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Introdução ...................................................................................................................... 1
Conclusão..................................................................................................................... 17
Para tanto, será usado como base para o estudo a lei que regulamenta as normas para
contractos da Administração Pública seus principais aspectos e prerrogativas
conferidas a estes no âmbito da Administração Pública, qual seja, bem como as
referências doutrinárias e internet acerca do assunto. De uma forma bem sintetizada
não pretendo trazer nesse trabalho tudo à cerca das execuções ou modificações ou
ainda da extinção dos contractos administrativos, mas visamos dá maior notoriedade
aos principais temas e focar nas partes mais importantes.
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1. A Execução dos Contractos Administrativos
Celebrando o contracto administrativo, ele deve ser executado fielmente pelas partes.
A execução do contracto deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante
da Administração especialmente designado, admitindo-se, também, a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo com informações pertinentes a essa atribuição.
2
direito privado, com efeito, a execução do CA obedece a um regime especial e
derrogatório do regime geral, segundo o qual "... o contracto constitui, nos termos
escritos em que é concluído, a lei imutável entre as partes".
Diz ainda o autor, a caução é prestada antes da celebração do contracto, mas após a
adjudicação. Nenhum contraente privado pode ser pago por adiatamento sem que
preste caução no valor igual ao pagamento solicitado (n.º4). Nos termos do n.º3 do
mesmo artigo, "A garantia definitiva poderá ser dispensada nos casos de contratação
de empreitada de obras, de fornecimentos de bens e prestação de serviços de pequena
dimensão e na selecção de pessoas singulares para a prestação de serviços de
consultoria".
1
AMARAL, 2015, p. 510-11 & MACIE, 2015, p. 286
3
b) O poder de modificação unilateral: decorre da variabilidade dos interesses
públicos prosseguidos com o contracto e tem correspondência no dever de
manutenção do equilibro financeiro do contracto, dever que dita, em condições
normais, o aumento das contrapartidas financeiras do co-contratante privado2. "A
Administração pode mudar o contracto mas não pode mudar de contracto; se a
Administração quiser mudar de contracto, deverá então fazer o uso de poder de
resgate da concessão, e celebrar outro contracto" 3 . Com efeito, o poder de
modificação unilateral do conteúdo das prestações, e não o objecto do contracto, deve
ser fundamentado e é feito por apostolas, e insere-se na necessidade de alterar, (art.
51, do Decreto n.° 15/2010):
2
Ibidem
3
CAETANO, 2008, p. 615-16
4 Ipso facto é uma expressão latina que significa “pelo próprio facto” ou seja, que um certo efeito é
uma consequência directa da acção em causa, em vez de ser provocada por uma acção subsequente,
como o veredicto de um tribunal. É um termo usado em filosofia da arte, direito e ciências. (GOOGLE,
2019)
4
equilíbrio existente no início, sofre progressivas metamorfoses, sendo forçoso, então,
restabelecer o equilíbrio para que a resultante permaneça a mesma."
5
AMARAL, 2015, p. 520 & MACIE, 2015, p. 292
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prazos de execução ou fornecimento, ou prazo menor que tenha estabelecido nos
Documentos de Concurso;
Cumprimento defeituoso reiterado de obrigações contratuais pela Contratada;
Sistemática a inobservância a pela Contratada determinações da autoridade
designada para acompanhar e fiscalizar a execução da obra ou serviços; •
declaração de falência, insolvência ou dissolução contratada;
Morte ou extinção da Contratada;
modificação do pacto social, incluindo o objecto social estrutura societária da
Contratada, por fusão, cisão ou incorporação, sem prévio conhecimento e
consentimento Entidade Contratante nos casos em que tal modificação prejudique
ou possa ser susceptível de prejudicar a execução do contracto;
Transmissão, seja qual for a forma que revista e seja total ou parcial da posição
contratual da Contratada e bem assim associação da Contratada a outrem, sem
autorização prévia da entidade Contratante;
Acumulação, pela Contratada, de multas até vinte por cento do valor do contracto,
se outro limite menor não estiver estabelecido nos Documentos de Concurso.
6
unilateralmente o CA. O n.° 2 do artigo 56 do Decreto n.° 15/2010 estabelece os
seguinte fundamentos para o efeito:
6
MACIE, 2015, p. 295
7
com vista a contratação de uma nova entidade privada para realizar os fins públicos
em causa.
E acrescenta ainda Macie (2015, pp. 288-289) de acordo com artigo 178 LPA, temos
ainda:
7
MACIE, 2015, p. 288
8 MACIE, 2015, p.289
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real de continuação do contracto. Neste caso, a origem da resolução contratual é o
chamado fait du prince, ou "facto do príncipe". O "facto do príncipe" tem lugar
quando o Estado edita uma medida, cujo efeito rompe o equilíbrio do contracto e que
não estava dentro das previsões das partes.
Isto quer dizer que, nos dois motivos citados pelo autor Macie, a Administração deve
pagar a indemnização ao particular contraente correspondente aos danos emergentes e
aos lucros, onde os contractos de concessão resultam por motivo de interesse público
toma a designação de resgate. O "resgate" consiste no acto administrativo pelo qual o
concedente, antes do fim do prazo do contracto, decide retomar o exercício directo,
propriamente das actividades concedidas ao contratante particular, não como sanção,
mas por conveniência do interesse público, e mediante justa indemnização... Mediante
o resgate, a Administração recupera o exercício dos poderes públicos que tinha
transferido para o particular, embora deva, à luz do princípio da justiça e do direito
fundamental à propriedade privada, indemnizá-lo por isso, uma vez que o resgate
envolve um sacrifício económico para o concessionário.
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circunstâncias ou factores imprevistos, imprevisíveis, mal previstos, supervenientes,
enfim, que imponham modificações no ajuste, seria absolutamente contraditório negar
ao Poder Público a mudança no contracto na precisa medida necessária a contornar os
óbices supervenientes. (CHAVES, 2013, p. 214-215).
De acordo com Eber dos Santos (2013, p. 215), diz que, ao contrário das modificações
consensuais, as modificações unilaterais são as geradas pela Administração e
independem da anuência do contratado. Assim sendo, o particular não terá direitos
imutáveis com relação ao objeto contratado, nem tampouco com relação às cláusulas
regulamentares que dispõem sobre o modo de sua execução do contracto. Entretanto,
deverá ser assegurado seu direito com relação ao equilíbrio económico financeiro
inicial do contracto, em qualquer modificação unilateral. Ou seja, a equação
económico financeira da proposta inicial deverá ser mantida durante toda a execução
do contracto, de modo a evitar a oneração do particular ou até mesmo da
Administração.
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A modificação unilateral não é um ato arbitrário, mas uma obrigação quando existir a
necessidade, no sentido de proteger o interesse público. Assim, as modificações
sempre devem ser motivadas e justificadas, sob pena de nulidade.
Do entendimento do autor citado conclui-se que, quando surge uma nova necessidade,
a Administração poderá alterar o contracto de modo a adequá-lo à nova realidade em
percentuais superiores aos limites estabelecidos para as modificações quantitativas.
Mas a liberdade com relação aos limites das modificações qualitativas deve possuir
parâmetros. A fim de evitar actos abusivos e desvirtuamentos, faz-se necessário
observar não só o princípio da razoabilidade, mas os demais princípios do Direito
Administrativo, tais como os da proporcionalidade, economicidade, finalidade,
eficiência etc. Em harmonia com os princípios, a modificação qualitativa não pode
transformar o objeto de modo a alterar a sua funcionalidade básica, a identidade do
objeto deve ser preservada.
Conforme Eber dos Santos (2013, p. 217), São pressupostos para a alteração
qualitativa:
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b) Existência de um motivo de ordem técnica, devidamente justificado no processo,
que seja impreterível para a consecução do interesse público visado na contratação;
Conforme Eber dos Santos (2013, p. 218), São as modificações que aumentam ou
diminuem a quantidade contratada.
O autor conclui que, no caso dos acréscimos consensuais, devem ser considerados os
mesmos limites estabelecidos nas modificações unilaterais. Isto se explica visto que
com o acréscimo há aumento da remuneração. Com o aumento do encargo, e o
acréscimo do quantitativo, a Administração terá que aumentar, na mesma proporção, a
remuneração do contratado, observando sempre o equilíbrio contratual, a fim de
reestabelecer a equação económico financeira original.
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superior a 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contracto,
então o aditivo é permitido.
a) Cumprimento
A revogação por mútuo consenso consiste na extinção dos efeitos do contracto por
acordo entre a entidade contratante e a entidade contratada, celebrado por escrito,
fixando-se no acordo as respectivas consequências jurídicas. O acordo de revogação
segue o princípio da equivalência da forma pela qual foi celebrado o contracto.
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Força maior: é o evento humano que, por sua imprevisibilidade e inevitabilidade, cria para o
contratado uma impossibilidade intransponível da regular execução do contrato. Ex: Greves nos setores
envolvidos no contrato. (JUSBRASIL, 2019).
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que impossibilita absolutamente o cumprimento das obrigações. O caso de força
maior é facto imprevisível, irresistível, inevitável e que escapa à vontade das partes,
que impossibilita parcial ou totalmente a execução do contracto, levando, ipso facto11,
à sua extinção. O caso de força maior é, de per si12, um facto superveniente, isto é,
não previsto no momento da contratação, mas a sua causa é conhecida, porém,
irresistível; tal causa é independente da vontade das partes e é imprevista e
imprevisível. São os casos de ocorrência. Durante a execução, de actos de guerra,
subversão, hostilidades ou invasão, tumultos, rebelião, terrorismo, epidemias,
radiações atómicas, inundações, ciclones, tremores de terra, e outros cataclismos
naturais que, directamente, impossibilitam a realização de obrigações contratuais,
Devemos sublinhar que ocorrendo caso de força maior e a situação voltando à
normalidade, o particular contraente deve realizar normalmente as suas prestações. As
consequências de caso de força maior, quando verificado com efeito no contracto, é a
exoneração do contraente privado das suas obrigações contratuais que tenham sido
afectadas. O caso de força maior pode levar à não extinção do contracto, momento em
que se pode repôr o equilíbrio financeiro; ou pode levar à resolução do contracto.
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An act of God ou As disposições de Atos de Deus, também chamadas de cláusulas de "Força
Maior", estão relacionadas a eventos fora do controle humano, como enchentes, terremotos ou outros
desastres naturais. ... No direito contratual, um ato de Deus pode ser interpretado como uma defesa
contra a violação por falha no desempenho, com base nos conceitos de impossibilidade ou
impraticabilidade. (GOOGLE, 2019).
11
Cnf. Nota 4, p. 4
12
de per si: Per si ou "de per si", oriundo do Latim de per si e, quanto utilizado, pretende dizer: por si,
de modo individual ou isolado.
13
MACIE, 2015, p. 299 & AMARAL, 2015, p. 523
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embora desfavoráveis às partes, estas assumiram-nas como risco normal do curso do
tempo na execução do contracto; são extraordinárias as que desafiam todos os
cálculos financeiros possíveis que as partes tinham em vista no momento da
celebração do contracto, por exemplo, a subida galopante dos preços das matérias
primas, A "álea" extraordinária torna excessivamente onerosa a execução do contracto.
Perante isto, uma das duas:
Acrescenta (MMO, 2019), para além das causas normais de extinção do contracto
administrativo, designadamente por caducidade ou termo, (art. 186º CPA) há duas
causas específicas:
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Direito Privado, circunstância que lhe confere uma especial complexidade, são as suas
linhas gerais:
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Conclusão
Percebe-se, com a exposição proferida ao longo da investigação deste trabalho que, ao
celebrar um contracto de direito privado, de facto, a Administração, ficará
relativamente nivelada com os particulares. Tanto como ocorre nos contractos
administrativos, que ao ser celebrados, a Administração não pode sobressair-se com
uma série de prerrogativas que garantem a sua posição de supremacia sobre o
particular, ou seja, poderes de supremacia da Administração pública perante o
particular contraente não pode, de modo algum, prejudicar os interesses e as legítimas
expectativas deste, no que se refere ao direito de manutenção do equilíbrio
financeiro.
A Administração pode mudar o contracto mas não pode mudar de contracto ou seja,
as modificações contratuais devem, em regra, observar as estritas hipóteses em que
seria facultado alterar o objeto de seus contratos, estando essas modificações
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separadas em duas categorias: qualitativas e quantitativas. Em regra, devem se
observar os limites legais para acréscimos e supressões nos contratos, bem como a
necessidade de não se alterar de maneira significativa o seu objeto. De igual forma,
em contratações diretas, é possível sustentar, também,modificações nos contratos,
mesmo que não atendam plenamente o comando legal.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Diego Freitas do. Curso de Direito Administrativo Vol. II. 3ª Edição.
Editora: Almedina. Lisboa, dezembro de 2015
CAETANO, Marcelo. Manual de Direito Administrativo.10ª edição. Editora:
Almedina, Coimbra. 2008
CHAVES, Eber dos Santos. Alteração de contractos administrativos: estudo
sobre vnos aditamentos aos contractos administrativos. 2013. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&ved=
2ahUKEwjdpbmq0e7kAhXRRxUIHcZ1DycQFjAGegQICRAC&url=https%3A
%2F%2Fdialnet.unirioja.es%2Fdescarga%2Farticulo%2F6167746.pdf&usg=AO
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De Per Si. In: Dicionário Informal. Dicionário Informal-Dicionário online de
SOUSA, Marcelo Rebelo de. MATOS, André Salgado de. Direito Administrativo
Geral - Tomo III - Actividade administrativa. 2.ª Edição. Editora: Dom Quixote.
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GOOGLE. Ipso Facto. Glossário: acessível. 2019. Disponível em:
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