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RITO ÁRABE

TERCEIRA PARTE
FINAL

Antes de iniciarmos o terceiro bloco deste texto, resta explicarmos que a Maçonaria
Egípcia sempre se mostrou dividida entre a Loja Francesa e a Grande Loja Unida
Inglesa, isso ocorreu pela sucessão de invasões, primeira a dos Franceses através da
Missão do Egito proporcionada por Napoleão que logo em seguida foi atacado pela
Esquadra do Almirante Nelson que perpetrou a entrada dos Ingleses naquele país.
Temos, em nosso acervo, fotos de reuniões maçônicas onde se vê o estilo da Maçonaria
Francesa, e outras datadas de 1921 com o estilo da Grande Loja Unida da Inglaterra,
temos também um Certificado de Maçom expedido pela Grande Loja Unida da Inglaterra
a um membro egípcio. Voltando a história, os ingleses foram auxiliados militarmente pelos
Otomanos e o domínio Frances terminou em 1801. Os Maçons Egípcios mantiveram-se
distante da política, tanto dos invasores quanto dos invadidos e presenciaram um grande
caos social entre os anos de 1801 e 1808, conforme consta escriturado nos livros da
Ordem. Basicamente, a Ordem mantinha entre seus escritos, três livros que eram
constantemente atualizados: das Reuniões (no qual era lançado todo o ocorrido dentro
das reuniões administrativas), das Celebrações (onde consta as impressões causadas e
apreciadas durante as iniciações) dos Acontecimentos (que mais se assemelha a um
diário ou um Jornal, onde estão grafados os acontecimentos sociais), infelizmente, esse
último livro (dos Acontecimentos) descreve o movimento social ocorrido em determinada
região, geralmente onde se encontrava a Loja e seu escriba, ainda é certo que existia
uma reunião anual onde os escribas “emprestavam” os livros uns aos outros para que
pudessem compartilhar as informações das várias regiões do Egito onde existiam os
Templos. Após a reunião anual dos escribas ocorria a atualização dos livros com a
inserção dos acontecimentos distantes. A história dos movimentos sociais do Egito era
então registrada conforme o zelo, a aptidão e o discernimento de cada escriba, tornando
aquela parte da história (que estava longe da base) um tanto quanto fragmentada e
muitas vezes de difícil compreensão. Nota-se que o material literário com as anotações
(ainda que traduzidas do sirilico para o copta ou para o árabe) mantém uma grande
coesão com todo o material que a Ordem colecionou durante todo esse tempo (estamos
falando de algo em torno dos últimos três mil e quinhentos anos). Em contrataste a essa
faceta, temos que a história do movimento social ocorrida onde se localizava o Templo era
exemplarmente anotada, inclusive com uma profunda riqueza de detalhes e que, até os
dias de hoje, supera em muito os livros de história, tanto aqueles editados no Brasil bem
como os do exterior. Essa “aliança” entre França e Inglaterra que dominou o Egito, não
está muito bem explicada no livro, uma vez que nos parece que havia um Governo Inglês
e uma ingerência francesa ou vice e versa. No último bloco vimos que o Rei Fuad (que
na realidade era o Rei Faruk, filho do Rei Fuad, mas que ora aparece com seu nome e
ora com o nome do seu pai) teria sido um dos mais cr.uéis agressores da Maçonaria e
dos Sacerdotes. Mas, antes dele, por volta de 1807 houve nova troca de Governo no
Egito, dessa vez com a ajuda dos franceses,, um militar albanês de nome Meemet Ali,
tomou o Governo e logo declarou os Maçons do Egito como “inimigos do povo”,
deflagrando uma perseguição aos Sacerdotes, acusando-os de abrigar os mamelucos
revoltosos que resistiam ao seu comando, até que em 22 de julho de 1811 conseguiu
reunir no Cairo, através de um falso tratado de paz, cerca de três mil e quinhentos
mouros e sessenta e sete Sacerdotes da Ordem (os quais foram levados presos e
colocados entre os mouros) e todos foram mortos brutalmente. Tal ato bárbaro ficou
conhecido como “o massacre dos mouros” e com esse nome passou para a história.
Durante aproximadamente mais cem anos (de 1811 a 1915) a Ordem continuou ativa no
Egito, porem agindo de forma oculta, utilizando-se das reuniões da Maçonaria (nome o
qual já havia incorporado) para que pudesse manter sua ritualística que era reservada a
bem poucos membros. Verificando os livros de presença, observamos que alguns anos
havia uma freqüências de apenas três irmãos em loja e que entre o ano de 1899 a 1907
apenas um Irmão, que era o Grande Sacerdote (que equivale ao cargo de Sereníssimo)
abria e fechava a reunião apenas com a sua presença, efetuava o Ritual e tomava todas
as posições sagradas como se estivesse rodeado por vários irmãos. Existem passagens
realmente marcantes nos livros, que demonstram os momentos de extrema solidão em
que o Grande Sacerdote se encontrava, desacreditado mesmo pelos seus familiares
(“...minha esposa, meus filhos e nem meus netos acreditam mais em mim...duvidam de
tudo aquilo que sei, duvidam dos antigos livros que guardo...comparam-me a figura de um
coveiro “guardião dos túmulos”...). Outras passagens nos mostram a alegria do Sábio
Sacerdote com a chegada de um neófito: (...hoje Hórus ouviu minhas orações, enviou-me
um jovem, neto do falecido Irmão..., que encontrou nas coisas do avô um pequeno
escrito, onde se achava o nome da minha família, e depois de muito procurar chegou até
minha casa, dizendo que queria muito conhecer aquelas coisas que seu avô falava...”).
Sabemos que daquele momento em diante um novo movimento de expansão tomou
conta da Ordem, de tal sorte que em 1918 já haviam Irmãos em número suficiente e que
alguns deles se deslocaram para o Brasil com a intenção de transferir o conhecimento
para este país. Em 1922 a Ordem viu-se novamente à mercê de um Rei, era Fuad I que
não admitia a presença da Maçonaria e via nela a possibilidade de um golpe de estado.
As relações entre o Rei Fuad I e o Grande Oriente Nacional do Egito sempre foram
estremecidas. Com a morte do Rei Fuad I (1936), assumiu seu filho Rei Faruk I que
governou até a independência do Egito (independência concedida pela Inglaterra) que
governou até 1952. Por volta de 1950 o Rei Faruk I determinou o fechamento de todas as
Lojas Maçônicas, pilhando e saqueando o interior delas, as casas e o dinheiro e demais
bens dos Maçons. Apesar do Rei ter abdicado em 1952, a sua influência permaneceu até
aproximadamente 1955 através dos seus súditos que ainda ocupavam postos de
destaque no Governo atual, e em 1954 uma nova onde de violência contra os Maçons
fora registrada nos livros da Ordem, onde além da morte de vários irmãos prosseguiu-se
na destruição de todo material relativo a Maçonaria que fora encontrado. Muitos
documentos foram levados para a Rússia, uma vez que por volta de 1950 alguns Russos
contratados pelo Governo Egípcio entraram em contato com os Sacerdotes e foram
aceitos nos mistérios. Nos livros daquela época observa-se a grafia dos nomes dos
Irmãos Russos. Encontramos, também, nos mesmos livros que o Governo Nasser foi um
bom governo para o povo e para a Ordem, deixando-a livre para suas reuniões e não
houve perseguição naquele período. Mas foi por volta de 1970 no período do Governo
Sadat que o Comando Árabe decidiu pelo fechamento definitivo da Maçonaria no Egito,
alegando que a Loja havia se transformado em um reduto político que tramava contra o
Governo e contra o Islã Na parte administrativa, o Governo alegou que estava existindo
um desvio da finalidade das Lojas, uma vez que comprovaram que havia lucro oriundo
das reuniões o que contrariava a constituição das Lojas como organismos sem fins
lucrativos. Em nossos arquivos particulares temos referências que comprovam a
utilização de algumas Lojas como “entreposto” de mercadorias que eram
contrabandeadas do Egito para a Europa, uma vez que o Governo não se decidia pela
proibição definitiva da saída das peças milenares que abasteciam o mercado negro dos
colecionadores de arte. Houve nova perseguição aos Maçons, que dessa vez,
conseguiram sair do Egito em diversas direções, alguns chegando ao Brasil, carregando
na bagagem um pouco do material escrito sobre a Antiga Ordem Egípcia. Um desses
Mestres, de nome.......que era da Loja Champoulion no Cairo, manteve estreito contato
com um Maçom Brasileiro, um Mestre Maçom de nome ........que pertencia ao Grande
Oriente de............. o qual auxilio-o na preservação dos documentos e propagação, ainda
que discreta do Rito ARABE. A Maçonaria Egípcia no Brasil, do Rito ÁRABE ensina aos
seus membros o REAA (edição de 1804) como forma de se “locomoverem no Mundo
Maçônico” através dos Sinais, Toques e Palavras, após esse primeiro estudo, ensina aos
seus adeptos o RITO ÁRABE para uso restrito à Loja ÁRABE e identificação com os
demais Irmãos do mesmo Rito. Não existem Lojas aparentes, as reuniões são realizadas
de forma discreta em locais de conhecimento apenas dos iniciados. Não precisamos de
Templos ostensivos, pois nossas reuniões podem ser feitas até no deserto. Assim, nossa
simbologia é diferente da Maçonaria não Egípcia, uma vez que o REAA e outros Ritos
seguem as raízes hebraicas e o ÁRABE tem raízes egípcias, o Templo de Salomão, em
que pese todo o seu simbolismo cultural, não tem o valor, para os egípcios, que tem para
os demais. A lenda de Hiram Abif (o construtor) é substituída pela Lenda de Osíris e de
outro Faraó o qual para nós é sagrado. Os segredos para cada Grau são outros,
diferentes do REAA. A crença em um único Deus Supremo é parte principal dos
postulados da Ordem mas não é exigida para os adeptos, ainda que em nossas
correspondências com outros Irmãos, utilizemos o GADU como nosso Pai, ou SADU com
a mesma finalidade, estamos nos referindo a outro Ser. Em nossas reuniões nas Lojas,
quando estamos em “oficina” tratamos apenas de assuntos ritualísticos na essência da
palavra, deixando para outra oportunidade a leitura de documentos referentes à parte
administrativa. Não temos a leitura da ordem do dia, ou de atas, nem do que foi tratado na
sessão anterior, os Irmãos presentes não tem a palavra, ou seja, não podem se
manifestar, não importa o Grau que estejam ou a emergência da situação (ressalvado o
direito de interromper a celebração nos casos em que o Templo esteja descoberto)
Existem reuniões meramente administrativas. Nossos Sinais, Toque e Palavras são
diferentes, nosso “trolhamento” ou “cobridor” é diverso, assim como são diferentes nossas
vestes, pois usamos o avental do aprendiz durante toda nossa vida na Ordem, para que
ninguém esqueça que é um eterno aprendiz. Não há veste ou paramento que distinga o
Mestre do Aprendiz. Todos sentam-se uns ao lado dos outros, não há colunas que os
defina, apesar de existirem três colunas no interior do Templo e duas vestibulares, agindo
assim, acreditamos que a energia da experiência dos mais velhos circule entre os mais
novos e os influencie na jornada realizada na Senda Sagrada. Podem freqüentar as
celebrações (toda reunião ritualística é uma celebração) homens, mulheres e pessoas
com necessidades especiais, uma vez que acreditamos no ser humano perfeito como
aquele de “mente perfeita” e não de corpo perfeito. No Brasil não aceitamos a
participação dos menores de dezoito anos uma vez que a Lei prevê toda uma proteção
aos direitos das crianças e dos adolescentes e nós respeitamos a Lei do país em que
vivemos. As instruções são passadas de forma presencial ou à distância pois
acreditamos que não há impedimento quanta a isso, porem, as celebrações ritualísticas
de Iniciação, Elevação e Exaltação são presenciais, sem exceção. Nessas celebrações,
tanto para o Rito Escocês Antigo e Aceite ou Aceito como para o Rito ÁRABE são
entregues as formas de identificação e alguns segredos pertencentes a cada grau.
Nossos segredos não podem ser escritos, portanto passam de um Mestre para um
Iniciado. Cremos que o Universo Todo está permeado pela Vida. Temos uma visão toda
própria sobre a construção da Sagrada Pirâmide. Assim como os Antigos Egípcios,
vivemos nos preparando para a morte e a compreendemos como uma parte ininterrupta
daquilo que chamamos de Vida. Temos conhecimento sobre outros aspectos da morte e a
maioria de nós aprende e coloca em prática exercícios sobre o domínio do próprio
destino, da vida e da morte. Nossos adeptos são ensinados sobre a força dos mantras, da
mentalização, do magnetismo (esse último mais conhecido como hipnotismo) e praticam
esses exercícios. Após um determinado tempo em nossa Ordem, o iniciado que se faz
digno e merecedor, toma posse de um segredo que o manterá estabilizado em sua
vida...Esse segredo se faz necessário, pois acreditamos que o Poder se demonstra pelos
Resultados e não de outra forma. Caso revelássemos desde o início o antigo nome da
nossa Ordem (antes de se tornar Maçonaria) teríamos a nosso favor uma grande
publicidade, uma vez que muito se especula sobre ela, sendo alvo da indústria literária e
cinematográfica bem como dos egiptólogos mais renomados, que sabem da sua
existência mas não conseguem encontrá-la. Quanto a sermos uma Maçonaria inclusiva,
assim somos pois não temos nenhum tipo de discriminação por entendermos que o corpo
carnal ora utilizado é apenas o veículo necessário para o trânsito nesta dimensão.
Segundo nossa tradição, somos uma Escola Iniciática “estrutural” ou seja, aquela que
mantém ligação com a fonte originária ao contrário das Escolas Iniciáticas lineares, ou
seja, aquelas que mantém o formalismo interno e externo mas perderam o contato com a
fonte. Um dos nosso lemas, que lembra nosso postulado é: “você não vê,mas nós
estamos aqui”. Esse lema é explicado aos nossos adeptos como um dos nossos
segredos. Acredito que essa longa explicação se fez necessária para que todos
pudessem compreender um pouco sobre a MAÇONARIA EGÍPCIA NO BRASIL DO RITO
ÁRABE. Deixamos claro que respeitamos todos os Ritos da Maçonaria e que não
estamos reivindicando originalidade nem antecedência perante este ou aquele Rito.
Respeitamos o postulado de cada Oriente ou Grande Loja, com a aceitação apenas de
homens perfeitos fisicamente, acreditamos que essa ideologia seja digna de ser
apreciada e que deva prosseguir assim, pois já vem de tempos passados e é uma
tradição. Assim, como admiramos as Lojas Maçônicas mistas ou femininas pela sua
aceitação de mulheres nas mistas e a exclusividade feminina nas outras. Respeitamos a
soberania de todas as demais Lojas. Não avocamos para nós ou para nossos membros o
título de Maçom regular, uma vez que entendemos que no Brasil, essa atribuição está
pertinente aos Grandes Orientes e as Grandes Lojas. Nossa Maçonaria é Egípcia do Rito
ÁRABE e nossos membros são Maçons Egípcios ou Maçons do Egito. Não revelaremos
nenhum segredo da Maçonaria, pois como ficou claro nos parágrafos acima, somos muito
discretos e praticamente ocultos. Assim, terminamos por aqui, essa breve história sobre a
Maçonaria Egípcia no Brasil e nosso Rito ÁRABE, se não adentramos mais nos assuntos
pertinentes aos mistérios que acreditamos e ensinamos é justamente por se tratar de
segredo da nossa Ordem. Espero que nossas palavras tenham sido as mais claras
possíveis e colocamo-nos à inteira disposição dos Irmãs e Irmãs para outras explicações,
desde que não fira o nosso juramento de preservar os segredos. Em outros textos
explicarei um pouco mais sobre a chegada dos Irmãos Egípcios no Brasil. Nossa página
na internet www.maconariaegipcia.com.br é a atual porta de entrada para nossa Ordem,
através da qual convidamos à todos os interessados que se afiliem a nós, lógico, desde
que passem pelos critérios de admissão. Que o GADU nos abençoe à todos, com os mais
sinceros votos de Paz Profunda.

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