Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
■ Jí
nf
■f]
qp »In.o kt
Ãoclos oí JLivr®$ c!o -TN Ovo
Concerto do.-no Ho -fieí «Senhor c
* Jxcdeinnfor
=sanawiRit iaifcirj
i JEKREIRA^ A. gggãSy.
3£."£3».fci ,
e;=ssss
dAlmeidtv
SMísiiiiBKiiffiim
!id
Kfrg4illt S[
jHj rfíJT8j3^
?fe^
tf
>u
<b«
■A.
«1
ARGUMENTO
c * DO
NOVO TESTAMENTO.
1
palavra Teftamtnto he palavra Latim , com que
tralada a palavra Gre;a sDií-thèke, d’a qual os
Êí Traduétores Gregos ufaó pera exprimir a palavra
Hebrea Berith, ifto he, Concerto ; E entendeíe
propriamente por ella o Concerto meímo , que
Deus com os homens feito tem, pera fob certas condiçôens f•
a vida eterna lhes dar: Efte Concerto pois he dous laya, a >
. *<2 - mens
.1.
v
mèns com Deus effèítuadotem. Eíles dous Concertos, em
quanto a fua effencia, bem faõ hum, vifto que em ambos o
perdaõ d’os pecados, a falvaçaõ, e a vida eterna ,* fob con
dição d’a fé em o Medianeiro , íe promete , todavia em
quanto a fua admimftraçaõ fe differenciaô, que em o Novo
mais clara he, íem figuras , e fe eftende a todos os povos,
E o Velho bem íe pode chamar oTeftamento d’af rcmeila,
e o Novo o Teftamcnro d’o comprimento. Akm'd’ifto
comúmcnte pelo Velho e Novo Teftamento também íe en
tendem os livros em que o eftabelecimento e a adminiftra-
çamd’o Concerto íedeícrévetn, e’nefta fignific ram as pa
lavras í Wtfw Tegumento aqui ’no titulo fe tomaõ, ? poêtn
fe contra os livros d'os Sanftos Prophetas , cm que o Me
dianeiro d’o Concerto fe promete , e íe defcréve de que
geraçaõ , e quando homem feito feria , que faria e padece
ria pera a os homens com Deus reconciliar, e a lalvaçaõ
eterna lhes alcançar , e aplicar. E como ’nas Eícrituras d’o
Velho Teftamento d’antes dito e prefigurado foy , que o.
Meflias ou Medianeiro, que a os homens com Deus recon
ciliaria j o unigénito Filho de Deus, o eterno e verdadei
ro Deus, juntamente com o Pae e com o Eípirito Sando,
feria. T^4f.8. tfíio: i. lfay.9' f. Jer. 2?:ó. €33: 21
Mich. f: 1. Mal, 5: í. E que ’na plenidao d’o tempo a ver
dadeira natureza humana de huã mulher ê Virgem, Gen.^: if.
l/i? 7* >4- d’a geraçaô de Abraham, Ifaac, Jacob , Juda e
David tomaria. Gen, 21:12. ^22:18. <? 4.9:9 io. 2 Sam,7t\2,
’Je[. 11:1. Jer. 23: f Que ’na cidade de Betblehem nacido
íèria Mich, p; 1. quando o cetro de Juda fe tiraria Gen 49:1 o.
Ifay. 11: i. T)an. 9:24 Que fendo nacido para Egypto fu
giria Ofe. 11:1. Erri Nazareth criado feria , Jef. 1 »•: c a
Elias por feu precurfor teria, o qual’no deíerto pregaria,
eo caminho lhe prepararia 3. Mal, y. 1. ^4:5.
Qu e o Eumgelho em Galilea a pregar começaria 23.
e fua doutrina com muytos milagres continuaria
jéF ÍC f- Qae *ua entrada em Jerufãkm cavalgando fobre.
huã burra fatia. Tf.ivft: 25. Zach.^.y, Que de hum de
feus Difcipuios trahido, Tf. 41:10, e ; 14. por trinta dl-
nheiros de prata vendido , Zach. 11; 12. açoutado , efcar-
necido, colpido, Je/. yo; 6. e como malfeitor tratado íeria.
y./Z.fj: 12. Que por amor de noflbs pecados os mais grau*
des anguftias em íua Alma padeceria. 3 4. 1J,
Tf 22: 2. Que crucificado, cDeut. 21: 23. Pt22: 17. e
*na cruíg efcamecido , e com vinagre e fel abeberado feria.
Tf. n: 8. e6$i 22. Que a íorte íobre íeus veftidcs fe lan
çaria, Tf, 22.^19. e feus oílos fe naô quebranrariaõ. Exod, 12; 46.
Tf ;4.t32.U£Que violenta morte morreria, Jef. 3 : 8,
T)an.9^26. E d’hum riço fepultado feria. Jej 9 Que
’no fepulcro a podridão naó veria , Tf 16: io. mas a o rer-
ceiro dia d’os mortos refufeitaria. Jef 52:10. lon, 1: 17,
e 2: ío. Que a occo fobiria, á maó direita de Deus fe afíèn-
taria, Tf.&à'. 19. e 110:1 E d’ali a feu Efpirito Sanéto cn-
viaria. loél. 2:28. Afli em as Efcrituras d’o Novo Tcfta-
:mento pelos San&os Euangeliftas e Apoftolos fe teílifica,
■ que tudo em fefi Chrifto Senhor e Salvador r oflo compri
do he. O Argumento pois d’os livros d’o Novo Tefla-
mento he , que ^iclles principalmente â Peflba e o Cffi.ciò
de 'Jefii Chrift# Salvador noflõ le deferéve. Em quanto a
íua Teffnn , teflifica fe ’nelles que elle he verdadeiro Deus
c verdadeiro e jufto homem em unidade de peflba. De íua
natureza divina fe teflifica , quando ie lhe atribuem os no
mes de Deus, como fá>Jehovaht unigénito Filho de Deus,
Princepe d’a. vida , Senhor íobre tudo , Juiz d’os vivos e
; d’os mortos, RLey d’os Reys e Senhor d’cs senhores ; Se-
; melhantemente as propriedades divinas, como laô Infinida
de, Eternidade, Ommíciencia , e Omnipotência } Como
tambémasObrasdivinas, comoíamaCriaçameconfirvaçam
de todas as criaturas , aEleiçam pera a vida eterna, a mfti-
' tuiçam d’o mimflerio hcdefiaflico e d’os Sacra mentes, o
da; ,d’o Eípirito Sando, a regencraçam, a livtaçam d’ó po
der
der d’o Diabo, a refuícitaçam a’os moTos,’ ó juízo aéioau
e mundo , e o aflentar á maô direita de Deus , para que
também ferve a defcripçam d’os milagres que abundanremen-
te por fua própria virtude feito tem. E ultimamente tam
bém a honra e o íèrviço divino , a faber , que nos ’nelle
crér, a elle adorar e em feu nome bautizados fér devamos.
Sua natureza humana fedeferéve, quando fe declara qued’o
Eípirito Sanfto concebido, d’a Virgem Maria, d’ageraçam
de ‘David, nacido foy, que verdadeira Alma e verdadeiro
corpo humano juntamente com todas as propriedades natu-
raes d’elles tem ; a faber, que fome e fede teve que co-
méu e dormiu, que fe cançou , que chorou, perturboufe,
dores fentiu , fe irou e entriftecéu. Em quanto pois a feu
Officio para que de feu Pae a o mundo enviado foy, efte
íegundo feu fobrenome Chriftv, iftohe, Ungido, tres laya
fe deferéve , a faber, feu officio Prophetico , Sacerdotál e
Reál. O Trophetico adminiftrou affi por fi meímo como
porfeus Diícipulos, principalmente pelos doze , que para
Apoftolos efeolhéu. Elle meímo o Euangelho pregou , en-
íinando que o prometido Meffias e Salvador éra, e que os
que Calvos ferám , ’nelle crér e a Deus converter 1c devem.
É para efte fim também a Ley declarou e d’as falfas explica-
çoens d’os Efcribas e Pharifeos purifkou. Dtspois de fua
afeenfaó a o Ceo, a feus Apoftolos em todo o mundo en
viou, que o Euangelho c a converíam a Deus a todos os
ppvos pregáraõ , affi com lua boca e viva voz , como por
feus Eícritos e Epiftolas, que a grande parte d’as Efcrituras
d’o Novo Teftamento fazem. Seu Officio Sacerdotal ad-
miniftrou, quando aqui ’na terra por nos em leu Corpo e Al
ma o caftigo padecéu, que nos por noílos pecados merece-
rámos, e lendo’no madeiro d’a cruz morto, emiàcnficio de
reconciliação a Deus íèuPae afi mesmo por nos fe offerecéu,
e ’no Saneio d’os Sanctos , ifto he, ’no ceo entrou, e ali
á maõ direita de feu Pac affcntado por nos roga. Seu Offi~
fio Real adnuniftrou, quando d*o poder de noflos inimigo*
por fua morte nos rcfgatou, e contra o mesmo nos defende 'ê
guarda , como também quando provas d*ellc déu , lançan
do fora a osDemoniosd’os endemoninhados, e d’o Templo
a os que vendiaõ e comprávaõ ’nelle, e como Rey em Jc-
ruíalem entrando. Mas agora lá riba ’no ceo o adminiftra,
d’a!i a fua igreja por fua Palavra e Efpirito governando, e
contra o poder de feus inimigos defendendo, caftigando os
pncamente e pondo os por eícabello de ícus pês} Pois per-
fcitiffimamente o executará, quando vindo ao juizo perfeita
mente a fua Igreja glorificará, e a feus inimigos juntamente
com todos os impios ’na morte eterna lançará. Eftc he ò
Sumario d o que ’nas Efcrituras d’o NovoTeftamento efcri-
to e comprenaido eftá. E eflàs Efcrituras d’o Novo Tefta*
mento bem e dircitamente em dous laya de livros íè repar
tem ; Vifto que em alguns alguãs hiftoriasfe defcrévem, c
cm outros alguns pontos d’a Religião Chriftaã íe propoêm»
E ainda que em os livros hiftoncos as vezes alguns pontos
d’a doutrina fe declarem, e em os outros alguás hiftoiias fe
relátem , toda via affi fe differenciaõ por via d’a mais prin
cipal couía que ’nelles fe trata. Os livros prôpheticcs d’o
^íovoTeftamento tracaõafli d’as coufas ja acontecidas como
d’as que ainda acontecerfehaõ. As coufas ja acontecidas dou*
laya le defcrévem, a faber,que feitas làm d’o Senhor le/u Chrifto
mcfmo, e em os quatro Euangelhos d’os quatro Euangeliftas
Mattheus , Marcos , Lucas, Joaõ efcritas eftáõ ; ou d’os
San&os Apoftolos, e que Lucas em os A&os d’os Apofto-
losefcrevéu. As coufas que ainda acontecerfehaõ ’no Apoca-
lipfe deJoaõ fe defcrévem, em que o eftado d’a Igreja des-
pois d’a afceníâó de Chrifto até a confumaçam d’o mundo
fe prediz e defcrévé. Os livros que os pontos d’a doutrina
propoêm, íàó ásEpiftolasJosS.dpoftoíos, adi d’o Apoftolo
Paulo, como de outros alguns. O Apoftolo Paulo emdi-
verlãs ocafiocns catorze Epíftolas eícrcvéu , alguás a buas
Igrejas particulares, a âber, a os Romanos, a os Corin-
.............. thio?
thics duas, a os Gaiatas, a osEphefios, aosPhilíppeníês,
-a, os Colofíèníês, e a os Theflaloniceníès duas; Outras a
peíToas particulares, todavia de tal maneira que oargumen-
to a toda a Igreja-toque , a Timotheo duas, a Tico , e a
Philemon. Ê a’efias a Epiftola a os Hebreos íe junta, d’a
qual alguns, ainda que íem razam, duvidaõ, fepeloApõ-
ftolo Taulo cícrita leja. Outros alguns Apoftolos também
alguãs Epiftolas a as Igrejas efcrevéraõ, comojacobo , Pe
dro duas, Joaõ tres , e Judas. Eftas fam as Eícricuras d’o
Novo Teftamento , que todas efcritas efláõ, pera que, co
mo o Euangelifta Joaõ declara , Cap. 20: p, nos ereffetnps
que J es u s he o Chr. is t o , 0 Filho de ^eusy e pera que»
crendo, tivejjèmos vida em feu nome.
~ _____ ___ / * - ■ ' - - - .. - -rr
ÍNDICE
©e todos w Livros, Capituhs e Vagmas sLo
NOVO TESTAMENTO.
Cap. Pag. CZat. Pag,
XXVIII Euangelho de S- Mattheus. I VI. I. A-Timotheo. 469
XVI. Euangelho de S» Marcos. 69 IV. II. A Timotheo. 47I
XXIV. Euangelho de S. Lucas. 114. III. A Tito. 4K
XXI. Euangelho de S.Joaô. 18$ I. A Philemon. . 4$ 9
XXVIII. Aâosd5os Apoftolos. 245 XIII, Aos Hebreos, 49*
E U A N G E L H O
De noíTo
SENHOR
J E S U C H R I S T O,
SEGUNDO
S. M.A TTH EU S.
Capitulo I.
I A Linhagem de JESU CHRISTO d‘os Paes fegftndo a carne-desde
Abraham, até Jofeph. iS Sua conceição d?o EJpirito Sanão > e nacimento d’a
Virgem Maria. 11 Como feio Jdropheta predito fora.
Capitulo III.
I Prega 'joaoRautifia Penitencia. J Seu offcio , veftido, ecomido. 5 Bautizacom
. grande concorrência de povo- 7 Reprende a os Phàrifeos e Sadduceos. II Mojlra
a dignidade d’a peffoa e d’» bautifmo de Chrijlo, a jaew bautiza , e de juem t
Pae desd’o ceo teffifica jer Jeu muy amado filho.
aM.:re.\-^, j •p ^aquellesdias^veyoJoaõBautiftapregandohiodeíèrtodcJudea.
v 3- 2 E dizendo. * Arre pendei vos. porque chegado he o Rev-
C A P I T U t 0 V.
X EmfinaChrisio 9no monte quemfe^aõos verdadeiros bemaventurados. IJ Compara*
feus difiipulos com ofal, com a luz>e com a cidade poliafebre hum monte. I? Declara
em como veyo a cumprir aLey. 21 Contradiz a perverfd explicaçaõ d os antigos
acerca d9o Jeifto mandamento, VJ D’o fétimo-> e d’a carta de desquite, * j D*a
juramento* jS E £a vingança, 40 Manda ter paciência* 42 £ ujàr de be»
ifignidade e verdadeiro amor até com os inimigos,
3
teu corpo feja lançado’no inferno. •
31 Também foy dito: t Qualquer que deixar fua mulher, dé ' ]
I ca-wdedtfquite. . Jíírs. .
32 Porem eu vos digo, que-qualquer que deixai* fua mulhertora t ^.710. 1
de caufa de fornicaçaó, faz que ella adultere 3 e qualquer que com a x
deixada fe cafar, adultera. 7.
33 Outrofi, Ouviftes que foy ditoQ?jo.s Antigos: x Naó te per- £«^.19:12
jurarás, mas pagarás a o Senhor teus juramentos. ? jfí'.11'
34 Porem eu vos digo, y que em maneira nenhuâiureis, nem polo 1
Ceo, porque heoThrono de Deus. p,/ . ..
35 Nem pola Terra, « porque he o efcabello defeuspés: nem por * 4SW?'
Jeràfalem, «sporqueheacidadedograõRey. walP>he. P
3 <5 Nem por tua cabeça jurarás, pois nem hum cabello branco^ou ^xod. zi-
í
preto, fazer podes. ’ 24.
37 Mas fejavoflofàllar, fi,fi,naó,naÕ5 porque0 quediftopalia, Lev24:20. Jl
,b_
* de mal procede. Deut. 19;
Deut. 19;
J
38 Ouviftes que 1 foy dito: Olho por olho, e dente por dente. XI.
/P/^v.24:
39 .Mas eu vos digo, c que naó.reíiftaes a0mal5 antes a qualquer 2?. j
que te der em tua face direita, viràlhe também a outra. . PW 111x7 I
4j E a o que com tigo preitear quifer, e tua roupeta te tomar, lar• I Cor 6: 7.
ga lhe também a capa. I Thes. 5: ]
41 E qualquer que te obrigar a caminhar huã legoa, vaecom elle jS- 1
duas. vi I Peck 3* 9. 1
dDetâ.Vft I
■ 42 d Da a quem te pedir, e a quem de ty tomar empreftado quifer 8.
naõte desvies. £^.6:35;
43 Ouviftes que foy dito: e Amarás ateu proximo, e aborrecerás a eLev. 19: I í;
**
i® J
O S. EUANGELHO
47 E fe fomentefoudardesavofiosirmaõs, quefozeisdemais?Naõ
fazem os publieanos também affi ? 4
48 Sede pois vosoutrosperfeitos, como vofiò Pae, que [efid\ nosr
-d»* ceos, he perfeito.
■*.
t
CapitvloVI.
í EsytrítChrifieMiefihadedarefiuefa. ç Orar. 16 Jejiniiar, 19 Gfitaéstbejitf-
res «jsmtar. 22 Cesna a itdexdÒBeistofèba de governar. 24 Csxib a dcittfivkores t
firDirlencteyede. 25 fifitea Dess/èba de deixar 0 cuidado das caxjds d efia vida.
jj E frâaeira 9 Reyn» de Itens bufiar.
i !l tentae que naõ feçaes voflà efinola perante os homens, para que
■^o^Uesfejaes vifios: d’outra maneira, naõ avereis galardaô a-
cerca de voíTo Paeque [<?#«] ’nos ceos.
12.’ 2 ^Portanto quando fizeres efinola, naõ foças tocar trombeta diante
8. dcty, como fozem’nas Synagogas, e ’nas ruas os hypócritas, para
dos homens ferem honrados: Em verdade vos digo, que ja tem leu
galardaô.
3 Mas quando tu fizeres efmola, naõ fotba tua [j»^j ezquerda o
que foz a tua direita.
4 Para que tua efmolafejaem oculto, e teuPae que ve em oculto ,
Luc, 14;
elletó b renderá em publico.
14. y E quando orares, naõ fejas como os hypócritas j porquefolgaõ
deorarerapé’nasfynagogas, e’n os cantos das ruas, paradoshomens
feremviftos. Emvercladevosdigo, .quéjatemfeugalardaõ.
1 Rey. 4: 6 Mas tu, quando orares, c entra em tua camara, e cerrando tua
3- porta, ora a teuPae que \eftá\ em oculto, e teuPaeque vé em oculto
t4ã. 10:4. elle tó renderá em publico.
1 jRç.lS: 7 E orando, <^naõ * paroleeis como os gentios, que cuidaõ que
28. por feu muyto foliar haõ de fer ouvidos.
ray. I:l$.
Óu, jé- 8 Naõ vos foçaes pois femelhantes a elles ; que voflò Pae fobe o
'.cs fro~ que vos he neceflàrio, antes que vos lho peçaes.
xcs. 2 Vos outros pois orareis afii: «Pae nofiò , que [efids] ’nos ceos,
L«úíi;2. fonctifi cado feja o teu nome. I *•
s
A
4
■ SECUNDO S. MATTHEUS. Cap. VI. W'. J
. ). » . f" 1
que teu he o Reyno, e a potência, e a gloria , para todofcmpre^ •
Amen. .
14 g Porque íè a os homens perdoardes íuas offenfas, tambemvoflò^itfwí.Hr^J
Pae celeítial vos perdoará a vos. •
i$ h Mas fe a os homens naõ perdoardes fuas ofFehíàs, taõ pouco vos -
perdoarávofloPaevoflàsoffeníàs. —
16; E quando jej úardes, naó vos moftreis triftonhos, como os hy-; j. |
poçritas: porque desfiguraõ feusroftos, para aos homens parecerem MattLy.
quejejúaõ. Emverdadevosdigo, quejatemfeugalardaõ. 14-
17 Porem tu, quando jejuares, unge tua cabeça , e lava teu Marc.v.ii-
rofto.
18 Para a oshomens naõ pareceres que jejuas, fenaõateuPaèque :
efi/\ em oculto: e teu Pae que veem oculto, elle to renderáem pu- ’ j3
' """ *1 • . J
s1
ii
J9 *Naõvosajunteisthefouros’n a terra, aonde a traça e a feriu-•*?<,
gem [Wtfj gafta, e aonde os ladroensminaõeroubaõ. '
1
10 ZMasajuntaevosthefouros’noceo,aondenematraçanemafer- lac. 5:1.
l
rugem nada gafta, e aonde osladroensnaõminaõnemroubaõ. ILuc.ií:
1
21 Poraue aonde voíTo thefouro eftiver, ali eítará também voflò 33* \
coracaõ. x 12W*>
11 A candeá do corpo heo» olho: Afli quefe teu olho for fincero, mLac. n:
todo teu corpo fera luminofo- 34.
13 Porem fe teu olho for malino, todo teu corpo ferá tenebrofo.
Afli que fe a luz que em ty ha, trevas faó 5 quantas as [mofinas} tre-
vas feraõ.
14. » Ninguém pode ferviradousíênhores: pois ou hade aborrecer •1
*•4'1
a 0 hum, e amar a o outroj oufehadechegara o hum, edefprezar 13. *• i
a o outro. Naõ podeis fervir a Deus e a * Mammon. , *querdi-. i
e .1
17 o Portanto vos digo, naõ eftejaes folicitos por voflã vida, que zer^Ripe*
aveis de comer, ouqueaveisdebeber; nem por voflo corpo, com que S<2X*
vos aveis de veftir. Naõ he a vida mais que o mantimento, e o corpo
[ww] que o veftido?
16 f Olhaeparaasavesdoceo, quenemfemeaõ, nemfegaõ, nem
ajuntaõ em celleiros 5 e [com tudo} voflo Pae celeíhal as alimenta. p^/,
Naõ fois vos muyto melhores que ellas? i Tim. &8*
17 Mas qual de vos outros poderá com [todã} fua folicitidaõ acre- ifWr.57.
centar hum covado a fua eftatura? f dob 39; 3.
18 Epoloveftido, porque eflaes folicitos ? Atentae para os lyrios ;
do campo, comocrecen: Nem travalhaõ, nemfiaõ. 1
B 1 19 E
íi •»
OS. EUANGELHO
297E digo vos, que nem ainda Salamaô, em toda ftia gloria, foy
veftido como hum delles.
3» Poísí fe Deus siTivefte aerva docampo, quehojehe, eáma-
nhaâfe lança no fonjoj Naôvos [ye^ird} muyto mais a vós, \h»me»s\
depouca fe.
Naõ eíLcjaes pois folicitos, dizendo, Que comeremos, ou que
beberem os, ou com que nos veftiremos ? 9
3 2- Porque todas eftas coufas bufcaõ os Gentios: que bem fabe voflo
Pae celefiial que de todas cftas coufas neceffitaes.
33 i Masbufcae primeiro o Reyno deDeus, efuajuftiça, e todas
eftas coufas vos feraó acrecentadas.
34 Naó eftejaes pois íòlicitos polo d’ámanhaãj porque á manhaá
tera cuidado * de fimefma. Baftaa[i®/«]diafeumal.
Capitulo VII.
I Evfina Ctrlsto<J mais comofe ha dejulgar do proximo, e refrendelo. 6 Que ssaofe devem
dar ascoufas Saxò&saosdeffresoadores. 7Quefedeve^Jlarrsaoraçaõ, 12 Comofe
deve tratar com ofroximo. IJ Da forta ejlreita e larga. 1$ D'o evitar os faljos
Propbetas* 2a Que nao todos os, que exteriormente a Deusfervem, fe hao deJalvar*
24 E que nao fomente a palavra de Deus devemos ouvir, mas também for obra apor*
£ a KJ Aó julgueis, peraque naó fejaes julgados.
~ 2 b Porque com ojuizo que julgardes, ícreis julgados •, e
cora a medida que medirdes, vos tornaram a medir.
3 c‘E por que atentas tu pera oargueiro que \_e(ld~] no olho de teu ir-
m aó, e a trave naõ enxergas que em teu olho [effá] ?
4 Ou como diras tu a teu innaó: Deixame tirar de teu olho efte ar-
guciroj e eis aqui hua trave em teu olho ?
5 d. Hypocrita, tira primeiro a trave de teu olho, e entam atentarás
em tirar o argueiro do olho de‘teu irmaó.
6 í Nam deis as coufas íltnctas aos caens,’ nem lanceis voílàs pérolas
d i ante dõs porcos, para que porventura com feus pees as naó pifem, c
virandofe, vos defpedacem.
7 Pedi, f e darvosham ■, bufeae, e achareis $ batei, e abrir vos-
: •»
11 t• 111. ;
Sporque qualquer que pede, recebe5 eoquebufca, achas c
a O que l fe lhe abre.
J ■* vos he 0 homem, que, pedindo lhe feu filho paó,
9 ..« J » •
11
p “
X11 <. Cr/í
lo J
4
II
SEGUNDO S. MATTHEUS Cap.VII. vW"'’
11 Poisfevos, h fendo maos, fabeis dar boas dadivas a voífosfi^os: hÇen. 6:5.
quanto mais dar ávoílòPae, que nos ceos, bens a os que Hiosqie- e S:IJ>
direm. ’ " ;
12 í Por tanto tudo oquevósquiferdesqueoshqmésvosfaçaõ,^
zeilhovos também affi: porque eftaheaLey, e osProphetas. ” «
»
13 i Entrae pela porta eftreita: porque larga he a porta, eeípa
ó caminho, que levaá perdição•, e muytos fam os que por elle en
tram. lAa. 14;
14 / Porque eftreita he a porta, e apertado 0 caminhe, que leva á 22.
vida: e poucos há que o acham. . 1 mDeut.l 3:
15®^ ’ ------
Porem guardae vos dos fãlfosProphetas-, que vem avos outros 3.
11 d:
com veftidcs 7 dhas, , mas
de.ovelhas : por dentro íàm lobos arrebatador^ ' ler^y.u.
16 Por feus fruitos___ 1
os conhecereis, . Por ventura colhemfe uvas dos Mattis. 24.
eípinheiros, ou figos dos abrolhos ? * '*"> . m
C a p 1 t u i o VIII.
I 'Purifica Chrijio a hum leprefi. 5 Sara ao moço do CenttrriaÕ. A figraclc Pedro.
16 e ainda a outros wuytos. iS Mffnifejtajitatoírez.aahumEfiribay que o queria
figuir II Lmxndaaoutroquejimdilaiçaõo figa Ij ApLca atempeíiaae iio-r/ar,
1$: Lança aos Demonics fora de doxs endemoninhados j e permito lhes entrarem as
porcos.
13 En-
13 Entonces diíTeJefusaoCenturiam: Vae,eafficomocreíLe,te
feja feito. En^aquellamefma hora faroufeu moço.
14 i E vindo-Jefus a cafa de Pedro, vioa fuafogra deitada, ecom *
febre.
15 E tocoulhe a maó, e a febre a deixou : e levantoufe, efcr- Çji_
via os. .*
16 E como jafoytarde, trouxcrao lhemuytosendemoninhadose '•
lançou lhes fora os Efpiritos Qwtówj com a palavra, e curou a todos
os Gtte mal fe achavaõ.
»7 Pera que fe cumpriffe o que eftava dito pelo Propheta Ifayas,
que diíTe: Â Elletomou ] noílasenfermidades, e levou klfiy.Wi-
doenças. j'
iS E vendo Jefus muytas companhas a o redor de fi, mandpuque .
paíIaíTem da outra banda.
19 'EchegandofehumEfcribaaeile,diílelhe: Meftre, aonde quer ILtw.tf
que fores te feguirei.
ao E Jefus lhe diíTe: As rapoíàs tem covis, e as aves do ceo ninhos:
mas 0 Filho do homem naó tem aonde encofte a cabeça. ’ -
21 Eoutro defeusDifcipulos lhe diíTe: zSenhor, permite me que
va primeiro e enterre a meu Pae.
22 Porem Jefus lhe diíTe : Seguemetu, e ® deixa a os mortos en-
terrar feus mortos.
23 » E entrando elle no barco, feus Difcipulos 0 feguiram. nMan.^.
24 E eis que fe levantou huãtaô grande tormenta 110mar, que o. 3F
barco fc cubria das ondas ■, porem elle dormia. X«c8:22.
25 E chegando'feus Difcipulos, 0 acordaram, dizendo, Senhor
íàlvanos, que nos perdemos! oloh^ú-u
26 E elle lhes diíTe: Porque temeis [homens] de pouca fe? «Enton- pj^iof-.
ces, levantandofe, reprendeuaosventos, eaomarj e ouve grande
bonança. 1/4751:10.
27 Éaquelleshomensfcmaravilharaõ, dizendo, *Quemheefte? *Ou,fW.
que até os ventos e o mar lhe obedecem! _
2S p E como paffbud’a outra banda, á província dos Gergefenos,
vieraõ lhe a o encontro dous endemoninhados, que fahiaó dos fe- ‘c-
pulcros, taõ ferozes, que ninguém podia pafiâr por aquelle ca
minho.
29 E eis que clamaraõ, dizendo, Que temos com tigo, Jefus Filho
deDeus? Viefteaquianosatorméntarantesdetempo?
Viefte aqui a nos atormentar antes de tempo?
30 Eeftavahuâ* manada de muytos porcos longe d’ellespacendo. *Ou3v4?»
■A s1 E
31 E os Diabos lhe rogaraõ, dizendo, Senoslançaresfora,permi-
tenos que entremos naqella manada de porcos.
3* Ediflelhes :Ide. Efaindoelles, entraram na manada dos porcos:
e eis que toda aquella manada de porcos fe precipitou nomar, emor-
Ç reraô ’n as aguas. •
. 33 E os porqueiros fugiraõ 5 evindo á cidade, denunciaraó todas
[éfiâs] coutas, e o que [atontcccra] aos endemoninhados.
34 E eis que toda aquella cidade fahio ao encontro a Jefus, e vendo
jztô. 16? Oj rogaraóqueferetirafledefeustermos.
• Capitulo IX.
V
I Sarando Chrzfio a hum paralytico j moflra que tem poder pera perdoar os pecados,
I
9 Chama a ddattheus j e corne cora ospublicanoc. I? Defende Jeus difitpulos de que
naõjeiumawaõ. 2o Cura ahuawítdber de hum fluxo de jangtte. 23 Refafcitaa fdha
de huraCenturiao. 27 Ddvifta a dous cegos, 32 Lançafraa kwn Ddmordo^udo,
3 5 Prega > e fura a muit os enfermos. 3 ó £ exherta a psdir obreiros para ajega.
4
IS OS. EUANGELHO
iS E como veyo a cala, vieraó os cegos a elle. Ediflelhesjefus: ■
Credes vos que poflo fazer ifto? DiíTeraõ lhe elles: Si Senhor. *
19 Entonces lhes tocou os olhos, dizendo, Conforme a voílà fé fe
4? vos faça. ,
Ma 30 Ê os olhos fe lhes abriraõ. «EJefus os ameaçou, dizendo, O-
[2. • /* i
45. -
33 Porem qualquer ..
que me negar diante dos .
. homens , também
8:
eu o negarei diante de meu Pae que eftá ’n os ceos.
?s-
^.9:26: 34 c Naó cuideis que vim a meter paz ’na terra5 naó vim ameter
ci2;S. paz, fenaó cutelo.
Tbn.zill 35 d Porque eu vim a pôr em difleníàõ a o homen contra feupae,
12:51 e £ filha contra fua maê; fo&ra.
’ , e á nora contra fua fogra.
,
M/ch fló
36 e ~E os inimigos do homem, feus domefticos (jíwj
37 /Quem maè, mais
/ <s)uem ama pae, ou maê, : __ a my, naó he digno
que ~ de
LsVviS myj e quem ama filho, ou filha, maisque a my, naó hedigno*3emy.
Luc. 14: 38
■ g Ê quem naó toma fua cruz, e fegue a pos my, nàohedigno
26. de my.
Matth. 39 h Quem achar fua * vida perdelaha ; e quem perder fua vida,
16:24. por caufa de my, achalaha.
■larc. 8.34 ~
.40 i Quem a vos recebe, a my me recebe j e quem a my me re«.
pi^ 27.’ cebe, recebe a aquelle que me enviou. »
Capitulo XI.
I BUando Joaõ Baptlfia na prifitò, manda dous difiipulos aChrifio. 4 A osquaes
Chrifio por fitas obras e doutrina prova > que ellehe 0 Nlejfias prometido. 7 Ba
aopovo^ humexcellenteteíiemunho de Joaõ e feuofficio. 16 A os Judeos deita
emroftofua dureza. 20 Polo que também a as cidades de Chorazim^ Bethjaida >
e Capernaum com grandes caftigos ameaça. 2$ E.em contrario opcem a boa von- -
tade de JeuPaeemenfinar a os pequenos, 28 Convida a fi a todos os canfadospe-*
cadores j e alivio lhes promete.
eijr.i. r [dizentfoj.
"
iMatth.lo 21 Ay de ty Chorazin, ay de ty Bethfaida: porque fe em Tyro e
em Sidon foraõ feitas as maravilhas que em vos fefizéraõ, muytoha
'nMaith que k fe ouveraõ arrependido com faco e com cinza.
lo: 15. 22 lPorem eu vos digo, que mais toleravelmente feraó [fratafa]
iLnc lo:
21. os de Tyro e Sidon, em 0 dia do juizo, do que avos outros.
12. 23 E tu Capernaum, que até os ceos eftas levantada, ate os infer-
ifay 29 14 nos feras abatid ’ la: porque fe em os de Sodoma foraó feitas asmara-
Luc 10.21 vilhas que em ty fe fizeraô, até o dia de hoje permaneceram. »
iCorlu?. •24. ~~Porem eu vos digo, w que mais tolerável fera [0 dangojaosde
e~: 8* Sodoma _. ' i, em 0 dia de juizo, do que a ty.
* Ou, foy 25 n Naquelle tempo, reipondendo Jeíiis, diflè: Graças te dou,
zcsito dian
te de■ ty<‘an~ Pae, Senhor do ceo e da terra, 0 que efcondefteeftas coufasaosfa-
t> Matth. bios e entendidos, easrevelafte a os meninos.
tMaith.
28:18 26 Affi he ó Pae, porque afií * foy w boa vontade diante dç
Luc io 22. ty.
I
I
Capitulo XII.
X EfcufaCkriJlo afeus Apojlolospor em fabado andarem arrancando efpigas. 9 Sara a
u hum homem de hua maoJeca emfabado , efufienta fer licitofazelo afl[L 14 DesviaJè
* das ciladas dos Pharijeos e cura toda forte de enfermidades, 16 O que prckibe 0
naõ defcobrir > pera a/Ji a prophetia de Jfayas cumprir, 21 Lança hum demonio
f fora de hum cego e mudo 3 e refuta a blasfémia dos Pharijeos. 31 Rala do pe~
cado contra 0 Efpirito fanffo, 36 E da conta que 0 homem ha de dar de toda pa^
lavra ouciofa 38 Pdao dd a os Pharifeos outro final fenao 0 dejonas, 41 O-
poem a fua contumácia 0 exemplo aos de Ninive e da Rainha do Sul, 43 En-*
fina pela parabola dos Ejpiritos immundos que lançados fora > e'entrar tornao, 0 aDeut,2\\
que a elles lhes fucederia, 46 E quem feu verdadeiro irmão > irmaa» emaefeja, 25.
Capitulo XIV.
I -4 opiniaSde l&erodes a cerca de Chrifio. 3 Relatafi como Jotâ Baptifta foiprefi e
degolado d petição da filha de Herodias 13 O milagre dos cinco paens. j e doas peixes. a Marçf &
22 Vem afeus difiipulos (que3no mar eftavao em perigo) andandofobre as agoas 28 CÀ. J4.
mo também Pedro mandandolho elle 5 porem temendo o vento . fe começa a afundar e 0 9 * 1*
Senhor ojalva. 32 Aquietando 0 Senhor atormenta he conhecido por filho de Deus. *OibP?in~
34 JE tornandofeaterrade Genefareth /ara a muytos enfermos. cePs
temàriOi ou
1 a M aouelle tempo ouvio Herodes, o * Tetrarcha, a fama de0 i^pojj^
^Jefus.
a E diffe a feus criados: Efte heJoamBaptiftaj refucitadohedos ^^X^
mortos, e por iflô obram eftas maravilhas nelle. õ® p«w.
3° OS. EUANGELHO
Mm, tf; 3 <5 Porque Herodes prendera a Joaõ, e o avia liado, e pofto trç
V- prifaõ, por caufa de Herodias, mulher de feu irmaõ Philippe.
Lv.c J.19.
4 Porque Joaõ lhe dizia: c Naõ te he licito tela.
>Lev iS;
16. 5 E querendo q matar, temiafe do povo, d porque o tinhaõ por
iMatth.n Propheta. ►
26' 6'Poremjelebrandofe
<' e 0 dia do nacimento deHerodes, dançou
3 Gen. 4o: a filha de Herodias ’n o meyo;, e agradou a Herodes.
2o. "
7 f Poloque com juramento lhe prometeo dar tudo o que pe-<
Mm. difle:
8 Eella, inftruida primeiro de fuamaê, difle: Dameaqui’nhui^
prato a cabeça de Joaõ Baptiíla.
9 E el Rey fe entrifteceo j mas polo juramento, e polos que
[nn eUe~\ eftavaõ [.átaefa].) mandou que fe \jke} defle.
10 E mandou e degolou a Joaõ na prifaõ.
ti Efoyfua cabeça trazida em hum prato, edada á menina j e
cila a levou a fua maé.
i* E vieram feus Difcipulos, e tomáraÕ o corpo, e enterráraõ
o 5 e foraÕ, e denunciarão o a Jefos.
gMatth. 13 g E ouvindo [0] Jefus, retiroufe d’ali em hum barco á hum
Ii:IS lugar deferto aparte 5 e ouvindo [oj as companhas, ièguiraõoapé
Marc 6:31. Jas cidades;
h 14 h E faindoJefus, viohuá grande companha, i e moveofe âin-
; 9: t^ma compaixaõ d’elles: e curou a os d^elles [av±J enrermos.
36. ’ I5' k E vinda ja a tarde, chegaraõíéa eile feus Difcipulos, di-
kMarc.6: zendo, O lugar he deferto, e o tempo he ja pafiàdp; despede a as
?S- companhas para que fe vaõ pelas aldeas , e comprem para fi de co-
^w-9:ii. mer.
16 Mas Jefus lhes difle: Naõ tem neceflidadedefeiremj daelhes
vos outros de comer.
17 Porem elles lhe diflcraõ: Naõ temos aqui fenaó cinco paens,
e dous peixes.
iS Eelle difle: Trazeim’os aqui.
19 E mandando a as companhas que fe aflèntaflêm fobre a erva,
e tomando os cinco paens, e os dous peixes, e levantando os olhos
Zi Sam 9- a 0 ceo’ Zbenzeo e partindoos paens, deu osaos.Difcipulos,
13. ’ e os Difcipulos a£s companhas:
ao E comeraõ todos, e fartáraõ fe. E levantáraó do que fo-
bejou dos pedaços, doze alcofas cheas;
21 E os que comeraõ, foraõ quafi cinco mil varoens, a fora.as
mulheres e os meninos. ® ®E
r - 11 % E logo Jefus coníhangeo a entrar no barco àfeus Discípulos, w Mate, (>:
• e que foífem diante delleperaa outra banda, entre tanto quedelpe- 45-
dia as companhas. Ua* 6:
zj » E defpedidas as companhas, fubio fó a o mqnte a parte a o- »Man>6í.
rar. E vinda ja a tarde, eftavaalifó.
24 E ja o barco eftava ’no meyo do mar atormentado das ondas: 1°“° 6»
porque o vento era contrario.
2-5 Mas á quarta vela da noite deícendeo Jefus a elles andando íb-
\ e ò mar.
aaí E vendo o os Diícipulos andar íòbre o mar, turbaraó íe, di-
jrendo, phantaíma hé, e clamaraõ de medo.
V Mas Jelus lhes fàllou logo, dizendo, * Tende bom animo,
eu fou, naõ ajaes medo.
18 E refpondeo lhe Pedro, ediffe: Senhor, feestu, manda me
vir a ty fobre as agoas.
19 E elle diílè: Vem. E, decendoPedro do barco, andoufobre
as agoas, pera vir a Jefus.
30 Mas vendo o Vento forte, temeo e começandofe a affundar,
clamou, dizepdo,"Senhor, falvame.
31 E Eftendendo Jefus logo a maõ, pegou d’elle, e diflelhe: *Ou , va»
mem\ de pouca fé, porque * duvidafte? cillafie,ou,
31 E como fobiram no barco, o vento fe aquietou. tMeafie,
33 Entonces vieraô os queeflavaõ no barco, eadoráraÔo, dizen
do, Verdadeiramente Filho de Deuses.
34 o E paflãndo d:a outra banda, vieraô á terra de Genezareth. °^arc-
35 E como os varoens d’aquelle lugar o conhecerão, mandaraõ
por toda aquella terra a o redor, e trouxeraõ lhe todos os que mal
ie achavaõ.
36 E rogavaô lhe que fomente tpcaflèm a borda de feu veftido j
e todos os que [a J tocavaõ, faravaô.
Capitulo XV.
I Defende Ckrif.o a os Difiipulos da acufatad das 'Pharifèos e Eferibas, per come»
remfem fe lavarem as maSs, reprende fica kypocrijia, c regeita astradiçoens de
homes. 10 Enfina, que £0 efiandolo tomado, fe ndo devefazer cafo, e que he
0 que a 0 homem verdadeiramente contamine. 11 Livra do Demmào a filha de
kl-:a mulher Cananea. 30 Efaratodaenfermidade, gl Q milagre dosfete paens,
e hums poucos de feixes,
'3* 0 S. EUANGELHO
2 Porque teus Difcipuios trafpaflaõ a tradiçaõdos anciaõs? pois Te
naõ lavaõ as maós quando comem pam.
3 Porem relpondendo elle, diflelhes: Porque traípafíaes vos tam-
SExod 2o<bem 0 mandamento de Deus, por voíTa tradiçaõ?
ri * 4 ^Porque Deus mandou, dizendo, Honra a teu pae, e a [fua] maé:
Dent.-y ió. e, «quemmaldiflèr a opae, ouá máe, morrade morte.
■n H n <-> zí « rv o- r» • /"Vinl rmav mia rt ’ z-m-i *4 <'v»<n a rliíTo»»
nos outros. Jr
l 14 E refpondendo elle , difle: »Eu naó fou enviado fenaõ a as oMatth.
«velhas perdidas da cafa de Ifraêl. lo'6- .
<15 Entonces veyo ella, e adorou o, dizendo, Senhor, ajudame. 1
Porem refpondendo elle, difle: Naõ he razam tomar o paõ dos •
filhos, e lançalo a os cachorrinhos.
*7 E ella difle: Si Senhor: Porem também os cachorrinhos comem
das migalhas que caem da meia de feus Senhores. 1
aS Entonces refpondeojefus, ediflelhe: O mulher, grande \_he ] 1
tua fé, fàçafe te como queres. E íãrou fua filha desd’aquella mef- 1
ma hora.
ap í E partido Jefus d’ali, veyo a o mar de Galilea j e fobindo a
[hum] monte aflèntou fe ali. 31. ’
30 5 E vieram a elle muytas companhas, que tinhaÕ com figo j Ifay. 2$:
mancos, cegos, mudos, aleijados, e outros muytosj e lançaraó 18.
os a os pees de jefus, e curou os. '
31 De tal maneira que as companhas femaravilhavaÕ, vendofàl-
lar a os mudos, faós a os aleijados;, andar a os mancos, e ver a os
cegos ; e glorificavaõ a o Deus de Ifraêl.
3» r E chamando Jefus a fi feus Diícipulos, difle: Tenho intima rMatth.
compaixaõ da companha, porque ja tres dias [ ha que] comigo per- 14:14. j
fevéraõ, e naõ tem que comer: e deixalosirem jejum, naõ quero, 4£jw.8:x,' .
porque naó defmayem no caminho.
33 E feus Diícipulos lhe diflêraõ: Donde viriao J a nos tan- ’
tos paens’no deferto, para tam grande companha fartar?
34 EJefuslhesdiflè: Quantospaenstendes? Eellesdiflêraõ;Sete,
e huns poucos de peixinhos.
E mandou a as companhas que fe aflentaflèm * pelo cham.
36 E tomando os fete paens e os peixes, e/dando graças, par-
tio os, e deu os a feus Diícipulos, e os Difcipulos á companha. j, ' ’
37 E comeraõ todos e fàrtaraõ fe j e levantáraõ d’o que fobejou '
dos pedaços, fete ceílos cheyos.
38 E eraó os que tinhaõ comido, quatro mil varoens*, a fora as
amlljeres e os meninos. 39 E
»
54 OS. EUANGELHO
39 E, defpedidas as companhas, entrou em [Zo?]barco, cveyo a
os termos de Magdala.
. Capitulo XVI.
I Pedem osPharifioseSadduceosaChrifto algumfinal-, maselleosreprende, e lhes dá
0 final definas, q Avifi a jeus Dijcipulos quefe guardem dofermento dosPharifeos.
13 Das diverfasopinioens que 0 povo deUe tinha. 15 Da confifiaõ de Pedro acerca de
fiapeffoa, do que 0 Senhor 0 louva e lhe promete as chaves do Reyno dos ceos. 21 Pro
phetiza fia morte e refireiçaõ , e regeita 0 perverfi con/elho de Pedro. 24
como ovemos de feguir aChrifio e falvar nojfi alma. V] E da vinda díChrijlo
fia gloria. "
C APITU LO XVII. . •
$ Marc 9:2 ■’E a defpois de íeis dias tomou Jefus com figo a Pedro eajacobo,
Luc 9:28. ^e a Joaõ feu irmão, e levou os a hum monte alto a parte. J
2,fWi:27. 2 E transfiguroufe diante d’elles e refplandeceo feu rofto comi
0 foi, e feus veftidos fe tornavaô brancos como a luz. ’
? E eis que lhes apareceraó Moyles e Elias fallando com elle.
4 E refpondendo Pedro, difieajefus: Senhor, bom he eftarmos
nos aqui ■> fe queres, façamos aqui tres cabanas, paratyhuâ, epa
ra Moyfes huá, e huã para Elias.
< Fitando elle ainda fallando. eis one huã nuvem resnlandecentC
d Mate» 9: 4 c Afli que qualquer que Te abaixar como efte menino, efte he o
v 37- mayor em o Reyno dos ceos.
loao 13:20.’ 5 à E qualquer que a hum tal menino receber em meu nome, a
eJfefcrr. 9; ’ my me recebe. X
42. 6 e Mas qualquer
...que eícandalizar a hum d’eftes pequenos que edr
Zja-. 17:2. mycrem, melhor lhe fora que huá * mó de ata:tona a o peíco®
* Ou Ama fe lhe pendurara, e ’no profundo do mar fe anegâra.
afcsrici. , q do mundo por caufa dos efcandalos: f porque neceííario
fiCor 11: qUe ver/na5 efcandalos: g Mas ay d’aquelle homem por quem o
rMíttb. efi^dalo vem.
* 2^.44' 8 Portanto fe tua maõ, ou teu pé, te eícandalizar, corta os, c
^.2:23. lança. ] de ty: Melhor te he entrar manco, ou aleijado na vida,
e 4: do que tendo duas maõs, ou dous pees, fer lançado ’nofogo e-
tsDent. 13 'terno.
6 , . 9 E fe teu olho te eícandalizar, arranca 0, e lança 0 de ty. Me-
> ,^’lhor te he entrar com hum olho na vida, do que, tendo dous olhos,
Zí^9:43 . ^er lanÇado ’no fogo do inferno.
tPfciwS- 10 Olhae naó desprezeis a algum deites pequenos; porque eu vos
kLuc. 19: digo, i que fempre fcus Anjos ’n os ceos veem a face de meu Pae
10. que [efáj ’n os ceos.
ILm. i5-3- 11 k Porque vindo he 0 Filho do homem a falvar o que fe tinha
wLtv.ip: perdido.
írôv 1T’ 1 QPe vos Parece- Se algum homem tivefle cem ovelhas, e
Io ' huá d’ellasfedesgarrafle, naó iria pelos montes, deixandoasnoven-
Z.w. 17:3. ta e nove, em bufca d’a desgarrada?
I<?r$:<9> 13 E fe aconteceflèachala, em verdade vos digo, quemaisfegozá
tNw 35: d’aquella, que das noventae nove que desgarrado fenaótinhaó.
3°" . M Afii naó he a vontade de voflo Pae que [efiá] ’n os ceos, que
Deut'^‘ hum deftes pequenos fe perca.
W8: J7- m Porem fe teu irmaó pecar contra ty, vae, e reprende o en-
aCcAj3:i.tretyeellefÓ5 fe te ouvir, a teu irmaó ganhaíte.
Porem fe {/e] naó ouvir, toma ainaa comtigo hum ou dous,
2S. »pera que em boca de duas, outres teftimunhas, confifiatodapa-
* 2.7W-3:lavra. \
♦n4 ferf- 17 & fe ouvidos lhes naó der, 0 dize o a * Congregaçaõ 3 e fe
j* » X
bÉGUNDO S. MATTHEUS. Cap.XVIIT.
tàmbem á Congregaçaõ ouvidos naõ der, p * temo por hum Gentio í iCw.ç».
• e Publicano. -21%^ 3;
18 í Em verdade vos digo, que tudoo que liardes ’naterra, ferá #(í4 r.
liado ’no ceo ; e tudo o que defliardes ’n a terra, ferá defliado ’n o
CC0‘ i ^13 qMatth.
19 E, digo vos, que fedous de vos outros fe concordarem na ter- 16:19.
ra, fobre qualquer coufa que pedirem, lhes ferá feito por meu Pae 1^020:23
:wue [e$a] ’nos ceos.
V20 r Porque a onde dous ou tres eftiverem congregados em meu r ^MC' W
ame, ali eftou eu’n o meyo d’elles.
*21 Entonces Pedrochegandofe a elle, diífe: Senhor, até quan
tas vezes pecará meu irmaõ contra my, e eu lhe perdoarei?/Até-/
fete?
22 Jefus lhe diflê: NaÓ te digo eu até fete, mas r até fetenta ve- tMatth. 6:
zesfete. 14.
23 Polo que o Reyno dos ceos fe compara a hum certo Rey, que Man'I1:
. quis fazer contas com feus fervos.
24 E começando a fazer contas, foylhe aprelentado hum, que lhe °. **
devia dez mil talentos.
25 u E naõ tendo elle com que pagar, mandou o feu Senhorven-
der[«efc], e afuamulher, e filhos, com tudo quanto tinha, e
que [a divida} fe pagafiê.
26 Entonces aquelle fervo, poftrandofe, adorava o, dizendo,
Senhor, fé longanimopera comigo, e tudo te pagarei.
27 E movido 0 Senhor d’aquelle fervo a intima compaixaõ, foltou
0, e quitou lhe a divida.
28 Saído porem aquelle fervo, achou hum defeusconfervos, que
lhe devia cem dinheiros; e lançando maôdelle, affogava [o] , di
zendo, Paga me o que [me} deves.
29 Entonces feu confervo, pollrandofe a feus pees, rogavalhe,
dizendo, fé longanimo pera comigo, e tudo te pagarei.
30 Mas elle naõ quis; fenaó foy, e lançou o na priíaõ, até que
pagafiê a divida.
31 Vendo pois feus confervos o que paflàva, entriftecéraõfemuy- íl
to; e vindo, declaráraõ a feu Senhor tudo o que paflara. J
-Z uE
I
4
4o O S. EUANGELJIO
34 E indignado feu Senhor, entregou o a os atormentadores,
M ... .. até que pagafle tudo o que lhe devia.
14. 'S'' «Affi vos fará também meu Pae celeftial, fe| de coraçaÓ naó
Mwe.11: perdoardes cadathum a feu irmàõ fuas offenfas.
16.
Ttw.il* Capitulo XIX.
I Sara Chrifo a wuytos doentes. $Refiponde aperguntaãacartadedejqnite. ^Enfina
quenao he licito aos cofiados dejquitarfie j fialvofor caufiadeforntcaçaÕ. 11 E que A
todos 0 dom de continência fienaodd 13 Manda vir afiy os meninos > e os abendiçtf
16 Rs/ponde a pergunta de hum mancebo de que bem avia de fazerfera alcançar a
eterna. 23 De quam difficilmente entrara 0 rico no Reyno dos ceos. V] E que galardK
receberai os que 0fieu ? for amor de Chrtflo > deixarem.
to
41 O S. EUANGELHO
Capitulo XX.
I Rela parabola dos trabalhadores alugados 3 d vinha a trabalhar enviados 3 e no
Jalariç igualados ? çnfina Chrifio como na outravidahadefalariar aos que nefta o
fervirao. V? Prophetiza ainda fua paixao ? morte > e refurreifdo. 2o Re[ponde
d petição da mae dos [ilhós de Zebedeo< 24 Amoefia afeus Difcipulos quefi guar
dem da ambiçaí e do Dpm^nio mundano. 29 E dá vijla a dous cegos perto da cidade
de Jericho. 1
1 P orque femelhante he o Reyno dos ceos a hum homem pae àt
* fàmilias, que fahio de madrugada a alugar trabalhadores pelt
fua vinha.
a E concertandofe com os trabalhadores por hum dinheiro a o dia,
mandou os á fua vinha.
• Ou,«»íí 3 E faindo perto da hora terceira, vio outros queeítavaona pra*
cdatarde. ça ouciofoS>
Proce e diflelhe-: Ide vos outros também a vinha, e darvos.hei o que
fidade de forJ^o .E forao.
hor^s do 5 Samdo outra vez perto da hora lexta e nona, tez o meímo.
differente 6 E faindo perto da hora * undécima, achou outros que eftavaõ
cojiume de oucioíbs, ediflelhes: Porque eftaes aqui todo o dia ouciofos?
as contar 7 j)ifleraó lhe elles: Porque ninguém nos alugou. Difle lhes
ent™ tios e ejje; vos outros também à vinha, e recebereis o que for jufto.
°Porlueei>S' 8 E vinda ja'atarde, difle o Senhor da vinha a feu Mordomo:
qumdo vos Chama a os trabalhadores, e pagalhes o jornal, começando dos
pela ma»- derradeiros até os primeiros.
had conta- p E vindo os de perto da hora undécima, receberão cada hum*
mos asjhs, ^um dinheiro.
contavao^ Io e vindo os primeiros, cuidaraõ que aviaõ de receber mais 5 c
1/e “uando e^es recebéraó cadahum hum dinheiro.
wsaome«o 11 E tomando [o] murmuravaó contra 0 pae de famílias.
dia conta- 12 Dizendo, Eítes derradeiros trabalharaõ [mais que j huâ
mosasdoze, hora, e igualafte os com nofco, que levamos a carga e a calma do /
co7itavao (jja.
ellesasfeis-, poremreípondendo elle, difle a húm delles: Amigo, naõte
íew &Ç° agravo 5 naõte concertafte tu comigo por hum dinheiro ?
«X S' *4 Tomao teu, e vaete j Euquero dar a efte derradeiro [tairto]
confeguinte.£Gfà& %^y*
aRom.9;2i. iy a Ou naõ me he a my licito fazer do meu o que quiíer? Ouhe
teu olho mao, porque eu fou bom?
..... SEGUNDO S. MA.TTHEUS. Cap.XX. 43
t Afli feraô os derradeiros primeiros5 c os primeiros derradei- iMattb'.
ros: «porque muytos faó chamados, porem poucos efcolhidosg; rc}»
17 rfE fobindo Jefus a Jerulãlem, tomou com figo a os dozeOifi- r‘‘Io:
cipulos aparte’no caminho, e diflelhes: . ' Luc.1y.10.
18 Vedes'aqui fobimos a Jerufalem, e 0 Filhodo homem feráen- cMact.iAt
tregue a os Princepès dos SaceBotes, e a os Efcribas, e a morte o 41.
condenaráó. dMarc. 10:
. 19 e E a as gentes o entregaraõ, peraque delle eícarneçaó, eo
\coutem, e crucifiquem: e a 0 terceiro dia refufcitará. 24-7 *
J20 f Entonces fe chegou a elle a maé dos filhos do Zebedeo, com
feus filhos, adorando p], e pedindolhe alguá coufa. 27:2.'
21 E elle lhe difle : Que queres? .Diflelhe ella: Dize que eftes Luc.íy.i.
meus dous filhos fie aíTentem, hum á tua [mrí] direita, e outro á 18:28.
tua ezquerda em teu Reyno. I1'.
- 22 Porem refpondendo Jefus, difle: gNaõ íãbeis o que pedis $ *3,
podeis vos beber o copo que eu hei de beber 5 e fer bautizados h cõ' ‘
o bautifmo com que eu fou bautizado ? Difleraó lhe elles: Pode- ^Rom.s-
mos. 26.
23 E diflelhes elle: Em verdade que meu copo bebereis, e com hLuc. 12:
o bautifmo com que eu fou bautizado, fereisbautizados 5 masaflèn- 5°’
tarfe á minha [nas] direita, e a minha ezquerda, naõhemeudalo, .
fenaô a os que / de meu pae eftá aparelhado.
24 E como os dezouviraõ [ç/fo,] indignárao fe contra os dous ir- ' ’
maós.
25 Entonces, chamando os Jefiis a fi, difle: kBem fabeis que os *
Princepes das gentes íe enfenhofeaõ fobre ellas, e os Grandes uíaõ fo- 41 •
bre ellas de poteftade. *
26 l Mas entre vos outros naó ferá afli 5 mas qualquer que entre £
vos outros fe quifer fazergrande, feja voflo miniftro. wMarc.p;
27 m E qualquer que entre vos outros quifer fer 0 primeiro , feja .
voflò fervo. ‘ B£,X*2x:
28 n Como o Filho do homem naó veyo a fer fervido, fenaõafer- 27.
vir, e a dar ° fua vida [w] refgate por muytos. Icaõiy.14.
29 í E íaindo elles de Jericho, feguio o grande companha. 2:7-
3° E eis que dous cegos aflèntados junto a o caminho, ouvindo o I; 7-
queJefus paliava, clamaraó, dizendo, Senhor, filho de David, tem*?
mifericordia de nos. /jfcw.io:
E a companha os reprendia, para que fe calaflem 5 mas elles 44/ *
clamavaótantomais, dizendo, Senhor, filho de David, tem mife-Zw.jS.qy»
ricoidia de nos. F 2 32 E
de
t
4* 0 1EUANGELHO
E parando Jeíus, chamou os , e difle f Que quereis que vos
faça?\
33 Difleraõlheelles: Senhor, que noflòs olhos fejaô abertos,
34 E movendofe Jeíus a intima compaixaõ d’elles, tocoulhes os
olhos5 e logo feus olhos viram, eíe^uiraõo.
Capitulo XXL
I Entra Ckrijloem Jerufalem affentado [obre bua burra* IX Lança fora do Templo tá
os que nelle vendiatí e compravaS. 14 Efora ali a cegos e a coixos. I $ Defende o djt
mar dos meninos contra a inveja dos Princepes dos Sacerdotes. 19 Amaldiçoa hua
guelra > que logoJefeca. 21 Moftraaforçadafé. 23 Rejponde dpergunta dos Pni9
cepes dos Sacerdotes > edos Anciãos do povo de com que authoridadeifiofazia, fa-
zendolhcs outra pergunta acerca dfbautijmo dejoao. 28 Convence de iua desobe
diência com huãpavabola de dous filhos, 33 E ameaça os de jua total deffruiçao
com a parabola dofenhor de hua vinha, cujos fervos e filho os lavradores maltra^
taraõ e matarao.
** V •
Pfil. 2:1. 36 Outra vez mandou â outros fervos mais que os primeiros, e
A Z*4 *■ <■ /x 1 «■ <♦■<<•-Z*k rx J
ir
'■á
.•4'
Capitulo XXII.
j A parabola das bodas a que os primeiros convidados vir recujao. 8 Polo que outros
a ellas emfeu lugar convidarfe manda. II Entre os quaes vindo humfiem veftido de bo
dos o lançai)ford. 1$ Rejponde Chriffo apergunta dos Pharifeos, e Herodianos 3fe era
•1
licito dar tributo a Cejar. 23 E rejpondendo a pergunta dos Sadduceos > acerca
da mulher que fete maridos tivera 3 lhes prova e confirma arejurreiçaõ aos mortos.
35 Declara qual [eja mayor mandamento daLey. 41 E queo Mejfias he^ naS
'■jk/omente filho de David, porem também Jeu fenhor.
Capitulo XXIII.
1 Chriflo feus ouvintes^ a que guardem tudo 0 que conforme a Moy/esen*
finao os Efcribas e Pharifeos» mas que conforme fuas oiros naõ façam. f Defere»
ve fua hjpocrifia e ambiçao. 8 E amoefiaosfius» aquediffofeguardem» ehúmíL
desfer procurem» 13 Encarece per oito vezesa miferia dos Pharifeos eEfiribas » n
caufa defuas diverjãs maldades» convém ajaber» por quanto 0 Rejno dos ceos a ot
homescerravaõ»l4^scafas das viuvas enguliao» 15 Maosprofeljtosfauiao. lóPer-
verfamentepolo Templo , aditar eCeo a jurar enfocavam. 23 ads coufaspequenas de-
túmavab» ornais gravedaLeydeixando. 25 Afonpawíõ 0que efia de fora» e naS
0 coraçao. 27 Sendo affifemelhantes a os fepukhros cajados. 29 Edificavas os fi*
pukhros dos Prophetasantigos» eaos modernos matar procuravam» 37 gueixa fo
tombemde contumácia da cidade dejerufakm» e Prophetixafuatotal deformpeõ»
50 OS.EUANGELHO
Deut-i7i 5 3, Afti quetudo 0 que vos differem que guardeis, guardae e
I
419. fazei [ 0 ]: mas naô fàçaes fegundo íuas obras ; c porque dizem, e
? <7???. 2'^9* m^o iazem.
ifay.to-i- 4 d Porqueliaôeargaspefadas, e difficeis de levar, e poem as fo-
,»í.n:4^bre os ombros dos homens $ porem ellesnê [ainda] com feudedoas
tó.ifiio. querem mover.
$ g todas fuas obras fazem « pera ferem viftos dos homens: por-
?X2:12. . . j alarcaó o íuas */' phylaéterias
r j >, e eftendem as bordas de feus ve-<
*
Oll
iwiaes , e <> ,?■ E amaõ os primeiros affentos ’nas ceas, e as primeiras cadeiras.
ponta- ’nas Synagogas.
lentvs dos 7 g as faudaçoens ’nas praças, e ferem £ chamados dos homens
r<?c<?zí<w Rabbi, Rabbi.
^ra-°a' 8 vos outrosnaó vos chameisRabbi 5 porque hum hevoflò
vjagta Meftre, [afaber J o Chrifto: e todos vos outros loisirmaõs.
■Marc. 12: 9 E naô chameis ’na terra voffo Pae a ninguém ; i porque hum he
3^39. voffo Pae, [a /dber] o que [eftd] ’nos ceos.
Lw. 11:4.3. 10 Nem vos chameis Meftres; porque hum he voffo Meftre, [<»
«2.0:46. 0 Chrifto.
mV A 11 & E°rem 0 mayor de vos outros, feja voffo fervidor.
;f L1 ‘. i 11 E que a fi mesmo fe levantar, ferá humilhado 5 e que a fi meff
26. 20, mo fe humilhar, ferá levantado..
7^.22.29. l2 Mas ay de vos outros Efcribas ePharifeos, hypocritas; por-
rVw.i?: que cerraes o Reyno d’os ceos diante dos homens; porquanto nem
23. vos outros entraes, nem a os que entraõ deixaes entrar.
kw-i4:ii. 14 n Ay de vos outros Efcribas e Phariieos, hypocritas; porque
e ií>: 14. Comejs as caras das viuvas, e f í.'~o] com pretexto de * larga oracáô;
t pej - por iffo recebereis mais grave juízo.
wLkc.ii: Ay de vos outros Efcribas ePharifeos, hypocritas; porquero-
52. deães 0 mar, e a terra, por fazerdes hum * Profelyto ; e quando
tMarc. 12: ja he feito , fazeilo filho do inferno, em dobro mais que a vos
4o. outros.
L»c.20:47 15 Ay de vos outros guias cegas, que dizeis: Qualquer que ju-
n/r ii” rar P°*° Templo , naô he nada; mas qualquer que jurar polo ouro
»Óu,m7-d’o Templo, devedor he. _-
to^vAurga- 17 Loucos e cegos; porque qual he mayor, o ouro, õtroTem-
mente orar, pio que fanâifica a o ouro?
*ou/«ac- 18 Item, Qualquer que jurar polo Altar, naó he nada; mas qual-, A
<•
«19:4.
36 filhos, como a galinha ajunta a feus piãLàõs debaixo de
tP/. 17:8. e nag quífeftes.
38 - Z Vedes
• aqui vofla cafa fe vos deixa deferia.
...........r
afas
f
ÍPf, 69:26.
pj.i;7- 39 Porque eu vos vos digo, quedefd’agora [mais] me nao vereis,
ter. 7'. 34. até que digaes: Bendito aquelle que vem em o nome d’o Senhor.
91ichy.ll.
A&. i: 20. Capitulo XXIV.
»p/:ii8: Chriflo a deffruiçaõ do Templo e de jerufalem> relatando os trabalhos e fi* *
26. 1 Profetiza
naesqueaifio aviao de preceder^ epor aquelle tempo aviaide acontecer. iq Apon^
tando aprofecia de Daniel acerca d a mejma defruição 3 e exhortandojuntamente afi
aparelhar a huaaprejfada fugida^ para afid" efta grande affliçaoefcapar. 23 ^vij*
nos que nos guardemos do engano dosfalfis Chriffos^ efaljos Prophetas 29 Prophe*
tiza ainda 0fim do mundo, ejua derrodeira vindaa 0 Juízo $ cuja gloria e certeza
defereve^ apontando osfinaes * queeniam aviao de acontecer. 36 Ndm findo 0 dia
nem a hora a ninguém notorio^finaofó a Deus, yi Compara os tempos dejlavinda com
os tempos de Noe antes de Diluvio. 42 PoloqueexhortaavigiarcomaparabolaaJfiA
pae defamílias ,• 45 Como dofiely edo maofervo.
•j
.... *\
..V\ ’
11 E defpois vieraó também as outras virgens, dizendo, Senhor,
'* *w
fL^.íj: ’ cinco
<5 E a o ’hum deu • -* talentos,
’ s
e acToutro ’
dous, e a o ter
11.
•valia hum ceiro hum, a cada hum conforme a fua* poffibilidade, epartiofelo-
sSZgo P«a longe.
pmt fià- 16 Entaõ foy o que tinha recebido cinco talentos, e negociou
tenros cr»- com elles, e grangeou outros cinco talentos.
nados 17 Semelhantemente também, o que [tinha recebido1] dous, gran-
* faculdade. gC0U também outros dous.
Ou} ca- jg Ma, o que tinha recebido hum, foy, e * enterrou o ’nochaõ,
wewífr- c rfcondeu 0 dinheiro je feu Senhor.
19 E defpois de muyto tempo, veyo o Senhor d’aquelles fervos,
e fez contas com elles.
E chegando o que tinha recebido cinco talentos , trouxelhí
outros cinco talentos, dizendo, Senhor, cinco talentos me deite,
eifaqui outros cinco talentos tenho grangeado de mais.
iMatt.Ht 21 E feu Senhor lhe difle: Bem[//z/j, bomfervoe fiel: ^fobre
45. pouco folie fiel, fobre muyto te porei 3 entra em o gozo de teu
L«í.n^. Senhor.
11 E chegando também o que tinbarecebido dous talentos, diflê:
Senhor, dous talentos me entregafte , eilaqui outros dous talentos
tenho grangeado de mais.
13 Seu Senhor lhe diflè: Bem [efá], bom fervo e fiel: fobre
pouco folie fiel, fobre muyto te porei 3 entra em o gozo deteu Se
nhor.
14 Porem chegando também o que tinha recebido hum talento,
difiè: Senhor, eu te conhecia que es homem duro, quefegasaonde
naó femeafte, e apanhas aonde naó denamafte;
*sE
SEGUNDO S. MATTHEUS Gap.XXV. j7
ã? E atemorizado, fuy, e efeondi teu talento, em terra; veíà-
quitensoteu. • làfcxr
26 Porem refpondendo feu Senhor, diflelhe: Servomalinoene- i'
gligente, fabias que fego aonde naõ femeei, e apanho aonde naô MarifM,
derramei. Z.^j8:i8.
Z« í4B:i8
27 Portanto te convinha dar meu dinheiro a os cambiadores, e í.
vindo eu, receberia o meu com uíura. ftòatttâ
f MaftM*,
■■■
Capítulo XXVI.
X Profetiza Chrifio fiia morte. 3 Sobre a qual os Anciãos do povo tomdõ confelho.
6 Unge o hua mulher em Bethania. 10 Cujo feito defende e louva. 14 judas
vende a Chrifio. 17 Chrifio manda, aparelhara Pafihoa, come a comfeia Difii*
fulos j e prediz a treiçcÁ de Judas. z6 Infiituefua fagradaCea. 31 Prediz a
feus Difcipulos 0 averem de Jer derramados > e a Pedro fua caída. $6 Começa
jiia paixao em hua horta com grande angufiia e ardente oraçaõ, exhortando jun-
tumente a feus Difcipulos, que ja dormindo efiavao a vigiar e a orar. 47 jfu~
das 0 entrega com hum beyp > e os J-udeos 0 prendem. $1 Reprende aPedro que
a 0 fieryo de Summo Pontífice hua orelha cortava. 57 He levado aCajaphaspe-
rante 0 confelho. 5 9 Falfas. tefiimunhas 0 acufai. 6 3 Confiefia que elle he 0 Chri
fio. 65 Polo que como Blafphemo he condenado 1 e vilmente maltratado. 69 Nega
0 Pedro. jq Mas tomando emfy > chora amargamente fua caída.
%
6® O S. EUiANGELHO
js.jf4rc.14: xá » E comendo elles, tomou Jefus 0 paô, e bendizendo partio
22. o, c deu o a os Difcipulos, ediffe: Tomae, comei, iftoheomeu
Lvc. 22:19. corpo.
27 Etomandtfo copo, e dando graças, deulh’o, dizendo, Be-
rÊw.24:beid’elletod?s-
S. ’ 28 Porque ifto he 0 meu fangue, « o [/wgw] donovoTeframen-
to, oqualpormuytoshe derramado, pera remiflaódos pecados.
29 Edigovosque deíd’agora naó beberei deíie fruito de
vide, até aquelle dia quando com vofco o beber novo em 0 Reyno
de meu Pae.
fMart-H'. 30 0 E avendo cantado ohymno, fahiraõfe a o monte das Oliveiras.
26. 31 Entonces Jefus lhes difíe: Todos vos outros vos eícandalizareis
Luc.zv.iy. cm my cita noite 5 porque eferito eítá: Ferirei ao paftor, easovel-
^Zeihi'" bas do rebânbo Ferao derramadas. •
t h ’ ’ 82 1 Mas defpois=do eu aver refufeitado, irvosei diante a Galilea,
lea. 16:32. 83 Porem relpondendo Pedro, diífelhe : r Ainda que todos em ty
j Man. 14: fe efeandalizem, eu nunca me efcandalizarei.
28. 34- Diífelhe Jeíus:/Em verdade te digo, que neítamefma noite,
* 16:7.. antes que o galo cante, me negarás tres vezes.
rLuc. 22. Diífelhe Pedro: Ainda que com tigo morrerme importe, em
/Im 13: maneita nenhuã te negarei. E todos os Difcipulos difleraõ d’a mef-
" ma maneira.
t IVUrc. 14= 36 f Entonces veyo Jefus com elles a hum lugar chamado Geth-
32. femane, e difíe a os Difcipulos: Aífentae vos aqui, até que vá, e
iw.22^9. aji ore
jíá. iS: 1. tf g tomando com figo a Pedro, e a os dous filhos doJZebedeo,
começoufe a entriftecer e a anguftiar em grande maneira.
9 iz: 3S « Entonces lhes difíe: Minha alma eftá* totalmente trifte até a
* ***
morte; ficaevosaqui, e vigiae comigo.
to 39 E indofe hum pouco mais a diante, poítroufeíòbrefeuroíto,
das as ban-
orando, edizendo, x Pae meu, fehepoffivel, pafle de myeile
^xLuc.zz: y copo: z Porem, naó como eu quero, mas como tu [<pere/].
41. '40 E veyo . e achou os dormindo, e difíè a Pe-
. a feus Difcipulos,
.
y Matt. 20: dro: Bafta que nem huã hora comigo pudeftes vigiar ?
7 22,23- 4-r Vigiae, eorae,
41 t
e orae, pera que naó entreis em tentaçaÕ: a o efpi-
zlet-6:38- rito em verdade [<?#«] preftes, mas a carne ffe?] fraca.
42 [£] tornado fegunda vez, orou, dizendo, Paemeu, fe naô
pede efte copo paífar de my, fem que eu o beba, fàçafe a tua von
tade.
43 m
SEGUNDO S. MATTHEUS Gap. XXVI. &
43 E vindo [«eller], achou os outra vez dormindo, porque feu*
olhos eftavaõ carregados.
44 E deixando os, tornou, e orou terceira vez, dizendo asmef-
mas palavras. «
47 Entonces veyo a feus Difcipulos , ediflelhes: Dormi jaedef-
canfaej Vedefaqui chegada he a hora, e 0 Filhod’ohomemheen
tregue em maôs dos pecadores.
46 Levantae vos, vamos nos, vedes aqui chegado he o ’ que me
trahe.'
47 E fàllando elle ainda, eis que vem Judas, hum d’os doze, *-««»*• **
e%omellehuâ grande companha, comefpadasebaftoens, [de porre]
dos Princepes. dos Sacerdotes, e dos Anciaós do povo. fcí. 18:1.
48 E o que o trahia lhes tinha dado final, dizendo, a 0 que eu
beijar, efle he, prendei o.
48 E logo chegando a Jefus, difle: Ajasgozo, Rabbi, e^bei- c3,Sa»M'.
jou o. 9*
5® Porem Jefus lhe difle: Amigo, a que vens aqui ? Entonces
chegáraõ, e lançáraõ maõ de Jeíus, e prenderão 0.
5> E eis que hum dosque [eftavaõ] comJefus, eftendendoamaó,
puxou de fua efpada, e ferindo a o fervo do Summo Pontífice, cor-
toulhe hua orelha.
5* EntoncesJefuslhedifle: Toma tua efpada a feu lugar: </por-^^M-9:í*;
que todos os que efpada tomarem, á efpada pereceráõ.
53 Ou cuidas tu que naõ poífa eu agora orar a meu Pae, e elle Io*
me daria mais de doze legioens de Anjos ?
? 54 Como pois e fe cumpririaó as Efcrituras, [ape dizem] que afii ePf.iA* 7.
convém que fe faça? e «9:1,1®.
55 ’Naquella mefma hora difle Jefus a as companhas: Como a
fidteador laiftes com efpadas e baftoens a me prender: cadadia me
afíentavacom volco, enfinando ’no Templo, e naõ me prendeftes.
fó Mas tudo ifto fe fez, pera que as Efcrituras dos Prophetas fc
cumpraõ.’/Entonces todos os Difcipulos fugiraó, deixandoo a elle/pr 88:9.
57 g E os que prenderão a Jefus, trouxeraop] aCayphas,o Summo g MLw.14:
Pontífice, aonae osEícribase os Anciaós eftavaõ congregados. 53.
58 E Pedro o feguia de longe até a íâla do Summo Pontífice: c I^‘(£'2’1:54>
entrando dentro, aflèntoufe com os criados, para ver o fim.'
59 h E os Princepes dos Sacerdotes, e os Anciaós, etodooCon- Í*X4Í'
cilio buícavaõ [a&m] falfo teftimunho contra Jefus, pera o pode- ‘6tt,;'
yem matar, e naõ M achavaó. ' '
Hl í» E
62 OS. EVANGELHO
60 E ainda que muytasfalfasteftimunhasfe aprefentavaõ, [eomfudol
naõpj achavaõ. .
. 61 Mas por derradeirovieraóduasfalfas teftimunhas, e difleraõ:
? m. . 9’E.ftediflej i Eu»poflo derribar 0 Templo de Deus, e edificai© em
tres dias.
kMarc.w. 6i k ElevantandofeoSummoPontifice, diflelhe: Naõrefpondes
5?-
_ p- nada? Que teftificaó eftes contra ty?
Matth. v]\ ZPorem Jefus calava. Erefpondendo oSummoPontífice, dif-
12,1^/‘ felhe: Efconjuro te polo Deus vivente, que ,nos digas, fe tu es o
Chrifto, 0 Filho de Deus ?
^P/hlCl 64. Jefus lhe difle: Tu 0 diífefte. m Porem digo vos, que defd’agoft
I.
vereis a 0 Filho do homem aflentado a [wãj direita da potência
Matih. 16; [ de Deus, ] e vir em as nuveis dó ceo.
*7- 65 Entonces 0 Summo Pontífice rasgou feus veftidos, dizendo ,
*14:30. Blafphemou, que mais ncceflitamos de teftimunhas? Vedes aqui
Marc. 14; agora ouviftes fua Blasfémia.
_ 6i
á**-. 66 Que vosparece? Erefpondendoelles, difleraõ: » Culpado hc
7a2.2??9' de morte.
Rmi4:xo. 67 Entonces lhe cofpiraõ ’no roflo, e lhe deraõ de punhadas.
I The/f. 4: 63 0 E outros lhedavaõ de bofetadas, dizendo, jp Prophctizanos,
16. o Chrifto, quem he 0 que te ferio?
^p^c, I; 7, 6? 7 E Pedro eftava aflentado fora ’na fala -3 e chegoufe
v a elle huâ
»Lcv. 24; criada, dizendo, Também tu eftavas com Jefus o Galileo.
1 V» i70 Mas elle 0 negou diante de todos, dizendo, Naõ fei 0 que
I/^.5O:6.
*Iril6:lo. izes.
I 5 ♦ • 71 * E faindo á anteporta,
1 vioo outra, A ali,■ *- ••
‘ J e diflèaosque
f Luc. ia: Também efte eftava com Jefus 0 Nazareno,
64- [dizendo, ] NaÕ conhe-
71 E negou 0 outra vez com juramento, [íikw,
f Marc- J4: ço a [e^êj homem.
r 66\. 73 É ali a hum pouco chegando os que ali eftavaõ, difleraõ a
E d’’ãli
Toa'is-il ’Pedr°-‘ Verdadeiramente também tu delles es: porque tua falia te
manifefta.
*Ouj<mZ- 74 Entonces Qe] [/?] começou clle a * anatematizar, e a jurar,
diçoar. [dizendo,]
[ dizendo > ] Naõ conheço a [effe ] homem.
rM.Jrt.Z6: 75 E logo o galo cantou. E lembrou fe Pedro dapalavradeJefus,
<54 que lhe diflèra: rAntesque o galo cante, me negarás tres vezes. E
More, 14:
faindofe pera fora chorou amargofamentc.
21:61.
JM.I3.5i.
SEGUNDO S. MATTHEUS. Gap.XXVII.
Capitulo XXVII.
I Entregao os Judeos Chrifto a Pilatos. 3 Arrependido Judas lanpa 0 Unheiro
‘no Templo, e enforcafe. 6 Com oqual dinheiro comprai 0 campo do Oleiro, como
predito fora. II Examina Pi latos a Chrifto acerca das acufápSes que contra elle
Jetraziai. 19 Sua mulher 0 avifa. 20 Deslara a Chrifto por inocente eprocura
Jeltalo. 24 0 que nao aproveitando lava as maós, eâ inítancia dos Judeos-, 0
entrega a os Soldados, pera fercrucificado. 27 Oj quaes avendo 0efiarnecido, 0
levai a crucificar. 32 E a Simao Cyrenio olrigao a quefua truz lhe ajude a levar,
35 CrucificaiaChrifio. 38 E a dous falteadorescomelle. 39 Oj qwpajfaã, ao
injuriai, edeUe zombai 45 Vem trevosJobreferra, dai lhe a beber fel, e!/ra-
tdando em fua extrema anguíliaa feu Pae, dá 0 efpirito. 51 Sucedem diverfat
maravilhas a 0 temqo de jua morte. 54 Polo queo Centuriaí polo filho de Deus
0 confejfa. JoJephdeArimatheaofepulta, e heofepulchroâ petipaídosPriu^
cepes dos Sacerdotes, com guardas fortalecido.
1
OS. EUANGELHO
■ . 9
tou, dizendo, Es tu o Rey d’os Judeos? E Jefus lhe difíe: Tu[«'J
dizes.
u E fendo acufado pelos Princepes d’os Sacerdotes e Anciaõs,
V nada refpondeú.
íSlaft.zè: Pifotos entonces lhe difíe: Naõ ouves quantas [atufa] teftifi-
caó contra ty?
b ifaj. $3: 14 h E naõ lhe refpondeo nem huá fó palavra, de maneira que o
, Prefidente fe maravilhava muyto.
iMarcM' * E’na fefta coftumava o Prefidente foltar hum prezo a o povo,
6 ‘ ’ qual que quifeflem.
Lue.'23:17, k E tinhaõ-entonces hum prefo bem conhecido chamado Ui-
Im. 18:39. rabbas.
èMarc.iy. 17 Juntos pois elles, Diflelhes Pilatos: Qual quereis que vos
_ 7J folte? a Barabbas, ou a Tefus, que he chamado Chriíto?
lea.'18- 4o lS P°rque fabia que por enveja o entregarão.
19 E eftando elle aflèntado no Tribunal, fuamulher enviou a elle,
dizendo, Naõ tenhas que fazer com aquelle juftoj porque hoje pa
deci muytas coufas em fonhos por amor d’elle.
iMem. 15* 20 z Mas os Princepes dos Sacerdotes e os Anciaõs períuadiraõ ás
11. companhas que pedifle a Barabbas, e a Jefus matafièm.
Lw.a^iS. 11 E refpondendo o Prefidente, diflelhes: Qual d’eftesdous que -
l«a. iS:4o. rejs qUe vos folte? E elles diflei-aõ: A Barabbas.
^.3:14. Pilatos lhes difíe: Que pois farei Jefus, quehechamado
Chriíto? Diflèraõ lhe todos: Seja crucificado.
23 Porem o Prefidente difíe: Pois que mal tem feito ? E elles cla-
mavaõ mais, dizendo, Seja crucificado.
24 Vendo pois Pilatos que. nada aproveitava, antes fe fazia mais
alvoroço, tomando agoa, lavou as maõs diante da companha, di
zendo, Innocente eftou do íãngue defte juflo: Vede ovos outros,
25 É refpondendo todo o povo, difíe: ® Seu fatigue \_veuba J fo-
28.
bre nos, e fobre noffos filhos.
26 Entonces foltoulhes a Barabbas: porem avendo açoutado a
„ , Jefus, entregou 0 pera fer crucificado.
x^r.*5. & Entonces os íòldados do Prefidente, * levando a Jefus com-
Iw. 1'9:2. figo á audiência, ajuntaraõ a elle toda a quadrilha.
*Óuj to- E defpindoo, cobriraõ 0 com huá capa de gráa.
wmàn 29 E tecendo huã coroa de efpinhos, puferaõ ihafobre a cábeca,
ehuá cana em fua («rfJ direita, e poftrandofe de iuelhosdiante delle,
*0iU>e«í zombavaõ delle, dizendo, * Ajas gozo, Rey uõsJuoços.
; , ormdé-l' <*’ 30 E
SEGUNDO S. MATTHEUS.Cap.XXVlI.
30 E cofpindo nelle, tomaraó a cana, edavaó lhe ’jná ‘
cabeça.
31 E desque 0 ouveraó efcarnecido, defpiraôihp a capa, c veíti-
raõ 0 com íeus veftidos, e levaraó o a crucificar. v^ían^^t
32 «Efaindo, ácharaõ a hum homem Cyreneo, por nome Simaõ: ^ 31* ,
a efte conftrangeraõ a que levafle fua cruz. p,*^*2^'
33 f E chegando a 0 lugar chamado Golgotha, que fe diz 0 lu-4^9^*
gar da Caveira: M’
34 Deraó lhe a beber vinagre mefturado com fel 3 egoftandof/], 1^.23:33.
naõ {/] quis beber. loa, 19:17.
* 35 1 Edefqueo ouveraócrucificado, repartiraó feusveftidos, lan-?
çando fortes: peraque fe çumpriffe 0 que foy dito pelo propheta: ,
tEntre fi meus veftidos repartiraó, efobre minha túnica fortes lan- rprZz:i^
çaraó. ./15:
36 E aflentado fe, guardavaõ o ali. 26:
37/ E puferaó por em cima de fua cabeça fua * caufa efcrita: Lm 23:38.
ESTE HE JESUS, O REY DOS JUDEOS.
38 t Entonces foram crucificados cómelle dous faiteadores, hum °Ují®ítw;,
a [iwí] direita, e outroá ezquerda.
39 « E os que paflàvaó blafphemavaõ d’elle meneando fuas cabe- 12. 5‘
Ças, uty22‘.t.
40 E dizendo, »Tu, que derribas o Templo, eemtresdiasf/] *69:21.
reedificas, falvate a ty mefmo. Se es Filho de Deus, defcende da ÍAan- J5:
cruz. _
41 E <ra mefina maneira também os Princepes dos Sacerdotes x £
cornos Eícribas, eAnciaôs, ePharifeosefcamecendod’ellediziaó: 61."
I
41 A outros falvou, a fi mefmo naó fe pode falvar. Se he o Rey loa. 2:19.
de Ilrael, defeenda agora da cruz, e creloémos.
43 y Confiou em Deus, livreoagora, fe [km] lhequer. Porqueyty22:9»
difle: Filho de Deus fou. ~
44 E 0 mefmo lhe lançavaó também em rofto os íalteadores que
com elle eftavaó crucificados.
4j » E defda hora feifta, ouve trevas fobre toda a terraaté a hora
nona. z2S13-44.
46 E perto da hora nona * clamou Jefus com grande voz, dizen-. pr 22- 2.
do, ELI, ELI, LAMA SABACHTHANI: iftohe,Deus^.5:7.
meu, Deus meu, porque me defemparafte?
47 E alguns d’os que ali eftavaó, ouvindo [«}, diziaó: A Elias
chama efte,
l *
4ME
ujjwraní&
I
66 OS.EUANGELHO
6P/,69:22- 4.8 b E logo correndo hum delles, tomou huã efponja, eencher.-
loa. 19:29 do [«] de vinagre, póla em huã cana, e davalhe de beber.
49 Porem os outros, diziaó: Deixa, vejamos fe Elias vemali-
vralo. v
e Lw< 23; 5° c E Jeíus clamando outra vez com grande voz, deu o efpirito.
.<
4 51 d E eis que o véo do templo ferafgou em dous de riba até baixo,
d 2 Chron,
3.14.
e a terra tremeo, e as pedras fe fendéraõ. t I
Capitulo XXVIII.
I Vem as mulheres a o fefulcro. 2 Informa as o Anjo que doJetoskro apedra revok
vèra> acerca de fua rejfurreiçao, 7 Vam a dar as novas a /eis Difeipulos* 9 A-
fiarecelhes Chrijio ne caminho. II Dam os guardas as mejmas novas a os Vrin^
cepes dos Sacerdotes > forem fubomados com dinheiro* divulgaò quefeus Dífiifi^ •-
los do fefukro 0 furtdrao. 16 Aparece a feus Difeipulos em Galilea, 19 £
manda os a pregar e a bautfaar a todas as gentes, ao Prometendolhesfua conti-
nua aftftencia.
O SAN-
9
EUANGELH/O
De noíTo
SENHOR
JES U C H R I ST O
SEGUNDO
S. M ARCO s.
Capitulo I.
j Começa 4 pregaçdb do Euangelho com oMiniJlerio de foao que no deferto prega e
bautiza com grande concorrência do povo. <f Christohe delle bautizado 3 e do Ce»
fe lhe dá teEimunho que o muy amado Filho de Deus he. 11 He atentado ’n»
deferto. 14 Prega em Galilea. 16 EchamaaSimaoeaAndré. 1$ Comotam-
bem a Jacobo e foao. 21 Enfina em Capemaum. li Lança fora hum efpirito
immundo. 29 Sara da febre a fogra de Pedro. 32 E a. toda forte de enfermos >
e endemoninhados. 35 Retira fe a hum lugar deferto a orar. 3S Saedaliapre-^
gar pelas aldeas vizinhas. 40 Purifica ahumleprofo, manda 0 calar emofirar'
fe ao facerdote.
Marc. y.y. '17 E diífelhes Jefus: Vinde apos my, e farei que fejães peícado-
Luc. 3:22.íes ? dehomens. I
C A P I T U I> O II,
I Prega Chrifto m Capernaum com grande concorrência do povo. 3 Trazemlhe
hum paralytico a quem os pecados perdoa e 0 fiara , provando afli contra os tf-
cribas 3 que lambem autoridade tinha para os pecados perdoar, 13 Chama a Mat-
theus da Alfandega. Come e bebe com os pMicanos j 0 que Jêrlhe licito prova,
18 Da razao i porque fieus Dificipulos entonces nao jejumavao, como os deJoaSj
e os dos, Pharifieos faziao. 23 E andando os Difiipulos arrancai efipigas ernSab-
bodo > Chrifio os defende contra a calumnia dos Pharifieos.
a4 E.difleraõ lhe os Pharifeos: Ves [fâ] ? Porque faze & o que * Ou,felos
em Sabbado naõ he licito ? femeados.
*5 E elle lhes diflè: Nunca leites l o que ‘fez David, quando k Exod. ao:
teve neceflidade, e fome, elle c os que com elle [fiM] ? .
26 Como entrou ’nacaíàde Deus, emtcmpodeAbiathar Summo g4®*
K Pon-
74 O S. EUANGELHO
Pontífice, e comeo os paens da propofiçaõ, quenaõhe licito co-
w Lcv. 14; mer? w fenaô a os Sacerdotes, e também deu a os que com elle
9* eftavaô? \
27 E dizialhes; O Sabbado por caufa d’o homem foy feito, naô
. o homem por caufa d’ 0 Sabbado.
* s‘r J2,: 2S « Am que 0 Filho d5 homem até do Sabbado he Senhor.
. 6: $.
Capitulo III.
I Chrisia a bmt beme de bua nwe feca, efrm que 0 Sabbado com a talo-
bra fevao profana, 6 Tem os Pharifeos e Heroaianos contra elle conjelho, de cu
jos ciladas fe efcapa, e acode a eSe bua grande multidão de todas as bandas ■> ie
que a muitos fira, e lançando a os Demoxiosfora , lhes defende, que 0 naÕ ma- '
nifedem. 13 Elege doze alpofiolos, 16 Cujos nomes fe relatam. II Seus pa
rentes por fora de fi 0 tem. 22 Blasfemao os EJcribas de feus milagres, dizen
do, que por Beelzebul os fazia, 0 que com diver/as parabolas refuta. 18 Enfina
que a blasfémia contra oEfpirito Saneio nuncaperdoadajerá. JI £ declara quem
Jua Mae, feus irmãos, e fuas irmaSs fejai.
4
SEGUNDO S. MARCOS. Cap. III. 15
e clamavam, dizendo, Tu es o Filho de Deus.
E elle * os ameaçava muyto, que o naó manifêftaffem. *Ou, Ibes
ij e E fubio a o monte, e chamou a fi a os que auis, e vieraó
a elle. /
14 E ordenou a os doze, pera que eíliveíTem com elle, e peraos
mandar a pregar: .tottM.
*5 E pera que tiveflem poder pera curarem as enfermidades, e 6:7.
lançarem fora a os Demonios. Lw. <$: 1 j.
10 Jeber\ a Simaó , [4 J pos por £/eárel nome
Pedro.
^17 E a Jacobo [fâf] de Zebedeo, e a Joaõ irmaõ de Jacobo, e
pos lhes por [fèíre] nome Boanerges, que he , filhos do trovão.
15 E a André, eaPhilippe, e a Bartholomeo, eaMattheus, e
a Thomas, e a Jacobo filho'} de Alpheo, e a Thaddeo, ea SimaÔ
o Cananita.
19 E a Judas Ifcariota, o que também o trahio.
ao E vieraó pera caia, e outra vez fe ajuntou acompanha, detal
maneira /que nem ainda podiaó comer paõ. fMatc.fr.
t ’ E como ifto ouviraó os feus, fairaõ a pegar delle > porque di- 31*
ziaõ: Eftá fora de fi.
E os Eícribas que aviaõ defcendido de Jeruíàlem, diziaó :
g A Beelzebul tem, e pelo Princepe d1os Demonios lança fora a os S^att^
Demonios.
E chamando os afi, diflelhes por parabolas: Como pode Sa-^jj-ó
tanás lançar fora a Satanás ? iOa. 8:48.
44 E fe algum Reyno contra fi mefino eftiver divifo, naõ pode o h Ma.tt.vz-.
tal Reyno fubfiftir. a5«
45 É fe alguâ cafa eftiver divifa contra fi mefina, naó pode a tal *qtd. aca-
cafa fubfiftir. bafe.
26 E fe Satanás fe levantar contrafimefmo, e eftiver divifo, naõ ia»
pode fubfiftir, porem*tem fim. *7-
47 í Ninguém pode roubar * o fato d’ovalente, entrandoemfua 0i
cafà, ^fe antes naó amarrar a o valente: e entonces roubará ^kcei.zti^.
cala.
a8 Em verdade.vos digo, lque todos os pecadosferaõ perdoados 25.
a os Filhos d’os homens, e toda forte de blasfémias com que blas- Matth.11:
femarem: 3L
49 ® Porem qualquer<jue blasfemar contraoEfpiritoSanâo, pera * ;**'
fempre naó tem perdaój mas culpado he do eterno juizo. miioa e
K a 20 Por- ix.
7t OS. EUANGELHO
3» Porque diziaõ: Efpirito immundo tem.
vMatt.iv; 31 » Vieraõ pois feus írmaõs efuamaêj ceftandodefora, *man-
46- dáraõ o chamai
*Ou. eX. 31 ^.a compra eftava affentada a 0 redor dMIej e diflèraólhe:
graiaelle'e Ve&qui tua maé, e teus irmaõs te bufcaõ lá fora.
chameraèr M E elle lhes refpondeo, dizendo, Quem he minha maé, ou
meusirmaós?
34 E olhando d’o redor pera os que a o redor d’elle aflentados efta-
el4>«õ i5: vaÕ, diíTe: Vedes aqui minha maé, e meus irmaõs.
14. 35 0 Porque qualquer que fizer a vontade de Deus, efle he meu
zco-,$■: irmaõ, e minha irmãa, e \minha\ maé. ♦
16., 17.
Capitulo IV.
1 DeclaraChriJlo com diverfas parabolas o eflado do Reyno dos Ceos, primeíramen-
te com a dofemeàdor, cujafementecahioemdiverfos lugares, lo Da razaõpor
que por parabolas fala, 14 E explica em particular a feusDiJcipulos aprecedente
parabola. 21 Dejpoiscom adacandea, que fe poemfibreo candieiro. 24 Cedia
da medida com que fe mede. 26 Com a da femente que pouco a pouco madurece.
30 E com a do graõ da moftarda. 3$ Rafa com feus Difcipulos 0 mar, e dor-
miúdo elle no barco, 0 dejpertao, e aplaca atormenta.
• •
C A P 1 T U L O VI.
J
Capitulo VIL
> Reprendem os Pharifeos e Efcribas a òs Difcipulos de Chrifiòpor comerem com
mads for lava*. '6 A bs quaesChtifio defende / e reprende a kyfocrifia dos Pharifeos *
em fuas exteriores lavaduras. 9 Regeita as tradiçoens humanas j prwcipalmen*
te na explicação do quinto mandamento. 14 Enfina que he 0 que propriamente a
o homem contamine ou nao. 14 Lança a hum D emonio fora da filha de hua
Slher Syrofhenifa. JI jS fara a hum furdo e tartamudo* yj Polo que hemuy
vado.
Capitulo VIII.
I Dd Chrifio de comera quatro mil homeiis comfetepaensebunspoucos.de peixinhos*
II Refuja dar a os Pharifeos final algum do ceo. 14 Avifa a feus Difcipulos
que Je guardem do fermento dos Pharijeos e do de Herodes. 22 Dd viffaahuw
cego. 27 Diverfas opinioes dos Judeos a cerca de Chrifto, e a confijfao de Pedro*
de como Jefus era 0 Chrifio. 31 Prophetiza fua paixao 4 morte * e refurreiçaí,
J2 Reprende a Pedro, pqjo querer defuiar de padecer. 34 Rxhortaatodos os que
Jeguir 0 quiferem4 a que fua cruz jobrefi tomem * afimejmos fe neguem > e* por
temor nenhum j d1*3elle* nem de Jua doutrina fe envergonhem.
5 hWW *
e
SEGUNDO S. MARCOS. Cap.VIII.
aí E mandou o pera fuacafa, dizendo, Naô entres ’na aldea,
nem ’na aldea o digas a ninguém.
17 1E fahio Jefus e feus Diícipulos para as aldeas de Cefarea de l
Philippe. E ’no caminho perguntou afeus Diícipulos, dizendolhes, T^\
Quem dizem os homens que eu fou?
z8 E elles refponderaõ; m Joaõ baptifta 5 e outros Elias > e outros
algum dos Prophetas. xMattj.6:
| a? E elle lhes diíle: Porem vos outros, quem dizeis que eu fou? 16.
i E refpondendo Pedro, diflelhe: » Tu es 0 Chriíto.
30 E ameaçou os que d’elle a ninguém [aquiUo j difleflem. oMatt. 16:
^^31 0 E começou a enfinar lhes, que importava queoFilhodoho- dj*'
mem padeceífe muyto, e foíTe reprovado d’os Anciaõs, ed’osPrin- eao-18*
cepes d’os Sacerdotes, e d’os Eícribas, e foíTe morto, e deípoisde Marct-.ii
tres dias refufcitaíTe. «10:33.
32 E livremente dizia efta palavra. E tomando Pedro comfigo Luc.y.ii.
começou 0 a reprender. . «18:31.
33 Masvirandofe elle , e olhando pera feus Diícipulos, repren- ,
deu a Pedro, dizendo, Arreda te de diante de my, Satanás: por- ■
que naô comprendes as coufas que faó de Deus , fenaõ as que faó q mJíí.io:
dos homens. 38.
34 E chamando a fi á companha [ iimtamewte J com feus Diícipulos, «16:24.
diííe lhes: j Qualquer que quifer vir apos my, neguefea fi mefmo,Luc- 9:23’
c tome fua cruz, e figame. zmIwiÓ-
35 r Porque qualquer que quifer falvar fua vida, perdelahá; mas
qualquer que perder fua vida por amor de my, e d’o Euangelho, f i6;2$.
eflè a íãlvará. L««. 9:24.
36 Porque, que aproveitaria a 0 homem, fe grangeaíTe todo o «i7-33-
mundo, e perdeífe fua alma?
37 Ou que dará 0 homem f por * refgate de fua alma? *(> /$
38. t Porque qualquer que ’nefta geraçaõ adulterina e pecadora tura3w>rê- ♦
/ M
✓
o S. E U A N G E L H O
%
C A P I T U L O IX.
I Transfigura fe Cbrifio no monte em prefinçaãe Mofes e Elias > edáfeteftmsmhr
de como elle he Ç Pilho de Deus. II Enfaa que Joaò bapttfia he o Elias que
avia de vir, 14 Lança fora a hum Demonio mudo efado. 18 0 que feusDi-
fiipulos fazer naÓ puderdó. 28 A caufa porque vao. 3 1 Prophetiza fuapaixao,
morte * e refareiçao. 33 Exhorta a feus Difcipulos d humildade > com 0 exem-
pio de hum menino, 3S AW quer que impidam a hum 3 que em feu nome lan~
çava fora aos Demonios, 41 Promete galardaõ a os que a os feus 0 minimo bene- |
feio fizerem* 42 Ameaça com grandes cafigos aos que a algttemefcandalizarem* .
43 Enfna que tudo evitar devemos quanto nos pode efcandahzar > e a falva* >,
çam impedir. Ço JS amoefia a em nos mefinos fal termos a e paz os hwns cotn^jff^
outros.
1 a FYizialhes também: Em verdade vos digo, que alguns ha dos
que aqui eftaõ, que a morte naõ goíiaráó, até que vifto naõ
íó.ajam que oReyno de Deus com potência vem.
2S. 2 h E feis dias defpois, tomoujefus com figo a Pedro, eajacobo,
L«r. 9:27 e a Toaó, e levou os a partefoos ahummonte alto: e transfiguroufe
d elles. F _ °
Tm. p z?: $3 E feus veftidos
veitidos fe tornaraõ refplandecentes, muy brancos como
a neve, quaes lavandeiro'os naõ pode branquear na terra.>
4 E * apareceu lhes Elias com Moyfes, eê fallavaô com Jefus.
5 E refpondendo Pedro, difleajefus: Meftre, bom he que nos
* Ou ,/ày eftejamosaqui, e fiiçamos ficamos tres cabanas, pera ty huã, e pera
perâ Moy-
delles vifto fes huã, e pera Elias huã.
**Ou ffrora' 6 Porque naõ fabia o que dizia, que eftavaõ * aflombrados.
de ff ou > 7 E * aeceo huã nuvem que os cobrio com fua fombra, e veyo
muy atemo
rizados.
huã voz .d’a nuvem que dizia: c Efte he o meu amado Filho i d&
*Gr% elle ouvi. I
Warc _ íZ-í
Luc. 3:22. tos refulcitaffe.
f 9 3V. 10 E elles retivéraõ * o cãfo entre fi, perguntando hunsaosou-
Col I:13. tros /S, que feria aquillo, refufeitar dos mortos ?
2P6ÀKI7. 11 E perguntarão lhe, dizendo, Porque dizem os Eícribas,/que.
a Deut. 1$ ‘ he neceflàrio que Elias venha primeiro ? \
19. n E - ........................
“ refpondendo elle, dâfelhes... : Em verdade primeiro Elias
eMatth, vira, e todas as coufas reftaurará, [*], £ como d’o Filho d’oho-
a 17/ . 9-
y. 7
mem \
Luc. 9:36.
f Ou,afalavra. fMal.<: II*. X: Dm. %&
SEGUNDO S. MARCOS. Cap. IX. n
mem eítá efcrito, [tmm ] que muyto padeça, e aniquilado feja.
Porem eu vos digo, que ja Elias ne vindo, efizeraólhe tudo
o que quiferaó, h como d’elle eftá efcrito. hMal. 4;
*4 È como veyo a os Difcipulos, vio grande companha ao redor -
d’elles, e [afame} Efcribas que com elles porfiavaõ.
15 E logo toda a companha, vendo 0, feefpantou, e correndo
a elle íàudaraô o.
E perguntou a os Efcribas: que com elles porfiaes ?
17 »Erefpondendo hum d’a companha, difle: Meftre, trouxe te» ^«.17;
meu filho, que tem hum eípirito mudo. I4»
8 E aonde quer que o toma, odefpedaça, e efcuma ío ], ^*í,89:37'
e range os dentes, e fe vae fecando: e difle a teus Difcipulos, que $ ‘
o lançaflem fora, e naó pudéraó.
19 Ereípondendo lhe elle, difle: O geraçaó incrédula! até quan
do eftarei ainda com vofco ? Até quando vos hei ainda de foffer ?
Trazeimo.
a» E trouxeraó lh’oj ^ecom00vio, logo o eípirito o*defpeda- .1:
çou, e caindo em terra, efpojavafe efcumando [feia boca}.
ai E perguntou a feu pae: Quanto tempo ha que ifto lhe fobre-
veyo? E elle lhe difle: Defde meninice.
ti E muytas vezes 0 lançou também ’no fogo, e ’na agoa, pera
o deftruir; mas fe podes alguá coufa, ajuda nos, movendo te ain-
tima mifcricordia de nos.
iJ E Jefus lhe difle: Se podes crer, l a o que cre tudo he pof^j^T?/.’
fivel.
14 E logo 0 pae d’o menino clamando, com lagrimas, difle:
Creyo, Senhor, ajuda minha incredulidade.
25 E vendo Jefus que a companha concorria, reprendeuao eípi
rito immundo, dizendolhe, Eípirito mudoefurdo, eu te mando ,
íae d’elle, e naó entres ’nelle mais.
26 E clamando, e defpedaçando o muyto, íàhio; e ficou [1
nixo} como morto, de tal maneira que muytas diziaó que
ÍDOITO.
27 E tomando o Jefus pela maô, ergueu o, e elle fe levantou. _ *17» 2*.
28 í» E como entrou cm cafa, feus Difcipulos lhe perguntáraó á «20:18.
marte: Porque o naó pudemos nos lançar fora? Marc.S-f.
F 29 Ediflelhes: Eftegenero, com nada pode fair,fenaó com ora- €l®: 33*
yçaõe jejum.
/ 30 n £ partidos d’ali, caminháraó por Galilca, c mç queria que
> alguém o foubeflè. M* 31 Por-
OS. EVANGELHO
31 Porque enfinava a feus Difcipúlos, e dizialh.es: O Filho do ho
mem ferá entregue em maôs dos homens , e mataloaô •> e morto el-
le, refufcitará a 0 terceiro dia.
31 Mas elles*naô entendiaô eíta palavra, e temiam perguntar
lhe.
18:1. 33 E veyo a Capernaum, e entrando em cafa, perguntoulhes:
^•9*46. Que arrezoaveis entre vos- outros pelo caminho ?
e^:i4. 34 Mas elles fe calaraõ 5 porque os huns com os outros aviaõ con- 1
tendido pelo caminho de qual [d’elles] o mayor [avia de fer}.
? Matt, 2o*v. 3f E fentandofe elle, chamou a os doze, e diflelhes : / Se a™~
V* guem quifer fer 0 primeiro, o derradeiro de todos ferá, ede todos
Marc. lo*
o miniftro.
A43’
f Mr.77.Io* 36 E lançando maó de hum menino, pôlo ’no meyo d’elles, f e l
16. tomando 0 entre feus braços , diflelhes:
Maith 37 r Qualquer que em meu nome a hum d’os taes meninos receber,,
, ^s’
a my [me] recebe j e qualquer que a my [me] receber, naô [me]
^■9:48. recebe a my, fenaó a 0 que me enviou.
■fo*. 13:20.
í"Luc.
■ 3s /E refpondeulhe Joaõ, dizendo, Meftre, temos viâoahum,
s‘49* que em teu nome lançava foraaosDemonios, oqualnaónos fegue;
n e defendemos lho, porque nos naô fegue.
ix; í porem Jefus difle : Naô lho aefendaes 5 porque ninguém
ha que faça * milagre em meu nome, e logo de mymalfallar
poflà.
40 Porque quem naóhe contra nos, por nos he.
“ 41 Porque « qualquer que hum púcaro de agoa cm meu nome a
42. beber vos der, porque [ty/fyufoe] de Chriíto fois, em verdade vos
digo que nam perderá feu galardaõ.
x/íitf.iS: 41 x E qualquer que efcandalizar a hum deites pequenos, queem
Lut iy 1 my crem > melhor lhe fora que a o pefcoço huã * mó lhe puferaô,
-Ou,pedra e 9iue ’no mar lançado fôra.
de moer. 4?}' E fe tua maó te efcandalizar, corta a; melhor te he entrar
yDeut.iy. ’na vida aleijado, do que tendo duas maós, ir aoinfemo, ao fogo
6.
z que nunca fe apága.
44 »Aonde feu bicho naó morre, e feu fogo nunca fe a-
X 66: FT r
M a I E
94 OS. EUANGELHO
8 E feraõ os dous huá carne: affi que ja naõ faõ dous,
. ; fenaõ huã carne.
* 1-ío‘7 9 e P°rtant0 0 9ue Deus ajuntou, naõ [»] aparte o homem.
fMatth.y. 10 E em cafa*lhe tornáraó os Difcipulos a perguntar ácerca d’iíto
32. mefmo. '
«19:9. 11 Ediflelhes: Qualquer que deixar a fua mulher, e fe cafar
Luc.i6:is.com outra, contra ella adultera.
1 f5‘7:l0’ 12 /E fe a mulher deixar a feu marido, e fe cafar com outro, a-
Capitulo XI.
I Faz Chrifto fua entrada em Jerufalem affentado fobre hum afho. 8 He aceotm-
panhado erecebido com parabéns do povo, como Mefllas. 12 Amaldiçoa hua fi
gueira por nao ter fruito. 15 Eança fora a os que no Templo vexdiao ecompra-
vaõ. 20 Louva a força da fé. 24 Amoefia a que orando creamos, eaoproxi-
mo perdoemos. 27 Rejponde á pregunta dos Efcribas , acerca de com que au-
thoridade aquellas confias fazia ■, pergpmtandolhes 0 que do Bautifmo de fatié
fentiaõ.
1
oMatth 1 a F, Como ja chegaraó perto de Jerufalem, em Betphage e Bca
^thania, a o monte das oliveiras, mandou dousdefcusDifci-X
Luí. 19:29. pulos,
» E
SEGUNDO S. MARCOS. Cap.XI.
2 E diflelhes: Ide á aldea que em fronte de vos eftáj e logo, em
’nella entrando, achareis hum poldro liado, fobre 0 qual nenhú
homem fe tem affentado j foltae o, e trazei 0.
3 Efe alguém vos difler: Porque fazeis iíTo ? Dizei, que o Senhor
0 ha mifter, e logo 0 mandará para cá.
4 E foraó, e acháraõ 0 poldro liado á porta, fora, entre * dous •>
caminhos, efoltáraõo. ncnwll».
5 E alguns dos que ali eftavaõ lhes difleraõ 5 Que fazeis foltando ria‘
a o poldro?
6 Porem elles lhes difleraõ, como Jefus tinhamandado, e
xteixáraó os ir.
7 E trouxeraÕ o poldro a Jefus, e lançáraó c fobre elle feus ve- èioa.izt
ftidos, e affentoufe fobre elle. 14,
8 E muytos eftendiaó feus veftidos pelo caminho, eoutros corta- czRey. 2:
vaõ ramos d’as arvores, eefpalhavaõ os pelo caminho. I3-
9 E os que hiaõ diante, e os que feguiaô, clamavaõ, dizendo,
Hofanna, bendito 0 que vem em o Nomed’o Senhor. *
10 Bendito o Reyno de noífo Pae David, que vem em o Nome *
d’o Senhor 5 Hofanna em as alturas. - -
n « E entrou Jefus em Jerufalem, e’noTemplo $ eavendovifto eMatt.n;
tudo a o redor, e fendo ja tarde, fahiofe pera Bethania com os _ I2j I4-,
doZC. |
i- /E 0 dia íêguinte, faindo elles de Bethania, teve fome.
13 E vendo de longe huá figueira que tinha folhas, veyo [a wj 18.
íc nella alguá coufa acharia: E chegando a ella, naõ achou fenaõ
folhas j porque náó era tempo de figos.
14 E refpondendo Jefus, diílelhe: Nunca de ty coma ninguém
mais fruito pera iempre. E ifto ouvrraó feus Difcipulos.
15 E vieraõ a Jerufalem: z e entrando Jefus’noTemplo, come-S
çou a lançar fora a os que ’no Templo vendiaõ e comprávaõ: e w-
traftornou as mefas dfoscambiadores, eas cadeiras d’os quevendiaõ
pomoas. hMatt.il; 1
16 E naõ confentia que alguém vafo [algum J pelo Templo levaflè. 13. '
17 ®E enfinava, dizendolhes, Naõ eftá efcrito, f Minha caía, Lm. 19:46.’
caía de oraçaó fera chamada de todas as gentes? h Mas vos outros a iiRfy 8; !
tendes feito cova de fâlteadores. r»
18 E ouviraõ os Efcribas e os Princepesd’osSacerdotes, c
/ íbufcavao como o matariao? porque o temiao, porquanto toda a
companha citava eípantada acerca de fua doutrina.
N 13 E
4
4»-
f
9i OS. EUANGELHO
19 E como ja foy tarde, fahio fe fora da cidade.
20 E paflanao pela manhaã, viraõ que a figueira eftava feca des-
das raizes.
a. thMg- *
lre, 21 E lembrandofe Pedro, diflelhe: *Rabbi, vefaqui a figueira,
que amaldiçoafte, fe fecou.
■ Ou 22 E reípondendo Jefus, diflelhes: Tende fé * em Deus.
ip? Porque em verdade vos digo, que qualquer que diíTer a efte
’’ monte; Alçate, e lançate ’no már: e naó duvidar em ieu coraçaõ,
mas crer que fe fará o que diz, tudo o que difler, fe lhe fará.
24 Portanto vos digo, » f^»? j tudo 0 que orando pedirdes, cre-
? 1^.29: de que recebereis, e* vir vos ha.
12. 25 - --
- * eftiverdes
JL L» —4 -Z
Capitulo XII.
I Com a parabolada vinha arrendada a hums lavradores > que a os ferves e filho
do Senhor delia maltratai e mataõ, denuncia ChrisloaosjhdeosJua reprovação,
e total ruyna, 13 Refponde á pregunta, fe era licito a Cefar tributo dar. 18 Co
mo tombem á dos Sadduceos, acerca da mulher que fete maridos tivera > e prova
contra elles, a verdade da refurreiçao dos mortos, 28 Declara- qual[eia omayor
mandamento da Ley. 35 Enfina que 0 Nlsfas he. nao fo Pilho porem também
Senhor de David. 38 aivija a feus ouvintes que fe guardem da ambiçaõ ehy-
pocrifia dos Efinbas. 41 E louva a pequena ejmola da hud pobre viuva.
’1’ ’ 25 È acerca dos mortos, que ajaõ de refufcitarj naõ tendes lido
’no livro de Moyfes, como Deus lhe fallou em a çarça, dizendo,
lExod. 3 -.6.1 Eu fou o Deus de Abraham, e o Deus de Iíaac, e o Delis de
^✓^2 (T J 2 **•
Hebr ii: 9UC muyto erraes.
' 28 »E vindo a elle hum dos Efcribas, que os ouvira contender, íà-
viMatti,. bendo que lhes tinha bem refpondido, perguntoulhe: Qual de todos
. 22:34. he 0 primeiro mandamento ?
* SEGUNDO S. MARCOS. Gap. XII. wi
• -
Capitulo XIV.
1 Bufcao os Printepes dos Sacerdotes e os Efcribas oportunidade para matar aChrt*
fio. 3 Urge o huã mulher em Bethania 3 o que em fèu favor Chrifto defende,
lo Judas 0 vende por certaforna de dinheiro a os Princejps dos Sacerdotes. U Faz
aparelhar a PafchGa» e juntamente comfeus Difápuloscome. IS Defcobre a trei-
çao de Judas, 22 Infitue fua Sanfâa Cea. 31 Prediz a feus Difcipulos feu
efpargeinento > e a Pedro fua caida* 3 2 Começa fua paixao com grande angustia
em hud horta j e ora a feu eterno Pae. 37 Èxhortando juntamente a feus Dh
fcipulos a vigiar. 43 Judas 0 entrega com hum fingido beijo. 46 E os Judeos 0pren
dem. 47 Polo que Pedro a orelha a hum d’elles corta. $0 He dos feus defem-
parado. 53 Perante 0 conjelhodos Judeos levado. 56 Defalfostejlimunhosac-
cu/ddo' 60 Do Summo Pontífice examinado. 63 Como hum Blasfemo d morte
condenado ? e injuriofamente tratado. 66 Pedro tres vezes 0 nega^ e amargoja-
mente fua caiada lamenta.
a Matth.
26:2.1 1 * J7 d’ali a dous dias era a Pafchoa, e [afefta dos paens] afmos>
Luc. 22: L ^e bufeavaô os Princepes dos Sacerdotes e os Efcribas [modo em]
loa. 11:55* como (poncom cautela o prenderiaõ e mataríáõ.
4’i3;Í. 2 Diziaó porem : Naõ na fefta3 porque por ventura naófe faça
bMattb. alvoroço entre o povo.
26:6^ 3 bÊÉ eftando elle em Bethania em cafa de Simaó o Leprofo, af-
I^irz" fcntado C* veyo huã mulher que tinha hum vafo de alabaftro
. xa., de unguento de nardo puro de muyto preço, e quebrando o vafo
de alabaftro ? derramoulho Àobxe a cabeça. ‘ . $E
SEGUNDO S. MARCOS. Cap.XIV. io?
4 E houve alguns que \d’MuíUo~\ emfimelmos fe indignáraó, edif-
ferao: Peraque fe fez eíta perdição d o unguento-’ .
4 5 Porque [tem] fe podia ifto vender por mais de trezentos dinhei- :
ros , e darfe a os pobres. E bramávaõ contra ella.• • •
6 Porem Jefus difle: Deixae aj porque a moleftaes ? Boa obra
me tem feito.
7 c Que pobres, fempre cõ vofco tendesj e quando quifer- cDeut.i^,
des, lhes podeis fazer bem: Porem a my, fempre me naõ tendes. JI*
I 8 Efta, o que podia fez: A Ungir meu corpo fe adiantou, pera
T_freparaçao de miwha~] lepultura.
9 Em verdade vos digo, que aonde quer que em todo o mundo
efte Euangelho fe pregar, também o que efta fez, emfuamemória
dito ferá.
10 Judas Ifcariota, humdosdoze, fefoya os Princepes àôsdMatt.tá
Sacerdotes pera lh’o entregar. '
it E elles ouvindo [o], folgáraôj e prometerão de lhe dar di- w*2,2,4’
nheiro ; e bulcava como a tempo oportuno o entregaria.
ii.«E o primeiro diafd’os Çpaeas] afmos, quando íàcrifiçávao
cordeiro da\ Pafchoa, feus Difcipulos lhe diflèraõ: Aonde queres
que vamos aparelhar pera comeres a Pafchoa? " fExodii'
iv E mandou dous de feus Difcipulos, e diflèlhes: Ide ácidade, j?t ’
e,encontrarvos há hum homem , que leva hum cantaro de agoa, 1
fegui o.
14 E a onde quer que entrar, dizei a o Senhor da caía: O Meftre
diz; Onde eftá o apoufento a onde hei de comer a Palchoa com
meus Difcipulos ?
E elle vos moftrará hum grande cenáculo, ernado, ] apa
relhado 5 ali nos aparelhae.
i6. Eíãiraô feus Difcipulos, eviéraó á cidade, e acháraó como
lhes tinha dito, e aparelháraô a Pafchoa.
17 g E vinda a tarde, veyo com os doze. gMatt aó:
18 E como íè aíTentaífem [d mefa->'\ ecomefiem, diíTe Jefus: Em xa-ij.,
verdade vos digo, ^que hum de vos outros, que comigo come,
me ha de trahir. . . ^£1:17.*
19 E elles fe começáraõ a entriftecer, e a dizer lhe hum apos ou
tro: Por ventura 1’ou eu? E outro: Por ventura fou eu?
19 Porem refpondendo elle, diffelhes: Hum dos doze [6? J, que
comigo’no prato molha. i - I
-i Em verdade o Filho d’o homemvae como d’ellecfcrito eftá: '* 4 j
•j
O mas
w OS, EVANGELHO
mas ay dPaqttelle homem porquem 0 Filho do homem he trahido:
Bom Hiê fora a 0 tal homem naô aver nacido.
?.i i E comendo elles, tomou Jefus 0 paôj ebendizendo, partio
o, e deu lho, e«diífe: Tomae, comei, ifto he 0 meu corpo.
23 E tomando o copo, edádo graças, deu lho5 e bebéraõ delle
todos.
24 E diflelhes: Illo he o meu Cangue, [0fingue"] d’onovoTefta-
menta, que por muytos he derramado.
25 Em verdade vos digo, que naõ beberei mais d’o fruito de * *
vide , até aquelle dia, quanao novo o beber em o Reyno de
Deus.
26 E como cantáraô 0 Hymno, fairaó íe a 0 monte das Oli
veiras.
kMitt.zó: 27 £ E Jefus lhes diffe: Todos vos outros efta noite em my vos
jl» __ J.v___ _________
efcandalizareis 5 porque > a - __________________ __
efcrito eítá: ZAopaíior ferirei, e as ovelhas
Ics 16: H
l Zacht 1, 3; derramadas feram.
7- 28 m Mas des que aja refufcitado, vos irei diante a Galilea.
m Mfitth. 29 E Pedro lhe diffè: Ainda que todos fe efcandalizaflem, naõ
26: 32. porem eu.
e 28* Io. 30 n Ediffelhejefus:. Em verdade te digo, que hoje, ’nefta noite,
nMatr 26:l antes que 0 galo duas vezes cante, me negaras tu tres.
31 «Mas eíle muyto mais dizia: Se com tigo morrer me impor-
34>
■' 1, em maneira neríhuã te negarei. E todos diziaõ também da
jUc.22.-34- tara
loa I3.38. mesma maneira.
oloa 13: 32 ' E vieraõ a 0 lugar, cujo nome era Gethfemane, edifleafeus
37- Diícipulos: AíTentaevos aqui até que ore.
pMart.16: 33 E romou com figo a Pedro, e a Jacobo, e a Joaô, e come
36
jUc22:J 9. çou a fe elpavorecer e a muyto anguftiar.
loa.1%: 1. 34 E dilTe lhes: 5 * Totalmente eftá minha alma trifte até a morte.
y los. 12: Ficae vos aqui, e vigiae.
37 f E indofe hum pouco mais a diante, poftroufe em terra 5 e
♦Ou, orou, que, fe foífe poffivel , paílàflè d’elle aquellahora.
teMs as 36 Edifié: Abba, Pae, todas as couíàs te faô poffiveisj Tras-
banâdi,
yLm 22:
pafla de my efte copo 5 j Porem naô o que eu quero, fenaóo que tu
41. f jw/êrer. J
floa ó jS 37 t E veyo, e achou os dormindo s ediflèa Pedro: Simaõ, dor-
t Matt. 26 mes ? Huâ hora vigiar naô podes ?
r.,0-,. 5S Vigiae, e^orae, paraque naô entreis em tentaçaõ :* o efpirito
em verdade prómpto masacarne j fraca,
* 6 *5, '* 39 E
SEGUNDO S. MARCOS. Gap. XIV. A$7
g> E tornandofe a ir, orou, dizendo as mefinas palavras., ; >
40 E tornando , achou os outra vez dormindo j porquefcusolhos .
eftávaõ carregados, e naó fabiaõ que refponder lhe. >
41 E veyo a terceira vez, e diflclhes .\ Dormi jaê defcanfae. Ba
ila, vinda he a hora. Eis aqui o Filho d’ò homem he entregue em
maõs dos pecadores.
41 Levantae vos, vamofnos: Eis que o que me trahe, cftá
perto.
42 xE logo, fallando elle ainda, veyo Judas, que era hum dos xMattifc
doze, e com elle muyta companha, com efpadas e baftoens, de 47. .
parte d’os Princepes dos Sacerdotes, e dos Efcribas, e d’os
C API-
SEGUNDO S. MARCOS. Cap.XV.
e69:21 falvou
f 2 . 1, a fi melmo falvarfe naó pode.
e 109:2$. 32 O Chrifto, o Rey de Ifraèl, defeenda agora da cruz, pera
Mattel'*
que o vejamos, e [<?] creamos. Também os que com elle eftavaõ
Lw 2'2:3$.crucificados, o injuriavaó.
rl«* Z;1?. 3? TE
SEGUNDO S. MARGOS. Cap. XV. ni
3? /E vinda * a hora fexta, foraõ feitas trevas fobre toda a terra,
até a * hora nona. : _ 4^'...
?4 E á hora nona exclamou Jefus com grande voz, dizendo,*^, *a l
rELOI, ELOI, LAMMA SABACHTHANI 4 que
* traduzido, he, Deus meu , Deus meu , porque me defempa-»Óu, ds
rafte? tresdatar-
3? E ouvindo [0] huns d’os que ali eftávaô, diziaó : Eis que a^'
Elias chama. . ,
3á u E correo hum, e encheo de vinagre huá efponja, epondo a1
emhuácana, davalhe de beber, dizendo, Deixae, vejamos fe vi- *Ou'dec!a-
rá Elias a tirálo. rada, quer
37 EJeíus, dando hua grande voz, eípirou. . ' diw.
38 x Eovéo do Templo le rafgou em dous d’alt’abaixô. uPf6wz.
39 7 E o Centuriaó que ali em fronte d’elle eftava, vendo queafli ííW«*9'2’9«
clamando efpirára, diife: Verdadeiramente Filho de Deus eraefte*4,.^2*
homem. Mattb.vjt
40 z E também ali eftavaõ [ alyãs j mulheres a olhando de longe, 51.
entre as quaes eftava também Maria Magdalena, e Maria maê de Ja- Luc.zwÇ*
■ cobo o menor e de Joies, e Salome. yM.att.Z']',
41 As quaes também, teftando elle em Galilea, o feguiaõ, e í o
ferviaõ, c outras múytas*, que com elle tinhaófobido a Jerufalem. ^^«17:
4i ‘ É vinda ja a tarde, porquanto era a preparaçaõ, queheo*” '
anteSabbado: Z«r.aj4».
43 Veyo Joíephde Arimathea, Senador honrado, que também a Pf.tf-.iz.
efperava o Reyno de Deus, e ouíàdo entrou a Pilatos, e pedio qI>Luc.^:z>
corpo de Jeius. m’ •
44 E Pilatos fe maravilhou de que ja foífe morto. E chamandoc
a fi a o Centuriaó, perguntoulhe fe ja era morto muyto avia.
45 E avendo o entendido d’o Centuriaó, deu 0 corpo a Joíèph. Jm.i? 38.
45 O qual comprou hum lençol fino, e,tirando o [da cruz]) en
volveu o ’no lençol fino, d e pôlo em humfepulcro lavrado em huã/MtfAií:
penha, e revolveo huá pedra a porta do fepulcro. 4°.
47 E Maria Magdalena, e Maria [wêjdejofes, olhavaôaonde
o Punhaõ. .
0 S. EUANGELHO
Capitulo XVI.
I Vem as mulheres a o fepulcro a upgir a o Senhor, 4 Achai a pedra revolvida.
5 Hum Anjo ds informa como ja dos mortos refufcitára. 2 Aparece a Maria
Magdalena. Io A^ual da as novas a os Dijcipulos 3 porem elles naõ 0 crem»
12 Aparece também a dous delles no caminho. , 14 E finalmente também a os onze y
a os yuaes manda a pregar e bautizar por todo 0 mundo, 17 Promete qv,e a os
crentes vários Jinaes feguiriao. 19 Sobe a 0 ceo, 1Q E executaõ os Aptâolof
projperamente 0 aue Chrifto lhes mandara..
JESU CHRISTO
SEGUNDO
S. LUCAS.
Capitulo I.
I O prologo de Lucas tocante a feu Evangelho 5 A linhagem e vida de Zacha
rias e Elifibeth. 8 Aparece hum Anjo aZachariasino Templo, 13 O qual lhe
ptediz a conceição e nacimento de Joaoy cujo minifierio defireve, 18 Emmudece
Zacharias em pena- de fia incredulidade* 14 Concebe Elijabeth. XÓ Denuncia
0 Anjo Gabriel Á virgem Maria que por obra do EJpirito San&o a 0 Pilho deDeusc
conceberia e pariria. J 9 a Elijdbeth que com alegria a recebe3a louva3e a bendiz.
46 Da Maria graças a 0 Senhor com hum Cântico de louvores* Pare Elifi
beth hum filho A 0 qual circuncidado » chamaõ Joao 64 Defemmudece
o Zacharias e canta a 0 Senhor hum Cântico , Prophetizando do Minifterio de
Chrifto, e de Joaoy feu Precurfir. 80 Que nodefirto crece^ e em EJpirito he
co?/firtado*
i *
36 E vefaqui Elifabeth tua prima também tem concebido hum
(
* 4 4 « ~ < «í >1 • 4T
„f' 11 filho em fua velhice 3 e efte he o feifto més d’aquella, que a efteril
Xl rOT» l. u . 1 / x u
/iâí4i-2. chamada éra.
era.
ler. 3 2:17. 3 7 / Porque nenhuã coufa ferá a Deus impofllvel.
Z.;<-AS:6 3 8 Entonces difle Maria: Eifaqui a ferva ao Senhor 3 * cumprafe
19 26 cm my fegundo tua palavra. E 0 Anjo íe partio d’ella.
*o’Jf27' ElevantandofeMarianaquelles dias, foyfe aprefuradamentc
Ou- fa^a montanhas a ^uã cidade de Juda.
E
SEGUNDO S. LUCAS. Cap.f. u7
■40 E entrou em caía de Zacharias, e fundou a Elifabeth.
44 E aconteceo que como Elifabeth ouvio a laudaçaô de Marí*f
faltou a criança em feu ventre, e foy Eliiabeth chea d’o Efpirit» s
Sanâro. . • •/ '
4a E exclamou com grande voz, e diífe: Bendita tuentreas s-
:C &
C A P I T U L 0 II.
» *.*£■ •'
denunciado. 13 Polo que os exércitos celeftiaes a Deus com httm cântico louvai). I?
Pajfaí ns pafores ate Bethlehem a ver a 0 menino; e divulgando 0 que lhes fora,
dito > fe torniao. 21 He 0 menino circuncidado > chamado JESVS, 22 E W
Templo aprefentado. 25 Aonde Simeiõ em feus braços 0 toma, e louvando a Deus*
Jelle prophetiza. 36 Como também'Anna a Prophetijfa. 41 VaeChrtâo > fen
do de idade de d’>ze annos , com Jeus paes a fenfalem. 45 Achai 0 entre tem
os Doutores ‘no Templo. 51 Toma fe aNazareth, eftajugeito a feus paes 3 e
vae crecendo em fabedoria> em eft atura , e em graça,
1 •
e deitou o ’1na manjadoura
• ’ " lugar na dMatth,!'
porque naó' avia pera elles
eftalagê. 25.
S E avia paftores maquella mefma comarca, que eftávaõ’no cam
po, e guardavaó as vigias da noite fobre feu rebanho.
9 E eis que o anjo do Snor veyo fobre elles, ea gloria doSenhoir
os cercou de refplandor, e teméraô com grande temor.
10 E o Anjo lhes diflè: Naotemaesj porque, vedes aqui vos dou
novas de grande gozo, que ferá para todo o povo:
11 Que hoje vos he nacido o Salvador, que he Chriftoo Senhor,
’na cidade de David.
12 E ifto vos ferá £/><”■] final: Achareis * o menino envolto cm
cueiios, deWonainanjadowsL
ii E
r^‘ »•
O S. EUÁNGELH.O
j; E ?no rnefmo inftante houve com o Anjo ehuá multidão dí
• j0. - -- , que -louvavaó- a Deus
f,exércitos celeftiaes ~ “:
e diziaõ
cu *■< Gloria em as alturas a Deus, /e na terra paz, [e] a os ho
ftyy-vr*
19. mens boa vontade.
Ephef. 2: j 5 E aconteceo que como os Anjos fe partiraõ delles para o ceo,
í diíTeraõ os paftoreshunsaosoutros: Pafièmos pois até Bethlehem c
* Gr. efla vejamos * ifto que fucedeo, e o Senhor nos notificou.
f alvura. 16 E vieraó aprefuradamente, e acháraõ a Maria, eajofeph, e
a 0 menino deitado ’na manjadoura.
17 E vendo jj], divulgáraó a palavra que acerca d’o menino lhes
avia fido dita. ‘ -
18 E todos os que a ouviraõ, fe maravilháraõ d’o que os paftores
lhes diziaõ.
19 Mas Maria guardava todas eftas palavras, conferindo [<w]em
feu coracaó.
___
eS; 10.17. Simeao, e era efte homem jufto, e a Deus temenre,, e eíperava a
ZLfui2;8» conlolaçaô de llraelj e o Eípirito Sanéto <eíta^a obre elle.
16 E
________ feita divina reveiacaó
fora lhe____ . s poio
, Ei
_ piritoSancfo, que a
morte naÕ veria, antes que viífe a o Chrifto d'o Senhor.
Templos e como os paes introdu*
27 E veyo pelo Eípirito a o .Templou introdu
zirão ao menino Jefus pera com elle fegundo ocoítume da Leyfa
zerem :
- ,z. aS Entonces o tomou elle em feus braços, e louvou a Deus, e
™46'diíTe:
•Ou, dei-. Agora * m defpedes, Senhor, empazateufervidor, fegundo
xesir. a tua palavra^ 3® Pois
3*p Luz pera illuminaçaõ das gentes, e pera gloria de teujjovo
Capitulo III.
I D* tempo em que Joaí Baptijla começou a pregar e a bautizar. J A matéria
de fua pregaçaÕ. 7 Exhorta a converfao a todos os que fahiaoadelle ferem bau^
tizados. lo Refponde a pergunta das Companhas > dos Eublicanos e dos Soldados ,
acerca dlo que deviam fazer: 1$ Dotefimunho que da» de Chriflo 4 e de fe#
Bautifmo. 19 Sua prijaõ. II Bautiza Joao a Chrifio. 23 E relata fe fua
linhagem dejde Jofeph até Adam,
Capitulo IV.
I Jejuma Chrfâo quarenta dias ’no deferto > e he atentado do Diabo. 14 Toma
J'e a. Galiiea, e enfina em Nazareth provando com cap.61 de JJayas que elle era
0 Mejfias prometido 25 J2 mefira com os exemplos àe Dha e Elijeo a razaÕ
porque ali nab fazia milagres. 28 Do que os ovintes irandofi 3 proiuraímatãlo.
31 Enjina em Capernaum em os Sabbados. 2} jE lança ali fora a hum Demó
nio 33 Sara da febre a fogra de Pedro, e a outros muytos enfermos e endemoni
nhados. 42 Sae £ali e prega também em as outras cidades de Galilea.
A a- e i
d
i
íl
—.........126 OS. EUANGELHO
21 E começoulhes a dizer: Hoje fe cumprio efta eferitura em
voflos ouvidos.
*í'feí0-4. 22 E todos lhe davaó teftimunho, « e fe maravilhávaõ das pala-
Ms®íj5.i£ vras jc graça que de íúa boca fahiaô: e diziaó, 0 Naô he efte ofi-
44’ lho de Jofeph ?
Luc^:47. E e^e ^es : Sem duvida efte provérbio me direis : Me-
«itía.642. dico, cura te a ty mefmo■> [de] todas quantas coufasouvimos f fo-
?Mattb.4: ram feitas em Capernaum, faze também aqui [rigadt] em tua
13- patria.
? ^M3: 24 E difle: Em verdade vos digo, f que nenhum Propheta he a-
57- gradavel em fua patria.
Mare, 6*. 4.
loa. 444, 25 Porem cm verdade vos digo, r que muytas viuvas avia em
ri Rey.I?'. Ifrael em dias de Elias, quando o ceo fe cerrou por tres annosefeis
rt mefes; de modo que em toda a terra houve grande fome.
26 E a nenhuã delias foy enviado Elias, fenaôaSareptadeSidon,
a huã mulher viuva.
A Rey. $: 27 E/ muytos leprofos avia em Ifrael, em tempo do Propheta E-
14. lifco5 e nenhum delles foy limpo, fenaó Naâman o Syro.
28 E todos fe enchéraõ de ira, na Synagoga, ouvindo eftas
couíâs.
29 E levantandofe, lançáraÕ o fora da cidade, e leváraõ 0 até o
cume do monte,em quefuacidadeeftavaedificada, pera d’ali d’alt’a
baixo 0 lançarem.
3° Mas paífando elle por meyo delles, foyfe.
tMatth^. 31 / E defeendeo a Capernaum, cidadedeGalilea; e [aã] osen-
J3- finava em os Sabbados.
M>rc.i:2i. 31 « g pafmavam de fua doutrina, porque fua palavra era com
* 29 autoridade.
Marci-22, x E eftava na Synagoga hum homem que tinha hum eípirito de
x 1: hum Demonio immundo, e clamou com grande voz,
23. ’ 34 Dizendo, *Ah; que temos com tigo, Jeíus Nazareno? Vie-
* Gr. Dei. fte a nos deftruir? Bem fei quem esj 0 Sanâo de Deus.
**• 3f E Jefus 0 reprendeo, dizendo: Cala te, efaetedelle. Eder
ribando o o Demonio ’no meyo, fahioíc delle, fem lhe fazer dano
algum.
36 E veyo elpanto fobre todos 5 c fallávaõ entre fi huns com os
outros, dizendo, Que palavra hc efta ? que até a os eípiritos im-
mundos manda com autoridade e potência, e faem ?
37 E fua fama fe divulgava em todos os lugares d’o redor d’aquel-
la comarca. 30 E
. í
SEGUNDO S. LUCAS. Cap.V. 127
> 8 _y E levantandofe [?<?/»*_"] da Synagoga, entrou em caía de
maój ea fogra de Simaô eftáva * enferma de huá grande febre, e
rogaraô lhe por ella.
1? E inclinandofe Cobre ella, reprendeo a febre > e*>_
deixou. E levantando le logo, íervia os. màda.
40 sE pondofe ja 0 foi, todos os que tinhaõ enfermos de variasicMaiiivi
Capitulo V.
I Enfina Ckftslo ás companhas defd‘o barco de Pedro, 4 E defpois de hua mira-
culoza pefia de peixes, lhe promete a elle e a feus companheiros faxelos pescadores
de homens. 12 Purifica a hum leprofi. yj Sara a humparalytico, e a/jt prova
que tinha poder pera perdoar os pecados, 27 Chama a Mattheus ‘«a alfandega.
29 Come com elle e com outros publicanos. E diffò dá a razaô. 3 3 Defen
de contra os calumniadores a fetts Difiipúlos corri divefjas parabólas t acerca de
nao jejdarem.
Capitulo VI. •
.ArrMWÍ os Difcipulos efpitas em Sabbado y e Chrislo os defende contra os J?hari*:
Jeos, 6 Sara a hum homem de feita maò feca em Sabbado 3 e defende jeu feita.
IX Ora na montanha , e elege dentre feus Difcipulos doze ^pofolos. 17 Sara a
aiverfos doentes e endemoninhados. Xo Enfina quem feiao os bemaventurados *
e quem nao. 27 Encomenda a caridade até para com os mefmos inimigos 36 Co
mo também a mijericordia e benignidade > prohibindo juntamente os juizos teme
rários, 41 Enfna que antes que a outros reprendamos para nos mefinos atentemos»
4] E que pelos fruitos fe conhece a arvore, 46 Einalmente com a parabola da
cafa jobre rocha, ou fobre area edificada> enfina também, que nao bafta confef
falo fó com a boca> mas que também fua vontade fazer devemos.
•• -a •. a’ ,
«
.13* OS. EUANGELHO
Ay de vosoutros, os que agora rides, « porque lamentareis, echò-
L2 „ Ç? ‘EBendizei
?ô^»zí:»zaí «a «n
os que vos m«1! À í <r Arn , iae ..y /->•»-
maldizem orae.polos que vos * vio-
20.
I Cor 4:12. lentaó.
yLá'^<> • ~ A o que te ferir em huá face, offerecelhe também a outra j
34- e a o que te tirar a capa, nem a roupeta [ lhe ] * impidas.
7. 6o. •« E a qualquer que te pedir, dá j e a 0 que 0 teu te tomar,
* Ou 3 Ca- naõ [ lho J tornes a pedir.
h-nniaQ,
z iCor^.j ?i £ E como vos quereis que vos façaõ os homens, fàzcilhesvos
* t U 3 pro- outros também d’a rnefma maneira.
hibtS* 3 - c E fe amardes a os que vos amaó, que grado tereis ? porque
e D.ut, 15: também os pecadores amaõ a os gue os amaó. »
7. ' 33 E fe bem fizerdes a os que bem vos fazem, que grado tereis?
JJW.Ç42 porque também os pecadores fazem o mefmo.
b Mait.
34 d E fe empreftardes a aquelles de quem efperaes tornar a rece
12.
C Màt. ber, que grado tereis? porque também os pecadores empreftaõ n
45. os pecadores, pera outro tanto a receber tornarem.
/ Deut. 15: 3$ Amae pois a voílos inimigos, e fazei bem, eempreftae, fem
8. diffo nada eíperar 5 e ferá grande voífo galardaõ, e f fereis filhos do
42* Altiffimoi Por9ue he benigno [tâ] pera com os ingratos e maos. j
—- —■ — — — ■ — —• | --- - .... i — - - -w ■— "V» “ «L wr- -y -v' • £
àj
140 ’ OS. ÈÚANG ELH O _ ,
4t Porque huãfilhá uniça tinha, còmo de doze annos, e efàp
MaUi r. vaVa áa morte.
mortc' É *nd° file
E indo flle apertávaó o as companhas.
4? / E huã mulher que tinha hum » fluxo de íàngue doze annoj
Mxtc.^- av*a> a 9ual ja com médicos todo feu alimento gaitado tinha, e de I
C A P I T U L 0 IX. A
X EwiaChrlffo feus Apoftolos a pregar, e w infirma como fe ajao deaverpeloca*
minho, 7 Oíí^Wb Herodes filiar de Chrifto> procura velo. Io Tornaò os Ar
foftohs. II Da Chrijto de comer a cinco mil homens com cincopaens e dous peixes <
1% A opiniam que o povo e os Apostolos acerca de fia pefloa. tinhao, . 22 Pw- •
qual dentre fins Dijcipulos firia 0 major, 49 Prohibelhes que nào impidiffem a
hum que emfeu nome lanhava fira a os Demonios. 51 Indo caminhando para fe-
. rufalem > os Samaritanos lhe negaò poufada > do que^Apofilos querendo tomar win^
gança* 0 Senhor d*ifios reprende, yp E a tres que feguiro queriaS dd fiade^
vida e particular repofta,
a MdsttMl
1 * p convocando feus doze Difcipulos, deulhes virtude e poder x.
fobre todos os Demonios, e para curarem enfermidades. Man g:ij.
»■ £ E mandou os a pregar o Reyno de Deus, e a curar a os en- ‘ 7.
formos. LttC-6: *3*
3 E diflelhes: c Naõ tomeis nadacom vofco pera0 caminho, nem *
bordoens, nem alforge, nempam, nem dinheiro, nem nenhumc^‘at^ w.
de vos duas túnicas tenha. 9.
4 E em qualquer cafa que entrardes, ficae ali, e íãhi d’ali. Man.fr,l.
5 E quaesquer que vos naó receberem , íàindovosd’aquella ci-LK.22-.j7.
dade, até o pó facudi de voífos pés, em teftimunho contra elles.
6 E íàindo elles, paffavaô por todas as aldeas, denunciando oE-
uangelho, e curando [4 os enfermos ] em todas as partes. X»c.io:ii*
7 «E ouvia Herodes o Tetrarcha todas ascoufasquefazia; eella-
va em duvida, porquanto alguns diziaó, que Joaô dos mortos refu- t iS; 16.
feitára. eMatt. 145
8 E outros, que Elias avia aparecido 5 e outros, quealgumPro- E •
pheta dos antigos avia refufeitado.
9 E diffe Herodes: Ajoaõ, eu o* degolei, quem pois he efte, J "
de quem taes coufas ouço? E procurava velo. fjnârc^G*
to fE tornados os Apofiolos, contaraó lhe todas as coufas que 30.
tinhaó feito, g E tomando os com figo, retiroufe â parte a humlu-f
gar deferto dá cidade chamado Bethfaida. .
11 E entendendo p] as companhas feguiraôo: eclleosrecebeo, ,
e lhes foliava do Reyno de Deus5 e a os que de cura neceffitávaõ,
curava. , 15.
E ja o dia começava a declinar $ c chegandofe a elle os
S 3 dozel*«.&f» 1
’ 0 S. EVANGELHO
doze, difleraolhe: Defpede a companha, pera que indo aosluga-
res e aldeas dó rede/, feagaíàlhem, e aichem que comer j porque
aqui eftamos em lugar deferto.
’ 14’ i? > Porem elle lhes difle: Daelhes vosoutros de comer. E eíjes
difleraó: Naó temos mais que cinco paens, e dous peixes 5 falvo
loa. 6-,9’ irmos nosmejmos j a comprar de comer pera todo efte povo.
14 Porque avia ali quafi cinco mil homens. Entonees difle a feus
Difcipulos: Fazei os aflentar por ranchos, de cincoenta em cin-
coenta.
í 1 Sam.% 15 £ fizeraÕ o afli, e a todos aflentar [w] fizeraó.'
, I(5 E tomando os cinco paens e os dous peixes, olhando para
’ 4aceo, k benceo os, e partio os, e deu os a feus Difcipulos, pera
diante de companha [wj pórem.
17 E coméraó todos, e fartáraó fej e levantáraõ do que dos pe-
14:2. daços lhes fobejou, doze ceftos.
* loa. 6:69. 18 l E aconteceo que eftando elle fó orando, eftavaó com elle os
oitatt.16'. Difcipulosj e perguntoulhes, dizendo, Quem dizem as companhas
e 17-22 queeufou?
Martâ/i. 19 E refpondendo «lies, difleraó: m \_Algtmsj Joaõ oBautifla; e
*9:31? outros, Elias 5 e outros, que algum Propheta dos Antigos reíu-
*10:33. feitou.
18:31. 20 E diflelhes: E vosoutros quem dizeis que eu fou? E refpon-
Zí?7, dendo Pedro, difle: » O Chrifto de Deus.
28^ 10 11 E ameaçando os elle, mandoulhes que a ninguém o difleflèm:
eid: 24 11 Dizendo, 0 Neceflàrio he que o Filho do homem muytascou-
7iforc.*8'.34.fas padeça, e feja reprovado dos Anciaõs. e dos Príncepes dos Sa-
Lw.14.27. cerdotes, e dos Efcribas 5 e feja morto , e a o terceiro dia refii-
f Mjtf.io: feite.
23 E dizia a todos: /> Se alguém quer vir a pos my, neguefe a fi
mefmo, e tome cadadia fua cruz, e figame.
L«rii7'33 24 ? Porque qualquer que quifer falvar fua vida, perdela ha5
loa.12525. porem qualquer que por amor de my perder fua vida, efle a íal-
r Matt.io; vará.
25 Porque, que aproveita a o homem grangear todo o mundo,
^arc.S 38. perdendo fe a fi mefmo, ou a fi mefmo perjudicando?
26 r Porque qualquer que de my, e dê minhas palavras fe enver
27?w.2:I2.
gonhar, do tal fe envergonhará o Filho do homem, quando em fua
X 7o*. 2:23. *»
/MãrP/ió" gloria, e [m a~] do Pae, e dos íanótos Anjos vier.
28. 27 /E digovos em verdade, que alguns ha dos que aqui tíftaó
M>rc. HI. i
qu
SEGUNDO S. LUCAS. CapJLX.
que a morte naõ goftaráõ, até que o Reyno dtWeus vejam. : X,
. íU r E aconteceo que quafi oito dias defpois dqftas palavras, com
figo a Pedro, e a Joaõ , e a Jacobo tomou, e a o monte a orar _*•
fobio. J£«re.t:a«
*9 E eftando elle orando, a aparência de feu rofto. fe transfigu
rou, e feu veftido branco (/] muy refplandecente \je terwv].
3® E eis que dous varoens eftavaõ fàllando com elle, queeraõ
Moyfes e Elias.
31 Os quaes * aparecéraó em gloria, efàllavaõ [^Jfuaíãida, a-*Gr.j^w«
qual avia de cumprir em Jerufalem. vtfiat»
< •
15. 19 0 Vedes aqui vos dou poder para íòbre fèrpentes e efcorpioens
r 1M 3:12.pifar, e fobre toda a força do inimigo , e nada dano algum vos
IJay;29J4. fará,
itor. 1:19. 20 Mas naô vos alegreis de que os efpiritos fe vos fugeitem 5 ân-
e 2: /jS. tes muyto mais ■ vos alegrac
’ p de’ que voíTos nomes eftaó - -
~ - cícritos ’nos
20.3:14
* Oll foy „
ceos.
aceito diawr ? Naquella hora fe alegrou Jefos em efpirito, e diíTe : Graças
te de ty, te dou, o Pae, Senhor do ceo eda terra, rqueefcondcíieeftascou-
(Pf, 8:7. fas a os fabios e entendidos, e as revelafte a as crianças $ afli he, o
Ioa 3 • 3$• Pae, porque * affi foy [ tua] boa vontade diante de ty.
22 / Todas as coufas me foram entregues de meu Pae? e ninguém
I Cor, 15:
27.
fabe quem íeja o Filho, fenaõ 0 Pae, nem quem feja o Pae, iènaõ
; ,y/;. 2~ . i0> o Filho j e á quem 0 Filho o quifer revelar,
P/x
ffròis. ' E virandofe para feus Difcipulos, difle
23 aparte: *Bem-
v. 18. aventurados os olhos que vem o que vos vedes. .
íó:4|. 24 X Por-
SEGUNDO S. LUCAS. Cap.X. i47
24 xPorque vos digo, quemuytosProphetaseReysdefejáraõver
o que vos vedes, e naô 0 viraô $ e ouvir 0 que «uvis, e naô 0 oú-
viraõ.
a5 E eis que hum certo Doutor da Ley fe levantou , atentando $
o, e dizendo, Meftre, que coufafazendo, herdareiavidaeterna?
16 E elle lhe diíTe: Que eftá eícrito na Ley? Como lés?
27 E refpondendo elle difle: y Amarás a o Senhor teu Deus ’
todo teu coraçaó, e de toda tua alma, e de todas tuas forças, ede .
todo teu entendimento; « e a teu proximo como a ty mefmo. 19:
18 Ediflelhe: Bem refpondeíte fazeiflo, evivirás. iS.
29 Mas querendo fe elle juítificar a fi mefmo, difle a Jefus: E W $■
quem he meu proximo ? . ’ Gal.y.14.
3® E refpondendo Jefus, difle : Hum homem defcendia dejje-
ruíálem a Jericho , e cahio em [matis de~] falteadores, os quaes
também o deípojaraõ, e dando [lhe muytas] pancadas foraô fe, dei
xando [»] meyo morto.
31 E a cafo decendeo hum certo Sacerdote pelo mefmo caminho,
c vendo o, paflou de largo.
31 E femelhantemente também hum Levita, chegando junto a
aquelle lugar, veyo, e vendo f«J páflou de largo.
33 Porem hum certo Samaritano, que hia de caminho , veyo fc
junto a elle, e vendo o, moveófe a intima compaixaó.
34 E chegando fe, atoulhe as feridas, deitandolhe’nellas azeite
e vinho 5 e pondo 0 fobre fua cavalgadura, levouoahuãeftalagem,
c teve cuydado d’elle.
35 E partindofe a 0 outro dia, tirou dousdinheiros, edeuosao
hoípede, e diflèlhe: Tem d’ellc cuydado 3 e tudo o que de mais
gaitares, quando tomar, t’o pagarei.
36 Quem pois deftes tres te parece que. foy 0 proximo daquelle
que em f dos J falteadores cahio ?
37 E elle difle: Aquelle que com elle ufou de mifericordia. Po
lo que Jefus difle: Vaé, e faze da mefma maneira.
38 Eaconteceo que indoellescaminhando, entrou em huaaldeaj
e hua certa mulher, por nome Martha, .0 reçebeo em fua cafa.
39 Efta tinha huá irmaã, chamada Maria: aqual, «aflentandoíè
também a os pees de Jefus, ouvia fua palavra.
40 Martha porem andava muy ocupada em muytos ferviços: e f,
* fobre vindo, difle: Senhor, naô fe te da de que minha irmaáme *Ou
deixe fervir a my fó? Dizelhe pois que me aj
T» 4x Re-
i43 OS. EUANGELHO
41 E refpondendo Jefus, diífelhè: Martha, Marcha, cuydadofa
c fadigada andas coto muytas coufas.
42 Mas huà coufa he neceífaria: Porem Maria efcolheo a boa par-
íPfW.4' te, b a qual lhe naô ferá tirada.
Capitulo XI.
x PmcWff Chrifto a feus Difcifulos o formulário de orar. Ç E cor» as faraíolas
de hum amigo j e de hum faeh enfna. que Deus ouve a os que em orar ferjèveram.
14 Dança fora a hum Demonio mudo» e reprçnde a blajçhemia d'os que diziao9
que em virtude de làeelzebul fora o lançara. Z4 Propoe o miferavel eflado d'a-
quede em quem o efpirito imundo a entrar torna* zy Aclama hua mulher for
bemaventurado o ventre que a o Senhor trouxe* 29 Declara o Senhor que a os
Judeos fera dado ofinaldèjonas. 31 Contrapõem lhes â fuacontumácia o exem-
fio da Rainha.do Sul» e. o dos de Ninive. JJ Enfina com a parabola da can-
dea> que a luz do Euangelho fe nao deve çncubrir* y] Refrende a hypocrifia*
ambiçaí > e crueldade de que os Efcribas e Pharifeos ufavatí contra todos osPro*
fhetas e Açoftolos > e os ameaça com o castigo de Deus* 53 Polo que os Phari?
feos novas ciladas lhe cmao*
li c Eque pae de vosoutros, a quem o filho paõ pedir, lhe daráv^^^' T.‘
f
Ho OS. EVANGELHO
Matt.’]'. 18 Mas elle diíTe: m Antes bemaventurados os que ouvem a pala-
ea 6-i9 V1'a ^eus> c a guardaõ.
J9 E ajuntandoíe as companhas, começou a dizer : Malina he
j<?á i:i7. efta geraçaô-, final bufca, e final lhe naó ferá dado, fenaó » o final
t a; 10. de J onas 0 Propheta.
30 Porque como Jonas foy final para os Ninivitas, affi [«J ferá
também 0 Filho do homem para efta geraçaô.
31 A Rainha do Sul fe levantará em juizo com os homês defta
i i
! geraçaô, e os condenará 5 « pois até nos fins da terra veyo *
i.
. ouvir a fabedoria de Salamaó: E eis que mais que Salamaõ eftá
l Chrw, 9:
I ' aqui.
Mãtth. n; 32 Os homens de Ninive fe levantaráõ emjuizo comeftageraçaô,
42. e a condenaráõ 5 pois com a pregaçaóde Jonas fe converterão: E
çlon. 5: j. eifaue mais que Jonas eftá aqui.
4. * 1 '
rMattb.fc '34 r A candea do corpo . he 0 olho. Sendo _pois teu olho fiíhple,
11. também todo teu corpo ferá luminofo: Porem fe formão 5 também
[todo] teu corpo ferá tenebrofo.
Olha pois
35 Olha que aa luz
pois que em ty
que em
luz que ty ha,
ha, naó
naô fejaó efcuridades.
fejaó efcuridades.
CMan.y^ ■/ 36 Affi que lendo teu corpo todo luminofo, naó tendo parte al- •
t fcura} todo ferá luminofo, como quando a candea com [/tu
gU5ã cefeura, j
[[iu]
rJ t- refplandor te alumia. I
JiXXX-X *-»'
Capitulo XII.
• Awija Chrifio afeus Difiipulos quefe guardem dof'mento dos PharifeõS. 4 En*
Jí -. fina a quem mais devemos temer» 6 Exhorta a confiar na providencia de Deus)
f- e afeu Nome ccnfejfart e avifa nos que nos guardemos da blafphemia contra 0 Efpirito
0* 13 Reftfa fer Juiz de herança algua entre irmaís* 15 Com a parabola de hum
ff, rico que queria acrecentar fieus ceUeiros^ nos avifa que da avareza nos guardemos,
* a Enfina com 0 exemplo dos corvos 4 e dos lirios > que encomendando 0 cuydado
dejia vida a Deus bufiquemos febre tudo feu Reyno. 33 Exhorta a dar esmola,
Ea vigiar efperando fua vinda, 41 Defcrevé 0 ferviço e galardao de hum
jervo fiel,. 45 Cgmo também 0 ferviço e cafiigo do infiel. 49 Diz que veyo a
padecer.. s a fogo na terra meter. 54 Reprende a os Judeos de que para otem*
po de fua vifitaçao nas ate%távaõ< E exhorta a com 0 adverfario fe recon*
ciciar.
V 2S E '■ae&
Cam-
SEGUNDO S. LUCAS. Cap.XV; . íd
Capitulo XV." ■“
I Murmurao os Pharlfeos de porque Chrifio a os pecadores recebe* 3 O que Chrh
fio contra os Pharifeos por bem feito defende > com a parabola d’a ovelha defgar-
rada. 8 Com a dd arachma perdida. II E com a do filho predigo j que tornando
arrependido 0 pae com alegria 0 recebe. 25 O que por bem feito defende contra
a murmurando do irmão mais velho.
Cx ..
SEGUKDO S. LUCAS. Cap.XVI.
Capitulo XVI. .
1 Pe/a parabõla íá prudência dl o injufto mordomo enjina Cbri/lo a grangear dtóigof
com o injufio Mamon, IJ EaMamonnaõfèrvir* 14 Reprende a avareza > hy-
pocrifia^ e jòbería dos Phari/èos. 16 Enjina que a Lev eosProphetas ate ^0ao
durado tem * e que ate 0 minimo til delia comprir fe deve. l8 Trata d3o divor
cio* 1? E propoem a parabola do Rico avarento > e do pobre Lazaro* eodiffe»
rente efiado de ambos 5 affi 3ncfta* como 3na outra vida.
Capitulo XVII. » . •*
I Enfina o Senhor 5 qua?ito importe evitar os efcandalos. $ E a 0 irmão perdoar
quàntas vezes Je arrepender. 5 "Pedem os Difiipulos que afé lhes acrecente > cu
ja virtude eforça defireve. 7 Pela parabola dofèrvo que do campo torna^ enfina, que
nada diante de "Deus merecemos fazendo 0 que devemos. II Sara adezleprofos»
dos qaaes fé hum Itío agradece. 2o Enfina 0 modo da vinda de feu Reynò. 2.6
E defcreve os últimos tempos j comparando os com os de Noé. e de Lot*
feul'as.
C 9 &E difle também a huns, que de fi mefmos que eraô juftos con-
t/y^.i:i5'fiavaó, e a os outros em nada tinhaõ, efta parabola: ►
*
Y Ca pi” »•.
0 S. EVANGELHO
Capitulo XIX.
X Procura Zacheo vir a Chrilto. 6 Recebe 0 em fia cafa. 8 Dá mcifiras de fia
emenda, e 0 Senhor 0 confiola. II Pela parabola d’a repartiçaõ das minas en~
fina que os dons que cada hum tem, os deve empregar em com edes efipiritualmente
negociar. 29 Faz fia entrada em Jerufialem > affientado fiobre hum afino» 37
E as cohspgnhas com aplaufio 0 recebem. 41 Chora fiobre a cidade de Jerufialem,
e Prophet (fi dejlruiiao, 45 Lançafora do Templo os que nelle vendias e cent"
prdvae. 41 E osf) dos Sacerdotes e os Eficribas procuraõmatalo.
s J7 entrando [ icho.
2 E eis que avia allhum varaô chamado por nome Zacheo
e erâ efte Princepe dos pumicanos, e era rico.
? E procurava ver a Jefus^guem foífe, e naó podia, por cauíã
da companha, porquanto era queno de eftatura.
*Oc,ahum 4 E correndo diante, fobio ^huã figueira brava, perao ver3
jjcomtrt). porque avia de paflar por ali. _
5 E como Jefus chegou a aquelle lugar, olhando para riba, vi@
o, e difielhe: Zacheo aprefía te, e defeendej porque hoje meim-
* Ou?^»r. porta * poufar em tua cafa.
6 E apreflandoíè, defeendeu, e recebeu o gozofo.
7 E vendo todos [t/to], murmuravaô, dizendo, Que entrara i
poufar com hum homem pecador.
? E* levantandofe Zacheo, difie a 0 Senhor: Senhor, eis aqui
a metade de meus bens dou a os pobres j e fe em alguã coufa a al
guém defraudei, o rendo cô os quatro tantos.
< Lí#. ;
y< 9 E Jefus lhe diífe: Hoje houve falvaçaó ’nefta caía, porquanto
* Mart.lQ: também <? efte he filho de Abraham.
& 10 b Porque o Filho do homem veyo a bufear, e a falvaro que fe
ei$ 24. avia perdido. > X
Mtítth. 24: jra f0’Dre pedra em ty naõ deixaráõ, porquanto naõ conhecefte o
tempo de tua vifitaçaó.
£«r.2i;6. & E entrando ’no Templo, começou a lançarforaatodósosque
»1 Rey, 8- ’nelle vendiaó e compravaõ:
29, 46 Dizendolhes, » Efcrito eftá: Minha cafa, caía he de oraçaó:
56:7. Mas vosoutros cova de falteadores feito a tendes.
í?7/11’. 4? E enfinava cadadia ’no Templo : 0 E os Princepes dos Sacer-
®^.2i; jotes e os Efcribas, e os Princepes do povo, procuravaó matalo.
Marct II; ' E naõ achavaó que lhe fazer , porque
48 _ todo o poro
_ ♦ pendi»
17. d’elle, ouyindoo.
* Mar/. II:
18.
Iw.7;i5;
• 8:37.
* Ou, e/la-
Lw.i9:4,4. 5c E dizendo alguns d’o Templo, que com fermoíàs pedras cda-
eier.29; 8 divas adornado eftava, diíTe:
Afatt.24.-4. 6 Eftas coufas que vedes: </diasviráõ, em que íè naõ deixará pe-
Ep/?í/ç:6. dra fobre pedra, que naõ ieja derribada.
C'^ii-1.8, 7 Eperguntáraó lhe, dizendo, Meftre quando pois feráõ eftas
cou^as^> E que final averá, quando eftas coUíãs ajaõ de acontecer?
* Ou. dei- 8 e Entonces difle elle: Olhae que naõ vos * enganem, f porque
xeis ew^-viráó muytos em meu nome, dizendo, Eu íbu ebrifioj. E ja o
tempo eftá perto: Portanto naõ vades apos elles.
per.14.14. 9 E quando ouvirdes de guerras, e de fediçoens, naõ vosefpan-
< 'M.’ te^s- P°r9ue neceflàrio he que eftas coufas aconteçaõ primeiro $
i Mtill'' mas netn l°g° [fe™H 0
17 ‘ °‘ 10 Entonces lhes difle: g Levantaríèhá gente contra gente, e
e 24:9. Reyno contra Reyno:
Marc.im, n E averá em vários lugares grandes terremotos e fomeS , e pe«
Iw.i6:x. ftilencias: averá também coufas efpantofas, e grandes'finaes do
^x;/°ceo.
1* * Mas antes de todas eftas coufas, maõ de vosoutroslançaráó, -
eix:^ e [w3 perfeguiráõ, entregando [wjemSynagogas, eíprifoens,
e 16:24. íf j trazendo vos* diante de Reys. ePrcfidcjjtcs* poramordemeu
í^a>7: Nome.
. .13 E
SEGUNDO S: LUCAS. Cap.m
5; E fobrevir vos ha [//?« J por teftimunlio. - Iô:
14 / Proponde pois em voifos coraçoens de naó premeditar comío
£* em voffa defenfa j ajaes de refponder. 11,
15 w Porque boca e fabedoria vos darei, a que contradizer nem *Ou> ftr
refiftir poderáó todos quantos fe vos opuferem. ,* ‘ ajaes., s
rvos
> 16 n E até de paes, e irmãos, e parentes, e amigos fereis entre-
guesj e \_algms J de vos ° mataráó. m Exod<4i
*
12.
17 p E de todos fereis aborrecidos por amor de meu nome. ifayJW
18 f Mas nem hum cabello de voífa cabeç>pâfecerá. Matth. Io;
19 Em voflà paciência vofíàs almas pofiu». 19.
ao r Porem quando a Jeru&lem de exercitos cercada virdes, fabei <fc io»
>
is. 38
• Eellesdifleraó
“ " : Senhor, eisaqui duas eípadas. E elle lhes
difig:_ Bafla,i
3é. 39 íElâindo, foyfe, comofohia, ao monte das Oliveiras 5 efe-
Man. 14:
32. guiraó o também feus Difcipulos.
loa. s: I. 4° E como chegouaáquellelugar, diflelhes: Orae, quenaóen
e IS: I. treis em tentaçaó.
uMatt.lG: 41 « Eapartoufe delles como hum tiro de pedra. Epondoife dejoe
39- lhos, orava,
Marr. 14: 42 Dizendo, Pae, fe queres, paflaeftc copo demyj poremnaó
?$• fe faça minha vontade, » fenaó a tua.
x 294.6:38
43 E apareceo lhe hum Anjo do ceo, que o confortava.
44 yE
».
V ■
S E G V N D O S. LU C A S. Gap. XXII. Ui
'44 yE pofto em agonia, orava mais intenlãmente. E fez fe íèu
fuor como gotas grandes de fangue, que corriaõ até o chaó. 5
Hebr. 517.
45 E levantandofe da oraçaó, veyo a feus Difcipulos, e achou os
dormindo de trifteza.
45 Ediífelhes: Que eftaes dormindo? Levantae vos, c orae,
para que naó entreis em tentaçaõ.
47 * E eftando elle ainda falíando , eiíãqui a companha ; e hum
dos doze, que Judas fe chamava, hia diante delles, e chegoufe a ^7-
Jefus, para o beijar. 4,’
48 EJefuslhe diffe: Judas, com beijo ao Filho do homem trahes? 3'.
49 E vendo os que com elle eftávaó 0 que avia de fuceder, difiè-
raó lhe: Senhor, feriremos á efpada?
f 0 a E hum delles ferio a 0 fervo do Princepe d’os Sacerdotes, e,«‘Mattj.í:
cortou lhe a orelha direita. 5 *•
51 EreípondendoJefus, diffe: Deixaeosaté aqui: E tocando 14‘
lhe a orelha, curou 0.
51b E diffe Jefus a os Princepes d’os Sacerdotes, eaos.Capitaens
do Templo, eaos Anciaõs, que contra elle tinhaô vindo: Como 4
a falteador, com efpadas e baftoens faiftes? 48^*
55 Eftando com vofco cadadia’no Templo, contra my as maõs
naó eftendeftes: Mas efta he a voffa hora, e a poteftade das
. trevas.
54 c E prendendo0, trouxéraõ emetéraõo emcafadoPrin-
cepe dos Sacerdotes. E Pedro [«] feguia de longe.
É avendo acendido fogo ’no meyo da fala , e affentandofe **
juntamente, affentouíè Pedro entre elles. iS.-ia,
56 E vendo o huã certa criada eftar áffentado a o fogo, e poftos 24-
«solhos nelle, diffe: Tambémefté comelleeftava. AMattzfa
57 Porem elle o negou, dizendo: Mulher, naó o conheço.
58 E hum poucodefpois, vendoooutro, diffe: Tambemtudel-
leses. Porem Pedro diffe, Homem, naôfou. itliSíiá,
59 E como ja quafi huã hora paflàda, affirmava outro, dizendo, 45. "
Verdadeiramente também eftc eftava com elle, porque também he
Galileo.
6® E Pedro diffe: Homem, naõ fei o que dizes. Elogo, eftan- eMattel
do elle ainda fàllando, cantou o galo. 57«
íi E virandofe o Senhor, olhou para Pedroj e Pedro íê lem- I4i
brou d’a palavra d’o Senhor, como lhe tinha 4dito: e Antes que 0
galocaâtc, me negarás tres vezes. ‘ g
Z 1 72 E
OS. EUANGELHO
62 E faindo Pedro para fora, chorou amargofamente.
63 f Eoshomés quetinhaô [fre/ò] ajefus, zombavaõd’elle, gfe-
67. rindo [o] j
Marc. 14* ó4 E cobrindo o, feriaô o ’no rofto; e perguntávaó lhe, dizcn-
X lob. 16/ . do, Prophetiza quem he o que te ferio ?
v lo. 65 E outras muytas coufas contra elle diziaó, blasfemando.
lfiy»59»6*, 66 h E como ja foy de dia, ajuntáraõ íe os Anciaós do povo, e
iM.i2:3 -osPrincepes dos Sacerdotes, e os Efcribas, c trouxeraó o a feu
hPftzyi. Concilio,
—-------------- ---- _ J
Capitulo XXIII.
Apoc 1*7.12 Chrifto perante Pilatos levado 5 perante elle acufado» e delle por innocenta
declarado. 7
declarado» aual delle
Herodes» 0 qual
1 Envia 0 Pilatos a Herodes, efcarnece^ e a Pilatos*
d3elle efiarnece^
mandar 0 toma» 13 0 O qual procurafoltalo
procurafoltalo 3 mas a inftancia do povo ,> filta a
Earrabbas» e entrega a Chrifto pera fer crucificado. 16 Simao Cyreneo leva fia
cruz após elle* 27 As mulheres de Jerufalem 0 lamentam» a as quaes prediz a
4M/ÍÍ/.27: *jfôsao ÍU* a e^as e 1 ftusfilhos avia de fobrevir. 32 He crucificado entre dons
10. filteadores e ora por fius inimigos. 35 He blafphemado e efiarnecido na cruz»
Marc.iy.1. 38O titulo da cruz. 39 Hum dos falteadores delle blajphema» e 0outroJecon*
loa.lS-.lS. verte» e elleo coufola. 44 Vem trevas fibrea terra* O veo do Templo fe rafga»
b M-tfí.i;; e Chrifto efiira* 47 O Centuriao^ como também a companha» oconfejfaoporju*
a5- fto. 50 Jofeph de Arimathea 0 Jepulta* 54. E as mulheres vêm aonde 0 poem?
*22:21. e compram efpecierias para 0 ungir»
Man, 12;
17. 1 * y levantandofe toda a multidão delles, leváraô o a Pilatos.
Luc. 2O.*2$. E começáramfacuíàlo, dizendo, A efte avemos achado,
2 _______
^«*.13:7. qUe perverte a naçaó, e b prohibe dar tributo a Cefar, t dizendo,
que e^e me^mo he Chrifto [0] Rey.
ji, X7' 3 d E Pilatos lhe perguntou, dizendo, Es tu o Rey dos Judeos?
Marc.i$z. E refpondendo lhe elle diflè; Tu o dizes, «
2m,iS 33. 4 E
2- A
SEGUNDO S. LUCAS. Cap. XXIII. >«3
4 E difle Pilatos a os Princepes dos Sacerdotes, e ascompa-
nhas: Culpa nenhuâ acho nefte homé.
5 Mas elles tanto mais infiftiam, dizendo , alvoroça a o povo,
enfinando por toda Judea, começandodefde Galilea até aqui.
6 Entonces Pilatos, ouvindo de Galilea, perguntou, fe aquellè
homem era Galileo ?
7 * E entendendo que da jurdiçaô de Herodes era , remeteu
o a Herodes: O qual também ’naquelles dias eftava em Jerufalem.
8 /E vendo Herodes a Jefus, folgou muyto: porque aviamuyto
que o defejava ver, porquanto d’elle muytas coufas ouvia: e elpc-
rava que algú final fazer lhe veria.
9 E perguntavalhe com muytas palavras, mas elle nada lhe re-
ípondia:
E eftavaó os Princepes dos Sacerdotes, c os Efcribas, acu- ,
íando o * com grande vehemencia. wtmn.
u E Herodes, com feus foldados, defprezandoo, e d’elleefcar- te,
necendo, o veftio de huã roupa refplandecente, e o tornou a enviar
a Pilatos.
n g E ’no mefmo dia fe fizéraó Pilatos e Herodes entre fi ami- gJSja?.
gos: porque d’antes em inimizade hum contra o outro andavaô.
13 E convocando Pilatos a os Princepes dos Sacerdotes, e a os bMatt.i?}
, Magiftrados, eaopovo, diflelhes:
14 Aveis me aprcfentado a efte homem, como que * perverte a
o povo: E vedes aqui, examinando pj eu em voflà prefença,j8.
nenhuã culpa, das de que o acufaes,’nefte homé acho. eiy.4.
15 E nem ainda Herodes5 porque a ellevosremeti: eeiíàquique * Ou,def-
nenhuá couíà digna de morte tem feito. «fc»
Caftigálohei pois, efoltálohei.
17 1E era lhe neceflàrio foltarlhes a hum pela Feita. IMatt.iH
18 Porem toda a multidão clamouâhuã, dizendo: k Forad’aqui *1* .
com efte, e foltanos a Barrabbas.
19 O qual por huã fediçaó na cidade feita, e por huã morte ’na
prifao lançado fora. •Ou?«2«-*
♦Ou.»
*Fallou [Zfcw] pois outra vezPilatos, querendofoltaraJefus.awp&rJ.
ai Mas eftes clamavaó em contra, dizendo, Crucifica [o], cru
cifica o.
“ E elle lhes diflê a terceira vez: Pois que mal fez efte ? Ne-
nhuã culpa de morte ’nelle achei. Caftigálohei pois, e folta-
e -
lohei.
*3 Mas
"í84 OS. EUANGELHO *
teu Reyno. cr
/ -V
116 O S. EUANGELHO r 0
CAPITULO XXIV.
I Vem as mulheres a o fegulchro e achai o vazio t 4 Dons Anjos lhes denunuaS
j
nhecem. 3 MlA quem 0 mefao Senhor aparece ? as maos e os gês lhes mofíra 5 e
em fa prefazcia come. 44 O Jentido das Efcrituras lhes abre , e por fas tefti-
munhas entre todas as gentes os confiitue> e Jeu Efgirito Sanfto lhes promete.
jE abençoado os? dlellesfe defgede^ e ao ceo fobe.
12. 13 /E eis que dous d’elles hiaõ o mefino dia a huã aldea , qu^_
* vem eftava dejeruíalem feflènta * eftadios j cuja nome era Emmaus:
* jer duas 14 E hiam fàllando entre fede todas aquellas couíàs, que avia#*'
^uas e
íucedido. J5 E
»
j __
SEG.UNDO S. LUCAS. Gap. XXIV. . 9
rt? 11
e 18: 3.1 • <W Entonces lhes abrio o fentido, pera que as Efcrituras enten-
* deilem.
«P/Ç12:7. e affi convinha que o Chrifto
Aã. 17; ■3 ‘ 4-6 E diffelhes: « Affi eftá efcrito, 1
xAã. 13. padeceffe, e a o terceiro dia dos mortos refufcitaffe:
I
-- ______ __ r
O SANCTO
l’U A N G E L H O
De noflo
SENHOR
JESU CHRIS TO
'SEGUNDO
S. J O A o.
— - - ... - - " 11 " "' t>——
Capitulo L
1 Defcreve fe a fejfoa de Chrifio» e moftra fe fer elle a eterna Palavra de Deus»
• verdadeiro Deus » Criador de tudo» e a vida e luzdoshomes» frincifalmente dos
que 3neUe crem, 14 E de comoefia Palavra encarnou^ IÇ DdfoaoBauti&a t&*
fiimunho da dignidade de fua fejfoa ejofcio. 23 Como também defaafrofria vo~
• caçoio* 29 Moftra ainda como Chrifo he 0 Cordeiro, e 0 Filho de Deus» 32 O
que fe lhe notificou feia defcença do Effirlto SanBo fobre elle. 37 Por cujo íefâ-
rnunho doas Difiifulós de foaoofeguem* 41 Dos quaes André > hum delles» tam~
bem a Slmaofeu irmaõ a Chrlfto traz. 43 O qual 0 nome de Pedro lhe da. 44
E chama a Philiffe» q a Nathandel lhe traz^ Ndthanaél for Filho de Deus 0
cosfeffa^ e 0 Senhor for fèu Difiifulo 0 aceita*
G^Z. 3:26. '5 P Joaõ delle teftificou, e clamou, dizendo, Efte eraaquel-
1 ioa. 3:1. le de qué eu dizia: O que após my vem, antes de my he : porque
m i/ay. 7; primeiro que eu éra.
14. 16 E í de fua plenidaõ recebemos todos também graca por
zír u graça‘
' '5 17 r Porque a Ley por Moyfes foy dada: A graça e a verdade,
* Ou * foy Por Jef"u Chrifto foy feita.
’
feita came. '
18 /A Deus, nunca ninguém 'o
o vio; o unigénito Filho # queeftá
»Matt.17’. ’no regaço do Pae, elle [no/o] declarou.
2r» x9 È efte he « o teftimunho de Joaô, quando os Judeos alguns
2 Pfi/r.í: Sacerdotes e Levitas dejerufalemmandáraõ, que lhe perguntai!èm:
Kr
SÈG.UNDÒ S. JOÀ# Cap.íí.
3 E faltando [o] vinho, a maé de Jefus lhe diíTc: Vinho naói.
tem.
4 Diflelhesjeíus: Que tenho eu com tigo, mulher? Ainda mi
nha EÕra naõ he vinda.
5 Difle fua maé a os fervidores: Tudo quanto elle vos difler
fazei.
6 E eftavaõ ali poftas feis talhas de pedra, a conforme á purifica-
çaó dos Judeos, em cada huã \_dasquaes'] cabiam dous ou tres al-
mudes.
7 Diflelhes Jefus: Enchei cftas talhas de agoa. E enchéraõ as
até riba.
8 E diflelhes: Tiraeagora, ca oMeftrefala as Ievae. Eapre-
íentáraõ [&«].
9 E como o Meftrefala goftou a agoa feita vinho (e naó fabia d’on-
de era, porem os fervidores, que a agoa aviaó tirado, o fabiaó)
chamou o Meftrelàla a o efpofo:
10 Ediflelhe: Todo homem póem primeiro o bom vinho, e
quando ja tem bem bebido, entonces o fomenos: [w] ,tu guar-
■dafte o bom vinho até agora.
11 Efte principio de finaes fez Jefus em Cana de Galilea, e ma-
aifeftou fua gloria f e créraõ feus Difcipulos ’nelle.
n Defpois difto defcendeu a Capemaum, elle e fua maé, efcus£Jf4«.ai:
irmaôs, e feus Difcipulos, e ficáraõ ali naõ muytos dias. n.
i? E eílava perto a Pafchoa dosJudeos, e fobio Jefus a Jeru-Marc~I1:
falem.
14 b E achou ’no Templo a os que boys, c ovelhas, e pombas « qUi
vendiaô, e a os cambia dores aflentados. â,, re_
15 E feito hum açoute de cordéis, a todos fora do Templo oslan- ou-,
çou, [cowo] também as ovelhas, e os boysj e o dinheiro doscam- mercancia.
biadores derramou, è as mefas traílornou. cP/.69:10.
16 E a os que vendiaó as pombas difle: Tirae d’aqui iflo, e naõ
fãçaes caía de * venda, a cafa de meu Pae. eió-x
17 Elembráraõfe feus Difcipulos, que eftá efcrito: «O zelo de
tua caía me comeu. Lsr. 113.9.
18 Refpondéraõ-pois os Judeos, edifleraõ lhe: ^Que final nos 1^6:30.
spoflras de que eftas coufas fazes?
? 19 ReípondeuJefus, Ediflelhes: DerribaecfteTemplo, eem
^jes dias o levantarei. Marci4‘
t Difleraõ poises Judeos: fBw] quarenta cfeis annosfoy efte «g*
, > .■ Bo Tem-
■T' i i ií '
!94 0 S.EUANGÈLHO
Templo edificado, e levantalohás tu em tres dias?
21 Porem elle fallava do Templo de feu corpo.
S. 22 Portanto, quando dos mortos refufeitou, f fe lenibráraó feu£
Ou: Jeus
f iSam.ifr, Difcipulos que ifto lhesavia dito5 ecréraó áEfcritura, eá palavra,
7-
que Jefus [ lhes ] diflera.
lCbrox.1%: 2? E eftando elle em Jerufalem polaPafchoa, ’no da\ Feita
9. créraó muytos em feu nome , vendo * os finacs que fazia.
íy-7.'io. 24 Mas o mefmojefus afimefinodelles fenaó confiava, porquan.
f 103:14 t0 a tojos os conhecia.
ler. 11:204
e 17:10 25 E naó neceífitava de que alguém do homé teftificafie,
r2o:ll. g porque bem fabia elle o que ’no homem avia.
l$a>ó: 64.
Capitulo III. 1
I Chriflo a Nicodemus acerca da neceffidade e maneira da regeneração. $ E
reprende o de fua ignorância. 14 Com o exemplo da ferpente enfina j que em
necejfario fer elle levantado, pera falvar a todos os que 'velle crerem* iS Eque
todos osque^elle naxt crerem > ferdõ condenados * 22 Bautiza eSe e Joaonomef^
mo tempos 25 Indignao fe os Difcipiclos de Joao por verem que todos concorriai
a Chrtâo. %'j’ E a efla ocafiao lhes mostra fiwõ a differença entre elle^ eCfcri-
foÁe fia dignidade* tá E que ke 0 que* affi fieis > como infiéis A de Chrifo-
tem que efperar.
a loa,
39-
r? i Ca 0,
■E avia hum homem dos Pharifeus, cujo nome era a Nicodemus
Prince-pe dos Judeos.
e 19:59. 2 'o Efte veyo
. a Jefus de noite,- e diflèlhe: Rabbi,- bem„ fabemos
9:16, que Meftre es de Deus vindo: porque c ninguém pode fazer eftes
3E 1
finaes que tu fazes, fe Deus com elle naó for.
d Aã. Io: 3 Refpondeu Jefus edifielhe: Em verdade, em verdade, te digo,
3S* que aquelle que naó tornai- a nacer, naó pode ver o Reyno de
*CjT.fenao
for que al Deus.
guém tor 4 Difielhe Nicodemus: Como pode o homemnacer, fendo jj^rj
nar velho ? Por ventura pqde tornar a entrar ’no ventre de fua mae, e
nacer ?
«lír.rs. 5 Refpondeu Jefus: Em verdade, em verdade te digo, ?quea-
qnelle que de agoa e de Efpirito naó nacer, naó pode entrar ’na
Reyno de Deus. v.
fRw-S:',. 6 fO que he nacido de carne, carne hej e o que he nacido agi
Efpirito, Efpirito he.
7 Naó te maravilhes, de que te diffe; Necefiârio vos he tomar
a nacer.
.10
>■
•í h-
Segundo
s. joao cap.ffi: ' .
.%’• O vento a d’onde quer fopra, e ouves feu foido 3 Porem naô fa
lses d’onde vem, nem pera onde vae 3 affi he todo aquelle que he
■Uacido do Efpirito-
JoVAMv VdLVZ i-F j-*1 F-* 1 1 ÀUv|
Capitulo IV.
I Faz * bautlza Chrifto em Judea mais Difiipulos que Joao. VaeJi JtaU a
Galilea paffando por Samaria e canfido do caminho defeanja a par dahua fin*
te. 7. Pede de beberaSamaritana» e trata com ella da agoaviva. 16. Mofira lhe-
como de fia vidapajfida[abe > donde ella concbie» fer elle Propheta* 2o. JS elle
a informa acerca da verdadeira adoraçam. 2{u JE de como elle era 0 Meftias que
avia de vir. 28« Do que ella ddparte a os moradores de fia cidade , que hgp a
elle fihem. ji. Declara a fèus Difiipulos qual era fia principal comida» e
. que ja o tempo da efpiritual féga chegando vinha. 39. Muytos dos SamaritanOS
cremnelle •> polo palavra da mulher ? porem principalmente pola fia própria.
43* Torna fe a Cana de Galilea^ aonde da fiude a 0 filho de hum Regulo. S
,Jr»'
z
t) 1 EVANGELHO
CaPITULoV.
1 Torna fe Chrifto a Jerufalem^ e fara em Sabbado a hum hóme que avia trinta e
oitoannos que eflava enfermo. 3 E tomando elle fua cama efaindo Jecom ella> coma
a Senhor lhe mandara > os Judeos o reprendem^ do que elle com Chrilio fe defende»
16 * Polo que a Cbriffó matar procurai como aquelle que o Sabbado quebrantava> ea
Deus igual fe -fazia, 19- Defende o Senhor feu feito , e teffifica como em todas
fuas obras he igual a feu Pae j como em dar a vida» 22 Em julgar, 23 JEto
divina honra aceitar. 24 Em falvar. 25 E em aos mortos refufitar. 31 Apela
a o teffimunho de feu pae. 33 Ao de Ioao, $6 Eaode fuas maravilhas. 38 Re-
frende a incredulidade dosludeos. 39 E remite os a que asEfcrituras esquadri
nhem» 4$ Até a as d’o mefmo*Moyfes»
Tjespois d’iílo, era [hum dia dê] «Feita dos Judeos, e fobio Je-
Dwr.ión. "^fus a Jerufalem.
* Ouj vi
veiro.
I E ha em Jerufalem á das ovelhas hú * tanque, que em
* Ou > ca- Hebreo fe chama Bethefda, [e J tem cinco * alpendres.
maras» 3 Neftes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos, [«■]
deflecados, aguardando o movimento da agoa.
4 Porque hum Anjo defcendia a certo tempo a o tanque, e re
volvia a agoa j e o primeiro que nelle defcendia, defpois do movi
mento da agoa, farava de qualquer enfermidade que tiveflè.
5 E eítava ali hum certo homem, que avia trinta e oito annos que
enfermo eítava.
6 Vendo Jeíus a eíte deitado, efàbendo que ja avia muyto tem
po que [ali] jazia, difielhe: Queres fárar?
7 Refpondeu lhe o enfermo: Senhor, naó tenho homem nenhum,
que quando a agoa íe revolve, no tanque me meta: E em quanto eu
venho, outro antes de my defcende.
s Diflèlhe Jefus: t> Levantate, toma teu catre, eanda.
r 9 E logo aquelle homem farou 5 e tomou feu catre, e hiafe. «E
c loa 9:14.cra -Sabbado aquelle dia.
dExoj.10'. 10 Diíféraô pois os Judeos a aquelle que curado fora: Sabbado
10. ’ he, naó te he licito levar 0 catre.
Dear.$:ij. 11 Refpondeulhes elle: Aquelle que me curou, eflêmedifle:
ler. 17: ii. Toiua tcu catre, e anda.
II Perguntáraó lhe pois: Quem he homem que te diflê: Togia
Luc.6:í teucatre e anda? %
13 E o que curado fora naofábia quem foflej porquejefusfeavia
^retirado, porquanto’naquelle lugar avia huâ [gn&de] companha.
14 Defpois achou ojefus’no Templo ediflèlfyp: Vefaquija eítás
ÍAÕ‘,
:z. <•*
'SEGUNDO rjOAO. Cap.V. W
^o| ? naó peques mais, porque te naó íuceda alguá coura peyor. -* Malt‘
15 Foyaquelle homem3 c denunciou a os Judeos, que Jetusera
'O que o curara. . , J »-
16 E poriflo perfeguláÕ osjudeosajefus, c procumvaÕ matàlo,
porque fazia eftas coufas em Sábbado.
17 EJefus lhes xefpondeu,- /Meu Pae ate agora obra® eeup<«®- fjo^m
iem\ óbro. So.
18 g Porifto pois tanto mais procurava© os Judeos matálo, por-
;.que naó fó quebrantava o Sabbado, mas também dizia, que Deus *
■feu proprio Pae era, fazendofe igual aDeus.
19 Relpondeu pois Jefus, ediffelhes : Em verdade, em verdade hioaM*.
vos digo , que hnaõ pode 0 Filho couíã alguá de per fi mefmo fà- eS:.3 S,
zer, fe o naó vir fazer a 0 Pae: i Porque tudo quanto elle faz, o *9: 4-
faz também íemelhantemente 0 Filho. * IMtá»
20 Porque o Pae ama a o Filho, e k todas as coufas quefàz, Ihe2^1®/0*
moftra: e mayòres obras que eftaslhemoftrará, para que vosoutros ee *
vos maravilheis. kloa. 1:2*
ai porque como aJPae a os mortos refuscita , c vivifica 3 affi ^3: 35.
lambem o Filho, a os que quer, vivifica. «7: 6-
22 Porque também 0 Pae a ninguém julga , 1 mas todo 0 juizo a 8: 28.
Filho deu. iMatt I»
23 Pera que todos honrem a 0 Filho , como honraõ a o Pae. j® ‘‘2Í ’
Quem naõ honra a o Filho, naó honra a 0 Pae, que o enviou. jea. 3:35-
M * Em verdade, em verdade vos digo, que quem ouve minha m
palavra, e cre a 0 que me enviou, tem vida eterna, e «naõ virá em 23
condenação, mas paflòu da morte á vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo, que á hora vem, eago-
ra he , f quando os mortos ouviráõ a voz do Filho de Deus , e os *~s'.
que a ouvirem, viviráó. o 7*1.1:
z6 Porque como o Pae tem vida êm fi mefino, afii deu também 43.
a 0 Filho que tivefiè vida em fi mefmo. ‘ t Eptef. zt
*7 E deu lhe poder para juizo fazer , por quanto o Filho do ho- J« f•
memhe.
t8 Naó vos maravilheis difto: Porque á hora vem, f em que to-2
I<5.
dos os que em os íèpulcros eflaõ, fua voz ouviráô.
/ 9 f £ fàiráõ os que fizéraó bem, á refurreiçaó de vida 5 e os
que fizéraó mal, á cefurreiçaó de condenaçaõ. Mtftó.25:
30 Naó pqíiõ cu de per rny mefmo alguá couíà fazer. Como
PUÇ09 julgocmeu juizo he juftoj /porque naõ bufeo/y^*6’^*
Cc mmha
ií 0 M X
loí OS. EUÀNGELHO
minha vontade, mas a vontade do Pae que me enviou.
w.!: 14. 1 ; Se eu de my meíino teftifico, meu teftimunho nao he ver
dadeiro.
Matth. J ; P u Outro ha que de my teftifica, e fei que 0 teftimunho, que
17. ' de my teftifica, he verdadeiro.
TI7: 5. 33 x Vos outros enviaftes a Joaõ , e elle teftimunho á verdade
deu.»
19,27, 34 Porem eu naõ tomo teftimunho de homem : Mas digo ifto,
•v
f * pera que vos falveis.
z loa* iq;
25.
35 Elle era huá candea ardente e refplandecente: e vosoutros vos
quifeftes por hum pouco de tempo em fua luz alegrar.
36 v Mas eu tenho mayor teftimunho que [/) de Joaó. «■ Porque
as obras que o Pae me deu que cumpriffe , as mefinas obras que eu
fàço, teftificam de my, que o Pae me enviou.
?■' 37 a E 0 Pae que me enviou, elle meímodemyteftificou. Nun
17. ca fua voz ouviftes, b nem feu parecer viftes.
fiTJS* 3• S E fua palavra em vosoutros permanecente naõ tendes > por-
que a 0 que elle enviou, a effe vosoutros naô eredes.
I
Capí-
SEGUNDO S. JOÁÕ. Gap.VI.- M'
/
Capitulo VI.
1 Parta Chrifo com ctnco paens e dons peixes a cinco mil homens* 14 por ijfb
por Rey levantar o querem* porem elle fe retira» 16 Vem de noite a pé [obre o
mar a fins Difcipulos a o barco. 21 A companha o busca j e em Capernaum o
acha. %6 A qual amoefta que a comida incorruptível busque * que jó pela féfi
acha, 41 Do que os Judeos murmura*» 43 E refpondendo Jefus * que a fé
''melle de feu Pae vem * enfna que fua carne he a verdadeira comida * e feu
fangue a verdadeira bebida que comer e beber fe deve 5 pera alcançar a
vida eterna, 59 Da doutrina rmtos de feus Difcipulos em Capernaum fe
afcavdalizati, 61 Polo que & Senhor 0“ verdadeiro fentido de fuaspalavras lhes
explica» 66 Muytos de feus Difcipulos 0 deixao, 67 Pedro e os de mais Apo~
fidos fe ficao com elle ? e confeffao que elle tem as palavras de vida» y* De
clara porem que hum dlelles era Diabo,
Õ S. EUANGELHO
50 Èftelie ó para que d’o ceo deícendc, pera que 0 homem delle
oóma, e naó mórra.
11: 51 Eu íou 0 paõ vivo, que d’o ceo defcendeu; z fe alguém defte
. Paó comer, para fempre ha de viver. « E 0 paõ que eu hei de dar9
* he minha carne, aqual hei de dar pola vida do mundo.
Contendjaó pois os Judeos entre fi, dizendo, b Como nos
pode efte dar [/»«} carne a comer?
_ $ 3 Jefus pois lhes diflè: Em verdade, em verdade vos digo, que
fo a carne d’o Filho do homem naó comerdes, e feu langue (JwcQ
beberdes, naõ tereis vida em vos meímos.
i loa. 3:16. 54 c Quem come minha carne, e bebe meu fangue , tem vida
rn.: 14. eterna, e eu o refufcitarei’no ultimo dia.
»6: 27. 55 Porque minha carne verdadeiramente he comida 5 c meu iam
4»'' gue verdadeiramente he bebida.
56 Quem come minha carne , e bebe meu fangue, em my per
manece, e eu’nelle.
57 Como 0 Pae vivente me enviou , e eu vivo pelo Pae j [afí]
quem a my me come, também por my ha de viver.
dloa.y, 13. Efte he 0 dpaõ que do ceo defcendeu. Naócomo voííospaes,
que coméraó 0 Mana, emorréraó; quemeíte paõcomer, parafem-
pre ha de viver.
59 Elias couíàs diflè elle’na Synagoga, enfinandoemCapernaum.
60 Muytos pois de feus Diícipulos, ouvindo difleraó:
Dura he cita palavraquem a pode ouvir?
61 Sabendo pois Jefus em fi mefmo. que feus Diícipulos diíto
murmuravaô, diflèlhes: Ifto vos eícandaliza?
tMarc.16; 6z e feria] pois fe vifleis a o Filho do homem fobir a onde
J9- cílava primeiro?
Luc. 24:50. 63/O Efpirito he o que vivifica, a carne para nada aproveita j
Aã r 9 Pafovras flue"cu vos digo, efpirito e vida faó.
Efeeffe-S. <$4 Mas alguns - . . ha,- que
de vosoutros . naó crem. g Porque bem
fi.Cor.y.6.fobiaJefus jadesdo principio, quem eraó os que nao cnao, b e
floa.izif. quem era o que 0 avia de entregar.
b loa. 13: 65 E dizi, fe i Por
íia- • ~ vos tenho dito, que ningué a mypode vir,
- iffo
. J1, fe de meu Pae lhe naò for dado.
íhe naõ «,
fite. 6:44. 66 Desd’entaõ fe tornaraó muytos de feus Diícipulos a tras, e ja
naó andavaõ com elle.
I , Alfi que diflè Jcfos a os doze: Por ventura quereis vos vosou-
67
tros umbeía ir ?'l
' $ Refposft
SÉGUNDD S. JÕ AO. Cáp.VII. io/
Refpondeulhe pois Simaõ Pedro : Senhor, a quem iremos ? .
Tu as palavras da k vida eterna tens. ‘ kAíi^t.,
69 Eja nos outros cremos, e conhecemos, lque tu es0 Chriíto,
0 Filho do Deus vivente.
70 Jefus lhes refpondeu: m Naô vos efeolhi eu doze e hum de
vosoutros Diabo he ?
7í E [ifiõ] dizia elle de Judas de Simaõ Ifcariota 5 porque eíte #>£^.6:15,
0 avia de entregar, 0 qual era hum dos doze.'
C A P I T U I/O VI f;
X Andado lefius em Galilea amoefao o feus irmãos 5 que a lerufialem â Fefia das
Cabanos va* 6 O que por entonces recufia. Io Mas Jegue defpois de alguns dias
em fègredo. 14 Enfina no' Templo * e defende por boa fita doutrina * como tam
bém fieu milagre feito emSabbado. 25 T)as diverfas opinioens que 0 povo delle
tinha. 50 Polo que alguns procurao prendélo 3 mas nao podem. 32 Mandam
os Princepes dos Sacerdotes«, e os Pharifios > feus fiervidores a 0 prender. 33 Ame-
. aça a os incrédulos Judeos^ que defpois 0 naè achariao. yj Convida afia todos
gs fiedentes 5 e promete 0 EJpirito Saneio a os quenelle crerem. 40 t>o que na
companha-diffenfiai nace. - 45 Tornaò fie os fervidores fiem prefio 0 trazer* elou-
vdõ fua doutrina. 47 Indignados d?isto os Pharifieos* injuriai a Chrifto* e a a
povo. 50 Nicodemus os contradiz > e avendo diffimfiao e&tre elles * vaõ fie.
* «*
SEGUNDO S. J0AÕ1 Cap. VIII. í-5
Capitulq IX*
Uniando Chrifoem Sabbaào com lama os olhos de hum cego ãenacimento y
dandolhe.s lavar nas aguas de Siioé > lhe dá vifia. 8 O que o cego a feusiffizt-
nhos pontualmente conta. 13 Como também a os Phavijeos a quAi levado foy*
ió Polo que de Chrifio blasfémac como de quebrantador do Sabbado e daTeguei-
X Ta d'efie cego duyidae. 18 £ a efia caufia a os paes do cego chamaõ > os quaes
bem confeffiao que cego nacera > porem no de mais a 0 tefiimunho de [eu filho fie
remitem» 24 A quem outra vez chamao > e 0 examinao. 27 E elle lhesrefipon-
de. e por efiao bra lhes teftifica \ que Chrifio nao he pecador > fienaí de Deus
vindo. 34 Polo que ajfrontofiamente fora 0 lançao. 35 Sendo 0 cego ainda mais
claramente por Chrifio informado ’nelle créy e 0 adora. 40 Denuncia Chrifio a
£s Pharifieos, que espirrtualmente fao cegos j e que em feu pecado permanecem >
por ajji 0 nao corfejfiarem.
Capitulo X
£ Com a pardbola das propriedades do fiel pafior prova Chrifto^ que elle he 0 w*
dadeiro fafior de fuas ovelhas. 7 Como também a verdadeira porta do curral.
12 E naõ jornaleiro» 14 Pois fua vida por fuas ovelhas voluntariamente poem*
I ? Polo que dijjençao entre os Judeos ha. 22 Eftando Chrifio em Jerufalem
na fefta da renovação do Templo ? os Judeos 0 rodeao » e lhe perguntao 4 fe
■elle era 0 Chrifio. 25 O que per fuas obras tefiifica a e invencivelmente prova.
26 Diz que "nelle nao crem» por quanto de fuas ovelhas naofao. 27 Masque
fitas ovelhas'nelle crem , e que elle» e feu Pae para a vida eterna as guardao*
31 Querem 0 os Judeos como a bldfphemo apedrejar. 34 Porem tom a Efcrltu^
ra 3 e com fuas obras fe defende j provando que justamente Filho de Detts fi cka-*
mou. 39 E faindofe de fitas maõs fe retira a 0 Jordam*
C A P I T V L O XI.
*4
Capitulo XII.
* Ckriílo com Lazaro á mefa ajfentado. J Marta 0 mifuel 4 Do que
Judas a reprende. 7 Mas Chrifto a defende. 9 Muytos Judeos vem a ver a
Lazaro. 10 Polo que também os Princepes dos Sacerdotes 0 procurai) matar.
12 Entra Chnsio cavalgando [obre hum ajho enljerufalem , e da companha com
alegria e parabéns , como a Rey de Ifraél, ke recebido. 2o E dejèjaõ alguns
Gregos de aChrifto ver , fobre 0 que a Philippe faliam. 23 Do que Chriíio oca~
fiai toma de do fruito de Jua morte tratar , comparando ay com 0 graõde trigo.
27 Turba fe em fita almay ora a feu Pae , e com huã voz do ceo he clarificado. ■
16 Informa de novo , a companha dcerca do fruito e maneira de fita morte , -e
amoefia a em fua lua, andar. $1 Do que os Judeos mais fe endurecem, como por
lfavas predito efiava. 42 Porem muytos dos Princepes 'nelle crem , mas mu fe
atrevem a confifalo. 44 Mmoefia de novo á fé, et confiffaõ delia. >
tAl 0
»Matt.t6;i * X7ey° poisjefus feis dias antes da Pafchoa a Bethania, aon-
<*• * de Lazaro o que falecera eftava, a quem dos mortos refu-
^Luc-^ - ditara.
7«4.ír£ 1 Fizéra5 lhe pois ali huã cea, e Martha fervia $ e Lazaro era
' hum dos que juntamente com elle [d me/aj eftavaõ aflèntados.
J Tornando pois Maria hum arratel de unguento de nardo puro
de muyto preço, ungiu os pees a Jeíus, e alimpou lhe os peescom
feus cabellose encheo fe a caía do cheiro do unguento.
4 Entam diífe Judas de Simaô Ifcariota, hum de feus Difcipulos,
o que o avia de trahir:
• Ou, reys. 5 b porque fe naó vendeo cite unguento por trezentos * dinhci-
b Marc.Í4; ros, e fe deu a os pobres?
5* » E ifto difle elle, naô polo cuidado que dos pobrestivcfièj mas
por-
SEGUNDO S. JOAÕ. Cap XII. nj
porque era ladraó , c e tinha a bolfa, e trazia o que rWh]fe<ÍM.ij:z>.
lançava.
•j1 Diffe pois Jefus: Deixa a; para d o dia de meu enterro guar- d Marc.14:
dou iftoi
8 Porque a t os pobres fempre com vofco os tendes, porem amy «Dtaw.
fempre me naõ tendes. xs‘
9 Entendeu pois muyta companha dos Judeos, que elle ali efta- Ma».. a(J:
va:eviéraõ, naó fomente por amor de Jefus, mas também por
ver a Lazaro, f a quem dos mortos refufcitára. /•
10 E confultáraó os Princepes dos Sacerdotes de também aLaza-
ro matarem.
11 Porque muytos dos Judeos por amor d’elle hiaõ , e em Jefus
criam.
M Em tJ7s
«4 OS. EVANGELHO
«i.O-iS: 24 Em verdade, em verdade vos digo, «Se 0 graõdetrigo, que
$6- ’na terra cae, naó morrer., elle £Ó fe fica; porem fe morrer, muy-
f to fruito dá.
37 • 2> p Quem fua vida ama, perdelaha; e quemWfle inundo fua
e 16= 25. vida aborrece, para a vida eterna a guardará.
-24 16 Se alguemme ferve, figame; é 5 aonde eu eflivér , ali eftará
também meu fervidor. £ ic alguém me fcrvir, o Pae o ha de
€f 17=33
vi * tS* r a
~ica. 143. h°nran
nL 17:24. 17:24. 27 r Agora eftã turbada minha almas eque-direi? Pae, íàlvame
w: d’efta hora: Mas por ifib a efta hora vim.
27.38:3%
27 3^39. 18 Pae, glorifica teu Nome. Ve-yò pGÍshuãvoz d’o ceoj
Narc. 14:^1
Man. 14; g ja pj tenho glorificado, e mitra vez [*] glorificarei.
i«c 3422’44 29 A-companha pois que ali efiava > e {y] ouviu, dizia, Qgeavia
XX.22:44-.
'
J jw.n:42. fi^
: 0 trovaó. Outros díziaõ: Algum Anjo lhe tem foliado.
J* Vd, fty 3° Refpondeu Jeíiis e diflè: j Naó *veyo eftavoz por amor de
feita. J my , fenaófenao por amor de vosoutros.
tjoa. 16 t 31 t Agora he d’efte mur.do o juízo.’ «< agora ferá lançado fora o
II© Princepe d’efte mundo.
* Ou > fo? 32 x E eu, quando d’a terra levantadofor, * a todos a mytrarei
tfidos a ray 33 (E iíto dizia fignificando de que morte avia de morrer.)
puxarei. 34 Refpondeulhe a companha; D’a Lcy temos ouvido , y -que
íí 14: pera fempre 0 Chrilfo permanece; e como dizes tu queconvem que
30. 0 Filho do homem feja levantado? Quem he efte Filhodo homem?
CWs/zní. Diíle lhes pois Jefus : Ainda por hum pouco de tempo 2 eftá
*A*^lI,comvofcoaluz; « andaeem quanto luz tendes, peraque as trevas
2 Rev 1S4 vos na° apanhem. E quê em trevas anda, naó fabe a onde vae.
loa-z: 14. Em quanto luz tendes, crede na luz, peraque filhos da luz
e8; aS.fejaes. Efias coufos foliou Jefus, e indo fe, eícondeufe d’elles.
y 2 Sam- 7: 37 E ainda que perante elles tantos finaes tinha feito , nem [pw
16- tjjo] ’nelle criaó.
i .ChrmXK 38 Paraque fe cumprifle a palavra d’o Propheta Ifoyas que diflèr
p/?’ 7 ^Senhor, quemnoflàpregaçaócrco? eaquemobraçodoSenhor,
e 89; 37. avelado foy?
11 iò: 4. 39 Por iffo naó podiaõ crer, porquanto outra vez Ifoyas diflè-:
ifay- s; 5- 4° c Os olhos lhes cegou, e o coraçaõ lhes endureceu; paraque
2w.a3-. 6»dos olhos naó vejaõ, e de coraçaõ [naé] enteadaó, efeconvertaó,
£zecA.37: e0 cure. 4t d Ift©
20.
44. e7sl4. 27. AficMi 7' Bw.nl *S íI2. «9:5. e12 ; 46.
* «ter. 13: t6. Ephe/.y.S. l.Theíf.^-.A. cTfay.Ctí».
Eztck.irn. Attít. IJ; 14. 4:12,L#f.S: 1©. ^5.28:26. jRvw.ll: 8.
SEGUNDO S. JOAO. Cap.XIII.
41i Iílo diflç Ifayas, quando fua gloria vio,e
dellefallou. 1
421 Comtudo ainda até dos Princepes créraõ muytos também e^7^3.-,
’nelle: mas naó 0 confeflavaó por amor dos Pharifeos 5 f por da
Synagoga naó ferem lançados. . * * |
43 s Porque amavaô mais a gloria dos homens, do que a gloriai:.44» |
de Deus. , r ,
44 E clamou Jefus, edifle: Quem em my cré, naó cré em my,
z fenaô’n aquelle-que me enviou:
45 h E qué a my me vé, vé a aquelle que me enviou. /, i
46 i Eu fou a luz que a omundo vim, para que todo aquelle que 30. '«£ |
em my cré, em trevas naó permaneça. 1 e 14« |
47 E íc alguém minhas palavras ouvir, «H naó crer , naó o * W«42:«. 1
julgo cu. k Porque naó vim a julgar a 0 mundo, mas a 0 mundo : * j
íálvar. S
48 l Quem a my me engeitar, e minhas palavras naó receber, ja e9 *. - j
quem o julgue tem j w a palavra que fidlado tenho, effa 0 ha dejul- «ii- 35. 1
gar’no ultimo dia. , ^<5.13:47. |
49 » Porque naó tenho eu fàllado de my mefino: porem o Pae^J^M'’!?, 1
que me enviou, elle me deu mandamento do que hei de dizer, e 9 :3’* I
ao que hei de fàllar. 7^-3:18. .1
$0 E fei que feu mandamento he vida eterna. Affi que o que cu- Maâ I
&llo, como o Pae.dito m’ pj tem, affi pj fallo. 16. * * I
nDeut. 18:18. «5.20. «7:16. «8:28. «14:10.24* el6i 13.
Capitulo XIII.
1 Levantando ft Cfarifio da cea, cinge fe> e lava ts feu a feus Difiifulos. 6 4
que Pedrono frincifio recafa» forem desfois confeute* 12 Exorta os a figutrem <
efie exemflo de fua humildade e fabmiJfaS. 18 Prediz lhes que hum delles •
avia de trahir? contra o que os confola» 22 E mofíra a Joai com hum bocado
molhado > que era Judas a quem o dava» T] O qual» avendo o Diabo3neUe em-
trado» fe fae. jl Fala o Senhor desfois com fedi de mais Difáfulos acerca de fua
gà/rificafoô. 34 Exhorta os a huns a os outros fe amarem. yj E blafonando
Pedro, que fua vida for elle foria 9 0 Senhor lhe frediz » que tres vexes o ne<* .
gararia.
%
t'
1 E *9®*^4 ^efta da Pafchoa, íàbendo Jefiis que ja fua hora era „ M/rtt
vinda, peraque defte mundo paffaffe a o Pae , avendo amado 2. * ’ .
a os feus, que’no mundo eftavaô, até o fim os amou. A&r«.i4:i.
* E acabadaa Cea í (avendo ja o Diabo mctido’no coraçaó deju-Xw. 22 *1. I
das de Simaólfcariota, que o trahifle,) AXar.22.^. I
Ff 3 1 1
4
2ZÍ OS. EUANGELHO
‘Matt. ii: 5 Sabendo Jefus c que ja o Pae todas as coufas em as maós dad»
*7* lhe tinha, <^e que de Deus avia faido, e a Deus fe hia,
4 Levantouíe da Cea, e tirou os veftidos, e tomando huá toa»
28. lha, cmgiofe:
5 Despois deitou agoa em [w] bacia, e começou a lavar os pees
a os Difcipulos, e alimpar com a toalha com que cingida
e Matt e^avâ-
14, ’ * 6 Veyo pois a Simaõ Pedro 5 e elle lhe difle: Senhor* * tu a my
< me lavas os pees ?
Jp 7 Refpondeu Jefus, e difle lhe : O que eu faço , naõ o íàbes tis
agora; mas defpois 0 entenderás.
S Diflelhe Pedro: Nunca jamais os pees me lavarás. Refpondeu
lhe Jefus: Se eu te naó lavar, parte comigo naó terás.
9 DiíTelhe Simaó Pedro: Senhor, naó íq meus pees, mas ainda
as maós e a cabeca...
ô ~—
ío Diflelhe Jefus: Aquelle que eftá lavado, naó neceflita fenaã
fl9a. i3. de lavar os pees, mas todo eftá limpo, f E vosoutros limpos eftaes,
porem naó todos.
gl9«.ó:^4. 11 g Porque bem fabia elle quem o avia de trahir: por iíTo difle 5
todos limpos naó eftaes.
h 11 Affi que avendo lhes lavado os pees, c tomado fleus veftidos,,
8-tornou fe~affentar R meJá\ e diflèlhes: Entendeis 0 que vos tenha
!• O / £♦* ó teitG?
f 1
f xX * 2
J3 h Vosoutrosme chamaes Meftre, e Senhor, cbem dizeis»
> Gal 6:1,2’ que eu [0] fou :
k í.Pcár.i: 14 Pois fe eu, 0 Senhor , e o Meftre, vos tenho lavado os pés,,
ai. i também vosoutros vos deveis lavar os pees huns a os outros.
. i.ioa. 2:6. 15 k Porque exemplo vos tenho dado, paraque como eu vos tenha
iMatt-10: feit0 facaes vosoutros também.
Lkj 6 - 40. 10 verdade, em verdade vos digo, l naó heofervo ma»
Ií>7i$; 2o. yor 9ue feu Senhor; nem o embaixador mayor, que aquelle que •>
wP/.4i:io. enviou.
â/áíí. 26: 17 Se eftas coufãs íâbeis, bemaventuradõs fereis, fe as fizerdes.
18 Naõ digo de todos vosoutros; bemfeieuaosqueefcolhid®
i.io«2:i9. teujjQ. mas peraque fecumpra a Efcritura, m Oqueco-
7 migO'Come, contra my len calcanhar levantou.
«16: 4. 19 n Desd’agora, antes que fe faça, volo digo, peraque, qiian»
iMatt.w. do fe fizer, creaes que eu [o] fou.
4?- 10 Em verdade, em verdade vos digo, «fe alguemreceber
L?í.iõ;ií.
SEGUNDO S.JOAO. Cap.XlII. n?
'/CU J
?, o que/renviar, a my me recebe: e quem a my me receber, recebe 3$.
aquelle que me enviou. .. ..
21 f Avendo Jeius dito iíio, turbou fe emefpirito, e teftificóu,^™^16,
c diflè: Em verdade, em verdade vos digo, que hum devosoutros j..
me ha de trahir. . is’
** Polo que os Difcipulos fe olhavaõ huns para os outros, duvi- Lucm'.zi>
dando de quem [íjti] dizia. ^ff.14.17.
23 ? E hum de feus Difcipulos, a quem Jefus amava, eftavaaflen-
tado recofiaiõ^ ’no regaço de Jefus. 1
24 A efte pois * fez final Simaõ Pedro, que perguntaflè , quem 4o/V
era aquelle de quem dizia? * Ou,^'-
ay E derribando íè elle a o peito dejcíus, diflèlhe : Senhor,
quemhe?
*6 Reípondeu Jefus: Aquelle he, a quem eu o bocado molhado
der. E molhando o bocado, deu o ajudas de Simaô Ifcariota.
x7 E após o bocado, entrou’nelle Satanás. Diflè lhe pois Je
fus : O que fazes, faze o depreífa.
*8 E nenhum dos que aflentados eflávaõ entendeu a que
[prefo/íto] lh’o difiera.
2.9 Porque alguns cuidavaõ, ? que por quanto Judas tinha a bolfa,
lhe dizia Jefus: Compra o que pera [o í/wj da Fefia nos he necefiã-
rio: ou, que alguâ coufa a os pobres deflè.
' 3o Avendo elle pois tomado a.bocado, logo feíãhio. Eera ja
noite.
3x Saido elle pois, diflè Jefus: Agora heo Filho do homem glo
rificado , e Deus glorificado’nelle he.
32 Se Deus’nelle he glorificado, também Deus o glorificará em
£ mefmo, f£ logo 0 ha de glorificar. t
33 Filhinhos, ainda hum pouco eílou com vofco. t Bufcarme- e, j ‘
heis 5 e, como aos Judeos difle, Aonde eu vou, naõ podeis vos-
outros vir: [aí]i\ volo digo eu agora também. ei: 2t.
34 « Hum mandamento novo vos dou, que vos ameis huns a os uLev. iy:
outros: Como eu vos amei a vos, que também vos huns aos outros 1S-
vos ameis. 22:
35 * ’Nifto conhecerão todos que meus Difcipulos íòis, fe amor j, . I4j
huns entre os outros vos tiverdes. Ephefs- i.
16 Diflèlhe Simaô Pedro: Senhor, aonde vas ? Reípondeulhe iyrhejfay.
Jefus: Aonde eu vou, me naõ podes tu agora feguir > y porem defpois
me feguirás. Ff 2 37 Difle- 3°** 3 •
#4; 21, âfi.^«.2:5. «4:2c, y ^«*.21: 18. a.Pftfai; 14»
^8 O S. EU AN GE LHO
?7 Diffelhe Pedro : Senhor, porque agora te naó poflo leguir?
zMatt.it , % porty minha vida porei.
Aiarc 14. • 38 Refpondeu lhe Jefus: Por my tua vida porás ? a Em verdade,
29‘ *' em verdade te digo, que o galo naó cantará, ate que trcs vezes me
Lw.2z:j^.naõ negues.
aMatt.26.
34. C a p i t u l o XIV.
Marc. 14:
e 30. Confola Chrijlo a feus Difcipulos acerca de fua ida a 0 Pae com aprome/fa de em
X^i34. a cafa ie fcu Pae lugar lhes ir aparelhar. 5 Declara, a Thomê que elle he >
caminho, a verdade, e a vida. 7 E a Philippe que quem a elle vê, 0 Pae vê»
12 Prometelhes ■> que grandes milagres fariam > e 0 que em fiu nome pedijfem^
alcançariam. 16 E que a 0 Espirito Sanff0 Confilador receberiao. 21 Exhor
ta os à [eu amor e a obediência de feus mandamentos > com promejfa de que elle
e feu Pae com elles morariam. 26 E de que 0 Efpirito fanffo tudo lembrar lhes
fria. 27 Deixalhes a fua paz. 28 Declara lhes que' por a 0 Pae fe ir > fe
deviam alegrar* 30 Mojlra fua promptidao em > ate *no padecer a 0 Pae
obedecer*
DiflelhePhilippe:
S Difle lhe Philippe: Senhor, moftranosaoPae, ebaftanos.
Jelus lhe difle
9 Jefus {m aue\
djlie: Tanto tempo {ha auej com vofcoeftou,
~ ~ e {afo-
~_
f Joa. io: 2 conhecido ’ Philippe? f Quem a myviftome
me naó tens; Philippe?/Quem my vifto me tem,
tem,
ja tem vifto a o Pae ; e como dizes tu ; Moftranos a o Pae ?
gfoa. IO ; 10 Naó cres tu s que eu {ejfou] ’no Pae, equeoPae eftáem my ?
JS. h As palavras que eu vos fàllo, naó as fàllo de my mefmo, i mas o
íloa.y.lê.
Pae que em my eftá, elle {he 0 as obras faz.
e$: 28
e íc:38.
u Crc-
114: 24. « I<; *1* e 17‘ **• %
SEGUNDO S. JOAÒ. Cap.XIV. ll9
ii Credeme que’noPae[efiou,] e {j#/]o Paedtáemmy: equan- >.
do naó, crede me polas mefmas obi’as. kMatívr
u k Em verdade, em verdade vos digo, que aquelle que em my • it> * *
cré, as obras que eu faço, também elle as fará: e mayores que eftas l«. 17: k.
fará. Porque eu a meu Pae vou. A&. 5: ix,
1? E tudo quanto em meu nome pedirdes, eu 0 farei: peraque el9'- jt:
o Pae em o Filho glorificado feja. Zter.a9:i2.
14 Se alguá coula em meu nome pedirdes, falahei. Matt 7,7<
15 Semeamaes, meus mandamentos guardae. Ma™ 11'
16 E eu rogarei a 0 Pae, e elle vos dará outro Confolador, pe- *"<k
raque para fempre com vofco fique: Luc. 11• 9»
17 A 0 Efpirito de verdade, aquemo mundo receber naó pode 15 7.
porque nam 0 vé, nem o conhece 5 mas vosoutros o conheceis, *I6:a4»
porque com vofco habita, e em vosoutros hade eítar. í*
18 n Orfàós vos naó deixarei) [outra vs&\ a vos virei.
19 Ainda hum pouco, emaisomuudomenaóverá: masvosou- 21.23.*
tros me vereis: porquanto eu vivo, e vosoutros vivireis. «15:10;
20 Naquelle dia conhecereis que em meu Pae [eftou* ] c vosou- i»l««.5: 3>
tros em my, e eu em vosoutros. vMatt.zi*
21 Quem tem meus mandamentos e os guarda, elfe he o que me
ama: e quem .a my me ama, ferá amado de meu Pae, e eu 0 ama
rei, e a elle me manifeftarei.
22 DiíTe lhe Judas, naó o Ifcariota: Senhor, que ha, porque a
nosoutros te has de manifeftar, e naó a 0 mundo?
23 Reípondeu Jefus, ediflelhe: Se alguém me ama, minha pa
lavra guardará, e meu Pae o amará, e a elle viremos, e com elle
morada faremos.
24 Quem me naó ama, minhas palavras naó guarda. ° E a pala- «Zm.?: 17;
vra que ouvis, naó he minha, fcnaõ do Pae que me enviou. e8: 18.
25 Eftas coufas vos tenho dito, eftando [anuía] com vofco. eI1-49.
26 P Mas aquelle Confolador, o Efpirito fànãõ, a o qual o Pae
em meu nome hade enviar, 9 effe tudo vos enfinará, c tudo quanto j r.w.
dito vos tenho, lembrar vos fará. 49. ’
27 r A paz vos deixo, minha paz vos dou: naó como o mundo 1^.15:24.!
p] dá, vola dou. Naó ie turbe voflò coraçaõ nem fc atemorize. 7.
28 / Ja ouviftes que dito vos tenho: Vou, e venho a vosoutros.4*
Se me amáreis, verdadeiramente vos gozaríeis, porquanto dito J
tenho, a o Pae vou: pois mayor he meu Pae que eu,
230 OS. EUANGELHO
ílw.i3‘.T9. 29 E ja agora volo diíTe antes que fe faça, t peraque quando fe
: \ fizer, [«j creaes.
” ? U ’ 30 Ja com v°fc° muyto naó fallarei 5 » pois ja 0 Princepe d’efte
ei&: 11.mundo vem, e nada em my tem.
Ephefv.2. 31 Mas pera que 0.mundo faeba, que eu a 0 Pae amo; e como
x joa. 10:0 Pae me x mandou affi faço. Levantae vos, vamos nos d’aqui.
18.
ZWr.io:?.
Capitulo XV.
Compara Cbrifio a ji mefmo com hw videira i e a feus Apoflohs com as vides
que efiando’nelle por elle muyto fruito dao. 9 Teftifica lhes feu efpecial amor
para com elles, e exhorta os a jèus mandamentos guardarem > e a huns a os ou
tros fe amarem. IJ JE/?e feu amor lhes mofira com fua vida por elles por > e
por feus amigos e eleitos os nomear. 18 Confola os contra a inveja do mundo ,
com feu exemplo. 22 Moftra que por fua palavra e obras fe tira a os fudeos
todo pretexto de escufa. 26 E que ãffi o Efpirito Sanfioj como também feus
Apoflolos d'elle tefiificaríaÕ.
quanto de meu Pae ouvi, vos tenho feito notorio. " i.Pe«M;». I
Capitulo XVI.
Tropbetiza Chrifto a feus Difcipulos que perfe^uidos feriai, 5 E confola os com
a promejfa do Efpirijo Saneio > que a 0 mundo de pecado •> jufiiça > e juizo re-
darguiria^ 12 E a elles em toda verdade os guiaria ? 16 Declara que cedo
delles tirado (iria > mas que pouco tempo despois a ver 0 tornariao, 20 E que
frefia fua trifteza^como as dores da mulher despois de parir > em gozo fe tornaria.
23 Exhorta os a em feu nome orarem 3 com promejfa de ouvidos ferem, 28 JE
abertamente > e (em parabolas declara > que a 0 mundo deixa, 31 Avifa os de
que espargidos feriam > e fua paz lhes promete.
Elle
SEGUNDO S. JOAO. Cap. XVI. 1 H?
14 Elle me ha de glorificar, porque d’o meu ha dé tomar, evo.'
Io ha de denunciar., • '••áa
15 A Tudo quanto o Pae tem, meuhe : por iflò dilFe, que d^^ i7-
mèu ha de tomar, e volo ha de denunciar. •' 1©.
'■6 i Hum pouco, e naó me vereis; e outra vêz, hum pouco, 3^
vérmeheis: porquanto a 0 Pae vou.
17 Difleraõ pois de feus Difcipulos huns a os outros ; Que
heiíto que rios diz ? Hum pouco, e naó me vereis; e outra vez:
Hum pouco, e vérmeheis e, porquanto a o Pae vou ?
is Affi que diziam; Que he ifto que diz? Hum pouco? Naó fa-
bemos o que diz.
19 Conheceu pois Jefiis que lhe queriaó perguntar, ediíTél
Perguntaes entre v-osoutros acerca a’ifl:o, que difle : Hum pouco,
e naó me vereis; e outra vez: Hum pouco, e vérmeheis?
20 Em verdade, em verdade vos digo, que vosoutros chorareis,
e lamentareis, e o mundo fe alegrará, e vosoutros triftes eftareis:
Mas em gozo vofla trifteza fe tornará.
. 21 i A mulher quarto pare , trifteza tem , porquanto fua hora , T/. ,
Vinda he: mas avendo^BS&^a criança, ja daanciaíe nao lembra,
polo gozo de que hum hdméin?’ho mundo’tiãcido aja.
21 Afli que também vosoutros agora ’ná verdade trifteza tendes:
mas outra vez vos verei, / e gozar fe ha voflo coraçaó, e ninguém /
voflo gozo de vosoutros tirará. Vo.
23 E’naquelle dia nada me perguntareis.« Em verdade, em ver- mjer. 29:
dade vos digo , que tudo quanto a meu Pae em meu nome pedir- lz-
des, volo ha de dar. 7'^'
Ui Até agora nada em meu nome pediftes > pedi, erecebereis, :.T j
peraque voflo gozo fe cumpra.
25 Eftas couíâs por paranoias vos fàllei: porem a hora vem quan- L»f. n: 9,
do por parabolas mais vos naó fellarei 5 mas abertamente acerca do lw.14:13.
Pae vos denunciarei. eifi 7.
2(5 ’Naquelle dia em meu nome pedireis; e naó vos digo, queca-1™1!^*
. por vosoutros a o Pae rogarei. et-14*
^27 Pois o mefmo Pae vos ama, porquanto vosoutrosmeamaftes, nioa i7»s.
™ e que de Deus fahi creftcs. ©1^13:3.
28 « Do Pae fahi, eaomundovim; outravez ao mundo deixo,
e ao Pae vou.
A
Capitulo XVII.
I Preparandofi Chriflo> como.nojfo Sumo Pontífice i para fita morte e paixaSd £
Jeu Pae roga, que o glorifique > paraque a os que o conhecem > a vida eterna d£>
4 Relata quam fielmente > e com que gozo, a obra cumprira que encomendado fi
lhes tinha. 9 Ora a oPae por fèus Apoftelos, que os conferve na uniac dacari-
dade* Do malino os guarde* 17 £ em fua verdade os fan&ifique. 2q Orfi
também por todos os de mais que por fua palavra dellesnelle aviaí de crer*
Faraqne todos hum fejaG* 24 E com elle efejao aonde elle eSiver > para^
que Jua gloria vejao*
*
1 pilas coufas jfallou Jefus, e levantou feus olhos aoCeo, edifie:
e y.u. íi : *JPae, a vinda he a hora, glorifica a teu Filho, peraque tam-
2?« bem teu Filho te glorifique a ty.
t n/T 2 Como íobre toda carnepoderlhe defie, peraque a tudo quan-
* PJ&. 8: £o Ihe defie ? a yida eterna ]hes d£
Watt, ii: ? E. efta he a vida eterna, que te conheçaõ a ty íb Deus verda-
i7: deiro, e a Jefu Chrifto a quem enviado tens.
e2S: 18. 4 Ja eu ’na terra tc glorifiquei, e confumado tenho a obra que
L«c. 10:22. me deite, que fizefle. z
7^-3:35. E agoraglorificametu, oPae acerca detymefmo, comaquel*
1 cL iY- Ia f <lue acerca de ty tinha, aantes que o mundo fofiè.
'2$. 6 Ja teu nome manifefiei a os homens, que d’o mundo me defie,
py.i; io. Teus eraó, e tu m’os defie , e tua palavra guardáraó.
Hebr. 2:8. 7 Agora ja Conhecido tem, que tudo quanto me defie, de ty he»
< ifiy. 53: s Porque as palavras que me defie, lhes tenho dado a elles, e
ja elles as recebéraô, g e verdadeiramente tem conhecido , que dc
2^* 9: ty faido tenho, e créraó que me enviafte. i
djoa. 13: 9 Eu*
. <14:13. elw.4;j4; ei?; f iw.I?l»»»e 1«:
SEGUNDO 'S. JOAÓTCap.XVIT.' tjy
$ Eu por elles rogo > naó rogo polo mundo, fenaõ póraquellès <
que me defte, porque teus faô. ' ■jy ....
10 EA todas minhas coufas, faõtuasj e tuas coufas foõ *’ *
e ’nelles lòu glorificado. ' ’
11 E eu ja’no mundo naó eftou: porem eftes [ainda] ’no muncío
eftaõ, e eu a ty venho. Pae fanéto, guarda os em teu nome, p
faber] a aquelles que me tens dado, peraque hum fejaõ > como [tam
bém] nos.
12 i Quando eu ’no mundo com elles eftava, em teu nome eu o
guardava, k A aquelles que tu me defte, guardado os tenho j e ne
nhu d’clles fe perdeu, fenaõ o filho de perdição, peraque / a E 9*
tura fe cumpra. I/^.SnS:
i? Mas agora venho a ty, e folio ifto’no mundo, peraque em fi ¥faL iq;:
tnefmos cumprida minha alegria tenhaó. s.
M Tua palavra lhes dei, » e o mundo os aborreceu, porquanto mjoa. 15 •
dqmundo naó foõ, como eu do mundo naó fou. !?•
*5 Naó rogo que do mundo os tires, fenaõ que * do malino os * Ou ? **
.guardes. mau
ifi Naó foõ do mundo, como eu do mundo naó fou.
17 Sanâtifica os em tua verdade; n tua palavra he a verdade. a Im. 8 *4®»
is 0 Como tu a o mundo me enviafte , [*$] eu a o mundo os 0 Joa, ao«
enviei. 21.
19 ? E por elles a my mefino me fonétifico, para que também
elles em verdade íanétificados fejaõ. .
ao E naó fomente por eftes rogo, fenaõ também por aquelles ‘
que em my, por fua palavra, haõ de crer.
21 Paraque todos 7 hum fejam 5 como tu, (W] Pae, em my: e f 10 *
eu em ty, que também elles em nos hum fejaõ: paraque o mundo 1Ie
uea que tu enviado me tens. Galat'y.
22 E eu a gloria que a my me defte, lhes tenho dado a elles: pa- 28.
raque hum fejaõ , como nos [também] hum fomos.
t? Eu’nelles, e tu em my j para que perfeitos em hú fejaõ: e
para queo mundo conheça que tu me enviaftea my, e a elles ama-
Jlto os tens, como a my me amafte. r 12 ■'
' M r Pae, aquelles que me tens dado, quero que aonde eu eftou, atf.
eftejaÕ elles comigo também; para que vejaõ minha gloria que me <14: ?•
tens dado, pois tu me amafte desd’antes da fundaçaõ do mundo.
■% a? Pae jufto, /o mundo te naõ tem conhecido 5 mas eu conhe-
’çjdo te tenho, t c eftes conhecido tem que tu a my me enviafte. j7*
Gg1 2-5 E <17*.
0 S. .EVANGELHO
: aí E eu teu nome notorio lhes fiz, e notorio [Mo]ferei; peivu
que 0 amor com que me amafte, ’nelles efíeja, c eu’nelies.
- .<:.<• ’ z -
Capitulo XVIIL
« / ■>? Chnjlo com fèv$ Dijápulos # /w horta, a onde fadas, com hum efouadra^
a prendelo vem. 4 -S cora a palavra de Chtifoocae em terra o esquadrada l&Pe-
dt e corta a orelha a Malco , do que Cbrift-o o reprende. 12 He Chrifto prefo»
* primeirameiite 'levado a Mnnas ■> e despois & Cayphas* 1$ Pedro- 0 fegue e
0 nega, 19 Cayphas 0 examina acerca de feus Discípulos e doutrhsa. 22 Hum
dos criados 0 fere e elle diffo 0 reprende, 2$ Nega 0 Pedro ainda duas vezes*
28 He levado a Audiência a cajd de Pilatos^ que ^acerca de fua acufaçaõpergunr
e aofoizo dos fadeos entregar 0 queréf* Jq Pergunta lhe acerca de fiti
no i 0 auai 0 Sesihor te&ifica que d'efie innndo nao he* ?S Por innocente *
daliira j e como talfoliar 0 quer, 4o Mas os judeos a Baralhas pedem.
do Pontifice. 5»
16 E Pedro eftava fora á porta. Sahiu pois o outro Difcipulo
que era conhecido do Pontifice, e fallou á porteira, e meteu deii
tio a Pedro. ♦
17 Diífe pois a .criada porteira a Pedro : Naô es tu também do
Difcipulos d’efte homem? Diflè elle, Naô íou.> kMattMt
18 E eftavaõ£aS] os servos,, e os miniftros, que aviaõ feito bra- 59’
fas, porquanto fazia frio, e aquentavaô fe. £tsmbeni\ com
Eftava {tatnbtm\ *
elles Pedro e aquentava !è. LtK&v.Vy
. 19 Perguntou pois o Pontífice a Jefus acerca de feus Difcipulos,.;
de fua doutrina.
io Jefus lhe refpondeu: / Eu abertamente a o mundo fallei; eu IIm-t* *6*
fempre’na Synagoga e’no Templo enfinei, aonde os Judeosde
todos os lugares fe ajuntaõ, e nada em oculto fallei. m ler-20:2.
21 Que me perguntas amy ? Pergunta aos que o ouvíraó? que he
o que fallado lhes tenha ? vés aqui eftes fabem que he o que dito tenho.®
22 E dizendo elle ifto, hum dos miniftros, que ali eftava, ® deu j..
ajefushuá bofetada, dizendo. Afli refpondes ao Sumo Pontifice?
13 Refpondeulhe Jefus j Se mal fallei, dá teftimunho do malj £«£.2254.
c fe bem, porque me feres? oMatt.m
24 n pois marrado o mandara Annás a o Súmo Pontifice , 7i«
Caiphás:)
2$ 0 E eftava Símaô Pedro ali, e aquentavafe: difleraó lhe pois: Tu,
Naô estu também defeusDifcipulos? INegoueUe, edifiè: Naõfou.^j‘oa. jjj
26 Difle hum dos fervos do Pontifice, parente d’aquelle a quem 38.
^edro a orelha cortara: Naô te vi eu na horta com elle ? j Mattflqt
27 Negou pois Pedro outra vez, t e logo o galo cantou. J-
28 q Leváraô pois de Caiphás a Jefus á Audiência. E era pela
manhaâ: e naô entráraõ na Audiência, r pornaôfecontaminarem, j*
Spas que pudefièm comer a Paíchoa. r ^8. ‘Jq j
/ *9 Sahiu pois Pilatosaellesfora, cdiflc:Queacufiçaócontraéftc 28.
j homem trazeis? Gg 3 3o Re- <js: 3 »
a?s O S. EVANGELHO '
Refpondéraó, e diíTéraó lhe: Se efte malfeitor naófora, naõ
t’o entregaríamos. ■
Ji Diffélhes pois Pilatos: Tomae 0 vosoutros, e fegundo voffa
ley o julgae. DiíTéraó lhe pois os Judeos: A nos naõ nos he licito
a alguém matar.
3* / Para que fe cumpriffe a palavra de Jefus, que tinha dito»
fignificando de que morte avia de morrer.
loa.li: J2..
33 t AflT que Pilatos tornou a entrar ’na Audiência , e chamou a
t Matt. 27:
efus, e diffélhe: Es tu 0 Rey dos Judeos.
34 Refpondeulhe Jefus: Dizes tu iffo de ty mefmo, ou diíTéraó
L ■'Jjo outros de my?
Pilatos refpondeu: Por ventura fou eu Judeo ? Tua gente, e
s Princepes dos Sacerdotes a my te entregaraó, que fizefte ?
3^ RefpondeuJefus: « Meu Reyno naõ he d’efte mundo: Semeu
1. Tim. 6: Reyno d’efte mundo fora, meus fervidores pelejáraõ , peraque eu
-3’ a os Judeos entregue naõ foíTe: porem agora meu Reyno d’aqui
naõ he.
37 Diffélhe pois Pilatos: Logo Rey es tu? Refpondeu Jefus: Tu
dizes que eu Rey fou. Eu pera ifto founacido, e pera ifto a o
mundo vim, pera dar teftimunho á verdade. Todo aquelle quehe
da verdade, minha voz ouve.
38 Diffélhe Pilatos: Que couíàhe verdade? E avendo dito ifto,
x Matt.ri.tornou a a os Judeos, e diffélhes 5 * Nenhum crime ’nelle
24, ‘ acho.
Luc.zy.4. 39 Mas vosoutros tendes y por coftume, que eu hum pelaPa-
y Matt.xy, fchoa vos folte. Quereis pois que a o Rey dos judeos vos k>lte ?
*5 40 Tornáraõ pois todos a clamar, dizendo, s Naõ a efte, fenaó
j „ a Barabbas. o É era Barabbas hum falteador.
Kí/f.23:17.
MS.pyaMatt.rj-.lS. Marc. 15 : y. Xw.23; 19.
9
SEGUNDO S. JOAO. Gap.XIX.
r
Capitulo XX.
I Vaè Maria Magdalena a o fepulchro , e achando o vazio > dâ as novas a Tedn
e a Joaô. 3 §£xe ambos juntos a 0 fepulchro correm , e affi, 0 achao. 11 VI
Maria 'no fepulchro a deus Anjos, 14. Chrislo lhe aparece , e as novas de fua
refurreipaõ a fius Difcipules dar lhe manda- 19 A os qu-ies também á tarde
aparece. 22 Da lhes 0 Efptrito Saneio f e poder pera os pecados perdoare e re
ters. 24 A 0 que Thomé naõ quer dar credito ■> por íe nao aver achado prefen-
te. 26 Ate que oito dias despois a Chrijlo vé , e 0 cw.feffa, 30 E declara
Joaõ, porque de muptos outros finaes > fò esses efritos e/iai.
Capitulo XXL
I Estando alguns d"es Difcipulos pefiando > o Senhor lhes torna a aparecer, 6 E
■com Jua bençaõ alcançao huãí grande preja de peixes > por onde o conhecem, 7 Lan
ça Jè Pedro a 0 mar y pera a elle ir j e os outros com 0 barco 0 feguem* 9 Jan
ta com elles. E a Pedro tres vezes pergunta fie o ama > e que fuas ovelhas
apafcente lhe encomenda, 18 Profetiza lhe a morte comque a Deus avia de glo
rificar. 20 Refrende Jua pergunta acerca de Joao. 24 E conclue 0 Euangelijt*
Jua hilloria Eu angélica.
1
*
» •
f
■ 4
r
A C T O S
/
DOS
S. APOSTOLOS
ESCRITOS
PELO EU ANGEL1ST A
S. LUCAS.
Capitulo L
I de 8* Lusas com que efte [eu fegwtdo livro a feuEuangelho une* J Avtit*
do Chrifio refiijcitado dos mortos » wnverfa cem jeus Apofolos quarenta dias*
4 Manda lhes que em Jerujalem a miffaõ do EfiíritoJan&o esperem* 6 Re-
fion.de lhes a pergunta de quando e Revno a Ifiael reftauraria* 9 A vífla
díelles* a tf Ceo fo&e., 10 O que dous Anjos tefôifcaõ , predizendo também fia
tornada, II Tornaõ fe os Apofiolos a Jerufalem. 13 Rerfeverao concordemen-
te em oraçoens > com alguas mulheres 5 e eom a mae de Chrifio^ 15 Relata Ptf-
dro a predicçao acerca de Judas -> e feu fim, Z1 E exhortando a ordenar outro
em [eu ligar > dous para ij[o [ao aprefentados, 24 JS avendo feito orapaõ he
Matthias por fortes ? eleito Apoftolo,
I
S. A P 0 S T 0 L O S. Cap.II. i?x
nhor a meu Senhor, Aflentate á minha [««?] direita:
H Até que a teus inimigos ponha por efcabello de teus pés.
36 Saeba pois certamente toda a cafa de Ifraêl, que Deus Senhor
e Chrifto o fez, [a jaher\ a efte Jefus, que vosoutros crucificaftes.
37 * E ouvindo elles coifa>] foraô compungidos de cora-
çaó, e difleraô a Pedro, e a os de mais Apoftolos: y Que faremos 5 xZach. Ii;
10.
varoés irmaós ? Luc.3: io.
E Pedro lhes diflè: Arrependeivos , e bautizefe cada hum de Aã •); 6. ~
vosoutros em o nome de Jefu Chrifto, pera perdaó dos pecados j e y Aã. 16:*
oodom
domdodoEfpirito fanétorecebereis.
Efpiritofanéto recebereis. ■*
• 39 Porque a vós vos pertence a promeflà, e a voflos « filhos, e s ^'/anS.
a todos « os que longe eftaó, a tantos quantos Deus nofío
noíTo a Ephef.i:
a fyhef-
Senhor chamar. 13«
40 E com outras muytas palavras teftificava, e [w] exhortava,
dizendo, Salvaevos defta pervería geraçaó.
41 Afli que os que de boamente recebéraó fua palavra, foraô
bautizados, e acrecentáraõ fe n’aquelle dia [á Igrefi] quafi tres mil
almas.
41 E perfeverávaó ’na doutrina dos Apoftolos, è ’na comunhão, e
• ’no partir do paó, e ’nas oraçoens.
43 E em toda alma temor avia , e b muytas maravilhas e fi-^Marc.iíí
naes pelos Apoftolos fe fàziaõ. ' J7-
44 c E todos ós que criaó juntos eftavaô, e todas as coufas cõ-
muas tinhaó. .
4j E [fias J pofleflbens e fazendas vendiaó, e « com todos as re- ^g.4; 31.
partiaó, fegundo cada hum mifter avia. dijay.^t
46 E e perfeverando cada dia concordem ente’no Templo, epar- 7.
tindo o pam de cafa em cafa • comiaó juntos com alegria, e com Aã. 4:3? ♦
fingeleza de coraçaó.
47 Louvando a Deus, e tendo graça pera com todo o povo. fTL
acrecentava 0 Senhor cada dia á Igreja aquelles que fe íalvavam. Ai;ai.
«•
Ca.
4V
Í3 a
l
ACTOSDOS
C AP I T U L O III.
I Indo Pedro i Joao a o Templo. > jarao a hum coixo de nacimento. J D» que
espantandofi o povo e concorrendo t 11 Pedro o informa que aquillo naõ por fua
virtude} fenaõ por fó a virtude de Christo feito fora. 14 Aquem elles morte
íinbaõj porem elle dos mortos refascitdra. V/ Confilaos > e exhorta que Je emen
dajfem. 2o Pera conforme 0 tejtiinuubo de Mofjes , e de todos os Prophetas
a benpdõ de Abraham rcaberem.
loa 9:8 *erm°la> * pera pedir eímola a os que no. Templo entravao.
0u,J?Z 3 Oqual vendo aPedro e ajoaó, que *vinhaõentrando’noTem-
#
i
*4
I *
li 3 CA-
!
Vi A CTO S D O S
f
Capitulo IV.
X Encarcerai os Princepes dos Judeos a Pedro e Joaõ. $ Ajuntafie todo o Con-
fielho, examinando os fiobre a cura feita acerca do coixo, $ Teftifica Pedro que
fora feita em o nome de Jefius 3 e acrecenta/que effe he a Pedra reprovada dos
edificadores 3 e o único Salvador» 13 O Confielho ? ainda que convencido3 lhes
manda, com rigourofias ameaças 3 de nao pregar mais em 0 nome de Jefius e larga
os» 20 Reldtaoy 9 que lhes acontecia > a os fieus 3 que unanimes pedem a defenfia
e bençaõ de Deus fiobre. a pregaçaô da palavra, 31 E ouve os Deus com terre
moto» 32 A concordia e caridade dos fieis 3 que vendem fiuas pofifefifioes para*
■ foftento dos necefitados, 36 Pelo também Barnabas*
t
/
255 A C T O S D O 5
iMarc, 16'. 30 l Eftendendo tua maõ para curas, e que finaes, e prodígios
17.
fe façaõ pelo nome de teu Sanéto filho Jefus.
•m Aã. 16 ;
31 E avendo orado,« moveu fe 0 lugar em que ajuntados eftavaõ,
26.
e foraó todos cheyos do Efpirito Sancto, e fallavaó á palavra de
„ Deus com oufadia.
1 Petfrvs' $1 234* E da multidão dos que criaõ, era »hum coraçaó e [huã] al-
............. ma 5 e ninguém dizia fer feu proprio coula alguá ao que tinha,
mas todas as coufas lhes eraõ comuas.
~ E os Apoftolos davaó teftimunho da refurreiçaõ do Snor Je-
íus com grande esforço j e em todos elles avia grande graça.
3+ Porque também nenhum neceflitado entre elles avia 5 porque
todos os que pofluiaó herdades
herdades, ou caías, vendendo as , traziaõ-
o preço do vendido, e depofit
dcpofitávaó a os pees dos Apoftolos.
vpottoios.
jfaj .58:7.
•ff Jfij s$-’7> 35 3$ 0 E a cada hum íê neceflidade tinha.
fe repartia fegundo cadaqual neceflidadetinha.
tf Entonces Jofes, dos Apoftolos por fobre nome chamado Bar-
nabé (que traduzido , he filho de confolaçaô) Levita,
Levita, natural de
Cypro.
37 Como [tombem] tivefle huá herdade, vendeo £»], e trouxe 0
xf preço, e depofitou 0 a os pees dos Apoftolos.
Capitulo V.
1 Reprende Pedro a os dous hypocritas > Ananias e Sapphira» e Delis cafiiga a am
bos com a morte repentina. i2 Fazem os Apoftolos muitos milagres e •> lan
çados na prizao» foraífoltos por hum Anjo. 21 Envia o Conjelho àcs fudeos
a trazêlos y mas achac o cárcere vazio» 26 LevaS os do Templo perante oCon-
felho. Z? E ali fe defendem» etefiificaõ deChrifío e de fua refurreiçaõ. 33 Con-
fulta o Confèlho pera os matar. 34 Porem folta os â advertência de GamaUeh
fendo primeiro açoutados. 40 Alegrão fe elles fobre ifo» e9no pregar oufadame#*
te adiantao.
5
S. APOSTÒLOS. Cap.V, '
j E oUvindo Ananias eftas palavras, cahio, c efpirou. E vèyo
hum grande temor fobre todos os que o ouvíraó.
á E levantandofe os mancebos, tomáraô o, e levando [«] fora,
fepultáraô
7 E paíTado ja efpaço como de tres horas, entrou também fua
mulher, naõ fabendo o que avia acontecido.
$ E Pedro lhe * diflè: Dizeme, vendeftes por tanto aquella her-* Gr. ríx.
dade: Eelladifle: Si, portanto.
9 E Pedro lhe diflè : que ha que entre vós vos concertaftes ’
o Efpirito do Senhor atentar? Vés aqui aporta os pés dos que ateu
marido fepultáraô, e [também] a ty te levaráõ.
10 E logo a feus pces cahio, e efpirou. E entrando os mance
bos, acháraõ a morta; e fora a leváraó, e junto a feu marido £«]
fepultáraô.
11 E veyo hum grande temor em toda a Igreja, e em todos os
que eftas coufas ouvíraó.
ii « E por maôs dos Apoftolos fe faziaõ muytos finaes e prodi-
*ios entre o povo. E eftavaó todos unanimes’no alpendre de Sá-4 1^rc'1S‘
Í amaó.
i? E dos de mais, ninguém fe oufava a ajuntar com elles; porem
o povo em grande eftima os tinha.
14 E a multidaõ dos que * em o Senhor criaõ , affi de varoés co- *Gr.«».
mo de mulheres, fe augmentava de mais em mais.
15 De maneira, que a os enfermos ás ruas traziáõ, e em camas
e catres os punhaô, peraque, vindo Pedro, a o menos também
fombra a algum d’elles cubrifle.
ió E até das cidades circumvizinhas concorria a multidaõ ajeru-
falem, trazendo enfermos, b e atormentados de eípiritos immun- b Man. 16:
dos s os quaes todos eraô curados. 17-
17 E levantandofe o Sumo Pontífice, e todos os que com elle Si
eftávaõ, (que era a Seéta dos Sadduceos) enchéraô fe de inveja. e y‘.
1S Elançáraõ maô d’osApoftolos, epuféraõ os na priíãôpublica. e <•
ií> t Mas o Anjo do Senhor abrio de noite as portas da prifaõ, e c atâ- »:
tifando os fora, diflè:
m> Ide, e pondovos empé, fàllae’no Templo a o povo todas as íl6‘ *-
palavras d’efta vida.
u E ouvindo elles fí&Q j entráraópelamanhaãcedo’noTemplo,
eenfinávaó. Vindo porem o Sumo Pontífice, e os que com elle
eftavaó, convocáraó o Concilio, e a todos os Andaós dos filhosde
Kk lfracl,
t
/
«
t
Ifrael, e mandáraõ a o cárcere, peraque os trouxeflem. J
Capitulo VI.
I Efiolbe 4 j fola murmuraçaS dos Gregos > fite Diáconos y que feio*
ftyoflolos fe confirmai. 7 dai fe a Igreja também Sacerdotes. 8 Efte-,
•vai , hum dos Diáconos, faz muitos milagres# e os da Synagoga dos Libertinos
e outros fe levantao contra elle* lo Pois como nao podiaõ refislir a feu Efpirito
e fabedoria, levai 0 perante 0 Confelho* IJ E fobomao falfas te^imunhas, que
acufao 0 de blasphemias contra 0 Templo e a Ley* 15 Refplandece feu rofo co~
mo o de hum Axfh
I
S. _ A P O S T 0 L O S. Cap. VII.
e Quem te pés a ty por Princepe e Juiz, fobre nosoutros? «Emíz-.
is Queres me tu [também] matar a my, como hontem a o Egyp- ,,14*
ciomatafte? ^*aI*
29 E a eftapalavrafbgiu Moyfes, e foy peregrino em terra de ab.\\ 7.
Madiam, aonde gerou dous filhos. . ; *7:*35-
. 3© d E cumpridos quarenta anos, o- Anjo do Senhor lhe apare-
ceuno deferto do monte de Sina , em huâ flama de fogo de hum
çarçal. -
31 Entonces Moyfes vendo , maravilhoufe da vifaõ 3 e ch^^**
gandofe a ver, a voz do Siror lhe foy feita,
32 [Dizendo], e Eu fou o Deus de teus paes, o Deus de Abraham, eExod 3:6.
e.o Deus de Ifaac, e 0 Deus de Jacob 3 e Moyfes todotremendo, Matt, zz:
naõ oufava atentar. 3X-
Edifle lhe o Senhor: /Descalça asalparcas deteuspeesj por-®—* II:
que 0 lugar em que cftás, terra fanéta he. flof\•
34 * Atentamente vifto tenho a affliçaõ de meu povo, que em
Egypto eftá, e feu gemido ouvi, e.defcendi a os livrar 3 agora pois tenho^vijlo
vem, enviartehei a Egypto. tenho,
35 A efle Moyfes [pois J, a o qualnegado aviaõ, dizendo, Quem
por Princepe e Juiz te põs ? A efle enviou Deus por Princepe , e
Libertador, por maó do Anjo, que ’no çarçal lhe aparecera.
3<S g Efle fora os tirou, fazendo prodígios e finaes na terra de£
Egypto, e ’no Mar vermelho, h e ’no deferto, [por] quarenta £
anos.
37 Efle he aquelle Moyfes, que a os filhos de Ifraêl difle: í Hú hExod.i6-,
Propheta vos levantará o Senhor voflo Deus d’entre voflbs irmaós, 1,
como a my, k a elle ouvireis. Deut.i:^
38 / Efle he aquelle que efteve’na congregaçaó [de povo] em QtDeut.iSt
. deferto, « com 0 Anjo que lhe fallava’no monte de Sina,
noflos paes 3 o qual as palavras viventes recebeu, para anos nolas dar.
59 A o qual noflos paes naó quiféraó obedecer 3 antes [<Q eagei- iMatw
táraô, e de coraçaó a Egypto fe tornáraó. 5.
40 Dizendo a Aaraó: « Fazenos Deufes , que diante de nos vaô. IEx°d. 1?:
Porqne [punto] a efle Moyfes,. que fora da terra de Egypto nos ti- 3* ,c
LI » Ca ‘t
á! A C T 0 S D OS
< J , ,
C A P 1 T U L 0 IX.
i farte fe Saulo para Damasco , para também ali perfegutr a 'os fieis. 3 He ter~
cado no caminho de hum refplandor de hz do ceo , lançado no chao , e do mes"
isto Chrifio reprendido , e com cegueira ferido. lo Envia 0 Senhor a AnaniaS.
a elle. que, no principio temendo ir, despóis foyfe, fez 0 tornar a ver, inslrue
0, e bautiza 0. 23 fréga Saulo a Chrijlo , e os Judeos ciladas lhe armai,
j«e escapa, guindado da muralha ’nhum cefto. 16 Vem a fervfalem, e Dorna,
bé 0 leva a os Apofolos, e prega ali também a Chriclo. 30 farte fe a Tar
jo , pera evitar as ciladas dos fudeos. 31 As Jgrejas tem paz e crecem,
33 Chega fedro a Lydda , e fára a Enêas , como também emfoppe aTabitht
■ dos mortos refuscita. 42 folo que muitos crem.
•c
S. A P O s T o L O S. -Cap' IX. '
, 12 E tem vifto em vifaó., quehum varaó por nome Ananias en- ■
trava, e íòbre elle a maõ punha, pera que a vér tornaíTe.'
13 E refpondeu Ananias: Senhor, a muytos d’efte varaó ouvi,
í quantos males tem feito ã teus fanétos em Jerufalem. * * 11»
14 E aqui poder dos Princepes dos Sacerdotes tem, paràprendera
todojs os que teu nome invocam.
15 Porem o Senhor lhe difiè : Vae, k porque vaíò efcolhido me n. * *
he efte, pera meu nome levar diante das gentes , e dos Reys, e kAã.vxtò
dos filhos de Ifraêl. , <22:21.
161 Porque eu lhe moftrarei quanto por meu nome padecer deva. 1 •r»
17» E foy Ananias e entrou na caia, e pondo as maós fobre elle,
difiè: Saulo irmaõ,j o0 oennor.jconvem faber Jefús
Senhof (convém aaiaoer que ’nocami-
jeius,, que no cami-£ e * ,
nho, por onde vinhas, te apareceu,) me enviou, peraque a vér
tornes, e cheyo do Efpirito fancto fejas.
-o T? 1___ í 11- __/ J _ 11 . _ _____
18 E logó lhe caíraõ dos olhos como efeamas, e d’improviíõ a 21;
vér tornou, e levantandofe, foy bautizado. ii.
19 E* como comeu, ficou confortado. E ' efteve Saulo alguns a-c^n:
dias couros Difcipulos, que em Damafco eftavam. ° x?-
mAã.22;
20 E logo’nas Synagogas pregava a Chriíio : que aquelle era 0 ia.
Filho de Deus. * Ou, tg*
21 E todos os que 0 ouviaó, eftávaó atonitos, ediziaõ: Naõhe mando al-
efte aquelle que em Jerufalem aflolava a os que efte nome invòcá- guS ctmi-
vaó? e a iflo aqui vevo, pera prefos os levar a os Princepes dos Sa mida>6u,
nfeiptí.
cerdotes?
22 Mas Saulo muyto maisfe esforçava, e confundia a os Judeos,
que em Damafco habitavam, provando que aquelle o Chrifto era.
43 E como paflaraõ muytos dias, tiveram os Judeos entrefi cõn-
felho, para 0 matarem.
24 Mas fuas ciladas * viéraõ á noticia de Saulo ; ® e ellcs guarda- * q ?
vaõ, afli de dia como de noite, as portas, pera matar 0 poderem.
25 Porem tomando o os Difcipulos de noite, «[«j guindáraô pe- n2.c0r.in
lo muro abaixo em -hum ccfto. 32.
26 E como Saulo veyo a Jerufalem, procurava ajuntarfe com os0 y°faé 2:
Difcipulos; porem todos d’clle fe temiaó, naô crendo que Diíci-
pulofoffe.-
*7 f Mas tomando o Bamabé com figo , trouxe p] a os Apo-*^’ n
ftoíos, e contóú lhes como’no caminho a o Senhor vira, elhe fab-
lára, e comò em Damafco fàllára.oufadamente em o nome deJefus.
?i E andava com eiles entrando , e faindo em Jerufalem. - *
Lh 27 E
■W A C T 0 S D O S
19 E fallando oufadamente em o nome do Snor Jcíus; fallava e
difputava também contra os Gregos, porem elles procurávaó ma-
tálo. ‘ /
30 Entendendo [0] porem os irmaõs, acompanháraó 0 até Ce-
farea, e enviáraó 0 a Tarfo.
31 As Igrejas pois por toda Judea, eGalílea, eSamaria, paz
tinhaó , e edificadas eram; e andando em o temor do Senhor, e
[ 'na ] confolaçaó do Efpirito fanéto, fe multiplicávaó.
32 E aconteceu que paflando Pedro por * todas fartes J, veyo
*0u, To> também a os íânétos que em Lydda habitávaó.
dos. 33 E achou ali a hum certo homem, por nome Enéas, que avia
oito annos que em huá cama jazia, qual era paralytico.
34 E diífélhe Pedro: Enéas, Jeíu Chrifto faude te dá, levanta-
te, e faze tua [mw]. E logo fe levantou.
35 E viraõ 0 todos os que em Lydda, e Sarona habitávaó, os
quaes a 0 Senhor fe convertéraõ.
36 E avia em Joppe huá certa Dilcipula, por nome Tabitha,
*®.dcor- que traduzido, fe diz * Dorcas. Efta citava cheya de btJas obras,
ça^ OU) ca- e efmolas que fazia.
37 E aconteceu ’naquelles dias, que enfermando ella, morreu j.
c avendo a lavado, puiéraõ a ’no cenáculo.
38 E como Lydda eftava perto-de Joppe, ouvindo os Difcipu-
los que Pedro ali eftava, mandáraôlhedous varoens, rogando [/fe]
que naô fe detivefle em a elles vir.
39 E levantandofe Pedro foy com elles 5 o qual como chegou,
leváraó o a cenáculo, e todas as viuvas o rodeai aó, chorando, e
moftrando \_lheJ as túnicas, e os vellidos que Dorcás fizera
quando com ellas eftava.
40 Porem lançando as Pedro fora a todas, pós fe de juelhos, e
orou; e virandoíê para 0 corpo, diflè: Tabitha, levantatej Eella
abriu feus olhos, e vendo aPedro, aflèntoufe.
41 E dandolhe elle a maõ, levantou a$ e chamando a os íânétos,
e ás viuvas, aprefentou [lhã\ viva.
41 E fòy \jjla ] notorio por todo Joppe, e créraõ muytos cm o
Senhor.
43 E aconteceu que fe ficou muytos dias em Joppe, com hum
certo Simaõ curtidor.
S. A P O S T O L O S. Cap. X. 174
• 4
Capitulo X.
I Aparece hum .Anjo a Cornelio > o Centuriaõ, em Ce/àrea} ocupado em jejums e
orapao, e manda lhe chamar a Pedro de Joppe, fera d’elle fer instruído. 1 Que
envia feus Cervos. 9 Pedro entretanto for hua vifaí , d’hum lençol, com toda
forte de animaes > aft mundos como imundos > do ceo defendido, e for falia ceie-
Jlial . he infiruido . que a diferença entre os Judeos e Gentios era tirada.
17 Chegai os fervos de Cornelio a Pedro, que . amoefiado de Deus * fojfi com
elles a Cerarea. 14 Aonde Cornelio efiá ajuntadoj com feus farentes. e o rece
be com grande reverencia. 18 Relata Pedro 0 que. Deus lhe revelára . como
também faz Cornelio. 34 Préga Pedro a Cornelio e a os feus a Christo. 44 E
todos recebem 0 Effirito Sanão. 46 Bailai lingoas efranhas. 47 E bauti-
zaÔ fe.
Capitulo XI.
I Pedro a ‘ferufalem ? e > fendo ali avifado de que communicdra com os
tios > fe defnde ? e relata tudo o que em quanto a iffo acontecia. -IS Accepta
/e fea defenfao. I? Pregão os feis espargidos a Chrifto em. Phenicia > e Cypr#
até Antiochia* 21 Polo que muitos crem» 22 Entendendo o a Igreja defeçu-
falem , envia a Parnabè para Antiockia pera conforta los. 2$ ®ue fe parte a
Tarjo j em buscar aSaulo > e achando o\ traz, o aAntiochia» Aonde os Difci~
pulGs primeiramente fe chamaí Chriftaos» 27 Prediz Agabo a carejlia^ 29 pu~
lo que os lrmaos por Saulo e Earnabê /ocorro enviaõ a os irmãos em jerufalem»,
Capitulo XII.
I Perfegue Uerodes a Igreja, 2 Mata afacebo. 3 Encarcera a Pedro, e mafr
da 0 guardar cem forte vigia. 5 A Igreja roga a Deus par eBe. 7 E eHe*
encaminhado milagrofamente do cárcere per hum Anjo , II Chega á cafa de
YAaria. bate á porta, fe lhe abre , e entra eile , relatando jua livraçaí a os
gue ali congregados eftávaí. 18 Heredes manda fazer inquirição jurídica das
guardas e leva os prefos, e parte fe para Cefãrea. J© Faz paz cem os de Tyre
e Sydon. 21 E, ferido em JuaJòberba por oAnjo, he comido de bichos. 3J Ear-
nabé e Saulo fe tomai a Antiochia.
, Capitulo XIII.
I Envia oEspirito/d Saulo eBarnabêa pregar o Euangelho a os Gentios* 4
defendendo a Seleucia 9 e dali navegando para Cypro 4 em Salamlna e Papho
prêgaÕ, 7 Aonde o Proconful Sérgio Paulo quer ouvllos. S O que procurando
Bar Jefas o Encantador estorvar > de Paulo com cegueira he ferido 3 e o Procon
ful convertido» I j Dali vêm aPergos e despois aAntiochia èmPlfidia. 1$ Aon
de > pregando Paulo em Synagoga y relata os benefícios de Deus a os Ifraelitas
feitos atè TtDavid» 2J E prova que a promejfa a a femente de Davld fe cum-
prio em Jefu Chrifto 3 que em Jerufalem foy crucificado > e d9os mortos refufçita-
do > como de Davld predito fora. 38 JÈ que por elle fe junifiquem todos os que
*nelle crem» 4^ Alguns dos Judeos crem? mas outros contradizem. 46 Polo
que elles fe tornao a as Gentes > d"as quaes crem todos aquelles que pera a vida
eterna ordenados eftávao* 50 Os Judeos levantaõ perjègulçao contra Paulo e
Barnabé 3 que facudem 0 pó de feus pês 4 e fe retlraS a Iconio»
t
S. APOSTOLO S. Cap. XIII. " âSi r
gí h Porque na verdade, avendo David em feu tempo a o confe-1
lho de Deus fervido, dormiu, e junto a feus paes poílo foy, e Jo.
corrupção vío. ^.2:29»
37 Mas aquelle que Deus relufcitou, corrupção nenliuã vio.
3$ Seja vos pois notorio, Varoens irmaós, > que por eíte remis-»Luc. 24:
faõ d’os pecados fe vos denuncia. . M '
3? k E \_que~\ de tudo o de que pelaLey de Moyfes juítificados^,^:i2
fer naó pudeftes, l ’nefte he juftificado todo aquelle que cré. ’
40 Vede pois que fobre vosoutros naó venha 0 que ’nos Prophe- e g‘; j,
èasditoeftá: . Gai.z-.ts:
41 «Vede, ó dêfprezadores, eadmiraevos., e efvaeceivos; por-^7.7:19.'
que obra cm voffos dias obro, obra que naó a crereis, fe alguém
vola contar. «í^y.28:
42 E faidos da Synagoga os Judeos, rogáraó as gentes,
que o Sabbado feguinte as mcímas palavras fe lhes falaífem. ‘ ‘.í
4? E acabada aSynagoga, muytosd’os Judeos, e dos Religiofos
profelytos, feguiraó a Paulo e a Bamabé; os quaes fàllandolhes,
w os amoeíiávaó que ’na graça de Deus permaneceífem. nAã. 11 •
44 -E 0 Sabbado feguinte ajuntoufe quafi toda a. cidade, a ouvir 23.
a palavra de Deus. e x4:2£«
45 Porem vendo os Judeosas companhas, enchéraó fe de inveja?
e contradiziaõ a 0 que Paulo dizia, contradizendo, e blasfemando.
. 46 Mas Paulo e Barnabé, uíàado de ouíãdia, difleraô : ° A vos- o
outros era miíter,. que primeiro a palavra de Deus íè vós fallaflè ? 6.
pmas pois a engeitaes, e d’a vida eterna dignos vós naó julgaes, JJ Kí.’
vedes aqui que ás Gentes nos tomamos. p1
47 Porque affi nolo mandou o Senhor [ífiaísá#] : ?Por luz d’as^ ^"‘S22
Gentes te pus, peraque por íàlvaçaõ fofíès até o cabo d’a terra.
4S E ouvindo [>ÁJ as Gentes, alegráraõfe, eglorificávaó a pa-
lavra do Senhor? e créraô todos quantos pera a vida etemaordena- «21:43»
dos cftávaô. 10
49 E divulgava íè a palavra do Senhor por toda aquella província. *9*
50 Mas os Judeos incitáraó alguãs mulheresreligiofasehonradas,?
e a os principaes da cidade, r e levantáraó perfeguiçaõ contra Pau- £^2:322
lo e Barnabé., e fora de feus termos os lançáraó. rxisauji
51 Porem facudindo contra elles o pó de feus pcés, viéraó íè a 11.
Iconip.
52 E enchiaó íè os Difcipulos de alegria, e do Efpirito íãnâo.
t
ACTOSDOS
Capitulo XIV.
I Pregão Paulo e Bmabè , e fazem prodígios em Iconio, e muitos ajf Gentio?
como Judeos crem- 4 Devantafe fobre iffo grande difíenfao e revolta > e elles a
Eyftra e Derbes fe acolhem. 8 Sara Paulo em Lyftra a hum coixo. II Polo
^ue o povo por Deufes os teve j ,e quer lhes facrlficar * o que * anunciandolhes a
converjao a o Deus vivo > apenas impedem, 19 Mas fobrevindo huns Judeos
de Antiochia e Iconio perfuadem a multidão 3 que apedrejem a Paulo. 20 Mas
elle levantafe e parte ['e com Barnabé pera Derbes. zç Exhortaõ a os irmãos a
— perfeveranpa. 2 3 E elegem Anciãos em todas as Igrejas, 24 E paffados ja
alguas terras e cidades* 26 ToruaÕ fe a Antiochia* vp E reldtab 0 que Deus
por elles fizéra.
*
*0u. que1 p aconteceu * em Iconio que juntos’naSynagogados Judeos en-
«7» icmio, Xj tráraó, e de tal maneira falláraó, que huá grande multidão
creu, adi de Judeos, como de Gregos.
2 Porem os Judeos incrédulos, incitáraó e irritáraõ os ânimos
ò’as Gentes contra os irmaós.
3 Detivéraó fe pois pZQ muyto tempo fàllando oufadamente em
tMarc. 16: o Senhor, « o qual dava teftimunho á palavra de fua graça , dan-
20. do que finaes e prodígios por fuas maõs fe fizeílèm.
9:11. 4 E á multidão d’a cidade fe dividiu 3 e os huns eraó polos Jude-
Heh- 3:4. os, e os outros polos Apoftolos.
5 E fazendo fe huá revolta, aíli d’os Judeos como d’as Gentes,
[ju?aamente] com feus Princepes, pera os afrontará, eapedrejarem:
* 6 * Entendendo o elles, t> acolhéraó fe a as cidadesdeLycaonia,
derando. Lyftra, e Derbes, e a província d’o redor.
íAZá«.io; 7 E ali o Euangelho denunciávaó.
y,^'s, 8 E hum certo varaó em Lyftra, c eftava aflêntado, impotente
dfãffi ^oSpés, coixo defd’o ventre de fua maé, que nunca tinha andado.
3 ’ ' 9 Efte ouviu fàllar a Paulo j o qual pondo os olhos ’nelle, even-
* Ou fer do que tinha fé pera * farar,
j
■falv0- 10 Difle com grande voz: Levantate direito febre teus pés:
^1/^.3 5:6- d E elle faltou, e andou.
11 E vendo as companhas o que Paulo fizera, levantáraô fuas ■
vozes, dizendo em lingoa Lycaonia, <? Os Deufes fe tem feito fe-
eyí5.28:6. melhantes a os homens, e a nosoutros defcendéraó.
* ou,a/>«- ix £ a Bamabé chamávaó Júpiter > e a Paulo Mercúrio, porque
^/^fte era 0 que * fallava.
praticafa~ L 0 Sacerdote de Júpiter , que diante de fua cidade eftava,
zia. .
\
S. APOSTOLOS. Cap.XIV. -x28i;_
trazendo touros e grinaldas á * entrada d’a porta com ascompanhas*Õu5<»?e-
focrificar [ZGw] queria.
I í4 Porém ouvindo [yj os Apoftolos Bamabé e Paulo, feus vefti-
|dos rasgáraó e entre a companha faltaram, clamando,
' 15 E dizendo, Varoens; /porque eftas coufas fazeis ? Também/10:
•nos homens fomos, como vos outros, ,ás mefmas paixões fugeitos, .
e vos denunciamos que d’eftas vans [coujas\ vos convertaes a o Deus
vivo, g que fez oCeo, e a terra, e 0 mar, e tudo quanto’nelles ha. g^» g.
16 h O qual ’nos tempos paflados deixou andar a todas as GentesêGen. 1: t,
[da huS~\ em feus caminhos a?ellas. iy«Z33-‘<í-
*7 ’* Ainda que com tudo a fimefmo fem teftimunho fenaõdeixou, « 124:8.
bémfazendo desd’o ceo, dando nos chuvas e tempos ffuétiferos, [e] /p/7 «p
enchendo de mantimento e de alegria noflos coraçoens. '
18 E dizendo ifto, apenas detivéraó as companhas, que lhesnaõ;^«.i:i?>
focrificaflèm.
19 Porem fobreviéraó [tina] Judeos deAntiochia, edelconio, e ).
períuadiraó a multidão, e * apedrejando a Paulo, trouxéraó [jQ
raítrando fora d’a cidade, cuidando que era morto. 25'
20 Mas rodeando o os Difcipulos, levantoufe, e entrou ’na cida
de > e o dia feguinte fo fahiu com Bamabé para Derbes.
21 E avendo denunciado 0 Euangelho á aquella cidade, e foito
muytos Difcipulos, tornáraô fe a Lyftra, e a leonio , e a Antio-
chia:
22 Confirmando * os ânimos d’os Difcipulos, l exhortando os a*^**^*
que ’na fé permaneceflem, » e [adwtlndo os J que por muytas tribu- ‘ a
laçoens nos importa entrar ém o Reyno de Deus. ’
23 E avendolhes, * por comum confentimento eleito Anciaõs'
em cada Igreja, orando com jejums, encomendáraó os a 0 Senhor
em o qual crido aviaó. 38.
24 E paflando por Pifidia, viéraõ a Pamphylia. 16:24.
25 E avendo foliado a palavra em Perges, defeendéraó a Attalia. Lw-Wtâ
26 E d’ali navegáraõ » para_Antiochia, d’onde á graça de Deus 32
encomendados foraõ, pera a obra que jacumprjdo aviaó. *Ou t>el»
zj E como viéraõ, e a Igreja ajuntáraó,relatáraôquamgran- levantar
des coufas Deus com elles fizera 5 e * como a as Gentes a porta da fas maõs»
fé abrira.
28 E ficáraó fe ali naó pouco tempo cornos Difcipulos, -
• . •
A C T O S D õ s
Capitulo XV.
I Houve diffenfao 'na Igreja de Antiochia acerca da guarda da Ley e circuncifii
de Moyjès, 2 Sobre o que Paulo e Barnabê a Jerufalem fao enviados. 3 Aon-
de relátao a converfao das Gentes e o effiado de contrcverfa. 6 Declara Pedra
na congregação dos Apoflolos e Anciãos > que nao convenha encarregar ds gentes
com o jugo da Ley. 13 O mesmo vota Jacobo j e 0 confirma com a Escritura
Sagrada. 19 £ conclue que nao Ibes convenha impor fenao quatro coufas neces-
Jarias, 11 O que toda a Congregação avendo achado por bem efcreve a as Igre
jas e por Barjãbas e Silas 4 enviados juntamente com Paulo e Barnabê > lhes
notifica* JI 6}ue ijfo com alegria aceitarao. 36 Chegando Paulo e Barnabê
em contenda por amor de Joao de Marco 9 apartaõ fe hum do outro, 39 Bar-
nabé e Marco para Cypro j e Paulo com Sylas para Syria e Cilicia*
te Gen. ]/. ♦
9
[c/zzw^j,« Se conforme aob ufode Moyfesvosnaôcircunci- '
10. . vós
dar des, naô . podeis......
falvar. -
LevitAl'^, i Feita pois por Paulo e Barnabê naô pequena refiftencia e con-
£ Gal♦2 Z tenda contra ellesj, ordenáraó c que Paulo, e Barnabê, e alguns
outros d’elles, a os Apoftolos, ce a os Anciaós a Jerufalem fobre.
queftaõ íubifíem.
eíla queftaó fubiffem.
3, Affi que acompanhados elles f*Zg«í» tatrtõ] da Igreja, pafiaraô
paflaraô
por Phenice , e Samaria, contando a converfaó d’as Gentes: e gran-'
* Ou, fa- de alegria a todos os irmaõs * davaõ.
**“*• 4 E vindos a Jerufalem, foraó recebidos da Igreja,'e dos Apo-
ftolos, e dos Anciaós; e denunciáraó lhes quam grandes coufas
Deus com elles tinha feito.
$ Porem alguns dafecta dosPharifeos., que crido aviaó,
felevantáraó, dizendo, Que he neceffario circuncidálos , eman
dar [ibt:j que a Ley de Moyfes guardem.
6 E congregáraó fe os Apoftolos, e os Anciaós, pera ’nefte ne
gocio atentarem.
7 E avendo grande contenda, Pedro fe levantou, e lhes difle:
/ AH. 10: Varoens irmãos, bem fabeis como ja vae por muyto tempo, que
20. Deus entre nos [w/| elegeu, paraque por minha boca as Gentes a
t ii; palavra do Euangelho ouviíTem, e creflem. .
« j. Ptral. s E Deus, * que os coraçoens conhece, lhes deu teftimunho ,
aí; 9. dandólhes o Éfpirito fancio, como também a nosoutros.
»±9:17. 9 f £ nenhuã difterença fez entre nosoutros e cilas, purificando
pela fé feus coraçoens. :: Ago-
«17:10. ezo: n. f AS. lo: 34.44.dv,
S. A P 0. S T 0 L O 1 Càp. XV.
io, Agora pois, porque > Deus atentaes g hum jugo fobre. o pe* g
fcóço dos Difcipulos pondo, que nem noffos paes, nemnosoutros 4,
levar pudemos?
ii h Antes cremos que pela graça do Snor Jefu Chrifto falvos fe- bfybcf.ti'
remos, como também elles. 8...
xi E toda a multidão calou j e ouvíraõ a Barnabé e aPaulo, que «4? '
contávaó quam grandes finaes e prodígios, Deus por meyo d’elles
entre as Gentes fizera.
13 E avendo fe eftes calado, refpondeu Jacobo, dizendo, Va-
roens irmaós, ouvime.
14 Simeaó contou como primeiro Deus as Gentes vifitou, pe
ra hum povo pera feu nome tomar.
E com ifto concordaõ as palavras d’osProphetas, como eferí-
toeftá:
16 i Despois d’ifto tornarei, e 0 tabernáculo deDavid, que cai-j^w.
do eftá, reedificarei, e reedificarei fuasruiiias, e a levantar o tor- ja,
narei: \ •
17 Peraque o reílo d’os homens a o Senhor busque, e todas as
JJéMww] Gentes, fobre as quaes meu nome invocado he, diz o Se
nhor, que todas citas coufas faz.
18 Notorias faõ a Deus desd’ab eterno todas íuas obras.
19 Poloque julgo, que os que d-as Gentes à Deus fe convertem J
naõ devem fer perturbados. ,
zc Senaó clcreverlhes, que íe abftenhaõ £d’as contaminaçoens 2$
d’os idotos, e /de fornicaçaô, e de affogado, m e de íãngué. 3-
ax Porque Mòyíes, defdos tempos antigos, em cada cidade ^fíf***
quem o pregue tem , c ’nas Synagogas cada Sabbado lido he. liMe/T.#
zi Entonccs pareceu bem a os Apoftolos, c a os Anciaós, com' ’
toda a Igreja, d’elles varoens eleger, e com Paulo cBama-^c^^
bé a Antiochia os enviar: [a fabtr~] a Judas, que tinha por fobre
nome Baríàbas, e a Silas 5 varoens * principaes entre os irmaós. *0u
zj E eíerevéraó com elles o [figiãae]; Os Apoftolos, e os An-
ciaós, e os irmaós, a os irmaós das Gentes, que cm Antiochia, c &aares*
Syria, e Cilicia cftaó, faude. - ■ •
14 Por quanto ouvimos » que alguns, que d’entre nosoutros faí-
raó? com palavras vos perturbáraó, evoflàs almas titubear fizéraõ, 4»
dizendo circuncidar vos, e a Ley guardar deveis 5 a os quaes
naõ mandamos:
£5 Pareceu nos bem de concojdemente ajuntados varoens
ACTOSDOS
eleger, e enviarvolos com noflos amados Barnabé, e Paulo.
• AK. 13: 26 Homens o que ja fuas * vidas polo nome de noíTo Senhor Jelit
5 o- Chrilto * entregáraó.
Ca-
Capitulo XVI. ». J
I "D veyo até Derbes eLyftra: e eis que eftavaali hum certo Difci-
pulo, por nome Timotheo, filho de huã mulher Judea fiel,
mas de pae Grego.
1 a D’o qual davaõ [W] teftimunho os irmaõs que eftávaõ em aAã.fr. j,
Lyftra, e em Iconio.
3 Efte quis Paulo que fofle com elle: e tomando o, circuncidou
o, por caufa dos Judeos que ’naquelles lugares eftávaó: porque bi.Cor-9 :•
todos feu pae conheciaõ, que era Grego. lo-
4 E indo paflândo pelas cidades, lhes entregávaõ as ordenanças
c que pelos Apoftolos e Anciãos emjerufalem, determinadas foram , c Aã, 15:
peraque [«] guardaflem. ’ atj •
5 Afli que as Igrejas eram confirmadas ’na fé, e cada dia em nu
mero íe augmentavãm.
6 E paflândo por Phrygia, e pela província de Galacia, impediu
fe lhes pelo Elpirito fanéto fallarem a palavra em Afia.
7 pj como viéraó a Myfia, intentávaó ir a Bethynia j e naó
lh’o permitiu o Efpirito.
S E paflândo [de iar°o a] Myfia, ddefcendéraó a Troas. di.Cor.i'.
9 E viu Paulo de noite huã vifaõj [e] foy que hum varaó Mace- M*
donio [dfatel fe, Rfe/l pôs, rogando lhe, edizendo: PaflâaMa-
cedonia, e ajudínos.
ío E como a vifaô viu, logo procuramos partirperaMacedonía,
concluindo [da£] que Deus nos chamava, pera o Euangelho lhes
damncúnuos.
li Na-,
ií8 1
ACTOS D OS
it Navegando pois-desde Troas, viemos correndo caminho di
reito a Samothracia, e o feguinte a Neapoles.
12 E dali a Pnilippos, que he a primeira cidade d’efta parte de
Macedonia , huá Colonia : e eftivemos ’naquella cidade al
guns dias.
' i? E o dia do Sabbado fàhimos fora da cidade a o rio, aonde fe
coftumava fazer a oraçaó: e aífentandonos, falíamos a as mulheres
que [alí\ fe ajuntáram.
14 E huã certa mulher, por nome Lydia, vendedora de purpu
ra , da cidade de Thyatira, que a Deus fervia, [sm] ouviu, oco-
raçaó da qual o Senhor abriu, peraque eftiycfle atenta a o que Pau
lo dizia.
i) E como foy bautizada [ella] e fua caía, rogou [«o/J, dizendo,
Se aveis julgado que cu a o Senhor fiel feja, em minha çafaentrae,
* * c ali ficae. e E conftrangeu nos.
eGeMT-3- i(j E aconteceu que indo nosoutros á oraçaÕ, nos fahiu a o en-
í?3tn-contro huã moça/que tinhaefpirito *Pythonico: aqualg comade-
’19 ’ vinhar grande ganancia a íèus Senhores trazia.
Lftr.24:i9. 17 feguindo a pós Paulo e a nosoutros, clamava, di-
j-Mr.i^i.zendo, Eftes homens faô fervos do Deus Altiffimo, que 0 caminho
/i.to.2S;da falvaçaõ nos denuncíaõ.
7- 18 E ifto fazia ella por muytos dias. Porem defcontentàndo \ífiõ\
* a Paulo, virou fe, e aifle a 0 efpirito: Em nome de Jefu Chrifto
*^*"-te mando, que d’ellafayas. h E’namefmahorafahiu.
19 E. vendo feus Senhores que a eíperança de fua ganancia era
* ç47 ’ ida, i pègáraô de Paulo, e de Silas, e levaram os á * Praça, pc-
k os Mayoraes. . '
17- 20 E aprefentando os a os-Capítaés, diíTéraô: k Eftes homens
alvoroçaô nofla cidade, [mo obfiantej ferem Judeos.
diencia. 2I g prégaõ * ritos que naô nos he licito receber, nem fazer; vi-
/ Xís‘:fto <lue Romanos fomos.
\7{' ' 22 E a companha fe levantou juntamente contra elles 5 erasgan-
Aã. 17:6. dolhcs os Capitaens os veftidos, l mandáraõ os açoutar.
•Ou,o/ri, 25 E avendolhes dado muytos açoutes, lançáraõ osnaprifãÕj
o» coftu- mandando a 0 Tronqueiro que feguramente os guardafle.
««. . l4 q qual recebido hum tal mandamento, lançou os’nocarceré
x‘11 • de mais a d’entro, e fegurou lhes os pés ’no * tronco.
i.The/r.i-.i. E perto d’ameya noite «orando Paulo e Silas, fiaDeushym-
* Ou[c'exo.‘ nos cantando escutávaó os os [ww] preíòs.
S. A P O S.TOL O S. Cap.XVI.
16 E de repente hum taó grande terremoto fe fez, que os ali-
ceflès do cárcere fe moviaó : » e logo todas as portas.fe abríraõ,
as prifoens de todos fe foltáraó. e Ix • 7»
27 E acordando o Tronqueiro, e vendo abertas as portas da pri-
fàõ, tirando da efpada, fe ouvéra de matar, cuidando que ja os pre-
fos fugidos éraõ.
Porem Paulo clamou com grande voz i dizendo, Naõ te fa
ças mal nenhum, que todos eftamos aqui.
* 29 E pedindo luz, faltou dentro, e grandemente tremendo,
tf peei] de Paulo e Silas fe derribou.
50 E tirando os fora, diffe: «Senhores, que me he neceflàrio «Z.w.3.10;
fazer, para me (alvar? ^.2:37.
V E elles difleraõ: f Cré em 0 Senhor JefuChrifto, e e9‘. 6.
falvarteas, tu, e tua caía. ’
32 E falláraó lhe a palavra do Senhor, e a todos os que em fua l A
cafaeftávaõ.
33 E tomando os elle comfigo, ’naquella mefma hora da noite,
lavou [Z&eí] os * açoutes, e logo foy bautizado e todos os *Ou,w_
fcUS. ' gõee.
34 Elevando os a (ha cafa, 9 pós a mefa j e gozoufe de
que com toda fua cafa a Deus crefle. «1 ?: í.
3j E fendo ja de dia, mandáraó os Capitaens a os quadrilheiros,
dizendo', folta a aquelles homens.
36 E o Tronqueiro denunciou eftas palavras a Paulo, ,
Mandado tem os Capitaens que vós foltem: affi que agora íàhi, e
em paz vos ide.
37 Porem Paulo lhes difiè: Açoutando nos publicamente, e íém
íèntenciados fer, fendo homens Romanos, nos lançáraó’na prifaõ,
e agora encubertamente fora nos lançaó ? Naó [ha de Jèr] afti, fenaõ
venhaô elles mesmos, e fora nos tirem.
38 E tomáraó os quadrilheiros a dizer a os Capitaens eftas pala
vras: c teméraô, ouvindo que eraó Romanos.
3? E vindo rogáraó lhes, e tirando os fora, t pedíraÕ lhes que r
da cidade fe faiflèm. .34.
49 E faiado da prifaó, entráraõ cafa] de Lydia, e. vendo a
os irmaõs, confoláraó os5 e [4» Me] fe faíraó.
Oo » Ç A-
A C T O S D 0 S
Capitulo XVII.
X Prega Paulo a Chrijlo m The/falonica, 4 Alguns Judeos e ffltiytos Gregos cremi
5 Outros alvoroçai contra elles , e arrebátaó a Jafon ante os Magistrados da
cidade» 1 o Porem Paulo e Sylas escapai e fe fartem a Berea 3 aonde também
prégao9 11 E muytos > esquadrinhando diligentemente as Escrituras 3 crem* IJ Os
Judeos de Thejfalonica também ali o perJeguem, alvoroçando a opovo, 14 Mas
os irmãos levno a Paulo até Athenas, Ió Aonde perturbado fobré a idolatria
disputa com alguns Philofophos dos Epicureos e dosEjloicosy e escarnecido d'elles 3
he levado á Audiência e ali im ua doutrina» 21 Poloque os infírue
da vaidade dos idolos e da conhecimento e culto do Deus verdadeiro > que criou e
governa 0 ceo ea terra , a quem > fem 0 conhecer ? kvantârao hum altar*
jo Amoefta os entaô para converfaõ e fé em Cbriflo 3 que dos mortos refuscitou 5
* por Juiz do mundo determinado he» 32 O que huns zombavas e alguns criai á
entre os quaes erao taobem Dionyftá Areof agita e Damaris»
k ££<••. 4e: 29 n Sendo pois geraçaó de Deus, naó avemos de cuidar que a.
i£. Divindade feja femelhante â ouro, ou â prata, ou â pedra efculpi-
da por artificio e imaginaçaó de homens.
• Líí. 24; ,0 qUe * diífimulando Deus os tempos de ignorância,» ago-
* cL' c ra denuncia a todos os homens, e em todo lugar, que fe arre-
faud» ' pendão.
'Deusiio- 3* Porquanto tem eftabelecido hum dia, em que jultamente a
fa tem- o mundo ha de julgar, por [a^ueffe] varaõ , /> que [para ijfo]
tem ordenado ; dando [cfijjo j certeza a todos, refufeitando 0 dos
10 •’ mortos.
32 E como ouviraó da refarreiçaó dos mortos, alguns zomba»
vaó; e outros diziaó: Outra vez acerca d’ifto te ouvirémos.
33 E affi fe fahiu Paulo d’o meyo d’elles.
34 Porem achegando fe alguns varoens a élle, créraô: entre os
quaes fov também Dionyfio o Areopagita, e huã mulher por nome
Damaris, e outros com elles.
Ca*
S. APOSTO LOS. Çap. XVIII.
Capitulo XVIII.
X Vem Paulo a Corintho j acha.ali a Aquila e PriJdUa e poufa com elles fazenda
tendast 4 Enfina 9na Synagoga que Jefus he 0 Chrijio, 6 Sacude 0 pó de
feus veflidos contra os blasfemadores. 7 Crispo e muytos Corinthios crem e fi
kautizaõ» 9 O Senhor em vifaõ amoefia a Paulo de ficar fe áli, 12 AcufaÒ a
os Judeos perante 0 Proconjul Gallio , porem em vao. 17 Ferem os Gregos a
Softhenes diante do tribunal, 18 Parte Je Paulo para Syria j chega a Ephejo y de~
fpois a-Antiochia, 23 Atravejfa por toda a Provinda de Galada e Phrygia,
24 Enfina ApoÚos 0 bautismo de Joao em Ephefó > e fenda mais pontualmente ±
inilruido de Aquila e Prifdlla j parte fe para Achaya> e prova das Escrituras:
que Jejus he o Chrisio,
Capitulo XIX.
I Chega Paulo a Ephe/b e acha ali doze Difiipulos que erao bautizados ‘xo bau*
ftsmo de Joal. 6 Impõem lhes ele as mais e recebem os donsdoEfpirito Sanão,.
8 Enfina ali mais que dous axnos afii ‘na Synagoga como ‘na Efcola deTyramto .
confirmando fita doutrina com fingulares prodígios > que fie fazãao até por fetts len»
files. 13 Sete filhos de hum Sceva, Judeo> Princepe dos Sacerdotes , esconju»
rondo pelo Home de Jefus a huns endemoninhados , d?os Espíritos matinos JaÓ
enfenhoreados e feridos. 18 Muytos confefiando fius feitos , trazem e ajuntai
os mefinos livros de fitas vaãs artes e queimai os. II Paulo propôs de partir
fe para Jerufalem» 23 Pois Demetrio, hum ourivez, (uEentando fe pelo fazer
de Templnhos de Diana 3 levanta hum alvoroço contra ele. JO Paulo quer
fair a 0 povo pera apazigualo, mas fi lh’o de/uade. 33 Alexandre, querendo
fazer defenfix. nao he ouvido, porquanto era Judeo. 35 Porem 0 Efcrivaõ da
Cidade ultimamente apaziguou effa fidipaõ»
Capitulo XX.
í Parte fe Paulo para Macedonia e Grécia com alguns de Afia. 6 Pafla alem de
Philippos para Troas. 7 Aonde prega e parte 0 paõ ’no primeiro dia da femana
com os Difcipulos, efiendendo feu firmai até a meya noite. 9 Hum mancebo
por nome Eutycho polo (ono cae da jauella a baixo morto . e por Paulo he re-
juscitado. 13 Porfegue Paulo fua viagem para "ferufalem . e chega a Mi-
leto. 27 Manda chamar ali comfigo os Aaciaõs de Ephefo. 18 A os quaes
propoem fua fieldade e feus trabalhos em feu minifierio entre elles. 22 Prediz 0
que lhe fobreviria em Jerufalem. lá E teftifica yue lhes denunciara todo o con-
felho de Deus. 28 Amoefia os de atentar a 0 rebanho, 29 E de vigiar con
tra os lobos cruéis , que fe levantartái entre elles. 32 Toma fua despedida com
elles, teflifitâpdo que com fuas mais a fi, e a os feus> fusientára. 36 Enjuelhae
ora com elles, que acompanhao 0 com grande trifieza até 0 navio.
Capitulo XXII.
J Defendefe Paulo perante o povo. 3 E relata que era Judeo, criado a os pés de
Gamaliel. 4 E que, zelando pola Ley, perfeguiua os Chriftaos até Damasco,
6 Acrecenta pois quam maravilhofamente de Chriflodo ceo he chamado e converti
do, e de Ananias, fendo d’e!le mais pontualmente informado de Jua vocatai a 0
Açoitolado, bautizado. 17 E como ChriSto outra vez lhe apareceu em vifaó
‘no Templo e enviou a os Gentios. 22 Ouvindo os Judeos ejfas palavras de no
vo alvcroçávaõ > clamando que nao convinha que mais viveffe. 24 Polo que 0
Tribuno 0 manda liar peraque açoutado fofle. 2$ Mas porquanto fe apella a fiu
juro de fer cidaddo de Roma, ijlo fe deixa . e he aprejentado perante 0 Concilio
dos Judeos.
Capitulo XXIIL
► 1 Patilo começavcdo fua defenfio 1234*no Concilio j por mandado d3o Summo Pontífice
ferido. 3 Polo que elle effcazmente o reprende 3 nao fabendo que era 0 Sumo?
Pontífice* 6 E vi$o que 0 Concilio confiava de Sadduceos e Pharifeos^ declara-
elle que&ra Pharifeo y e fora acufado por cauza da refarreiçao dos mortos. 7 Polo-
que ambas as partes em contenda vem 3 e elle dos Pharijeos por inocente he de-
clarado 3 e do Senhor esfolado. J2 Confpiraõ quarenta varões contra Paulo»
maldizendo a fi mefmos que naõ comeríaõ nem beberidÕ atê que 0 mataffem*
16 O que Paulo 3 advertido difio por feu fobrínho» notifica a 0 Tribuno» .2$ ffiie
acompanhado de Soldados» envia de noite para Cefarea a o PrefidentePelix»
iõm~fud caria em quèTa caufa fe relata* 34. Felixlida a carta manda guardar &
Paulo na Audiência de Herodes*
C A P I T U L 0 XXIV.
I Comparece o S&mo Sacerdote Ananias, juntamente com os Anciãos do povo e o
'Orador TertuBo ante o Prefidente Eelix contra Paulo. $ Levantai graves acu-
façoens contra elle. 10 EUe fe defende fazendo juntamente confifiaõ de fua fé e
religião, li Dilata Felix a caufa até a vinda de Lyfias > dando lhe entretan-
, to mayor liberdade. 14 Paulo inflrue a Feltx e a jua mulher em hrnis artigos
da fé. 16 E muytas vezes fe chama d’elle esperando que Ibe algum dinheiro .
daria j ty E deixou 0 pre/o pera comprazer a os Judeos.
Qq 3 13 Nem e
• Ou, entre 0povo alguã unjpiracaõj'awsdo.
jra A C T O S DOS
13 Neta taô pouco provar podem as coufas de que agora ms
acufaó.
14 Ifto porem te confeffio , que conforme a aquelle caminho, a
que Sedia chamaó, affi a o Deus dos paes firvo, crendo tudo quan-
to’na Ley e’nos Pròphetas eftá efcrito.
*Oil owe iy Tendo em Deus efperança, * como eftes meímos também
tjies &c. efpéraô que hade aver refurreiçaô d’os mortos, affi dos juftos, co
mo dos injuftos.
iAãxt,:i. 16 d E’nifto me exercito, em que, affipara com Deus, como
para com os homens, fempre huã confciencia lem offenfa tenha.
í Aã. ii: j7 porem muytos annos despois, vim e a fazer efmolas e offertas
- .a minha naçaõ.
25. 5 * 1S / ’Nifto ja fanâzificado ’no Templo me acháraõ, naõ com
*^Aã. xi: gente , nem com alvoroço, huns certos Judeos de Aíia.
17. 12 Os quaes convinha, que perante ty [ aqul ] prefentes eftiveflem,
ê [wí] acufaflem, fe alguâ couíà contra my tiveffem.
xo Ou digaô eftes meímos, fe em my iniquidade alguâ acháraõ,
quando perante o Confelho eftava.
21 Senaó fó d’efta palavra, [cm] que, entre elles eftando, cla-
*2ÍS.2;:o. mej. g poja refurreiçaô dos mortos fou eu hoje de vosoutros jul-
e 28:2°- gado.
xx Entonces avendo Felix ouvido eftas couíàs, pós lhes drlaçaõ,
* Ou, Ten- dizendo, * Avendome melhor d’efte caminho informado, quando
do melhor 0 Tribuno Lyíias defcender, de voflbs negociosinteirano-
notuia tjcja tomarei.
hAã ir? 23 E mandou a o Centuriaõ que a Paulo guardaflem , e com
í 28:16^ liberdade eftiveflè, h e que a ninguém dos feus prohibiffe
fervilo, ou á elle vir.
24 E alguns dias despois, vindo Felix com Druffila fiia mulher,
que era Judia, mandou chamar aPaulo, e ouviu o acerca d’a fé em
Chrifto.
25 E tratando elle d’a Juftiça, e d’a temperança, e'[c/’o] Juízo
vindouro: efpavorecido Felix, refpondeu: Vaete por agora j e,
em tendo oportunidade, te chamarei.
25 Efperando também juntamente que Paulo lhe deflè '[dgii'] di
nheiro , paraque o foltafle: Poloque também muytas vezes o man
dava chamar, e com elle íãllava.
27 Porem cumpridos dous annos, teve Felix por fuceflor a Por-
i Aã. 2$: cio Fefto. E i querendo Felix comprazer a osjudeos, aPaulopre-
■H- fo deixou, Ca-
S. APOSTOLO S. Cap.XXV.
roga o > que a Paulo para Jerufalem vir faça y pois com intento de matãlo 3no
caminho. 4 Mas Besto quer que juntamente com figo a Cefarea defcendao. 7 0
que fazem 3 e acufui 0 gravemente > porem fem prova* 9 Paulo entendendo que
Pejio inclinava pera enviar lhe a Jerufalem > apella aCefar, IJ Chegaõ osReys Cf
Agrippa e Bemice a Cefarea> e Fefto 0 negocio de Paulo lhes relata^ 11 Agrip~
pa quer ouvilo 3 e ouve 0 0 dia feguinte» 14 Relata Fefto 0 que 1na cauza
de Paulofizéra3 e como culpa nenhua 3nelle achara^
•<
ACTOS DOS
ia Entonces, avendo Fefto fallado com o Confelho, reípondeuí
A Cefar apellafte ? A Cefar irás.
. 13 E paliados alguns dias, viéraó el Rey Agrippa, e Bernicc,
a Cefarea a faudar a Fefto.
e 114 E como ali fe detivéraõ muytos dias, contou Fefto a el Rey
24: os negocios de Paulo, dizendo, c Hum certo varaó foy deixado por
*j ♦
Felix prefo: ' - -
15 Por cuja via, eftando eu em Jerufalem, os Princepes dos Sa
cerdotes, e os Anciaõs dos Judeos [perante my] compareceram,
pedindo contra elle fentéça condenação J.
-16 A os quaesrefpondi, naõ fer coftúme dosRomanos d de por a
alguém comprazer, a homem [a%un] á morte entregar, antes que
o.acufado prefentés feus acufadores tenha , e lugar aja de da acuía-
çaõ fe defender.
17 Afli que, chegando elles juntos aqui, fem dilaçaõ alguá fa
zer , 0 [dia] feguinte, afléntado’no Tribunal, a 0 homem mandei
4
trazer. ■
18 D’o qual osacufadores [apd] prefenteseftando, nenhuácoufa
apontáraõ a’aquellas que eu fufpeitava.
* Ou 5 teli- 19 Tinhaó porem contra elle alguâs queftoens acerca de fua * fu-
&a°* perfliçaó e ae hum certo Jelus defunto, que Paulo aflirmava viver.
20 Ê duvidando eu acerca da inquirição d’efta cauíà, diftê, fe
queria ir a Jerufalem, e lá acerca d’cftas coufas fer julgado?
21 E apellando Paulo a fer refervado a o conhecimento de Au-
gufto, mandei que 0 guardaflêm, até que a Celâr 0 enviaflê.
12 E diftê Agrippa a Fefto : Bem quiléra eu também a eflê ho
mem ouvir. E elle diftê : A manhaã o ouvirás.
23 Afli que o dia feguinte, vindo Agrippa, e Bernice, com
muyto aparáto, e entrando’no Auditório com os Tribunos, eva-
roens mais principaes d’a cidade, trouxéraó por mandado de Fefto
a Paulo.
24 E difle Fefto: Rey Agrippa, e todos os varoens que [ayú]
eom nofco prefentes eftaes, aqui vedes aquelle, de quem toda a
multidão dos Judeos, afli em Jeruíàlem , como aqui, fãlladome
tem, clamando, que naõ convém que mais viva.
f^<?23t9. 2y Porem achando eu «que nenHuâ coufa digna de morte fizera,
< 26:31. e apellando elle mefmo também a Augufto, tenho determinado en-
viarlho.
26 D’o qual naõ tenho çotífa tlguá certa que a 0 Senhor efcreva,
polo
S, A P OS TOLO S. Gap. XXVI.’
polo que perante vosoutros o trouxe j e mormente perante ty , ó '
Rey Agrippa, peraque, feita informàçao, coufa alguá que cfcre*
ver tenha.
37 Porque contra razao me parece, enviar a hum prefo, e junta
mente as acufaçôes contra elle naô notificar.
Capitulo XXVI.
1 Paulo tendo ja licença fera fe defender , relata perante el Rey Agriçpa e toda
a congregação fia vida antes de fia converfao ; II E juntamente a hifioria de
fua converjao e vocaçac a 0 Apoffolado* 19 E também fia vida detpois de fia
eonverfiot ao O que fez, padeceu> e doutrinou. Z4 iefo ouvindo aquella de~
fenfao julga que Paulo tresvalie , 0 que Paulo nega. V] Agrippa por pouco he
perfiadtdo, a que fe faça Chriftatj. 30 E juntamente com todos julga que elle
innocente he, 31 Como tombem que filtar fe podia fe a Cefir afeitado nai
ouvêra*
4 Minha vida pois até defda mocidade, qual defdo principio en
tre os de minha naçaó em Jerufalcm aja fido, todos os Judeos
fabem:
y aquelles que ja de muyto antes me conhecerão (fe [he
que J teftificar o querem), que conforme á mais perfeita fcâa de noflã
Religião, [jempre'] vivi Pharifeo:
‘ 6 E agora « pola cfperança da promefla, que de Deus a os Paes*^®?"?*
feita foy, £^»ijeftou, e julgado fou. elz: lS*
■ 7 A a qual iioflàs doze Tribus, fervindo continuamente de dia e
de noite [4 Drw],eípéraó chegar zPolaqualeíperança, óReyAgrip- •
pa, fou eu dos Judeos aciifado.
8 Que? julgafe por caufa incrível entre vosoutros, que Deus a os 2. 7:
mortos refuícite? w*
^.4:1. #7:14. *9:^*4®: 10. 7«r.ij‘,54 #33:14. £««^34; 13. •
t. #37:24. £«#.9:24*
*
3U ACTOSDOS
*A%.T>‘. 3. 9 í Bem me tinha cu imaginado, que contra 0 some de Jefua
í9 Nazareno devia eu muytas contrariedades ufar.
. lc O que também em Jerufalem fiz 3 e avendo recebido poder
‘ç * dos Princepes dos Sacerdotes, a muytos dos Sandios em prifoens en-
Gal. 1:13• cerrei: e quando os matávaõ, [também] eu meu voto dava.
1. Tim. l : 11 E caftigando os muytas vezes por todas as Synagogas, a blas-
íj- femar os forcei. E enfurecido demafiadamente contra elles, até
5nas cidades eítranhas os perfegui.
a A o que indo ainda a Damasco, com poder e comiílàõ d'os
Princepes d’os Sacerdotes:
•^.9:3. 13 ’Na metade do dia, vi’no caminho, óRey, thuáluz doceo,
que a 0 refplandor do foi fobrepujava, e a my, c a os que comigo
hiaó, com fua claridade rodeou.
14 E caindo nos todos em terra, ouvi huã voz que me fallava, e
em lingoa Hebraica dizia : Saulo, Saulo, porque me perfegues ?
Dura coufa te he dar couces contra os aguilhoens.
15 EdiíTeeu: Quem es, Senhor? EellediíTc: Eufoujefus, a
quem tu perfegues.
16 Mas levantate, e poemte fobre teus pees, porque para iífote
apareci, pera por miniftro e teftimunha te pôr, afli das couíàs que
ja tens vifto, como d’asemque [*Ma] te hei de aparecer:
17 Livrandote d'efte povo, e Gentes, aquem agorate en
vio.
7/Sy. ío: ig para £ os olhos lhes abrires, e das efeuridades á luz, e dopo-'
der de Satanás a Deus converteres: peraque, remiíTaó dos pe
cados , e forte entre os fanârificados em my pela fe recébaó.
19 Poloque, óReyAgrippa, á vifam celeftial desobediente naõ
fuy :
t A8 9:19- 20 e Antes primeiramente a os que em Damasco, e em Jerufalem ,
2S. e por toda a terra de Judea eftáó, e a as Gentes denunciei que fe
f12:I~ emmendaffem, e a Deus fe converteffem, fazendo obras dignas de
2I* converfaó.
f Aã. 11: 21 Por caufa difto f pegaram de my os Judeos ’no Templo , e
[me] procuráraó matar.
ai Porem, alcançando focorro de Deus, ainda até o dia de hoje
permaneço , teftificando, affi a pequenos, como a grandes: naó
dizendo nada de mais do que osProphetas e Moyfes difieraô que
avia de acontecer.
23 [cenvem afaber] que o Chrifto devia padecer, e o primeiro
da
S. APOSTOLO S. Cap. XX VI. ÍXf
1
Capitulo XXVII.
1 Leva o Centuriai Julio a Paulo juntamente com outros prefos pera Roma; 2 E>
embarcado com eUesem hua nao Adramytina e acompanhado de Ariftarcho > chega
a Sidon, 4 E pajjdndò d baixo de Cypro vem a Myra. ó Navégaõ dali
com huã nao Alexandrina j paffaõ apenas em fronte de Cnido e a baixo,
de Creta > e chegao a os Bons portos» 9 Aonde Paulo aconfelha a o Cen-
turiao de invernar pela importunidade do tempo» n Mas o Centuriaô daiuto
wais credito a o Mestre, e Piloto navega mais avante» ij Pajfaõ a Creta achai
hua grande tempestade 3 e andaõ cofleando a Ilha que fe chama Clauda. 1? JS
confrangidos pela tempefiade lanpdõ da nao a armapady 21 Amoefta Paulo a
todos de ter bom animo > porquanto Deus por hum Anjo lhe avifado tinha que
nenhum d^lles pereceria. 29 Lançaõ da popa quatro ancoras» 30 Procuraõ
tos marinheiros fogir da nao com 0 batel. 51 0 que Paulo impede 5 e exhortA
a tsdos que comejfem algud couza^ como também fazem. 58 LançaÕ 0 trigo a 0
mar. 41 A nao perece. 42. Oj foldados querem matar a os prefos * 0 que £
Centuriaô impede: 43 E todos nadao para terra e fe falvcdL
Capitulo XXVIII.
Paulo com fieus companheiros [alvamente a Ilha que fe chama MeRtà J
X Chega “
aonde todos humanamente faõ recebidos. 3 Sahiu do fogo acendido bua hibora^
acometeu a mao de Paulo * ficou dependurada dlella * pois5 facudindo elle a befta
9no fogo* nao padeceu nenhum mafi 6 Polo que os da Ilha 3 admirando fe* tem
0 por Deus. 7 Sara Paulo a 0 pae de Publio de febres e defienteria* e a muytos
dos da Ilha de finas enfermidades♦ 12 Sendo pois ali tres mefies bem agafialho*
dos > navegaõ para Italia alem de Sqracufia * a Regio j a ali a Puteolos e pajjan*
do a praça de Appio e a das tres Fendas * chegao a Roma. 16 Aonde Paula
a 0 Geral dos exercitos he entregado e de hum Soldado guardado, 17 Convoca
elle a os Principaes dos fiudeos e conta lhes porque affi prezo a Roma enviado
era. 21 Elles nao avendo d1*3456*i[fio recebido novas nenbuds 4 defiejao de entender
feu parecer da. Religião. 23 O que Paulo em grande congregação dos Judeos*
desde pela manha# até atarde * declara y provando de Moyjes e dos Prophetas
que Jefius era 0 Chrifio. 24 O que huns crem e outros nao. 2$ A os quaes
Paulo com a palavra de Deus reprende e lhes prediz que fieriao engeitados e os
Gentios em fieu lugar aceitados. 30 Ricafie Paulo ali dous annos pregando oufi&*
demente e Jem impedimento algum a doutrina do Senhor Jefius Chrifto.
. §f
*
1»
E P I S T
D O
APOSTOLO 4
A O S
ROMA NOS.
■*(
Capitulo!
3 A introdução defia Ppiftola ? em que fi declara 4 que he o Escrivão della^ a
faber Paulo 4 que feu ojficio^ vocaçaí > e a doutrina da peffea de Chrilto. breve*
mente aponta» 6 As peffoas a quem efcreve e o louvor de fua fé delias ? q Sua
affeiçao pera vir a eies, e lhes pregar oEuangelho também como a outros 3 fera
confirmdlos e deDes fer confirmado, 16 Despois propoem a verdadeira doutrina
da pufiificaçao dos homens diante de Deus pela fé 3 provando a com hum paffe
da E/critura Sagrada» 18 Redargue a perverfd opinião de outros 3 e prova que
os Gentios pelia luz de natureza nao poffao fier yuPtificados diante de Deus».
I? Porquanto oprimem a efifa luz 3 e o conhecimento 3 que de Deus tem , para
idolatria abufao. 24 Polo que fao entregados em hum fintido perverjb, 2$ E
efiao cheyos em feu viver de todas as abominapoens * que em huã longa indica
relata' XífUi Zoíí^O
» Aã. 9:1 l"! aulo fervo de Jefu Chrifto, chamado Apoâolo a lêparado
a o Euangelho de Deus,
Gal\-il •*" 2 (Que d’antes por feus Prophetas cm as fan&as Efcri.
jGf’Situras avia prometido).
is- ? Acerca defeuFilho (quefoy feito«dafemente de Davidfeguado
e21:18. a carne:
*16: 4- 4 [£] declarado «'Filho de Deus em potência, íègundo o
e-i9 ’<>• Efni.
jr 2. Som. 7: 12. Ijay.412 «7II4- '9:5. *4otI©. ferem,
ej; 14 E«ec^J4:iJ. «57^4. £>«*.9 24. Mkh.y.ztí. ciAatt.v. 1. I&c.y^z.
Í12.2J. 2. 7/ZÍ42.8. 9.5. e 5*4» 5* 21 19*
Hem.d; 5. l.foa.?;2«k
A O S R O M A N O S. Cap. I.
Efpirito de fanótificaçaó, pela refurreiçam dos mortos) [convim 4
faber] Jefu Chrifto Senhor nofío.
y (Pelo qual recebemos a graça, e 0 Apoftolado, pera a obediên
cia da fé entre todas as gentes, por feu nome.
e Entre as quaesfois vos também, [w] chamados de Jefu Chrifto.)
7 A todos os que eftaes eín Roma, amados de Deus, [?] e chã- ei.Cw.lii.
mados fanâos: Graça e paz de Deus nofío Pae, e do Senhor Jeíii Efbefiti.
Chrifto ajaes. * Pre~
8 Primeiramente dou graças a meu Deus por Jefu Chrifto acerca
de todos vosoutros, [deJ que vofía fé he * denunciada em todo o
mundo. godo.
9 Porque / minha teftimunha he Deus, g a quem firvo em meu fRom.y. 1.
efpirito ’no Euangelho de feu Filho, como fem ceflàr de vos me 1.0.1:13.
lembro.
10 h Rogando fempre em minhas oraçoés, fe porventura em al-
gum tempo boa ocafiamfe me dé, gela de vontade de Deus, avos- i^helfis.
tros [foder] vir. gi.Tcm.lt
11 i Porque defejo de vos vér, k pera algum dom efpiritual vos 3.
repartir, peraque confortados fejaes. Z>.Rw».iç:
n Ifto he, peraque juntamente com voíco coníolado feja, pela .
fé mutua, affi vofía, como minha. z t.TheJJ.y
13 Porem irmaôs, naó quero que ignoreis, Zquemuytas vezes
propus de a vosoutros vir (fuy porem até agora eftorvado), peraque '
também algum fruito entre vosoutros tivcflè, como também cnxxeiijhejf.it
as de mais Gentes. 18.
14 ® Affi a Gregos como a Barbaros, afíi a lábios como a naó mi.Cw.9i
lábios, devedor fou.
15 Afli que, quanto a my, preftes eftou, pera também a os que
em Roma eftaes, o Euangelho vos denunciar.
16 n Porque naó me envergonho do Euangelho de Chrifto,4®:
0 pois he a potência de Deus para falvaçaó * de todo aquelle que cré l0,
9 i.Tcm.T. S.
d’o Judeo primeiramente, e [tombem] d’o Grego. ol.Cw.lt
17 ? Porque ’nelle fe defcobre a Juftiça de Deus de fé em fé: co 18.
mo eftá efcrito: q Mas o jufto vivirá d’a fé. eiç: 1.
18 Porque a ira de Deus fe manifefta d’o Ceo íobre toda a impie-*-^^^*
dade c injuftiça dos homens, que a verdade em injuftiça de tem. í Rom’ 3•
19 ' Porquanto o que de Deus conhecer fe pode, ^ellesmanifefto-^J*
eftá: porque Deus Jh’o manifeftou. «iw«i;
Sf1 20 j Por-2 4,
3:3 <5. Gel. 3: II. Hebr. lo: 3$. r 48.14:17.
í
EPISTOLA DE S. PAULO
: 20 s Porque fuas coufas invifiveis, affi fua eterna potência, com®
z: fua divindade, pelas criaturas, défda criaçam do mundo, fe enten
dem , e claramente fe vém, peraque inexeufaveis fiquem.
u Porquanto conhecendo a Deus, como a Deus naõ glori-
antes em feus difeurfos fe
Xo- céraó, e feu necio coracaõ fe entenebreceu.
21 * Publicando fe por fabios, fe tornaraó loucos.
icjjanào i? M p, mn<Hár«n a oloria d’o Deus incorruptível em femelhança
C A P I T TJ L 0 II.
I Redargue Paulo a os que poriffo fe eftimávaõ jufios 3 porquanto taes abomina*
çoens publicamente naõ cometiao^ mas em outros coitdendwaÓ. 3 E a os quecui*
dávdõ que ’na graça de Deus > efidvaõ porquanto Deus lhes bem fazia 3nefie mun*
do» 5 Declara a 0 contrario 5 que Deus Jem aceitaçao de pejfoas a todos os ho
mens ha de julgar 3 nai fegundo 0 exterior aparecer ou eftado^ mas fegundo fuc&g
obras affi externas como internas. II £ iftonau fomente a os Judeos que tinhao
a Dey efcrita j mas também a os Gentios que a nao tinhao* I? Nega que os
Judeos pelo conhecimento da Ley e informação dos ignorantes 3nella ? ou pela
circuncifaõ e outras prerogativas externas feriaojufíificados. 2,8 Enfnando quaes
fejaòos verdadeiros Judeos e a verdadeira circuncfaõ.
X ■p ortanto inexcufavel es, ó homem, quemquer que fejas, que
A [aos outrosJ julgas. « Porque n’aquillo que a o outro julgas a at.Satn.12'.
ty mesmo te condenas) pois tu que [aos outros! julgas, as meíinas í* • fgr
í Tfil. <>'. *3 Sepulcro aberto he fua garganta : Com fuas lingoas trataõ
io- enganofamente: i Peçonha de afpides eftá debaixo de feus beiços:
iPfal. 14°’> m k Cuja boca eftá cheya de maldiçaó e amargúra.
4- . 15 l Seus pees fam ligeiros pera derramar fangue.
I<’ Deftruiçaõ e miferia ha em feus caminhos.
1^59:7. *7 E 0 caminho de paz nao conheceram.
mPM 36 - lS m Naó ha temor de Deus diante de feus olhos.
a. 19 Ora nos fabemos que tudo 0 que a Ley diz, a os que eftám
♦ OuzC/íZ- debaixo d’aLey o diz, peraque toda boca fe tape, etodoomundo
* condenável [diante^ de Deus feja.
»G<?/.2.i . 2o n p0i0qUC nenhuã carne lerá juftificada diante d’elle pelas
hJ^Ís" °bras d’a Ley. » Porque pela Ley he 0 conhecimento d’o pecado.
? Rom. 1: 21 Mas agora /> fe manifeftou a juftiça de Deus fem a Ley, ten-
w 17. do teftimunho d’a Ley, e d’os Prophetas.
Ihil-i: 9- 22 Convém a faber a juftiça de Deus pela fé de JefuChrifto, pe
ra todos, e fobre todos os que creem: porque naó ha differença.
2? Porque todos pecaram, e d’a gloria de Deus deftituidos eftám.
24 <1 Sendo juftificados *■ gratuitamente porfuagraça, pelare-
* Ou, De demçam que em Chrifto Jeíu eftá:
p™rntda, ? A o qual De.us propôs s [pw] reconciliação pela fé em feu
riCor- 5: fangue, pera demoftraçaó de fua juftiça, pela remifiàm dos pecados
19. ' d’antes cometidos, fob a paciência de Deus.
Cclojf.vio. 26 Pera demoftraçaó de fua juftiça ’nefte prefente tempo, pera-
Hebr.^.16. qlie ellejufto feja, e 0 que juftifica a o que d’a fé de Jeíus he.
1. Joa. 4: Aonde eftá logo a jactancia? Excluída he. Por qual Ley ?
p1®*, Das obras? Naó: fenaó pela Leyd’afé.
27 ‘ ’ 28 t Affi que concluímos, que 0 homéhejuftificadopelafé, fem
t 13: as obras d’aLey.
3S. 29 He Deus por ventura fomente [Dm] d’os Judeos ? E naó 0
Pow.8:3«he também d’as Gentes? certamente que também d’as Gentes [«A*].
GaL 2:16. Porquanto hum fó Deus ha, o qual d’a fé acircuncifaójuftifi-
^"'f^^cará, e pelafé a 0 prepucio.
31 Desfazemos logo a Leypela fé? Em maneira nenhuã: Antes
a Ley, cílabelecémos,
** 4 QX.RO MAN OS. Cap.iv, 32?
Capitulo IV.
I Adianta o Apoftolo e prova que o homem fe ju&ifique pela fé com o exemplo de
Abraham. 6 E o exemplo e teítimunho de David. $ Declara pela circunfian
dado tempo em que Abraham recebeu o final dd circuncifaõ^ que nao fomente
et osJudeos y mas taobem a os Gentios a jufíifa. fe imputa pela fé. 1] Prova
também o mesmo d3a origem e firmeza d9a promeffa feita a Abraham 3 que feria
herdeiro d3o mundo. V? Defcreve despois a virtude e as propriedades d3a fé de
Abraham, 22 E teftifica que a jufiiça^ por efta fé lhe foy imputada, ij E
que fegundo (iu exemplo também imputarfeha a os que por Chrifio em Beus
crerdÕu
i /Yue diremos logo, * que Abraham noífo pae fegundo a carne »ifa. \ t -
xalcançou? 2.
2 Porque fe Abraham pelas obras juftificado foy, gloria tem, mas ♦
naõ acerca de Deus.
3 Porque, que dizaEfcritura? t Ecreu Abraham a Deus, e foy 15:6.
lhe imputado por juftiça. Gai- 3 •
4 Ora a aquelle que obra, naõ lhe heogalardaõ imputadofegun- I^A.23.
do graça, mas fegundo divida.
5 Porem a aquelle que naõ obra, mas cré n’aquellcque a oimpio
juftifica, fua fé lhe he imputada por juftiça.
6 Como também David por bemaventurado pronuncia a o homem,
a quem Deus imputa a juftiça fem as obras:
7 [ Dizendo], ‘ Bemaventurados aquelles, cujas maldades faõper- rp^zp;i’
doadas, e cujos pecados fam cubertos:
8 Bemaventurado o homem, a quem o Senhor 0 pecado naóim
puta.
9 Pois eftá efta pronunciaçaõ de bemaventurança ] ’na
circucifaõ, ou também ’no prepucio? Porque dizemos que a fé foy
imputada por juftiça a Abraham.
10 Como pois [lhe ] foy imputada ? eftando ’na circuncifaõ, ou
’no prepucio ? Naó ’na circuncifaõ, fcnaõ ’no prepucio.
11 d E recebeu o final d’a circunciíãó [por] iello d’ajuftiça d’a^ffí». 17;
fé, aqual [imputada lhe foy], peraque foffe pae de todos os que crém 11.II.
eftando ’no prepucio, a fim que também a juftiça imputada lhes
feja:
12 E Pae d’a circuncifãm, £« faber ] d’aquelles que naõ fomente
fam d’a circuncifãm, mas que também andam em as piladas da fé de
noflo pae Abraham, que ’no prepucio fora.
Tt 13 Por»
n* EPISTOLA DE S. PAULO
i? Porque naô pela Ley a Abraham, ou a fuafemente [fw-
ta~] a promeffa que herdeiro do inundo feria, mas pelajuftiça
d’a fé.
?GaliS. 14. e Porque fe os que fam da Ley, herdeiros faõ , esvaecida hc
logo a fé, e aniquilada he a promeffa.
15 Porque a Ley óbra ira. f Porque aonde naô ha Ley, também
t naó ha tranfgreffaó.
s°" Portanto he pela fé, peraque feja fegundo graça j a fim quea
<?«/• ?: 1'9. promeffa firme a toda a femente feja, naó fomente a a que he d’a
(ipiy. 51: Ley, mas também a a que d’a fé de Abrahamhe, s 0 qual hePae de
2. nos todos: , •
hGe», 17: I7 (Como eftá efcrito: t> Por Pae de muytas gentes te pús) pe-
4" rante aquelle a o qual creu (aber\ Deus, que a os mortos vivifica,
* e a as coufas que naó fam chama, como que feja foffem.
18 O qual contra efperança, com efperança creu, que Pae de
muytas Gentes feito feria : conforme a o que dito fora: iAffi
ferá tua feméte.
19 E naófe enfraquecendo’na fé, perafeupropriocorpoja amor
tecido naó atentou, pois ja de quaficemannosera, tampou
co que a madrede Sara ja amortecida eftava.
k Joa. s : 20 k E naó duvidou d’a promefla de Deus pordefconfiança: Mas
5 5. foy esforçado ’na fé, dando gloria a Deus:
Hekr. 11: 2i l E eftando certiflimo de que o que prometido tinha também
/p1/1/poderofo era pera o íàzcr.
115.1 21 pojQ qUe tam5em imputado por juftiça lhe foy.
w Se». 15: a3 m Ora na-ó fó por elle efcrito eftá, que imputado lhe foffe:
6* 24 Mas também por nos, a os quaes \j«mbem\ imputado ferá ,‘
[afaber] a os que creem ’naquelle, que d’os mortos a Jefus noflo
Senhor relufcitou.
25 O qual foy entregue por noffos pecados, e refufcitou pera
ncffajuftificacaô.
A O S R 0 M A N 0 S. Cap. V. m
Capitulo V.
1 £0^04 Paulo , que fruitos precedem em nos feia fastificaçao d9a fé , afaber*
faz com Deus j paciência efperança e certeza fo amor de Deus* q Declara
4
despois os fundamentos dlefía efperança e certeza a faber * 0 tefiimunho d’e
DJpirito Saníio em nojfos coraçoens e a meditaçaS que Deus entregou a Chrifia
\a morte por nos y fendo nos ainda inimigos, 9 ÚEdiffo conclue que devamos g
eftar certificados de nojfa ferfeverança e que pojfamos delia gloriar em Deus,
12 Faz despois hua contrapofiçao entre Adam e Chrifto3 e tefifica 3 que como
pela transgrejjao de Adam 0 pecado e a morte viérao fobre todos os homens 5 ajfi
também a fifiiça e a vida virão fobre muytos feia obediência de Chrifto* 20 Fi-
nalmente declara for qual fim a Ley he dada.
Capitulo VI?
I Enfiãa 9 Apoftolo desd’aqui for diante , que os que feia fé em Chrifto fdo jufti-
ficados também fe renovem e fdnftifiquem pela virtude d*a morte e refurreiçao
de Chrifto, provando o feia ftgniftcaçao de noffo bautismo^ 5 Como tombem por
noffa união com Chrifto , polo que fomos mortos a 0 pecado com elle j e rejuscita-
dos fara hua vida nova. 9 Teftifica alem dliftoy que 5 como Chrifto morreu fo-
mente hua vez e for Adiante fempre vive em gloria, nos também afft, fe cre
mos 5 morremos a 0 pecado > fera por adiante viver Jdnãamente. 12 Tira dfijfo
hua exhortaçaõ. comum > a (aber ? que 0 pecado naofe deva enfenhorearfobre nos 3 mas
nos Jobre 0 pecado. 15 E declara que a graça de Deus e a liberdade , em que
eftâmos > também fara ifjo mover nos deva, 21 Einalmente conforta efia faa
amoefiaçaõ^ feia meditaçao do fruito d’o pecado, que he a morte \ e dlo fim d"a
fanfiificaçao, que he a vida eterna > nosfde graça for Chrifio dada.
Cul."
AOS ROMANOS. Cap.VIL- 33?
C A PI T U L O VII.
X Avendoja o Apofolo 3no Capitulo precedente declarado y que o pecado naS mais
fe enjenhoree Jobre os que em Chriíto efiaõ 5 como fe ewfenhorea Jobre osqueejlaõ
de baixo dd Ley^ prova ijfo pelo exemplo d3a Jo.ltura de hua mulher d>o Senho*
rio de Jeu marido pela morte d9o marido. 4 E aplica o a os regenitos* 7 Enjina
taobem por qual fim ferve a Ley ? e prova que a Ley nao he caufadora do pe*
cado em os irregenitos » ainda que o pecado Je enfenhoree febre elles pela Ley*
14 Defcreve dejpois a batalha entre a carne eoEfpiritoà e moftra o poder que o
refío d3a carne tem ainda contra o Espirite em os fieis. 24 Conclue efa decla*
raçaò tom queixa e defeco de totalmente fer livre defia batalha * dando junta*
mente graças a Deus pola redemçaõ ja feita.
; Ca -
AOS ROMANOS. Çap. VIIL
Capitulo VIIL
I D*as coufas ate agora declaradas tira o dpojlolo tâa confolacfo 4 a faber 9 que
nenhuã condenauiõ ha fera os fieis. 4 E amoefia os com aiverfis motivos de
que nac andem fegundo a carne ? mas fegundo o Espirito* 17 Declara que a forte
dos fieis he padecer com Chrifto 3nefla vida 3 mas juntamente conforta os com a
grandeza da gloria que despois ha de feguir, iq E propoem lhes o exemplo de
toda criatura» a qual tem defejo natural delia. 23 Conjola os taôbem com a
ejperansa que elles mesmos delia tem. 16 E com a ajuda d3o Efpirito Sanélo
3na oraqao* 28 E juntamente com a certeza que y nab obftante fuas paixoens,
tem defiua eleicao 3 vocaçao > juftificaçab^ e glorificação. 5I Conclue efia con-
folaçaõ com a gloriaçaò em Chrifto contra toda a atufacaõ e impedimento. $7 E
os ajfegura que em tudo hao de vencer por Chrifto.
Qalat.$ :26.
16 k Ò meímo Efpirito teftifica com noffo efpirito , que fomos
e 4: 5.0.’ filhos de Deus.
^2.Cor. 1: 17 E le fomos filhos, fomos logo também herdeiros 5 herdeiros
F- de Deus, e coherdeiros de Chrifto: /fe porem com [eifej padece-
e5! S- . mos, peraque também com [eZfej glorificados fejamos.
I
tybef. I : iS m Porque para my por certo tenho que as affiiçoés d’efte pre-
*3-
f 4 ,* 20j fente tempo naó faô * pera contrapefar com a gloria que revelada
Iz. rirn. z:nos ha de fer. I
” 37 Antes em todas eftas coufas iomos mais que vencedores, por i-Cor- 4:9-
aquelle oue nos amou. 2 Cer 4:11.
Vri Ca-
EPISTOLA DE S. PAULO
Capitulo IX.
* Teftifica t Apofiolo fia grande trijleza fibre o endurecimento d’os fudeos contra
Chrifio e fua doutrina, antecedente. 4 E relata a avantagem que Deus lhes deu
3no Velho Teflamento fobre outras nações ; 6 Prova que as prometas de Deus
toda via nao faõ inefficazes 3 porquanto nao a os filhos d’a carne > mas a os d’a
promeffa ? ifio he j a os eleitos > Jaõ feitas: provando o primeiramente com o
exemplo de IJmael e Ifaac., Io £ despois com o de Efau e Jatob. 14 Declara.
C. pelo exemplo de Moyfes e pharaõ > que Deus 3 elegindo a hum e regeitando a
outro > jempre he jufio. I? Refponde a huas objeiçoes &a carne > e mofira com
a femelhança de hum oleiro que Deus tem poder pera affi fazer. 24 Declara
juntamente que estes eleitos também efficazmente fe chamao de Deus , a/fi dfos
fudeos j como principalmente d’os Gentios. 25 E prova ifio por diverfos tefii-*
munhos d"os Prophetas. 30 Einalmente explica a próxima caujd por que osGen-
fios alcanpárao a jufiica pelo Meffas e a mor parte dlos Judeos d9ella alienados
fito.
Rom. 2:17* 7 t>' N em por femente de Abraham ferem , por iflò todos filhos
e$ : 2. fam: i mas, em Ifaac te ferá chamada femente.
dEphef. 2;
12» 8 Ifto he, naõ os filhos d’a carne, fam os filhos de Deus: i mas
e Jer. 2 3 os filhos d’a promefla, por femente contados fam.
Joa. 1:1. '9 Porque efta he a palavra d’a promefla: /Perto d’efte tempo vi-
• 01______ 11_ /
^.20:28. rei, e Sara hum filho terá.k
Rom. 1:4. 10 E naó fomente 2 ® mas também Rebeca jjm»
Hebr. 1:8 quando de hum concebeu , fabtr de] noflo pae Ifaac.
9.10. 11 Porque naó fendo ainda ««ráw-j nacidos, nem bem j nem
fJHim 13:
19. mal
Rom. 3 • J.2. 77w.2::lJ-_g7M.8:;9. Rn» 2:28- h GaL-t-4"23. iGen.lisii. Ga/-$:if.
Jiebr. II: 18. k G«/. 4; 28» l Gew. 18; lo. » Gen. 25 ; 11,
A - AOS ROMANOS. Cap.IX. Ht
mal ãvendo feito , peraque o propofito de Deus, que he fègundo
a eleiçaô , [firme] ficafle , náó pelas obras, mas por aquelle que
chama:
12 Lhe foy dito : » O mayor fervirá a o menor. vGe». 2$ t
13 Como eftá efcrito: » A Jacob amei, e a Efau aborreci. .
14 Pois que diremos ? p Que há injuftiça acerca de Deus ? Em °^ae • '
maneiranenhuá. 1 „ p^r.3«
15 Pois a Moyfes diz ■ q Compadecer me hei d o que me compa- 4
decer, e mifericordia terei d’o que miíericordia tiver. 2.CZw»i>‘
16 Aflique naó d’o que quer, nem d’o que corre, fenaó 7*
de Deus que fe compadece. jW.34:w.
17 Porque a Efcritura diz a Pharaó : r Para ifto mefmo te levan-
tei, para em ty minha potência moftrar, e para que meu nome emf 9|
toda a terra denunciado feja. lo. * *
•18 Afli que d’o que quer fe compadece, e ao que quer endurece.
J9 Dirme has logo: Porque [pew] ainda fe queixa? Porque quem
a fua vontade r ejSíhio ?
20 Mas antes, ó homem, quem es tu, que contra Deus conte- flfqW-91
fies? J Porventura dirá a coufa formada a o que a formou, Porque 6.
afli me fízefte?
21 Ou naô tem o oleiro poder fobre o barro, pera de huá mes
ma mafla fazer t hum vafo pera honra, e outro pera desh < r.u? t2.Tim,2',
12 E fe Deus, querendo moftrar [/«*] ira, e aar a conhecer fua ao*
potência, fuportou com muyta paciência os vafos de ira, pera per
di çam preparados :
23 E para dar a»conhecer as riquezas de fua gloria ’nos valos de
mifericordia, que para gloria ja d’antes meparou?
2j. A os quaes também chamou, *í'aber\ a nos outros,
naó fomente d’entre os Judeos, mas também d’en^as Genres? «rjffyittíi
25 Como também em Ofeas diz : «Ao que meu povo naó éra *í
meu povo chamarei: e a a que amada naó era, amada [wtój. **
26 E fera , que ’no lugar, aonde dito lhes foy: * Vosoutros * p{Jr
meu povo naó fois, ahi filhos d’o Deus vivente chamados, feráó. ‘ ’ *
27 E também Iíãyas clama acerca de Uraèl: 7 Aindaqueonumc-yj/aj. 10:
ro d’os filhos de Ifraêl como a area d’o mar foflê , o reftante laivo 22.
ferá. •Osncwtó,
«8 Porque o Senhor dá fim., e o negocio em jufiiça * abrevia: ctr~
Pois hum negocio * abreviado fobre a terra íàrá.
a? E como lfayas d’antes diflê: «Se o Senhor *Zebaothfemente
VV 3 nos exeràti»,
♦
EPISTOLA DE S. PAULO
tGetí. 15:nos naó deixara, « comoSodoma feitosforamos, e a Gomorrha fe-
M- melhantes feriamos..
^«7.13:19. pQ-s gUe tirámos ? Que as gentes que a juftiça naõ bufeávaó,
4*^ ' ajuftiça alcançáraó? [í/.] Porem a juítiça que he pela fé.
.Ezeckió: Mas Ifraêl, b que aLey d’a juftiçabuscava, a aLey d’a juftiça
46. naó chegou.
bRom. io: 31 Porque? Porque [4 bufiávaõ] naó pela fé, mas como pelas
2- obras d’a Ley: porque ’na pedra de tropeço tropeçáraó.
P/’1*7/* s- Como eftá eferito : « Eis que em Siaõ ponho a pedra de tro-
f 22 11 PeÇ° j e a rocha de efcaadalo : todo aquelle que ’nella crer,
J/ây. 8:14. confundido naõ fera.
ez8;ió. M»tt.2j;42. l.Pedr. 2: ff, d Pfil, 2;izi Prov. íffllo. Ifiy.l$;l6. Jer,!?;1],
CaPITULoX.
I Despois que « Apcf.ola teliificou de fia boa affeiçaô para os Judeos >.trata rnais
largamente à’a próxima cauza de fia contumácia d‘elles contra Chrifto, $ Pro
põem então com a mefina palavra de Mmfes a differença entre a justiça d’a
Ley, que os Judeos abraçavasj e a juftiça d’a fé, que regeitávai , e defereve
a a ambas com fias propriedades, 12 Declara'que Deus agora chamtgpela pre
gação d’o Euangelho, em todo 0 mundo, á fé em Chriíio, affi os Judeos , como
cs Gregos. 16 Mas que a mór parte d’os Judeos eras desobedientes, e os Gentios
a 0 contrario obedientes a efte chamamento. Ij E prova que ilto affi pelos Pra-
phetas predito era.
Ca*
EPISTOLA DE S. PAULO
os naturaes fam, em fua própria oliveira enxertados feráó.
25 Porque naó quero, irmaôs, que efte fegredoignoreis, (perá-
que fabios em vos mefmos naõ fejaes:) [afaber] que 0 endureci-
»L,w. 21: mento em parte fobre Ifraêl veyo , »até que a plenidam d’as Gen-
tes éntre.
pP/<?/.i4:7. g aq’ tojo jfragi fajvo fer£ ? p como eftá efcrito : De Siaô d
ijay. vy. 9. Lij,erta(j^r vir£ ? e as impiedades de Jacob desviará.
27 E e’^e Para com e^es meu coberto [/erá] , quando eufeus
32.33.34. pecados tirar.
t.cor.^ió. 28 Afli que, quanto a o Euangelho, inimigos , por
Hebr. 8:8. caufa de vosoutros: mas quanto a a eleiçaó, amados, por caufa
«10:16. tj’os Pae$. ,
29 Porque os dons gratuitos, e a vocaçam de Deus, fam fem
• arrependimento.
30 Porque afli como vosoutros também antigamente a Deus des
obedientes fofl.es, porem agora mifericordia pela desobediencia
d’efl:es alcançaftes :
31 Afli também agora eftes desobedientes foraõ , pera também
mifericordia, por vofla mifericordia, alcançarem.
tfGaht. 3: 32 cj Porque Deus encerrou a todos debaixo d’a desobediencia,
22. pera de todos mifericordia aver.
33 O profundidade d’as riquezas afli d’a fabedoria como d’afcien-
rPfal.%6^. c^a de Deus! r Quam inexcrutaveis fam feus juizos, c imperve-
ítigaveis feus caminhos!
fijay. 40: 34/ Porque, quem o intento d’o Senhor entendeu ? Ou quem
*3- feu confelheiro foy?
1 Ou Quem a elle primeiro lhe deu, e ferlhe harecompen-
z7^.41.-. fado ?
* Prov, 16: 3Ó « Porque d’elle, e por elle, e pera elle todas as coufas fam:
4. A elle [pois Jèja~y a gloria eternamente: Amen.
r cor° S ;6.
C A P I T U L O XII.
J Avendo ja o Apoftolo 3nos Capítulos precedentes tratado c?os princlpaes pontes
d3a doutrina d3a Religião Chriftaã* agora 3 fegundo fua coftwnada ordens 3 'na
mór farte de fuas EpífMas > começa aquella parte que confifie em exhortaçoes
para hua vida pia e Christaa; e a primeira he j que nos offereçamos-asos a nos
mesmos a Deus 3 e nao nos conformemos com efte mundo. 5 Entaò encarecida*
mente exhorta a os que mintflerios públicos e dons particulares na Igreja tinhao >
que nau fe enfoberbeçaò 3neUes» mas fielmente os adminidtrem e empreguem pe
ra major edificação da Igreja, 6 Affi a 05 minitiros dia palavra > como a os
Anciãos e Diáconos» 9 Acrecenta diverfas amoestaçoes pera toda forte de vir
tudes Chrijlads j a faber > pera fincero amor irmanai, II Ardente zelo pera
% honra de Deus, II Paciência 3 Oraçao ? Efperanca» 13 "Liberalidade, I4 Man-
fidaõy 15 Compaixao, ló Unanimidade Humildade. 17 Tolerância, IS Ardor
de paz, 19 Depofiçaõ de vingança, 11 £ constância *no bem. ♦
1 Rogo vos pois, irmaós, pelas compaixoés de Deus, «quevos-«UWr:i:
vfos corpos em facrificio vivo, fancto, a Deus agradavel <•
b aprefenteis, [pe he~] vofiò divino culto racional. *
1 c E naõ vos conformeis com efte mundo, masreformaevospe-flyBa j.
larenovaçaódevoíToentendimento, ^peraque*experimenteis qual'
fejaaboa, e agradavel, e perfeita vontade de Deus. dEfhef.n
3. Porque pela graça, e que me he dada, a cada hum d’entre vos- 17.
outros digo; /que mais naô faeba d’o que faber convém : Mas que
faeba com temperança, g conforme Deus a cada hum a a medida de
cf • * * veis,
fe repartiu. £R i
í
jíS EPISTOLA DE S. PAULO-
ypfal. 97: 9 q anior feja naó fingido, p Aborrecei o mal, e apegaevos a
stç & bem.
?Fphef.4’. 10 ? Huns a os outros cordialmente vosamaecom fraternalcari-
21 dade; r Prevenindovos com honra huns a os outros.
Hebr.i3:i. n ’No cuidado naó fejaes * vagarofos. Sede ardentes de efpi-
1. Pear. 1: rito. Servi a o Senhor;
*a-. 12 /'Gozaevos ’na efperança, t Sede pacientes ’na tribulação,
p 2 •’7-» Perfeverae’na oraçaó.
1 Pedr\^'. x Comunicae a as neceífidades d’os fanâtos: y Segui a hofpe-
* Ou jper~ dagem.
gíi^e/ò.\ 14 & Bendizei a os que vos perfeguem; bendizei, e naó amaldi-
[Rom. 15 ;çoeis.
1 r 'f.\ • l<i Alegraevos com os que fie alegram: e chorae com os que choí
96.' • rao.
tELebr.W ,
iá a Sede * unanimes entre vosoutros. b Naó affe&eis coulâs al
i6' ' c : Mas acomodaevos a as baixas. Naâ fejaes lábios, em vos
tivas
ei2: j.meimos. I
ííf"r-13;
y7 Htbr- 13 • 2O 10 h p or tant0
Por fome ,} dalhe de comer
tanto ffee teu inimigo tiver fome comer:: fe tf-
ti-
2* ‘9 ver-
I P<?</r.4 ,'UÍ fede, M«uv de beber. ‘Porque
dalhe HV W '1>"“ fazendo ifta,í braíàs de fogofo-
-----
' ‘ bre a cabeça lhe amontoaras.
--------- ’ 3 ’ ------- ------ - --------- a
44-
44.
24 ■
Naó * te deixes vencer d’o malMas vence a o mal com o
i Cor.4:n bem. -
Pfo7>tti; ej:i6» T.P/JSij:?.*Gtb & Pum mefino fentido.
bProv. 3:7. lfay.^.llu c Prov.2o:H. l.Cor.6‘.y, rJBfeejiÇi íJ.
dl. Cor. 8: zi. l.Pedr.z\ it. oMarc %-5°- &*bt. UC14, fAiatíJfây Luc.b iy.
oDeut.^Z'.^, Hfír.I«:30» j&PwÀ2j:M. *Ou> Sejas venci’
I Amoefla o Apoflelo a os fieis 3 que com devida obediência a os Superiores Jí
geitem ? porquanto de Deus .ordenados faõ, e os que lhes desobedecem caj
jòbre fi tra&ém > e fuas confidencias agrdvao* 6 Manda por i£b também
. pagar tributo, e mostrar toda reverencia. '8 Então amoelta osfiexercitar a
dade irmanai 3 e propoem os mandamentos dafiegunda taboa da hey. II J
nalmente. ex horta a que > porquanto a noite da ignorância hepafidda 3 e o dí
Evangelho he chegado > fie guardem da borrackice. •> fornicação? odio â p&
cias e femelhantes pecados. 14 JS que por ede fim fie vifiaõ d9o Senhor
Chrifilo? deixando 0 cuidado, d3a carne para defiejoz
Capitulo XIV.
t ftae I "Enfina o Apoftolo ? como os fieis fie kavetn de aver pera com os fracos ? que ct
doutrina da Uberdade dos Chrifiaõs ? principalmente tocante a differenpa dos
manjares e dias > ainda bem nao entendiao 0 a faber y que devem aceitar a
rol fracos > nem por via d3i**5estas confias contender com elles j e que os fracos nao de~
I i m vaò_julgar a os outros. 5 Que convinha , que afii os fracos como os fortes 3 te-
nhaõ 0 mefimo fim y a faber ? pera com ijfio d Deus fiervir* q Cuja honra fiem-
pre 3na vida e 'na morte procurar devemos. 9 Como também Cbriiio por ijfo
morreu e refuscitou> pera que a edey como a nofio Senhor e Juiz> daríamos conta '
de todas nofias obras. 13 Vigiem pois os fortes §ue nenhum efcandalo dem a os
fracos. 14 Porque ainda que a diferença d'os manjares e dias agora em verda
de bem cefie > contudo esta Uberdade nao fie deve ufar pera entrijiecer e enfra
quecer a outros > por quem também Chriffo morreu. 17 Vfâo que a Religião
e Chriftaã nao con ffle em comida ou bebida. 19 Que 'rifio fempre devamos pro-
fieguir a paz* 20 E antes nao comer nem beber o que a os fracos eficandalizar
poffa* 22 3No de mais que nem os fracos nem os fortes 3nifio aviao de fazer
algua confia. com confidencia duvidofa^ porque ifio pecado he*
Capitulo XI.
i Avendo o Apoflolo fallado d'o regeitamento d'os Jfudeos e d'o chamamento Jos
Gentios enfina que efie regeitamento nao he univerfal de todos os Judeos, o
que provo com feu proprio exemplo. 1 Como também com a immutabihdade d’a
divina eleição, e com o exemplo d’os tempos de Elias, Porem que os quedelles
fe falvaf naopor juas obras mas pela graça, fe fa Ivem. 7 Eque os outros por
feu endurecimento pereçaõ. 8 O qual fe prova da Efcritura, 11 Defpois amo-
efta a os Gentios que nao fe exal em contra os Judeos , porquanto feu regeita-
mento cfelles , deu ocafiaÕ a 0 chamamento dl os Gentios pelo qual os Judeos
«
também, feguindo 0 exemplo d’os Gentios , feráõ despertados pera crer juntamen
te com elles, porquanto pertencem a 0 concerto. 17 qual os Gentios , antes
que fe chamavaõy eraÕ alienados, Jendo de pura grasa chamados a elle. 19 Polo
que os Gentios bem devem atentar . que também nao fejao regeitados por amor de
fu a desobedienaa. 2$ Para mesmo fim revela elle hum myflerio , a faber que
despois d’a converfam d’os Gentios também os Judeos convertidos Jerám confir
mando 0 pela Escritura Sagrada , e pelo amor que Deus ainda tinha pera com
elles por via dos paes. 30 Alfi que effemefino Deus que fez grasa a os Gentios,
quererá também faze la aos Judeos. 33 Einalmente fe espanta d’a profunda
Jabedoria de Deus que refplandece em Jeu governo acerca dá falvatao dos ho
mens. 36 Cuqo principio y proceflo e fim lhe fó fe atrtbue.
Ca-
AOS ROMANOS. Gap. XIII. 349
Capitulo XIIL
I Amoefia o Apoflolo a os fieis que com devida obediência a os Superiores fie fir
geitem, porquanto de Deus ordenados fiao , e os que lhes desobedecem cafitgos
fobre fi trazem ■> e fu as confidencias agrávao. 6 Manda por iffio também lhes
pagar tributo, e modrar toda reverencia. 8 Então amoeda os exercitar a cari
dade irmanai> e propoem os mandamentos d'a fegunda taboa da Ley. II E fi
nalmente exhorta , que > porquanto a noite d a ignorância hepajfiada , e o dia do
Euangelho he chegado fie guardem d’a borrachice , fornicafaó, odio . pendên
cias e fiemelhantes pecados. 14 E que por efte fim fie vifiaõ d'o Senhor Jefiu
Chrifloy deixando 0 cuidado d'a carne para defiejos.
Capitulo XV.
5 Amoefla 0 Apofiolo a os fortes acomodarfe á fraqueza de Jeus irmaís 3 3 Peh
exemplo de Chrifto-> que nao fe buscou a fi mesmo ? porem nojjo proveito y o gue
confirma pelas Escrituras do Velho Tèfiamento que também forao escritas para
nojja conjolaçao* $ E fervir concordemente a Deus e a o Senhor Jefu Chriflo*
7 Declara mais largamente o exemplo de Chrtâo> como minifirou ajji a os
deos j 9 Como a os Gentios y o que também dias mesmas Escrituras prova» 31 Acre-*
tentando hum voto que vao crecendo em todas virtudes Chrijlaas* e canhecimen-
+& to. 14 Despois dlfto começa+concluir efta carta efcufando fua liberdade 1no efcre-
ver» ly E relatando quam efficazmente Deus Abençoou feu minifterio ? e quam
fielmente elle o adminifirou. 21 Promete que partindofi pera Efipanha d Rom#
virá. 1$ E da a entender que primeiro partirfe haparajerufalem^ pera Ule~
var as esmolas £as Igrejas de Macedonia e Achaya. 30 Pede que queirao orar
por elle> e por [eu minifierio. j j E de/eja que Deus lhes dê tudo bem.
<a t Cor. 9 ; I « ILf as nosoutros, que fomos fortes , devemos fuportar as fra-
22. ■*’VAquezas d’os * fracos, e naõ a nos mefmos nos agradar.
Galai.6' I« 2 Portanto cada qual de nos a [fa] proximo em bem agrade,
* Ou j im- pera edificaçaó.»
pofiantes. 1 3 “ Porque também Chrifto a fi mefmo fe naõ agradou 5 mascomo
, , A? 7 o 1 ♦ • • J5 _____ __ __ ** • _ ♦ _ / _
bpfal, 69: eTcrito eftá : b Sobre my as injurias d’os que te injuriam caírao.
IO. 4 c _Porque todas as coufas que d’antes efcritas foraõ, pera noíle
• enfino efcritas foraõ: Peraque por paciência e confolaçam d’as Ef- -
5-
c Rom.A.l^ crituras, efperança tenhamos.
24- 5, Ora _ . o. Deus de paciência
4 e confolaçaõ
„ vos dé d que entre vos
dRom. 12 :huã mefma coufa fintaes^ fegundo Chrifto JefiL
16. (6 Pera que concordamente com huá boca glorifiqueis a 0 Deus
1 Cor. t: 10. ç pâe c|e noffo Senhor Jefu Chriflo.k
Philip.l'. 1. 7 Portanto recebei huns a os outros, como também Chrifto nos
f]: ií• recebeu pera gloria de Deus.
TPedr- $ :
s. ? Digo pois, qucChriftoJefu$foymioiftrod’açircoíiciiàó,por
caufa^
I
1 1
ÂOS ROMANOS. Qp,XVK 3Í3
caufa d’a verdade de Deus /pera ratificar as promeflàs a ospacs
PRIMEIRA EPISTOLA
D O
AOS
% A*
Capitulo I.
1 3Na introdução > que fe eflende até o verfo decimo > poem o Apofiolo *no princi
pie feu nome como efcrivao defia carta e juntamente o nome dlaquelles a quem
efcreve com as coftumadas Jàudaçoes <4pojÍoUcas. 4 Dd graças a Deus polos
beneficies que ja a esta Igreja feito tinha. 8 E os ajfegura d3a fieldade de
Ckrifio no cumprir cfe fua obra começada. Io Pajfa então a a mesma çau/a , e < ,
tefiffica como entendeu que avia dffenw entre elles 3 e que hum dizia , Eu fou. cjtt &
de Paulo à e outro Eu fou de Cephas* &c. IJ Polo que os reprende com di- *
verfts razoens 3 e mofira que pera fina! da união fomente em o Nome de Chrifa
bautizados fora$t 18 Trata então contra os que Je gloriava# 3na eloquência mun
dana e declara que Deus naè por ella > finao pela fingeleza d3a pregaçao d1o
Christo crucificado potentemente obrara entre elles. 2,6 E que efia potência fe
manifefidra 'no çonvertim^nto nao de muytos fabios e poderofos entre elles * mas *
dos yils e loucos [egundo o mundo. 2.9 Peraçftp naofe gloriarem em fi mesmos > ^5
mas unicamente em Christo > em quem tmhaòtudo quanto he neceffario pera falvaçao»
3*
9 Rot?!* 16: 18 Porque bem he a palavra d’a cruz loucura pera os que pere
cem : r mas pera nos os que fe falvam, he potência de Deus.
*!•
f I.Cor IÍ: 19 Porque efcrito eftá: 7 A íapienciad’osfabios deftruirei, eain-
If. 17. teliigencia d’os entendidos aniquilarei.
7 I Cor. 2: 20 rQu’hedo Sabio ? qu’hedo Efctiba ? qu’hedo Inquiridor d’efte
1.4* feculo ? Porventura naó enlouqueceu Deus a iabedoria d’efte mun
2. Pear. I: 5
16.
ir » Porque pois,’na fabedor ia de Deus, o mundo por iabedoria
rtj^b\vÍa Deus naó coníieceu, agradou a Deus falvar a os crentes pela lou- .
ifay 29:14.cura d’a pregaçaô: aa Por-í
(IJàj. 3$: l8< u11;*5. L*c. lo:«. x
AOS CORINTHIOS. Cáp. II>
ii Porquanto x os Judeos final pedem, eos Gregos fabcdoria x Afazr.u?
buscaó. 38- ,
23 Mas nosoutros pregamos a Chrifto crucificado , Para 7^ fjg
os Judeos bemhe efcandalo, e pera os Gregos loucura. yMatt.iv,
24 Porem a os que fam chamados, afll Judeos como Gregos, ‘ *
[lhes pregamos nos] a Chrifto potência de Deus, zefabedoriadeDeus. Joa.6'. óoj
25 Porque a loucura de Deus, he mais íabia que os homens: e a 66.
fraqueza de Deus, mais.forte que os homés he. zColoff
26 Porque bem vedes, vofla vocacaõ, irmaós, «que naó L/ôwl al°a-7.4o.
muytos fabios legundo p carne, nem muytospoderolos, nemmuy- ’
tos nobres.
27 Mas Deus efcolheu o louco d’efte mundo, pera a os fabios
confundir : e o fraco d’efte mundo efcolheu Deus, pera confundir
a o'forte.
18 E o vil d’efte mundo, e o desprezívelefcolheuOeus, e o que
naó he, pera a o que he aniquilar.
29 Peraque nenhuã carne perante elle fe glorie. . '
30 Mas drelle fois vos em Jefu Chrifto, b o qual de Deus feito^
nosfoy fabedoria, e juftiça, e fanfrificáçaó, e redemçam: 794.17:19.
3 1 Peraque, como eíia efcrito $ ‘ Aquellc que fe gloria, cm 0 «• ifif 65 s
Senhor iè glorie. 16
0 Jer 9 :»?•
C A P I T V L O II. ,M.
2. Moftra 0 Apofolo um feu exemplo 3 que 0 Euaitgelho de Chrif», gaocom fapien"
cia eu eloquência humana, mas com jingelexa e virtude efpiritual propòrjedeva^t
6 Declara tombem qual [sbederta celeBial‘nelle comprehendida efiá. lo E co-
raoj^pelo Efpirito de Deus e naõ pela prudência humana revelada he 13 Tor- ■—-
' na a dizer com que palavras pronunciar fe devaf 14 E como fe ndê pojfa di-
Jcemir nem julgar d‘a homem animal>fenao d’o efpiritual.
ai.Cdr.lt
I p eu irmaós, quando a vosoutros vim, « naó vim com excel- 17.
lencia de palavras , ou defabedoria, denunciando vos o tefti- e~' 4»
munho de Deus. ^yíff.iSn.
1 Porque naó propus coufa alguá entre vosoutros faber, fenaó a cA318 3.
. Jefu Chrifto, e efle crucificado. a Cor 10:
3 b E com vofco eftive eu « em fraqueza, c cm temor, e em Io*
muyto tremor. di.cor.it
4. E minha palavra , e minha pregaçaõ , d naó foy em palavras r
perfuaforias de fabedoria humana, mas cm demofiraçaó de efpiri-
jío F. EPISTOLA DE S. PAULO ,
ti.Cor. 4: Peraque voílà fé naõ fofle em fabedoria de homens, e mas em
27; potência de Deus.
J 21 ’18: ó / E fabedoria entre os perfeitos falíamos: Porem huá fabedoria
3 naõ d’eíle mundo , nem d’os Princepes d’efte mundo, ^quefe
ij. 'aniquilaõ:
h i.Cw.iç; 7 Mas falíamos a fabedoria i de Deus, k em myfterio efcondida,
14- aqual Deus antes d’os feculos pera noíTa gloria ordenou.
iRvm. 16: § z Aqual nenhum d’os Princepes d’efte mundo conheceu, m Por-
t ic'or 4- ^Ue fe a conheceram,. nunca a 0 Senhor d’a gloria crucificáraõ.
~l9 Mas como eftá efcrito: n Ascoufas que olhonaó vio, eouvido
23. naõ ouvio, e em coraçaõ de homem naó fobíraõ, [feo] as queDeus
7:48. pera os que n amam preparou. .
•âã. 13:27. 10 0 Porem Deus nolas revelou por feu Efpirito. Porque oEípi-
x.Cor.3.14.rit0 efquadrinha todas as coufas , até as profundezas de Deus.
mloa.16-. 3. j 1 porqUC quem d’os homens fabe as coufas que d’o homem fam ,
e n-27'fena5 0 efpirito d’o homé que ’nelle eftá? Aíli também ninguém as
j. ,coufas de Deus fabe, fenaõ o Efpirito de Deus.
13. ’ 12 Porem nos naó recebemos o efpirito d’o mundo, ? mas o Efpi-
»ifay. 64 ;rito que he de Deus: peraque faebamos as coufas que de Deus dadas
4- nos faõ.
• Matt. 13: 1 j As quaes também falíamos, r naó com palavras que a íàbedo-
iCor -iS r*a humana eníina, fenaõ com [«] que 0 Efpirito íànéto enfina,
fPrvv 27’ as coufas efpirituaes a as efpirituaes * acomodando.
I?.' ’ i4 Mas o homem * animal naó comprehende as couíàs que fam
Jer. 17 • 9. d’o Efpirito de Deus. Porque loucura lhe íàm : e naõ as pode en-
7 Row. 8:tender, porquanto efpiritualmente fe difcemem.
*5 • i j / Porem o efpiritual bem todas as coufas diíceme, masielle de
rnCír’i: ninguém difcernido héL
t Porque quem a intençaô d’o Senhor conheceu, paraque in-
2. Peèlrii: ftruir 0 poftà • Nos porem a intençaô de Chrifto temos.
14. *Ou, comparando, ou, apropriando. * Oihnatural ffywvA&j, tlfay.^aZ 13.
Rom.II.‘ 24.
AOS CORINTHIOS. Cap.III.
1
Capitulo III,
1 Da^o Afoftolo ainda outras razoens , forque o Euangelho entre eUes em toda
fingeleza pregou » a faber ? porque erao meninos no conhecimento é carnaes em
Juas contendas, 5 Declara também qual refpeito fe deve a os Doutores e decc-
mo 0 louvor de jua obra nao fe deve atribuir a os que frantao e regao 5 fenao a
Deus j que dá 0 crecimento, Io Que Jeu 0ffcio he edificar fobre Chrifio ofun*
damentOj nao fenoj falha > ou madeira 4 mas ouro* prata, e pedras freciofas»
13 que a obra de cada hum feio fogo fera provada , quando receberão golar- a
dao fegundo a natureza d'ella. 16 Que 0 Templo de Deus por diffençoens naS
profanar fe deve. 18 Porquanto a fabedoria humana he louquice diante de Deus,
il Polo que ninguém fe deve gloriar *nos homens j porquanto nos de Chritlo
fomes.
44
1 Eeu’ *rmaós’ naó vos pude fallar como a efpirituaes, masco-
mo a carnaes, como a meninos em Chriíto. aHebr <♦
1 a Com leite vos criei, e naó com manjar j porque [ainda] naó £ r’ ’*
podieis j nem tam pouco ainda agora podeis. iJW-a».
3 Porque ainda carnaes fois. í Porque como entre vosoutros b i. Cor. i:
[aâida] inveja, e contendas, e diíTençoés aja, porventura carnaes il
naó fois, e [ainda] fegundo * os homens andaes? Galat. 5:
4 Porque dizendo o hum: < Eu fou de Paulo: e o outro, Eu de 16t
Apollos, porventura naó fois carnaes ? *OuJ^
5 Quem pois hé Paulo, e quem he d Apollos, fenaó miniftros wew.
pelos quaes créftes, e [ffi] conforme o Sfior a cadahum deu? ci.Cw. i:
6 Eu prantei, e Apollos regou : mas Deus ó crecimento deu.
7 Poloque nem o que pranta he algo, nem o que rega: Senaó 1 *
Deus que o crecimento dá. i.Cw.nii.
8 E o que pranta, e o que regarhum famj /mas cadahum rece- ' eií/n.
berá feu galardaô fegundo feu trabalho. e AS, 18:
9 Porque ícooperadores de Deus fomos: vosoutros ha Mavourade
Deus, de Deus o edifício fois. ’
10 Segundo a graça de Deus que dada me foy, pús eu como fâ--' 2:
bio architcdo o fundamento ; e outro fobre elle edifica: Mas olhe ler^ ;
cadahum como fobre elle edifica. jo.
11 Porque ninguém pode pór outro fundamento, mais] d’o ^31:19.
que * ja pofto eílá, o qual he Jefu Chrifto. Matt. 16;
ia Efe alguém fobre efte fundamento edificar ouro, prata, Pe* s
dras precioías, madeira, feno, palhiço. ei4:’n.
2 1? A ^Çfj.
Galat'6^. Afec.i‘.i$. e 22:12. gi.C0r.6ll. bEfbef.iliÇ. Colojfa,-.'].
í. £«^2:5. i ifiy. 1S:IÓ. Jtíatt. 16: IS.
i
Capitulo IV.
1 E?sfina 0 Apostolo como fi devem effimar os miniffros dd Igreja eque fi reque*
re d^ elies, 3 Bem pouco effima 0 juizo dfos homens 3 e mofira com fiu exemplo
que prijicipalmente dardo conta de fiu minifierio a Deus, 6 Amoefianaò fomen
te a os Doutores t mas também a todos os fieis fintir temperadamente de fi mes^
mos, 7 Pífio que Deus os diferve- por fius dons e wac elies por fi mejmos*
8 Boem hua diferença entre 0 grande fintimento que elies tinhao de fi mesmos »
e 0 vil e mifirawel efiado dlos últimos Apofiolos "nefiemundo, 14 Eern que
também por effa comparaçao tivefiem menor Jentimento de fi mesmos, Vj Tejli-
fica que lhes também por efie fim enviara a Timotheo. 18 Reprende outra vez
fia arrogancia» e os ameaça com fua vinda, 2.0 Pera que a bom tempo de fi o
mal tirafiem > e a vara escapafiem.
Capitulo V.
1 Adianta 0 Apoftolo e prova d*as faltas _> que aindafe achavao 3na Igreja dte
At Corinthios ? que elles tinhaò mayor razaofhumilbárfe * d'o que gloriarfe e exal
çarfe 3 e primeiramente porquanto tolerárao entre fi o incesto. 2 Amoefta os
vlgurofamente que a o que o cometia tiraffem de feu ineyo > e a Satanás o entre-
&a!í- m, 6 Polo que ufa de varias razoens -> e em particular de hua tomada d'o
fermento 3 o qual em celebrar d:a Pafchoa 3no Velho Testamento fe ' avia de alim
par, 9 Defpois inftrue os mais largamente acerca d"os quaes efta dtfciplina Ecle-
fiaftica fe avia de exercitar* 11 A faber acerca d?os que fe chamaõ irmãos ? o
entretanto femelhantes efcandalos davaô * 12 Deixando a os que eftávaí for*
d9a Igreja à o juizo de Deus,
I Redarguo o ApolMo aqui ainda alguas faltas entre os Corinthios d3as quaes a
primeira he que as demandas que fe achávao entre elles fobre as coufas munda
nas nao ajufiávao amigavelmente entre fi 5 mas que as traziaõ perante os Magi-
firodos infiéis,, 2 Prova que iiio nao convinha a os fieis ? porquanto o mundo e
os Anjos por elles julgados JeriaS, 7 Aponta despois a origem donde ejfas de-
mandasprocediao > afiiber > d1a falta de charidade^ tolerância ejufiiça* 9 Tefiifica
que os injufios e outros efiandalofos nao haõ de herdar 0 Reyno d9os ceos. II E>
que lhes era indecente igualar fe por adiante a elles , porquanto pelo Rfpirito de
Deus d0 Senhorio defies pecados livrados fóraõ, 12 Redarguo ainda hua outra
falta 3nelles» confifiindo 9neabufo d3os mancares ede outras coufas tocantes 0ven
tre ? mas principalmente reprende a fornicação. 1$ Prova com mnjtas razoes
quam indecente ella he para os Chriftaos* 19 Cujos corpos Jao Templos doE/jpi-
rito SauSo » que caros comprados foraõ j e que devem glorificar a Deus em fe»
corpo c Efpirito*
Capitulo VII.
X Responde 0 ApoJMo d pergunta t fi he bom tomar mulher. 3 Manda a os cafa"
. dos que naõ defraudem hum a o outro > 5 Se naõ for por mutuo confentiment9
de ambos ? por algum tempo» pera fi ocuparem em jejum e orafaõ* 8 Declara *
os folteiros e a as viuvas » que he bom ficarfe femiafar» a faber pera ófrtaes *
que tem 0 dom para ijfo e nao pera outros. Io Ordena a os cafados que nao fi
apaitem hum de outro. 12 Nem ainda os fieis d'os infiéis > a faber feeffes eslao
contentes em ficar fe com os fieis* 15 Mas fe os infiéis fe querem apartar » te-
fiifica » que os fieis em tal cafo naõ esido fugeitos a firvidao. 18 Declara
também que cada hum com 0 efiadò em que foy chamado á Chrifio fi deve con
tentar) afji os circuncidados como os que esiaõ 3no prepucio. 21 Ãjfi os firvos
como os livres. 25 Trata despois £as virgens que efido fob poder de outros, e
molira em que cafo he bom de as cafar ou nao* 30 Acrecenta a iffo hua amoesía- —**
paõ geral» de como o matrimonio e outras coujas d3efíe mundo devem fir ufadas*
32 E que avantagem os folteiros tem fobre os cafados pera melhormente a 0 Se
nhor fi ajuntar. 36 Toda via nao pecaò que cafao fias virgens* $9 E declara
outra vez que os cafados efiejao liados hum a outro todo o tempo que vivem.
Capitulo VIII.
I tíefponde o Apoftolo d outra pergunta , tocante o comer d'as coufas facrificadas a
os ídolos i e ncoffra que para iffb nai basta que fabemos que o ídolo nada he»
5 E que naó temos mais que hum fó Deus e Senhor, 7 Porquanto muytos fra-
Àa cos hao_j que por caufa d iffo padeceriai efcandalo. Io E feguindo feu exemplo
d‘elles, facilmente tomariai liberdade pera com maa confciencia fazer o mesmo t para
fua própria perdição- 12 Teffifica que os taes pecai contraChrifioi Porque
a ninguém convém efcandalizar a feu irmaõ por ufo de algum comer.
Capitulo X.
X Declara o Apofiolo que todos os' Ifraelitts 9no déferto 3na nuvem e ^no mar bau-
tizados forao. } £ que todos de hum mesmo manjar e beber efpiritual comêrad
e beberão. 5 Mas que toda via de Deus caStigados forao ; 7 Quando em ido
latria ou fornicação cairaõ _> e d Chrifio atentárao » ou contra ede murmurdrai.
11 Testifica que ifio ferve para noffo avifo > fera naõ cometer taes pecados.
13 Promete a ajuda de Deus 3nas tentações > e juntamente a boa falda. 14 Ex-
horta os outra vez a fugir d3a idolatria. 15 Porquanto pelo ufo da SanftaCea
tem comunbaí com 0 corpo e fangue de Chrifto , mas pela idolatria com os Dia
bos cujas mefas poriffo avem de evitar 5 22 Nem de baixo denenhua capa irri- ísfõ
tar a Deus > ou efcandalixar a feu proximo. 25 Toda via permite de fim fe in
quirir comer de tudo 0 que fe vende 3na carniçaria, KJ E que fe lhes» convida
dos dlo infiel» nameza aprefcnta» fe naofor que algum 0 notificar. E con-
clue eSle negocio com amoefiaçao univerfal de fazer tudo pera honra de Deus
« edificação de noffo proximo.
. . . . j a Exod, IJJ
O ra, irmãos, nam quero que ignoreis, * que noflospaes todos XI<
de baixo d°a nuvem eftivéraô, e h todos pelo marpaffáram: Num.9.18*
1 E todos em Moyfes 5na nuvem, e 5no mar bautizados forao: JDe^i:33>
5 ' E todos de hum mefmo manjar efpiritual comeram: Neh.qiit,
- 4 d& todos de hum mefmo beber efpiritual beberam. Porque
bebiam d’a pedra efpiritual que ] feguia $ e a pedra era Chrifto.^y
5 Mas d’a mayor d°elles fe naõ agradou Deus: * porque^Exodl^
cm o deferto poftrados forao. 22.
6 E eftas coufas em exemplos feitas nosfõraô, peraque couíaslc/^nj,
roins naõ cobicemos, còmo/elles cobiçáram.
A aa 3 7 jtcExod. i6:
dExod.i7i6> íírauo:n. ^7.71:15. fJto«Ix:4J3t
PJal.lQó, 14
374 I. EPISTOLA DE S. PAULO
7 E naó vos façaes idolatras, como alguns d’elles, como efiá
gExod. jt: efcrito: g Aífentoufe o povo a comer, e a beber , e levantáraófe a
íjLw. «>>pr.
j i E nam forniquemos, h como alguns d’elles fornicáram, e em
Efal. icó; hum dia vinte e tres mil caíraõ.
29. !> E naó atentemos a Chriflo, * como também algús d’elles
íNxm. ii; atentáraó, e peias ferpentes perecéraó.
pA 06 • 10 £ na° murmure’s ? * como também alguns d’elles murmurá-
j“‘" 10 ’raó, e pelo deftruidór perecéraó.
14-
kExod.16'. 11 E todas eftas coufas em figura lhes fobrevíéraõ, /e eíhmeícri-
io. tas pera * avifo noflò, m em quem ja os fins d’os íèculos chegados
e 17:2. íãm.
Num- 14: ii O que pois cuida que empe eftá, olhe que nam caya.
pj/ oó • Naó vos tomou tentaçaó , fenaó humana : porem » fiel he
■*' 10 ' Deus, que mais d’o que podeis vos naó déixará atentar, antescom
iRom 15 4.a tentaçaó também a íàyda dará, peraque foportar a poflaes.
i.Cor.y.io. >4 Portanto, meus amados, fugi d’a idolatria.
* Ou , a- 15 Como a entendidos fallo: Julgae vos [mefmor] o que digo.
moefta. 16 O copo de bendiçam , aoquaí [dundo graiw] bendizemos,
m Philip. 4: naó hg porventura a comunham d’o fangue deChriílo ? O pam que
10 • Part’mos naó he por ventura a comunham d’o corpo de Chrifto ?
2^’ ’ 17 Porque hum pam [Ae] , afii nosmuytos 0 hum corpo
n i,o.i:8.f°®os: porquanto todos de hum pam participámos.
i.TA/3: 18 Vede a lírael fegundo a carne: Naó íãm porventura-, os que
24. os facrificios comem, d’o altar participantes ?
iPedr.T.'). i9 Que digo logo? p Que o idolo couía alguâ he ? ou que o lã-
cr*®c*° idolatrico coufa alguá feja?
' ' 20 Antes [digo] ? que as couíâs que as Gentes íâcrificaô, 7 a os
p 10.8:4. Demonios as facrificaó , e naó a Deus. E naó quero que d’os De-
j Lev.i 7:7. monios participantes íêjaes.
Deut. 32: 2i Naó podeis beber 0 copo (To Senhor, e o copo d’os Demo-
l7- nios: Naó podeis fer participantes d’a meíà d’o Snor, c d’a mela
d’os Demonios.
22 Ou irritamos a 0 Senhor? Somos nos mais fortes que elle?
r i.ío- oi 23 r Todas as couíâs me íàm licitas, mas nem tod-asascouíãscon-
12* vem : todas as coufas me íãm licitas, mas nem todas as couíâs edi
ficam.
f1.cor.x3: 24 /Ninguém buíque o feu proprio, antes cadahu o que he d’o
5. outro.
RbilipA:^-. De
AOS CORTNTHIOS. Cap.XI. ?7J '
27 De tudo quanto ’no açougue fe vende, comei, fem vos inqui
rir por cauía d’a conlciencia.
2ó t Porque d’o benhor he a terra, e [tufa] Tua plenidam. tExod. 19;
27 E fe alguém d’os infiéis vos convidar, equiferdes ir, » comei ~ j
VV4.JUV4
detudo. oque diante devoslè pufer, femvosinquirir xpor cauía 1__ i._ d’a ‘ 5°: 12.I#
conlciencia. , u Luc, io;
28 Mas fe alguém vosdiíTer: Ifto facrificio idolatrico he , naõ 17.
Icomaes, por caufa d’aqueile que [wfo] advirtio, e [par cau/a] d’a« 10.8:7.
Capitulo XL
j Amoesta o Apojiolo a os Corinthios de ferem /eus imitadores j louvando os que
Juas ordenanças guardâvaô» J Emmenda alguns abufos que em Juas congregações
Je achavaò $ primeiramente , que os varões em orar e prophetizar Juas cabeias
cobrirão, e as mulheres as dejcobríraô. 4 O que prova Jer indecente» afji a os
varões , porquanto J'aõa cabeia £as mulheres como a as mulheres que» por-
quanto eftdò de baixo £0 varao » pera fnal d*i(Jo » devem cobrir Juas cabeças»
ou de outra maneira ambos deshonrao Juas cabeias. 14 £ fazem contra a natu
reza» 18 E despsis que ha dijfemoes em Juas congregações» 2o E alem d9ijfoy
que a Cea £0 Senhor naÕ (i celebrava entre elles direitamente » porquanto os ri
cos d’antes faziaõ convites em particular» polo que alguns bêbados d Cea feache-
gdvaõ» 23. Pois pera emmendàr ejfes abufos propoem a inftituiçao e fgnificaçao
d'a Cea» 16 E enfina pera qual fim, e de como» a Cea fe deve celebrar. 29 E z
cajtigos avemjde esperar, e ja enviados foraõ de Deus Jobre alguns que naõ
ujávaõ bem dleUa. 33 Einabnente enjina comoavem de emmendar ejfes abafos» l^'íe
6bb
57» L EPISTOLA DE S. PAULO
, Capitulo XII.
I Repr&de o Apofiolo a diflençaõ entre os CorMios, procedida d*a diverfidade
dos dons espirituaes > e dos mini$erios ecclefiafticos, e enfina que for amordfel-
les naõ fie devem enfoberbecer , nem desprezar á outros> porquanto todos d'antes
forao Gentios , e d’o Espirito San fio os recebiaõ. 4 Gjue 0 mesmo Efpirito obra
eftes dons diverfdmente 4 e em os hum menos > e em os outros mais > fegundo
Jua vontade, á -fim que fe empreguem para 0 ufo commum, e utilidade de toda a
Igrej a $ os quaes dons relata até nove. 12 Explica ifio pela comparaçao dos di~
verjòs membros de hum corpo , com que enfina , que os minimos dons também
fua utilidade e neccfildade tenhao» e que por ifio os que receberão os mais excela
lentes dons , naÕ aviaò de desprezar a os que tem os menores. 25 Mas que
cada qua^feus dons para proveito de outros e de todo 0 corpo d*a Igreja empre~
gar deva. iS §}ue Lhiís proveu d /ua Igreja affi de dons > como de mwfierios*
diverfos. 31 Porem que cada qual deve procurar os melhores dons.
Capitulo XIII.
I O que o Apoftolo ’no fim d*o Capitulo precedente prometeu a os Corlnthios» a]a»
ber i que lhes mojlraria ainda hum caminho mais excedente j iffo faz ’nefíe Ca»
pctulo j enfinando que a caridade he o excellenti//lmo dompera os Chrifiaõs * o que
provx pela comparaçao de outros grandes dons j como faõ j diverfas lingoas *
prophecia> /ciência, fazer prodígios > /ocorrer liberalmente a os pobres e padecer
animofamente a morte por nome de Chrifio ,• E mo/lra que todos e/jes e Jeme»
lhantes dons fem a caridade aproveitaò nada, 4 E louva a caridade por via
de fuas excelientes propriedades e Operações. 8 Como também porquanto fempre
ha de durar e permanecer 3 pois que os outros dons haò de ce/far. 9 Porquanto
faõ imperfeitos 3ne/la vida. I© O que declara com as comparações d!o conheci»
mento de hum menino e adulto > e d a vifia 9nhum espelho e 3na face mesma,
£ fnalmente porquanto a caridade he maqor e mais excellente que a fé e es*
perama.
Capitulo XIV.
I Concluindo 0 Apo&olo a exhortacao precedente pera caridade j adianta e enfina
que os que apetecem os dons efpirituaesJ principalmente devem apetecer 0 dom depro-
pheciai 5 Toda via que 0 dom d3as lingoas ePiranhas naõ he pera desprezar
* mas que fe deve ufar com interpretação d elias. 7 O que prova com as [eme-
lhanças frãuta 3 citara t e trombeta, lo E mostra guehg contra a natureza > «r
e 0 mejmo como fé fadaffemos com os barbaros. 13 Enfina também que oremos ♦
nao fomente com 0 espirito mas também com 0 entendimento. 16 Eorgue d3ou
tra maneira 0 que a lingoa efiranha nao entende , d tal oracaõ nao pode dizer
Amen 18 Confirma ifio com [eu proprio exemplo > e am cesta de imitdlo. 21 E
prova d3a Escritura que as lingoas efiranhas fao as vezes mais caftigo £0 que
dom» 23 Enfina também que feria pera zombar 3 fe todos 3na congregação fal
iajfem com lingoas estranhas > mas pera edificar fe todos prophetizaffem. 26 Des-
pois poem alguas regras , que fe devem (èguir 3no ufo d3os dons tra[ordinários 9
a faber que tudo fe faça para edificaçaó. 27 Que outro interprete 0 que fe
falia em lingoas efiranhas. 29 Que 0 prophetizar fe faia por vezes» %2 E
que os outros Prophetas julguem dijjo» 34 as mulheres calem Je 3na congre* —
gasaõ. yj Que efeasfiuas ordenanças Jaò mandamentos do Senhor. 40 Final- —
mente que tudo façafe honeftamente e com oraem 3na Igreja»
17.7 5 j: 9. mem.
Jon 1:17. 7 Despois foy vifto de Jacobo, despois de todos os Apoftolos.
Man, n8 g pOr derradeiro de todos, como de hum abortivo, b também
epS.i6:demyvift°foy.
10. 9 Por»
Ify-H :S.Mat.iuífl fLw.24:i4 glu.2e:19* *O^~,(itèe^rejentcTejig:
AOS CORINTHIOS. Cap.XV. . jSjr
, Porque eu i o menor d’os Apoftolos fou, que naó fou digno de ityhef.tf.
Apoftolo chamado fer, porquanto á Igreja de Deus perfegui. ^^.8:3.
10 Mas pela graça de Deus fou o que iou : e fua graça para co- * 4
migo, vaã naó foy : l Antes muyto mais que todòselles trabalhei:
toda via naó eu, fenaó a graça de Deus que comigo eftá. Galat.mz,
11 Afiique, fejaeu, íejam elles, aíli pregamos, e affi Créftes. i.Tim. t:
n Ora fe fe prega que Chrifto d’os mortos refufcitou, como di- 13.
zem alguns d’entre vosoutros, que refurreiçaô d’os mortos naó ha. Cor.iv.
13 E fe refurreiçaô d’os mortos naó ha, também Chrifto naó fe-
fufcitou. ' * eW:IIt
14 E fe Chrifto naó refufcitou, vaã he logo nofla pregaçaõ, e
vaã he também vofla fé.
‘ 1$ E aíli fomos também achados falfas teftimunhas de Deus: pois
de Deus teítificamos , que a Chrifto refufcitou , a o qual [jwnw]
naó refufcitou, fe ’na verdade os mortos naó refufcitam. *
16 Porque fe os mortos naó refufcitam, também Chrifto naó re
fufcitou. '
17 E fe Chrifto naó refufcitou, vaá he voflã fé, [*] ainda em
voffos pecados eftaes.
18 Como também perdidos faõ os que em Chrifto dormíraó.
19 Se’nefta vida fomente em Chrifto efperamos; osmaismifera-
veis de todos 0$ homês íomos. zar.Pe^l;
20 m Mas agora [ja] Chrifto d’os mortos refufcitou, «aspri- ?•
micias d’ós que dormíraó foy feito. ' »cw*1:
11 Pois porquanto » a morte [ veyo~\ por hum homem, também *8*
por hum homem a refurreiçaô d os mortos [_jey° J ■ et; 6.
11 Porque afli como em Adam todos morrem, affi também em r», 5:12.
Chrifto todos vivificados feráõ. ‘" 18.
23 Mas cadahum em fuaordem? Chrifto as primíciasDefpois, «6: 23•
os que fam de Chrifto, em fua vinda.
14 Despois ferá o fim, quando a Deus, e a o Pae oReyno entre- P1 Cor.2-.6.
gar, [ej quando todo império, e toda poteftade, e força p ani-
quilar. , ^z?2*84
25 ? Porque convém que reyne até que a todos os inimigos de- Et>b 1'2»
baixo de feus pés pofto aia. , Z/3:i.
26 O ultimo inimigo, que aniquilado ferá, [^jamorte. £^.1:13.
27 r Porque todas as couíãs debaixo de feus pés fugeitou. Po- *10:12.
rem quando diz 9 que todas as couíãs fugeitas [Zkj eftám, claro rí/*/.8:7.
Ccc eftá^;u:
Ep^/l’,22, H^r.2;8,
I. EPISTOLA DE S. PAVLO
cftá que fe exceptua aquelle que todas as coufas lhe íugeitou.
18 E quando todas as coufas fugeitas lhe forem , entam também
o mefmo Filho a aquelle fe fugeitará., que todas as coalas lhefugei-
tou, peraque Deus tudo em todos feja.
29 D’outra maneira, que faraó os que polos mortos fe bautizaó,
*Ou.tam- fo totalmente os mortos naô refufcitam ? Porque * pois polos mor-
tos fe bautizaó ?
30 Porque também nos â toda ora em perigo eftámos?
31 Cada dia morrendo ando por noíTa gloriaçaó, a qual em Chrí-
fto Jefu Senhor noflo tenho.
* °a ,fe- 31 Se* como homem em Ephefo contra as beftas combati, que
gunãoo mc aprovejta fe os mortós naórefufcitam ? /Comamos ebebamos,
Mm™ * . . -
amanham * morreremos.
33 Naó erreis. . As más converfaçoens corrompem os bons co-
t ftumes.
*Ou,*w- 24 Despertae juftamente, e naó pequeis: Porque [ainlaj alguns
remos. naó tem 0 conhecimento de Deus. Para vergonha voílà o digo.
3 5 Mas dirá alguém : t Como refufcitaráó os mortos ? E com
tlLzech.iT & • ,
* que corpo virão?
36 Louco, »o que tufemeas, naó hevivificado, fe [primeiro]
* Ou ^al. naô morrer.
u Joa. iz: 37 E 0 que femeas, naó femeas 0 corpo que ha de fair, fenaõ 0
24. graó nuo, * como o de trigo, ou de outro qualquer
*Ou fcgtin- 3 g Mas Deus lhe dá o corpo como quer, e a cada femente feu
ao aion- proprjo corpo.
f 39 Toda carne naó he a mefma carne: mas * huâ he a carne d’os
45 Afil
AOS CORINTHIOS. Cap.XV. . 387.
. 4j Affi eftá também eícrito : y O primeiro homem Adam emal-
ma vivente feito foy: O ultimo Adam em efpirito vivificante.
45 Mas naô he primeiro 0 Eípiritual, fenaó 0 animal, despois o
efpiritual.
47 O primeiro homê d’aterra, terreno: Ofegundo homem,
he] 0 Senhor, d’o Ceo J.
48 Qual [6e] o terreno, taes ftambém os terrenos: E qual
oceleftial, taes também os celeftiaes.
49 E » como a imagem d’o terreno trouxemos, também a si.Cer.4t
imagem d’o celeftial traremos. *x* .
50 Porem ifto digo, írmaps, * que a carne e o fangue o Reyno a^oa- I:IJ*
* de Deus herdar naó podem, nem a corrupção herda a incor-
rupçaó.
51 Vedes aqui, hum Myfterio vos digo: & Nem todos em verdade ° 'i-ThejjA
dormiremos: porem todos * transformados ferémos. *Ou J/«-
51 Em hum momento , em hum abrir e cerrar de olhos , ( a a Mos.
ultima trombeta: Porque a trombeta íoara, e os mortosincorrup- cMatt.24',
tiveis reíufcitaráó, e nos transformados ferémos. 31.
53 Porque convém que ifto corruptível vifta a incorrupçaõ, e i.lí^4;
ifto mortal d a immortalidade vifta. 16-
54 E quando ifto corruptível veftir a incorrupçaõ, e ifto mortal * nCtfr.5.4.
a immortalidade veftir, entonces fe cumprirá a palavra que eftá
cícrita: « Tragada he a morte em viétoria. e (/^r.25 8.
55 Aonde eftá, ómorte, teuagulhaó? xlondeeftá, ó * inferno, ^X1^14*
tua viétoria?
5<5 Orá o agulham d’a morte he 0 pecado : e a força d’o pecado ?
he a Ley.
57 / Mas graças a Deus, que nos dá viétoria por noflo Senhor
Jefu Chrifto.
58 Afíi que, amados irmaõs meus, fede confiantes, immoveis, [e]
fempre abundantes em a obra d’oSenhor, fabendo que voflo traba
lho cm 0 Síior vaõ naó he.
Ccci
L EPISTOLA DE 5. PAULO
Capitulo XVI.
I Exhorta o Apoflolo d Igreja ae Corintho de fazer colheita fera os pobres fieis
cm Jerufalem^ jegundo o exemplo d3as Igrejas^de Galacia. 2 Mofira lhes come
— 'no primeiro dia da Jèmana bem fe podia pazéja» % E por quem fer enviada pa
ra lá* aprejentando a ijfo Jeu proprio fervi çf\ $ Promete que por Macedonia vird
a elles > e fe ficará por algum tempo com elles. 8 Da razab porque ficarfeha
em Ephefo até o Penteccfie. Io Amoefia os que hum (mamente a Ttmotheo-
recelaf e permitab partir]e > e que ajav por bem que Apollns pouco dilata lua
vinda. 13 Acrècenta a ijfo hua univ-rjal am^ePtaçaõ > pera perfeverar '&a fé
e caridade, 15 £ particularmente > que a família de Effephanas em eftima ajao *
porquanto elJe juntamente com Fortunato e Aciiaico muyto feu espirito recreara.
19 Sauda a Igreja de Càriniho d'a parte d3as Igrejas de Afia ? e eipeciabnente
de Aqtiila e PrifciUa» %i Sauda os também com fua própria maõ 22 Denuncia'
a to os os que nao amao verdadeiramente a Chrifio j a maldipaè. 23 Dejeja a
9 os fieis a graça de Deus 3 e promete lhes fua caridade.
i...
. -<•■< *■
Ccc 1 SE-
3,o
SEGUNDA EPISTOLA
DO
APOSTOLO S. PAULO
AOS
CORINTHIOS.
.1 -■ L J - . - - • ,
Capitulo!.
I Desptis A’a coslumada inferi?çaÔ da Epiflola* j Agradece 'Paulo a Deus pt>la
confolaçaõ > jae por Cbrifio em toaas juas afflipoens recebia a outros por exem
plo. 8 E entaõ vem a contar a grande perfeguiçaõ que em Afia lhe fobrevinha-.
Io D‘a qual todavia por ficas oraçoens d'elles livrado era. 11 Teftifica que fin~
ceramente’no mundo > mas principalmente entre elles, converfára, 1$ E que também
fincero propofto tomara de tornarfe a eUes. 17 Ainda que iffa até agora nai
fizéra. 18 Nao porque fua palavra era Si e Nao. lo Sendo todas as pro-
mefias de Deus em Chrifto Si e Amen , xl E pelo Efpirito Sanão em nos con
firmadas ; 23 Mas teftifica com juramento que nao dilatdra fua vinda fenai
pera poupálos. ...
confolacaó.
8 Porque , irmãos, naõ queremos que ignoreis nofia tribula
ção, g que em Afia nos fobrevevo, que íobre maneira agravados fo- ,
mos, mais d’o que fuportar podíamos, de tal modo que até d’a vidas j».’
cm grande duvida eíiivemos.
9 Em tanta maneira, que ja em nos mefmos a fentença de mor
te tínhamos, h peraque em nos mefmos naõ confiemos, fenaó em h ler.17: ç.
Deus, que aos mortos refufcita: 7»
10 i O qual de tamanha morte nos livrou, e \_amdaw>s] livra;ii.Cer.15*
cm o qual efperámos que também ainda [w] livrará: 31. *
11 ^Trabalhando vos também juntamente com oraçaõ por nosk Rom. 1$:
outros, / peraque pela mercê, que por muytas peffoas [n»s foj feita] 30.
por muytas [rWw] fejam dadas graças por nos. Pbil 1:19.
12 Porque eíta henoffa gloriaçaõ, [a /áíer] , o teftimunho de nos- Cor- 4:
fa confciencia, que com fimplicidade e finceridade de Deus, naó
com fabedoria carnal, mas com a graça de Deus, * nos ouvemos *Oa,axJa-
em o mundo, e mayormente com vofco. tratamos*
13 Porque nenhuás outras coufas vos efcrevemos, fenaó as que
ja * fabeis, ou também reconheceis: e eípero que também até o
fim as reconhecereis. *OuJedet.
14 Como também ja em parte reconhecido nos tendes, quevofla
gloriaçaó fomos, w como também vos a noífa fois ’no dia d’o Se- mThilifA:
nhorjelus.
15 » E com efta confiança quis primeiro vir a vosoutros, pera-
que huã íegunda graça tiveíTeis: . . nM6:
16 E por vosoutros panar a Macedonia ■> e de Macedonia vir ou- r.
tra vez a vosoutros 5 e de vosoutros a Judea * guiado fer. *Oihacem-
17 Afli que deliberando ifto, ufei porventura de leviandade? Ou fanhad»
0 que delibero , porventura fegundo a carne o delibero, peraque fer*
•em my aja Si fi, e Naó naó?
18 Antes Deus he fiel, que noflâ palavra para com vofco* naó 0 Matt.5:
foy Si e Naó. 37-
19 Porque 0 Filho de Deus JefuChrifto, que por nos entre vos-
outros pregado foy, por my, eSilvano, c Timothco,
naó foy Si c Naõ, mas foy Si ’nellc. Por»
W II. EPISTOLA DE S. PAULO
10 Porque todas quantas promeflàs de Deus ha, ’nelleSi, e’nelle
Amen , pera gloria de Deus por nosoutros.
n Mas o que com vofco em Chrifto nos confirma, e o que nos
he Deus'
2.cor ^s• zz ? ® <lua^ tam^em nos íèllou, e as arras d’o Efpirito em noíTos
coraçoes [mu] deu.
e 4:30. 13 í Porem a Deus por teftimunha fobre minha alma invoco, que,
f Row.,i:9. por vos * escufar, até agora a Corintho naõ vim.
1 cX' • 14 r Naõ 9ue vofla fé nos enfenhoreémos j poré de voflo go-
31. 20 cooperadores fomos : Porque pela fé Lempé] eftaes.
Gelat.I:io. Philip. i; S. I. Theff. 1: 5. I.Tim,5:11. 2. Tim. 4; I. * Ou, perdwr, ou'
poupar . r I, Pedr. ?! 3.
Capitulo II.
i Adianta o Afofiolo 9no declarar (Pas razoens forque até o frefiente Jua vinda di~
latára, a fiaber> forque nao com trifieza mas com alegria com elles eftar queria»
4 Protesta que o que d1 2345antes d3o incefiio lhes eficrito tinha 5 com lagrimas e for
caridade fizera. 6 Matsfit que for caufa de fiiu fezar outra vez o recébaô e
confiolem > fera que for^hafiada tristeza em defiejferaçao nao caya. 12 Relata
também como fio o Evangelho em Troas \ e desfois em Macedonia ? fregara. 14 E
teSifica que fiua fregaçaõ em toda farte he juave cheiro a Deus 9 afifii em os que
fie fialvac > como em os que fie ferçao* Porquanto em toda farte finceramente
0 frofoem.
Capitulo III.
I Da 0 Afoliolo razao.» forque o ministério £o Euangelho *no fim £o Cafitula
frecedente affi exalçara > e afella frimeiramente a exferiencia £os mesmos Co-
rinthws> que for efle [eu minifierio convertidos forao. 5 jE acrecenta, que esta
virtude naõ fora de fij mas de Deus. 6 O que frova feia comparaçao d3o mi-
nidierio de MoyfeSy 0 qual chama letra matante j imfrejfa em taboas de fedras >
v e ministério de condenação^ que naõ fermanece, E £0 miniferio £os Apostolas*
0 qual chama minijlerio do Ejpirito , da vida e juSifa que Jemfre fermanece^
13 Declara que Jobre a face de Moyfes efiava hum vêoy e tombem 3na lição £a
I*ey> ajfi que os Judeós 0 fim dlella naõ entendiaõ. 16 Pois efie véo Je tirará
£eHes y quando a Deus convertidos ferem. 17 ^as 0 miniderio d*o Novo jímto
Te!lamento he* tlaro 9 e 0 meyo feio qual 0 Ejftrito £0 Senhor efíá eficaz, fera ' &
nojfa renovaçao.
Capitulo IV.
I Teftifica 0 Apostolo que fincera eiaramente propoem t Evangelho àe Chrilto a.
as confidencias de todos os homens, 3 Ajft que Jè a alguém ejlá encuberto > encu*
berto eftá a os que perecem > e cujos fentidos oftatanás cegou $ 5 Que toda via efta
virtude naô he d*os minislros > mas de Cbrifto e de Deus > que alumia os cora»
çote, S Que também e(ia virtude maravilhofamente (e mawifefla em os mesmos
Apoftolos de Chrifto 3 W vencer de qualquer tribulações 4 qut lhes cada dia fo» 4
brevinhao* 13 Despois poem varias razoes de eonfolaçoes a com que a ft mes~
mos e a outros confortaõ 3 tomadas d3o exemplo de David^ 14 D3a falutaria
re/urreifaÕ; 15 D ’a gratidao por toes livramentos ; 16 D’a renova po 10 ho
mem interior $ 17 E ultimamente da grandeza d3a gloria eterna q: < a ifto ha
de feguir^
f 2.Cor. í*i" Por iffo naô desfalecemos: antes, aindaque noífo homem ex-
ii. terior fe corrompa, todavia o interior de dia em dia fe renova.
ç PA jo; 6. 17 7 Porque noífa leve e momentânea tribulaçaó, hum pefoeter-
Ro de gloria excellentiffima nos * produz.
Hom. S:i8» js Porquanto naô atentamos para as couíàsque fevém , fenaôpa-
ra as °*ue na^ v^m • Por(lue as couíàs que fe vém fam temporaes;
^oare. as qUe pe na- y'mj etcj-naes.
Cá-
AOS CORINTHIOS. Cap. V.
Capitulo V.
I Adianta o Afofaolo ‘na defcripçaõ d’a efperança da fàlvaçao, feia qual fomos
ajjegurados3 que fe efte corpo , que he o tabernáculo terreftre> fe quebrantaste-
mos hua habitaçao eterna em o ceo. 4 Com que deféfamos de ferem fabreveSiidos i
® que até quando habitamos ‘nefte corpo, peregrinamos d‘o Senhor, 9 Sefat
pois cadaqual diligente pera lhe agradar. Io Vifio que nos todos devemos com
parecer perante 0 tribunal de Chrifao, 11 Por iflo também tefiifica jua dili
gencia entre elles, 12 Naõ pera louvar a fi mesmo , mas pera lhes dar matéria
de gloria{aõ contra os falfas Apoftolos, 15 Enfana que Chrifao por todos mor
reu e refafaitou, peraque todos lhe vivefem, 16 Poloque a ninguém per adiante
conhece mais fegundo a carne, YJ Mas fegundo a nova criaçaõ, que he de Deus
em Chrifao. 19 Paraque elles> como 'Embaixadores de Deus, faSufados} pera
'as homens com Deus em Chrifao reconciliar.
i porque bem fabemos que, fe nofíâ a caía terreftre d’efte taber- 42.C4r.47.
x naculo fe desfizer, hum edificio de Deus temos, huã cafa naó
feita de maós, [porem] eterna em os ceos.
I Porque por iflò também gememos, defejando fobreveftidos b Rom. S :
fer de noflà habitaçaó que d’o ceo he. 23-
3 c Se também vellidos, naõ nuos, achados formos. c A-poc. 3:
4 Porque também nos, os que’nefte tabernáculo eftamos, decar- _
regados gememos: porquanto naó defpidos, fenaõ fobreveíiidos dRom.ítix.
ícr queremos: peraque o mortal, d’a vida devorado feja. j. cor. 15 •
$. Ora o que para iflo mefmo nos preparou, he Deus, e 0 qual... 33.
também as arras d’o Efpirito nos deu. «JimSní.
6 Poloque fempre bom animo temos, c fabemos que ’no corpo p
habitando d’o Senhor * aufentes andamos.
7 f (Porque por fé andamos [e] naó por vifta.) * *Ou,pere’.
8 Porem bom animo temos, e mais nos apráz fora d’o corpo pe- grinamõs.
regrinar, c com o Senhor habitar. fiCor.1%:
9 Poloque também muyto defejamos, de , ou prefentes, ou au-
fentes, agradaveis lhe fermos. 4 18*
10 g Porque todos devemos * cõparecer ante o Tribunal deChri- .
fio, h pera que cada hum ’no corpo leve fegundo o que feito tiver, 32.'
ou bem, ou mal. jRw».i4«<
II Afii que fabendo 0 terror d’o Senhor, aos homens á féperfua- *Ou.w»j-
dimos, e a Deus manifeftos fomos: porem também efpero que em feftosfir,
voflâs confciencias manifeftos eftamos. hPfal.tóA,
DddS i=.Por-
«32:19. Matt. 16:27» Rom.V.C, «14:12. i.C«r> 3:$. Gata.C'.^. Apoc.V.
23. 422:12. •
II. EPISTOLA DE, S. PAULO
£.ír 3',i. is / Porque para com vofco outra Vez nos naõ encomendamos:
tio: Mas damos vos ocafiaõ de de nos vos gloriar: peraque tenhaes [jw
refpender~\ a os que ’na face, e naó [Wj coraçaó fe gloriam.
13 Porque feja que trefvaliemos, para Deus feja
que em bom filo eftejamos, para vosoutros [0 eftámw].
14 Porque a caridade de Chrifto nos conftrange.
Tendo ifto por refolvido, que fe hum por todos morreu, Io-
14: g° todos morréraó. E por todos [0 taQ morreu , k pc-
raque os que vivem, naó vivaó mais pera fi, fenaó pera aquellequc
^^.2:20. por elles morreu e refufcitou.
1 Thejf-^’ 16 l Affi que d’aqui por diante a ningué fegundo a carne conhe-
10. cemos, e aindaque também a Chrifto fegundo a carne conhecido
ajamos, todavia ja agora [fegundo a cerne o~\ naõ conhecemos.
iMatt- • i7 que fe alguém em Chrifto eftá, nova criatura he: wjaas
* 14 coufas velhas paffáraó, eis que tudo feito novo eftá.
^.7.5:6' 1S L tudo de Deus, » o qual por Jeíu Chrifto com fi-
fó: *5- go nos reconciliou, e 0 minifterio d’a reconciliação nos deu.
» Porque Deus eftava em Chrifto com figo a 0 mundo recon-
& ’ ciliando, feus pecados naõ lhes imputando 3 e em nos a palavra d’a
r<._ reconciliação pós.
^coiolf-1 • 20 A® 9UC ? embaixadores d’a parte de Chrifto fomos, como íè
” 20/ Deus por [weyo] nofiò rogafle : Rogamos [w/w] d’a parte dc
1. ioa. 2:2. Chrifto, que com Deus vos reconcilieis.
e 4: io- xi ? Porqueaoque pecado naõ conheceu, ''pecado por nos pjfez:
* ' Pera9ue nos ’nelle juftiça de Deus feitos foflemos.
Colejf. 1 : 2o f2.Cor.^’6. q Ifiy-SZ :9- l.Pedr, 2',22. r
Rom. S ; $. Qalat* 3 ; Ij.
Capitulo VI.
I Amoe&a Paulo a es Corinthios > que a graça > que com» Embaixador de Chri-
ffo7 lhes denunciara 7 em vaõ recebido naõ ajaõ. 3 E relata quam fielmente»
*220 mryo também de todas as molefíias e aflições 7 feu miniflerto compríra 7 6 E
juntamente com que virtudes e eflficacias d:o Efpirito feu trabalho acompahado
fora. 12 "Declara também fua grande affeiçaõ pera com eltes. 13 £ pede a
&efma delles pera com figo, 14 Amoejla os que naõ fe ajuntem em jugo com os
infleis. 16 Nem tenhao communicaçaocomts idolos 7 porquanto os fieis templo dc
Deus faõ. 17 Mas que fe apartem d'elles+ iS Porquanto Deus hepae deites j
e elles faofeus filhos*
tVCoryy
b Hebr.Ui ~p nos [cw»«3 * c°® [effej obrando, [w] rogamos que a gra-
ça de Deus cm vaórcccbidp naó ajaes. ? (Por«
AOS CORINTHIOS. Cap.VI. 199.
2 c Porque diz: Em tempo agradavel te ouvi, e ’no dia d’afalvay 1/7.49:8.
çaó te focorri j vedes aqui agora 0 tempo agradavel, vedes aqui
ágora 0 dia d’a falvaçaó :
3 <7 Efcandalo nenhum em coula a'guã damos, paraque o mini-^E<»». 14:
Serio vituperado naõ feja. í?•
4 Antes e em tudo como miniftros de Deus aprazíveis nos faze- 10 5
mos, f em muyta tolerância , emaffliçoés, em neceffidades, «nel C^.r -
anguftias. fz. Cor.ii;
< Em* açoutes, emprifoés, em revoltas, em trabalhos, em 25.
vigílias, em jejuns. . *
’ 6 Em *pureza, emfciencia, em longanimidade, em benigni-*Áf4®*
dade, em Efpirito fancto, em caridade naó fingida. dadt'
7 Em palavra de verdade, em potência de Deus, por armas de
juftiça, ás direitas, e ás ezquerdas.
8 Por nonra e ppor deshonra, por infamia e por boa fama: como
ror honra
ganadores,, e [toda
enganadores [i via] verdadeiros:
9 Como ignorados, e [todavia] conhecidos: g como morrendo,gjyàZiiS:
e. vedes aqui vivemos: como caftigados, e [aMa] naó mortos. 18.
10 Como contriftados, porem fempre alegres: como pobres, 1/7.26:19.
porem a muy tos enriquecendo: como nada tendo, e [todavia] tudo
pofiuindo.
11 Para com vofco, ó Corinthios, eftá aberta nofla boca, noffo
çoraçaó dilatado eftá,
12 Em nos eftreitos naõ eflaes, mas eftaes eftreitos em vofiàs en
tranhas.
ij Ora em recompenía d’ifto, (£ como a filhos fàllo) vos dila-M.Cor.4:
taevosóutros também. *4.
14 ' Naó * vos ajuntei em outro jugo com os infiéis. * Porque 7Dr«r.7:2.
que participacao tem a luftica com a ínjuítiça? E que commumca-
çao tem a luz com as trevas. puxeis
1$ E que conveniência tem Chriíio com Belial ? Ou que parte outroju-
tem o fiel com o infiel? go, &c.
16 E que * confentimento tem 0 templo de Deus 7 com os idolos?** -Sam. 5;
m Porque vosoutros fois o templo d’o Deus vivente, como Deus I 2-
difle: »’Nelles habitarei, e entre andarei: e euleuDeusíè-1-^^-’1"’
rei, e elles meu povo feráó. i.Cor 10 •
17 Poloque 0 d’o meyo d’elles fahi, e vos apartae, diz o Snor /
coufaimmunda naó toqueis, e eu vos * aceitarei. E/Ay: 11.
iS?E*Ouj«»-
11.Cor.to:7.14. ml.Cor.Jtií. «6:19. JEíAlitr. He&r.f.S. x.Tdedr.z j.
nExod.Z9'.4^ Levit.Z6:ll. Ezech. 37:16 01/7.52:11. atyoc. 18:4. *Ou,
receberei.
4» II. EPISTOLA DE S. PAULO
tler. 31:1. IS p E eu vos ferei por Pae, e vos por filhos c filhas me fereís,
diz o Snor Todopoderofo.
Capitulo VII.
I Tira 0 ApoStolo d'as precedentes promejjds de Deus huâ nova exhortaçati para
fanãificaçaõ. z E terna a defender fica converfapao entre elles. 3 Testifica
fica fingular affeiçao para com elles , ‘no meyo também de todas as tribulações,
ajfégurando \untamente a fi mefmo de fica pera com figo, 6 E neste leu pa
recer com a- vinda e teftimunho de Tito confirmado he. 8 E ainda que os por
fica rigurofa reprenfaõ /antes contrifidra, com tudo confejfia que esta trifiezafo
ra tristeza fegundo Deus. Io O que prova dosfruitos defia trifteza. 13 E
d3a alegria de Tito despois de fica tomada. 14 O qual tudo affi em elles expe
rimentara, como 0 Apofiolo d’elles confiara.
Capitulo IX.
1 Teftifica 0 Afojlolo que ajjaz. eãâ ajjegurado d’a affeiçab d'os Corinthios fera
fremover efia colheita. $ E dá razaô forque os ditos irmãos adiante enviou t
a faber , Perague_ todos em Jua vinda preftes efiàrem. 6 Amoejia os a dar
liberal e voluntariamente com diverfiis razoensi tomadas dia liberal bençab 3 ca-
, ridade e graça de Deus fobre os que liberalmente jemearáo. li E d’as graças
que [e por amor diffo darài a Deus d'os que Jeraõ farticifantes de Jua liberali~
dade. 14 E dias oraçoes, que elles faráí a Deus for elles.
Capitulo X.
I Paulo 9 pcr caufa que alguns falfis Apojlelos entre elles diziatf que fiu efirever
era bem autoritativo t mas Jua prefença de bem pouca autoridade>• J Trata d*a
potefôade Apo&olica, que Deus lhe dera 5 pera conftranger a os desobedientes em
fia Igreja. 4 Pois nao por armas cama.es mas espirituaes > que para ijjo fao
eficazes por Deus. 8 Porem que efta potejlade lhe fora dada para edificação enaõ
para defiruiçao» l^f^ue naô fomente efiando aufente por cartas mas também
efiando prefinte por obras moílrard. II Que fortificado d’efia potefade 0
Èuassgelho até ali dilatara* 1$ Aonde outros dantes nao trabalharao. 16 E
que ilio ainda cuidava fazer nao fó entre $es , para confortdlos 3 mas tombem
"nas terras alem delles fituadas. 17 Pois que diz ijlo nao pera a fi mefmo fi-
nao pera gloriar a graça de Deus entre elles»
Ca*
AOS CORINTHIOS. Cap. XII. 4%
' Capitulo XII.
I ® ^foãoh querendo mofirar quam grande razao tem fera, gloriar fòbre outros &
relata como foy arrebatado a o terceiro ceo ? e ah ouviu o que nenhum homem
fronunciar fode. 7 ^ue for iffo hum Anjo de Satanás Ih^fara fua humilha
do dado fora 3 que. lhe dava de funhadas ,• 8 Contra quem tres vezes orara a
Deus» e cobrára refoflaquea grafa de Deus lhe bafiante avería de fer* io
for ijfo antes gloriava çm fua fraqueza e humildade* II Dxcufa a Ji mejmoque
tornava a gloriar dias verdadeiras marcas de feu Afoftolado entre elles. 12 gue
toda via elles em verdade baftantemente exferimentdraÕ. 14 Tefica que ago
ra a terceira vez vira a elles fem fer lhes em maneira nenhua em cargo*
16 Como outros dfelle enviados > nem também Tito > em coufa nenhua lhes em
cargo foraõ. 2o Avifa os finalmente que as faltas de contendas 9 altiveza, for-
gricaçao> &c. entre fi emmendem antes de fua vinda j fera que fera feu fezar
naõjeiá necesfitado de ufar fobre os taes de fua foteflade Afofiolica*
Capitulo XIII.
1 Tipifica a Apopolo outra vez> fie os pecados precedentes nao fe emmiKdcm-> que
Jem algua dilaçao pera cafigar a os obradares delies virá. J E pera por obras
lhes mauifeslofazer quam efficaz Chrifio 'nelle estava. 5 Ãmoefa os^ que es
quadrinhem a fi mefrnos Je Chrifio "nelles efiá, 7 Dezeja outra vez que com
betn fazer 0 cjfiigo prevenhao, 9 E declara que entonces d’elles fe gozaria.
10 fôítoque jua potefade deve fervir naopara defrvdçaÕ, Jenao para 'edificação.
11 Conclúe entaò a Epistola com hua amosfiapaõ pera diverfas virtudes Christaasj
Xz Comi a cofumada Jaudaçaò > j J Ecom a orapaõ por elles aDettsPae» Filho»
e Ejjpirito Sanáto.
flfiy.Wi. 27 Porque efcrito eftá: q Alegrate efteril, a que naó páres: Es-
forçate e clama tu , que de parto naô eftás : porque muytos mai»
faõ os filhos d’a folitaria , que [«j d'a que marido tem.
rnm.y.y. 28 ?■ Nos porem irmaõs, como Ifaac, filhos d’a promefla fomos.
. 8. 29 Porem como entonces, aquelle que fegundo a carne gerado
/Gíw.zi:?. £ora, yperfegU2a a o que fegundo 0 efpirito [gerado erãj, aífi pe]
também agora.
í Gen. zi; jo Mas que diz a Efcritura? t Lança fora a criada, e a feufilho,
l0‘ porque em maneira nenhuâ o filho d’a criada com o filho d’a livre
herdará.
31 De maneira, irmaós, que naô fomos filhos d’a criada , fenaõ
d’a livre.
Capitulo V.
X Avindo 0 Apoflolo declarado e provado a liberdade d’os CbriffaBf £0 fugo £t
I^ey 3 amoefia a os Gaiatas que "nefia liberdade permaneçao j e perfeverem.
2 §ue doutra maneira Chrifio lhes naô he proveitofo > $ E que a jusiiça.nao
fe alcança fènao pela fé operante pela caridade. 7 Erotefia que a opinião dos
falfas Doutores na o de Deus he -> fenao como o fermento: e que de Deus' codtlça-
dos fèráò, li Que também inqufiamente d9o nome d’o Apofiolo ufàvao, 13 JEw-
fina que d3efta liberdade fe deve ufar com caridade do proximo fem contenda,
16 Amoefia os que as cóncupifcencias da carne pela virtude do Efpirito ven-
paõ. 17 Defireve por iffo a batalha da carne contra 0 Efpirito. em os fieis*
I9 Relata os fruitos d3d carne , 22 E d’o Efpirito. 24 flofirando que effes
faõ os verdadeiros Chrifiaos que a carne pelo Espirito vencem*
1 a p &ae Poís firmes ’na liberdade com que Chrifio- n^s libertou,
i.íedr. z: e naó torneis aí* embaraçar com o jugo de íèrvidam.
16. z Vedes aqui, eu Paulo, vos digo, *que fe circuncidar vos
l Ifay. 9'i- deixardes, nada Chrifio vos aproveitará.
•Ou. der- | E a proteftar torno à todo homem que circuncidar fe deixar,
xar pren- ^ue * oj,riga(Jo a toda a Ley * guardar.
- 4 Vazios eftaes de Chrifio, os que pela Leyjufiificar vos
*Ou,'^ve- d’a graça cahido tendes.
dl he. 5 Porque pelo efpirito d’a fé a eíperança d’a juftiça * aguarda-
•Ouj/^sw. mos.
• Ou. «ff- 6 d Porque em Chrifio Jefii, nem acircuncifam temalguávirtu-
ramos. . ^e, nem 0 prepucio: Senaó a fé, que e obra por caridade.
dMatt. iz: Corríeis bem j /quem vos impediu de á verdade naó obede-
iJ°5i4.cerdes? s.*&ia
»I.C«r.7»9. a- <•/ í. 17. GaUt, Cl1$. Gtbf.}: II.' tL TbefT. l: 3. fGafat. 3; 1.
A 0 S G A L A T A S. Cap. V. 4u.
8 *Efta perfuafam naõ [vem] d’aquelle que vos chama. *Ou,E/?e
. 9 g Pouco formento toda a maífa leveda. fewtido.
w h Confio de vos em o Senhor , que nenhuã outra couíà fenti-|r^r^:í;
reis: Mas aquelle que vos inquieta , o juizo levará, fejaellequem- 2,
quer que for. _ . Jã; al(
11 Eu porem , irmaõs, fe ainda a circuncifam prego, porque
logo perfeguido fou? i Aniquilado eíiá ja logo oeícandalo d’acruz.*LCír*l!
li k Oxalá também cortados fofiem os que inquietando vos andaól^^V .
13 Porque vosoutros irmaõs, â liberdade chamados foftes: l So- ‘
.mente d’a liberdade naõ [«/&] para ocafiaô á carne [dar], porem/.i.Cor-8:
por caridade huns a os outros vos fervi. 9.
14 Porque toda a Ley em huã palavra fe * cumpre5 [ai-Pedr. 2:
fober] ’nefta5 » Amarás a teu proximo como a ty mefmo. ■
15 Porem ® fe huns a os outros vos mordeis , e fwr j devoraes,
olhae que também huns a os outros vos naó confumaes. j 3*
16 Digo porem, f andae em Efpirito. E a concupifcencia d’a *oUjfaf/r.
carne naó cumpraes. ra.
17 ? Porque a carne cobiça contra o Efpirito, e o Efpirito con- •'Leo. 19:
tra a carne: e eftes hum a 0 outro fe opoem; de maneira que o que 18,
queríeis nao raçaes. ** *
18 Porem fe pelo Efpirito guiados fois, debaixo d’a Ley naõ I2 .
eftáes. 31. '
19 r Ora manifeftas fam as obras d’a carne, quefam adultério, Uwb. 2:8.
fbrnicaçaõ, immundicia, * difloluçaõ, 02.Cor.12:
20 Idolatria, * empeçonhamento, inimizades, porfias, emu- 201
Iaçoês, iras, pelejas, diflènçoês, heregias, flíws.iji
21 Envejas, homicídios, bebedices, glotonarias, e couíàs íè-j
melhantes a eitas : / d’as quaes d’antes vos digo, como ja também n.
d’antes vos diflê, que os que taes couíàs fazem, o Reyno de Deus j Smyuç.
naõ herdaráó.
22 t Mas o fruito d’o Efpirito he caridade, gozo, paz, longani- rl-Cor-V*
midade, benignidade, bondade, ie,’manfidam, temperança. ? 3-
23 u Contra os taes naô he a Ley. #0U’
24 x Porem os que de Chriílo iáô, a carne crucificáraõ com [fius J fiivia.
affeâos e concupiícencias. ‘ ‘
25 Se em Efpirito vivemos, também cm efpirito andemos. f«w«-
26 Naô íejamos cobiçofos de vaá gloria , huns a os outros ini-^C*
taado, huns d’os outros enveja tendo. _I.®> ...
Ggg» «
Ap«.22:.Tf. tEphef.^tyi x£w,6:& «13:14.
l.Pedr.l:11,
fct EPISTOLA DE S. PAULO
Capitulo VI.
I 'Exhorta o Apoftolo a os Gaiatas para diverfas virtudes Chrisfaãs , a faber, pa
ra mavfidab ’no reprender d’os que por fraqueza pecaõ; 1 para mutua tolerais-
áa ; 3 Para exame e fentimento humilde de ji mesmos > 6 Para foftentaçao
d9os fafiores 5 7 Pera atentar a 0 que femeamos > 9 E para liberalidade a
os pobres > principalmente a os fieis* II Despois cPijio conclue a carta f moftran»
do como os ama e eftima, 12 £ avifando os d?os faIfis Apojiolos , cuiaambi-
fao e hypocrifia defcreve , 14 E Jeuproprio exemplo lhes opoem. If Enfina
brevemente em que confife 0 verdadeiro Chrifiianifmo, e 0 que effe tem por ejpe~
rar. 17 Amoefia que ninguém £aqui por diante lhe enfade > 18 E acaba com
a cofiumada faudaçao.
o
AOSEPHESIOS. Cap. I.
6 Pera louvor d’a gloria de fua graça, pela qual a fi agradareis
nos fez f em o Amado. fMatt- ? t
7 g Em o qual temos redempçaó por feu fangue [afakr,'] a rc- *7* t
miflam d’as offenfás, fegundo as riquezas de fua graça: * xj *’
S Com aqual em nos abundou em toda fabedoria e prudência. ctóZCi.14.
9 Notificandonos h o myfterio de íua vontade fegundo feu bene- fab. 9: u.
placito, o qual em fi mefmo propuféra. i.Ped-v.iS.
10 Pera em a * difpenfaçaó i a’o complemento d’os tempos em 19-
Chrifto todas as coufas tornar a congregar, affi as que ’nos Ceos, bRom. 16:
como as que ’na terra •'
11 ’Naquelle em quem * k também herançafeitos fomos, avendo C(7/J; 1‘*
fido predeftinados conforme aopropoíito d’aquelle que todas as cou- • 26-
íàs obra fegundo o confelho de íua vontade. i.Tim.i' 9*
11 Peraque pera louvor de fua gloria foflemos, nos os que pri- Tit. 1
meiro em Chrifto esperámos. 1 1♦
13 Em quem vos também [efíaes], defpoisque a palavra d’a ver- # *?• r(_
dade ouviftes, [a faber] o Euangelho de voífa falvaçaõ • em quem ^^Lg.
também, avendo crido, lcom o Efpirito fanéio d’a promefià fella-40:
dos foftes. ' 10.
14 O qual * as arras de nofla herança he, até m a * redempçaó al- Pm. y.i4.
cançar, pera ......................................
louvor de íua gloria. Gflaf.4:4.
Galat. 4:4.
15 » Poloque ouvindo eu também a fé, que ’no Senhor Jefus en * Ouiforte
temes*
tre vos há, e a caridade pera com todos os fanâos:
ió Naó ceifo de por vosoutros graças [a Deus j dár, lembrando iRom&iS*
me de vos em minhas oraçoês: 2tCar^:22.
17 Peraque o Deus de noflò Senhor Jeíu Chrifto, o Pae d’a glo «V 5- ‘
ria, vos dé o Efpirito de fabedoria, e de revelaçaô em feu conhe Efh. 4:30*
cimento : * Ou3 ofe-
18 [Afakr] illuminados olhos de voflo entendimento, peraque nhor.
faebaes qual feja aefperança de fua vocaçaó, e quaes as riquezas d’a
í-
gloria de fua herança em os lanctos: Deut. 7: 6»
19 E qual feja a íobreexcellente grandeza de fua potência em nós £ 14 *
os que cremos, 0 fegundo a operaçaó d’a força de fua potência: e iS.
áo AqualemChriftoobrou, refufcitando0 d’os mortos 5 pe a i-P^.2:9.
fua [wmôj direita em os Ceos o collocoa. . Uow»S:i3.
" "£
21 Muy mais alto que todo Principado , e Poteftade, e Poten-
cia, eSenhorio, e que todo nome que fenoméa, naófomente
’nefte mundo, fenaó também’no vindouro.
Hhh
t.lheff'. 1:1.1. Theff". K 3. 0 Colofl. 5412.; P/? 1 lo: I. Aã. 1:34. I. Cor. 15; 25.
fio: 12. l.Pedr, 3:2».
4^ EPISTOLA DE S. PAULO
jPp: 7. 11 1 E todas as coufas a feus pees fugeitou , e por cabeça fobre
Matt. 28: todas as coufas á Igreja 0 deu.
18.
1.0 15 : 23 r Aqual he feu corpo , [e] 0 * cumprimento d’aquelle , que
27. em todos tudo * cumpre.
Hebr* 2; 8♦ r Rom, 12; 5. I.Cor, 12:27. Ephef4:16. e5:23 ♦ * Orn Enchimento» * Ou>enchei
Capitulo II.
I 0 Apostolo pera mofirar a grandeza d3o beneficio que Deus nos faz em nojfa re-
stauraçao » relata 0 mi/eravel efiado £0 qual livrados fomos* 4 JE declara que
Deus » de pura graça 5 efiando nos ainda mortos em pecado 5 ]untamente com
Chrilío nos vivificou» e em os ceos ajfentar fez, 8 Que pois falvos fomos pela
fé» e naa pelas obras, Io Mas que Deus nos em Christo pera obras boas criou*
II Tefiifica também que os Gentios fora ddo concerto de Deus efiávao e fetnefpè-
■ rança d3a fàlvaçao, 1$ Mas que agora emChrifio ? que a parede d9o aparta
mento e a Ley d3as ordenanças tirou, dlefia graça participantes erao, 17 Polo
que affi os Judeos como os Gentios pelo Euangelko fe chamao, e por hum Efpi-
rito a Deus entrada tem, 19 D’onde conclue que elles juntamente fobre 0 fun
damento d3os Prophetas e Apofiolos edificados ]aõ9 cuja pedra de esquina Chrifia
he, 21 E ijfo para hum Templo e habitafaõ de Deus*
Hhh 2 Cà-
4iS EPISTOLA DE S. PAULO
/ Ca pi t-u l o III.
I Testifica Paulo que por tanja de fua constância sna doutrina dia wocaçaó gratui-
ta d‘o$ Gentios prefd eftava 4 3 pela particular revela çaõ de Deus tinha.
5 E que ella 9 nos feculos precedentes de tal maneira a os homens nunca notificada
éra, 7 Que por minifiro d"a Euangelho conftituido fora pera a mefina doutrina
entre os Gentios denunciar, lo E pela Igreja notificar a multiforme fabedoria
de Deus > até a osmejmos An\os d'os ceos. 13 Amoefia os que nao fc desmayem
em fuas aflições > 14 E roga a Deus que de mais em mais os conforte > 17 Pera
que Chrifio por fé em feus coraçoes habite s iS E a largura , longura 5 pro-
fundura e altura d efta graça e amor de Chrifio t comprender pojfao. 20 £ con-»
clue com agradecimento a Deus»
Hhh 3 C
4?e E PISTOLA DE S. PAULO
Capitulo IV.
X Despois que o Apoftolo *nos tres Capítulos precedentes a Doutrina d*o Euange-
lho brevemente propofio tinha} propoem, fegundo feu cofiume em todas íuas Epi-
fiolas y a amoeffaçaõ para piedade: e ex horta os primeiramente em geralpera hua
vida feu chamamento decente >• 2 £ fegundamente em particular pera tolerância
3na caridade ; 3 E terceiramente pera paz e concordia; e ejfa amoeftaçao com \
muytas razoes confirma. 7 Testifica então que Chrifio despois de fua ajcenjac a
0 ceo, a os homens vários dons deu ,* 11 E diverjos officios 3 como os de Sipofio-
los 3 Erophetas 5 Doutores 3 &c. infiituiu; 12 Mas que todos firvaò para edi
ficação d1a Igreja e confervaçaõ ddella 3na unidade d3a fé centra todos os erros $
16 Que toda via efla filutaria virtude de Chrifio , como da cabeça □ em todos
os membros emana* 17 Torna então a as amoeffaçoes geraes > e avija os que
nao andem como cofiumavao quando ainda Gentios forao *, 22 Mas queje desptyem
dao Kelho ? 23 E fie visiaõ (To novo homem* 2$ Que tamb<m deponha d as
mentiras > 26 Nem deixem que 0 foi fe ponha Jobre fua ira$ 2S Que nao
furtem 5 29 Que evitem 0 torpe fadar 3 polo que 0 Efpirito Sandio Je eutrifie*
ce. 31 E toda Jòrte de malícia } 32 Mas que perdoem huns a os outros j co~
mo também Deus em Chrifio nos perdoou^
Capitulo V\
I adianta 0 Apostolo *nas exhortaçoes ? e primeiramente para^mutua caridade^
fegundo 0 exempla de Deus € de Chrifio» 3 Amoeiia os lambem de dar de mao
a toda deshenefiidade > avareza , que he idolatria , chocarrice <&c. e declara
j
que os taes 0 reyno dos ceos naò pojfuiráo, 8 E porquanto elles agora *na luz
esiaõ3 que andem como filhos d9 a luz*, II New? mais com as obras d9as trevos
comunhão tenhao ? mas antes as reprendaõ. 1$ ^jue andem prudentemente » apra-
veitandofe como fabios d’o tempo» Io Que naõ fe embebedai) d"o vinho ? mas
enchaofe d’o Efpirito. 2o Que cantem e pfalmodiem a 0 Senhor» 21 Èxhor-
ta geralmente que huns a os outros fe fugeitem em 0 temor de Deus» 22 Mas
efpecialmente as mulheres a feus maridos j como a Igreja a Chrifio fe fugeita»
25 Semelhantemente exhorta a os maridos > que amem a faas mulheres £ como_
Chrifio amou a fua Igreja? 28 E como alguém a feu proprio corpo ama. 29 Pro
va também dia inftituiçao de Deus 4 que marido e mulher faÔ hua carne , apli
cando 0 juntamente a Chrifio e a fua Igreja, 33 E conclue com huS amoefia*
paõ a marido e mulher.
• J
Capitulo VI.
I Procede f Apostolo d devida obrigaçaõ d’os filhos acerca de Jèusfaes» 4 E d?os
faes acerca de feus filhos. 5 Então d1 23os fervos acerca de feus Senhores ? 9 E
dos Senhores acerca de feus fervos. Xo Exhorta os finalmente em geral de fe*
rem fortes em 0 Senhor, 12 E defereve a astúcia e potência de Satands > con*
tra quem elles a batalha tem 13 Arma os contra elle com toda a armadura
de Deus > relatando a pontualmente* 18 Amoefta os alem d^ijfo à continua ora*
fao. 19 E iflfo também for elle fara que em fua cadea 0 Euangelho liyremen^
te faliar poffa. 21 Tefiifica que para ijfo mefmo u Tyckico envia para todos
feus negocies lhes notificar. 2$ E conclue a Efijlola com defejo de faz e carida-
de > com fé e graça.
a Coloff. 3:
?O 1 a T7osoutros filhos fede obedientes a voflbs paes em o Senhor:
h Exod.1Q\ v porque i£to he jufto.
12. 2 b Honrae a teu pae, e [atuaj maé (que he o primeiro manda
Deut.^iG. mento com promefla).
^27:16.
3 Peraque te vá bem, e vivas muyto tempo fobre a terra.
^fan.7; 10, r
■**v-
ÍE
AOS EPHESIOS. Gap. VI. W
4 E vos paes naó provoqueis á ira a voflos filhos, < mascriaFos^TW.á:?.
em a * doutrina e amoeftaçaó d’o Senhor. 10,
5 Vos Cervos obedecei a [w/w] Senhores fegundo a carne,
com temor e tremor, em fimplicidade de voflo coraçaó , como a
Chrifto. e2 j; ij,
6 Naó fervindo a o olho, como a os homens comprazendo, fe- *Oa,difci-
naó como íervos de Chrifto, fazendo de coraçaó a vontade de
Deus. dColoff'.} :
22.
7 Servindo de boa vontade a o Senhor, e naó a os homens.
8 Sabendo que cadahum receberá d’o Senhor todo o bem que
(
'
nzer, feja fervo, feja
fizér, íejaiervo, leja livre. i.P^r. 2 :
. 9 e E vos Senhores fazei o mefmo pera com elles, deixando as 18.
is.
ameaças 1 fabendo também que »vpflo Q rx-t» ea or\ feu, ’nos Ceos
rrzxíTÀx *áfc Senhor f""' Ano oCfílnlT
eColojf^zA.*
eftá , e [^ue j A pera com elle aceitaçaó de pefloas ~ naó- ha. I- ♦
10 ’No de mais,.irmãos, meus, esforçae vos em o Senhor, eem ♦ Onsuoffi
mefino Se»
a força de fua potência. nhor^o^
11 s Veftí vos de toda a armadura de Deus, peraque [/m«] eftár 'gs^or
poflaes contra as aftutas ciladas d’o diabo. de vos
11 Porque naó temos a luta contra carne e fangue, fenaõ contra mesmos*
os principados, h contra as poteftades, contra os poderofosfdieut.ia'.
mundo, d’as trevas d’efte feculo, contra as malícias efpirituaes em ’?♦
os*áres. ' 2-^I9:
13 Portanto tomae i toda a armadura de Deus, peraque em o dia
mao refiftir poflaes, e avendo tudo effeituado, ficar [frmer]. ^ts.1044.
14 Eftae pois [Jfrwex], cingidos voflòs lombos com a verdade, JR«».2:11.
I e veftidos com as couraças dejuftiça: Gala. 2:6.
15 E calçados os pés com a promptidaõ d’o Euangelho de paz. CttÍ0U' 3 •
16 Tomando fobre tudo o efeudo d’a fé, com o qual todos os t
dardos inflamados d’o maligno apagar poflaes. 17. *
17 m Tomae também o capacéte d’a falvaçaõ, » e a efpadad’o ^Coioff^x
Efpirito, que he a palavra de Deus: 12.
iS Orando 0 em todo tempo com toda [forte de] oraçaó, e fupli- 5:
caçaô em Efpirito, e velando ’nifto com toda perfeveranca, e fu- ,
plicaçaô por todos os fanâos: " *00 ^
«9 E /> por my, peraque palavra dada me feja em abertura de mi-
nha boca com confiança, pera notorio fazer o myfterío d’o Euan- 4.
gelho. Iii 2 20 <1 Po- klMc. 12 ;
Zí^.59:i7. 2.C*r.6:7. mlfay.^r.17. l.Tbeff.fâ. nHeír.f.il.
^Poc,Z‘.i6. oLuc.lt ;1. jRm,12;i2. Cdo/fim, l.Tbeff.W-l» f ■dQ.q.i’).
4
EPISTOLA DE S. PAULO
f i. Cor 5: xo Polo qUe embaixador fou r em huã cadea: peraque d’elle
EPIS
EPISTOLA
D O
APOSTOLO S. PAULO
A O S
Capitulo L
I Despois d’a inftripçao dfefla Efiftola j * cofiumada Jaudaçatà j J Declara 0
Apojlolo) que a Deus por caufa d'a comunicação dlos Philippenfes tom o Euange~
lho agradeça» 6 Confiando que 9nella» como também em todas as virtudes Chri*
fiaãs» de mais em mais aviaò de crecer, 12 Defireve Juas affliçoes e prijoes 9
que por amor d'o Evangelho padecia» e o frusto delias. 15 Enfsna que 0 Euan-
enveja e contenda para Jeu agravo em Juas prifi&i I? Porem confia que ifio
para Jua falvaçaõ e engrandecimento de Chrifto rejultard » /eja por vida ou
por morte« 21 Tefiifica que afii á hum como á outro aparelhado e&d» porquan*
to 0 hum e 0 outro proveitojo êra» o efidr *na vida, pola Igreja ,• 0 morrer» por
Js mejmo* 2$ E qtfe espera que por algum tempo ainda na vida ficara para
fervifo dd Igreja* 27 Acrecenta outra vez hua amo fia pê pera uniaí» perro
animefidáde e paciência nas affliçoes^ 30 Seguindo Jeu exemplo.
Iii 3 4 lâo 3‘
43? EPISTOLA DÊ S. PAULO
' 6 Ifto mefmo confiado, que aquelle que em vos c a boa obra co«
\.ThfjjA.‘i. meçou, a o cabo levará até o dia de Jefu Chrifto:
7 Como por jufto tenho, que ifto de vos todos finta, porquanto
. cm coraçaó retenho, que affi ««'cm minhasprifoés, como [e»
Á- i. ' min^a~\ defenfa e confirmaçaõ d’o Euangclho, todos também dc
Ctloff’.4:3. minha graça participantes foftes.
is. 8 e Porque Deus me he teftitnunha d’as muytas faudades que de
i. Tim. i:S. todos * vos tenho, com entranhavel affeiçaó de Jefu Chrifto.
* £««.1:9. 9 E ifto [a Deus] peço, que vofía caridade ainda demaisem mais
[ cm reconhecimento e em todo fentido abunde.
31* 10 Para as coufas diferepantes provardes, peraquefincercs fejacs,
Ga/at.i:zo. c fem efcandalo algum dardes até 0 dia de Chrifto :
i.rhef-z: 11 Cheyos de fruitos dejuftiça, que por Jefu Chrifto pera glo-
5-e ria e louvor de Deus fam.
1. Tm. s: ix "E quero irmaós, que faebaes, que as coufas que me [tamtecè-
raí,] pera [tmto] mayor promoçam a’o Euangelho * foraó:
2r 13 De maneira que minhas prifoés em Chrifto manifeftas foraó
jaudades eín t0“a a Audiência, e a todos os demais:
tenho. 14 fE a mayor [farte] d’os irmaós em o Senhor, confian-
* Ou > vié- ça com minhas prifoens tomando, mais abundantemente, fem te-
rai>- mor, a palavra fallar oufaó.
fEphej.i: yerdade he que também alguns por inveja c porfia a Chrifto
r 2J f». . pregaó, mas outros também de boa mente.
*'. 1J' ’ 16 Huns cm verdade a Chrifto por porfia denunciaó, naó pura
mente, cuidando a minhas prifoens affliçaõ acrecentar: .
17 Mas outros por caridade, fabendo que pera a defenfa d’o Euan
gelho pofto eftou.
* Ou, pre- '8 Pois que ? Todavia em toda maneira, ou com * fingimento ,
textot ou em verdade, Chrifto denunciado he: c ’nifto me gozo, e tam
bém me gozarei.
li.Cor. 1; J9 S Porque fei que ifto me refultará em falvaçaó por voflàora-
11. çaó, e pelo focorro d’o Efpirito de Jefu Chrifto ;
20 Segundo minha intenfaexpeâaçam, e eíperança, />quc cmna-
'* ’ da confufo ferei: antes com toda confiança, como fempre ,
também agora Chrifto em meu corpo engrandecido íera, feja por
vida, feja por morte.
21 Porque o viver me he Chrifto, e o morrer [«<? j he ganançia.
22 Mas fe o viver, em a carne util me feja, e que he o que efeo-
Iher deva, naó o fei.
» *3 Por-
ij Porque de ambas.[as bandas] apertado eftou, tendo defejo de
fér defliado , e com Chrifto eftár. Porque he ainda muyto .
melhor.
Mas ficar em a carne, he mais necefíàrio por amor de vosou-.
tros.
15 E ifto confio é fei, que [ainda] ficarei, e com todos vosou-
tros perfeverarei, pera vofla promoçam, e gozo d’a fé.
16 Peraque voflà gloriaçaó em Chrifto Jefu em my abunde, por .
[com j minha prefença a vosoutros tornar.
•i? í Tam fomente dignamente vos avei, [como] a o Euangelho
____ _____________
de Chrifto [convém]: peraque, feja que venha, que> ~1.0.7:20,
e vos veja, ou___ ~
aufente efteja, de voffosnegociosouça, iquéem hum^/W " jÊfpi-
Z _
fito eftaes, comhum mefmo animo juntamente pela fé d’o Euange 10.
lho combatendo. l.Thejf.t:
18 E que em coufanenhuã d’os que refiftem vosefpantaes? oque n.' ...
para elles em verdade * indicio de perdição he, mas para vosoutros €4:1.
ue falvaçaó e ifto de Deus [ * Ôu
WjOU j
i? Porque a vosoutros em o negocio de Chrifto gratuitamente juÍZO*
dado vos foy, naó fomente de ’nelle crér, mas também de por
clle padecer:
30 O mefmo combate tendo, qual ja em my vifto tendes, eago-
ra em my ouvis.
4
<
Capitulo II.
I Exhorta o Apofiolo a os Philipfenfis muy tenramente fera concordia. 3 E pera
humildade e mutuo obfequio* 5 Propondo lhes for ijfo 0 exemplo d’o Senhor Je
fu Chrifio i 6 O qual fendo 0 verdadeiro Deus» de tal maneira fe aniquilou 9
que tomou nojfa natureza humana e por nos na cruz morreu ; 9 E desfois muy
eminentemente exalçado foy, 12 Acrecenta a iffb hua amoeffaçao geral para
obediência temor de Deus e qualquer virtudes Chrijiaas* Pera como lu
minárias entre mçyo d'os infiéis fe moftrdrem. 17 Declara > fe em Roma ave-
ria de fer morto que febre iffbfe alegraria e que convenha que elles 0 mesmo
fizejfem* 19 Promete de prefio a Timotheo lhes enviar. 24 E espera de mes
mo vir a elles* 25 Encomenda lhes muy intenfadamente Jiu pafior Efaphrodito
que efta carta lhes levava* 26 Teftifica que 0 mefmo muy doente ejlivêra j po
rem que outra vez cPo Senhor confortado fora* 29 Amoefta a os Philippenfes
que alegremente 0 recebao 9 viSo que por amor de feu fervifo ’no perigo de fia
vida eÈivéra^
io.
io. 3 Nada por contenda, ou por vaã gloria [facaes-J
Nadapor [/àpw]:: bí màs porhu-
Phil.y.u. mildade hum a o outro por mais excellente que a fi proprio eftime.
i. ?ed.\. 8.> 4< ‘ Naô atenteis cadahum para o que he feu, mascadaqual [atar-
í Row. ii; te ] também para o que d’os outros he.k
io. , ~ ~ ~
f d Porque {wwvem que] eíte fentido em vos aja, o qual também
ll.Cor\í em Chrifto Je:iu.
24. 6 e Qne fendo em forma de Deus, por rapina naô teve, igual a
eij: 5. Deus fér: •
iMati.iy. 7 f Mas a íi mefmo fe aniquilou, g tomando formade fervo, fei-
to íemelhante a os homens:
8 h E achado em forma como homem, a fi mefmo i fe humilhou,
1 21r'1 * ^end° obediente até a morte, e {efa] morte de cruz.
1. W2:6- 9 k Poloque também Deus fupremamente o exalçou, e / hum
e z.Cer 4:4. nome lhe deu, que fobre todo nome he.
Co/ff/Ir.ij. 10 » Peraque a o nome de Jefus todo juelho fe dobre d’aquelles
Hebr t: 13. que ’nos Ceos, e’na terra, e debaixo d’a terra eftaó:
fpfai.v.ó. 11 n E toda lingoa confeífe que Tefu Chrifio o Senhor he, pera
* ^ít2o: gloria de Deus Pae.
is>Âij 14. 11 Affique, amados meus, como fempre obedeceftes, naó ío-
hàebr. 2: mente em minha prefença, mas muyto mais agora em minha au-
14.17. fencia, {afli também] com temor e tremor vofla falvaçaô obrae.
e 4:15. ij 0 porque Deus he o que em vos obraafli o querer, como o
»í/fír.2;j. cffeituar, fegundo [_/ua] boa vontade.
4 Aã 2 Todas as coufas q fem murmurações e contendas fazei.
iHebr va. Plaque irreprehenfiveis e fincéros fejaes, filhos de Deus, in-
mculpáveis em meyo de huá geraçaó * aveflá e perveríà: «■entre os
23. quaes como luminárias’no mundo refplandeceis.
Rom. 14 : 16 Levando diante a palavra d’a vida, /por gloriaçaó minha em
™" 0 dia de Chrifto, de que em vaõ/corrido nem trabalhado tenho.
» joa. 13; 17 £ he qUe tambem por offerta de afperfam fobre a offerta e
1. C «■ s • 6 ferviÇ° de v°ffa fé offerecido for, t folgo, e comvofco todos me
c Ix • J gOZO.
• 2. c»r. 3: J 8 E vós também d’o mefmo vos gozae, e também comigo vos
s- alegrae. i9 E
f«w®.I2: j pe</r, t. n 1. P#/r. 4: 9. * Ou, torcida. rProv.^H. Matt.y.lA-
f i. Cor. 1; 1^. l.Tbefl.lil?, tl,Cor<T.4*
•»
*> A
AOSPHILIPPENSES.Cap.il 41*
19 E em o Senhor Jefus espero de prefto u a Timotheo vos man-
dar, peraque também eu bom animo tenha, voíTos negocios en- Re™‘ 1 *
tendendo. i.T^/3:
a® Porque a ninguém de taõ igual animo tenho, que finceramen- z.
te de voffbs negocios cuide.
xi x Porque todos o feu bufeam, naõ o de Chrifto Jeíu. xi.Cw.io:
11 Mas bem fuaprovafabeis, que, como 0 filho a opae, comigo *4-
’no Euangelho ferviu. eUH.
13 Affi que bem a efte logo enviar [w] efpéro, em a meus ne
gocios provido avendò.
14 Porem em o Senhor confio , que também eu mefmo em breve
wj] virei.
15 Mas por neceflàrio tive mandarvos a Epaphrodito, meu ir-
maó, e cooperadór, e comguerreiro, e voffo * enviado, e admi- * OtfMi?*-
niftradór de minha neceflidade:
a<5 Porquanto muytas faudades de vos todos tinha, e muy angu-
ftiado eftava, de que ouvido tiveffeis que doente eftivéra.
»7 E de feito doente até á morte eftéve : Porem Deus d’elle íê
apiedou, e naó d’elle fomente, mas também de my: peraque eu
trifteza febre trilteza naó tiveffe.
18 Affi que tanto mais depreflà o enviei,. peraque vendo o, a re
gozijar vos torneis, e eu tanto menos trifteza tenha.
29 Recebei o pois em o Senhor com todo gozo: y e a os taes em 9 t-^r*9:
eftima tende. Galat. 6
30 Porque pola obra de Chrifto até bem perto d’a morte che- 1.7^5;
gou, d’a vida cafo naó fazendo, por para comigo a falta de voflòfer- iz.
viçoluprir. i.7íw.5:I7.
Jlebr. 131
44^ EPISTOLA DE S. PAULO
C A P I T U L O III.
I Avifa 0 Apoliolo « os Pbiiipfenjes contra 0 engano dl os falfos Doutores , que t
Ley e oEtiangelko mejlurávaõ. 3 E enfina a 0 contrario que a circuncifaõ exte
rior nao he necefaria para jalvaçao 5 fenaõ a intenór , 4 O qual com Jeu pró
pria exemplo e fe confirma. 5 -2 para efie fim relata^ que também as mesmas
avantages tinha-, d'as quaes elles fe gloriávai, 7 Mas que efias coufas na» elti-
mava, nem 'nellas confiava, porem fomente em Cbriftoi 9 Naõ efiribando em
fua própria ff iça , que d’a Ley he , fenaõ em a juftiça de Chrifio , a qual
com feus fruitos de/créve. II Confiefa toda via fua imperfeição , naõ obfiãnte
que muy ardentemente a perfeição profeguia- 15 E amoefta a os Philippenjes
que também fiaçai 0 mefimo^ fegundo efía regra, e fegundo feu exemplo. 18 Re
darguindo a os que 0 contrario fiaziaó e denunciandolhes a eterna perdição. 20 Con-.
jóla pois a os verdadeiros fieis com a gloria, até £0 mefmo corpo, que 0 Senhor
(dhrifio nos dará.
qRom> 12 5
17 Sede também r meus imitadores, irmaós, e tende fentido 16*
’nos que afli andam, como /por exemplo nos tendes. *1$:
18 t Porque muytos andam [ímara mà^ira], d’os quaes muytas ve l.Cor, I*
zes vos diflé, e agora também chorando digo, que inimigos d’a Io.
cruz de Chrifto fam. Philip 2:2,
I. Pedr. 3:
19 Cujo fim he a perdiçaó, cujo Deus he o ventre, e p«>]glo- 8.
riavem fua confufaó [jonfijbe] : os quaes coufas terrenas imaginam. rI. Cw.4:
20 » Mas noflo trato he em os Ceos, * d’onde também a 0 Salva- jg.
dór efperamos, [4 faber] a o Senhor Jefu Chrifto: eii: i«
n 7 O qual noflo corpo * abatido transformará, peraque con- *■ Theff'. 1:
forme a feu corpo gloriofo feja, fegundo a efficacia, pelaqualtam- . “L, -
bem a fi todas as coufas fugeitar pode. eU l‘
l.Redr.^: 3. t Rtm. 16 • 17. u Hebr,l$ .-14. xl.Cw. IJ7- I.Thejf. 1: lo,
Tit. 2: j-3. y 1.Cer. 15; jl, Celojf.3: 4- Ujea. 3:2. * Ou, humilde.
444 EPISTOLA DE S. PAULO
C A P I T U L O . I V.
1 Exborta » ApoSiolo a os Philippenfes fera con$ancia 3na fé ■ 2 E a duas mu
lheres entre edes pera coucordia; 4 ‘No de mais pera gozo Chriftao, 5 Equi-'
dade t 6 Dejcanço do animo , 8 E fera outras diverjas virtudes Chrijtaãs*
lo Despois agradece a os Philippenfes polo [oftento que por Epaphrodito lhe ev
viarao. il Que iffo por avareza nao tomara, porquanto aprendera padecer ne-
tesfidade. 14 gw ‘mjfo bem fizéraõ , e mais que todas as oOtras Igrejas.
18 Que bem de Epaphrodito 0 recebera, 19 E que Deus 0 galardoaria. 2o Pi-
nalmente conclue ef« Epistola com louvores a Deus , costumadas faudacoes, e
dejejos.
e2o:i2. <; Seja vofla * modeftia a todos os homés notoria. d Perto o Se
e*i: 27. nhor eftá.
* Gr« equi 0 e De nada folicitos eftejaes : antes em tudo vofías petições a
dade.
ç l.TbeJJ'.^ Deus notorias fejam, por oraçaõ, e íuplicaçaó, com fàzimentode
16. graças.
dl.Cer.W, 7 / E a paz de Deus, que todo entendimento fobrepuja, voíTos
II. coraçoés e voflos fentidos em Chrifto Jefu guardará.
flebr. Io* 8 Refta, irmaós, [que] tudo o que he verdadeiro, g tudo o ho-
2ç. neíL,, tudoojufto, b tudo 0 puro, tudo o amavel, tudo o que
?P/55.’13 ‘ * bem tóa, fe alguã virtude, e íe algum louvor ha, iflo penfae.
^r/.ó!25
j. Tim. 6: 9 O que também aprendeftes, e recebeftes , e ouviftes , e em
8.17, my viftes, iflo fazei ;e o Deus de paz com vofco feri.
I Per/r.57. 10 Ora grandemente em o Senhor me gozei, de que finalmcnte
fjoã. 14: vos reverdeceftes »em de my vos lembrardes: d’o que também vos
*7, lembraftes, mas a oportunidade naó tiveftes.
Epk 2’'14' 11 Naó que diga em refpeito de [alguã] neceffidade: por-
rXo'm'i2: que ja k aprendi a com 0 que fou me contentar.
íj. - u E
RuMIàjí 4-5- *Qxs,detomnomt>ou,famuhé, i%.Cor. ilsp. ki,'íte.6:6t
Z l^cliL 2,‘
AOS PHILIPPENSES. Cap. IV. 44$
ii E bem fei l eftár abatido , {/] também fei tér abundancia: 4
em toda maneira, e em todas as coufas inftruido eftou , affi a eftár 1Z
farto, como a fome tér: affi a tér abundancia, como a neceffidade *
padecér.
13 Todas as coufas poflo em Chrifto, que me fortaléce.
14 Todavia bem fizeftes de a-minha affiiçaô comunicar.
H « E bem fabeis vos também, Philippenfes, que a 0 principio m2C0r.ll:
d’o.Euangelho , quando de Macedonia parti, nenhuã Igreja, em 9<
razaó de dár e recebér \_coufa alguã] me comunicou, fenap fós vos-
outros.
16 Porque também, a Theflàlonica, o neceflàrio, huã c outra
yez me mandáftes. ’
17 Naó que dádivas procure, mas procuro o ffuito, que á voflà
conta abundante he. •
18 Mas tudo recebido tenho, e abundo; cheyo eftou, deÈpa-
phrodito recebendo o que de voflà parte [enviado mefoy, n em]chei-
ro de fuavidade, e facrificio a Deus agradavel e aprazível.
19 Porem meu Deus, fegundo fuas riquezas, toda voflà neceffi
dade em gloria, por Chrifto Jefu, fuprirá.
io Ora a noflo Deus e Pae íeja a gloria pera todo fempre.
Amen.
*1 Saudae a todos os fanâos em Chrifto Jefu. Os hmaõs , que
comigo eftám, vos faudam.
* Todos os fanctos vos faudam, e mayormente os que d’a cafa
de Cefar Iam.
23 A graça de noflo Senhor Jefu Chrifto feja com todos vosou-
tros. Amen.
Efcrita de Roma a os Philippenfes [« enviada] por Epaphrodito,
Fm d?a Epijlola d'o Apofolo S. Paulo a os Philippenfes.
Kkk S
146
E PI S TO L A
DO
APOSTOLO S. PAULO
AOS
C O.L O S S E N S E S<
Capitulo I.
I Despois d’o esfumado titulo ? 3 Agrade:e Paulo a Deus -> que os Colojfenfês
a fé em Çhrifio receberão3 5 Pela pregaçaõ d'o Evangelho j que agora em todo
0 inundo >• 7 Como também entre elles > fruffificava, fegundo 0 tefihniinho de
Epaphra feu fiél Doutor. 9 Roga a Deus que em todas as virtudes Chriffaas
de mais em mais corroborados Jejuo» 12 Pem despois a tratar dia doutrina, e
declara como dia potefade d*as trevas pelo fangue de Chrifio livrados foras -
15 Cuja pejfoa dejcréve > a faber, que he a imagem de Deus invifvel, 16 Que
todas as coujas por elle criadas forao : 18 Que elle he a cabeça d345*a Igreja í
20 âíf Pe^ fan£ue d* fau cruz tudo quanto 9no ceo e ’na terra effd reconciliado
he. 25 Amoefia os de perfeverar nefia fé; 24 Polo qúe tdmbem a paixao de
Chrifio per elles cumpre > 25 Porquanto he chamado pera entre os Gentios efie
myfferio denunciar, 28 E a todos os homens em fo Chriffo perfeitos aprejentar
fegundo a operapuo de Deus em elle.
~
PMip.V.}. _4 Porquanto - em Chrifto Jefu ouvimos e d’a caridade
de voffà fé
t íár que Pera com todos os fanctos [rmfe J: >
I
.
3- 5‘ Pola efperíBça
"r cque cm qs ccos depofitada vos eftá, d’a qual
fi.Pel.r4. A .
-* >
d*
1*
antes
\ *■
4«
A OS COLOSSENSES. Cap.L 447
* cPantes ja ouviftes pela palavra d’a verdade d?o Euangelho.
6 O qual ja a vosoutros chegou, como também em todo o mim-
do ; d e ja frutificando vae , como também em vosoutros, defd’o
dia que a graça de Deus em verdade ouviftes e conheceftes: Philem.
7 Como também aprendeftes de e Epaphra noffo amado confer- vm a?»
vo, que para vosoutros hum fiel miniftro de Chrifto he: eCokff. 4;
8 0 qual também nos declarou vofla caridade em o eípirito. u-
9 f Portanto também deíd’o dia que o ouvimos, naó ceifamos de'
por vosoutros orar, e pedir g que fejaescheyos com o conheci- * •
mento de fua vontade, em toda fabedoria e intelligenciaefpiritual: . ’
10 h Peraque dignamente em o Senhor andarpoílàes, * agradan- i. Cw. 7:
dolhe em tudo, ifrutificando em toda boa obra, e crefcendo em o ao.
conhecimento de Deus. Ppbef-4'
11 Corroborados em toda fortaleza, fegundo a força de fua glo- '
ria, em toda paciência e longanimidade com gozo: ' '*
ii Dando graças a 0 Pae , que idoneos nos fez para parte [tér} *Ou.èwt<r
’na herança cros lanéios em a luz. da grafa*
1? O qual d’a poteftade d’as trevas nos tirou, ea 0 Reyno ld’o o\},emt<r
Filho de feu amor nos transportou. doapra-
14 Em o qual temos a redempeaõ « por feu fangue , f faber} a
remiflàó dos pecados. iSSl
1$ » O qual he a imagem d’oDeus invifivel, » o primogénito de x.Theff.i'.
toda criatura. n.
16 p Porque por elle foraó criadas todas as coufas que ’nos Ceos, iMatt. 3;
e que ’na terra ha, vifiveis e invifiveis , fejam thronos, fejam do- *7»
minaçoés, fejam principados, fejam poteftades : todas as coufas * *7*
.0
f Gta-1:3. P/SZ. 33 t6. foa. 1:3. Epi. 3: 9. Heír. 1:2. q Eph. 1: 14.
e4> 15. e?: *3- r I. Cor. 15 20. Apoc. i; 5 • Ou > o'prmeiro jeja\
- [Joa I; 14.16. Coloff.z-,9 íl Cor ^i 18. l.$M 4: 10. u 4*
Jea. U; 33. AS. |0: 3Ó. Eom. 5: I. Ephef. 2:14.
E PISTOLA DE S. PAULO
21 E a vos que d’antes alienados eftáveis e ’no entendimento ini
migos éreis, em obras más, todavia agora vos reconciliou:
A'L«í.r.75. gm 0 Corpo de fua carne, pelamorte, x pera [por] fanétos, e
irreprehenfiveis, e inculpáveis perante íi vos aprefentar:
2 tíw.Y-o Porem permanecerdes fundados e firmes ’na fé, e naô vos
Tír. i: i. moverdes d’a efperança d’-o Euangelho, que ouvido tendes, o qual
y /jXiç: ó. pregado he entre toda criatura que debaixo d’o Ceo ha: d’o qual
ki.Cw ;;4. eu Paulo feito miniftro eftou:
•Ou, mi- 24 z [e] agora me gozo em * 0 que • por vosoutros padeço , e ■
nhasjf cm carne 0 refto d’as affiiçoés de Chrifto cumpro, b por feu
corpo, que fie a Igreja:
P/7/.2 17 2 5 D’a qual eu feito miniftro eftou fegundo a difpenfaçaó de
1 .Tim-.io, Deus, c que pera vos dada me foy, pera a palavra de Deus cumprir:
iRom. íi; 26 [Convém a [ater] o myfterio que defde [todos] os feculos e defde
t [todas] as gerações oculto foy: « mas agora a feus fanétos mani-
1. cor.ii'. fefl.o feito he. j
~ x7’ . 17 « A os quaes Deus aoporio fazer quis, quaes fejaó as riquezas
: 23.'d’a gloria d’efte myfterifrentre os Gentios, que entre vosoutros he
tRom. 16: Chrifto, / a efperança d’a gloria:
25. 28 A o qual denunciamos, amoeftandoatodohomé, e enfinan-
Kpírf1 :$>• do a todo homem, em,toda fabedoria : peraque a todo homem,
f 3: em Chrifto Jefu, perfeito aprefentemos.
2, hm. 1: 29 Em o que também trabalho, combatendo fegundo fua * effi-
cacia, que em mym com potência obra.
I.Pedr.1:20. dMatt.ll',11. «2.Cír.2; 14. • Ou, Operapai,
A 0 S C O L 0 S S E N S E S. Cap. II. W
Capitulo II.
Teff/jíca o jfyoftolo qttam filiàto hl acerca d'os Colejjenjes e outros, a os quais
nunca pregara 9 peraque de mais em mais em o verdadeiro conhecimento.de Deus
e de Chrifto* em quem todos os thefouros de fapiencia ejcondidos effda, corrobo
rados fojfem. 4 Amoefia os que por nenhua aparência d3as razoes defia recebi
da doutrina enganar fe deixem* 8 Avifa os que e&a doutrina com nenhua phi~
lofiphia y nem outras tradições, da Ley mefurem ; $ Porquanto toda a divin
dade corporalmente em Chrifto habita* 11 E nos também em elle efpiritualmen-
te circuncidados fomos; 11 E o bautismo d'ijfo o fello he, IJ ViHo que Chri-
fio também a Ley d'as cerimonias * como cédula 'na cruz* desfez > e 9neUe também
fobre o Satanás triunphou, Ió Trata também contra a dijferença dos manjares
e tempos* 18 Contra o fervifo d3os Anjos \ 2Q JS contra todas as tradições dos
homens e culto voluntário. 1
1 p orque quero que faebaes quam grande combate por vos terfho,
x e polos que emLaodiceaeftám, e [pwj quantos meuroftocm
carne naó viram:
t Peraque feus coraçoês confolados fejam 5 e juntos em caridade 1
eftejam, e \jffo] em todas as riquezas d’a inteira certeza de intelli-
gencia, * pera conhecimento d5o myfterio de Deus, e de Pae, e a 53:
de Chrifto: Jer-r-H-
J Em quem todos os theíòuros de fabedoria e de noticia escon- j.
didoseftám. ■ p&Vip.^s»
4 Eiftodigo, «peraque ninguém vos engane com palavras em 4 t.cw. i:
em aparência perfuaforias. o 14-
5 Porque ainda que cóm * corpo aufente efteja, todavia com o«
efpirito com vofco eftou, gozandome e vendo voffa e ordem, e a cf‘°"A'ã '
firmeza de voffa fé em Chrifto. •0u?2
6 Como pois a o Senhor Chrifto Jefusrecebeftes, também
’nelle andae: _ etC«r.i4:
7 f’Nelle arraigados e fobre edificados, e ’na fé confirmados, 40.
como ja enfinados foftes, g ’nella abundando com fàzimento àefEpbi-^
graças. gi.C0r.1-
8-é Olhae que ninguém vos fobréfalteye por Philofophia, e vaó 1Z;.
engano, fegundo a tradiçaó d’os homens, fegundo os primeirosb
enfinos d’o mundo, e naó fegundo Chrifto. Helr.-iy?.
9 i Porque ’nclle habita corporalmente toda a plenidaõ d’a divin-
dade. cotiff. \ •
10 k E perfeitos eftaes ’nelle j 0 qual he a cabeça de todo princi- 19.
padoc potcftade: Lll 11/Em*?’*1'#
4^o EPISTOLA DE S. PAULO
'Deut. io: n i £m 0 qUa] tambem circuncidados eltaes com huã circunciíào *
„Ió' feita fem maó , em o defpojamento d’o corpo d’os pecados d’a car-
Rom. f. 29. ne, Peia circuncilao de Chriíto:
Phí/.y.v 11 m Sepultados com elle em o bautifmo, em quem também com
mRom.b\ refufcitaftes » pela fé d’a operaçaó de Deus, que d’os mor-
4- tos o refufcitou.
Galat. J 1 13 0 E eftando vos mortos em oíenias e [wj prepucio de voflà
27. carne, juntamente com elle vos vivificou, -perdoandovos gratuita
Ephtl : 19-
mente todas offenfas.
*3
tEpb. 2:1. 14 Avendo riícado a * cédula que contra nos emordenançasavia,
* Ou > co- aquala em alguã maneira contraria nos éra, e d’o meyo a tirou,
vhecimen- encravando a ’na cruz.
— - — - — . - - 4
Ca-
os çolossenses, çap.ni,
Capitulo III*
I Avendo o Apoftolo fegundo feu coftume até ali os fundamentos da dcutrina pro-
P°fo> vémemos dous Capítulos feguintes a as amoeflaçoft pera piedade £ e fo
bre tudo amoesta os em geral que o que 3no ceo eftd busquem. 3 D3o qual agora
bem tem alguns princípios, mas a perfeita pojfejfaõ 3na manifefiaçao de Chrifto
espéraõ, 5 Propoem lhes despois 0 caminho que a iffo encaminha > a faber >
a mortificação d3o velho homem com feus membros > ou impiedades 3 que rela
ta ; 10 Ê 0 veftir dlo Novo homem j que fegundo a imagem de Deus criado
he y com fuas virtudes efpirituaes. 16 Acreconta alguns meyos proveitofos
Para iffb y como fao3 a rica habitaçao da palavra de Deus em elles i o cantar *
dos Pfalmos , e Jemelhantes outros mais» 17 Amoefta os que tudo dirifaí J
para honra de Deus. iS fô?n despois a as obrigações particulares > a-faoery
das mulheres e maridos entre fi> lo D’os filhos acerca de feus paes 3 e d’os
paes acerca de feus filhos* TL E ultimamente dos ferves acerca de feus Ser
nhores* _
zEphef.y. 19 b Vos maridos amae a voflas mulheres, e naó vos irriteis con
20. tra ellas. . ' ■v '
I. Theff. y. 20 c Vos filhos obedecei em tudo a [vofôs] paes: porqueifto.be
1S. aprazível a 0 Senhor. .
< Ge».j:i6. 21 Vos paes naó irriteis a voíiosfilhos, peraqueoanimonaóper-
X. Cor. 14: caõ. ,
34;
Eph. 5:’12. 22 d Vos fervos obedecei em tudo a £voffos] Senhores íègundo a
carne, naó íervindo a 0 olho, como para a os homens comprazer,
lEedr.^i. mas com fimplicidadc de coraçao^ temendo a Deus.
bEphtJ.s'. '
23 E tudo quanto fizerdes, fazei ode coraçaó,‘ comoaoSenhor,
*5- e naó a os homens.
c Epb* 6: 1.
24 Sabendo que d’o Senhor aveis de receber o galardam d*a he-
j. Tim.6:i. rança •* porque a Chrifto o Senhor fervís. » ‘ - •
A OS CODOSSENSES’ r.
r.
i
. ,o —v1 .,.,\
Ca p i t u■■’i■■■' J ♦.•<, ... V
..... <v.
t
’1
t
Capitulo IV
t f
I Exhorta o Apofíole a os Senhores á equidade acerca de feus fervos 2 E<
cadaqual á perfeverança na oraçaÕ> J E efpecialmente por elle ■> peraque por
Juas cadeas em a obra d’o Eaangelho naõ impedido feja. 5 Amoefa os que fa-
bitamente andem ef faliem pera com os que jaó de fora. 7 Tefifica quC a Ty-
chice e (Snefime lhes envia pera conflálos e de todos feus negocios inf ruir. io Sau~,
di os d’a parte de Arijlarcho, e outros muytos, cujo zelo por elles louva» i<j Man
da que a os Irmãos em Laodicea faudem , e façaò que também d’elles efa carta
je léay 17 E digaÕ 0 Archippo que Jeu miniflerio cumpra. 18 E conclue efa
carta com Jua própria faudaçaõ.
r*.
r•
•'J A- ■
t
P R. I-
é
- V
«S
- ; 9
PRIMEIRA EPISTOLA
AOS
C A P I T V L”o I. '+
l Despois da cofiumada hfcripçaõ, 1 Agradece o Apostolo a Deus febre fita fé ,
caridade, e efperanfa d‘elles em Chrifto-, 4 Affegurando fe que Jua eleição dfel-
les éra de Deus- 5 O que prova <fa ejjúacia que Deus por Jeu Efpirito com a pa
lavra ajuntou, 6 E de fita obediência a 0 Êuangelho. 8 O qual também em
todo lugar divulgado eftáy 9 E ainda cadadia fe divulga, como elles dos ídolos
«
a 0 Deus vivo convertidos foraõ} lo Pera a 0 Filho de Deus , que nos redi
miu tfo ceo e/perttr.
APOSTOLO S. PAULO
AOS
THESSALONICENSES.
Capitulo I.
I Despois da cofumada infcrippao > 2 Agradece o Apoftole a Deus Jobre fua fé ,
caridade . e ejperança d’elles em Chrislo-, 4 Affegurando fe que fua eleiçaò d’el-
les éra de Deus- $ O que prova d’a efficacia que Deus por feu Efpirito com a pa
lavra ajuntou. 6 E de fua obediência a 0 Euangelho. 8 O qual também em
todo lugar divulgado cff 9 E ainda cadadia Je divulga _> como elles d os ídolos
a 0 Deus vivo convertidos foraõ; lo Pera a 0 Filho de Deus , que nos redi
miu , d’o t eo e/perar.
1
> ...X-
, AOSTHESSALONICENSES.Cap.il. 1
6 Nem gloria de homens, nem de vos, nem de outros buscan
do, faindaque carga fér [wl podiamos , como Apoftolos dc/i.C»Msj.
Chrifto: 2* Thefl'. J •'
7 Antes entre vosoutros brandos fomos, como a * ama queafeus .
filhos cria. , *Ou>^.
8 Affi que, citando vos nos tam affeiçoados, de boa vontade
. comunicar vos quiíeramos, naõ fomente o Euangelho de Deus,
mas também até noíTas próprias almas, porquanto [ruí] queridos I
nos éreis.
9 g Porque bem vos lembraes, irmaós, de noífo trabalho e can-
feira: pois de noite e de dia trabalhando , por a nenhum d’entre
vos peiàdos iér, o Euangelho dc Deus vos pregámos.
10 Vos, e Deus teftimunhasfois, de quamfancta, ejufta, e
irrcprehenfivelmente pera com vofco, os que créftes, nos odre- .
mos.
n Como bem fabeis como a cadahum de vos, como o pae a feus
filhos, [wj] exhortávamos e confolávamos,
11 E protefiávamos h que dignamente andafleis- para com Deus,
que pera feu Reyno e gloria vos chama. JSàWxi ■.
i? Poloque também, fem ceifar, a Deus graças damos, de que, j?
avendo de nos recebido a palavra d’a pregaçaó de Deus, a rece- Cohfijfl».
beftes, naó a palavra de homens, mas (como em verdade o
he) [mwoj â palavra âe Deus, aqual também em vosoutros, os
quecrédes, obra.
14 Porque vós, irmaõs, imitadores feitos fois u as Igrejas de
Deus, que cm Judea eftám, em Chrifto Jefu: porquanto também 41
de voflòs í proprios cidadaõs as meímas coufas padeceftcs, como * :
também elles d’os Judcos. f«x3*
i$ k Os quacs também a o Snor Jefus matáraõ, l e a feus proprios 5a.
Prophctas, c a nós nós perfeguiraó, c a Deus naó agradam, e a
todos os homens contrários fam. _ 37*13*34
itf m E nos impédem que ás Gentes fàllemos, peraque falvar fe m
poífaó: pera fempre feus pecados encherem. E vinda ii,‘ ’
he ja fobre elles a ira até o fim.
17 Mas, irmaõs, fendo nos por hum momento de tempo, de
vifta, naó d’o coraçaô, de vosoutros privados, tanto mais procu- •
rámos de com grande defejo voflb rofto vér.
18 « Poloque bem quifemos nos a vosoutros vir (polo menos cu » Sm 1:
Paulo) huãe outra vez; mas impediu noloSatanás. *?• *
Mmm 19»Por- el?*ní
45o I. EPISTOLA DE S. PAULO
oi.Cor.i' »9 «Porque qualhénofla efperança, ou gozo, ou coroa de glo-
14 riaçam ? Porventura naô 0 fois também vosoutros diante de noflo
PW.t-ió. Senhor Jefu Chrifto em íua vinda?
i» ao Porque vós noffa gloria e gozo fois.
Capitulo III.
X Declara 0 Apoflolo que , effando felicite por elles, enviara a Timotheo > pent
confortdlos 'na fé> J E eonfolar ’nas affipoens j a que os fieis pofios estai*
6 Pois que pela tornada de Timotheo fe alegrara muyto > entendendo fua con-
fancia e profperidade d‘edes, 9 Polo que agradece a Deus > e roga que fera aper
feiçoar (úa fé Deus lhe dé ocajiao de outra vez a elles chegar. II E conclde
efie Capitulo e parte primeira d’a Epistola com fervorofa oraçaÔ a Deus^ que em
caridade e fanSificapaõ, 'na vinda de Chrijlo com todos feus Saneiasabundem'
Capitulo IV.
I AmoeUa os o Apofiolo em geral d vida pia , 3 E em particular a cafiidade é ■■
•honestidade t 6 A juftiça em feus negocies > 9 A caridade irmanai, II A
viver quieto» e aj>_fazer de*feus proprios negocies. 13 Amoejia os também de
moderar fua triftêza Jobre os que falecéraÕ; 14 Porquanto por Chrifto refufei-
.tados feráo. 15 Que d’o ceo com grande clamor e voz d‘oArchanjo defcendçA,1 *
pera primeiro rejufeitar a os que rnortos fóraS» 17 E pera despois arebatálos
comfgo » juntamente com os outros que ainda ’na vida efiaráb»
■'' ' *
•»
3 b Porque efta he a vontade de Deus, [afaber j vofTa fanâifica-h R°m‘12
çaõ, que vos abftenhaes de fornicaçaô : . Eoh.vn «
honra:
5 Naó em fenfualidade de concupifcencia, como as Gentes, , _
•»
fenaó a Deus, /o qual também feu Efpirito fanâo * nos deu. i*.
• 9 s E quanto á caridade fraternal, naó neceffitaes de que [deSa] f1, Cor-7
vos efcréva: porque ja vos meímos de Deusinftruidos cflaes, ahuns «q0,
aos outros vos amardes. Mm ma - 10 Por-
t Levit. 19:18. Matt.n; Jj. M m; 34. e 15; i2. Epb 5; X L Pcdr. 4 J S.
462 I. EPISTOLA DE S. PAULO
*0u?* 10 Porque também ja vos * afli 0 fazeis pera com todos ós irmaós
mo fazeis, que em toda Macedonia eftám. Exhortamos vos porem, irmaós ,
b Z.The(f.y. que ainda mais abundeis:
7. Izí íi áE procureis de quietos andar, e voífos proprios negocíos fa
i Aã. 20;
U zer , í e com voflas próprias maós trabalhar, como ja mandado vo-
Ityh. 4:18. lo temos:
11 Peraque honeftamente andeis para com os que de fora elUó,
e dc coufa nenhuã neceffiteis.
ij Naó quero porem, irmaós, qi^e ignorantes fèjaes acerca d’os
k Lev. I?: que ja dormem; k paraque vos naó entrifteçaes, como também os
2$. de mais, que efperança naõ tem.
Dmli4:i. 14 Porque fe cremos quejefusmorréu, e refufcitou, aílitaaibens
2. Sam. 12: a os que em Jefus dormem, Deus com elle a trazer os tornará.
20.
15 Porque ifto pela palavra d’o Senhor vos dizemos, ?quenos-
■*Z» JI« ou^os os que vivos pera a vinda d’o Senhor reftarmos, a os que
dormem naó precederemos.
w Matf.24: 16 m Porque o mefmo Senhor com * algazáres, e com voz dê
Archanjo, e com a trombeta de Deus d’o ceo defcenderá: e os
1 Cor. is: que em Chriílo morréraó, primeiro refufcitarám:.
5i. 17 Defpois nos outros, os que vivos ficarmos, juntamente com
t 77y/ I •
'T elles em as núveis arrebatados ferémos [/díodo] a o encontro a 0 Se
* OU ; íÁ?- nhor em o ár: e afli fempre com 0 Snor eftarémos.
W.-7?- de ex- is Afli que huns a os outros cora eftas palavras, vos confolae.
Capitulo V.
I Enjina 0 Aposlolu qfte Chriflo de improtiifo a 0 juizo vira, como 0ladraode noi“
te j e como as dares de farto fibre a mulher. 4 Amoefia os por tffb de fempre
efiarem alertas e fibrios. 8 E armados da couraça cPafé, e d’a caridade, e
d‘o capecéte d’a efperança d'a falvaçaô. 11 Roga que a os que fibre elles pre*
fidem em honra tenhaõ. J4 Amoeíta os pera diverfas virtudes Chrisiaas ;
c I7 Também pera orar e agradecer; lo E observar d'o Efiririto ■, e d’as propheci-
át os, pera reter 0 que hebom, 21 Roga entoo a Deus que os irreprehenfiveis até
a vinda de Chrifto guarde, com promejfa que elle também o fará. 2q Amoesta
os que rogoem porelíe e luns a os outros faudem. V] E efionjura os que eSa
Epistola je léa perante todos.
DO
APOSTOLO S. PAULO
Capitulo I.
I Despois d’a cosiumada inftripçaõ , 3 Agradece 0 ApoSMo a Deus febre feu
abundante crecer delles na fe'> caridade, e pacienda^as affiiçoens. 6 Teftifica
que Deus a feus opreffbres caftigará , mas a elles livrará e repoufi dará ’no dia
da gloriofa vinda de Chrifto, que largamente dejeréve. II JRtfg* a Deus quede
mais em mais, em 0 que he bom, os corrobore j 12 Peraque 0 nome de Ckrifte
tanto mais glorificado feja. »
. e
^j)0S THESSALONICENSES. Cap. L, 4%
t ■ ,y t
Capitulo II.
j Declara 0 Apoflolo que a •vinda de Chnfio a 0 juízo nao acontecerá tao de freffa
tomo alguns a perfuadir lhes bufcavaõ 3 Mas que a Apofiafia e 0 Antichrifio
fintes WML.de •vir , tujas marcas defcreve. $ Te(tifica que ijfo ja dantes lhes
differa j como também 0 que era 0 que 0 retinha. 8 Declara que despois certa
mente •virá, e ficará até que 0 Senhor 0 dcfiruird. 9 lAvifa os dlaefficaciade feu
engano em os que perecem, li E ifto por 0 jufio juizo *de Deus9 jobre a ingra
tidão d3os homens. IJ Affegura pois a os Thejfalonicenjes de fua eleição para,
fabvaçao em fé e Jan&ifcaçaõ. 15 Amoefia os de 'nififio firmes efiár > ló E
roga a Deus que os confile e conforte.
> D ogamos vos porem, irmaõs, pela vinda de noffo Senhor Jefu
4’x Chrifto, e noffo recolhimento a elle,
a .Qye facilmente d’o entendimento vos naô movaes, nem pcr-
Afarr.i4:4. turbeis, nem p,or efpirito, nem por palavra, nem porEpiftola co-
tyh. 5:6. mo de nos [efaita], como fe o dia de Chrifto ja perto eftivéra.
co/ij/ 1: 3 Ninguém vos engane em maneira nenhua: porque
2, ■„ até que primeiro a * apoftafia naô venha, e fe revele o homé de
b Ahtfl- Pecad° 5 0 fi^o de perdição.
2j. ’ 4 O qual fe opoem, e fe levanta fobre tudoo que Deus chama,
i.rxw.4:i. ouftwDtw] fe adora; aflique, como Deus, ’no templo de Deus
ijW.ihí. fe aífentará ,. « * fazendo fe parecer Deus.
•Ou,rntL 5 Naô vos lembra que, citando eu ainda com vofco, eftas cou-
ou, fas vos dizia?
descaída >
6 E agora [fe»] fabeis vos que he o que retenha, peraque
©U> apar
tamento. a ícu proprio tempo fe revele.
cDan. II t 7 Porque ja o myfterio de injuftiça fe obra : fomente o que ago
36. ra o retém, [0 reterá] até que d’o meyo [tirado] feja.
♦ Ou^dando 8 E entonces fe revelará aquelle irijufto, a 0 qual o Senhor pe-
'
»entender ]0 Efpirito de fua boca desfará ., e pêlo aparecimento de fua vinda
rD ‘f“ 0 aniquilará •
T'-*
he , ou j
dando mo-
9 Aquelle [digo] , cuja vinda he efegundoa cfficacia de Sata
nás, /'com toda potência, e finaes, e prodígios de mentira.
(fuff I® E com-todo* engano de iniquidade g em os que perecem: por-
mefmo he quanto 0 amor d’a verdade naô recebéraó , pera fe falvárem. .
Deus. 11 h E por tanto Deus efficacia de error lhes enviará, è peraqueá
9. mentira créam.
ifay. 11:4. iz Pera-
»Zo«8:4I- . ,
>.Or.4:4- Ifh.f.i.» fDttí.mi. IJ» f*1$. f4í3>
i 1, Iinh 4 • X»
' 4Í
Capitulo III. « I
3 Mas fiél he 0 Senhor, que vos confortará, e e d’o malino b Ram. 15: /
guardará. , JV ■
4 E de vos em o Senhor connamos, que, 0 que vos mandámos,y0^6:4t’
também [<?] fazeis, e fareis. , , .
5 Ora o Senhor voíTos coraçoés enderece á caridade de Deus 9 e ejos, i?
♦»
PRI-
A
Capitulo I.
X Defiots/o cofiumado titulo, ; Declara o Àpoftolo que a Timotheo em Epheft
aeixdrq , pera tér cuidado, que nenhuS doutrina estranha ou vaã em a Igreja
introduzida foffe. $ Mostra também qual Jèja 0 verdadeiro fim dia Ley*
8 g«e naõ pera os juftos 3 Jenaõ pera os injuftos pofta he. II Pois que lhe 0
Euangelbo confiado fira. 13 Cujo breve fumario propoem^ relatando juntamen~
te a grandiffima graça lhe de Chrifio feita, iq Sobre que a Deus agradece ;
18 E 4 Timotheo encomenda a efiár firme ‘nijfe. 2o Tefiifica que > Hymeneo
e Alexandre, que fizéraó naufragio d'a fé, por ijfo a Satanás entregara*
fioa. 14 Mas a graça de nofiò Senhor foy ainda mais abundante, com
41. a fé e amor, que em Chrifto Jefu ha.
Zft. 317. Palavra fiel, e de toda aceitaçaó digna, q que Chrifto Jefu 2
q watt. 9: Q mijnd0 Vey0, pera a os pecadores lalvar, d’os quaes eu 0 * prin-
Mau 2U7.CÍPal Í0U-
L».-. ç : 32. 16 Mas por iífo mifericordia feita me foy , peraque Jefu Chrifto
e 19;10.em my, que o principal fou, toda [ /w] longanimidade moftrafle ,
1 bã.y.q. pera exemplo d’os que para vida eterna ?nelle ouvérem de-crer.
* Ou, t7 Qra a 0 Rey d’os feculos, * incorruptível ,invifivel, a o lo
^riuieiro. Deus labio 5 feja honra, e gloria, pera todo fempre Amen.
lS Efte mandamento te encomendo, filho Timotheo, que
r 1 T!-à. 6;fegundo as profecias, que d’antes acerca de ry houve, r’nellasboa
12, milicia milites:
/i.-ar/w.3: 19 /Retendo a fé, e a boa confciencia , a qual alguns regeitan-
9- do, naufragio acerca d’a fé fizéraô.
2: 20 i)’entre os quaes he í Hymeneo, e « Alexandre, «que a Sa-
a tanas entreguei, peraque a [ .w. ] naõ blasfemar aprendaõ.
Ç A*
I
. Capitulo II.
I Manda Paulo que fe fapaS oraçoes por todas es homens , forem particularmente
polos Reys e outros fuperiores. 3 Porquanto ifio a Deus agradavel} e Cbrifta
t Medianeiro de todos heS Manda que os varoens fanítas maõs em todos os
lugares levantem ■> 9 Mas a as mulheres j que em traio honefio > e em filendo >
enfinar fe deixem; IX Naõ permitindo lhes que em publico a outrosenfinem, ou
de Senhorio fobre 0 marido ufem. 13 Porquanto Adam primeiro criado, e a mu
lher primeiro enganada foy ; 15 Todavia te&ifica que parindo filhos falvarfe-
há pela fé.
a 4
^70 I. EPISTOLA DE S. PAULdA*
«Ge». 3:6. 14 «E naó foy Adam enganado : irias a mulher, fendo enganada j
Ou, efté- em tranfgreflaô * cahiu.
Salvarfeha porem filhos * parindo , fe cm a fé, e caridade,
tralcrrl-e fan&ficaçaõ, com modeftia permanecer.
foi foy.
* Ou, ge- Capitulo IIL
rando.
X Declara 9 Afo&olo a propriedade d’o offlcw de hum faftor 5 i £ deftreve as
/TO. virtudes e qualidades que *nelle fe requere > e os vícios de gue ayei de jer livre ♦
S O mefmo faz ddos Diáconos, II E de fuas mulheres, IZ Juntamente taõ~
hem como fuas familias avér fe devem» 14. Mojlra 0 fim forque Iflo a Timotheo
efiréve> 1$ E declara a dignidade dia Igreja de Deus, fendo a coluna e firme-
z>a £a verdade* 16 Comfrehende então fumarlamente os frincifaes myfteriosdd
fé tocante a fejfoa e 0 oficie de (dhridto.
Capitulo V.
I Enfina 0 Afoftolo de come as .amoeftaçoens a as velhos e mancebos fazer fe de
vem. J Manda honrar a as viuvas verdadeiras. 4 Mas a os filhos e netos
encomenda que a fitas viuvas e paes fiiftentem. 9 Defiréve entaõ a ida
de e outras qualidades das viuvas que a 0 ferviço d’a Igreja aftas faÓj II Mas
quer que as viuvas moças a i]]o naÓ Je adnsitaõ. 14 E que fie cafiem. 17 Vens
defifois a os Anciãos> e afouta que honra lhes devamos. 19 taóbem acufa*
çoês contra elles nao recebamos fenaõ com teftimunhas* 21 Requeire diante de '
Deus e feus Anyos fanãos que ’nião nada faça por affeifaõ, 23 Quer taí*
bem que naò bêba mais fomente agoa. 24 E concilie com a declara^aõ de como
os Anciacs pcffaõ fêr conhecidos^
Capitulo VI.
X Amoçfea ff Apofeolo a os fervos que a feus Senhores obedeças. y Defcreve os
Doutores faljos e encanadores e manda fugílos. 6 Exhorta para piedade > con
tentamento j fugir d’a avareza, II E outras diverfas virtudes Chrifiaas»
Ig Requeire diante de Deus e de Jefu Chrifeo , que ifio afli guarde» 1$ E>
confederando a vinda de Chrifeo a 0 juizo, e a gloria de Deus , exalça os louvores
de Deus. 17 Enfena a os ricos como fe avem de avêr para com Deus e os ho
mens y lo Avifa 0 outra vez com grande infeancia d''a doutrina falfea e engana
dora» 21 E conclue a carta com a cosiuma da faudaçaõ»
APOSTOLO S. PAULO
A
TIMO THEO.
Capitulo!.
I Dtsfois d’a infcripçaS e cejlumadt faudaçaí, J Hecluret » .ApoStole feu grmdè
amor que para com Timotheo tem j e com fuas oraçoes por elle moftra > 4 Como
também a razao porque 0 ama 5 a faber > por amor de fua piedade em que defde
(ua meninice de fua avó e mae criado fora. 6 Amoefia 0 de a feus dons desper
tar. j E naõ temer ou envergonharfe de oufadamente a 0 Euangelho pregar _> e
t9TAM-d'ifto affliçoenspadecer. 9 Defcreve por ijfoaexceUencia de noffd woca- '
çao e a utilidade d3ejfa doutrina. Iz E também feu proprio exemplo lhe pro-
poem. 13 Amoesta 0 também que a mefma doutrina por exemplo reter, e 3nella
firme effdr queira. 15 Tefiifica que todos os que de Afia em Roma com elle
eftdo fe d3elle apartdrai 4 I^Pois que Onefiphoro fielmente com elle ficara»
fWv *n IS E por ijfo roga a Deus que graciofamente wo galardar queira.
Ca*
II. EPISTOLAVDE S. PAULO ♦
Capitulo II.
I Amoefta o Apoftolo a 'Timotheo , que, por homens fieis o PLuangelho promover s
3 £ afiliçoens por amor d3o mefmo padecér queira ; 4 Confolandõ 0 contra eUas
tom a comparaçaô de hum foldado , combatedòr^ e lavrador. 7 Amoefia 0 que
fuas amoefiaçoens bem confiderar» e 0 artigo d3a refurreiçaó d9a carne bem enlinar
queira. 9 Propoem lhe tachem para fua confòlaçao feu proprio exemplo s e o in-
falível galardaõ, que > despois d3a paixao » de Chrifto dado fera. 14 AmoePca
e que a palavra de Deus bem corte > e reprima as contendas em palavras > os
vaos clamores y e doutrinas d3os Apoftáticos ? e especiabnente as de Hymeneo e
Phileto 4 que a refurreiçaõ ncgdvao* 19 Pois ainda que d/gias descayao d3a
fé j todavia teftifica que 0 fundamento d3a eleição eterna firme esldy e juntamen
te aponta d'onde de nofid eleição certos efíár pojfamos, 11 Amoeda 0 ultima*
mente que fogafl3os defejos da mocidade j d3as queftoens loucas e contendas y e
7 procure diverfas virtudes Chriflaãs que 3nhum Pafiór neceffarias faõ,
C A P I T U L O IV. <
I Exhorta Paulo outra vê.z cem grande zele a Timotheo fera fieu officio 4 em te-
das fitas fartes 3 fiel e confiantemente cumfrir♦ J Mofitrando quam necejfiario 0
he for caufa da malícia das homens > que em os temfos vindouros dverá. 6 Pre-
diz que de frefia morto fera, q E conjála a fi mefine com fiwaboa confidencia , e
com 0 galarddõ que elle com todos os de mais fieis do Senhor effêra. 9 Amoefia
0 também de virfe a elle* forquanto alguns 0 deixara õ, II È de a Marcos com
figo trazer, 13 Como taòbem fita maleta e livros. 14 Avifia odhumAlçxan^
dre 0 Latoeiro, que muytos males lhe fizera. 14 Queixa fie dos irmãos que em
fita frimeira defenfia lhe defiemfaráraõ* Y] Mas que 0 Senhor lhe afiifiira e
for esta vez livrara , li Confiando que for diante lhe auxiliaria* 19 E
.mandando faúdar a alguns 9 22 Concluo efia efislola com a cofiumada fauda^ao-.
DO - .jz*-"
APOSTOLO S. PAULO
A
T I T O. ✓
t-
A
Capitulo I.
| Desfois d*a infiripçao 3efias em que Paulo a dignidade de feu Apoflohdodestré*
<ve> $ Declara por que fim a Tito 3na Uha de Creta deixara , 6 E defcreve
as qualidades e os dons que fiem bo^ Doutor ou Bispo requerem* lo ^dmeefia
- o que a os fallad&res de vaidades e enganadores refida» e a boca lhes tape. 12 E
que a os Cretenfis > fenda homens maps fegundo o tefiimunho d3hum de Jeus s
froprios- Poetas, rigurofamente reprenda. 14 £ os amoede a fugir 3as fabulas
Judaicas e tradipens humanas > 1$ Principalmente tocantes a diverfidade d3os
tnanjares* ló E deferéve a hypocrifia deães enganadores > {era melhormente
fugilos»
* 4 «
4
4«4 II. EPISTOLA DE S. PAULO
6 Porque * a my ja agora por afpcrfam de facrificio me offerc-
14. ccm , e ja o tempo da minha foltura perto efiá.
O.i3 eu ja 7 Bom combate combati, a carreira acabei , [e] a fc guardei.
agora por
asferjaõ
s í’Node mais , a coroa de juitiça guardada me efiá, a qual o
dejacrifi- Senhor, aquelle jufio juiz, Tiaquelle dia me dará: e naõ fomen
cio ofere te a my , porem também a todos os que leu aparecimento amarem.
cido fou. 9 Procura de preito a my te vir.
c I. Cor. 9 ; 10 Porque d Démas me defemparou, o prefente feculo amando,
15. e a Thcflàlonica fe foy 5 Crelccnte a Galacia , [/J Tito a Dal-
r P<?</r.ç;4. macia.
d Colojj ,4:
14.
11 e Lucas fó comigo efiá : Toma juntamente a f Marcos Marcos , e
Pktlent. com tigo [o] traze: Porque pera o minifierio muy util me hc.
vers 14. “ • • a Ephefo
ix g Mas a Tychico ' Z j] enviei.
enviei,
e Colojf. 4: i? Quando vieres , traze [_com tigo'] a maleta , que em Troas cm
caía dc Carpo deixei 5 c os livros , particularmente os pergami-
1’:nhõs.'
3 /•
14 h Alexandre o * Latoeiro me * ocaíionou muytos males : pa
Pl:il'em ♦ gue lhe o Senhor íegundo fuas obras.
Tfrr 14. 15 I)’o qual tu também te guarda , porque muyto a noflas pala-
vras refiftiu.
Colnjf. 4; 7. ]16 _Em ______
minha primeira defenfa ninguém * me afiiftiu , antes to-
d°s mc defempararaõ. J imputado lhes naõ feja.
17 Mas o Senhor me afiífiiu , c me esforçou 5 peraque por my
í/e/rezr®. d"1 a pregaçaõ inteira certeza tivefie, e todas as gentes ouviflem:I
* OU; W> e d’a boca d’o leaó livre fuy.
ftrou) ou , 1S E o Senhor de toda má obra me livrará, e pera feuReynoce-
,/í’Z. leftial me guardará: a o qual gloria * para todo fempre,
* ami Amen.
go eftéie.
19 Saúda a ? Prifca e a Aquilla, e á cafa de Onefiphoro.
Ou > por
feculos de 20 Erafto ficou em Conntho , e a Trophimo dixei doente em
Jeculos. Mileto.
*zí<?.l8:2. Procura vir antes d’o inverno. Eubulo, e Pudens , e Lino,
Rom.16', 3. e Claudia , e todos os irmaós te faúdaó.
22 O Senhor Jefu Chrifio com teu Efpirito feja. A graça feja
com vofeo. Amen.
A fegunda Epiftola a Timotheo (o primeiro Biípo eleito em Ephefo) foyef-
crita de Roma, quando Paulo a fegunda vez a Jefir N ero aprefentado foy.
Fim dd Jegunda Epiftola d o Apofielo S. Paulo a Timotheo-
EPIS-
ás 5
EPISTOLA
D O
APOSTOLO S. PAULO
A
T I T O.
Capitulo I.
I Despois d’a infcripçaÕ defta> em que Paulo a dignidade de feu Apoflolado descrê-
$ Declara por que fim a Tito 'na Ilha de Creta deixara , 6 E deferéve
as qualidades e os dons que fe em bom Doutor ou Bispo requerem» io Amoefa
o que a os falladores de vaidades e enganadores refisla> e a boca lhes tape. 11 E
que a os Cretenfes » fendo homens maos , fegundo o teflimunho d'hum de feus
proprios Poetas , rigurofamente reprenda. 14 E os amoesle a fugir d’as fabulas
judaicas e rradiçoens humanas . IÇ Principalmente tocantes a diverfidade dos
manjares. ió È deferéve a hypocrifa defies enganadores pera melhormente
fugi los.
CAPITULO II. 3^
X Amoefta Eaulo a T/^ que a faa doutrina bem propunha ? e enfine* Z
Velhos ? 3 Velhas. 4 E juntamente por elles a as moças e aos maxcebotfiiSoL
mofe avem de avér j exhortando os para ijfo affi por palavras 4 7 Çaq^^or fídS
Jeu proprio exemplo? em andar e^ viver. 9 Defpois tao bem a os fervos^efs co-*
wa fe avem de avér. 11 E acrecenta razoens que a cada qual pera piedade e fiao
todas virtudes Chriftaas mover devem3 tornadas affi do fim? para que Deus fe#
Euangelho nos manifefiou ? 13 Como d9a efperança d3o galardaO na vindade
Chrrifio? 14 £ da grandeza ? fruito e fim dlos beneficias de Çhrifio fios fiei*
tos j 1$ Querendo que ijlo fervorofamente fade e enfine.
X. .
C A P I T V L o III.
IAmoesia aTita > que a feus ouvintes efficazmente enfne > que a os fuperiores oíedé*
çaõ. % De ninguém blasfemem nem pendencio/òs fejaõ ? mas que pera com todos os
homens de ma?fidaò ufem 5 Propondo pera eíie fim 0 efiado corruptoem que an
tes de fita converfai eftivéraõ* 4 È de como 3 e por qual finr^ tdeUepor Chrtfiç
livrados forao, $ Gpue de veras os amoefie de procurar as obras boas* lo Eaos
homens hereges regeite. 12 Manda lhe de vir a elle a Nicopolis* 13 -S de com
w mtyto cuidado a Zenas acompanhar. 14 ®ue os fieis fe enfinem de procurar as
obras boas, 15 E conclue a epistola com a costumada Jaudapao*
EPISTOLA
D O I
z
EPISTOLA DE S. PAULO
5 Ouvindo tua caridade, e a'fé que tens pera com o Senhor Je-
fus, e pera com todos ós fanétos:
6 Paraque acomúnicaçaó de tua fé feja efficaz ’na notificação de
todo o bem , que em vosoutros há por Chrifto Jefu.
7 Porque temos grande gozo e confolaçaõ de tua caridade , de
que por ty, ó irmaõ , as entranhas d’os fanéios recreadas foraó.
8 Poloque ainda que em Chrifto grande confiança tenha para o
que te convém te mandar:
5
9 [Todavia te] peço antes por caridade, ainda que tal eu feja, *
faber, Paulo o velho, e também agora o prefo de Jefu Chrifto.
* Co!ef.^ 10 f Peço te por meu filhoOnefimo, fque em minhas pri-
f i.cor.4: foés gerado tenho.
„ '*• iiO qual d’antes inútil te éra, mas agora a ty e a my muy util:
^#.4.19. Q 1 a enyjar rí(?-| torne;.
à '» Tu porem, * como a minhas entranhas, a receber 0 toma:
»'• 13 Bem 0 quiíéra eu comigo reter, peraque por ty ’nas prifoens
d’o Euangelho me fervifie :
14 Porém nada fem teu parecer fazer quis , peraque tua benefi
cência naõ foflè como por força, mas como de livre vontade.
15 Porque bem pode fér que por iflo elle por algum tempo [/e
jyJ fe apartou, peraque pera fempre 0 retiveífes:
ió Naõja como áfervo, - porém mais que aíêrvo, \_a fiaram» a]
amado irmaõ, particularmente de my , c quanto mais de ty, aftt
em a carne, como em 0 Senhor?
17 Affi que fe por companheiro me tens, como a my mefmo a
rccébe.
*0u, amy 18 E fé algum dano te fez, ou «Ifftf] te deve, * á minha
e imputa, conta o poêm.
* Ou, com 19 Eu Paulo * de minha [frtfri* ] maõ o efereví, eu 0 pagarei:
eftammka _or tc naó dizer, que também ainda tu a ty mefmo a my te me
maOo s 1
deves.
*0u3fw‘- 20 irmaõ, goze eudety efie *prazer em o
t0’ Senhor: minhas entranhas em o SenhoT recréa.
21 Confiado de tua obediência te efereví, fabendoqueaindamais
d’o que digo farás.
lUebr.T.x. 22 E juntamente me aparelha também fpoulãda: porque elpéro *
hPhil.t^. jjç pOr voflàs oraçoens vos hei de fér dado.
iCoiog.^.^ Saúdam te»fepaphras, *mtucompanhciro’napriíãõemChri-
»
peradóres.
25 A graça de nofio Senhor Jefu Chrifto feja com voflb cípiríto. 4
Amen. _
Efcrita de Roma a Philemon, [e wtMii] pelo íervo Oncflmo. /
Vim £a Epiflola £o A^ofiol» S. Paul» » Pbilemt». -r
w ■■■-*'*" *»•
epistola
<
D O
AOS
C A P I T V L O L
X TeSifica o- Apofilolo que Deus antigametâe hem fafiou peles prophetAS a os poeto
mas que agora nos fafiou a nos por fiiu Pilho» 2 Cuja divindade , magefiiadè 0
offcic hrevemetâe deficréve* 4 Prova despois de vários paffos de Velho Tefia~
menta 3 que a gloria do Pilho muyto a dos Anjos fòbrepafifia, $ ®%e throno
•divino e_ eterno tem, e fiobre todos fièus companheiros untado he. ig Come tam~
hem que 0 ceo e a terra por elle criados fiaõz e fie acabaria» mas que elle naôtem
principio nem fim , ij j£ que fio a dextrA de fie» Pae fio afifienta. 14 Ptirem
que toaos, os Anjos efipiritos adminijiradores fao.
Ca*
A 0 S H E B R E 0 S, Cap, II, 413
* á ' <
C A P I T V L 0 II.
I 7fof o Apofiolo j d3a doutrina da excellencia da pejfioa deChrifio^ 9no procedente
capitulo proptâa 4 hum avifo> que nos cuidadofamente para Jua palavra atentar^
devemos. 5 Adianta então e prova primeira mente a humildade » e despois Á
dignidade d3a natureza humana de Christo > com hum pafib do Pfilmo oitavo >
8 E. aplica 0 a Chrifio» II Prova de outros mais lugares d3o Velho Tefiamhntç
que elle dsa mefima natureza e dos mefmos movimentos com nofio participa >16 E
naõ com os Anjos. i? E ifio pera que fiél e miferitordiofiò pontífice por nos
fofe.
C A P I T U L o III.
* A&ianta » Apofiol» a os ojfiàos àe Cbrislo-, elpectalmenie a oPropheticO e Sia'
cerdotálj toda via de caminho fimta-mente fadando de feu officio Peál 4 e começa
d o Prophetico* enfinando que elles a fita palavra obedecer devem. 1 Compara-
a Qhrifto com Moyfes^ edeclara que efie he tanto mayorque Moyfes j quanto
mats mayçr 0 edificador da cafa hej que a ca[a j $ E 0 filho dd cafa , que 0
fervo. 7 Conforta fua amoefiaçaõ com a igual amoefiaçaÒ de David a os ifraé-
litas d 0 PJalmo xcv. 12 E avifa a os fdebreos que a fius coraçoes também
naó endurécaò-i 14 Mas confiantemente *na féfiquem. 15 Explica 0 pafio ale~
gado do ?Calmo > e a os Hebreos o aplica, 17 E avifa os que. 0 Exemplo de
fua desobediência delles nab figaõ, pera que tachem do mefmo cafiigo com elles
nab participem.
CapitvloIV.
j oidianta o .dpi)(leio ,na exhertaçab pera obediência d'o Etsangelha 5 t ãmfa OS
cem 0 antecedente exemplo d?os Ifraelitas ■> que por caufa de fua desobediencia ’nO
repoufo de Deus »«í entrárai. 4 Prova que 0 paffo d’o Pfalmo XCV. d‘o re
poufo d'o fetimo dias naê fe entender pode , 6 Nem taõ pouco d‘o repoufo ‘na
terra de Canadn , 9 Porem de outro repoufo , que pelo precedente prefigurada
foy. 12 Conforta fua amoestaçaõy defcrevendo a penetrante effcacia d1'a palavra
de Deus j 13 E a omnifciencia de Christo. 14 E vifio que Chrifio he 0 Filho
de Deus j e 0 grande e fiel Sumo Pontífice j 16 Exhorta os que com ftrtne cenr-
fiança feu acolhimento a elle tomem.
_ . »
voflbs coraçoes.
,
_
. »
/-■
[ue. J 8 Porque fe * Jefus a o repoufo introduzido os ouvéra, deípois
d’iflo de outro dia naõ fallára.
5> Affi que ainda hum repoufo pera o povo de Deus refta.
10 Porque aquelle que em feu repoufo entrou, o mefmo também .
de fuas obras repoufou, como [também j Deus d’as fuas.
11 Procuremos pois de ’naquelle repoufo entrar 5 paraque nin
guém ’no mefmo exemplo de desobediência cáya.
X2 Por-
A OS HEBREOS. Cap.IV. ■ ( «V
12 Porque a palavra de Deus he viva eefficáz, e mais * pene-* O® ’íír*
trante dd’o que efpada alguâ de dous cortes, e * penétra até adivi- Jg. 7/7 .
faó d’a alma e d’o efpirito , e d’as conjunturas, e d’os tutános, e II(
he juiz d’os penfamentos e imaginações d’o coraçaó. jfiy. 49 • t.
H e E riaó ha criatura alguâ * encuberta diante d’elle : antes to- Eph.i-, 17.
das as coufas nuas e patentes eftám a os olhos d’aquelle com quem * Ou,
0 negocio avémos. »n,ou5«Z-
14/Afii que pois ja hum Summo Pontífice temos, fater j a Je-
fus, o Filho de Deus, que pelos ceos penetrou, firmemente eíta ''
confifiaô retenhamos. vifivel,
15 z Porque [w] Summo Pontífice naó temos, que de noflas fHebr-i-.t.
fraquezas compadecer fe naó poífa : h antes \_btm taí} que , como «s: 10*
nos, em tudo atentado foy, excepto «pecado. i.
16 Cheguemos nos pois com confiança k a o throno d’a graça, e 9. : II.#
peraque mifericordia. alcançar poflâmos, e graça achemos pera
tempo oportuno focorridos íermos. PfàlA'. f*
■ilfiy.^9, x.Cw.$:m. zz. i.foã. j:5. kRom.3:zç.
Capitulo V.
I Avendo 0 Apostolo declarado 0 oficio prophetico de Chridio , adiantei em declarar
fiti oficia Sacerdotal > e relata as propriedades que ’no SumoPontifice Ji neces]i~
tao ; 4 Como ede taibem legitimamente a iffo deve fér chamado. 5 Tejlifict
que Chriflo a ijjo fegundo a ordem de Jtfelchifédec de feu Pae chamado hê. "] E
•que em os dias de fua carne oracoens e fuplicapoens offerecéu. 9 E que afi 0
Autor de nofa falvapaõ, e 0 Sumo Pontífice feito he. 11 E vifto que d*o my-
Herio de Melchtfedec mais largamente tratar queira , desperta para ifb feus co-
raptens dedes'■> 11 Porquanto muytos delles ainda ignorantes éraõ , è tomo me
ninos mais deleite, que de mantimento firme} como perfeitos, necesfitávao.
50. 9 E fendo elle confagrado, cauíã d’a eterna íalvaçaó feito foy a
jca 17:1
’ todos os que lhe obedecem :
10 E nomeado de Deus [pw] Summo Pontífice fegundo a ordem
de Jvlelchifedec.
11 D’o qual temos muyto que dizer, e difficil de declarar: por
quanto negligentes pera ouvir vos fizeftes.
h í Cor. y. ti h Porque avendo ja de ler meítres, vifto o tempo, ainda ne-
ceffitaes de que a cníinar fe vos torne quaes fejam os primeiros prin
cípios d as palavras de l^eus. e vos tendes feito , que
de leite neceffitaes , e naó de folido mantimento.
i? Porque qualquer que d’o leite participa, experimenta
do ’na palavra d’a juíliça naó eftá: porque [aíst/a] menino he.
i* Mas o mantimento folido he d’os perfeitos, os quaes polo
coftume, ia os fentidos exercitados tem, para diftinçaó affid’o bem«
como-d’o mal.
Ca*
tfr
C a pi t ulo VJ.
I Teítfica » Apofiolo que á perfeiçai adiantar quere*, e nao tratar tf prifinte -
d?os primeiros princípios d’a doutrina Chrifiaã, sujos principaes pontes breve
mente relata. J Mas que toda via em outra t:afiai nec deixará d‘e faceio*
4 Porquanto impojfivel he que , os que vem a defcair d‘elles , despois afie os
dons do E/pirito gofiáraõ, outra vez para eonverjaõ renovados fejaõ. 7 O -que
declara pela comparaçaõ dá terra fértil e efieril. 9 Tefiifica qued’os fruites de
fua caridade melhor fentido d‘edes tem. II Porém que ijfo diz pera defpertá- .
los para diligencia, e mais firme ejperança em as promeffas de Deus j lt Por
quanto Deus nai Jomente as deu por palavras , mas taõbem por juramento a
Abraham , e fua femente , as confirmou, 16 O qual juramento entre os ko~
• mens he 0 fim de toda contradiçaõ, quanto mais pois para com Deus , que men
tir nao pode. I? Poloque que nos noffa efperanpa , como a ancora dia alma ,
‘no ceo afirmar devemos, lo Aonde Chrifio noffo Summo Pontífice por çosou- **
tros entrou.
e x * j
i/*Ern
' -------- o que,
v. j querendo
i Deus mais abundantemente a immuta-
—
TC ic$: 9. bilidade de feu confelho a os herdeiros d’apromefTa moftrar, fe en* .
Luc. 1:75. trepós com juramento:~
eExod.ií’. fg Peraque por duas coiifas immudaveis, em que he impoffivel
que Deus minta , firme confolaçaó tenhamos, [a fabsr m] os que
noífo refugio tomamos em a propofta efperança reter:
19 A qual como [por] huâ fegura e firme ancora d’a alma temos,,
e que até dentro d’o véo entra:
on Amri,- nnr nnc Mifrrw r^ff] precurfór Jefusf eternamente
C A P I T U L O V11.
Capitulo VIII.
I 'Relata 9 Apofiolo > dia que ja provado he ■> quAm excellente fymiM Tontifte te»
mos. 3 £ qual facrifitio lhe neceffaria êra. 4 Vrowa que fiu ministério nao
avia de jér eomo 0 d?os outras Sacerdotes , que d fombra aqui 3na terra ferviao 4
mas que avia de eflár :no ceo fegundo a. 0 molde celestial. 6 Defiréve desfois
. a excellençia d’o concerta novo dl o qual eUe Medianeiro he. S £ relata d*o
Cap. xxxi. de Jerem. a inflituipao». e as promejfas dlelle. XJ E ttnclue dlahi
que 0 Velho desfeito he.
C A P I Tm L 0 X
x»
I Declara o Apoftolo que a Ley naõ tinha fenao fombra d9os bens futuros y e pela
multidai de Jeus facrificios cada anno repetidos nenhua couja cenjumar podia♦ 5 P0-
loque David "no Pfalmo xl tefiifica j que Chrifo 9no mundo de vir avia pera a
vontade de Deus fazer » Io E nos pela única oblaçao de feu corpo pera jèmpre
confumar» 15 O que prova outra vez d9o fumario ao Concerto novo , 9na pro
fecia de ferem* Cap. XXX I. em queo perfeito desfazimento dlo pecado fe promé~
te 9 iS E por tffo conclue que ma is nenhua oblaçac polo pecado necefaria he»
19 Adianta entaõ 0 Apofiolo a outra parte dlefia Epistola y a Jaber» a as arrioe*
fiaçoens de fua devida obriga çao d’elles y e primeiramente amoefia a os Hebreos
pera 9na liberdade d9a fé a Deus achegar pelo caminho que Chrifi0 nos confagrou»
23 Dejpois amoéfia os pera confiancia 3na profifao d9efia efper&npa e invariável
caridade» 2$ Como taõbem pera perfeverança em fitas congrega poens. 2ó Pro»
poem lhes pera effe fm y affi 0 horrível\uizo de Deus que os apoliáticos tem por w
tfperar.i 32 Como fua antecedente tolerância e compaixao com as affligido^ ainda
até com fuas prifoens* 3 5 Juntamente taobem as promeffas que os. confiantes •
hao de levar* Prova ambas eílas coufas com hum pajfo do Cap* II; IV»
de Habacuc» que relata e aplicai
1a p orque tendo a Ley a íorribra d’os bens futuros, nao a mefina aC»loff\
x imagem d’as coufas, nunca pelos inefmos facrificios, que ca- 17-
da anno continuamente fe offerécem, * fanétifícar pode a os que a He^.8:
.elles fe achegam. ~
a D’outra maneira cefíaríaõ de fe offerecer, porquanto, purifi-
cados huâ vez os miniftrantes, mais nenhuã confciencia de pecado
teriam.
3 Porem [^or^J’neftes cada anno recommemoracaõd^s pecados '
[_/*/«. j.
4 * Porque impofEvelhe., que o fangue d’os touros e d’os bodes iLev.-tS^
os pecados tire. i4-
5 Poloque, entrando’no mundo, diz : «Sacrifício e ofterta naó Afew. 9:4.
quifefte, mas ocorpo me preparafte.:
£•
6 Holocauftos e [tM?foês] polo pecado te nao agradáraó: í//.
7 Entonces diílè : Eis aqui venho, (’no principio d’olivro eftá y'^/20.
.efcrito de my:) ó Deus, para tua vontade fazer. Líraos.s11--
8 Dizendod’antes: Sacrifício, eofferta., e holocauftos, e[oé/a-
íoã] polo pecado naó quiieftc, nem te agradáraó: (osquaesfegun-#
do a Ley fe offerécem).
9 Entonces diflè: Eis aqui venho, o Deus, para tua vontade fa-
S ff xer.
EPISTOLA DE S. PAULO
zer. [4^ que} o primeiro tira , pera 0 fegundo eílabelecér.
dHet>r. 9; 10 Em a qual vontade fanâificados fomos d pela oblaçaó d’o cor-
ix* po de Jefu Chrifto huã vez [frita\.
11 É bem affiftia todo Sacerdote cadadia adminíftrando e offere-
cendo muytas vezes os meimos facrificios, que nunca os pecados
riríir nndem •
crificio polos pecados, *eíU
15. 1? Efperando o reftante, até que feus inimigos fejam poítos por
Eph. iuo.efcabello de feus pés.
i’o/r/. 3:1. I4 p01-que com huã oblaçaó * eonfumou pera feinpre a os que
10 Pelo recente e vivo caminho, que elle pelo véo nos coníàgrou ,
Sff
yio EPISTOLA DE S. PAULO;
'
Capitulo XI,
a'
Ca -
A OS H E B R E O S. Cap.XII.
Capitulo XII.
I Amoefla o Apofiolo a os Hebreos pelos exemplos dlo capitulo preceaente pera
perfeveranpa na ejperança Chrifiaa^ e paciência 5nas affiiçoens. 2 Propoem*lhes
pera este fim o exemplo de Chrifio> que por paixoens em fuagloria entrou. 5 Co-
mo taôbem 0 exemplo de todos os filhos legítimos 5 que fiem cajligonaõha. 9 fag
fira ’lhes os fruitos dos castigos. II Desperta os despois em fiua floxidao pera
vigilância. 14 E juntamente pera paz e fanfíidade. 15 Awifa os contra a
Apofiafia > fornicapõ e profanidade com 0 exemplo de Efau,. l8 Polo que "lhes
propoem a dignidade d"d Congregação que está 3no ceo e na terra > a que elles
chegados Jao > com a contrapoficao da terribilidade de todas as cõufas 9no dár
da Lfjy. 25 Avifa os outra vez contra a Apofiafia com hum lugar tomado de
Hagg.ílt VIL 2§ E amoesta os de firmemente reterem a grapa de Deus
propondo 0 castigo que os Apofiaticos fobrevirá*
♦♦
prezando, e á dextra ? d’o throno de Deus fe aífentou. 24.
3 Porque confiderae aquelle que contra fi mefmo huá tal contra- cRom. 12
♦
diçaô d’os pecadores fuportou: peraque naó enfraqueçaes, em vos- I2-
fos ânimos desfalecendo. Hebr. 10:
4 / xàindaaté 0 fangue naõ refifiiftes, contrao pecado combatendo: -« qu’ çk;4
5 E ja d’a exhortaçaó vos esqueceftes que com vofco , como a nayír.
filhos vos falia : g Filho meu, em pouco a * difciplina d’o Senhor clLuc. 24 :
naó eftimes, nem defmayes quando d’elle reprendido fóres. 26.
<5 Porque 0 Senhor a o que amacaftiga, e a qualquer, que por fi- rhd.t’ "•
lho recebe, açouta. j pX'í5
7 Se a difciplina fuportaes, Deus *comoafilhosfevosapreíênta: ‘
(porque que filho ha a quem o pae naócaftigue?)
S Mas fe fem difciplina eftaes, d’aqual todos participantes fei- «811
tos íam, baftardos fois logo, è naó filhos. yi.Cw.io:
9 Também em verdade por caftigadores a os pacs de noflâ carne *£•
tivemos, e reverenciávamoFos: naó nosfugeitarémos [fod
mais a o Pae d os eípiritos, e viviremos? j.-i9.
10 Porque aquelles em verdade, por hum pouco tempo, como
a elles
* Ou j cem» »filhes ves trate > ou. cem» cem filhes cem vofio fi com^ría. ‘ •
J
5M ; EPISTOLA DE S. PAULO * “Y W
a elles bem lhes parecia ? [mu] caftigáraó ; porém eíle para
proveito , peraque de fua.faniftidade participantes fejamos.
• Ou, todo 11 E * toda difciplina em verdade ,5 a o prefente, naó parece fer
eaftigo. [/««Ai de gozo, fenaó de trifteza; mas defpois hum fruito pacifico
h l/ay 35-3 3e iuftica de fi dá a os por ella exercitados.
* Ou >fros~ J12 h• — Portanto as maôs * ~ ,
canfadas, e os -
juelhos * defconjuntados
xas. ,
*Ou,fracos, »levantar tornae: I
I
18. -
14 i Segui a paz com todos, e £ a lanctificaçaõ, fem a qual nin- •
a.Tfafc 2: guem a o Senhor verá:
22.
í Atentando que ninguém d’a graça de Deus * desfaleça: que
i
/Ícor‘ó:i.™ ra*z alguã de amargura ^brotando * * [w] naó perturbe, e por
_____ _ _
•»
44 Rogovos porém irmaós, a palavra d’efta amocítaçaô«2.c»r. j
fuporteis: porque em breve vos efereví. ' . . 5.
4 3 Sabei que ja o irmaõ Timotheo íòlto eítá, como qual (fepre- PW.2.:i$«
ílo vier) vos verei.
; 44 Saúdae a todos voflos Paftores, c a todos os fan&os.' Os de
Italia vos íaúdam, - ;
45 A graça £y^] com todos vosoutros. Amen. *
»
Efcrita de Italia * os Hebreos j £ e tnviada ] por Timotheo.
r *
Ttt 4 • £ *
&
AI
E P I S T. 0 L A
CATHOLICA,ou, UNIVERSAL
DO
1
C A P I T U L O II.'
X Redargue e Apoftolo & aceitarias pejfioas entre os Chrific&s; 2 Nao quis que
per çaufa de fitas riquezas e vestidos precisos fie honre 5 § Nem
o fiel por caifia de fiua pobreza e vefíido fingélo fe despreze. 5 Prova que ifito
naõ he decente por via d9a dignidade d!es' fieis para com Deus » ed*34a perverfida-
de de muitos ricos• 8 E porquanto taõbemiatalha com o amor do proximo^ ea o
hamem transgreffor d a Ley faz^ Io Ainda que-a todos os outros mandamentos
■gu&Tdajfie. Ig Declara que os taes ndo tem por efiperar fienáo juizo fiem mijeri-
cordi«. 14 Enfina entdó > contra os que fie dizem Chrijlaos > que a fé que nao
produz obras boas naõ he fialutifera , 15 a caridade naò he fincera > que
fiomente por palavras e naõ por obres fie moftra. 17 Vsfio que tal fe morta he>
IS E fie moftrar naò pode, 1$ E em çs Diabos fie acha. 2© Polo que testifica
que por eUa naò podemos fier jttfiificados > 0 que prova com os exemplos de Abra-
ham j 25 E de Rachab 5 2ó E com a comparapaõ ao corpo.morto que fiem
X"' tlmaja. fa'. ■ .
C A P I T U LO III. j
ÇXw-» «Atnw>
Vv?
Capitulo IV.
I Relata ff Apffflolo os remedios contra. os pecados precedentes.» e amoefta 0$ queas
concupijcencias carnaes , fendo a origem d^Ues 5 deponhao 3 apontando pera efte
fim os perniciofos fruitos d*ellas , como faõ contendas > 2 Embaraço que nao re-
tébem 0 que defejaõ e pedem» 4 E inimizade contra Deus. 5 O que com as
Escrituras prova. 7 Exhortando queffia DeusJugeitem^ e a 0 Diaborefifaõ.
$ Ajunta a iffo hua fervorofa amoefiaçaò para converfaõ 3 que com juas partes
defcreve. 11 E principalmente pera naõ julgar a fieu próximo , porquanto ifta
a Já Deus compete. 13 Redargue os taõbem que em fiús negocios que começai
naõ confideraõ a providencia de Deus 3 nem a fraqueza d’a vida. 17 E conclua
que 0 que fabe 0 que fazer deve» e iffo naõ faz a mas gravemente peca.
Capitulo V»
* 1 Adianta • Apoliolo *nas exhortaçcens para vivenda Chriftaã * e aponta as
miferias que [obre os ri os vem, 4 A faber , fobre os que a os pobres de feu
jornal frufiraõ, 5 E d3as riquezas abufao pera deleites > 6 Ea os pios oprimem»
•j Amo tfia a os oprimidos pera paciência longanime > com a vi? la de Chrifto j e
som os exemplos d3hum lavrador. Io E d os Prophetas e efoecialmente de Job»
11 Amoejia os de deixar 0 leve jurar* IJ Enfina como nos avémos nos de aver ,
affi *nã profperidade como *na adverjidade, 14 Como taobemo que os doentes
fazer devem* e oque nos lhes fazer devemos principalmente untando os e orando
per elles. 17 Mostrando 'com 0 exemplo de Elias quam efficdza orapaõ d?os fieis
he. 1? E ultimamente amoesta de a os defencaminhados converter 3 e a 0 ver
dadeiro caminhe levar, lo E enftna quam excedente obra ifto Jeja*
1 * J7a P°is agora? vos ricos, chorae e *pranteaé por voflàs mife- aPnv. ««
rias, que fobre vos haó de vir. 8.
a Voflâs riquezas eftám apodrecidas, e voflos veíiidos comidos ^m0>- £:
• d’a traça eltam:
3 Voflo ouro e prata eitá ferrugento: e fua ferrúgem em tefti- x
munho vos ferá, e voflà carne com fogo comerá: C pera os últimos ‘
dias enthefouraôcs. •*OuJC>!
' ' Vw» 4V«4 ves.
a
klítít.í'.i,. 8». a; 5.
s
z
"t
516 EPISTOLA UNIVERSAL
•
cLevit.19* Vedesaqui c 0 jornal d’os trabalhadores, que voflàs terras fega-
13. raõ. diminuiu, clama: e os clamores d’os
raõ, [e]j por vos fe [/Zw] diminuiu
Deut. 24. qUc |' <jí J fegáraô em os ouvidos d’o Senhor * Sabaoth entraram.
5 3 Deliciofamente fobre a terra viveftes, e vos deleicaftes : vos-
* Ou, d‘os
■ * f°s coraÇ°cns como em dia de matança cevaftes.
exercites.
6 A o jufto condenaftes [*] mataftes: Qí?J elle vos naò * refiftiu.
13’ 7 Sede pois , irmaós, pacientes até a vindad’o Senhor. Eis aqui
JLwf.15.19.o lavrador o fruito preciolo d’a terra espera, aguardando o com
*5.
’r paciência, até que a chuva temporaá e foródea receba.
* Ou j refi- 8 Vos também pacientes fede, voílos coraçoes esforçae: por
que ja a vinda d’o Senhor chegando vem.
9 Irmaós, naô fuspireis huns contra os outros, peraque conde-
nados naô fejaes. Eis que o Juiz á porta eftá.
10 Meus irmaós, tomae por exemplo de affliçaó e de paciência
a os Propheus, que [«»] nome d’o Senhor falláraó.
e Matt. f: 11 Vedes aqui * por bem-aventurados temos a os que fofrem.
II. Bem f a tolerância deJob ouviftes, e o fim d’o Senhor viftesj £ que
U.
muy milericordiofo e piedofo o Senhor he.
( Num. 14; 11 Porém fobre tudo, irmaós meus, h naô jureis pelo Ceo, nem
18. ’ pela terra, nem qualquer outro juramento : mas vofiò fi , feja fi,»
P/103: !8. e [w/ê] naô, naó: peraque em * condênaçaó naó cayaes.
h Mutt, ç ; 1$ Eftá alguém entre vosoutros affligido? Ore: eftáalguém con
tente? *jPiàlmodíe.
fc.C0r.ni7.
18 14 Eftá entre vosoutros alguém doente ? A fi a os Anciaós d’a
* 0tb7w- Igreja chame, e * lobre elle orem, k ungindo o com azeite em o
zo. nome d’o Senhor.
*Ou, P/</- 15 E a oraçaó de fé a 0 doente falvará, e o Senhor o levantará:
mos cante. c fe ouver cometido pecados, perdoados lhe feráô.
ÍEnh.sf.iy. 16 Confeflae [ vofíds ] culpas huns a os outros, e huns polos ou
côiof 3:
Ió.
tros orae, peraque fareis. Muyto pode a oraçaó efficaz d’o jufto.
* Ou j Por 17 1 Homem era Elias * ás mefmas paixoés que nos, e
elle. orando, pediu que naó choveflè: e fobre aterraportresannos e leis
_ ___ __ * __ / _ . ’
k Mart. 6' meles naô choveu.
n- 18 » E outra vez orou, e 0 Ceo chuva deu, ea terra feu fruitq
Z1.R9tf.17: produziu.I
1. 19 Irmaós, v fe alguém entre vosoutros v’a verdade errado tem, »
*Ou*«?/<•■» C a^8u_CIn 0 £onverter:
»
melhantet iò Saeba [«tal] que aquellc que a hum pecador d’o erro de feu
faixoís. cami-
fu L. Riytf í t í J.,
i
D E St. J A G O. Gap.' V. < /
caminho converter, d’a morte huá alma falvàrá, »çmultidaõ de^Pw.»:
pecados cubrirá. ~ l2*,
X>P*fa0>
¥im tyifiol» ít ApaSolo St. Jtgt. '
primeira epistola
D O
Capitulo L
I Defpois d*o titulo da carta» 5 Agradece 0 Apofiolo a Deus que fera a heran»
fa incorruptível nos regenerou. 5 Como tombem que feia fé fara falvaçaõ nos
guarda> 6 E ’no meyo fas tentaçoens alegra. 8 Polo que taobcm com gozo
o amamos ainda que 0 naõ vemos* to Te[tifica então que a doutrina defia gra*
fa nao he nova nem vil» mas que 0 Efpirito de Chrifio pelos Profhetas antigos
d*etta frophetizou^ iz £ Anjos de 3nella ver defejaõ. IJ Propoem despels
diverfas amoeflaçoens 5 febre tudo fera firme efperança *nejta graça 9 14 Pera
janãidade > <7 £ depofiçaè de toda vaa converfaçM » da qual feio fangue de
Chrifio livrados fomos* 20 Enfinã que Deus a Chrifio fera efte offcio Media*
torio desd3abetemo bem elegeu mas que agora for amor de nosoutrosmanifefiado
foy. 22 Tira dfahi outra vez hua amoeftaçaõ fera mutua caridade fraternal9
23 Porquanto pela incorruptível femente d3o Euangelho fora ijfo regenerados
fanes*
I. EPISTOLA UNIVERSAL
Cor.i.-3. j e Bendito feja o Deus e Pae de noflo Senhor Jefu Chrifto , fo
f^Roin 6- flua^ fegun^° ^ua grande mifericordia para huá viva efperança , nos
' z".' ' regenerou , g pela refurreiçaó de Jefu Chrifto d’entre os mortos:
lacob i: iS. 4 Pera a herança incorruptível, e incontaminavel, e que mur-
gi.0.15; char fe naó pode, b guardada em os Ccos pera vosoutros.
i0- 5 Que pela fé em a virtude de Deus guardados eftaes, pera a fal-
kcoio/r.i • vaçaó, ja preftes pera em o ultimo tempo fe revelar.
iRom • 6 ' Em quevosoutrosvos alegraes, k eftandopor agora (fe he que
ItfíoT r i importa) por hum pouco contriftados com varias tentações:
i- Tm. 1; 7 Peraque a prova de vofla fé, muyto mais preciofa que o ouro
ií- que perece, e pelo fogo he provado, fe ache em louvor, e honra,
kHebr. io- c gloria, ’na revelaçaó de Jefu Chrifto.
37. 8 «A o qual naõ o avendo vifto, o amaes em o qual, naõ o*
X» Pedr. y:: vendo agora, porém crendo , com gozo ineffabil e gloriofo vos
lo.
I ifij. 48: alegraes. . .
10. 9 Alcançando o fim de voflâ fé, [4 fáer j a falvaçaõ d’as al
I. Cor. 3 : mas.
13- 10 [Acerca] d’a qual falvaçaõ «inquirirão e esquadrinháraó os
lacob. I; Prophetas, que d’a graça que [dada] vos [%j, profetizáraó.
I. Pedr. I; 11 0 Efquadrinhando quando , ou em qual tempo, 0 Efpirito de
mjoã.io: Chrifto, que ’nelles eftava , fignificafle e d’antes teftificafle p as I
10. ia
ií A os quaes revelado foy, que naõ para fi mefmos, fenaó
íènaó per*
Dáw.r.44 nosoutros, adminiftravaõ eftas couias, que agora denunciadas vos
foraó pelos que,
\ *■ dbraó * f ?7 pelo Efpirito fanéto d’o Ceof enviado, .0 • Euan-
- 1 ’ - -- -- - —---------- ------ - - - _ —-------------- —----------------- - - — - t - - - -------- ------ —-------- — * — — -j
» Dan. 9: gelho vos pregáraó: r para as quaes coutas, até o mais interior, os
14. Anjos olhar defcjam.
fPjn-.j. 13 /í Portanto cingindo os lombos de voflo entendimento, [e]
t;
j fobrios, efperae inteiramente’na graça, que’narevelaçaõ dejc-
•"Gr. pai- pu Qhrifto fe vos offerecéu.
Aã r 4. 14 Como filhos obedientes, naóvos conformando com asconcu-
r Eph. *3: pifcencias, que d’antes em vofla ignorância avia.
10. * j 5 Mas como aquelle que vos chamou, fanéto he, # fede vos ou-
/ Luc. 12 : tros também fanétos em toda [vorfd] vivenda.
35- i6 Porquanto efcrito eftá ; » Sede fanétos, porque eu fou
6:14. fanéto.
DE S. PEDRO. Gap.I. * s
$2?
*7 E fe por Pae invocaes a aquelle * que, fem aceitaçaõ de pes- xDeut.W
[òiLS^ fegundo a obra de cadahum julga ■, em temor * andae o tem- 17-
po de vofla habitaçaó: ' z.chr.
iS y Sabendo que de vofla vaã vivenda, que * por tradiçaõ d’os "r '
paes recebeftes , refgatados foftes, naó com couíãs corruptíveis ,
\_como, cnm~\ prata ou [ torn J ouro : Rfrm.l*. II»
i9 Senaõ * com o prcciolo fangue deChrifto, como dc hum im* GaLz\6.
maculado e incontaminado cordeiro : Eph*6\
ao O qual bem * ja d’antes conhecido foy desd’antesd’afundaçaô 5 '
d’o mundo, porém ’neftes últimos tempos manifefto por amor de , q^' trt_
vosoutros: ' •
ai Que por elle credes, em Deus, o qual d’os mortos o refus- vi.Cnr-6:
• citou, e b gloria lhe deu, peraq ue vofla fé e efperança em Deus efti- ao.
veíTe.' *7=
ai [Pírfáwfo] purificando pelo Efpirito voflàs almas em a obedien- *PU’ “et
cia d’a verdade , < paracaridade fraternal naó fingidaj*amâe vosar- .ats
dentemente huns a os outros de hum puro coraçaó: a" e .
23 d Sendo ja regenerados , naó de ^/emente corruptível, fcnaó z ^fí.20:
incorruptível, pela viva palavra de Ddus, e que para fempre per« - tS.
manece. , Hetr.9».
24 /Porque toda carne he como a erva, e toda a gloria d’o ho- 1
mem como a flor d’a erva. Secoufe a erva , e lua flor cahiu: 1 :
2$ Mas a palavra d’o Senhor permanece para fempre: c efla he a t:f.
palavra que entre vos Euangelizada foy. <3 *
CeloJJ'. 1:26. 2. Tim. I:Til. 1:2. h Aã. 2:33. ?. « &”’»•I<5‘
Eyhef.4'. 3. Hrbr.l$t I. I Eedr.tiiy. d jacob. I: IÍ. el. Jta. 3;
f I/*i- 49 • 6.1. Cer, 7; 31. JW. 1:1®. 14; 14. j. Jtâ 2:155»
Caí
■ -*l
>
*
W l. EPISTOLA UNIVERSAL
C A P I T V L Ô II.
j Amoefla os ainda 9 Apoflolo pera depofipai de diverfos vícios > 2 E pera defe}0
do leite 'd d palavra de Deus que [em engano he> pera 9no bem crecer 9 3 E a
benignidade de Deus gofiar, 4 Exhorta os despois que > como pedras vivas em
Chrifio pera cafa e facerdocioefpiritual edificados fejaõ; 6 Ptiio que Chriftoempe
dra da esquina de Deus pofio he 9 preciofa pera os fieis ? mas tropeço .pera os
desobedientes* 9 Tefiifica que elles agora ejfa geracao eleita e povo de Deus
Jaó, d9os quaes mifericordia tem, II Polo que os amoefia.pera converfaçaã
fanffia 5 pera por ella a Deus glorificar* 13 Como taobem pera obediência a os
fuperiores* iS E os ferves pera a de feus Senhores 9 aindaque rigurojos*
21 Propoem lhes pera este fim a paixao e paciência de Chrifio > 24 E confola
os com os fruitos defia paixao ? como a caufa de [ua converfaõ d9elles*
•Ou./íwac.
□ ou3 refurreiçaõ de Jefu Chrifto:
zz x (j qual á dextra de Deus eftá, fendo a o ceo fubido : aven-
«Eph 120 d°felhe os Anjos, e as poteftades, e as potências fugeitado.
Capitulo IV.
X Tira o Açoftolo d’a coufideraçao dd paixaÕ de Chrifto hua dmoeftafao j que na!
fegundo as concupifcencias dd carne ? fenai fegundo a vontade de Deus avém de
viver $ £ enfina que os que o contrario fazem , ou outros a iffio levao, aJDeus
conta dardo, 6 Sendo taõbem por ijjo o Enan^elho a os mortos pregado, 7 Ex*
horta os despois pera fobriedade, oraçao, caridade e outras virtudes» Io Coma
taobem pera o bom empregar d3os dons e adminiftraçoens que cada hum recebido
tem. 12 Enfina outra vez que a forte d9os fieis he , padecer afflfoens , e que
iflo lhes faudavel he ,• I5 Eavifa que ninguém como malfeitor, fènaõcomoChri*
fido padeça , \q Porquanto a ju/zo de Deus de [ua cafa começa» iS Pois
es outros defpoi^ defta vida mais grave \uizo tem por efperar» Is^ocíl dad-
7. ' Pera ja o tempo que [ainda] em a carne refta, mais naõ viver
1 c
2, Cor.5: fegundo as concupifcencias d’os homens, fenaõ fegundo a vontade
*5' de Deus. \
Gal 2:20. 3 d Porque bem nos bafta que o tempo paflado d’a vida a vonta-
d’os Gentios cumprimos, e-em difloluçoês, concupifcencias
’ió. 5 borrachices, glotonarias, beberronias , e abomináveis idolatrias
Hehr.? 14. andámos.
rf£pZ>4:i7. 4- O que [em w ««trosj eftranhaõ, por com elles náõ correrdes
’no. mefmo defenfreamento de diffoluçaó, de vos blasfemando:
5 Os quaes conta haó de dar a o que aparelhado eftá pera a os vi
vos, e a os mortos julgar.
e Lw. 5:25. 6 e Porque para ifto também a os mortos euangelizado foy, pe-
1 P^r. 3; raqUe em verdade fegundo os homens em a carne julgados fofiem,
porém fegundo Deus em Efpirito viveífem.
f Iis^1 * 7 f E ja o fim de todas as coufas eftá perto : g Portanto fede íõ-
r Lv* . brios, .é vigiaé em oraçoés.
> * * * X A4*jq nnti» tnHn hiinc naro r^nm nc nnrrnc
/ , .' ... "■
Xix 5
. «
CapituloV.
I Amoefta Pedro a os Anciaès que a o rebanho do Deus bem apacentem. 4 E pa
ra galardaÕ a coroa d3a gloria lhes promete» 5 Amoefta despois a os mancebos
pera fugeiçao e humildade a q E'a cada qual que feu cuidado fobre Deus deite»
8 Propoem lhes a afiucia e potência do diabo 5 e exhorta os a velar contra elle»
10 Roga a Deus que os conforte» II JE louva o, 12 Declara a raxaõ porque _
em breve lhes efcrevéu. 13 E conclue a carta com mutua faudapaõ e defe\o
dia pax.
j __ k
Dt
3 «Nem como fenhorio fobre as herdades [it -
Senhor] tendo,
f2. còr i - fenaó de exemplos a o rebanho fervindo. k
D O
APOSTOLO S. PEDRO.
Capitulo I.
1 0 Apoftolo Pedro despois dd ixfcrtpçai e fauda^ao , j Relata primeiramtvte
quam muy gwnde graca e benefícios Deus a os fieis Judeos para fua falwaçaÕ,
feito tem. $ Polcque os amoefta pera de mais em mais 3na fé e piedade crecer^
ed fita fé outras virtudes acrecentar} 8 Enfinando que entcmces verdadeiramen-
te .frutíferos .. Io E de mais em mais de fua eleição e entrada 'no Reyno de
Cbriflo affegurados ferdê. 12 Declara, que ainda que eUes efcascoufas bem faebam
toda via quis despertâlos por esta amoeftaçaõ , 14 Ifífio que brevemente dtefia
vida tirado feria fegundo a Profecia de Christo s peraque despois de fua morte
difie fie alembraffcm. 16 Teftifíca que a doutrina de Chrifto e de fua vinda
lhes pregada> fabulefa naõ era j mas que elle rnfmo juntamente com dous outros
Apoflolos fua gloria 3no monte vira> e 0 teftimunho d'o Pae d3elle d3o ceo ouvi-
ra9 19 D d qual tabbem pelas Efirituras proféticas fie teftifíca i 2o Gfue pela
Efpirito de Deus infpiradas faÕ.
Capitulo II.
I Avifd e Apofielo os fieis d'os falfis Doutores > que heregias àe perdição *na Igrefa
introduzirão, e a muytoi enganardõ, J £ fera melhormente fugir dlelles descrê*
ve fu* avareza 5 £ a perdição *na qual por elles levados ferão, 4 O que confir*
ma com os exemplos d"os Anfis que pecãraÕ, do mundo antigo, è d? os deSodóma
e Gomorra^ 7 C*ntr* que po'èm 0 falvamento de Lot , como d*antes 0 de Noe,
Io Aponta taobem a carnalidade, intemperança, enganos, e outros pecados d*efies
enganadores, em que a òs animaes irracionaes femelhantes fao, avendo por ijfode
receber 0 bem merecido galardao ,docafigo; 15 ^omo Bileam^ cuja injuftiça por
hum mudo animal reprendida foy. 17 Compãra os com fontes e nuveis fem agoa*
1S Dejcréve jua arroganãa d elles, e de como a os Chrifiaõs enganao^ e liberdade
lhes prometem , fendo elles mesmos efcravos do pecado, lo Enfina que 0 efiado
dos Chrifiaõs que dlelles enganar fe deixaô peyor he que fe nunca a Chrifio co
nhecefiem, 11 E compãra os com caens, que le toma\ a feu proprio vomito, e
com porcas lavadas que a 0 espofiidouro do lamaçal Js tornaÕ,
aPeut.13: T
I. 1 P também * falfos Prophctas entre 0 povo houve, t> como tam
b MattW- bém entre vos faliòs Doutores averá, que heregias de perdi
II. ção encubertamente introduzirão , ea o Senhor que os comprou
Aéi.w. negaráô, trazendo íobrc fi meimos * repentina perdição.
7 Tim. 2 E muytos luas perdições feguiráó , pelos quaes o caminho d’a
5. j. M:1- verdade blafphemado fera.
* *)»?, *<*
leradnAj-
3 E por avareza, de vosoutros, com palavras contrafeitas mer-
apreffad* ^údoria faraó : *iobre os quaes ja de largo tempo * a condênaçaó
e lud. vs.,4.ouciofa naó eftá, e lua perdição naó tosquenéja.
*Ou}0 jui- 4 Porque fe Deus a os ?Anjos que pecáraó naó perdoou , antes
zo. avendo oí> Vm inferno lançado, a as cadéas de cícuridaõ os entre-
d lud.vs.6.‘ gou, para o juizo refervádos ficando:
Ap*c 20: J. 5 E [rambe^J a o mundo antigo naó perdoou, mas a * Noê oita-
eGen 7-2-V
I. P^r. J . VO , o pregoeiro de juiiiça guardou > o deluvio íobrc o mundod’os
ímpios trazendo:
á E
DE S. PEDRO. Cap.II. ’ T4i
6 E as cidades /de Sodóma e Gomorra â fubvcrfaó coíldenou ^fGe». iç$
reduzindo as a cinza, e pondo por exemplo a os que impia- *4.
mente viveífem : * ■ 19 ‘
7 E a o jufto Lot, x ja d’a diíToluta vivenda d’os * abominareis
homens enfadado, livrou. 1^.50:40.*
8 (Porque, habitando efte jufto entre elles, cada dia h al- Ez.ed3.i6 :
ma jufta affligia , [/iwj injuftas obras vendo e ouvindo). 49-
9 i Afli fabe o Senhor a os pios-d’as tentações livrar, e a os inju- 111
ítos pera o dia d’o juizo refervar , para caftigad os ferem.
Porém mayormente a os que fegundo a carne em concupifcen-
cia de immundicia andam, e as dominaçoés desprézaó, atrevidos, jud. vs.n.
agradandofe a fi mefmos, nam arreceando de d’as dignidades blas-gGev. 19;
femárem:
ii Como querque os Anjos, mayores em for çae potência fendo,
contra cilas parante o Senhor juizo blasfemo naõ * prodúzao. ,
ii k Maseftes, comoanimaesirracionaes, queánatnrezafeguemj j/$, 9‘
* feitos pera prêfos e mortos férem, l blasfemando d’o que naõ en- ij.Cw.io:
tendem, <m fua corrupçaõ pereccráô: 13-
13 Recebendo o galardaó de iniquidade^, [por] prazer as quotidi-*'Qu-,pro-
anas delicias tendo, fendo tachas e maculas, deleitando fé emfeus
enganos, com vofco banqueteando: ~ •Óuíwl
14 Os olhos cheyos de adultério tendo, e nunca de pecar ceflan-
do : as almas inconftantes engodando, o coraçaô em avareza exerci- Hud.Vsjn.
tado tendo', filhos de maldiçaó: -
15 Que, deixando o caminho direito, erráraó, « fcguindo 0 ca-« Nws.a«
minho de Balaam, f//£<>] de Bolor, que o galardaó de iniquidade 7- «•'
amou: IaZw.it.
16 Porém a reprenfaõ de fua [me/ma] transgrefláó teve:
» o mudo [animai] dé jugo, em voz de homem foliando, a íouqui- ®
ce d’o Propheta impediu.
, 17 6 Eftes fâm fontes iem agoa, nuveis dfo redemoinho de vento olaZw.n,
levadas: pera os quaes a efeuridaõ d’as eternamente fe re-
ierva.
tS Porque foliando coufos muy arrogantes de vaidade, com as
concupifcencias d’a carne, e com difíoluçoês engodam, a os que
ja de veras efcapado tinhaó d’aquclles que em error andam:
19 Prometendolhes liberdade, fendo elles mefmos fervos de cor
rupção. p Porque dfoqueile de quem alguém vencido he, d’o tal?:J4>
também fervo fe foz. Rua.óní.
c*
Yyy* 20 7Por-
i
Capitulo III.
X Declara. & Afyftolo que efta fegunda carta efcrevêu pera despertalos ao guardar
da doutrina dos Prophetas e Apostolos. J E avifa os contra os efcarnecedores j
que em os ultimes tempos 5 a vinda deChrifo a o juízo e a confumaga* d’o mun
do negarão. $ E refuta os com razoens tomadas d3a criaçao e confervaçao d’o
mundo > 6 E do diluvio. 7 E enfina que como 0 primeiro mundo pelas agoas
perecéu > affi efte pelo fogo perecerá. 8 ^ue a vinda de Chrifio a 0 juízo por
amor d'os eleitos bem fe dilata , Io Mas que de improvifo virá ; Ir D’onde
tira hua amoefiacaô pera procurar a fincera piedade, 13 E enfina que ceo novo
e terra nova e&aráÕ. 15 E tudo ifio confirma com 0 teflimunhe do Apojtolo
Paula » cujas cartas alguns torcem. TJ Einalmente condue com amoeftaçao de
que dos falfos doutores e efcarnecedores fe guardem ? e com glorificaçao de Chrijlo.
PRIMEIRA EPISTOLA
C ATHOLICA, ou,UNIVERSAL
D O
APQSTOLO S.
Capitulo I.
I Declara 9 Apofiolo que a doutrina que elle denuncia muy certa e excedente he >•
3 E que a propoem pera que os fieis por ella comunhão com Deus tenhao9 e feu
f gozo perfeito fija, q Que com Deus 9 que a luz he j comunhão tiver naõ po
demos fe *nas trevas andamos« 7 forém que nojos pecados pelo fangue de Chri-
fte fao purificados fe 'na luz andamos, S Que nos imaginar naõ devemos que
pecadores nao fomos» 9 Mas que perante Deus nojos pecados confejdr devémos*
quando de Deus nos perdoados jeráo.
a loa, li I. j
que « defd’o principio éra, o que ouvimos, o que com
O
* Ou, o que
contem
noflos olhos vimos, o * paraque bem atentamos , ‘c
plamos. noflàs maós tocáraó, d’a palavra d’avida:
ílffZf.14. 2 (Porque manifeftaheja a vida, e nos a vimos, eteftificamos,
2. Mr. 1: e vos denunciamos a vida eterna, que com o Pae eftava, c mani-
I(5. feita nos foy.)
t L»c. 24: , 0 que vimos e ouvimos, iflo vos denunciamos, pe-
r -1 -í” raque também com nofco Gommunhaó tenhaes, e eftanoífacommu-
Ca' '' nhaó também com o Pae, e com fêu Filho Jefu Chrifto [/&].
, 4 E eftas coufas vos efcrevémos, peraque voflo gozo fe cumpra.
$ E efta he a dcnunciaçaó que d’elle ouvimos,, e vos denuncia
mos,
J
..J?
D E S. J O A O. Cap. 11.
mos, d que Deus he luz, e ’rielle trevas nenhuás naõ ha. f dltâhi
6 Se differmos que com elle communhaó temos, c em trevasan* et: ix.
darmos, mentimos, e verdade naó * tratamos. ' O* 5«
7 Porém íe em a luz andarmos , e como elle em a luz eftá, com- ei*: 3f>
ttiunhaó huns com os outros temos, e o fangue de Jefu Chrifto feu LU Jí<
‘ * OiLjâae»
Filho nos purga de todo pecado.
8 f Se differmos que * pecados naó temos, a nos mcfmos nos cn- eHeír. j:
ganamos, e a verdade em nos naõ eftá. 14.
9 x Se noffos pecados confeíTarmos, fiel e jufto he elle, pera que i**Wr*i:
os pecados nos perdoe, e de toda iniquidade nos purgue. ~
10 Se differmos que naõ pecamos^mentiroío o fazemos , e fiia pa-
lavra em nos naó eftá.
•. Pfil^i2t Exlef.ji2Q* * Om
f ç» Pm\ 28: 13.
Capitulo IL
X Declara 0 dbpoftolo que a promejfia do perdaõ dlos pecados propofio tem y nad
peta cfella abujar para pecado^ fenaoparaconlolaçac dlos pecadores. 3 Ê amoefia .
d os que a Chrifto conhecem que a feus mandamentos guardem ; 7 Enfinando
queifto em diverfõs re/peitos he mandamento novo e velho. 9 Despoisquena
proximo amem» 13 E ejfa amoefiaçao a os paes , mancebos > e filhos aplica»
15 Enfina que os Chriftaõs a 0 mundo, e a 0 que "nede efiá, amar nao devem»
18 Masfe guardar d3o engano d3os falfos Apoftolos e Antichrifios. . 20 Mofira
lhes que a unção dlo Efptrito Sanfto que tem , os guardará ajjl d3as conctcpi-
fcencias dlo mundo , como d0 engano dlos Antichriftos 22 ^ue defereve. 25 Pro-
poem lhes a promeffa d3a vida eterna > 27 E a virtude d3d unçaÒ ao Efpirita
Sanfto, querecebéraõ 3 deferéve. 28 E amoefta os de confiantemente'nadoutrinu
de Chrifto ficar > pera que em feu aparecimento livremente fubfifiir pojfiao *
19 E de exercitar juftipa^ em tefiimunhode fuaregenerapai»
I
i JLf Eusfilhinhos, eftascoufasvosefcrévo, peraquenaópequeis:
1 e íe alguém pecar, « hum Avogado temos para com o Pac,»i. Tm. x:
a Jefu Chrifto o jufto.
2 E elle he a propiciaçaõ por noffos pecados: e naó fomente
polos noflòs, mas também polos c de todo o mundo. xc - *
3 E ’nifto íabemos que conhecido o temos, íe leus mandamentos *, c». 5 :
guardarmos. iS.
4 d Aquclic que diz: Eu o conheço, efeus mandamentos naõ
guarda, 4Z
I.W4-‘I4. /X.lftMiM,
V
%
í# I. EPISTOLA UNIVERSAL
• *
guarda, mentirofohe, e a verdade’nelle naó eftá. _ .
5 Mas qualquer que fua palavra guarda, ’nelle verdadeiramentqJA
t les. 13: 0 amor 4e Deus aperfeiçoado eftá : e ’nifto conhecemos que ’nelle '**>
•Gr jM eftamos..................................... J ,
floa. 13 : 6 Aquelle que diz que ’nelle * eftá, f também andar deve como
elle andou.
I. Pedr. 2: 7 Irmaós, g mandamento novo vos naõ efcrévo, fenaó 0 manda
XI. mento antigo , que ja desd’o principio tiveftes. Efte mandamento
í 1.7°£ ’• antigo he a palavra que defd’o principio ouviftes.
hjoa. IJ :
8 Outra vez h hum mandamento novo vos efcrévo : [que] o que
34. ’nelle verdadeiro hep também em vos outros [0Jeja]: porqueastre-
J15: n. vas paflaó , eja a verdadeira lu£ alumia.
9 Aquelle que diz que em a luz eftá, e a feu irmaó aborrece, até •
agora em trevas eftá.
11. Joa* 3♦ 10 í Aquelle que a feu irmaó ama k cm a luz eftá, e ^nelle efcan-
I4- dalo naó ha.
* 7»*-
12 • 11 Mas aqútlle que a feu irmaó aborrece, em trevas eftá, eem
35- trevas anda, c pera onde va naó fabe: porque as trevas ps olhos lhe
cegáraó. . •
Iluc.ha’/- ii zFilhinhos, efcrévo vos, porque por feu nome os pecados vos
^í?.4: ii« faó perdoados. .
í‘I3->4. j* paeS) efcrévo vos, porque ja aquelle} conheceftes quedes-
d’o principio he. Mancebos, efcrévo vos , porque jaao malino
venceftes. Filhos, efcrévo vos, porque ja a 0 Pae conheceftes.
*4- Paes, efcrevívos, porque ja [» »quelle} conheceftesque defd’o
principio he. Mancebos, efcrevívos, porque fortes iois , e a pa- .
lavra de Deus em vos eftá, c ja a o malino venceftes.
m Naõ ameis a 0 mundo, nem as coufas que ’no mundo ha:
2. * fe alguém a 0 mundo ama, 0 amor d’o Pae melle naó eftá. -
»Ga/r>o 10 Porque tudo 0 que ’no mundo ha, a concupifcencia
Ucob. 4:4.. (fa carne, e a concupifcencia d’os olhos, e a arrogancia n'a vida,
naó he d’o Pae, mas he d’o mundo.
17 " E 0 mundo paílà, e fua concupifcencia : mas aquelle que
i "còr.q-.ti.a vontade de Deus fez, para fémpre permanece.
1: só- Filhinhos, ja a ultima hora he: p e como ja ouviftes que o
• 4; u. Antichrifto vém, também ja agora muytos Antichriftos teito
1. 'feír 4 fe tem : por onde conhecémos que ja a ultima hora he. <
24‘ .. «9 5 De nos fe feíraó, porém de nos naó craó: porque fe de nos ’
r , * iorao |
I.The^M tPA4D1». JKMip, j
/ 1
9 DE S. J O A O. Cap. II.
íorao nofco fe
fôraó,5 com noíco ficariaó 5$ T'■ mas \jjto
íc ncariao peraque fe manifcftas- M.Cvrni
\jfto ce j pcia^ucÁCHAÂiuicxias-
que nem todos dc nos naófaó. I?>
10 /'Mas vos outros a unçaó d’o Sanóto tendes, e todas as coufas /P/451 ‘ S-
íâbeis.
« Naó vos efereví porque a verdade naõ foubêífeis 5 mas por- j??
.quanto a fabeis, e porque nenhuã mentira d’a verdade he. * * ’
ia Quem he o mentirofo, fenaó aquelle que nega que Jefus 0
Chrifto hé ? Aquelle he o Antichrifto , que a 0 Pae, e a 0 Filho
nega.
t Qualquer que a o Filho nega,, também ao Pae naó tem. tLuc.11».
14 Portanto 0 que defd’o principio ouviftes, cm vosoutros per- *• K». »:
manéça. Se o que defd’o principio ouviíles, em vosoutros per- Il<
• \ manecer, também em 0 Filho e em o Pae permanecereis. .
E efta a promefla he , que elle nos prometeu, [«/ríw] a vi
da eterna.
M Eftas couíàs vos efereví [acerca] d’os que vos englnaó.
unçaó que vos d’elle recebeftes, em vos fica, e necefii- *
dade naó tendes de que alguém vos enfine: antes como a mefma Heh.S^
unçaó [acerca] de todas as coufas vos enfina, [ajjl] também he
verdadeira, e mentiranaó he; ecomoellavos enfinou, f/#j'’nelle
ficareis. ■
a® E agora, filhinhos, ’nelle permanecei: «peraque, quando fe xMarc.S:
r
Zzz
X
Capitulo III.
I Aponta o Apoflolo a dignidade d3os fieis > que filhos de Deus fao ainda que fita
gloria nao ferá perfeitamente manifeíta > Jènaô em a vinda de Chrifto* 3 £
oMQefta os que a fi mesmos purfiquem. Pelo qualfim Chrifio fie manifeslou,
7 §die tor efi* coufi3- os fi^os de ®eH5 e °ç filh°s de Diabo fie differenciao,
9 Porquanto os filhos de Deus a 0 pecar nao fie entrega 0» il^Ãmoefia os iai-
bem que huns a os outros amem, 1* E 0 exemplo de Caim fu^ao 14 Enfin*
que a caridade he 0 verdadeiro final que d?a morte livrados fomos ? e que 0 que
a feu proximo aborrece perante Deus homicida he* l6 Propoem 0 amor de,Ckri~ .
fio pera com nosco ? e amoefia nos de imitalo ,• 17 Nao fó com palavras fenai
com obras e verdade > 19 Enfinando que cfahi de mais em mais fie nos. affiegura
que verdadeiros Chrifiabs fomos > 11 E que noffas orafoens de Deus ouvidas
ferdõ, zj efie he ofumario dlos mandamentos de Chrifio 3 crérem elle e a feu.
proximo amar* 24 Nw fazendo ifio temos cõmunbaõ com elle e dfijfo por fèu
Efipirito San fio affegurados fomos •
f -• x’
* /
, fua fcmente ’nelle permanécc 5 c pecar naõ pode, porque nadido -- T. ■>
de Deus he.
10 ’Nifto fam os filhos de Deus e os filhos d’o diabo manifeftos.
Qualquer que juftiça naõ obra, e a feu irmaó naó ama, de Deus
naõ he^
11 Porque cila he a denunciaçaõ que defd’o principio ouviítcs, „ „
lque huns a os outros nos amemos. Ifoa.X^.
12 Naó como »»Caim, [?ue] d’o malino éra, e a feu irmaó ma-
tou. E porque caufa o matou ? » Porque fu as obras maas éraó, c x. jog. 3:
as de feu irmaó, juílas. tj.
13 0 Meus irmaõs, naó vos maravilheis fe 0 mundo vos aborrece. «GíM:S-
14 $ Bem fabemos que ja d’a morte á vida paliámos, porquanto ã I1;
. . os irmaõs amamos. Quem a [feu] irmaó naó ama , ’na morteç.' ■
15 Qualquer que a feu irmaó aborrece , homicida hc. 7 E bem.
fabeis vos que nenhum homicida cm fi permanecente a vida eterna * 1. fofas
tem. , , 10.
i<s r ’Nifto a caridade conhecemos, em quefua vida por nos pós: qMitt. 5:
- e. ’nos [também] as vidas polos irmaõs pór devemos. • y- .
. 17 / Quem pois 0 bem d’o mundo tiver, c a feu irmaó vir neceffi-
dade * paliar, e fuas entranhas lhe cerrar, como a caridade de Deus r
’nelleeítá? ' ..‘Èph^'-1'
18 Meus filhinhos, naõ amemos de palavra, nem de lingoà, lc- fDevt.is:
naó de obra e de verdade. 7-
19 E ’nifto conhccémos que d’a verdade fomos, e diante d’elle LX3;I1*
noflos coraçoês affcgurarémos. I^.2.H»
20 Que fc nofío coraçaó [»<w] condena, mayor he Deus que u,>
noffo coraçaó , e todas as coufas conhece.
ai Amados , fe noffo coraçaó nos naõ condena , confiança
pera com Deus temos.
a* rE qualquer coufa que pedimos d’clle a recebemos: porquanto *
feus mandamentos guardamos, c as coufas perante cllc agradaveis »
fcémos.
23 » E efte feu mandamento he, que em o nome defeuFilho Jefu ^ar(t *IX;
Chriíio creâmos, » c huns a os outros nos amemos, como 0 man- 24.
damento nos déu. Luc. 11:9.
24 y E aquellc que feus mandamentos guarda, ’nelle eftá, e elle loí- W1
Zzz 2 ’nelle T
á kâcob»
1 Uflí. ÇiH. » e 17»JÍ x Lev. 19:18. Matt.n: 39. 5:2*
I l,Pr/r.4:8. I.^£4:21. _/Jff/.14:23, 1.^/ 4512, •
4»
5»
I. EPISTOLA UNIVEJtSAL *
’nelle. E ’nifto conhecemos que ellc cm nos eflá, pelo
Efpirito que dado nos tem.
Capitulo IV.
X Avifa o Aptâolo outra vez a os fieis d’os falfos doutores. 2 Que defcrêve
4 E confiola os contra o engano delles com o dom d’a regeneraçaõ que recebéraõ >
6 Amoeftando os de *na doutrina d"os Ap o[tolos canfiantemente ficarem. 7 Des-
pois- outra vez vém a as amoefiações pera mutua caridade , que he 0 verdadeiro
final d'a verdadeira regeneração. 9 E pera este fim lhes propoem 0 exemplo de
Deus e feu mais grande amor pera com nejee. II Enfina qued^ahi por feuEJpi*
rito de nofia cômunkac com Deus afiegurados fomos• 14 Como taõhem quando
confefidmos que Jefus * Salvador d’o mundo e 0 Filho de Deus he. 16 Que pe~.
. la caridade em Deus ficamos > e oufadia em 0 dia de juízo temos. 18 Que ella 0 • *
medo da condenação > e 0 tormento d’o animo > fora de nos lança* 20 Que a Deus
amar na» podemos > fe a nofio proximo nao amamos , 21 Porquanto ambos efiet
mandamentos fontamestte nos dados faõ.
»ler.19 S.1 A maà°s, 6 naó C1'çaes a todo efpirito, b mas provada os efpi-
Mati.24 «. X ritos fe faõ de Deus: c porque ja muytos falfos prophetas ?no
5 •. mundo faido tem.
Cvh/f.i-.it. 2 ’N ifto a o Efpirito de Deus * conhecereis. Todo efpirito que
bM^tt. 7: confefla qUe Jefu Chrifto em a carne veyo , dc Deus he:
. 3 E todo efpirito que naó confefla que Jefu Chrifto em a carne
' ’4* veyo, dcDeusnaóhe: ■’ e* tal he o [e/piríra] d’o Antichrifto, * d’o
29
1. Tr:e/T. 5: qual ia puviftes que ha de vir, e f ja agora ’no mundo eftá.
ii. 4 Filhinhos, deDeusfois, e ja vencido os tendes : porque ma-
:Matt. t4: yor he o que eftà em vos d’o que o que 5no mundo eftá.'
s -4. 5 D’o mundo fam, por iíTo d’o mundo faliam , c o mundo os
2 Pear.2.1 ou,.ç
•Óu4O*'l 6 ' Nosourros de Deus fomos. Aquelle que a Deus conhece,
■e
(r,j ' nos ouve : aquelle que dc Deus naó he, nos naô ouve. ’Nifto co-
di.joái: nheccmos nos a o Elpirito d;a verdade, e a o efpirito dfo error._
ii. 7 Amados, amemos nos huns a os outros : porque a caridade
* Ou, t?f. he de Deus: e qualquer que ama, he nacido de Deus, e a Deus
íI-rw 2'conhece. ■
f r- S Aquelle que naó ama, a Deus conhecido naó tem: porque
Deus caridade he.
<r S :’ 9 h ’Nifto fe manifèftou a caridade dc Deus pera com nofco, que
‘eiozx?' DCUS
h J*S. 3! 16. jíf/s.j; s
DE S. JOAO. Cap.IV.
Deus a feu Filho unigénito a o inundo enviou,- peraque p^eíle
viveífemos. 'í
10 ’Nifto eftá a caridade, naõ que nos a Deus amado ajamos,
i mas que elle a nos [w,] amou , c a ícu Filho k [jw] propiciaçaô
por noffbs pecados enviou. cnr.T*
n Amados, ie Deus affi nos amou, também hús a os outros
amar nos devemos. ■ i.W.zii'.
111 Ninguém a Deus ja mais viu: » fe huns a os outros nosama- lEx«d i j;
mos, em nos Deus eftá,e em nos fua caridade perfeita he. ao.
ij ’Nifto conhecemos que’nelleeftamos, e elle em nos,porquan-
to de feu Efpirito nos déu. •x8,
14 E vimólo,- e teftificamos que o Pae a [/«■«] Filho [/«rl Sal-1*-2”*X:
vador ao munao enviou. t6z 16-
‘ • 15 Qualquer que confefiàr que Jefus o Filho de Deus he, Deus mi.Joí j;
’nelle eftá, e elle em Deus. • M»
i6 E ja conhecemos e cremos o amor que Deus nos tem. Deus
he caridade : e quem em caridade eftá, em Deus eftá , eDeus
’nelle. • ' .
, 17 ’Niftò he a caridade para com nofco perfeita, peraque em o
dia d’o juizo confiança tenhamos y [a jWer jque qual elle he,-
fomos nos também ’nefte mundo. .V
Zzz 1 Ca-*
V
1 EPISTOLA UNIVERSAL
i
Capitulo V»
I Pmw ainda 9 Apoflolo que 0 amor de Deus e dds filhos de Deus fempre
ajuntar fe devem. 3 £ enflna que 0 amor de Deus fe moftra pel0 guardar de
feus mandamentos e vencer dlo mundo > e que os regenerados pela fe cm Jefus
Chrifto fazem. 6 Prova que effe he o Pilho de Deus e Salvador dfo mundo por
deus laya de teftimunhos 3 3no ceo > do dia Trindade ; $ 3Na terra ? /z? d’a
E/pirito 3 da agoa e d’o fangue > 9 E enfna que effes teftimunhos aceitar de
vemos y ou que d?outra maneira aDeus mentirofo fazemos* II Mas que os que os
aceitaõ por Jefu Chrifo a vida eternatem $ 14 Como tachem a confiança que
por fuas oraçoens de Deus alcanfardõ 3 tudo quanto lhes para Çalvaçaô neceffaria
he. 16 JE ijfo naó fomente pera ft mesmos •> mas taòhem pera feu irmaò s que
pera morte nao peca. 18 Enfinando que os regenerados 'nejte pecado naó cayao,
forquanto hem e direitamente a Deus > e a Jeu Pilho Jefu Qhrifio 3 conhecem e
Jnede efldo. 21 Pinalmente amoefia a os fieis que d’os ídolos fe guardem^
*
aloa.íli^ 1 a npodo aquelle que cré que Jefus o Chrifto he, de Deus he na«
■*■ eido: e todo aquelle que ama a o que gerou, também ama
a o que d’elle nacido he. • '
2 \Nifto conhecemos que a os filhos de Deus amamos, quando a-
mamos a Deus, e feus mandamentos guardamos:
í JoS. 14 3 £ Porque efta he a caridade de Deus , que feus mandamentos
15- guardemos: c e feus mandamentos * difficeis naó fam.
f ■$'Io; 4 Porque tudo o que nacido de Deus he, a o mundo vence : de
i. a vjt01qa qUC a 0 mundo vence, [mw afaber] noflà fé.
* Ou,Li- e Q.uem he aquelle que a o mundo vence, f ícnaó aquelle que
cré que Jefus 0 Filho de Deus he?
ijoa. : 6 Elle he aquelle que por agoa e langue veyo, [afaber j Jefus o
3V Chrifto : naó fó por agoa, fenaõ por agoa e [por] fangue. Eo
e 1-<-£,r-I5- Efpírito he o que teftifica, que o Efpirito a verdade he.
/ 4: 7 Porque tres fam os que teftificam ’no ceo, o Pae, aPalavra, e
f ' 0 Efpirito Saneio : e eftes tres faó hum.
8 E tres fam os que teftificam ’na terra, o Efpirito , e a Agoa,
c o Sangue : e eftes tres * em hum convém.
* Ou, para 9 g Seo teftimunho d’os homens recebemos, o teftimunho de
humjai. £)eus he mayor: porque efte he o teftimunho de Deus, que de leu
{^■S: 37- FiJho tcftificou.
W.3.J6. 10 h Quem ’no Filho de Deus cré, em fi méfmoteftimunhotem:
Rom. S;i6. quem a Deus naó cré, mentirofo o féz : porquanto o teftimunho
Ga/. 4; / nah cr£u qUC j)eus de feú Filho-tcftificou. ’
’ - 21 E
z
I-
DE S. J O A O. Cap. V., _■ /
«
11 E*efie he o teftimunho, , que Deus a vida eterna z .
nos détf: * e efta vida em'feu Filho eftá. . - . >' ije..
12 Quem tem a o Filho, a vida tem: quem a o'Filho de Deus
naõ tem , a vida naó tem.
13 k Eftas coufas vos eícreví f a w ], osque em o nome. d’o Filho * fra. 20t
de Deus credes: peraque faebaes que a vida eterna tendes, e pera 31-
que em o nome d’o Filho de Deus creaes :
14 E efta he a confiança que pera com elle temos , /-que fe aí- Uer.19’^»
guá coufa fegundo fua vontade lhe pedirmos, elle * nola outorga.mm- 7:8.
15 E fe fabemos que tudo o que pedimos nos outorga, eil '•w; '
[tamkm'] fabemos que as petições, que lhe. pedimos, as alcança- 11:
•«DOS. _ ? Jj6C.lT't<9‘
«
16 Se alguém a feu irmaõ pecar vir, pecado [$ee] pera morte 14 :
' naõ [he>a jorará, e a vida lhe dará, a aquelles [digo] qucpera ij.
mortq naó pecarem, m Pecado ha pera morte, polo qual naõ digo ' * 15 • 7*
que ore. . e *Ó!
17 » Toda iniquidade hé pecado: porém pecado*ha [^ue] para j
morte naó{*e]. 22. *
18 e Bem fabemos que todo aquelle que dè Deus nacido he, naó * Ou , %os
peca: mas o que de Deus he gerado, a fi mefmo fe conferva, e o owvel
Malino lhe naõ toca.
19 Bem fabemos [raméem] que de Deus fomos, e que todo -o
mundo * em a maldade jaz.
20 Porém ^taméem] fabemos que ja o Filho de Deus vindo he, Maíft Ii: .
? e entendimento nos déu , pera a 0 Verdadeiro conhecer; e ’no ji.
Verdadeiro cftamos, [a fáer] emfeu Filho JefuChrifto. f Éíie he Marc.^i^
o verdadeiro Deus, ea vida eterna. Z»«.n: io.
ai Filhinhos, guardac vos a vos mefmos * d’as imagens. Amen.
Eir» eta primeira Epifie/a Univerfal /o AptfMo S. Jtai, 2. Peitr. 2-í
»o.
61. Joa.l :<>. *0u, ‘nomaly ou» ’rw malin». p Lite. 24: 45• f ?>%• ? • 5* * I.IrájM»
*44-*4- w. 5:5. I. lím. 21 16. * Oa; > «« >d>-
Jeã.f.il, Rtm.9'.^.
lês* 0Uj femelhaxpas. V.,
a
L'4
SEGUNDA EPISTOLA
D‘ o
APOSTOLO S. JOAO.
i f""\ Anciaó á Senhora eleita , e a feus filhos, a os quaes em
■ ■ verdade amo : e naõ fomente eu , mas também todos os .
X que a verdade conhecido tem :
i Por amor d’a verdade que em nos eftá, c com nofco pera fem-
pre eftará:
3 Graça , ipiíericordia , [ej paz de Deus Pae, e d’o Senhor Je»
fu Chrifto , o Filho d’o Pae, cóm vofco em verdade e caridade
feja. •
4 Muyto me alegrei por achar que de teus filhos em a
verdade andam, como o mandamento d’o Pae recebemos.
«i.Im.í:;. <j g ag0ra } Senhora, te rogo , « naó como eferevendo te hum
, . novo mandamento, mas o que dcfd’o principio tivemos, [afáer]
que huns a os outros nos amemos.
; j.u. ' i* (E eftá he a caridade, que fegundo feus mandamentos andé-
346*10
12
11
Eph. 5 1* mos. Efte he 0 mandamento, como ja defd’o principio ouviftes,
i.r-r/4-9. [«/àíerj que’nclle andeis.
i. Pedr. 4; 7 d Porque ja muytos enganadores ’no mundo entráraó, os quaes
s- naó confcflaó que Jefu Chrifto em a carne veyo. Efte [tó] he 0
Enganador e o Antichrifto.
♦ s Olhae por vos mefmós, peraque o que ja trabalhamos, naõ
d Atozr. 24! Percamos > antes 0 inteiro galardaõ recebamos.
5.24. ' 9 Todo aquelle que * prevarica, e ’ná doutrina de Chrifto naó
t.Pedr.i:i. perfevéra, a Deus naó tem: quem ’na doutrina de Chrifto perfcvé-
1. W4 i ra? 0 tai afli a o Pae, cómo a e Filho tem.
10 e Se alguém a vosoutros vém, e efta doutrina naõ traz, em
difvKK
cafao naó recebaes, * nem taô pouco o faudeis.
9 Rom. 161
11 Porque quem 0 faúda, com fuas más obras communíca., *
r. 9
12 Muytas coufàs tenhoque vos eferever, porém compaptl e tin
ta
X/LJ. ÀQ.
/
' —” -^ ' • T t '^i. S^,
I • ■ ’ y -
\ • ’■ ■ ■ •' _ "u?^-
t DE S. J O A o. .^/A'
ta naõ quis: mas a vosoutros efpéro vir, e de bocaa^mbá^ w]
fallar, peraque noflo gozo fe cumpra.
jx Õs filhos de tua írrnaá, a eleita, te faúdam. Amen. d
TERCEIRA EPISTOLA
EPISTOLA UNIVERSAL
D’ O ’
/j
/
4
_______ __ -___
55? EVIST. UNIVERSAL DE S. JUDAS. #
2: luas concupifcenci.as andando : « e fua boca coulas muy arrogantes
falia : por caufa de proveito as pefloãs admirando.
>7 Mas vosoutros , amados, lembraevos d’as palavras que pelos
**
Apoftolos de noffo SenhorJeiu Chrifto preditas foraõ:
l ff
ou, que iS * Como vos diziaô y -Que ’no ultimo tempo elcarnecedores
20 •avcr^ , que fegundo luas impias concupifcencias andariaó.
, ’ * 19 Eftes fam os que a fi mefmos fe iepáraó , J *fenfuacs,
1. 7iw.4ii.que ° Efpirito naô tem.
2. Tim.y.i. 2o Mas vosoutros , amados, a vosmefmos fobre voffafanctiffima
M: j- fé vos edificae , 'em o Eipirito Sanéto orando.
2.Pear.z:i. XI vos mefmos cm a caridade de Deus vos confervac , a mife-
ricordia de noffo Senhor Jefu Chrifto pera a vida eterna efperando*
tur»es ' 21 E d’os huns affi vos apiedae , * ufando de diferiçaó:
ou , eni- 2* 3 Mas a os outros por temor falvae , e d’o fogo os arrebatae >
maes. e até & roupa d’a carne manchada aborrecei.
* Ou, dif- 24 Ora a aquelle que poderoío he pera de tropeçar vos guardar,
fcrença c C0Jtn a]cgrja perante fua gloria irreprenfiveis vos aprefentar:
fabio Deus noffo Salvador, feja gloria e mlgeftade ,
2- ' ' força c potência, affi agora como pera todo lempre. Amea.
í.Twauiiy.
* *-«•>« _ . ✓> 9 • Z> « 9
Vim d9a univerfal d’o Apoffelo S. Judas*
APOCALIPSE ou.REVELACAÕ
■c
D’ O
O THEOLOGO.
dejcréve. 9 Propoem desfeis a revelaçao rnefma > e declara feu nome e aonde
efiava quindo efta revelaçaõ lhe feita foy 5 H E relata a voz daquelle que
e/crever lhe mandou. 12 Defcréve despois a primeira vifaò d"os fete caftiçaes
de ouro s 1$ £ d9a pejfoa de Chrifto cm hua gloriofiffima forma. 17 Relata
Jeu efpanto Jobre efia vifao , e 0 conforto lhe por Chrifio feito* 19 Recebe or
dem pera efcrever$. 20 £ declarapaô que J^ftlas fete eftrelias e fete cafiipaet
fignifica*
■1 " - —
1 ■ -
!1 evelaçaó de Jefu Chrifio, a qual Deus lhe deu, per* *
feus fervos moftrar as couías que breveméte devem acon-
. tecer: c por feu Anjo as enviou, e a J oaó leu fervo as
♦ notificou:
| 2 O qual d’a Palavra de Deus e d’o tefiimunho de Jefu Chrifio, vifice».
!e de tudo quanto viu, tefiificou.
1 ? a Bemaventurado aquelle que lé, e os que ouvem as palavras * Apoc. 22:
d?efia Prophecia, e guardam as coufàs que ’nella cftam Kl» efcritas: 7-
í Porque o tempo eftá perto. iApoe.22*
4 Joaô ás fete Igrejas que em Afia eftáó : Graça e paz feja com
vefco d’a parte d’aqueile # Quehe eQue éra eQue ha de vir: e d’os t ev<iz «
fete Êfpiritos que diante de feu throno eftám: 14.
14.
5 E de Jefu Chrifio, que he a fiel teftimunha, * o primogeni- Apae J
to d’os mortos, e o Princepc d’ós Rcys d’a terra. A aquelle que *4:í-
Aaaa J noa elf: 17,
* • ‘ i «
& APOCALIPSE
/ AH. 20: nos atnou, e de noífos pecados/em feu fangue nos lavou, >
„1/’ 6 E g Revs e A Sacerdotes para Deus e ieu Pae nos fez : A elle < ,
Hebr 9.12. r • 1 • a
leja a gloria e a potência para todo fempre. Amen.
i.Pedr í:i9. 7 Eisque f com asnuveis vém , e todo olho o verá , até os mes-<
i. loã. 1:7 mos k que o * traspaífáram: c todas as tribus d’a terra fobre elle la-
Ano:, s 9. mentaráó : Si, Amen.
e i.Sedr.i: s l Eu fou o * Alpha e Omega, o principio, e o fim, diz o Se
9. nhor, Que he e Que éra e Que ha,de vir, o Todopoderofo.
Apoc, 5 ’ j o.
kRom.\2:i.
9 Eujoaó, que também voífoirmaô, e * companheiro fou, ’na
I JW.-.2;$. affliçaó,
“ e’noReyno, e [w] paciência de Jefu Chrifto, eftáva
i Dan-T-U.6. ’na ilha chamada Patmos, pola palavra de Deus, e polo teftim unho
Matt. 24: de Jelu Chrifto.
3°. Jo [£] hum dia d’o * Senhor, w cmefpirito [arrebatado] fuy > e
I
ex5- JT- de tras de my huã grande voz, como de trombeta, ouvi,
X“? iV? : ri. 11 Que dizia: Eu fou o Alpha e Omega , o primeiro c o derra-
j. Io u deiro: ee q
dejpç. Oq Ue v
que 's em
ves hum ]j
em jjyjjj livro fcr^VCí ee £ass fíete
vr0 oo cefereve, ece Igrejas^,
Igrejas, que
que
i.ThíT. 1: em Afia eftáõ o envia, faber~\ a Ephefo, e a Smyrna, e a Perga-l
10. mo,
; eaThyatira, eaSardo, e a Philadelphia, eaLaftdicea.
llíd 14- 12 1 E virei me pera vér a voz que comigo fallára e virandome,
■ Zl _ — —- — — J— - — -- ~ y 9
10.
i2 E ’no meyo d’os fete caftiçaes hum «ao Filho d’o homem fe-
loa, 19 • 3 7»
* Ou.-tra~ melhante, veftido até os pés de hu veftidocomprido, c »pelospei-
•vejfáraõ.ie tos com hum cinto de ouro cingido:
I ify 4'< 4 14. E fua cabeça e [feus] cabellos éraõ brancos como plaãbranca,
e4r: 6. como a neve: j ê léus olhos como flama de fogo: I
I
d’as fete Igrejas: e os íete caiiiçaes que vifte, as fete Igrejas íaõ. .
tftdoí
yAfalachte
Capitulo II.
I Manda Chrijlo a JoaÕ eferever primeiramente a o Anjo (Pa Igreja de Ephefa*
2 Cuja folicitidaõ em naõ jofrindo a os maos, e outras diverfas virtudes, louva»
4 Reprende toda via feu deixar de__feu primeiro zelo e caridade. 7 Promete
pois que a os vencedores dará de comer d'a arvore d*a vida. 8 Segundamente a
0 da de Smyrna, louvando 0 juntamente porviade muytas virtudes Io Porém
avifa 0 d9as affliçaes que lhes aviao de fcbrevir, com promejfa d‘a coroa d3a vida
a os vencedores. 12 Terceiramente a 0 d9a de Pergamo, cuja confiancia9nas af-
fliçoens louva, toda via reprende júa floxidaõ contra os que a doutrina de Bala dm
a d9ps Nicofyitas feguiaÕ; Ij Promete pois a os vencedores 0 mana efeondido 5 e
0 feixinho branco. 18 Qgartarnente a 0 d3a de Thyatira 1 cujo acrecentanrento3no
bem louva 4 2o Porém refrende que a mulher Jezabel profetizar deixava >
22 Ameaçando a com feus difcipulos e filhos com grandes cafiigos» 24 Avifa
despois a os que effas profundezas de Satanás naõ feguiao , que retenhao 0 que
tem 4 16 E promete a 0 que vence que lhe poder fobre as gentes e a eftrella
dia alva dará»
if
Capitulo III.
I Manda Ckrijla que a quinta carta a a An]o tfa lgre]a de Sardo fe efiréval
2 A quem desperta pera major vigilância e Jolicitidao. 3 D9outra 'maneira
ameaça de vir a élle como 0 ladrao d1a noite, 4 Promete a os que feus veftidos
contaminados naõ tem > que com eUe andarão e que feus nomes d*o livro ía vida
naõ rifearã, 7 Manda despois a feifia carta a 0 Anjo d:a Igreja de Philadelphia
efcr<ver 1 $ Cuya confiancia louva > 9 E promete que ffudeos virão e diante
de Jéus pés adorarão^ e que elle ofna tentaçaõ guardarei 12 Promete que ao
vencedor coluia em 0 Templo de Deus e morador d9a nova Jerufalem fará,
I4 Manda ultimamente a fettma carta eferever a 0 Anjo de Ldodicea* If Cu*
ja mornidaõy 17 JE vad gloria d9as riquezas reprende* li E aconfelha 0 de
comprar ouro pelo fogo provado j e veftidos e colyrto, 2o Teftifica. qúe bate ã
porta e promete a 0 vencedor que lhe_ de affentar a fua me/a e em Jeu throno
dará,
Cafitulo IV.
1 DestFaqui até o fetlmo capitulo a fegunda vifio fe defrêve a e comprende em fi
a primeira profecia d345*as coujds que for adiante aviai de acontecer, 1 Em que
' fi pnmeiramerte reprefenta a o. Apofolo hum throno real9no ceo aberto 5 $ E
a gloria de Deus que fejobre o throno ajftntava\ 4 Despois vinte e quatro
Anciãos coroados e ofertados a 0 redor dfi throno com trovoens 3 relâmpagos
o tampadas ardentes, 6 E hum mar de vidro e quatro animaes com mujtos
r
Mos e ajas, q Einalmente fe relata a cantiga que os quatro animaes e vinte e
quatro Anciãos a Deus cantdrao.
*
APOCALIPSE
< Aftc. i$: 6 E diante d’o'throno * hum mar de vidro avia, a o criítalfeme-
a- lhanre. E ’no ineyo d’o throno , e a o redór d’o throno, quatro
animaes por diante, e por de tras, de olhos cheyos. .
7 E éra o primeiro animal femelhante a hum leaó , e o fegundo 1
animal femelhante a hum bezerro, e tinha o terceiro animal orofto
como de homem , e éra o quarto animal femelhante a huâ aguia
volante.
8 E os quatro Animaes cadahum de por fi feis afas a o redór ti-
nhaó , e por dentro cheyos de olhos eftávaô : e repoulb dia nem
t jfcy fc ?• noite naó tem, dizendo, b Sanéto , Sancto , Sandto he o Senhor
Deus, o Todopoderofo, <■ Que éra e Que hee Que ha de vir.
8' 9 E quando os Animaes gloria, e honra, e fàzimento de graças
* ié"; 5* davam a 0 que fobre o throno affentado cftáva, a o que pera todo
fempre vive :
JO [os vinte e quatro Anciaós fe poftrávaó diante d’o que
fobre o throno aflentado eftáva, e a o que pera todo fempre vive
adoravam, e futs coroas diante d’o throno lançavam, dizendo,
dAw- $: ii d Digno es, Senhor, de gloria, e honra, e poteifciarecebé-_
J2- res: porque tu todas as coufas criafte , e por tua vontade fam , e
criadas fóram.
Capitulo V.
I Despeis tl'a deftriptta /o que eftava aflentado fobre » tkronSy relata o Apofle-
lo as propriedades d’o livro fellado que em Jua mao eftáva > g E vifto que ne-
nkud criatura nem 9no ceo nem 9 na terra podia o abrir 3 $ Eis que e lea.o ía
tribu de Juda jo para i]fo digno fe declãva ; 7 ^ue 0 livro de fua maõ toma»
$ Polo que os quatro animaes com os vinte t quatro Anciaós fua dignidade lou-
vaõ. ii Que a multidão d9os Anjos com feu cântico taobemreconhecem. Ij E
todas as criaturas ajji ceo como 9na terra juntamente com elies apróvaÕ,
z
?6S apocalipse
e
Capitulo VI. > ■
I Abre fe tf primeiro fello e hum cavallo branco /ê vê > febre & qual
vence ajfentado eftá. J Despois o Jégundo Jello fe abre e hum cavallo verme*
lho fee , febre o qual hum 9 que tira a paz dia terra » ajfentado eslâ*
Ç Abre fe o terceiro fello > e hum cavallo preto fe vé > febre o qual hum
tom hua balança 3na maÕ ajfentado eftâ. 7 Abrefe 0 quarto Jello e hum cavallo
amardlo fae $ [obre 0 qual a morte ajfentada efta. 9 Despois fe abre 0
quinto Jello 3 e as almas de baixo dJo altar a Deus bradaò e Je conjálao.
12 Vltimamente fe abre 0 feitio fello > e grandes finaes affí no ceo como 'na
tirra Jeguem, 15 D3os quaes toda forte de homens fe efeantai e pede que as
rochas d?a ira d’o cordeiro os efcòndaí.
C a p 1 t v l a VIL
1 Vé faio quatro An^os , 4 quem era dada potestade fera feb reter cfos ventes
a terra dano fazer ; X Eoutço Anjo tendo 0 fello de Deus ? que lhes 0 impede?
ate que todos os fervos de Deus ajjinálados fáraÕ 4 Cujo numero he cento e
quarenta e quatro mil de todas as tribus de ifrael. q Despois vehua multidão
innwrreraveL de todas as naçoens que efiavao -diante d*o throno e do cordeiro»
io 4 Deus louvores cantaô. II O que tacbem os Anjos e os quatro ani»
maes e os vinte e quatro Anciãos com fita cantiga fazem* I3 Jom de hum d?os
vinte e quatro Anciaês informapaô recebe quem fad os que em vejiidos broncos
afareciaõ s iq Ei em que fua bemaventuraufa d3elles conjiffe*
Capitulo VIII. %
4
I Abrefe 0 [etimo fello, e fegue filencio em o ceo. 1 E despois d?efte filencio fete
Anjos cem fete trombetas fe vêm* 3 Aparéce pois primeiro outro Anjo
que perfumes fobre 0 Altar’de ouro junto ás oraçoens d3os Sanãos poém. 5 Em*
che despois 0 thuribulo d!o fogo do Altar e fobre a terra 0 lança. 7 Eeita
ijfo f toca 0 primeiro Anjo a trombeta > S E 0 fegundo « e feguem ccujas
horríveis. lo Despois 0 terceiro Anjo toca a trombeta e hua Ef relia chamada
Abfynthio fae ao ceo 9nas agoas. IX U’ltimamente toca 0 quarto Anjo a trom*
beta e a terceira parte dfo Sol d9a Lua e das eftrellas fe efcuréce. E des~ -
pois dffio outro Anjo brada Ay > por cau/à d3as plagas das tres> feguintes
trombetas.
1 "C avendo aberto 0 fctimo ícllo', filencio emo ceo, quafi por
meya hora, fe fez. / '
2 Eaosfcte Anjos ví, que diante de Deus eftávaó: e fere trom
betas fe lhes déraó. .
3 E veyo outro Anjo, e junto a 0 altar fe pós , [’ím hum
* thuribulo de ouro tendo: e muytos perfumes fe lhe dérãó , pera * Ou, «»-
[com] a as oraçoés de todos os fanétos os pór fobrc o altar de ou- ceufarío.
ro, que diante d’o throno eftá. *Apoc. 5:
4 b E 0 fumo d’os perfumes [juntammte com] as oraçoés d’os ian- , pSi .
étos, defd’a maó d’o Anjo até diante de Deus fubiu. .j.141.2.
5 E 0 Anjo o thuribulo tomou , e d’o fogo d’o altar o encheu,
e fobre a terra o lançou : e vozes, etrovoens, erclam pagos, c
terremotos fe fizéraô.
,6 E os fete Anjos, que as fete trombetas tinhaô, pérà as toca- -- i >z-
rem fe preparáraó.
7 E o primeiro Anjo fua trombeta tocou, efaraívae fogo meftu-
rado com íàngue houve, e ’na terra lançados fóraó : e a terceir#
[farte] d as arvores fe queimou, e toda a erva verde queimada foy. 1
Cccc • • í'E '
i 9
11 ?>■
572
APOCALIPSE
s E o fegundo Anjo fua trombeta tocou : e [W cw/âj , como
hum grande monte em fogo ardendo ’no mar lançada foy : e a ter
ceira d’o mar em fangue fe tornou. /
9 E a terceira jjwíe] d’as criaturas que ’no mar vidatínhaó mor-
réu : c a terceira d’as naos fe perdeu.
10 E o terceiro Anjo fua trombéta tocou , e d’o ceo cahiu huã
grande eftreila como huã tocha ardendo , e ’na terceira [parte] d’os
rios , e ’nas fontes d’as agoas , cahiu.
* Ou, Lof- 11 £ o nome d’a eftreila fe chama *Ablynthio, e a terceira [par-
íe3 d’as agoas em Abíynthio íe tornou : e muytos homens pelas
agoas morréraó, porque amargas fe tornáraó.
ia E o quarto Anjo fua trombéta tocou : e a terceira [parte] d’o
Sol, e a terceira [parte] d’aLua, e a terceira [parte] d’as Eftrellas
ferida foy: peraque a terceira efcurecefle, e a ter
ceira [parte j d’o dia naó alumiaíTe, e femelhantemente £«] d’a
noite.
• ? E olhei, *e a hum Anjo pelo meyo d’o ceo voar ouvi, dizen
do com grande voz : Ay, ay, ay d’os gue fobre a terfa habitam ,
mais vozes * d’as trombetas d’os tres
tocar.
Capitulo IX.
I Toca o quinto Anjo a trombéta t e hua eftreila d?o ceo cae , que a cbawe d'o
abysmo tem^ X D'onde fumo como o de hua fornalha fóbey E dlo fumo ga-
fanhotos faem, que a os homens 3 que o fedo de Deus na o tem 5 ferem, q Defere*
vefè a forma e armadura d’eftes gafanhotos II E o nome de feu Rey Abad*
don. 13 Desfois toca 0 Jeifio Anjo a trombéta 5 e os quatro Anjos junto a 0
rio de Euphrates fe foltaõ e grande multidaõ d*os de cavallo aparece 3 que *
terceira farte d’os homens mata. 10 Todavia despois dlifto nem ainda os ho*
mens de fua idolatria e outros pecados fe convertem*
lyon.
n f Paliado hc ja hum ay 5 eisque ainda, defpois d’ifto, dousx-4?«- 8 •
aysvénn '
13 E o fexto Anjo fua trombeta tocou, e ouvi huã voz d’os qua-
tró cornos d’o altar de ouro , o qual diante de Deus eftáva,
14 Que a o fexto Anjo, que a trombeta tinha, dizia: h A osh Atoe, j:
quatro Anjos iolta, que junto a o grande rio de Euphrates pre-
foseftáó.
15 E foltos os quatro Anjos foram , que preftes pera á hora, e ’
dia, e més, eannoeftávaó, pera a terceira d.’os homens
. marárem,
16 E o numero d’os exercitos d\)s de cavallo.vinte mil dezenas
de dezenas de milhares éra, e o numero d’elles ouvi.
17 E afii a os cavallos ’nefta vilão ví: e os que fobre clles cavai-
gavaó, couraças de Togo , e de * hyacinto, e de enxofre tinham :* Ou, «atf i
e as cabeças d’os cavallos como cabeças de leoés éraó; c de fuas bo- telefte.
cas fogo, e fiimo, e enxofre íahia.
is Por cftcs tres a terceira [parte] d’os homens morta foy, [
CCC 4 Jabcr 3
57^ APOCALIPSE r
pelo fogo', c pelo fumo, e pelo enxofre, que de fuaS boca» (
fahia.
<9 Porque feu poder em fua boca , e em feus rabos ertá-^Por-^
que feus rabos íemelhantes a ferpentes faõ , e cabeças cem ,
cilas danificara.
ao E os de mais homens, que por eftas plagas mortos naó fóraõ,
d’as obras de fuas maõsfenaóarrependéraô, peraaosDemonios, e a
í F/115:4./ os ídolos de ouro , e de prata, e de lataó, e de pedra, c de ma-
$•0-"• deira naó adorarem , quenemvér, nemouvir, nem andar podem:
n g nem de feus homicídios, nem de fuas feitiçarias, nem de
fua fornicaçaó, nem de fuas ladroices, fe arrependeram.
Capitulo X.
I Sendo ja relatadas as plagas que de baixe d‘a feijia trombêta fobre a Chrijlast-
dade d’o Oriente e Poente aviai de vir 3 relata fe ‘nefte Capitulo 0 que para
conjolapai da de baixo d'a mefma trombeta ainda de feguir avia. E pri
meiramente fe vé hum An\o que tom grande gloria d'o ceo dejcenijp com hum li
vrinho aberto ’na mai. 3 Que com grande voz brada > e logo fe ouvem feté
trovoens , tj E jura poloque vive pera todo fempre 1 que mais tempo nai ave-
ría despois que as fte trombetas tocado avtaõ. 8 Dá despots 0 livrinho aber
to a o Apojiolo pera comélo lo O qual em fua boca bem doce , mas em fe»
ventre amargo éra3 ii Declara despois a 0 Apostolo que importava que outra
vez profetizajfe.
1 T? outro forte Anjo ví, que d’o ceo defeendia, de huã nu-
■L' vem vertido : e por cima de • [fua] cabeça o arco celefte
eftáva: c feu rorto como a o Sol éra, e feus pés como b colunas dc
2.
1' 12*4 E em fua maó hum livrinho aberto tinha: e feu pé direito íò-
bre o mar , e o ezquerdo fobre a terra pós.
? E com grande voz clamou, como quando o leaó brama: e
avendo clamado , os fete trovoés fuas v.ozes difleraó.
4 E avendo os fete trovoés fuas vozes dito, eu as ouvera de efere-
eDan S i.6.ver : e huá voz d’o ceo ouvi, que me dizia: « Sclla as coufas que
e 11: 4. os fete trovoés fàlláraõ , e naó as eferévas.
dDan. 11: 5 d E 0 Anjo que fobre o mar e fobre a terra eftar ví, fua ioaó a
7- o ceo levantou,
x 6 E por Aquelle jurou, que pera todo fempre jamais vive^, o
u**qual 0 ceo e as coulas que ’nelle ha, c a terra e as coulas que ’Èc1la
I ha,
i DE S. J O A O. Cap. XI.
j ha,' e mar c as coufas que ’nelle ha criou, t quemaj^ ■tempõnáõe ç*
•averá: _ .
7 Porém [7»#] ’nos dias d’a voz d’o fetimo Anjo, quando fua
tocar, 0 fecreto de Deus fe cumprirá , como a feus fer-
vos os Prophetas [«] denunciou.
Í5 E a voz que eu d’o ceoouvido tinha, comigo a fallar tornou, -
e difle : Vae, e 0 livrinho aberto toma d’a maó d’o Anjo, que
fobre o mar e fobre a terra eftá.
9 E fuy me a o Anjo, dizendo lhe, Dame 0 livrinho. Eclleme
difle: f Toma o, e come 0: e amargo teu ventre-fará , porém em fE%ech. 31
tua boca doce como mel ferá. lt
10 E o livrinho d’a maó d’o Anjo tomei, e 0 comi: e em minha
boca doçe como mel éra: e avendo 0 comido, meu ventre amargo
ficou.
«
11 Eelle me difle: outra vez amuytos povos, enaçoês,
e lingoas, c Reys te importa profetizar.
. Capitulo XI.
I Dafe a 0 Anjo bua cana pera medir o Templo > 2 E nao e patio. $ Dd
Chrifio a fuas duas teftimunhas poder pera profetizar e pligas fobre feus inimi
gos enviar. p A Befia dlo abysmo fiíbe e ás Tefiimunhas maia ,• f Poloque os
povos fe alégr&õ. 11 Mas despois de tres dias e meyo revificao. 12 E a o ceo
jdbem> IJ E entaõ tremor de terra e dano (obre a cidade grande fegue. 1$ To»
ca o fetimo Anjo a trombeta e os Reynos fe redizem a Deus < Chrifio 16 Pa-
loque os vinte e quatro An iaõs louvaò a Deus ; iS E a ira de Deus fobre as
nafoens vêm > mas o preparado galardaò a os SanSos fe dá< I? E o Templo
de Deus 9no ceofe abre.
1 * T? huá cana femelhante a huá vara [<& medir] dada me foy: e «Exarai
Anjo fe chegou, e difle: Lçvantate, e o templodeDcus, i-
e o altar , c os que ’nelle adoram, mede. ; *4i: 4*»
a Porém de fora deixa a o patio que fora d’o templo eftá, e naó 4?’
o medas: porque ás Gentes dado he: c a fanâa cidade por !> qua- í ijr
renta e dous mefes piíaráó. 5-.
3 E [ poder ] á minhas duas teftimunhas darei, e por mil e duzen
tos e feflenta dias, de facos veftidos, profetizarão.
4 fEftas faó as duas oliveiras, e os dous caôiçacs, que diante tZoch^
4’oCcus d’a terra cftáó.
Cccc 3
J «
*
Í76 — APOCALIPSE
• 5 Efe alguém * empecer lhes quifer, fogo de fua boca f«irá , c f
gjgum fa. a feus inimjg0S devorará: e fe alguém empecer lhes quifer, affiim-
zer Ices pOrca gue morto feja. '' _ ^X...
JiRey 17: 6 ^Èftes poder tem pera o ceo cerrar, paraque em os dia^fcúíe
i. prophecia chuva naó chova.: e poder fobre as agoas tem pera e em
eE.xòd-7^. fangue as tornarem, e pera a terracom toda forte de plaga ferirem,
9.10.11. todas quantes vezes quilerem.
fDan.7.2.1. 7 como feu teftimunho acabarem , a Befta, que g d’o abys-
mo i guerra lhes fará,. e os vencerá, e os matará.
poc. ?• j £ £cus CorpOS mortos [jgzeráí] ’na praça d’a grande cidade,
b Apoc 17: que eípiritualmente Sodóma e Egypto fe chama, aonde noílo Se«
z. 5. nhor também crucificado foy.
*iS:io. 9 E [ os ] d’os povos, e tribus, elingoas, enaçoés, feus*cor-
* Gr. cor- pos por tres ^35 c meyo veráó, e naó permitiráó que feus corpos
rX mtf~ P°ft°s em fepulcros fejaó.
* io E os que ’na terra habitam, fobre elles fe gozaram , e fe ale-
graráó , e prefences huns a os outros fe mandaráó: porquanto eíies
dous Prophetas, a os que fobre a terra habitam, atorn^entaraó.
11 E defpois d’aquelles tres dias e meyo, ’nelles o efpirito de vi- ■
da de Deus entrou, e fobre feus pés fe puferaó, e grande temor
fobre os que os viraó cahiu.
11 E huá grande voz d’o ceo ouvíraó, que lfies dizia: Subi cá.
E a o ceo em huã nuvem fubíraó: e feus inimigos os viram.
ij E ’naquella mefma hora hum grande terremoto fe féz, e ade-
*Ouj m- cima E/uríf] d’a cidade cahiu , e ’no terremoto fete mil * homens
mes a: ko- de nome mortos fóram : e os de mais muy atemorizados ficáraõ ,
í zfZaí $ • c Sloria a 0 Deus d’o ceo déraó.
ij. ‘ *♦ Paflado he.o fegundo ay: eisque f o terceiro ay prefto vém.
e ?: 11. H E o fetimo Anjo fua trombeta tocou, e grandes vozes ’no ceo
«15; 1. houve, que diziaó: Os Reynos d’o mundo a noflo Senhor, e a feu
Chrifto reduzidos fam, e pera todo fempre ja mais reynará.
16 E os vinte e quatro Anciaós, que diante de Deus em feus
thronos affentados eftam, fobre feus roftos lc poftráraô , é a Deus '
adoráraó,
17 Dizendo, Graças te damos, Senhor Deus Todopoderofo ,
, lAfoc. 1: k Que he e que éra e Que ha de vir, de que tua grande potência
. tomafte, e reynafte:
rtó; c. 18 Easnaçoés leiráraó, ejatuáifa vinda he, e otempad’os
Y, mortos, peraque julgados fejam , c peia o galardam dáres aUéus
J ler-
DE S. TO A a Cap.XII. , < ^7 '<k
fervos os Prophetas, e a os Sanâos, e a os que teu nome temem,
a pequenos e a grandes: e pera deftruir a os que a terra deftruem.
o templo de Deus 5no^ceo / fe abriu 5 e a Arca de feu con- *T5 ♦
certo em feu templo Ce víu: e relampagos 5 e vozes5 ç trovoese 5*
terremotos, e grande faraiva houve.
Capitulo XII.
X Aparece a o Apoficio bua vifaõ de kua Mulher que cem deres de fartojeSd»
3 E de hum Dragcí vermelho que fe farava diante d3ella peraque em parindo
devorafe a feu Filho} $ Mas o filho fera o Throno de Deusarrebatado he, e a
Mulher fera o deferto foge , aonde fe lhe lugar aparelha mil e duzentos e fefen-
4
ta dias. 7 Faz fe batalha *no ceo entre Michael e 0 Dragao. 9 0 Dragaí
pois vencido e em a terra lançado hè, Io E fegue cântico ’no ceo. 13 Per—
fégue 0 Dragao á mulher > que recebe afas de Aguia fera a 0 deferto fugir♦
15 Dança 0 Dragac após ella rios de agoa , que a terra traga. 17 E 0 Dra-
gaó faz guerra contra os de mais de Jua fervente* IS TB&qfodô 3na borda d?o - ~
mar fe para.
M.
1 p hum grande final ’no ceo fe víu: [a faber~\ huã Mulher d’o
Sol veftida, e a Lua debaixo-de feus pés, c fobre fua cabeça
huã coróa de doze eftrellas: - .
1 E prenhe eftáva, e com dores de parto , e ancias de parir gri
tava. -
j E outro final no ceo fe viu ; e eis que éra hum grande Dra-
gaô vermelho,, que fete cabeças e dez cornos tinha, e fobre luas •
cabeças fere * Diademas.
4 E feu rabo a terceira d’as eitrellas d’o ceo após fi levava, fttt &e~
e fobre a terra as lançou: É o Dragam diante d’a Mulher, que avia Mí*
de parir fe pós: peraque, em parindo, a feu filho devorafle.
♦ 5 E hum Filho macho pariu, * que com vara de ferro todas as y.
Gentes avia deapacentar 5 e feu Filho pera Deus, e [jctw] feu dfoc.vjiT.
« throno arrebatado foy.
ó E a Mulher pera o deferto fogiu, aonde ja lugar preparado de
Deus tinha, peraque lá/ mil e duzentos c íefíenta dias a manti- *
veflena. 3a
Á ."
8 Mas ■ 4 '
“>■ ■-
T7« APOCALIPSE Ç
t Dãnt i *♦ 8 Mas naÕ prevalccéraõ, «nem feu lugar mais em os ceos Te I. ■
35* achou :
d Lac. io;
18. 9 E^lançado foyó grande Dragaó, a Serpente antiga,
Apct. io:2.^a 0 Diabo c Satanás, que a todo o mundo engana, lançado [J/gêj
cm a terra foy, e [tamkm] feus Anjos com elle lançados fóraó.
10 E huá grande voz’noceo ouvi, quedizia: ja agora a falvaçaõ,
e a força , e o Reyno de noflo Deus , e a potência de feu Chriíto
feita eftá : porque ja o acufadór de noflos irmaõs, que diante dc -
noflò Deus dia e noite os acufava, derribado he.
u E elles pelo fangue d’o Cordeiro , e pela palavra de feu tcíii-
munho o vencéraó , c até á morte fuas vidas naó amáraó."
12 e polo que alegraevos ceos, e os que’nelles habitaes. fAyd’os
z/^y.49 n.qUe ’na terra , e '"no mar habitam j porque o Diabo a vosoutros
f Apoc. ® ^defcendéu, e tem grande ira, fabendo que ja pouco tempo tem.
i? E quando o Dragaó viu que em terra lançado fóra, a Mulher
perfcguiu quea^ macho parira.
" o^Apoc.
* 12:‘ M s E á Mulher duas afas de grande agúia fe lhe déraó, peraque
6.
b Apoc. 12:,a odefertoaleulugarvoaífe, aonde fuftentadahe, per tempo, e
6. ’ a metade de tempo, fora d’a viíta d’a Serpente. - '
15 E a Serpente dc fua boca após a Mulher agoa como {<&}
hum rio lançou, peraque pelo rio arrebatar a fizeífe.
16 E a terra á Mulher ajudou, e a terra fua boca abriu, e a o rio
tragou , que o Dragaô de fua boca lançara.
17 E o Dragam contra a Mulher le irou , e guerra a iàzcr fc foy
contra os demais de fua femente, que os mandamentos deDeus gu
ardam , e o teftímunho dc Jefu Chrifto tem.
iS E cu fobrc a aréa d’o mar me pás.
c
DE S. JOAO. Cap. XIII. J7S
<■
- C A P I T U L 0 XIII.
Moftrafe a e~ Apostolo em kuã vifao bua Besta com fete cabeças e dez cornos i
3 E huã d'as cabeças ferida de morte fe cura. 4. Adòfa toda a terra d Befta
;). t a 0 Dragaô quarenta e dous mefes. 6 Blasfema a Besta a Deus e feus San-
ãos : e guerréa contra elles. $ E vence a todos os cujos nomes ’no livro d?0
Cordeiro efcritos naõ eftdo. Io Ameaçaôfe os perfeguidores com 0 galardal de
femelhantes cafiigos. II Despcis outra Befla dla terra fobe , avendo dous cor
nos como 0 Cordeiro , mas fazendo as obras da primeira Besta. 13 Effa faz
grandes (inaes e a os moradores da terra engana > que fazem bua imagem ã quàl
iodos adorar devem, 16 Faz ella taõbem que todos hum final, eu o nome da
Befla , ou feu numero} que he Jeis centos e feffenta e feis. tomem.
1 D d’ò mar * huá Befla fobir ví, que fete cabeças e dez cornos a Da». 7*
tinha, e fobre feus cornos dez Diademas: e fobre íuas cabe- l0-
ças-huiiknome de blasfémia. V»
, t E a Befla que ví, femeihante a o leopardo éra, e feus pés co
mo de utfò, aifuaboca como boca de leaõ: e o Dfâgaõ fua potên
cia, è feu thrõno , e grande poder lhe deu.
3 E huá de fuas cabeças como ferida de morte ví-, e fua chaga
mortal curada foy: e toda a terra após a Befla fe maravilhou.
4 E a oDragáó adoráraó que á Befla [/eu] poder dera j e [tom
bem] á Beflaadoráraó dizendo, Quem b femeihante á Befla he ?bApoc.ili
quem contraella batalhar poderá? iS.
5 E boca le lhe déu, pera grandezas e blasfémias fellar; e poder
fe lhe déu, para [afi] c quarenta e dous mefes o fazer. cApoc.11*,
6 E fua boca em blasfémias contra Deus abriu, pera de feu No
me ,' e de feu Tabernáculo , e d’os que ’no ceo habitam, blasfe
mar.
7 E d [poder] fe lhe deu pode guerra a os fanéios fazer, e os ven- d Dan. 7;
cer: c poder fobre toda tribu, e lingoa, e gente fe lhe déu. zi.
8 E todos os que fobre a terra habitaó a adoraráô, * cujos nomes Apoc.u;?.
efcritos naõ eftám ’no livro d’a vida d’o Cordeiro, que f defd’afun-
daçaô d’o mundo morto foy. pj/. 4- 5.
5> Se alguém ouvidos tem, ouça. Ápoc.{\.
io Se alguém em cativeiro leva, em cativeiro ira : gíc alguém «20:11.
á eiijda matar, neceflario he que á efpada morto feja. h Aqui a, e 21:27.
iftwiaia e a fé d’os fanétos eflá. /
Dddd it E
f Gfs.9; é. JtótfíAií.-ya. hApoc. 14:1a.
/
A P 0 C A L I P S E V
iApot.u: n E, outra Befta i d’a terra fobir ví, ,e dóus cornos femelhantcs -
?• a os d’o Cordeiro tinha: e como Dragaó falláva.
k Apor.. 11 E todo 0 poder d’a primeira Befta, k em iua prefénça q^grcí^X* \
20. ta : c faz que a terra, e os que ’nella habitam á primeira befta ad^^
lApoc. 13: reiT), cuja l chaga morta) curada fôra.
3- 13 E faz w grandes íinaes, de maneira que até fogo d’o ceo á ter- / i>
rnlTheff.i:•’ra , diante d’os homens, defeender faz. '
9.
.Apoc, 16 : 14 E » a os que ’na terra habitam , com os íinaes engana , que
em prefença d’a Befta fe lhe déraó que fizeífej dizendo a os que ’na
n Deut.iy. terra" habitam , que a Befta , que a ferida (Ta
J,a eípada recebera ea
clpada recebera,
1. viver [tontára], huã imagem fizeílèm.
24». 15 E foy lhe dado que efpirito á imagem d’a Befta defle , para*
14. # que também a imagem d’a Befta fãllafle, e fizeíTe que todos os que
Apoc. 16
* 0 a imagem d’a befta naó adoraíTetn , mortos foíTem.
J4.
e 19: ao. 16 E fàz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres , li-
<z4/>w,i9. vres e fervos, phum final em fua maó direita , ou em íuas teftas
ao. * ponha:
Í^poí.19: 17 E que ninguém comprar ou vender pofla, fe naó aquelle
que o final, <j ou o nome d’a Befta, ou o numêrtde feu nome
* 3 áe. - '
A .tiver.
? lS Aqui T a fabedôria: aquelle que entendimento tem , o
r Apac. 17: numero d’a Befta conte : porque numero de homem hej e he feu
o, numero feis centos c feíTenta [e] fcis,
• •
•J
DE S. JOÃO. Cap.XlV.
C A P I T U LO XIV.
4 *
çn APOCALIPSE , V
ii/ay.ivf- s E feguiuoutro Anjo, dizendo, íCaydahe, Cayda heBabylo- >
Jer.51 :$ nia, k aquella grande cidade, porquanto a todas as naçoés d’o vi-
^>w.iS 2. nh0 (Pa jra (jc fua fornicação a beber déu.
kApoc. ti. 9 £ 0 terceiro Anjo os feguiu, dizendo com grande voz , Se aD
e 17:5. guem á Befta e a fua imagem adorar, e 0 final em fu a tefta, ou em
í 1$: ie>. fua maó receber,
•Ou,Jem 10 Também 0 tal d’o vinho d’a ira de Deus, que *puro/’na
txeíiura. taça de fua ira m fe deitou, beberá: e n com fogo e eirSbfre diante
lApoc. 16: d’oí fanétos Anjos, e diante d’o Cordeiro , » atormentado ferá.
j*' g. 11 f E 0 fumo de feu tormento pera todo fempre ja mais fobe : e
™ ' dia e noite repoufo naó tem, os que áBefta e a íuaimagém adóraó,
e íe alguém o final de feu nome recebe.
to. 12 ? Aqui a paciência d’os fanétos eftá: aqui eftáó os que os man-
» Kyoc. 20: damentos de Deus, e a fé de Jefus guardam.
Io- . 13 E huã voz d’o ceo ouvi, que me dizia: Efcréve, Bem-aven-
i>- turados os mort^jj, que desd’agora em o Senhor morrem : Si, diz
\ oc, ip 0 Eípirito: peraque de ícus trabalhos defeanfem ; c fuas obras * os'
leguem. ■ . >•<-
< Ou, com 14 E olhei, e cis huã nuvem branca , e hum, r femelhante a o
elles Filho d’o homem fobre a nuvem aflentado j que fobre fua cabeça 4
Hm-
r
V'-?- ...
DE S. J O A O, Cap. XV. Vi
Capitulo XV. -
1 Vèemfe fete Anjos que as ultimas plagas tem$ 2 E hum mar de vidro junta
a o qual os vencedores dia Be(ta com arpas efidvaÕ ; J G£ue hum cântico can~
taõ i e "nelle a Deus e a feus juízos louvaid Ç Despois o' Templo no ceo fe
abre $ 6 D3onde fete. Anjos veftidos de veftidos refplandecentes faem3 7 Que .
de hum dds quatro animaes fete falvas cheyas d:a ira de Deus recebem* 8 En~
taò 0 Templo dl 0 fumo dla gloria de Deus fe enche*
41
04 APOCALIPSE
í
Capitulo XVI.
I Recebem os fobre ditos. Anjos mandado de fias falvas derramar. i E a pri
meira delias fobre a terra fé derrama. 3 A fegunda em 0 mar. 4 A ter
ceira em os rios : poloque a jufiiça de Deus com huã cantiga fi louva ; S A
quarta fobre 0 Sol. 10 A quinta fibre 0 throno d?a Besta. toda via os homens
que ‘na terra estáõ nem ainda fi convertem. 11 A fiifta fibre 0 grande rio
Euphrates. 13 Tres ejpiritos immundos femelhantes á raãs fiem a os Reys d’a
terra} a os ajuntar pera a batalha do grande dias 15 Poloque cadahum a ve
lar despertado he, J7 Vltimamente a fitima falva em 0 ár fi derrama > e to
das as coufis , atè a mefma grande Babylonia > feu fim tem. II Ê taé despois
hua grande firaiva fobre os homens, que por via d?ijfo a Deus blasfemai.
I phuá grande voz d’o templo ouvi, que a os fete Anjos dizia:
Ide, e as [fite ] falvas d’a ira de Deus fobre a terra derra*
mae.
1 E foy o primeiro, c fua falva fobre a terra derramou : e huã
Ex«Z 9: mal e malina a chaga em os homens fe fez, que bo finald’abefta ti-
?• ’<> ti- nhaó e c que fua imagem adorávaó.
3 E 0 fegundo Anjo lua falva em o mar derramou, é d em langue
cApoc. 13; como de morto fe tornou, e toda alma vivente em o mar morréu.
14. 4 E o terceiro Anjo fua falva em os rios, e ’nas fontes d’as agos
• Exod. 7: derramou, e em fangue fe tornaraó.
.5 E a o Anjo d’as agoas ouvi, que dizia, Juíto és tu, óSenhor,
eApoc. 1: e Que he, e Que éra, e Que ha de ler, que eftas couíâs julgafte.
4.8. 6 Porquanto/o fangue d’os Sanâos, e d’os Prophetas derramá-
f4:8. ra5 5 também tu fangue a beber lhes deíie. Porque d’iíTo di><
4
$86 APOCALIPSE
I
í
Capitulo XVII.
I Eeva hum d* os fite precedentes Anjos a 0 Apoftelo a hum deferto A e wofira
lhe a grande Fornicadora de Babylonia, ajjentada fibre hud Befia vermelha 9
que fete cabeças e dez cornos tevh 4 E defcreveÇe fia vefiidura-3 atavio^ titu
la e finguinolentia. 7 'Declara 0 Anjo a Joaô» primeiramente 0 myfieno d*a
Befia 4 p Despois 0 de fias fete cabeças e d’o oitavo Rey que avia de feguir^
VI E 0 dlos dez cornos que dffi tantos Reys fio > que fua potepcia d?a Befia to-
mao j 14 6}ue com 0 cordeiro combatem , pois d?elle vencidos faõ. 15 Decla~
ra 0 Pwjo 0 m^fierio dias agoas fobre as quaes a Fornicadora affentada e/ld.
16 E de como os Reys fia potência d"a Befia a tomar tornardõ» 1$ Ultima-
mente explica quem a Fornicadora fèja*
1 P vey° hum d’os fete Anjos, que as fete falvas tinhaô, e comi-
•OiMj«í- go fallou, dizendome, Vem, moftrartehei *a condenaçam
zo. d’a grande Fornicadora , que fobre muytas agoas aífentada cftá:
/ kpoc. 18: 2 a Com a qTO os Reys d’a terra fornicáraó , e os que ?na terra
3* habitam com 0 vinho de fua fornicacaõ fe embebedarão.
3 E em efpirito a hum deferto me levou, c hwã Mulher fobre
b Apoc. 13: huá Befta de cór de graã aífentada ví, que de nomes de blafphc-
1. mia chcya citava, e fete cabeças e dez cornos tinha.
r 17: S« 4 E a Mulher c veftida de purpura e de graã citava, e com ouro.,
cA^.iS: e pedras preciofas, e pérolas adornada , e em fua maó huá taça dc
ouro tinhad’asabominaçoése d’açugidade de fua fornicacaõ cheva:
ix.TheJJ’.ix 5 E em fua tefta eferito o nome, d Myfterio, A grande Babylo-
7. nia, A maé d’as fornicações e abominaçoés d’a terra.
e Apec. iS: 6 E ví que a Mulher eftáva bêbada d’o * fangue d’os Sanctos, e
14. d’o fangue * d’as teftimunhas dejefus. E vendo a eu , comgran-
* Ou,Mar-de admiraçaó me admirei
t,res- ~ E o Anjo me diflè: Porque te admiras? Eu te direi q myfterio
d’a Mulher, e d’a Befta que a tráz, aqual as fete cabeças e os dez
cornos tem.
S A Befta que vifte, éra, e ja naó he: e ha de fobir d’o abyfmo,
fExoá. ?i: c irfe a perdiçaó : e os que ’na terra habitam , (f cujos nomes ’no
$1. livro d’a vida, defd’a fundaçaó d’c mundo eferitos naó eftáô) fe ad-
PM. 4:3 - miraráõ , vendo a Befta, que éra, e ja naó hc, ainda que he.
D É S. J 0 A Ô7 Cap.XVHI. 587
n E [tombem] fere Reys faõ : os cinco fam caydos : e 0 hum ja
he, o outro ainda naô he vindoj e quando vier, convém que hum
^ouco tempo] dúre. , ' -
11 E a Befta que èra, e ja naó he , efta he também o oitavo ?
[r«73, ed’osfetehe, e á perdiçaó fe vae.
11 E i os dez cornos que vifte, dez Reys faõ, que ainda 0 Reyno iDanyzo',
naõrecebéraõ : porém poder como Reys em huahora [juntamente] Ap«c.i3*.i»
com a Befta rcceberáó.
13 Eftes hum.mcfmo intento tem , e fua potência e authoridade
á Befta entregaraó. ' 7" ‘ '
1+ k Eftes contra o Cordeiro combateráõ , e o Cordeiro os ven- kApoc. 16:
cerá : (^porque he o Senhor d’os fenhores, e o Rey d’os I4:
reys) e os que com elle eftàó, os chamados, e eleitos, e fieis [ fam *
15 E difle me m As agoas que vifte , a onde a Fornicadora le ,9 .
aflenta, povos, e companhas, e naçoés, elingoasfaõ. 1^.
16 E os dez cornos que’na Befta vifte-, eftes a rernicadora abor-m Ifay.fy.
receráõ, eaflolada, enuaafaráô: e lua carne comeráó, e » com »Apoc. 18:
fogo a queimtráõ. _ *• -
*17 Porque Deus em feus coraçoês [Zto] déu, que feu intento *Oa>façaS.
* cumpraó, e que hum mefmo intento * tenham, e que feuReyno*^’^^*
á Befta dem , atè que as palavras de Deus * íe cumpraó.
18 E a Mulher que vifte,«a grande cidade he , que o Reyno rTaS **
fobre os Reys d’a terra tem.' t Ápõc.t£t
19-
Capitulo XVIII.
X Defende hum Anjo d’o ceo, t §ue de nove a cayda d’a grande TdabylosuapoT
•via de Jua fornicaçaõ e luxuria denuncia. 4 Poioque 0 povo de Deus de fair
dfella fe amoestà, 6 E de lhe pagar em dobro fe manda. 7 £ aindaque ella
fe gloria que viuva nao ferd , toda via feus cdfiigos juntamente Hôfd fobreviráõ.
q Os Reys d3a terra Jobre fua cayda della prantéaò, II Como tdibem os mer
cadores > que toda forte de mercancias preciofas‘nella avenderpropuféraõ, 17 Se
melhantemente taibem os pilotos e marinheiros, lo Porém 0 cee juntamente com
os Sanãos Aposiolos e Urophetas pera gozo fazer fe amoefta. n Lança hum
Anjo forte huã muy grande pedra ’no mar, pera a ultima cayda defta grande
Eafylonia reprefentar. 21 E declara que nenhuns infrumentos de alegria 3nellt
ruais ouvidos Jerdo; 23 Porquanto a todos os povos enganara, e e Janeue dos
SanSos Jnellafi achou.
Ecec » Ca- 4
APOCALIPSE
*
Capitulo XIX.
I Cantafe 3no ceo Hallelu-jah p»r caufa d3 o juizo d3a grande Fornicadora. Ç E.v-.
horta outra vpzd3o throno a todos os fervos de Deus pera alegria > porque as bodas- '
d’o Cordeiro vindas Jaò 4 e' Jua Noiva com rejflandecente linho fiwfltma fe vefiu.
9 Bemaventurados fe dizem os que a efias bodas chamados Jaõ. lo Lançouíè J
o Apofiolo a os pés d3o Anjo } polo que reprendido he e lhe mandado adorar a '
Deus II Ve Joaõ em nova vi(ao hum cavado branco e hum que jobre elle afl I
fentado ediava^ cuja justiça, olhos de flama, veftido enf"unguentado, nome efcon-
didOi trapas •> efpada > e vara de ferro fe defcréve. 15 EJfe pifa 0 lagar d3a
ira de Deus e he 0 Rey d*os Reys. 17 Chama hum outro Anjo a todas as aves
pera a carne dos Capitaõs j e de todos os outros 3na grande matança de Deus co
rrerem. I? Que fe ajuntaraõ pera contra 0 que fobre 0 cavalio branco ajfentado
ejláva guerra fazerem» 2o Mas a Be lia juntamente com 0 faljo Fropheta 3 no
lago d3 0 jugo fe lançou > 21 Ê todos feus companheiros d efpada mortos faÕ.
1
'i*
I; w D E S. J O A O. Cap. XIX? sn
julga e guerréa.
ia E feus olhos como k flama de fogo éram : c fobre fua cabeça, .
muvtas Diademas avia : c hum nome eferito tinha, que ninguém, x* ‘ ’
fenaõ elle mefmo, fabia. .
■t j E de hú veftido l em fangue tingido veftido eftáva, e feu no-
>•
me, m a Palavra de Deus fc chama. mloã. ifj.
14. E os exercites ’no ceo em cavallos brancos o feguiaõ, de »li- x.W 1; 1.
nho fino branco e puro veftidos.
15 0 E de fua boca huâ efpada aguda fahia, pera com cila ásGen- i-
tes ferir: e p com vara de ferro as apafeentará: elle o lagar pifa
d’o vinho d’o furor e d’a ira d’o Todopoderofo Deus. g .
16 E em f feu] veftido e em iua coixa efte nome eferito tem, iá.
»■ Rey d’os reys, e Senhor d’os fenhores. ei9-.1t.
17 E ví hum Anjo que ’no Sol eftáva: e com grande voz clamou, p P/. 1: 9-
dizendo a todas as aves que pelo meyo d’o ceo voavam , /‘Vinde,yíP°,c,2':27-
e a cea d’o grande Deus vos ajuntae: *
18 Peraquc a carne d’os Reys, c a carne d’osTribunos, c acar- .
ne d’os fortes, c a carne d’os cavallos e d’os que fobre ellesfeaflên- * 10< *
taó > ca carne de todos livres e fervos, c pequenos c grandes co- r I# r?». 6:
f maes. _ _ 15.
1 19 E a Befta, e a os Reys d’a terra, e a feus exércitos juntos ^>«.17:
ví , pera guerra contra o que fobre o cavallo afléntadoeftáva , e I4-
contra feu exercito, fazerem. *
ío E a Befta preia foy, e com ella o fàlfo Propheta, t que diante '
d’ella os finaes fizera, com que enganara a os que o final d’a Befta tDeut. 15;
u recebéraó , e fua imagem x adoraram. Eftes dous y vivos lança- 1.
dos foram em o lago d’o fogo s que em enxofre arde. Matt. Mt
tí E os de mais mortos fóram com a efpada que d’a boca fahia
d’o que fobre 0 cavallo afléntado eftáva, e de fuas carnes todas as
aves ie tartarao. ej6;J4i
« Aytc. I j: 16, x Afot. 13:15. y Dm. 7; 11. u» ao: 10. s Apw. 14 .* !«•
Eece 5 C A* _ *
APOCALÍPS.E
Cápitulo XX.
X Defcende hum Anjo d*o ceo , avendo a chave d3o abysmo 4 e ali d Satanás for
mil anos amarrou. 4 O; Sanãos Mártires e os que a Befta naõ adoraraõy fo
bre thronos fe affentaõ > e com Chrifio mil anos reynaõ. 5 Os outros pois ’na
morte ficao. 6 Bemaventurados fe dizem todos os que 9na primeira refurreiçaô
parte tem. 7 Sendo os mil anos compridos 3 Satanás fe folta, $ E outra vefy a
os povos engana > e a Gog e Magog pera a guerra desperta. 9 Que a cidade
amada cercão , mas 0 fogo os devora. Io E 0 Diabo 3no lago d3o fogo fe lanpa^
11 Véfe hum throno branco > e hum affentado fobre elle > de cuja face 0 ceo e a
terra foge. 11 Aparecem os mortos ajfl grandes como pequenos diante de Deus >
e os livros faÕ abertos ? e cada hum fegundo fuas obras julgado he. 14 A mor-
te e 0 inferno 3no lago d10 fogo fe lanpaõ > juntamente com todos os que em 0 li
vro d3a vida naõ eferitos eftãõ.
* Afn. i; 1 p a hum Anjo d’o ceo defcendcr ví, « que a chave d’crAbyfmo,
I®. t f / r —
e huã grande cadéa em fua maó tinha:
l> r.Pedr.i', t E prendeu a o Dragam , a Serpente antiga, que o Diabo e
4- Satanás he, e por mil annos o amarrou. *
■Apec.ii: 9. j E cm o abyfmo o lançou, e alí o encerrou, e fobre elle [/]
t Âp)c.i6;fellou: c peraque mais as Gentes naó engane, até que os mil annos
J4 <6. fe acabaíTem. E defpois importa que por hum pouco de tempo fol-
</Joc 6 •£o feÍa‘
joc' ’ 4 E thronos ví, e fobre elles fe aflêntáraó, e ojuizo dado lhes
eApoc.í-n foy; e e as almas ví d^quelles que polo teftimunho de Jefus, e po-
fApoc. 13: la palavra de Deus degolados fóram 5 e que nem/a Befta, nem a
u- S fua.imagem adoráraó , e que [fiu] b final em fuas teftas, e em
t Apec. 13. fuas maó$ naó recebéraó : » e mil annos com Chrifto viveráô e rey
/ ' ’' 5 Mas os de mais d’os mortos naõ revivéráõ, até que os mil an-
; ; nos fe naó acabáraõ. Efta a reíurreiçaó primeira he.
11. 6 Bem-aventurado e íanâo aquelle , que parte ’na primeira re-
furreiçaó tem: fobre eftes naõ tem a fegunda morte poder: porém
i lfa. 61: de Deus e de Chrifto k Sacerdotes feráó, c com elle mil annos rcy-
6. narám.
1. Pedr. i: ? £ quando os mil annos fe acabarem, Satanás de fua priíãm foi*
9> to ferá.
Apoc. 1:0. j £ a enganar a as gentes fairá, que fobre os quatro cantos d’a
ibucl ?S• terra eftám, / a Gog, e a Magog, pera em batalha m os ajfcntar:
«
DE 5. J O A O. Cap. XXI.
d’os qtiaes o numero como a aréa d’o mar he.
9 E fobre a largura d’a terra íobiraó, e o arraval d’os fanâos ,
e á cidade amada cercáraó: c fogo de Deus d’o ceo defcendéu, e
os devorou.
10 E o Diabo, que os enganava, »’no lago de fogo e enxofre* 71
lançado foy, aonde «a Befta e o falfo Propheta eftáó: e dia e noi- . n*
te pera fcmpre jamais ? atormentados feráó. A^' 19 *
11 E hum grande throno branco ví, e a o que fobre elle afiènta- ^>«.19;
do eftavaj de cujo roíto a terra e o ceo fogiu, e para elles lugar fe 20.
aaó achou. ' . fAyic.ift
ii E a os mortos, grandes, epequenos ví, que diante de Deus i®>
eftavám : e os livros fe abríraó: e outro livro fe abriu , 4 que o d’a f EW. jat
yidahe: e os mortos julgados fóraó, pelas coulàs que ’nos livros .
efcritas eftávaó, r fegundo fuas obras. Vhikl' 1.
ij E déu 0 mar os mortos que ’nelle avia j e déraó a morte e o 2 f»
inferno os mortos que ’nelles avia: e cadahum fegundo fuas obras e 11:27.
julgados fóraó. • rP/.ó2:i?.
14 E a mory e o inferno ’no lago de fogo fóraólançados: efta a ífr- J7: lo>
morte fegunda he. datt'
1$ E aquelle que naó foy achado efcrito ’no livro d’a vida, em o À £ *1 *
lago de fogo lançado foy.
e 14: iz. x. Cor. 5; 10. Gal. 6l Apoc. 2:2^
Capitulo XXL
í Ve João hum novo ceo , e hua nova terra; 1 Juntamente com a nova Jeru»
falem» ataviada como a Noiva de Chrifto. j Ouve hua voz d3o ceo 3 feia qual
Deus promete» que fira fiu Deus d3elles ? e alimpara toda lagrima defius olhos
e Ihes^ a herdança de todos dará» S Mas ameaça que todos os medrpfbs , e outros
pecadores que fi naõ arrependem 3 terdõ [ua parte 9no lago dlofogol 9 Leva hum
d9os Arifisdl'as fite falvas a Joao a hum monte alto» e mofiralhe mais clara
mente toda a forma dia Nova Jerufalem 3 a faber^ II Sua gloria > 12 Seu
muro com doze portas ? fegundo os nomes dlos filhos de Ifiraèl» J 4 Seus doze
fundamentos^ fegundo os nomes dos doze kpofiolos, 16 Sua longnra e largura.
• IS Sua matéria de ouro 3 19 Seus doze fundamentos de doze pedras preciojast
21 Suas portas de doze pérolas * 22 Seu Templo que he Deus mefmo e õ Cor
deiro^ 23 A gloria de Deus 3no lugar d'o Sol e Lua» 24 Seus moradores que
JàS todos os povos bemaventuraáos e taobem os Reys mesmos, 2$ Suas portas
. fimpre abertas efác» zq Mas ninguém que faz immundicia 9nella entra,
hum novo ceo , e huã nova terra ví. Porque ja o primeiro * W* ^5 * *
ceo e a primeira terra paffára 9 eja már naó avia.
2
$94 APOCALIPSE
lApoc.;; i E eu Joaõ ^a fancta cidade ví, a nova Jerufaletn, que de Deus
u- d’o ceo defccndia , adereçada como a efpola pera feu marido ata-
eiI£Io-viada, <„>
c ttch^i: ? E hua grande voz d’o ceo ouvi, que dizia: c Eiíaqui o Taber- t
*’ naculo de Deus com os homens eftá , e com elles habitará, e elles í
feu povo fêrám, e Deus mefmo com elles eftará j/j feu Deus d’el-
les ^^raj.
dl^y. 4 E Deus toda lagrima de feus olhos alimpará 5 e naó averá
s. mais morte ; nem pranto nem clamor, nem trabalho maisaverá t
A/cc.7! 17. porque ja as primeiras coufas paflaraó.
'* Ap»c. 4; 5 e £ o que fobre o throno affentado cftava, diíTe : Eis f que to-
2- das as coufas novas faço. E difleme : Elcrévc 5 porque ellas pala-
f j/«° 41 • vras £ verdadeiras e fieis faó.
j/’ ’* 6 EdiíTemc: Feito he: » Eu fouó Alpha eoOmega, o prin-
2 O 5: i7.cipio e o fim. * Aquem fede tiver, de graça d’a fonte d’a agoa
g kpoc. 19: d’a vida lhe dare^.
9- 7 Quem vencer , todas as coufas herdará: l c eu feu Deus fereí,
hhpoc 16: c c]]e meu £}}j0 fC1-â. •
i 4V4 S Mas a 05 tímidos, e a os incrédulos, e a os abomina-
s veis, e a os homicidas, e a os fornicadores, e a os feiticeiros,' e a
Amo t :$. os idolatras, e a todos os mentirolos, fua parte fera’nolago, «que
e 12 s 13. com fogo e enxofre arde : que a morte fegunda he.
* Vay- SS • 9 E a my hum d’os feteAnjos veyo, 0 queasfetefalvas cheyasd’as
x* . fete ultimas plagas tinhaó , e comigo fallou, dizendo, Vém , {.e}
a elpofa, a mulher d’oCordeiro, temoftrareí.
wíXo ’’i' 10 Ep em efpirito a hum grande e alto monte me levou : e <, a
".f”* grande cidade, a fanóta Jerufalem, que d’o ceo de Deus defccndia,
t. Apoc. 20: me moftrou:
14.15. 11 E a gloria de Deus tinha: e fua luz femelhante era a huã pe-
aApnc. 15: dra preciofiffima, como a pedra de Jafpe, como criftal rcfplanae-,
_ cente.
p Afoc, I : ti E hú grande e alto muro com doze p "is tinha,, e ’nas por»
12;doze Anjos, e nomes 5nellas efcriros1, q^.. 'S £ nomes 3 fam d’a$
22, doze tribus d’os filhos de Ifraèl.
13 D’a banda d’o Levante tres portas tinha, d’abanda d’oNortt
tres portas, d’a banda d’o Meyo dia tres portas, d’a banda
d’o Poente tres portas.
~ t Epkx.io. 14 r E 0 muro d’a cidade doze fundamentos tinha 9 e ’nçllcs os
nomes d’os doze Apoftolos d\. Cordeiro.
* E
D E S. J'O A O. Gap. XXL . w V U
ív E aquelle que comigo falláva , ./iiua cana de ouro tinha, pe-yx^X',
'’■■
g«x ■■
•.ra a cidade,. e fuas porcas, e feu muro medir. 3. Ka®
ió E a cidade em quadroíituadaeftáva, e-fualongura tantaquan- ^Md K':
ta L/»«] largura éra. E a cidade com a cana até doze mil-eftadios ’ • *\
• *’
.> mediu : e lua longura ,. largurae altura, iguaes éram.
p;.
17 E feu muro de cento e quarenta e quatro covados mediu
gado] medida de homem, que [«] d’o Anjo éra.
18 E a fabrica.de feu muro éra [^I jafpe:. e a.cidade ouro /
EfXf
*
z
59Í A P 0 C A L IP S E
• *■ ■ f
Capitulo XXII. ■i
■4
i fâofirafe& 0 Apo/Mo hum rio de agoa d}a vida , em tujas bordas a arvore
•vsda efidva* 3 Defcreve. fe alguas outras propriedades d’os moradores d9a no~
va Jerufalem. 6 Despois disto fe faz a conclufaõ 4 e fe teftifica d3a verdade e.!
firmeza defias vijo.ens e prophecias* 8 Lança fe foaò outra vez a os pés do
Anjo y poloque tao bem outra vez reprendido he» lo Recebe então mandado
de as palavras d3efte livro naÕ fedar ? aindaque alguns d^eUas pera feu major
eafiigo aviaõ de abufar. I.J Declara Chrifio que e-Ue he 0 hlpha e 0 Orneia > e
diz bemaventurados a os que feus mandamentos guardao 1 e malaventurados a os
que abominaçoens cometem, 16 £ tefiifica que a feu Anjo enviou pera -efia re~
velaçaô a faa Igreja fazer. 1J Dejeja a Éjpofa a vinda de Chrifio. 8 £ con-
tide fe efâ revelacac com ameaças contra os quealguacoufa aeUa aviaõ deacre*
sentar ou d’eUa tirar. lo Tefiifica Chrifio outra vez que prefto avia de vir ; <
tone lie Joaõ feu livro tom a jauàaçaõ Apofiolica»
/
* 47:1 C a o rio puto d’a agoa d’a vida me moftrou, claro como criftal
M que d’o throno de Deus , e d’o Cordeiro, procedia.
ddplt.S’ 1 ’No me y° de ^fua
meyo ua P raÇa •>, e d
praça huâ e outra banda d’o rio, õí »a
de£ huá
'"'arvore d’a vida eftáva, que doze fruitos prodúz * de més em níes
*Ou tura.leu fruito dando : e as folhas d’a arvore pera a * íaúde d’as Gentes
j
lam.
3 E nenhuã maldiçaô [tf/j] contra mais averá : e’nella
0 throno de Deus e d’o Cordeiro eftará , c feus fervos o íerviráó.:
4 E feu rofto veráó , c c íeu Nome em luas teftas
ix. 5 d E ali mais noite naó averá, e de candea, nem de luz de.SoI
d Ifiy, fa •
19* ' naô
r neceflitarám
. . - z - o Senhor Deus os alumia: e pera todo
:. porque
*
DE ÍJOAO. Cap.XXH. W
!• E difleme : i As palavras d’a Prophecia d’efte livro naó felles: ‘ '
porque k perto o tempo eftá. _ è^poc.it^
ii Quem * injufto he , ainda injufto feja : equem çujo he, çu-Wu^w-
- gefe ainda: equemjuftohe, ainda juftiâcado feja : e quem fanéto wfa.,
he, ainda fanâificado feja. . -
£ eisque prefto venho, e comigo meu galardaõ ,Zperaa#ca-
• dahum rendér, como fúa obra for. zWáriç. ’j
uj m Eu fou o AlphaeoOmega, o principio e o ftm, » ©primei- %rj7";io. j
ro e o derradeiro. * W»/ «nu*
14 Bem-aventurados aquelles que feus mandamentos * guarúaó, Mapt. ió i
* peraque ’na arvore d’a vida * poder tenhaó , e ’na cidadepelas por- *7- ■
tas entrar pofiam. Rem.i : .
15 s Porém de fora eftaráó os caens, e os feiticeiros, e os forni- j j. j’
cadores , e os homicidas , e os idolatras, e qualquer que mentira
ama e * comete. ~ G*Z.6:5-
16 p Eu Jefus a meu Anjo enviei, pera eftas coufas ’nas Igrejas A/w.i^?* j
vos teftificar: q Eu a raiz e geraçam de David fou, r arefplande- ”»^poci& j
cente eftrella d’a * alva. * . j
‘17 EoElpirito íaEfpofadizem: Vém. E quem 0 ouve, di-Ky^4’J 1
ga : Vém. / E quem fede tem, venha: e quem quifer, de graça 4S;• '12-
d’aagoad’a vida tome. i:í-
IS Porque eu protefto a cada qual que as palavras d’a Prophecia e 1116.
*8
d’efte livro ouvir , [ j fe alguém a eftas coufas acrecentar , Deus * Ou3 fe~
as plaga.xL.; ,«crecentará que ’nefle livro eferitas [efiám]:
19 t Efealguemd’aspalavras d’olivro d’’eftaProphecia*diminuir
efta Prophecia * diminuir, * /S
Deus fua parte » d’o livro d’a vida \}k] tirará, e d’a fan&a cidade > á I. Cor. 6 :
c [^«2 coufas que’nefte livro efcritas . . 10.
»o Aquclle que eftas couíãs teftifica, diz: certamente prefto ve- Eph.yS
hho. Amen. Ora vém Senhor Jefus. Colof.
c ' - 3.: <<
ai A graça de noflo Senhor Jefu Chrifto [yêj«] comtòdos vosou- * O Ou fajís~'-
uj’/
tros. Amen.
qiÇay. n:
IX. Afos. $15. r 2. Peãr. i • 19. fOu,wtó fl/ay-Vi'- I- ia>
7; 37. t Deat. 4.: 2. e IX: 33. Prov. 3* & OiL tirar, # Afoc. IJ; 8. e Ij: S.
7 z
4
A. 4
5
t >3- •• ■
41
> •