Sei sulla pagina 1di 2

África Colonizada: A economia colonial de exploração

Por Marcio Valente

Antes da atuação efetiva europeia na África, as sociedades tradicionais africanas,


também chamadas de linhageiras, tinham suas especificidades. Eram pequenas
comunidades agrícolas, com um vinculo familiar onde todos produzem
coletivamente, e a terra era um bem comum. Estas sociedades não eram capitalistas
e nem eram feudais, produziam apenas para subsistência, com ferramentas
rudimentares e com pouquíssimo excedente.

No inicio do século XIX, a Europa passa a ter um interesse maior no continente


africano. Exploradores e aventureiros vê um grande potencial no continente para a
retirada de matérias-primas e futuro mercado consumidor de industrializados.
Porém, com o pretexto de realizar comércio, acabar com o tráfico de escravos e levar
a "civilização".

Com a conferencia de Berlim, inicia-se o processo de partilha da África entre as


principais potencias da época. A partir do final do século XIX, é que os europeus
iniciam o processo ocupação efetiva da África, o colonialismo torna-se necessário à
Segunda Revolução Industrial, que ocorria na Europa.

O colonialismo passa a transformar significativamente as sociedades tradicionais


africanas em todos os aspectos. O comércio de escravos foi extinto e substituído,
paulatinamente, pela produção local de bens essenciais, matérias-primas e produtos
alimentícios, voltados para a exportação. Outra atividade, como a exploração de
minas, também foi um grande modificador socioeconômico, através da
modernização de transportes e construção de ferrovias.

Todo este processo colonial de exploração e comércio, fazem com que os Estados
africanos passem a integrar economicamente o sistema-mundo capitalista, deixando
de serem considerados exteriores ou marginais. Na economia de exploração, acaba
não gerando riqueza para a colônia, tendo em vista que parte significativa do
excedente era transferida para fora do território, principalmente para a metrópole,
isto é, não se acumulava internamente.
O capitalismo europeu encontrou essa forma específica para transferir renda das
sociedades tradicionais rumo aos proprietários do setor industrial das metrópoles.
A cultura obrigatória de produtos voltados para exportação; o trabalho forçado e
com baixíssima remuneração; obrigação do pagamento de impostos; são alguns dos
fatores exploratórios pautados pelas leis, impostos pela força e sobretudo
carregados de um racismo impiedoso. Fatores estes que contribuíram
significativamente para o processo de roedura do continente africano.

Potrebbero piacerti anche