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ESTRUTURAS EM MADEIRA
A madeira por ser material natural apresenta como características uma beleza própria pois apresenta diferentes
cores, cheiro, textura, de origem vegetal encontrada em florestas naturais e em florestas artificiais resultantes de
reflorestamentos. Existe na sociedade brasileira um preconceito quanto à durabilidade e à resistência da madeira, que foi sendo
formado ao longo do tempo, principalmente porque as indústrias do aço e do concreto, investiram em pesquisas e divulgação dos
resultados, acompanhados pela atualização de suas normas de cálculo.
Entretanto a madeiras brasileiras quando analisadas do ponto de vista estrutural, em comparação com o concreto e
aço, apresenta grande resistência mecânica e possui um peso específico muito menor que o aço e o concreto. O concreto
armado apresenta um peso especifico de 2500 Kgf/m3, o aço aproximadamente 8000 kgf/m3 e a madeira 1000 Kgf/m3.
No Brasil devido a um desenvolvimento desordenado das indústria madeireira e também devido a preferência do meio
técnico por materiais como concreto e aço, o primeiro texto da norma brasileira para estruturas de madeira, a NBR 7190 –
Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira foi editado pela primeira vez por volta de 1950 e foi atualizada novamente por
volta do ano de 1997. (CALIL et al ,1999)
A madeira pode ser considerada um material estrutural muito resistente quando utilizamos uma espécie adequada na
classificação, associado a um sistema estrutural apropriado. A característica estrutural da madeira mais importante é chamada
de anisotropia. A anisotropia é responsável por diferentes comportamentos de acordo com a direção de aplicação da carga em
relação às fibras
A durabilidade da construção em madeira depende diretamente do projeto arquitetônico, como uso de beirais largos,
formas de proteger a madeira do contato direto com a umidade do solo, deixar a madeira respirar, etc... podem garantir uma vida
útil de 50 anos ou mais.
Muitas pesquisas foram realizadas nas últimas duas décadas no Brasil e com isso realizou-se a revisão da norma
brasileira para estruturas de madeira com grande contribuição da Escola de Engenharia da USP/ São Carlos e o LAMEM que
resultou na aprovação da atual norma brasileira para projeto de estruturas de madeira, NBR 7190:1997. Muitas pesquisas
precisam ser realizadas para o desenvolvimento da tecnologia da madeira no Brasil e a parceria entre as indústrias e as
instituições de pesquisas, gerando publicações e criando um melhor envolvimento de arquitetos e engenheiros.
1.2 - FISIOLOGIA E CRESCIMENTO DA ÁRVORE
Segundo CALIL et al (1999) o principal crescimento principal da árvore ocorre verticalmente. Na direção vertical o
crescimento é contínuo e a fibra apresenta uma maior densidade. O crescimento do tronco é demarcado a cada ano pelos
anéis de crescimento, pois além do crescimento vertical ocorre o crescimento de camadas periféricas chamadas de
cambio.
Em uma analise da tora da árvore pode ser identificado os seguintes elementos: A medula ponto mais central (
pode apresentar defeitos); O lenho definido como o conjunto dos anéis de crescimento recoberto por um tecido chamado
casca; entre a casca e o lenho existe uma camada extremamente delgada, conhecida por câmbio.
“As seivas brutas, retiradas do solo, sobem pela camada periférica do lenho, o alburno, até
as folhas, onde se processa a fotossíntese produzindo a seiva elaborada que desce pela
parte interna da casa, o floema, até as raízes. Parte dessa seiva elaborada é conduzida
radialmente até o centro do tronco por meio dos raios medulares. As substâncias não
utilizadas pelas células são lentamente armazenados no lenho. A parte do lenho modificada
por essa substância é designada como cerne, geralmente mais densa, menos permeável a
líquidos e gases, mais resistentes ao ataque de fungos apodrecedores e insetos, apresenta
maior resistência mecânica. Em contraposição, o alburno, menos denso, constituído pelo
conjunto das camadas externas do lenho, mais permeáveis a líquidos e gases está mais
sujeito ao ataque de fungos apodrecedores e insetos, além de apresentar menor resistência
mecânica.”
Figura: Anatomia do Tecido Lenhoso
Fonte: CALIL (1999)
1.3 - PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA
Umidade
Densidade
Retratibilidade
Durabilidade natural • Resistência química.
A característica estrutural mais importante da madeira é o fato da madeira ser um material anisotrópico, isto é,
apresenta diferentes comportamento em relação à direção de crescimento das fibras e a direção do esforço atuante. Ao
longo do tempo foi sendo identificado três direções principais com comportamento estrutural semelhantes: longitudinal, radial
e tangencial.
Onde:
m1= massa úmida em gramas
m2= massa seca em gramas
w= umidade (%)
Na árvore, a célula da madeira apresenta água de duas formas, água livre contida nas cavidades das células
(lumens), e água impregnada contida nas paredes das células. No momento que a árvore é cortada tende a perder a água
na forma livre rapidamente enquanto que a água na forma de impregnação é perdida lentamente. A umidade da madeira
tende a encontrar um equilíbrio com a umidade e temperatura do ambiente em que se encontra.
Para as aplicações na construção civil a madeira é considerada seca quando seu teor de umidade estiver entre
de 12% a 15%. Este teor de umidade depende do local da obra.
B) RETRATIBILIDADE
T
E) DEFEITOS DA MADEIRA
Primeira categoria: são peças cujas características mecânicas são iguais a, pelo menos, 85%
das obtidas em pequenos corpos de prova isentos de defeitos. A madeira é de qualidade
excepcional, sem nós e retilínea.
Segunda categoria: apresenta características mecânicas iguais a, pelo menos, 60% dos valores
correspondentes aos obtidos em ensaios com pequenos corpos de prova isentos de defeitos. A
madeira é de qualidade estrutral corrente, com pequenas incidências de nós firmes e outro
defeitos.
Terceira categoria: madeira de qualidade estrutural inferior, com nós em ambas as faces.
G) PRODUTOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA
Pu
fc =
A0
fc
L0
15 cm
tg α = E c
∆L
α ε =
L0
Este mesmo ensaio pode ser conduzido de maneira a se obter os mesmos parâmetros,
porém relativamente a corpos-de-prova um pouco mais curtos (10 cm de comprimento) e cortados
perpendicularmente à direção de suas fibras. Assim, com o ensaio, obtém-se a resistência à
compressão média normal às fibras, fcn, e o módulo de elasticidade médio na compressão normal
às fibras, Ecn.
Outro ensaio importante é o ensaio de tração simples. Neste ensaio, corpos-deprova são
usinados de maneira que possam ser convenientemente colocados em máquinas de tração.
Levando-se os corpos-de-prova à ruptura, pode-se obter a resistência à tração, ft, da madeira
ensaiada. O módulo de elasticidade na tração não costuma ser medido, bem como não se realiza
este ensaio para a obtenção de propriedades medidas normalmente às fibras, pois tais valores
tendem a ser muito baixos, sendo desprezados.
P
N P
σt= A
=
A0
ft
L0
∆L
ε = L0
Ter que se usinar o corpo-de-
prova de tração para que ele fique com
uma forma muito peculiar torna a
realização do ensaio de tração uma h P
h = 5 cm
tarefa um tanto complicada. No
h
entanto, a resistência à tração das
L = 105 cm
espécies vegetais é um parâmetro
M
muito importante a ser medido. Assim, +
P
2 cm u
5 cm
6 ,4 cm
5 cm
5 cm
I) PROPRIEDADES MECÂNICAS DE PROJETO DA MADEIRA
Para corrigir isto, deve-se trabalhar com valores característicos que, estatisticamente,
teriam uma chance de 95% de serem superados pelos valores efetivamente atuantes numa
estrutura. Assim, ao longo dos anos, as diferentes espécies vegetais foram classificadas de
acordo com as suas resistências à compressão características em classes de resistência,
conforme a tabela a seguir.
Tabela – Classes de Resistência dos Materiais
fck = 0,7 fc
No caso de se ter, também, os valores médios de resistência obtidos nos ensaios de
tração (direta ou indireta) e de cisalhamento, seus respectivos valores característicos seriam:
ftk = 0,7 ft
fvk = 0,54 fv