Sei sulla pagina 1di 75

NEAD

Educação a Distância

MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Rodovia BR-470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito
Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000. lndaial-SC
Home-page: www.uniasselvi.com.br

Manual da Brinquedoteca
Centro Universitário Leonardo da Vinci

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Reitor
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância


Profª. Msc. Francieli Stano Torres

Pró-Reitoria Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Coordenadora do Curso de Pedagogia


Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa

Elaboração do Texto, articulação e sistematização das oficinas de trabalho


Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer

Projeto Gráfico
Davi Schaefer Pasold

Ilustrações
Davi Schaefer Pasold

Revisão do Texto
José Roberto Rodrigues

Participantes das oficinas de Trabalho que colaboraram para a elaboração


deste instrumento
Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Profª. Monica Conzatti
Profª. Tátila Cilene Leite de Oliveira
Profª. Daniela Bergamini Ern
Profª. Msc. Patrícia Cesário Pereira Offial
Profª. Msc. Graciele Alice Carvalho Adriano
A
B
C
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................. 4
1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO
DA BRINQUEDOTECA ................................... 6
2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA .............. 9
3 ORIENTAÇÕES ............................................ 10
4 PRÁTICAS .................................................... 18
1 – Disciplina: Educação Inclusiva ........... 22
2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da
Aprendizagem ............................................ 25
3 – Disciplina: Educação de Jovens e
Adultos .... 29
4 – Disciplina: Pedagogia da Educação
Infantil ........................................................ 39
5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na
Educação Infantil ...................................... 45
6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos
Básicos de Ciências Naturais e Saúde
Infantil .............................................................. 49
7 – Disciplina: Literatura InfantoJuvenil .......53
8 – 8 – Disciplina: Psicomotricidade ........... 59
5 REFERÊNCIAS ............................................. 65
ANEXO A .......................................................... 67
ANEXO B ......................................................... 68
ANEXO C ......................................................... 69
ANEXO D ......................................................... 70
ANEXO E ......................................................... 71
ANEXO F ......................................................... 74
ANEXO G ......................................................... 75
4
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

APRESENTAÇÃO

A Brinquedoteca, no contexto da ludicidade, trata de dar


indícios de que, por meio do brincar, a criança desenvolve sua
autonomia, identidade e criatividade. Nada melhor para ela do que
o adulto proporcionar diversos tipos de brincadeiras e interagir para
alcançar tal objetivo. O ato de brincar é uma atividade espontânea
e natural da criança e é benéfico, por estar centrado no prazer
e no despertar das emoções. Por meio da brincadeira, a criança
se apropria da realidade, expressando de modo simbólico suas
fantasias, desejos, medos, sentimentos, angústias e conflitos.
Sentimentos estes que fazem parte da vida cotidiana. Conforme
Bomtempo (apud AZEVEDO, 2010, p. 60)

Brincar exige uma dose grande de concentração


durante muito tempo e desenvolve o interesse,
a imaginação e a iniciativa. É um dos processos
educativos mais completos, uma vez que
envolve o emocional, o corporal e o intelectual
da criança. [...] enfatiza que se a brinquedoteca
é o espaço da criança, esse é o melhor lugar
para conhecê-la e observá-la de forma intensa.
Permite desvincular o brinquedo da questão
do consumo, estimulando a vivência social
coletiva.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a


Educação Infantil (BRASIL, 1998), brincar é fundamental para o
pleno desenvolvimento da autonomia e identidade da criança.
O fato do ser humano poder comunicar-se desde muito cedo por
meio de sons, gestos e, logo após, poder representar um papel na
brincadeira, ajuda a desenvolver sua imaginação. E ainda de acordo
com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(BRASIL, 1998), por intermédio do brincar podemos observar a
coordenação das experiências prévias das crianças e as reações
tomadas por elas frente a diversas situações que surgem no decorrer
das brincadeiras.
5
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Nesse sentido, a Brinquedoteca é um espaço que se destina


à ludicidade. A partir desta proposta, a criança tem a oportunidade
de iniciar a sua integração social e cultural aprendendo a conviver
com os outros e posicionando-se frente a situações do mundo que a
cercam.

A Brinquedoteca da UNIASSELVI tem como principal objetivo o
resgate e a ressignificação de brinquedos e brincadeiras que serão
vivenciados por professores, acadêmicos do Curso de Licenciatura em
Pedagogia e crianças da comunidade. É um laboratório pedagógico
que tem como intenção o aperfeiçoamento do exercício profissional
dos acadêmicos, por meio da participação, observação e aplicação
da dinâmica educativa da disciplina do curso, reconhecendo a
intencionalidade pedagógica da atividade lúdica.

Nesse contexto, buscamos a construção de um trabalho
formativo de aprendizagem, pesquisa e ensino que potencializará
as definições de ludicidade, jogos, brinquedos e brincadeiras na
educação da criança, desenvolvendo nela a vontade de ficar na
Brinquedoteca (por sentir-se bem) e de voltar outras vezes.

A equipe do NEAD, composta por supervisores de disciplinas
e tutoras internas do Curso de Pedagogia, elaborou este manual com
o objetivo de orientar os tutores externos e articuladores sobre o uso
e as práticas que serão vivenciadas pelos acadêmicos do curso de
Licenciatura em Pedagogia na Brinquedoteca.
6
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO DA BRINQUEDOTECA

CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO

Art. 1º - Constitui-se em uma Brinquedoteca do Curso de Licenciatura


em Pedagogia da UNIASSELVI:

I – Espaço organizado de forma lúdica e que comporte os materiais


descritos a seguir:

l 1(uma) Almofada
1(uma)
l Estante em MDF colorida
1(uma)
l Mesa de Fórmica c/ 4(quatro) Cadeiras
1(um) Quebra-cabeça - Tapete de encaixe alfabeto
l
1(um) Engradado desmontável
l
1(um) Fantoche Animais Selvagens
l
1(um) Fantoche Família Negra
l
1(um) Fantoche Família Branca
l
1(um) Teatro de fantoches
l
1(uma) Casinha com utensílios de cozinha
l
1(um) Kit médico miniatura
l
1(um) Brinquedos de sucata
l
1(um) Carrinhos pedagógicos
l
1(uma) Boneca Gracinha Branca
l
1(uma) Boneca Gracinha Negra
l
1(uma) Bola de borracha nº 3
l
1(uma) Bandinha rítmica c/ 20(vinte) instrumentos
l
1(um) Kit Supermercado
l
1(um) Brincando de engenheiro com  53 peças
l
1(um) Tangran de E.V.A. pedagógico
l
1(um) Dominó das Cores
l
1(um) Dominó-Animais Domésticos
l
1(um) Memória numerais
l
1(um) Quebra-Cabeça – Liso
l
1(um) Jogo 5 em 1, em MDF (Dominó, dama, loto, ludo e trilha)
l
1(um) Alfabeto numeral Móvel - 76 peças
l
7
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

1(um)
l Kit brinquedos (blocos de montar)
1(um)
l Loto Leitura
1(um) Ábaco Aberto 5 colunas c/ base em madeira e bolinhas em
l
E.V.A.
1(uma) Coleção Alfabeto em BRAILE
l
1(uma) Coleção Alfabeto em LIBRAS
l
1(um) Boliche pequeno
l
1(um) Pinos coloridos pedagógicos
l
1(um) Passa figura
l
1(um) Cantinho da Leitura
l
Outros materiais construídos/doados pelos acadêmicos, tutores
l
externos ou Polos de Apoio Presenciais.
Pasta de Portfólios da Brinquedoteca (providenciada/construída no
l
Polo), para anexar as atividades desenvolvidas pelas diversas turmas
de Pedagogia.
Manual da Brinquedoteca.
l
Regulamento da Brinquedoteca (fixado em local visível aos usuários).
l

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS

Art. 2º - A Brinquedoteca na UNIASSELVI tem por objetivo permitir ao


acadêmico pensar, discutir, analisar e investigar o valor do brinquedo
e das brincadeiras no desenvolvimento da criança, sendo um espaço
para ampliar o processo de aprendizagem e desenvolver pesquisas que
apontem a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras no processo
educativo.

CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS

Art. 3º - Constituem princípios do Laboratório:

I - buscar a excelência em suas áreas de atuação;


II - aperfeiçoar continuamente os acadêmicos;
III - proporcionar os meios necessários para o desenvolvimento
de conhecimentos científicos aos acadêmicos através do
exercício de suas habilidades, tais como: a criatividade, a
8
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

iniciativa, o raciocínio lógico, a síntese e os sensos de análise e crítica;


IV - contribuir para a conceituação de jogo, brinquedo e brincadeira e
sua importância na educação;
V - formar profissionais que valorizem o lúdico;
VI - desenvolver pesquisas que apontem a relevância dos jogos,
brinquedos e brincadeiras para a educação.

CAPÍTULO IV
DOS USUÁRIOS

Art. 4º - São usuários do Laboratório:

I - Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia;


II - Tutores externos;
III - Crianças da comunidade, devidamente autorizadas.

CAPÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO

Art. 5º - São atribuições dos tutores externos, que utilizam o Laboratório:

I - definir, encaminhar, orientar e acompanhar a atividade prática;


II - utilizar a Brinquedoteca mediante reserva antecipada através de
formulário de reserva, com as seguintes providências:
a) reservar a aula prática com antecedência;
b) comunicar irregularidades ao articulador do Polo;
c) manter as estantes dos jogos e brinquedos organizadas;
d) responsabilizar-se pelo zelo e integridade dos materiais durante a
realização das atividades.

Art. 6º - Cabe aos acadêmicos em atividades de ensino/pesquisa:

I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca;


II - comunicar irregularidades ao tutor externo;
III - apresentar a autorização do articulador e do tutor para realizar
atividades práticas fora dos horários preestabelecidos.
IV - convidar crianças da comunidade para a dinâmica
desenvolvida na Brinquedoteca, respeitando o limite máximo
9
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

estipulado para cada atividade;


V - conduzir as atividades da Brinquedoteca envolvendo as crianças e
os demais participantes;
VI - realizar as atividades previstas na dinâmica dos encontros da
Brinquedoteca.

Art. 7º - Cabe às crianças da comunidade:


I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca;
II - participar das atividades propostas pelos acadêmicos durante a
dinâmica da Brinquedoteca.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 8º - O empréstimo ou a transferência de materiais deve ser feito(a)


através de formulário específico, autorizado pelo articulador do Polo de
Apoio Presencial.

Art. 9º - O funcionamento da Brinquedoteca ocorrerá em horário


reservado previamente pelo tutor externo, respeitando a disponibilidade
do espaço e o horário de funcionamento do Polo de Apoio Presencial.

Art. 10º Os casos omissos serão resolvidos pelo articulador do Polo


de Apoio Presencial, com anuência do coordenador do curso.

Art. 11º - Este Regulamento entra em vigor na data de sua aprovação.

2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA

Permitir aos acadêmicos pensar, discutir, analisar e investigar o


valor do brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento da criança,
sendo um espaço para ampliar os processos de reflexão, análise,
aprendizagem e desenvolvimento de pesquisas que apontem a
relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras para a educação.
10
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

3 ORIENTAÇÕES

ü As atividades devem começar já no 2º momento do 1º encontro,


quando o tutor externo deverá orientar os seus acadêmicos a
planejarem em pequenos grupos o “Roteiro da Atividade” a ser
aplicado no 1º momento do 2º encontro.

ü As atividades práticas devem ser desenvolvidas no 1º momento


do 2º encontro das disciplinas (preferencialmente com crianças
ou, na falta delas, realizando simulações com os acadêmicos do
próprio grupo). As disciplinas contempladas pela Brinquedoteca
serão as seguintes: Educação Inclusiva; Psicologia da Educação e
da Aprendizagem; Educação e Diversidade; Lúdico e Musicalização
na Educação Infantil; Fundamentos e Metodologia da Alfabetização
e Letramento; Metodologia e Conteúdos Básicos de Ciências
Naturais e Saúde Infantil; Metodologia e Conteúdos Básicos de
História.

ü É importante o tutor externo incentivar a busca por Referências


Bibliográficas que servirão de consulta nos grupos que serão
formados para a construção do texto fundamentado “Roteiro da
Atividade”, bem como, das atividades que serão escolhidas pelos
acadêmicos. O tutor externo deverá solicitar este material
de pesquisa aos acadêmicos no encontro anterior ao início
das disciplinas escolhidas para as dinâmicas a serem
desenvolvidas na Brinquedoteca.
11
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

ü O tutor externo deverá sortear um dos grupos para a apresentação


da prática aos demais acadêmicos, no 2º momento do 1º encontro
(após a escrita dos roteiros), utilizando o espaço da Brinquedoteca.
A presença de crianças é fundamental e, para tanto, faz-se
necessária a autorização obrigatória dos pais ou responsáveis
legais pelas mesmas. (Anexo G).

ATENÇÃO!
A criança deverá ser levada ao espaço da
Brinquedoteca pela pessoa responsável por
ela, que obrigatoriamente permanecerá no local
durante todo o período em que será realizada a
atividade. É importante enfatizar que a criança
não poderá sair da Brinquedoteca sem a
companhia do responsável legal.

ü Independentemente de apresentarem a prática aos demais


acadêmicos, todos deverão estar munidos de seus “Roteiros
de Atividade” desenvolvidos nos grupos, previamente
preenchidos e posteriormente de seu “Relatório da Atividade”, feito
individualmente, em que deverão aparecer descritos os objetivos
alcançados (ou não) e os conceitos relacionados com a prática
em questão (desenvolvida na Brinquedoteca), quer seja do ponto
de vista do grupo que aplicou, quanto dos grupos que apenas
observaram. OBS.: Tutor externo, sugerimos que haja uma
espécie de revezamento entre os grupos em cada disciplina,
para que, ao final, todos tenham a oportunidade de vivenciar
na prática a aplicação das atividades da Brinquedoteca.

ü Nestas disciplinas, a nota da 1ª avaliação será o “Relatório da


Atividade” (Anexo B) escrito individualmente, a partir da dinâmica
desenvolvida na Brinquedoteca e dos conceitos já estudados
nos grupos durante a construção do “Roteiro da Atividade”
(Anexo A), ou seja, o relatório substituirá a primeira avaliação
12
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
(tema de redação) realizada no 2º momento do 2º encontro.

OBS.: O “Relatório da Atividade” deverá ser feito a partir dos tópicos


solicitados no modelo (Anexo B).

ü A nota dos acadêmicos que apresentarem a dinâmica da Brinque-


doteca será cumulativa, respeitando todos os critérios descritos
no gabarito de correção (Anexo C).

ü Acadêmicos que somente observarem a dinâmica desenvolvida


na Brinquedoteca serão avaliados conforme critérios descritos no
gabarito de correção (Anexo D).

ATENÇÃO!

Se o acadêmico faltar no segundo encontro


da disciplina, no dia da 1ª avaliação (redação),
que refere-se ao “Relatório da Atividade” de-
senvolvida na brinquedoteca, poderá solicitar
a “Reposição de Avaliação” via requerimento,
conforme regulamento disponível no Ambiente
Virtual de Aprendizagem – AVA. Neste caso,
se o requerimento for deferido, ao invés de
realizar o Relatório da Atividade da Brinque-
doteca, irá realizar a 1ª avaliação da disciplina
(on-line).
13
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

ü Nas demais disciplinas, a Brinquedoteca pode e deve ser utilizada,


mas não haverá nota vinculada à atividade com exceção do
Seminário Interdisciplinar VII, “Oficinas Pedagógicas”, que também
lhe conferirá nota, caso opte pela brinquedoteca.

ü Os modelos de “Roteiro e Relatório da Atividade” encontram-se em


anexo nesse manual e, também, disponíveis no AVA (Trilhas de
Aprendizagem) das disciplinas.

Caro tutor externo!

Você deverá realizar um registro das atividades


desenvolvidas pela sua turma na Brinquedoteca, em
forma de portfólio (Anexo E), construindo a memória
histórica das atividades realizadas na Brinquedoteca.
Este portfólio irá compor o registro das atividades
desenvolvidas no Curso de Pedagogia, e deverá ser
enviado para ana.alencar@uniasselvi.com.br, com
anexos, fotos e registro de frequência, conformeAnexos
E e F. Este mesmo material deverá ser impresso e
anexado à pasta de Portfólios da Brinquedoteca, a fim
de tornar-se fonte de pesquisa aos demais acadêmicos
do curso, permanecendo na Brinquedoteca para o livre
manuseio.

ü Ao término da apresentação da dinâmica desenvolvida na


Brinquedoteca, o tutor externo deverá:
- avaliar os acadêmicos conforme os critérios de avaliação que
compõem o gabarito de correção (Anexos C e D);
- lançar a nota no AVA (1ª avaliação);
- encaminhar para o e-mail da coordenadora do curso:
ana.alencar@uniasselvi.com.br, o “Portfólio - Dinâmica
da Brinquedoteca” (Anexo E), relatando as atividades
14
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
desenvolvidas pela turma durante a dinâmica, com fotos, anexos
e Registro de Frequência (Anexo F).
- disponibilizar cópia impressa do portfólio das atividades
desenvolvidas pela turma, para anexar à pasta de Portfólios da
Brinquedoteca.

ü Antes de realizar a avaliação (2º momento do 2º encontro), é


fundamental fazer um feedback das atividades e discutir, com
os acadêmicos, questões relativas às dinâmicas: envolvimento
e participação das crianças, interação (entre as crianças e os
acadêmicos ou entre os próprios acadêmicos), conceitos, resultados
obtidos, etc.

ü Para facilitar a compreensão destas orientações e da dinâmica/


divisão envolvendo as aulas, criamos uma síntese dos encontros
referentes à Brinquedoteca:
15
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
SÍNTESE DA DINÂMICA DOS ENCONTROS
COM A ATIVIDADE DA BRINQUEDOTECA
HORÁ- PRIMEIRO SEGUNDO TERCEIRO QUARTO
RIO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO ENCONTRO
AULA AULA AULA AULA

Apresentação da Explicações ge- Discussão e Discussão


Disciplina (DVD). rais referentes explicações e correção
Apresentação do à autoatividade gerais referentes das auto-
Plano de Ensino da Unidade 1. ao conteúdo atividades
(Ementa, Estrutura, Início das da Unidade 2, referentes
Atividades). explicações correção das à Unidade
Explicações gerais referentes aos autoatividades 3 e esclare-

referentes aos conteúdos da referentes à cimento de
MO-
conteúdos da Unidade 2. Unidade 2 e es- eventuais
MENTO
Unidade 1. Apresentação clarecimento de dúvidas.
Apresentação da da dinâmica do eventuais dúvi- Revisão
Brinquedoteca aos grupo sorteado das. Explicações geral dos
acadêmicos. na Brinquedo- gerais referentes conteúdos
teca. Discussão aos conteúdos da disciplina.
e eventuais es- da Unidade 3.
clarecimentos
sobre a prática
realizada.
INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO
Explicações e orien- AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO
tações aos acadêmi- “Relatório da (Avaliação FINAL
cos sobre a dinâmica Atividade” feito Individual sem (Avaliação
a ser desenvolvida no lugar da consulta – Uni- Individual
na Brinquedoteca, redação. dade 2). sem consulta
conforme Manual. (ANEXO B) – todas as
Socialização do unidades).
conteúdo abordado
2º na disciplina. Divisão
MO- da turma em grupos
MENTO para a construção do
“Roteiro da Atividade”
e sorteio do grupo
que irá apresentar a
dinâmica no 2º en-
contro (1º momento).
(ANEXO A)
16
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Tutor externo, incentive os acadêmicos a acessarem o AVA


(Ambiente Virtual de Aprendizagem), clicando na Trilha de
Aprendizagem das disciplinas selecionadas para a dinâmica
da Brinquedoteca, a fim de obterem maiores informações
sobre as temáticas que serão abordadas neste manual,
bem como, ter acesso a outros materiais vinculados ao
uso da Brinquedoteca e sua relevância na Educação. Neste
ambiente, os acadêmicos encontrarão material teórico,
sugestões de sites, livros, dvd’s, artigos, reportagens, etc.

Para tanto, cabe aos acadêmicos atenção especial


no que diz respeito a:

ü Possuir um bom conhecimento do material técnico,


psicológico, pedagógico, histórico, cultural dos jogos e
brinquedos e atualizar esses conhecimentos;
ü Propor material lúdico condizente às normas de
segurança;
ü Ter jogos e brinquedos em bom estado, completos,
bem condicionados e limpos;
ü Preparar a utilização dos jogos e brinquedos;
ü Utilizar um método para arrumar os jogos e
brinquedos;
ü Estimular a acessibilidade;
ü Organizar a sala da Brinquedoteca de acordo com
a criatividade e a necessidade de cada grupo.
ü Construir materiais e deixá-los no acervo da
Brinquedoteca.
17
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Aqui, apresentamos algumas sugestões de atividades,


que podem ser ampliadas por você, tutor externo,
e pelos acadêmicos.

Segundo Azevedo (2010, p. 52), “A brinquedoteca é um espaço para


favorecer a brincadeira. É um espaço onde as crianças (e os adultos)
vão para brincar livremente, com todo o estímulo e manifestação de
suas potencialidades e necessidades lúdicas. Muitos brinquedos
e materiais permitem a expressão da criatividade. Embora os
brinquedos sejam a atração principal de uma brinquedoteca, ela pode
existir, até mesmo, sem brinquedos, desde que outros estímulos às
atividades lúdicas sejam proporcionados.”

QUADRO 1 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES


O canto
Estante de O canto O canto das A Mesa de
do “Faz de Teatrinho
Brinquedos da Leitura Invenções sucateca atividades
Conta”
Brinquedos - casinha; - com - Onde as Estante - Espaço - para as
de fácil - cozinha; tapetes, crianças onde em madei- atividades
acesso e - hospital; almofadas inventam ficam os ra com ja- escritas e
livre manu- - supermer- e muitos coisas, materiais nela para jogos de
seio, sepa- cado; livros de constroem alterna- apresen- mesa.
rados por - cama- qualidade, brinquedos tivos (re- tação de
“espécies”. rim com em estan- e/ou instru- ciclados) fantoches.
fantasias e tes acessí- mentos de e em - fatoches
espelho; veis. sucata. contínua diversos e
- escolinha; coleta. máscaras.
- bonecas/
carrinhos.

FONTE: Azevedo (2010, p. 71-72)


18
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
PRÁTICAS
1 – Disciplina: Educação Inclusiva

INTRODUÇÃO

Dentro do processo histórico da Educação Inclusiva,


as pessoas com necessidades educacionais especiais foram
consideradas inúteis, incapazes, ou melhor, sem função alguma
durante muitos anos. A sociedade restringia essas pessoas e
atribuía à deficiência um problema de ordem divina e como se
estivesse ligado a algum tipo de punição.

Reportando-nos a Esparta, onde a força física era de grande


valia, os imaturos, os fracos e os defeituosos eram propositalmente
eliminados. Os romanos descartavam as crianças deformadas e
indesejadas em esgotos (ARANHA, 2007). Além disso, outros eram
presos em clausuras na forma de hospício, durante anos.

Tendo em vista o processo de igualdade


social e o direito de cidadão, hoje a relação
da pessoa com deficiência na sociedade está
em transformação, pois a palavra inclusão
passou a fazer parte de vários segmentos, da
educação, desde a inserção no mercado de
trabalho ou na discussão da acessibilidade
em geral.
19
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
De acordo com Oliveira (2010, p. 71), “[...] a educação inclusiva
é muito mais do que somente incluir as pessoas com necessidades
especiais no ensino regular, mas, também, promover estratégias
para que elas permaneçam como também progridam no processo de
aprendizagem e desenvolvimento.”

Uma dessas estratégias é a Brinquedoteca, recurso este que


possibilitará a inclusão de todas as crianças, com ou sem deficiência, no
processo de ensino e aprendizagem, eliminando assim obstáculos que
impedem as escolas de se abrirem às diferenças.

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verificando se eles


foram capazes de:

• Despertar nas crianças a percepção e o respeito em relação às pessoas


com necessidades especiais que encontrarão em suas vidas;

• Estimular o diálogo e o entendimento em torno dessa discussão;

• Sensibilizar as crianças através da brincadeira para um agir mais


humano em relação ao outro.

Caro tutor externo! Conduza seus acadêmicos à


seguinte reflexão: Ensinar é marcar um encontro
com o outro e a inclusão escolar provoca,
basicamente, uma mudança de atitude diante
do outro, esse que não é mais um indivíduo
qualquer, com o qual topamos simplesmente na
nossa existência e/ou com o qual convivemos
certo tempo de nossas vidas. Mas é alguém que é
essencial para a nossa constituição como pessoa
e como profissional, que nos mostra os nossos
limites e nos faz ir além. (MANTOAN, 2003, p. 28).
20
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Bonecas desmontáveis.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro


da disciplina.

• Escolher 6 (seis) crianças para este dia (autorização).

• Desencaixar a perna de uma ou duas bonecas, o braço de outras


duas e vendar os olhos do restante.

Caro tutor externo! Explique


aos acadêmicos que as
crianças precisam encontrar
as bonecas desta forma ao
chegarem à Brinquedoteca,
sendo importante guardar as
peças retiradas para que sejam
remontadas antes de serem
guardadas.

• As bonecas são deixadas no meio da Brinquedoteca, juntamente


com outros acessórios (roupinhas, sapatinhos, etc.) e convidam-se
as crianças para brincar com elas.

• No momento em que as crianças notarem a falta do membro e a


venda nos olhos, deve-se estimulá-las a falar sobre essas diferen-
ças, fazendo com que expliquem como brincar com essas bonecas.

• Buscar dinamizar a discussão para a vida real, ressaltando o pro-


cesso de inclusão e respeitando as diferenças.

• Ao término da discussão, deixar um tempo livre para que elas façam


uso de outros brinquedos.
21
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Caro tutor externo! Incentive os aca-


dêmicos a registrarem com fotos es-
ses momentos de interação.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da


dinâmica.

• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no


“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem
do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a
discussão; o envolvimento das crianças/participantes no debate,
contribuições, casos etc).

• OBS: Neste item, tutor externo, um feedback, envolvendo os


acadêmicos, é bem importante.

Tutor, você também poderá optar pela seguinte prática:


22
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
1 – Disciplina: Educação Inclusiva

t o d os
s
Somo is na .. .
igua nça
.. .
e
difer

INTRODUÇÃO

Num processo de aprendizagem temos que entender que o


outro não está no momento que eu estou; entender que o passo do
outro não está no passo que eu quero; aprender a olhar o outro com
um olhar diferenciado.

Neste sentido, precisamos perceber o outro, dar-lhe a im-


portância que lhe é merecida e, a partir disto, começar a construir o
processo de inclusão. Para incluir este sujeito temos que acreditar que
ele tem capacidade de aprender, respeitando sempre o momento e a
caminhada percorrida por ele.

Muitas vezes temos ainda que reorganizar o tempo e o espaço


para a aprendizagem deste sujeito. Para isso, precisamos refletir sobre
nossas próprias ações.
23
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Mantoan (1997, p. 19) nos faz pensar:
Mas por que temos que ser iguais? Não sabemos. Talvez
porque ficaria mais fácil ou acessível conviver com o
igual, não me incomodaria e não haveria necessidade de
me autorreconhecer perante a diversidade. “Na verdade,
o que o homem vê e teme é a sua própria fragilidade
perante a vida, a sua própria finitude. O conflito originado
do confronto do que ele é com o que ele pode vir a ser
provoca no homem toda repulsa em relação à diferença”

Partindo deste pressuposto, não podemos olhar o outro pela


diversidade (diferença), que ele nos traz, ou seja, precisamos enxergá-
-lo enfatizando sempre as suas qualidades e competências para que
assim possamos reconhecê-lo no sujeito que foi e no que poderá vir a
ser.

Portanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento
de integração do eu e do outro, favorecendo a diversidade, a inclusão.

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-


do se eles foram capazes de:
• Despertar nas crianças o respeito à diversidade.
• Promover a integração entre as crianças.
• Trabalhar a conscientização da inclusão e a importância do olhar
diferenciado em relação ao outro.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Retalhos de tecidos
• Botões
• Pedras
• Quilicas
• Moedas
• Esponja de louça
• Esponja de aço
• Tecidos com texturas diferenciadas
• Lixa
• Cola quente
24
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Linha e agulha
• Tesoura

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Escolher 6 crianças, dentre elas, crianças com alguma necessidade


especial, se possível (autorização).
• Deixar à disposição das crianças os livros confeccionados. Mínimo:
2 livros (de pano).
• O material desenvolvido é deixado na brinquedoteca e as crianças
são convidadas a manusear os livros confeccionados pelos acadêmi-
cos, de olhos vendados (livros dos sentidos), explorando os diferentes
sons e texturas.
• Durante a dinâmica, fotografar as crianças e suas expressões/sen-
sações.
• Após algum tempo, trocar os livros entre as crianças, incentivando
a exploração sensorial.
• Ao final deste processo, elevar a discussão para o dia a dia delas,
enfatizando a inclusão e o respeito pelas diferenças, e deixando-as
falar sobre o que acharam da experiência.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação,
de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da
dinâmica.
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema,
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão;
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida
(manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que sentiram/
acharam da experiência.
25
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da Aprendizagem

INTRODUÇÃO

Percebemos dentro da história da educação que o educador


tem assumido involuntariamente diversos papéis no ambiente escolar,
desde orientador, supervisor, gestor e, muitas vezes, até psicólogo.
Seguindo este viés e pensando nas áreas de atuação do psicólogo
educacional nesse processo, o educador necessita ter como norte
o conhecimento e a orientação destes profissionais para uma
melhor atuação e, automaticamente, melhoria nos relacionamentos
interpessoais entre aluno/aluno e professor/aluno.

Nesse sentido,
A psicologia da educação tem proporcionado,
a serviço dos professores e da educação em
geral, ajuda na hora de tratar desses problemas.
Ás vezes, a ajuda que a psicologia da educação
proporciona é a maneira direta à solução de um
problema; na maioria das vezes, é somente parte
da base para a solução do problema. Em outras
palavras, a psicologia da educação serve como
uma disciplina de base na educação,
da mesma maneira que as ciências
físicas servem à engenharia. O
engenheiro que projeta uma ponte ou
26
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

uma refinaria necessita de alguns conhecimentos


de física e de química, é claro, mas também deve
ter conhecimentos de estética, de economia e
de política. De maneira similar, os professores
deverão combinar contribuições da psicologia da
educação com o raciocínio filosófico sobre o que
é melhor para os adultos e para a sociedade, com
a consciência sociológica da dinâmica coletiva [...].
(GAGE; BERLINER apud SALVADOR et al., 1999,
p. 47-48).

Portanto, é interessante que os educadores se utilizem de


atividades que irão contribuir para essa consciência sociológica da
dinâmica coletiva, favorecendo essa relação humana e participativa.

OBJETIVOS

• Despertar nas crianças a sensibilidade e o respeito em relação às


pessoas, animais e toda a diversidade na qual estão inseridos.

• Estimular o diálogo e o entendimento em torno dessa discussão.

• Sensibilizar as crianças através de um dos instrumentos de


ludicidade, a consciência de que na prática cotidiana precisamos
resgatar valores como o respeito ao próximo, a não violência, a
diversidade, buscando um agir mais humano em relação ao outro.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Filmes.

• Livros (contos, fábulas etc.).

• Fantoches.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento


do 2º encontro da disciplina.
• Escolher de 6 a 8 crianças para este dia (autorização).
27
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

• Abordar um assunto que tenha como foco trabalhar “os valores


éticos”, percebendo o outro como parte integrante de sua história.

• Incentivar uma roda de conversa, logo após a socialização do


instrumento de ludicidade.

Citamos um exemplo, em relação ao tema, para contribuir


pedagogicamente com esta atividade: O filme “Lucas um intruso no
formigueiro”.

Sinopse

Disponível em: <http://www.assistironlinefilmes.com.br>. Acesso em: 16


abr. 2013.

Deixado nas mãos da irmã mais velha e da avó obcecada por


Óvnis, o pequeno Lucas enfrenta maus bocados durante a viagem
de férias dos pais. Tudo porque não aguenta mais um garoto da
vizinhança. Para descontar a raiva, ele inunda um formigueiro no jardim
de sua casa com a mangueira, além de judiar dos animais. O estrago
feito na casa das formigas causa revolta nesses animais, que tentam
encontrar uma maneira de se vingar do garoto.

“O Destruidor”, como as formigas o chamam, acaba sendo alvo


dos planos dessas formigas, que encontram uma maneira de deter
o seu inimigo. Uma das formigas, conhecida como Zoc, é o mago
dessa comunidade, este cria uma poção capaz de fazer
o garoto ficar do tamanho de uma formiga. Ele é então
sequestrado e levado até à rainha, que condena Lucas,
28
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
um Intruso no formigueiro, a prestar serviços para a comunidade. No
formigueiro, Lucas não aprende somente sobre trabalho em equipe,
amizade, coragem e o valor da comunidade, mas também sobre abuso
de poder. Quando olhava para as formigas e as menosprezava por
serem pequenas e aparentemente insignificantes, ele achava que
tinha o direito de fazer o que quisesse com elas. Somente quando vê
os desdobramentos de suas ações é que começa a pensar que talvez
essa não seja a melhor atitude a tomar. Portanto, o fato de ter o poder
ou de estar em situação vantajosa não lhe dá o direito de fazer uso
dessas condições, ressalta o diretor do filme.

Adaptado de: Disponível em: <http://wagnerstematutinoescolaarapua.blogspot.


com/2010/04/filme-lucas-um-intruso-no-formigueiro.html>;
<http://www.cinekids.net78.net/lucas-um-intruso-no-formigueiro/>. Acesso em: 20
maio 2011.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão


descritas todas as etapas do processo.

• O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs ou


outros).

• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no


“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem
do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o
envolvimento das crianças/participantes em relação ao tema).
29
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
3 – Disciplina: Educação de Jovens e Adultos

A E I O U

INTRODUÇÃO

De acordo com a Declaração de Hamburgo, documento elabo-


rado a partir das discussões tecidas na 5ª Conferência Internacional
de Educação de Adultos (CONFINTEA), realizada em Hamburgo, na
Alemanha, em 1997, a EJA deve ser entendida além da escolaridade.

Para tanto, uma proposta com “Círculo de Cultura”, apresentada


pelo educador Paulo Freire, tem se revelado uma forma alternativa de
prática educativa que auxilia a integração flexibilização e conscienti-
zação dos conteúdos estudados.

No contexto dessa proposta é importante enfatizar discussões


com os alunos, o universo em que vivem, o lugar de trabalho, suas
vivências, para depois construir a alfabetização a partir de suas rea-
lidades.

(...) Ao ler palavras, a escola se


torna um lugar especial que nos
30
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ensina a ler apenas as “palavras da escola”, e
não as “palavras da realidade”. O outro mundo,
o mundo dos fatos, o mundo da vida, o mundo
no qual os eventos estão muito vivos, o mundo
das lutas, o mundo da discriminação e da crise
econômica (todas essas coisas estão aí), não tem
contato algum com os alunos na escola através
das palavras que a escola exige que eles leiam.
Você pode pensar nessa dicotomia como uma
espécie de “cultura do silêncio” imposta aos es-
tudantes. A leitura da escola mantém silêncio a
respeito do mundo da experiência, e o mundo da
experiência é silenciado sem seus textos críticos
próprios. (FREIRE, 1986, p.164)

Na busca de novas palavras com os alfabetizandos surge o


processo de conscientização e compreensão do mundo. Este méto-
do dirigido pelo alfabetizador dentro do “círculo de cultura” tem por
finalidade levar a participação de todos os envolvidos em um debate
sobre suas vivências culturais.

Esta prática transcende o ensinar a ler-escrever, pois lida com


a coletividade, solidariedade, numa perspectiva de educação inclusiva.
Aproxima alunos e professores integrando os contextos relacionados
a cada realidade, estreitando laços afetivos, favorecendo assim o
caminho para aprendizagem.

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-


do se eles foram capazes de:

• Promover momentos de diálogos e reflexões relacionados a temas


atuais.
• Desenvolver habilidades no incentivo a comunicação e postura crítica
frente às discussões.
• Conhecer as palavras mais presentes, as mais usuais,
31
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
que integram o cotidiano dos alunos.

• Trabalhar as capacidades de reconhecimento da escrita por meio


de situações lúdicas de aprendizagem.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Confecção de Cartaz a partir das palavras chaves
• Sílabas sonoras
• Bingos das sílabas
• Papel cartão
• Feijão ou milho
• Canetinha

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:

• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do


2º encontro da disciplina.

• Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade


com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos
de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a
simulação da prática.

• A atividade poderá ser fotografada ou filmada.


32
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Bingo das sílabas a partir do "Círculo de Cultura”

1- Etapa de Investigação: Sentados em círculo para que se apresen-


tem ao grupo olhando um ao outro. Iniciar a discussão propondo um
tema relacionado à cultura, a sociedade. Este tema poderá partir dos
alunos ou você poderá conduzir. Sugestões de temas: a) Manifes-
tações Políticas. b) Preconceito Racial. c) Intolerância religiosa. d)
Liberdade de expressão e mídia. e) Maternidade. f) Trabalho e família.
Neste círculo, conforme a proposta de Paulo Freire, você será apenas
um mediador das discussões. Fará o levantamento das palavras
chaves que forem surgindo no decorrer da conversa, para tanto tenha
em mãos lápis e papel para anotar.

2- Etapa de Tematização:  Selecionar a partir da discussão, em torno


de 15 palavras, aproximadamente. Compor um cartaz denominado
de palavras chaves, elas irão fazer parte do bingo das sílabas res-
significadas da realidade daquela turma.
33
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
3- Etapa de Problematização: Apresentar as sílabas das palavras em
cartaz utilizando elementos sonoros para marcar o fonema de cada
sílaba (pode ser batida de palmas). Exemplo:

VAS- SOU- RA
CA- DEI-RA
CAR-RO
BI-CI-CLE-TA

• Convidar cada aluno a circular no cartaz a sílaba explorada, encon-


trada nas diferentes palavras.
• Confeccionar com os alunos utilizando papel cartão as sílabas re-
tiradas das palavras chaves. Sentados em círculo, iniciar o bingo
utilizando feijão ou milho para marcar cada sílaba, sorteada por um
dos integrantes do grupo.
• Finalizar a atividade com o comentário de cada aluno sobre a dinâ-
mica.
34
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Sugestão de outra atividade:

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-


do se eles foram capazes de:

• Promover debate sobre a questão social de gênero: desigualdades


entre homens e mulheres.
• Incentivar a comparação entre diferentes contextos por meio de
figuras.
• Estimular a criação, expontaneidade e desenvoltura.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Figuras
• Construção de Paródia
• Materiais alternativos
35
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:

• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do


2º encontro da disciplina.

• Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade


com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos
de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a
simulação da prática.

• A atividade poderá ser fotografada ou filmada.

• Mostre a primeira figura abaixo a esquerda ao grupo, e peça que


comentem sobre o que ela representa. Em seguida apresente a
outra figura ao lado. Deixe que cada aluno exponha sua opinião.

• Após todos os comentários apresentar a origem das figuras. (con-


forme abaixo)
36
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

NÓS PODEMOS FAZER ELE PODE FAZER ISSO!


ISSO!

Cartaz publicado pelo governo Paródia publicada anos de-


norte-americano durante a pois
Segunda Guerra Mundial.

Fonte:https://www.dropbox.com/sh/0gvdsoef3m9kmlz/
CglklLoF9O?preview=EJA_cap02_030a045.pdf

A figura feminina que aparece no cartaz da página ao lado foi


utilizada pelo governo dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra
Mundial, na década de 1940, para convencer as mulheres de que elas
também poderiam trabalhar fora de casa.

A figura do homem foi criada recentemente, cerca de 70 anos


depois, como uma paródia.
37
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

PARÓDIA: recriação de uma obra mantendo características


da original. Costuma ser crítica ou engraçada

1-Tutor converse sobre essas figuras com o grupo, explorando:

a) O que foi mantido da imagem original? O que foi alterado?


b) Como as imagens podem ser lidas? Elas fazem sentido nos dias
de hoje?
Após as discussões solicitar que cada aluno construa a sua
própria paródia, partindo do tema, qual meu papel na sociedade? Po-
dem utlilizar materiais alternativos como: revista, tecidos, tinta, argila.
É importante o tutor explicar a ideia da paródia anteriormente.
c) Apresentar a sua paródia ao grande grupo, contando um pouco
de sua vida. Tutor, anote as palavras chaves (as mais significa-
tivas de cada aluno) para a construção do mural.
d) Construir um mural artístico contendo as paródias e palavras-
-chaves que compõe o contexto do tema. (Tutor, leia para o gran-
de grupo as palavras chaves.).
e) Por fim, deixe que cada aluno expresse sua opinião sobre a
vivência desta dinâmica.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da


dinâmica.
38
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema,
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão;
o envolvimento dos jovens/participantes na atividade desenvolvida
(manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que senti-
ram/ acharam da experiência.
39
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
4 – Disciplina: Pedagogia da Educação Infantil

INTRODUÇÃO

Na Educação Infantil, a organização dos espaços físicos,


também chamados de “ambientes facilitadores” ou simplesmente
“cantinhos”, é de fundamental importância, pois eles possibilitam
interações e aprendizagens, que auxiliarão em todas as linguagens,
nas mais diferentes faixas etárias.

Conforme Brasil (2006a, p.8), “O espaço físico não apenas


contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma
silenciosa de educar”. Entendemos que este educar de forma silen-
ciosa, vem acompanhado de muita ludicidade, alegria e prazer, por
ensinar e aprender.

Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instru-


mento de integração e educação, servindo como estímulo e elo en-
tre as linguagens e os ambientes facilitadores de aprendizagens.
40
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Fonte: Disponível em: http://maetamorfose.ne10.uol.com.br/decore-saltea-


do-brinquedoteca-em-casa/. Acesso em 16/11/2016.

Dentre os ambientes facilitadores de aprendizagem na Edu-


cação Infantil podemos citar: sala de repouso, sala para atividades,
fraldário, lactário e solário (para crianças de 0 a 1 ano de idade). Sala
de atividades (cantinho da fantasia, cantinho da leitura, cantinho dos
brinquedos, cantinho dos jogos, cantinho das artes, cantinho das ativi-
dades domésticas, cantinho do salão de beleza, cantinho do mercado,
entre outros...), sala multiuso, refeitório, banheiro, pátio coberto e área
externa (para crianças de 1 a 6 anos). Como sugestão, traremos o
CANTINHO DA FANTASIA, para a realização desta prática, pois ele é
um dos cantinhos preferidos das crianças, mas os acadêmicos poderão
optar por outro espaço, sem problema algum.

Lembrem-se apenas de que estes espaços, precisam ser pla-


nejados pensando na idade das crianças e nos objetivos pedagógicos
do educador. Bom trabalho!

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade,


41
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
verificando se eles foram capazes de:

• Despertar nas crianças o interesse pelo manuseio e utilização das


roupas e objetos deixados à disposição;

• Promover a participação efetiva de todas as crianças com disposição


e alegria;

• Incentivar a troca de ideias na construção das histórias ou composição


dos looks, favorecendo um ambiente de cooperação e entreajuda;

• Trabalhar a criatividade e a ludicidade das crianças como uma ex-


periência desafiadora e libertadora.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Roupas, trajes ou fantasias de diferentes tamanhos e cores (para


ambos os sexos);

• Perucas e bolsas;

• Chapéus, bonés, óculos;

• Maquiagem ou pintura facial;

• Um espelho grande;

• Uma arara com cabides para a disposição das roupas;

• Uma mesinha para os demais acessórios;

• Sapatos de homens e mulheres para a composição dos looks.


42
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

FONTE: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian%


C3%A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=
X&ved=0ahUKEwjL_tj1 2016.7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#tbm=is
ch&q=cantinho+da+fantasia&imgrc=EmurpuRR216HwM%3ª>. Acesso em:
23 de nov. 2016.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Reunir pelo menos 8 crianças para esta prática (não esqueçam da


autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns
acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática.

• Em seguida, por meio deste cantinho, diferentes linguagens serão


trabalhadas: música, arte, movimento, oralidade, criatividade,
imaginação, teatro, dramatização, entre outras.

• Sentar em roda com todas as crianças, deixando no centro a arara com


as fantasias (roupas) e a mesinha com todos os demais acessórios
(em número suficiente para que cada criança escolha várias roupas e
acessórios), devidamente limpos e em bom estado de conservação.

• Depois que cada criança escolheu seu look, perguntar a elas por que
escolheram vestir-se daquele jeito, deixando-as falar à vontade. Vale
à pena incentivar a criatividade delas e estar preparado para registrar
por escrito o que elas disserem, além de bater fotos ou fazer pequenos
vídeos (é necessário pedir autorização de imagem, neste caso).

• Assim que todas contarem o porquê da escolha de suas


fantasias, deve-se convidá-las para o desfile de moda, onde
cada uma será apresentada conforme a descrição que fez de
sua fantasia. Por exemplo: se alguma criança disser que quer
43
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ser uma princesa, apresente-a desta forma: Na passarela a Princesa
Júlia, que escolheu “sua roupa rosa porque adora essa cor e acha os
vestidos muito bonitos”. Na passarela o doutor João, “todo vestido de
branco por que é um médico e quer cuidar de pessoas, porque acha este
trabalho muito importante”. E assim por diante. Enquanto desfilam pode-
se colocar a música de fundo: Toda criança quer (Palavra Cantada).

Fonte: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian%C3


%A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v
ed=0ahUKEwjL_tj1-7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#imgrc=BrMUYCD_
erJJnM%3A Acesso em: 23 de nov. 2016.

• Se as crianças forem maiores, elas mesmas poderão se maquiar


para o desfile, caso contrário os acadêmicos poderão auxiliar na
maquiagem e pintura facial.

• Depois do desfile de moda, sugerimos que sejam formados 2 grupos


de 4 crianças (o ideal é separá-las por idade) para que criem uma
história ou um teatro em que os 4 personagens criados por eles,
apareçam. Todos deverão construir a história juntos, por escrito (um
deles será o escriba desde que esteja alfabetizado) ou de forma
oral (se forem menores), favorecendo um ambiente de cooperação.
Depois de criarem a história, eles deverão apresentá-la.

• Por fim, cada criança será convidada a olhar-se no espelho, falando


sobre a pessoa ou personagem que criou, em sua imaginação, como
se realmente FOSSE essa pessoa ou personagem. Ela
pode lhe dar um nome, mencionar suas características
44
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
físicas e psicológicas, dizer onde mora, com quem, o que gosta de
fazer, etc... (para facilitar, os acadêmicos podem elaborar um roteiro
de perguntas, como se fosse uma entrevista para os personagens,
que sem retirar os olhos do espelho, vão criando as respostas na
hora).

• Ao final deste processo, fotografar todas as crianças juntas. Depois


convidá-las a ir retirando cada peça de roupa ou acessório, enquanto
falam sobre o que acharam da experiência vivenciada na Brinque-
doteca.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da


dinâmica.

• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da


Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema,
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão;
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida
(manuseio e exploração das roupas e acessórios e na conversa sobre
o que sentiram/ acharam da experiência.
45
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na Educação Infantil

Chegou
a hora de cantar e
dançar, pessoal!
OBA!

INTRODUÇÃO

Para Bréscia (2003), a musicalização é um processo de


construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e
desenvolver o gosto musical, procurando o despertar da sensibilidade,
criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação,
memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao
próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para
uma efetiva consciência corporal e de movimentação. As atividades
de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si
mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também
permitem a comunicação com o outro. Barreto (2000) afirma que
atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no
desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e socioafetivo da
criança.

A disciplina de “Lúdico e Musicalização na Educação Infantil”


tem como objetivo evidenciar a musicalização como estratégia
pedagógica e ferramenta educativa no estímulo às
múltiplas inteligências. Sendo assim, de maneira lúdica,
vamos vivenciá-las na Brinquedoteca.
46
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

OBJETIVOS

• Motivar os acadêmicos a trazerem temas que tenham a música como


elemento da aprendizagem.

• Incentivar os acadêmicos a criarem com as crianças diferentes ritmos


musicais, com instrumentos de sucata.

• Realizar, com os acadêmicos, pesquisas (fundamentação teórica) nas


mais diversas fontes bibliográficas.

• Favorecer a percepção dos acadêmicos em relação à música e à


musicalização, como um recurso pedagógico para sua atuação em
sala de aula.

• Levar os acadêmicos a perceberem como a musicalização pode


contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento
cognitivo/ linguístico, psicomotor e socioafetivo da criança.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

- Utilizar a Brinquedoteca e os recursos que ela dispõe.

- Materiais alternativos (reciclados).

- Instrumentos musicais.

- Livros e internet para pesquisa.

- Cds e Dvds (sugestão: palavra cantada).

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro


da disciplina.

• Escolher no mínimo 10 (dez) crianças para este dia (autorização).


• Utilizar como recurso a Brinquedoteca e seus mobiliários:
bandinha, tapetes, bolas etc.
47
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Trazer cantigas populares da região, se possível, para serem
socializadas com as crianças convidadas.

• Realizar brincadeiras cantadas para favorecer a socialização.

• Confeccionar instrumentos musicais, com material alternativo,


procurando valorizar a cultura local, onde estes poderão ser
manipulados na Brinquedoteca, pelo grupo de crianças convidadas
(conforme o espaço do ambiente).

Citaremos alguns exemplos para contribuir pedagogicamente


com esta atividade. Nesse sentido, caro tutor externo, incentive
os acadêmicos a:

• Explorar sons e movimentos diversos com as crianças.

• Provocar sons com o próprio corpo: soprar, estalar a língua, estalar


os dedos, bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater as
mãos no próprio corpo ou em objetos, etc.

• Manipular objetos que provoquem ruídos, batendo, sacudindo,


raspando, amassando, apertando. Utilizar objetos tais como:
latinhas contendo pedrinhas ou grãos, reco-reco, língua-de-sogra,
folha de papel etc.

• Bater palmas ao som de uma canção. Parar assim que ela termina.

• Fazer movimentos como andar e saltar, ao som de um estímulo


sonoro. Quando este cessar, as crianças param o movimento.

• Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estímulo sonoro


(músicas e cantos). Variação: dançar seguindo ritmos lentos e
rápidos.
48
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido em sala nos grupos e


apresentado previamente ao tutor externo.

• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita


no “Relatório da Atividade”. Como os acadêmicos iniciaram a
abordagem sobre musicalização; como conduziram e concluíram a
dinâmica; a percepção de aprendizagem das crianças/participantes
envolvidos no processo, verificando se conseguiram identificar e
utilizar os diferentes instrumentos musicais, bem como, participar
das músicas e brincadeiras cantadas.

• Este registro deverá ficar arquivado na Brinquedoteca para futuras


pesquisas.

Caro tutor externo!


Incentive os acadêmicos a fazerem uma
pequena apresentação com as crianças,
trazendo a filmagem em vídeo, para
posteriormente socializá-lo em sala de
aula. É necessário que os acadêmicos que
apresentaram a dinâmica da Brinquedoteca
façam o Relatório da Atividade, realizada
no 2º momento do 2º encontro. Além disso,
você deverá fazer o registro das atividades
realizadas pela sua turma na Brinquedoteca,
o Portfólio (Anexo E), e enviá-lo para o e-mail:
ana.alencar@uniasselvi.com.br, com anexos,
fotos e registro de frequência (Anexos E e
F). É interessante manter um arquivo destes
registros com fotos, para futuras consultas, na
Brinquedoteca.
49
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos Básicos de


Ciências Naturais e Saúde Infantil

O
MEI TE
SAÚDE B IEN
A M

INTRODUÇÃO

A necessidade de se estimular ações de preservação da saúde


tanto pessoal, quanto coletiva, permite discutir temas tão presentes na
realidade de nossas crianças e, ao mesmo tempo, tão distantes.

Neste sentido, os Temas Transversais têm como objetivo
contribuir para a reflexão destes assuntos que afetam diretamente a
sociedade e formar cidadãos mais conscientes e críticos em relação à
realidade em que vivem.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), “[...] por tratarem de


questões sociais, os Temas Transversais têm natureza diferente das
áreas convencionais. Sua complexidade faz com que nenhuma das
áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao contrário, a
problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes
campos do conhecimento”. (2001, p. 36).
50
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Para tanto, os Temas Transversais correspondem a questões


importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana.
O currículo escolar ganha uma dimensão mais flexível e aberta a
novos temas, priorizando-os e contextualizando-os de acordo com as
diferentes realidades locais ou regionais.

Os temas propostos são: Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade
Cultural e Formação Cidadã e Ética.

Assim, de acordo com Siegel (2005), “Todos estes Temas


Transversais expressam conceitos e valores considerados
fundamentais para o exercício da democracia e da cidadania. São
temas amplos que abrangem todo o país. Ademais, os referidos
Temas Transversais são objetos de muitas discussões na sociedade,
podendo provocar o dissenso e o confronto de ideias”.

OBJETIVOS

• Incentivar os acadêmicos a utilizarem os recursos da Brinquedoteca


para trabalhar um Tema Transversal.

• Avaliar a criatividade e a dinâmica utilizada pelos acadêmicos para


abordar o tema, com as crianças, de forma lúdica e criativa.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Livros de literatura infantil.

• Filmes.

• Outros materiais que possam vir a ser utilizados.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro


da disciplina.
• Escolher no mínimo 6 (seis) crianças para este dia
(autorização).

• Eleger um assunto que condiga com os Temas Transversais


51
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

(Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Formação Cidadã e


Ética).

Citaremos alguns exemplos, em relação ao tema Saúde, para


contribuir pedagogicamente com esta atividade. Nesse sentido,
tutor externo, incentive os acadêmicos para que alertem os
alunos sobre os alimentos e hábitos prejudiciais à saúde. De
que forma?

• Brincando de casinha na escolha e preparo de alimentos.


• Brincando de médico e envolvendo a saúde e/ou doença, como
consequência dos maus hábitos alimentares.
• Criando um mercadinho e auxiliando na compra consciente dos
alimentos.
• Abordando a obesidade infantil.
• Realizando um piquenique saudável com as crianças.
• Preparando receitas.
• Valorizando a Saúde Individual e Coletiva.
• Construindo cartazes com figuras de alimentos, classificando-
os em industrializados, naturais, grãos, vegetais, etc. Criando
cartazes/regras de alimentos que podem comer sempre (frutas,
verduras, pães), numa sinalização VERDE; só de vez em quando,
com atenção (balas, chocolates, sorvetes) em AMARELO; e não
deveríamos comer (frituras e gorduras), em VERMELHO – como
um “semáforo”. Pode-se fazer também teatro de fantoches para
este último exemplo que sugerimos.
• Identificando diferentes ações humanas prejudiciais à saúde e ao
ambiente.
• Conhecendo ações alternativas menos danosas.
• Compreendendo a importância das atividades individuais e coletivas
para a preservação, conservação e o uso racional dos recursos do
planeta.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C
e D).
52
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão
descritas todas as etapas do processo.

• O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs,


fantoches, desenhos, recortes etc.).

• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no


“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem
do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o
envolvimento das crianças/participantes nas brincadeiras, teatros,
contribuições, casos específicos etc.).
53
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
7 – Disciplina: Disciplina: Literatura InfantoJuvenil

INTRODUÇÃO

A leitura de histórias, sejam elas contadas pelos adultos


ou simplesmente lidas pelas crianças e adolescentes, faz parte
das práticas desenvolvidas atualmente, no ambiente escolar. No
passado, mais precisamente no século XVII, na Europa, a literatura
infantil surge como uma proposta de educação moral. Na época,
o período que atualmente conhecemos como infância, estava em
plena reorganização, ou seja, a sociedade passou a atribuir à criança
características específicas, desvinculando-a da posição de pequeno
adulto outrora designado (ARIÈS, 1981).

No Brasil, no final do século XIX, a educação nacional priorizou


a divulgação de obras literárias nas escolas para a
organização de projetos educativos como incentivo para
a leitura, contação de histórias e outros. Atualmente,
54
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
encontra-se a prática de ler histórias de forma coletiva mais
precisamente voltada a instituições de ensino, uma delas a escola.
Também ocorrem de forma individual, quando a criança ou adolescente
escolhe uma obra e debruça-se no ato de ler.

Durante a leitura a criança ou adolescente passa por um


processo de envolvimento com a obra, desenvolvendo aprendizagens
significativas quanto a escrita e a leitura e nos aspectos emocionais
e criativos. De acordo com Abramovich (1994), as crianças ou
adolescentes ao se envolverem na história lida ou contada emergem
no mundo imaginário, transformando ou reelaborando pensamentos
e sentimentos. Por meio das histórias se consegue mudanças em
problemas existenciais próprios do mundo infantil como medo, inveja,
carinho, curiosidade, dor, perda, solidariedade e outros. Aborda
também situações diferenciadas que podem servir de exemplos de
conduta futura, baseando-se nas reações de personagens que leu
nos livros.

Segundo Abramovich (1994, p.16);

[...] a importância de ouvir muitas, muitas histórias


[...] Escutá-las é o início da aprendizagem para ser
um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente
infinito de descoberta e de compreensão do mundo.

O professor, ao contar histórias para sua turma, possibilita


o desenvolvimento criativo e emocional, o conhecimento de novas
palavras e ainda a contemplação no imaginário das aventuras que os
personagens irão viver.

Vigotski (2010) em seus estudos afirmou que a criança


ou adolescente aprende valores, hábitos e formas de pensar
observando os indivíduos com maior experiência. Nesse processo
de aprendizagem, primeiramente os imitam para depois, mais tarde,
assim que conseguem interiorizar as ações, agirem por
si mesmos. Nesse sentido, a ação do professor como
55
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
um contador de histórias e agente divulgador da leitura, poderá
desenvolver nos alunos a vontade de ler os livros, de frequentar a
biblioteca e conversar sobre o que aprenderam. Ainda, contribuirá no
desenvolvimento da criatividade, ampliação do vocabulário e forma
correta da escrita, proporcionando momentos de viagens a mundos
diferentes.

OBJETIVOS:

• Propor atividades que possibilitem o desenvolvimento criativo e


imaginário nas crianças.
• Incentivar a vontade nas crianças de apreciar a leitura de livros infanto
juvenis.
• Motivar as crianças para que desenvolvam um trabalho em equipe
socializando opiniões e decisões.
• Desenvolver nas crianças a expressão oral no decorrer das atividades
propostas.

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE:

• Livros infanto juvenis - escolher antecipadamente uma obra


• Folhas grandes de papel pardo (texto coletivo para turmas em
processo de alfabetização)
• Folhas de ofício brancas ou coloridas
• Materiais para desenhar e colorir (lápis de escrever, lápis de cor,
canetinhas e outros)

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:

• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do


2º encontro da disciplina.
• Escolher no mínimo 5 (cinco) crianças para a atividade
com devida autorização. Procurar trazer crianças que
estejam em idade escolar próxima. Caso não consigam
56
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
o acesso das crianças para a atividade, articule com os colegas
acadêmicos a simulação da prática. Outra alternativa seria
desenvolver a prática em turmas do ensino regular de uma escola
ou em espaços não escolares a escolher. Lembre-se de enviar a
autorização aos responsáveis para o ensejo. Procure fotografar ou
filmar a prática, peça a ajuda para algum conhecido que poderá
filmar até com a câmera do celular. Depois, apresente a prática no
formato de filmagem para a sua turma de pedagogia, com certeza
enriquecerá o aprendizado de todos.

• Dispor as crianças sentadas nas almofadas ou tapete na


brinquedoteca. Contar a história selecionada observando algumas
especificidades condizentes à oralidade no momento de ler a obra.
Leia com antecedência a história, procure dar ênfase nas expressões
dos personagens ao ler em voz alta, treine gritos, risadas, expressões
de surpresas e outras que puder incorporar a história. Utilize de
expressões faciais para ressaltar aspectos importantes da história,
faça breves paradas antes de revelar uma expressão que ache
necessário para maior ênfase em uma ou outra ação.

• Combine antes de iniciar a contação de história, com as crianças,


como será a apresentação: ler e mostrar as gravuras ao mesmo
tempo; ler o texto e depois mostrar as gravuras; ou somente ler e
as crianças podem imaginar livremente as imagens, podendo estar
de olhos fechados, sentados ou até deitados. Avisando antes sobre
como será a contação, propicia um clima de organização e acalma
a ansiedade nas crianças. Geralmente, elas esperam e seguem o
combinado, extinguindo solicitações no meio da história no estilo:
mostra o desenho! Quero ver a figura!

• Conversar com as crianças sobre as partes da história, recapitulando


cada etapa e ações dos personagens. Nesse momento, deixar as
crianças expressarem opiniões de como os personagens agiram,
mediando por meio de perguntas sobre algumas noções de moral
e ética. Foi certo? Foi errado? Por quê? Por que não podemos agir
dessa ou de outra forma? Por que o personagem fez
assim e não de outra forma (talvez sugerida por alguma
criança)?
57
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Após a retomada oral da história realizar o registro escrito que pode
variar de acordo com o processo do nível de alfabetização das
crianças. Caso o grupo se encontre em processo de alfabetização,
o adulto será o escrivão, no papel pardo das falas das crianças,
orientando a construção textual. Mas, se o grupo de crianças já
se encontram alfabetizadas escreverão em folhas de ofício que
podem se dobradas no estilo livreto ou no formato retrato/paisagem
grampeadas.

• Na recontagem da história, as crianças podem propor um novo final


sobre a história que ouviram. Podem incorporar novos personagens
que acharem necessário ou somente modificarem o final para a forma
como acharem que seria melhor.

• Ao terminarem a atividade, o grupo de crianças apresenta a história


realizando a contação que pode ter a participação dos colegas
encenando os fatos. Caso o grupo de crianças esteja em processo de
alfabetização, o adulto lê o texto produzido coletivamente e algumas
crianças que queiram, participam da encenação.

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO:

• O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).
• O "Roteiro da Atividade" a ser desenvolvido em sala nos grupos e
apresentado previamente ao tutor externo.

• A conduta da dinâmica dos grupos deverá ser descrita no "Relatório da


Atividade" sobre aspectos como: início da abordagem sobre literatura
infanto juvenil; em como conduziram e concluíram a dinâmica;
percepção das reações e do processo de aprendizagem das crianças
no decorrer da conversa sobre a história, mais precisamente sobre
as considerações, opiniões e o desenvolvimento da recontagem da
história.

• Este registro deverá ser arquivado na Brinquedoteca


para futuras pesquisas.
58
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Caro
tutor externo!
Incentive os acadêmicos na
escolha de uma obra infanto juvenil, na
organização prévia dos materiais e no ensaio para
que a contação da história seja um sucesso!
Para os acadêmicos que apresentarem a dinâmica da
Brinquedoteca necessitam organizar o Relatório da Atividade
que será realizada no 2º momento do 2º encontro. Além disso,
você precisará fazer o registro das atividades desenvolvidas pela
sua turma na Brinquedoteca, no formato de Portfólio (Anexo E)
e encaminhá-lo para o e-mail: ana.alencar@uniasselvi.com.br.
Lembre-se de adicionar fotos, anexos e o registro de frequência
(Anexos E e F).

O registro das atividades sobre sua responsabilidade é


de suma importância, visto que servirá para futuras
consultas na Brinquedoteca. Além de conferir
um momento de contemplação pela
atividade desenvolvida!
59
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
8 – Disciplina: Psicomotricidade

INTRODUÇÃO

A psicomotricidade pode ser desenvolvida por meio de ativida-


des lúdicas, que envolvem movimentos do próprio corpo nos jogos ou
brincadeiras, além do manuseio de brinquedos ou diferentes objetos.
Atividades que possibilitam o desenvolvimento psicomotor, precisam
ser aplicadas de acordo com a faixa etária das crianças, respeitando
seu tônus muscular, sua capacidade respiratória, sua compreensão
de corpo e de mundo, nos diferentes ambientes, objetos e sensações.

Para Ferreira (2000), o educador deve buscar recursos e es-


tratégias de ensino que propiciem desenvolver as potencialidades do
educando, percebendo e lidando com suas diferenças, desenvolven-
do a autonomia, a cooperação, a participação social e afirmação de
valores e princípios democráticos.

Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento
de ludicidade e integração, servindo como estímulo às atividades que
envolvem manifestações corpóreas e sensoriais.
60
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

Fonte: Disponível em: http://www.demoleque.com.br/gallery/maternal-ii-


-psicomotricidade-4/. Acesso em 17 de nov. 2016.

OBJETIVOS

Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-


do se eles foram capazes de:

• Despertar nas crianças o interesse pela atividade sugerida, quer seja


uma dança, jogo, atividade artística ou brincadeira;

• Promover a participação efetiva de TODAS as crianças nas ativida-


des, favorecendo a inclusão;

• Incentivar o contato físico e visual entre as crianças, num ambiente


de união e cooperação;

• Incentivar a livre expressão corporal de forma desafiadora e praze-


rosa;

• Encorajar as crianças a liberarem a sua criatividade, não


tendo medo de experimentar a deliciosa sensação de
mexer com guache.
61
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE

• Lenços de tecido, tipo echarpe;

• Bolinhas de tênis;

• Creme hidratante;

• Colchonetes;

• Cartolina colorida, tesoura, cola e papel Craft;

• Guache, camisões ou aventais para que as crianças não sujem suas


roupas.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

• Reunir pelo menos 6 crianças para esta prática (não esqueçam da


autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns
acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática.

• Em seguida, sentar em roda com todas as crianças, deixando no


centro as echarpes de tecido (em número suficiente para que cada
criança escolha a sua).

• Depois de escolhida a echarpe (lenço), cada criança será convidada


a olhar o seu lenço e dizer o que pode fazer com ele. Certamente,
eles dirão uma porção de coisas (anotem ou filmem este momento).
Imaginamos que será bem interessante!

• Em seguida, eles ficam de pé e são convidados a dançar uma música


(Sugestão: Ninguém é igual a ninguém, do CD “Olha só quem vem
aí”) movimentando sua echarpe livremente, em torno de si mesmo e
dos outros, estimulando o contato visual e físico entre eles, que talvez
nem se conheçam. Essa música os fará refletir sobre as diferenças
entre eles.

• Feito isso, divide-se as seis crianças em duas fileiras.


62
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Três delas serão as massagistas e as outras três crianças serão
massageadas. Os massagistas iniciarão usando uma bolinha que
passará pelo corpo dos colegas (deitados em colchonetes ou de pé,
como preferirem), massageando-os. Depois, eles trocam de papel
e quem massageou, será massageado. Pode-se pôr uma música
relaxante para este momento.

• Depois da bolinha, deixa-se à disposição cremes hidratantes, para


que as crianças massageiem as mãos e pés dos amigos, já que
possivelmente a bolinha percorrerá outras partes do corpo, como
costas, braços, pernas e barriga.

• Agora que todos já interagiram e de certa forma, criaram “amizade”,


convide-os para brincar de um jogo tipo twister, porém sem a utili-
zação de dado, apenas com uma sequência de movimentos. Para
tanto, eles terão que desenhar e recortar os contornos das mãos e
dos pés de cada um, conforme imagem de nossa introdução, para
que se movimentem seguindo a ordem colada pelo professor, no
papel craft.

• E, para finalizar, deixe potes de guache (e nada de pinceis) no meio


da sala propondo o seguinte desafio: vocês poderão desenhar na
cartolina o que vocês quiserem, porém, utilizarão diferentes partes
do corpo para desenhar. Ex: mãos, pés, cotovelos, nariz, etc.

• Ao final deste processo, elevar a discussão entre as crian-


ças, deixando-as falar sobre o que acharam da experiência
63
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
vivenciada na Brinquedoteca.

• Não esqueçam de registrar estes momentos por meio de fotos ou


vídeos (faz-se necessário pedir autorização de imagem, neste caso),
para o nosso portfólio, combinado?

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO

O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a


avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).

• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da


dinâmica.
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema,
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão;
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida
(manuseio e exploração dos materiais e na conversa sobre o que
sentiram/ acharam da experiência.
64
MANUAL DA BRINQUEDOTECA


Até mais! Foi um prazer “estar” e
“brincar” com vocês!
Esperamos que tenham gostado!

Um abraço, Dô e Teca.
65
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 4º ed. São
Paulo: Scipione, 1994.

ARANHA, Maria S. F. Trabalho e emprego: instrumento de construção de


identidade pessoal e social. São Paulo: SORRI-BRASIL, Brasília: CORDE,
2007.

ARIÈS, P. História social da criança e da família. São Paulo: LTC, 1981.

AZEVEDO, Antônia Cristina Peluso de. Brinquedoteca no diagnóstico


e intervenção em dificuldades escolares. 3. ed. Campinas, SP: Editora
Alínea, 2010.

BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação.


2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1.

BRASIL. Parâmetros básicos de infraestrutura para instituições de edu-


cação infantil: encarte 1. Brasília: MEC/SEB, 2006a.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.
Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2001.

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e


ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.

CORDOVA, Tânia. Metodologia e Conteúdos Básicos de História.


Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial: Grupo Uniasselvi, 2010.

FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos. Psicomotricidade: da educação infantil


à gerontologia. São Paulo: Lovise, 2000.

FREIRE, P.R.N.; SHOR, I. Medo e ousadia: O Cotidiano do Professor. Rio


de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

MAROTE, João Teodoro D’Olim; FERRO, Gláucia D’Olim Marote. Didática


da Língua Portuguesa. 9. ed. São Paulo: Ática 1998.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência:


66
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon. Editora
SENAC, 1997.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Uma escola de todos, para todos e com
todos: o mote da inclusão. In: STOBÄUS, Claus Dieter; MOSQUERA,
Juan José Mouriño (Orgs.). Educação Especial: em direção à Educação
Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

OLIVEIRA, Tátila Cilene Leite de. Educação Especial Inclusiva: Aspectos


Históricos, Legais e Filosóficos. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Indaial: Grupo Uniasselvi, 2010.

RIBEIRO, Lourdes Eustáquio Pinto. Para a casa ou para a sala?


São Paulo: Didática Paulista, 1999.

SALVADOR, César Coll et al. Psicologia da Educação. Porto Alegre:


Artes Médicas Sul, 1999.

SANTANA, B. Aprender para contar. Disponível em: http://www. educadigital.


org.br/eja/o-projeto/. Acesso em: 23 nov. 2016.

SANTOS, Santa Marli Pires dos (Org.). Brinquedoteca: o lúdico em


diferentes contextos. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

SIEGEL, Norberto. Fundamentos da Educação: Temas Transversais e


Ética. Associação Educacional Leonardo da Vinci. Indaial: Ed. Asselvi,
2005.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:


a alfabetização como processo discursivo. 11. ed. São Paulo: Cortez;
Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2003.
(Coleção passando a limpo).

UNIASSELVI. Projeto Pedagógico: Curso de Licenciatura em Pedagogia.


Indaial, 2010.

VIGOSTKI, L. S. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins, 2010.

Sites utilizados:

<http://wagnerstematutinoescolaarapua.blogspot.com/2010/04/filme-lucas-
um-intruso-no-formigueiro.html>. Acesso em: 9 maio 2011.

<http://www.cinekids.net78.net/lucas-um-intruso-no-
formigueiro/>. Acesso em: 4 abr. 2011.
67
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

ANEXO A

(ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7)

MODELO DO ROTEIRO DA ATIVIDADE:

Disciplina
Data
Tema Escolhido com justificativa
Atividades que serão desenvolvidas
Tempo necessário
Material utilizado
Expectativas em relação às atividades (Objetivos)
Quantidade de alunos e faixa etária
Construção de um texto (fundamentado teoricamente) na atividade que foi
escolhida, dentro de cada disciplina.

Referências utilizadas:
68
MANUAL DA BRINQUEDOTECA

ANEXO B

(ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7)

MODELO DO RELATÓRIO DA ATIVIDADE

(Tópicos que precisam ser abordados em forma de redação no relatório).


Acadêmico: Turma: Matrícula:

Disciplina:
A data da aplicação e/ou observação:
O Tema escolhido:
A relação entre os conceitos vistos na teoria (Roteiro da Atividade) com
a prática (Desenvolvimento/Socialização):
Os objetivos foram alcançados? (justificativa da resposta):
Considerações finais: aspectos positivos e negativos da prática.
69
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANEXO C

(ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7)

GABARITO DE CORREÇÃO (Para os acadêmicos que apresenta-


ram a dinâmica da Brinquedoteca).

CRITÉRIOS A SEREM AVALIADOS PONTUAÇÃO


Organizou e construiu um texto coerente e criativo com foco
na temática sugerida pela organização da disciplina (Roteiro 2,5 - 0
da Atividade).
Cumpriu todas as etapas da atividade proposta, unindo teoria
1,5 – 0
e prática.
Alcançou os objetivos, estabelecendo metas em relação ao
1,5 – 0
tempo, organização e aos recursos utilizados.
Conseguiu o envolvimento das crianças ou acadêmicos du-
rante toda a dinâmica, respeitando, valorizando e ampliando 1,0 – 0
o conhecimento de cada um.
Explorou em diversas situações, durante a apresentação, os
objetivos (Instrumentos de Ludicidade) e o espaço da brin- 1,0 – 0
quedoteca de forma criativa e coerente.
Fundamentou teoricamente o seu Relatório da Atividade de
acordo com a atividade escolhida (Roteiro da Atividade) e os 2,5 – 0
objetivos propostos para a dinâmica.
70
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANEXO D

(ATIVIDADES 1,2,3,4,5,6 e 7)

GABARITO DE CORREÇÃO (Para os acadêmicos que apenas


observaram a apresentação da dinâmica da Brinquedoteca).

CRITÉRIOS A SEREM AVALIADOS PONTUAÇÃO


Organizou e construiu um texto coerente e criativo com foco
na temática sugerida pela organização da disciplina (Roteiro 2,0 - 0
da Atividade).
Efetuou correspondência entre o Roteiro da Atividade cons-
truído nos grupos, com a apresentação do grupo no Relató- 2,0 - 0
rio da Atividade.
Elaborou perguntas e se posicionou de forma crítica após a
1,0 - 0
apresentação do grupo.
Fundamentou teoricamente, no seu Relatório da Atividade, a
5,0 - 0
apresentação realizada.
71
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANEXO E (PORTFÓLIO)
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa
Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
Fone (47) 281-9000 – Fax (47) 281-9090 – Site: www.asselvi.com.br

PORTFÓLIO - DINÂMICA DA BRINQUEDOTECA

1. RELATÓRIO DE PROMOÇÃO DE EVENTO

I. IDENTIFICAÇÃO DO EVENTO
1- Tipo: ( ) Palestra ( ) Seminário ( ) Congresso ( ) Simpósio ( ) Semana
( X ) Outro: Atividade Prática Brinquedoteca
2- Denominação: Dinâmica da Brinquedoteca
3- Local: UNIASSELVI Polo -
4- Período: Data:
II. IDENTIFICAÇÃO DOS PARTICIPANTES
1- Curso (s): Licenciatura em Pedagogia
2- Turma(s): PED
3- Número de alunos:
4- Disciplinas envolvidas:
5- Tutor(a) responsável Tutor externo

6- Auxílio UNIASSELVI:

III. OBJETIVO
Objetivo Geral:

Objetivos Específicos:
72
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
IV. RELATÓRIO (resultados obtidos para a turma e benefícios para a comunidade
atendida)
TEMA:

2. PARTICIPANTES DA DINÂMICA DA BRINQUEDOTECA

(Inserir o documento digitalizado do registro de frequência - Anexo F)


73
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
3. FOTOS

(No máximo 4 fotos)

4. ANEXOS

(Se houver)
74
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANEXO F

REGISTRO DE FREQUÊNCIA – BRINQUEDOTECA


Tutor externo responsável:________________________
Turma:________________________
Disciplina: _____________________________________________
Data da dinâmica:_____/_____/_______
Quantidade de acadêmicos presentes:________

Nome do acadêmico (letra legível) Assinatura


75
MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANEXO G

MODELO DE AUTORIZAÇÃO DE MENORES PARA FAZER A


VISITA NA BRINQUEDOTECA DA UNIASSELVI.

Eu______________________________________________,
portador(a) do RG nº _________________, inscrito(a)
no CPF nº_____________________, residente e domiciliado(a) na
rua _________________________________, nº__________, bair-
ro_____________, nesta cidade de _______________, autorizo meu/
minha filho(a) menor de idade _______________________________
_____________, portador(a) do RG ________________________ e
do CPF ______________________, a participar da dinâmica da Brin-
quedoteca, no polo _________________ no dia ____/____/______,
sendo que a duração máxima desta atividade será de 4 horas.

Declaro ter conhecimento de que este espaço tem como


principal objetivo o resgate e a ressignificação de brinquedos e brin-
cadeiras, que serão vivenciados pelas crianças/adolescentes, bem
como estar ciente de que o uso das imagens e dos sons produzidos
neste espaço da Brinquedoteca pela criança ou adolescente poderão
ser reproduzidos e transmitidos em número ilimitado de vezes e por
tempo indeterminado, por qualquer meio de comunicação existente,
em todo o âmbito nacional.
Por ser a expressão da verdade, assino e firmo a presente declaração.

Assinatura do responsável _____________________________

Data ____/____/______.

Potrebbero piacerti anche