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de Transformadores
Exemplo Prático de Uso
Testes de Proteção Diferencial de Transformadores
2
Conteúdo
Prefácio ........................................................................................................................................................ 4
1 Exemplo de Aplicação ......................................................................................................................... 5
2 Introdução Teórica à Proteção Diferencial de Transformadores .................................................... 7
2.1 Princípio da Proteção .................................................................................................................... 7
2.2 Característica de Operação ........................................................................................................... 8
2.3 Eliminação de Sequência Zero .................................................................................................... 11
2.4 Corrente de Partida do Transformador........................................................................................ 13
3 Introdução Prática ao Teste de Proteção Diferencial de Transformadores ................................. 15
3.1 Definindo o Equipamento em Teste ............................................................................................ 16
3.1.1 Ajustes do Dispositivo ..................................................................................................................... 16
3.1.2 Definindo os Parâmetros da proteção diferencial ........................................................................... 17
3.2 Configuração de Hardware Global do Equipamento de Teste CMC .......................................... 25
3.2.1 Exemplo de Configuração de Saída para Relés de Proteção Diferencial ....................................... 25
3.2.2 Saídas Analógicas .......................................................................................................................... 26
3.2.3 Entradas Binárias............................................................................................................................ 26
3.3 Configuração Local de Hardware para Teste de Proteção Diferencial ....................................... 27
3.3.1 Saídas Analógicas .......................................................................................................................... 27
3.3.2 Entradas Binárias............................................................................................................................ 27
3.4 Definindo a Configuração do Teste ............................................................................................. 28
3.4.1 Abordagem Geral............................................................................................................................ 28
3.4.2 Teste de Configuração.................................................................................................................... 29
3.4.3 Teste da Característica de Operação ............................................................................................. 32
3.4.4 Teste de Tempos de Disparo .......................................................................................................... 35
3.4.5 Teste de Bloqueio da Corrente de Partida ...................................................................................... 38
3.4.6 Teste de Proteção Diferencial de Transformadores de Três Enrolamentos ................................... 41
Suporte ....................................................................................................................................................... 42
Use esta nota somente em combinação com o manual relacionado ao produto que contém diversas instruções de
segurança importantes. O usuário é responsável por toda e qualquer aplicação em que utiliza um produto da OMICRON.
Página 3
Prefácio
Este relatório descreve como testar a função de proteção diferencial de transformadores. Ele contém um
exemplo de aplicação que será usado ao longo do relatório. Serão explicados os fundamentos teóricos da
proteção diferencial de transformadores. Este relatório também abrange a definição das configurações
necessárias ao Equipamento em Teste e também a Configuração de Hardware para os testes. Por fim,
os módulos do teste de Advanced Differential são usados para executar os testes necessários para essa
função de proteção.
Requisitos: Test Universe 3.00 ou posterior; licenças Advanced Differential e Control Center.
Observação: A descrição do módulo do teste Differential não faz parte deste documento.
Página 4
1 Exemplo de Aplicação
220 kV
400/1
Funções de proteção
600/1
110 kV
Página 5
Nome do Parâmetro Valor do Parâmetro Observações
Frequência 50 Hz
160 MVA Potência estimada
Tensão nominal, Lado 1 (utilizado para o cálculo da
231 kV
relação de transformação do transformador)
Dados do transformador
Tensão nominal, Lado 2 (utilizado para o cálculo da
115,5 kV
relação de transformação do transformador)
Yyn0 Grupo vetorial
400 A /1 A Relação TC, Lado 1
Dados do TC
600 A /1 A Relação TC, Lado 2
Idif>, Valor de pick-up da proteção diferencial (Iref é uma
corrente de referência que pode ser obtida a partir do
0,25 Iref
manual do relé. Nesse caso, é a corrente nominal do
transformador)
Configurações Idif>>, Segundo elemento da proteção diferencial
6,0 Iref
características de (não existe estabilização acima deste valor)
diferencial 0,3 Inclinação 1 da característica de diferencial
0,7 Inclinação 2 da característica de diferencial
Corrente de polarização onde a primeira inclinação
4,0 Iref
termina e começa a segunda inclinação.
Configurações da restrição 2º valor da restrição harmônica (relativa à frequência
20% Idif
harmônica fundamental da corrente diferencial)
Tabela 1: parâmetros do relé para este exemplo
Observação: as funções de proteção do Teste da Falta de Terra Limitada, de Sobrecarga Térmica etc.
não fazem parte deste documento.
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2 Introdução Teórica à Proteção Diferencial de Transformadores
O atual princípio de diferencial é baseado na lei de Kirchhoff, isto é, a soma das correntes que fluem por
uma rede condutora é igual a zero.
Lado 1 Lado 2
1A 0° 1A 180°
Ph A
1A -120° Objeto 1A 60°
Ph B
Protegido
1A 120° 1A -60°
Ph C
Zona Protegida
Este princípio aplica-se a cada fase separadamente. Assim, a equação a seguir pode ser calculada para
cada fase.
I
i 1
i I1 I 2 In 0
Durante uma falta na zona protegida, uma corrente irá fluir de uma fase para outra ou para a terra. Nesse
caso, a soma das correntes medidas em pelo menos uma fase não é zero. Portanto, o relé pode detectar a
falta.
Entretanto, isso é válido apenas se todas as relações do TC forem as mesmas e se a corrente não for
transformada dentro do objeto protegido. A relação de transformação e o grupo vetorial de um
transformador, bem como as relações do TC e as posições dos pontos de estrela do TC, vão causar
problemas no cálculo das somas das correntes. Relés diferenciais numéricos podem calcular esses efeitos
e, portanto, compensar a sua influência. Para relés diferenciais eletromecânicos, em vez disso precisam ser
usados transformadores de interposição.
Observação: as partes a seguir deste documento irão focar apenas a proteção diferencial de
transformadores.
Página 7
2.2 Característica de Operação
Se o transformador está equipado com um comutador de tap carregado (OLTC), a sua relação de
transformação varia em cima da faixa de derivação. Isso altera a relação das correntes nos lados 1 e 2,
produzindo com isso um derramamento (desequilíbrio) de corrente no relé. Outros efeitos se somam a esse
derramamento de corrente, tais como a precisão do transformador de corrente (incluindo saturação do TC),
a magnetização do transformador etc.
Transformador
de Corrente
Comutador de
tap / Vazamento
Magnetização
Icarga
Na Figura 3 pode-se observar que a magnitude do derramamento de corrente (Soma) depende da corrente
de carga do transformador. Para compensar essas correntes erradas, a proteção diferencial deve ser
fornecida com um elemento de polarização. Esse elemento de polarização depende da corrente fluindo
através do transformador e que, em condições normais, é a corrente de carga.
Tabela 2: seleção de diferentes métodos de cálculo para a corrente de polarização (dependendo dos fabricantes dos relés); as
correntes estão na escala da corrente nominal do transformador
Página 8
Com esse valor, é possível construir uma característica de operação.
Idif
ID>> Característica
Soma
Em Disparo
Bloqueio Transformador
de Corrente
Comutador de
tap / Vazamento
ID>
Magnetização
Iestab
Ativar Sim
Idif
Idiff>>> = 6
(072.144)
4 6)
7 2.1
(0
= 0,7
m2
)
fixo
or
va l
2(
5)
2.14
m=
07
0,3 (
m1 =
Idiff> = 0,25
(072.142)
IR,m2 = 4 (072.147) Iestab
Página 9
Figura 7 e Figura 8 mostram as configurações e a característica de operação do Schweitzer SEL-387 para
comparação.
Idif
U87P = 6
%
= 70
P2
SL
0%
1=3
SLP
O87P = 0,25
IRS1 = 4 Iestab
Página 10
2.3 Eliminação de Sequência Zero
Faltas externas fase a fase ou trifásicas não podem causar correntes diferenciais. Esse, no entanto, não é o
caso, com faltas externas fase-terra em um enrolamento com um ponto de estrela aterrado.
I lado 1 I lado 2
2 Inom 3 Inom
I Lado 1 1 Inom I Lado 2 0
1 Inom 0
A corrente de falta no lado aterrado (lado 2) levará a uma corrente dentro da fase de falta no lado não
aterrado (lado 1), como mostrado em Figura 9. Como o ponto de estrela do lado 1 não está aterrado, a
corrente da fase defeituosa se espalha para as fases sem faltas. A corrente com sequência zero no lado 2
será compensada no enrolamento tipo delta. O fato de o lado 2 possuir uma corrente com sequência zero e
o lado 1, não causa uma corrente diferencial. Essa corrente diferencial, durante as faltas externas fase-
terra, pode levar a uma operação indesejada do relé de proteção. Portanto, a sequência zero precisa ser
eliminada das correntes vistas pelo relé.
Lado 1 Lado 2
Correção interna das correntes por
meio de modelos matemáticos
Página 11
Observação: este documento foca apenas o método aritmético. A lógica de ativação de cada um
depende do fabricante. A Figura 11 mostra um exemplo dessas configurações.
Não
Sim 1
Não
Figura 11: configurações de relé para a ativação dos métodos aritméticos de eliminação da sequência zero na corrente (AREVA P633)
1. O método aritmético de eliminação da sequência zero é ativado para o lado 2 (o lado com 110 kV, veja
Tabela 1)
Figura 12 mostra o cálculo de eliminação da sequência zero com as correntes em falta vindas de Figura 9.
Correntes de Fase:
2 Inom 3 Inom
I Lado 1 1 Inom I Lado 2 0
1 Inom 0
1 1
I 0 Lado 2 I A I B I C 3 Inom 0 0 1 Inom
3 3
2 Inom 2 Inom 0
IDif I Lado 1 ILado 2 1 Inom 1 Inom 0
1 Inom 1 Inom 0
Com a eliminação aritmética da sequência zero na corrente, existe um "erro" baseado na fórmula de
correção que influencia as correntes de polarização exibidas no relé. Assim, o relé também irá medir as
correntes de polarização nas fases sem faltas. O mesmo efeito ocorre ao se usar transformadores de
interposição.
Página 12
2.4 Corrente de Partida do Transformador
A corrente de partida é um fenômeno que normalmente ocorre logo depois de um transformador ser
energizado, devido à saturação do seu núcleo magnético. Essa saturação causa grandes perdas de
potência que levam a correntes altas. Como elas fluem apenas em um lado do transformador, o relé irá
interpretá-las como correntes diferenciais, o que leva a um disparo indesejado, se o relé não estiver
estabilizado contra correntes de partida. As correntes trifásicas durante uma corrente de partida são
mostradas em Figura 13.
Essa corrente de partida possui uma forma de onda única, caracterizada por uma alta porcentagem de
harmônicos regulares – especialmente o segundo e o quarto harmônicos. Existem diferentes maneiras de
estabilizar um relé contra correntes de partida, as quais usam as análises de frequência ou de sinal de
tempo. Os métodos mais comuns estão descritos na seção a seguir.
> Bloqueio Harmônico: sempre que a porcentagem da segunda corrente harmônica exceder o
valor configurado, o relé vai bloqueá-la, como mostrado em Figura 14.
Idif
Em Disparo Bloqueio
ID>
Configuração do
Bloqueio Harmônico I2. Harmônico
Página 13
> Restrição Harmônica: A segunda e a quarta correntes harmônicas serão adicionadas à
corrente de polarização. A Figura 15 mostra que a corrente de
polarização aumentada evitará que o relé dispare durante as partidas.
Idif
Em Disparo
Corrente de Polarização
sem Harmônicos
Corrente de Polarização
com Harmônicos
ID> Bloqueio
Iestab
> Análise da forma de onda: a análise numérica do domínio de tempo do sinal transitório de corrente
é usada para reconhecer as formas de onda que são típicas para
correntes de partida no transformador.
Durante a corrente de partida, as magnitudes das correntes são diferentes em cada fase. Em algumas
fases, as correntes harmônicas podem ser apenas suficientes para bloquear o relé, enquanto nas fases
restantes podem nem ser suficientes o bastante. Essas fases não bloqueadas causarão uma operação
indesejada. Para impedir essa operação indesejada, o relé pode usar o bloqueio de passagem. Essa
função bloqueia o disparo em todas as fases se uma delas detectar uma corrente de partida.
O AREVA P633 usa o bloqueio harmônico para impedir operações indesejadas durante ocorrências de
corrente de partida em transformadores. A sua característica de bloqueio harmônico está exibida em Figura
16. Ele mostra que, somado à característica em Figura 14, o bloqueio é parado quando a corrente
diferencial excede a configuração Idif>>.
Idif
Idiff>>
(072.142) Ativar Sim
Em Disparo
Op. modo rst. partida Não seletiva de fase
PartidaI(2f0)/I(f0)
Idiff> Bloqueio
(072.143)
PartidaI(2f0)/I(f0)
I2. Harmônico
(072.159)
Figura 16: característica de bloqueio da corrente de partida do AREVA P633
Página 14
3 Introdução Prática ao Teste de Proteção Diferencial de
Transformadores
Os módulos de teste Advanced Differential são projetados para testar quaisquer tipos de funções de
proteção diferencial de corrente trifásica, para equipamentos como transformadores, motores, geradores,
barras, linhas e cabos. Esses módulos de teste são:
> O módulo Diff Configuration, para testar a configuração da proteção diferencial, a qual consiste na
fiação e nos parâmetros do relé como os dados do transformador, dados do TC e a eliminação da
sequência zero.
> O módulo Diff Operating Characteristic, para testar a característica de operação da proteção
diferencial.
> O módulo Diff Trip Time Characteristic, para testar os tempos de disparo da proteção diferencial.
> O módulo Diff Harmonic Restraint, para testar o bloqueio do disparo diferencial devido a
harmônicos na corrente.
Esses módulos de teste podem ser encontrados na Página inicial do OMICRON Test Universe. Também é
possível inseri-los em um arquivo OCC (documento do Control Center).
Página 15
3.1 Definindo o Equipamento em Teste
Antes de iniciar os testes, é necessário definir as configurações do relé a ser testado. Para isso, o
Equipamento em Teste deve ser aberto com um clique duplo no Equipamento em Teste no arquivo OCC,
ou clicando no botão Equipamento em Teste do módulo de teste.
Observação: Os parâmetros V max e I max limitam a saída das correntes e tensões para impedir danos
ao dispositivo em teste. Esses valores devem ser adaptados à respectiva Configuração de
Hardware ao conectar as saídas em paralelo ou ao usar um amplificador. O usuário deve
consultar o manual do dispositivo em teste para certificar-se de que sua tensão de entrada
não seja excedida.
Página 16
3.1.2 Definindo os Parâmetros da proteção diferencial
Dados mais específicos em relação ao relé diferencial do transformador podem ser inseridos na função
Diferencial do RIO. Isso inclui os dados do transformador, os dados do TC, as configurações gerais do relé
e a característica de operação, bem como a definição da restrição harmônica.
Observação: assim que um módulo de teste Advanced Differential é inserido, essa função do RIO fica
disponível.
Página 17
Objeto Protegido
Observação: Se a potência dos diferentes enrolamentos do transformador não for igual, o enrolamento
de referência do relé precisará ser inserido na primeira coluna.
4. A corrente nominal de cada enrolamento é calculada automaticamente. Isso pode ser usado para
verificar se as configurações do transformador foram inseridas corretamente.
Página 18
TC
Relé Relé
Relé Relé
Página 19
Dispositivo de Proteção
Aqui, você insere as configurações básicas do dispositivo de proteção.
4
1
5
2
3
6 7
1. Selecione o método de cálculo da corrente de polarização. Esse método depende do tipo de relé e
Tabela 2 mostra alguns exemplos de como configurar esses parâmetros. Selecione Características não
combinadas se o relé usar apenas a fase com a magnitude de corrente mais alta para o diferencial e o
cálculo da corrente de polarização. Para o AREVA P633, essa opção permanece clara, pois o relé
calcula essas correntes simultaneamente em todas as três fases.
2. Teste Máx.: é o tempo do disparo de teste se o relé não dispara. Ele deve ser configurado maior que o
tempo de disparo esperado do relé, mas menor que os tempos de disparo possíveis das funções de
proteção adicionais (a proteção de sobrecorrente, por exemplo). Como um relé diferencial normalmente
dispara instantaneamente, esse tempo pode ser configurado bem curto neste caso (0,2 s, por exemplo),
para acelerar o teste.
3. O Tempo de Atraso define a pausa entre dois disparos de teste e, durante esse tempo, não será
gerada nenhuma corrente. Portanto, esse tempo pode ser aumentado para impedir o superaquecimento
dos relés eletromecânicos.
4. Como todas as configurações da corrente diferencial são inseridas em relação à corrente nominal, essa
corrente precisa ser definida. Com as configurações Enrolamento de Referência e Corrente de
Referência, pode ser selecionada a corrente nominal que será utilizada como corrente de referência.
Nesse exemplo, a corrente de referência é a corrente nominal do transformador no lado 1.
5. Como descrito no capítulo 2.3, a Eliminação da Sequência Zero tem influência nas correntes durante
as faltas fase-terra. Selecione IL - I0, se o relé utilizar a eliminação numérica da sequência zero.
Página 20
6. A configuração Idif> define o pick-up da função de proteção diferencial. O relé não irá disparar se a
corrente diferencial não exceder essa configuração. Idif>> define o elemento de corrente diferencial alta.
Se a corrente diferencial exceder esse valor, o relé irá sempre disparar. Figura 4 mostra a característica
de disparo com essas configurações como definido no Equipamento em Teste e Figura 6 mostra as
configurações de relé correspondentes do AREVA P633. A configuração de relé Idif>> do P633
corresponde ao bloqueio harmônico, enquanto a configuração de relé Idif>>> corresponde ao parâmetro
do Equipamento em Teste Idif>>.
7. Os ajustes de tempo tdif> e tdif>> definem os tempos de disparo dos elementos diferenciais.
8. As tolerâncias de corrente e de tempo podem ser obtidas no manual do relé.
Definição da característica
A característica de operação do relé pode ser definida nesta guia. Os segmentos da linha dessa
característica são configurados inserindo seus pontos de canto. As etapas necessárias para inserir uma
característica de operação estão mostradas abaixo com as configurações de exemplo de Tabela 1:
1. Ao abrir a guia pela primeira vez, será mostrada uma característica de operação padrão. Clique em
Remover Tudo para limpar o segmento padrão da linha.
2. Os pontos de canto das características precisam ser calculados agora. Para isso, é vantajoso primeiro
visualizar a característica e os seus pontos de canto (Figura 18).
Idif
Idiff>>> = 6
(072.144) P3
4 6)
7 2.1
(0
,7
=0
m2
)
fixo
or
va l
2(
) P2
.145
m=
0,3 ( 072
m1 =
Idiff> = 0,25
(072.142) P1
Figura 18: característica de operação para o AREVA P633 com pontos de canto
Página 21
a: Use P1 na equação II para obter a variável a.
0,25 0,3 0,125 a
a 0,25 0,3 0,125 0,2125
P2: Use IR,m2 na equação II para obter Idif de P2
Idif 0,3 4 0,2125 1,41
P2 = (4 / 1,41)
b: Use P2 na equação II para obter a variável b.
1,41 0,7 4 b
b 1,41 0,7 4 1,39
P3: Use Idif>> na equação I para obter Iestab de P3.
6 0,7 Iestab 1,39
7,39 0,7 Iestab
Iestab 10,56
P3 = (10,56 / 6)
5. Insira os pontos calculados como os pontos inicial e final dos segmentos da linha:
Insira os valores de P1 no Ponto de início: e os valores de P2 no Ponto final: e clique em
Adicionar para definir o segmento da primeira linha. A inclinação pode ser usada para verificar se
as configurações foram inseridas corretamente:
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Insira os valores de P2 no Ponto de início: e os valores de P3 no Ponto final: e clique em
Adicionar para definir o segmento da primeira linha. A inclinação pode ser usada para verificar se
as configurações foram inseridas corretamente:
Observação: não é necessário definir os segmentos horizontais da linha representados por Idif> e Idif>>.
Esses valores serão adicionados automaticamente para a característica de operação
resultante.
Página 23
Harmônico
1
3
2
1. Selecione o número de harmônicos que bloqueiam a proteção diferencial. Após aplicar as configurações
para um harmônico, os outros podem ser ajustados posteriormente.
2. Insira as tolerâncias como especificado no manual do relé.
3. Insira o valor limite do bloqueio harmônico e clique em Atualizar, se o esquema do bloqueio harmônico
for uma linha vertical direta de Idif> para Idif>> (parâmetros do Equipamento em Teste).
4. De outro modo, pode ser criada uma característica inserindo segmentos da linha com pontos inicial e
final. Isso funciona da mesma maneira como está mostrado na característica de operação.
Página 24
3.2 Configuração de Hardware Global do Equipamento de Teste CMC
A Configuração de Hardware global especifica a configuração geral de entrada/saída do equipamento de
teste CMC. Ela é válida para todos os módulos de testes posteriores e, portanto, deve ser definida de
acordo com as conexões do relé. Ela pode ser aberta clicando duas vezes na entrada Configuração de
Hardware do arquivo OCC.
ILado 1 A ILado 1 C
ILado 1 B ILado 1 N
ILado 2 B ILado 2 N
ILado 2 A ILado 2 C
Página 25
3.2.2 Saídas Analógicas
As saídas analógicas e as entradas e saídas binárias podem todas ser ativadas individualmente na
Configuração de Hardware local do módulo de teste específico (ver capítulo 3.3).
1. Se o relé utilizar múltiplos comandos para disparar os disjuntores do transformador, todos os contatos de
disparo deverão ser conectados a uma entrada binária. Podem ser usadas as entradas binárias de 1
a 10.
2. Para contatos úmidos, adapte as tensões nominais das entradas binárias de acordo com a tensão do
comando de disparo do disjuntor ou selecione Sem Potencial, para contatos secos.
3. As saídas binárias, as entradas analógicas etc. não serão usadas para os testes a seguir.
Disparo para
Disparo para
Lado 1
Lado 2
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3.3 Configuração Local de Hardware para Teste de Proteção Diferencial
A Configuração de Hardware local ativa as entradas/saídas do aparelho de teste CMC para o
equipamento de teste selecionado. Portanto, defina-a separadamente para cada módulo de teste
individual. Clique em Configuração de hardware na guia Página inicial.
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3.4 Definindo a Configuração do Teste
3.4.1 Abordagem Geral
Ao testar a função de proteção diferencial, são recomendadas as seguintes etapas:
> Teste de Configuração: para testar a fiação e os parâmetros de configuração da proteção diferencial,
incluindo dados do transformador, dados do TC e eliminação da sequência zero.
> Teste da Característica de Operação: para verificar a posição de todos os segmentos da linha da
característica de operação.
> Teste de Tempos de Disparo: para verificar os tempos de disparo dos elementos de proteção
diferencial.
> Teste de Bloqueio da Corrente de Partida: para verificar a característica de bloqueio da corrente de
partida.
Esses testes podem ser realizados com os módulos de teste de diferencial avançado:
> Diff Configuration
> Diff Operating Characteristic
> Diff Trip Time Characteristic
> Diff Harmonic Restraint
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3.4.2 Teste de Configuração
Os relés de proteção diferencial normalmente são configurados para serem muito sensíveis. Portanto,
mesmo correntes diferenciais pequenas levarão a um disparo. Se a fiação estiver incorreta, ou se
parâmetros como as tensões nominais, a eliminação da sequência zero, as relações do TC ou as direções
de ponta de estrela do TC não estiverem configurados corretamente, as correntes fluindo através da área
protegida poderão levar a uma operação indesejada. O teste de configuração simula as faltas externas,
com correntes de falta fluindo através da área protegida. Durante essas faltas, o relé não deve disparar e
por isso, esse teste confirma se estão corretos a fiação e os parâmetros mencionados acima.
Geral
Página 29
Dados de Teste
2
1
1. Insira a corrente de teste e clique em Adicionar para configurar um ponto de teste. A corrente de teste
será relativa à corrente nominal do lado da falta.
2. O novo ponto de teste aparece então na lista de pontos de teste.
3. Aqui, você define o Tipo de Falta.
Observação: apenas um tipo de falta pode ser configurado por módulo de teste. Adicione mais módulos
de teste ao arquivo OCC, se forem testados múltiplos tipos de falta.
Página 30
Teste
Observação: para testar a eliminação numérica da sequência zero, é recomendado que pelo menos uma
falta de fase-terra seja colocada no lado aterrado do transformador.
Para avaliar o teste, as correntes diferencial e de polarização que devem ser medidas pelo
relé precisam ser calculadas. As fórmulas necessárias podem ser obtidas no manual do
relé. Se essas correntes calculadas teoricamente corresponderem às correntes lidas no
relé, o teste pode ser avaliado como aprovado. Durante o teste, a corrente diferencial
precisa ser zero em cada fase.
Página 31
3.4.3 Teste da Característica de Operação
Esse teste confirma a característica de operação do relé diferencial. Os disparos de teste são colocados no
diagrama da característica de operação e, se estiverem acima dela, o relé deve disparar. Se estiverem
abaixo da característica, o relé não deve disparar.
Geral
Página 32
Teste de Disparo
Com o teste de disparo, os disparos de teste podem ser colocados no diagrama da característica de
operação. Para fazer isso, clique no diagrama da característica de operação e, a seguir, clique em
Adicionar para configurar o disparo de teste clicado anteriormente. Como alternativa, defina os disparos de
teste inserindo manualmente as correntes Idif e Iestab.
Para testar a característica de operação, os disparos de teste podem ser colocados acima e abaixo da
característica de operação fora da banda de tolerância. Para confirmar se a característica de operação está
dentro das tolerâncias especificadas, é recomendado que os pares de disparos de teste sejam colocados
próximos ao limite da banda de tolerância.
Página 33
Teste de Busca
Com o teste de busca, as linhas verticais de busca podem ser adicionadas clicando no diagrama da
característica de operação e, a seguir, clicando em Adicionar, ou inserindo manualmente o Iestab de
corrente da linha de busca. O módulo de teste irá colocar automaticamente os disparos de teste ao longo
dessa linha para buscar pela posição exata da característica de operação.
Com o teste de busca pode ser encontrada a posição exata da característica de operação, enquanto com o
teste de disparo ela pode ser confirmada rapidamente se estiver dentro da banda de tolerância
especificada.
Observação: não é possível fazer um teste de disparo e um teste de busca no mesmo módulo de teste.
Remova todos os disparos de teste antes de adicionar linhas de busca e vice-versa.
apenas um tipo de falta pode ser configurado por módulo de teste. Se for testar múltiplos
tipos de falta, podem ser adicionados mais módulos de teste ao arquivo OCC.
Página 34
3.4.4 Teste de Tempos de Disparo
Esse teste confirma os tempos de disparo da função de proteção diferencial. Portanto, os disparos de teste
com diferentes correntes diferenciais são aplicados para medir os tempos de disparo correspondentes.
Fatores
2. Saída de Tensão
Essa configuração ativa uma saída de tensão
durante o teste. Neste exemplo, não é necessário
selecionar a saída de tensão.
Página 35
Geral
2
2
1. Uma corrente de pré-falta pode ser aplicada antes de cada disparo de teste.
2. Essa configuração define a inclinação da linha de teste. A linha de teste resultante também é mostrada
no diagrama da característica de operação. Todos os disparos de teste desse módulo de teste serão
colocados nessa linha. Portanto, é vantajoso não ter mais que uma interseção com a característica de
operação. Essa configuração pode permanecer como valor padrão para a grande maioria dos relés
diferenciais.
3. Para o teste dos tempos de disparo, a Lógica de Trigger precisa ser definida de acordo com a
configuração do relé.
Observação: Se o relé utiliza múltiplos contatos de disparo, eles devem estar ligados por um E. Dessa
maneira, um disparo de teste apenas será avaliado como disparado se todos os contatos de disparo
forem acionados.
Página 36
Teste
Os disparos de teste são definidos na guia de teste. Para colocar um novo disparo de teste, clique no plano
de teste do tempo de disparo (1) ou insira manualmente a corrente diferencial (2) e, a seguir, clique em
Adicionar.
Observação: apenas um tipo de falta pode ser configurado por módulo de teste. Se for testar múltiplos
tipos de falta, podem ser adicionados mais módulos de teste ao arquivo OCC.
Para testar os ajustes de tempo de disparo do relé, é recomendado que um disparo de teste
seja colocado acima de Idif> e outro acima de Idif>> (parâmetros do Equipamento em
Teste). Isso assegura que sejam testados os tempos de disparo correspondentes a cada
elemento da corrente diferencial.
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3.4.5 Teste de Bloqueio da Corrente de Partida
Esse teste confirma a operação da função de bloqueio da corrente de partida. O módulo de teste gera
correntes diferenciais contendo harmônicos que permitem testar a característica de bloqueio da corrente de
partida.
Geral
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Teste de Disparo
4 3
O teste de disparo aplica disparos de teste ao plano de teste de restrição harmônica. Esse plano mostra a
característica do bloqueio harmônico com a corrente diferencial e a porcentagem da corrente harmônica.
1. Para configurar um novo disparo de teste, clique no plano de teste e, a seguir, clique em Adicionar.
2. Insira a corrente diferencial e a porcentagem harmônica. Em seguida, clique em Adicionar para definir o
primeiro disparo.
3. Use a opção Harmônicos para definir o número de harmônicos que deve ser testado. Para o bloqueio
de corrente de partida deste exemplo, será o segundo harmônico.
4. Aqui, você define a Fase de Teste.
Observação: apenas uma fase de teste pode ser configurada por módulo de teste. Se for testar
diferentes fases, adicione mais módulos de teste ao arquivo OCC.
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Teste de Busca
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A busca aplica disparos de teste ao longo das linhas de busca horizontais para determinar a característica
do bloqueio harmônico.
Observação: apenas uma fase de teste pode ser configurada por módulo de teste. Se for testar
diferentes fases, adicione mais módulos de teste ao arquivo OCC.
Observação: não é possível fazer um teste de disparo e um teste de busca no mesmo módulo de teste.
Remova todos os disparos de teste antes de adicionar linhas de busca e vice-versa.
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3.4.6 Teste de Proteção Diferencial de Transformadores de Três Enrolamentos
Um teste para dispositivos de proteção diferencial de transformadores de três enrolamentos utiliza as
mesmas etapas básicas que o teste para dispositivos de proteção diferencial de transformadores de dois
enrolamentos.
Observação: para a maioria dos relés diferenciais de transformadores de três enrolamentos, é suficiente
realizar apenas uma vez o teste de tempos de disparo e o teste de bloqueio de corrente de
partida. No entanto, os testes de estabilidade e da característica de operação devem
abranger cada enrolamento do transformador.
Observação: para testar do Lado 1 para o Lado 3, o relé precisa de uma nova fiação. Somado a isso,
precisam ser adaptadas a Configuração de Hardware global e as Configurações de
Hardware locais de cada módulo de teste.
Fique à vontade para nos enviar comentários por e-mail sobre essa aplicação, em:
TU-feedback@omicron.at.
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Suporte
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possíveis. Se precisar de suporte, estaremos aqui para ajudar você!
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