2004, p. 25).
No Brasil o primeiro registro encontrado aponta que a licitação aparece no
direito público brasileiro desde 1862, inicialmente por meio do Decreto nº 2.926, de
14 de maio de 1862. O referido decreto regulamentava as “arrematações dos serviços
a cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.” (Pereira
Júnior apud CASTRO e LOPES, 2004, p. 25).
Após o decreto, outras leis surgiram. Entretanto, a consolidação, em âmbito
federal, só aconteceu com o Decreto nº 4.536, de 28 de janeiro de 1922, responsável
pela organização do Código de Contabilidade da União. A partir de então, a
normatização sobre o tema evoluiu. Acompanhe esta evolução a partir dos principais
registros legais.
 Decreto-Lei no 200, de 25/2/1967 (arts. 125 a 144) – Estabelece a reforma
administrativa federal;
 Lei no 5.456, de 20/6/1968 – Estende as disposições do Decreto Lei nº 200,
referentes às normas relativas a licitações para compras, obras, serviços e
alienações às administrações dos estados e municípios;
 Decreto-Lei no 2.300, de 21/11/1986 – Dispõe sobre as licitações e contratos
da Administração Federal;
 Constituição Federal de 1988 – Eleva a licitação a status de princípio
constitucional, obrigando a observância da Administração Pública, direta ou
indireta, de todos os poderes da União, Estado e Municípios;
Observe!

A Constituição Federal de 1988 contribuiu de forma significativa para a


institucionalização e a democratização da Administração Pública, e consequentemente
para a modernização dos processos licitatórios.

 Lei no 8.666 de 21/6/93 – Regulamenta o inciso XXI do art. 37 da Constituição


Federal, disciplinando as licitações e contratos da Administração Pública
celebrados atualmente;

Constituição Federal
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
........................................................................................................................
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
........................................................................................................................
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
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lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica


indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de


atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1o A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
........................................................................................................................
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública;

 Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 – Institui a modalidade de licitação


denominada pregão no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

O pregão surgiu em 1998 para ser utilizado nos contatos da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), mas, em 2000, a partir de uma medida provisória, a
modalidade começou a ser usada por toda a administração pública federal.
A consolidação do instituto legal veio em 2002 com a edição da Lei n° 10.520/02, que
permitiu o uso do pregão por todos os órgãos públicos do país.
Além de conferir maior facilidade e menor burocracia nas compras públicas, a
preferência pelo pregão tem outra justificativa: a possibilidade de ser feito totalmente
pela via eletrônica – o chamado pregão eletrônico –, o que garante maior rapidez e
trâmites ainda mais rápidos aos recursos administrativos dos participantes. A
importância do pregão eletrônico para o governo federal é tanta que, mesmo sendo
uma novidade nas compras públicas, já passa por modificações.
Desde 2004 o governo vem estudando mudanças na Lei no 8.666/93.
O objetivo dessas mudanças aponta para a implementação de inovações no
procedimento de licitação atual e a maior utilização dos meios eletrônicos nos moldes
do pregão. Também fazem parte desse contexto as parcerias público-privadas (módulo
IV, contratação por licitações especiais).
É importante observar que todas essas alterações, além de buscarem conferir à
Administração Pública maior legitimidade no processo, garantiram que a normatização
da licitação não ficasse restrita a Administração Pública de âmbito federal, estendendo
as orientações, parâmetros e limites ao Distrito Federal, aos estados e municípios.

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