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Resumo Fonologia

Fonologia é uma disciplina que se interessa pela função linguística dos sons da fala.
Através desse estudo se estabelece os sons concernentes à descrição linguística, para tanto,
estes sons devem produzir sentido, por exemplo, se trocarmos a primeira letra da palavra bata
por "l" o arranjo de letras produz uma outra palavra "lata". Percebemos então, que ao se trocar
a consoante inicial da palavra por outra, o arranjo de letras formou uma nova palavra,
ganhando novo significado.

A fonologia tem terminologias próprias para descrever o processo e seus constituintes,


e tem no fonema a sua menor unidade significativa. Lembrando que o objeto da fonologia é o
som, dessa forma, o fonema é o som produzido pelo sistema fonador que possui carga
semântica, as vogais e consoantes são essas unidades. Podemos relacionar os fonemas com os
fones da fonética, os fonemas estão para fonologia como os fones estão para fonética. Antes
de descrevermos os aspectos técnicos da fonologia, veremos um pouco de seus aspectos
históricos e teóricos.

A fonologia começa a ganhar corpo no início do século XX, seu marco zero se deu em
1930 na 1ª Conferência Internacional de Fonologia, em Praga, onde Trubetzkoy conceitua o
fonema como menor unidade distintiva que existe na estrutura de uma língua. Essa
diferenciação é capital para a fonologia, pois faz distinção entre sons e sons significativos,
isto é, sons que possuem/atribuem significado.

Trubetzkoy participava do chamado Círculo Linguístico de Praga, um coletivo de


linguistas que sucederam Ferdinand Saussure na abordagem estruturalista da linguística.
Assim como a linguística ganhou status científico com Saussure com o estruturalismo e suas
dicotomias, a fonologia, alçou outro patamar devido aos trabalhos do círculo de Praga. A
partir daí, a fonologia passou a encarar os sons da língua como elementos constitutivos das
palavras. Contemporâneos dos estudiosos de Praga, uma nova abordagem aos sons da fala era
elaborada na América do Norte

Mesmo tendo uma estreita relação com o estruturalismo saussuriano, a fonologia


também assimilaria conceitos de outras teorias linguísticas, como o gerativismo. Esse contato
com as ideias de Noam Chomsky condicionou a fonologia a considerar os fonemas como
entidades indivisíveis. A dicotomia Chomsquiana entre competência (conhecimento da
língua) e desempenho (uso efetivo da língua) era o centro do gerativismo, que como teoria
linguística se ocupa da competência do falante, a chamada Gramática Universal que
possibilita que o usuário da língua construa e reconheça sentenças que nunca tiveram contato.
Para explicar a relação entre competência e fonologia, Chomsky criou um sistema de
representação da estrutura fonológica dos enunciados.

Os estudiosos de Praga trouxeram para a fonologia o sistema de oposição, onde


comparavam as unidades fonológicas entre si e se diferenciavam por traços distintivos. Esse
método também foi aplicado à fonologia gerativa que especificava traços chamados fonéticos
a partir da capacidade fonética do ser humano, bastante similar ao conceito de competência.
Os traços fonéticos são representações opositivas (+ ou -) onde determinadas características
são positivadas ou negativadas. Enquanto utilizados como atributos universais (não atrelados
a determinada língua) são chamados de traços fonéticos, porém, quando são aplicados a uma
língua específica, são chamados de traços fonológicos.

Esse deslocamento do universal para o particular tem implicações no sistema


fonológico, uma vez que os falantes de determinada língua concebem uma fonologia
constituída de estrutura própria, ou seja, a organização dos sons da fala em uma língua tem
suas particularidades. Isso fica evidente quando analisamos fonologicamente uma palavra de
outra língua, a pronúncia do nosso sistema fonológico é diferente da língua original da
palavra. Adaptamos essa palavra ao nosso esquema, inserindo ou suprimindo fonemas.

Para um melhor entendimento da parte técnica, revisaremos a definição de fonema


também da ideia de unidade distintiva.

O fonema é a menor unidade significativa do sistema fonológico. Podemos dividir


uma frase em sintagmas, os sintagmas em palavras. A partir da divisão de palavras, a ideia de
fonema ganha mais clareza, quando adicionamos uma desinência a um radical, aplicamos uma
mudança morfológica, logo se no radical vend colocarmos o sufixo er, temos o verbo vender,
se substituirmos o er por a temos o substantivo venda. Dessa forma vemos que o fonema /a/
determina o significado do radical.

No sistema fonético do PB temos valores atribuídos a determinados fonemas, o /s/ em


final de palavras flexiona o número, os fonemas /a/ e /o/ flexionam o gênero respectivamente
feminino e masculino, são desse modo traços distintivos. Em resumo, ao adicionarmos,
subtrairmos, acrescentarmos ou substituirmos um fonema, estamos mudando o sentido de
uma palavra, por exemplo: quando na palavra gato substituímos o fonema /g/ por /f/ mudamos
o sentido da palavra. Esse processo de troca de fonemas é chamado comutação.
Nem toda troca de fonemas implica em mudança de sentido, em alguns casos, a
comutação não produz nenhuma alteração. Em algumas palavras encontramos oposição
fonológica em alguns sons, por exemplo na palavra tosco, pode ser transcrita como ['tosku] e
['toʃku], ou seja, ouve uma comutação entre os fonemas /s/ e /ʃ/ sem que ouvese mudança
semântica. Quando isso acontece, esses fonemas são considerados como alofones ou variantes
fonológicas de um mesmo fonema. A escolha do alofone se condiciona à maior ou menor
presença do fonema no contexto linguístico, no exemplo temos a africada no lugar do /s/, na
palavra tia, podemos variar em ['tia] ou [tʃia].

O processo de comutação se dá na substituição de um determinado fonema em uma


palavra, essa troca produz uma mudança de sentido. Em casos que duas sequências fonéticas
se distinguem por apenas um fonema, dizemos que essa distinção se deu nos pares mínimos,
vejamos as palavras pato e bato, elas se distinguem apenas pelos fonemas p e b , que por sua
vez se diferem no vozeamento, visto que a primeira é surda e a segunda vozeada. Essa
distinção é determinada pelo sistema de oposição se dá numa quantificação de atributos
fonéticos, assim, quanto menor for a quantidade de características distintivas, o fonema é
considerado como variante, por sua vez, quando a quantidade de características for maior,
temos um fonema. Por exemplo, os fonemas l e p são totalmente distintos em modo, ponto e
vozeamento.

O conjunto de traços distintivos de um fonema, além de determinar os sons


foneticamente semelhantes (que compartilham um maior número de características fonéticas)
também determina quais são os pares de sons suspeitos:

1) Som vozeado e seu correspondente não-vozeado, como pode ser visto em: cato e
gato;
2) Sons oclusivos e sons fricativos e africados com o mesmo ponto de articulação,
como em: tapo e sapo;
3) Sons fricativos com ponto de articulação muito próximo, como por exemplo em:
faca e saca;
4) As nasais entre si, como em: lenha e lema ou entre mata e nata;
5) As laterais entre si, como entre: pala e palha;
6) As vibrantes entre si, como entre caro (vibrante simples) e carro (vibrante
múltipla);
7) Sons laterais, vibrantes e o tepe (tap), conforme se pode ver em terra e tela, ou
entre torra e tora, ou ainda entre tala e tara;
8) Sons com propriedades articulatórias muito próximas;
9) Sons vocálicos que se diferenciam por uma propriedade articulatória, como [o] e
[ᴐ], que se distinguem apenas em altura (o primeiro é alto e o segundo baixo),
como em avô e avó.
Quando duas palavras possuem mais de uma diferença distintiva, são consideradas
pares anlálogos, por exemplo, as palavras oro e coroa têm mais de um traço distintivo, elas
possuem o mesmo ambiente ____ɾu, e tem sons foneticamente semelhantes ['ᴐ] e [o], porém
seus pares análogos são diferentes ['ᴐɾu], ['koɾu], o que indica também a não consideração do
fonema [k] na palavra oro ['ᴐɾu].

O processo de neturalização fonêmica se dá quando dentro de determinado contexto


um ou mais fonemas perdem os atributos distintivos se equivalendo, como no caso da
variação livre. Na transcrição fonética, essa neutralização é representada pelo arquifonema.
Por exemplo, os sons [ɾ], [ x], [ɤ], [ɦ] e [h] são representados pelo arquifonema /R/. Quanto ao
sistema de transcrição, os sinais gráficos que delimitam o a representação do fonema são as / /
barras inclinadas.

Referências

SEARA, Izabel Christine; NUNES, Vanessa Gonzaga; VOLCAO, Cristina


Lazzarotto.Fonética e Fonologia do português brasileiro. Florianópolis: UFSC, 2011.

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