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Gabarito: C
I – CORRETA - A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é
constitucional, posto não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio e
ressalvadas as hipóteses de exclusão da tipicidade e da antijuridicidade. STF. Plenário. RE
971959/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/11/2018 (repercussão geral) (Info 923).
II – INCORRETA - É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de
restrição administrativa. A conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a habilitação
para dirigir veículo automotor não configura o crime do art. 307, caput, do CTB, embora possa
constituir outra espécie de infração administrativa, a depender do caso concreto. STJ. 6ª Turma.
HC 427472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/08/2018 (Info 641).
III – CORRETA - Não é possível reconhecer a consunção do delito previsto no art. 306, do CTB
(embriaguez ao volante) pelo crime do art. 303 (lesão corporal culposa na direção de veículo
automotor). Isso porque um não é meio para a execução do outro, sendo infrações penais
autônomas que tutelam bens jurídicos distintos. Caso concreto: motorista conduzia seu veículo
Gabarito: D
I – INCORRETA - Súmula 575-STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a
direção de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer
das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de
perigo de dano concreto na condução do veículo.
II – CORRETA - Para a incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 302, § 1º, IV, do
CTB, é irrelevante que o agente esteja transportando passageiros no momento do homicídio
culposo cometido na direção de veículo automotor. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1255562-RS, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 4/2/2014 (Info 537).
III – CORRETA - Não se aplica o instituto do arrependimento posterior (art. 16 do CP) para o
homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 do CTB) mesmo que tenha sido
realizada composição civil entre o autor do crime a família da vítima. Para que seja possível aplicar
a causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do CP é indispensável que o crime praticado seja
patrimonial ou possua efeitos patrimoniais. O arrependimento posterior exige a reparação do
dano e isso é impossível no caso do homicídio. STJ. 6ª Turma. REsp 1561276-BA, Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/6/2016 (Info 590).
3- Assinale a alternativa INCORRETA com relação ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº
9.503/97)
a) Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da
ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a
suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua
obtenção.
b) Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, no Código de Trânsito Brasileiro,
salvo disposição em contrário, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de
Processo Penal.
c) Nos crimes de trânsito o juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do
Código Penal, dando especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e
consequências do crime.
d) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para
dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
e) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor não pode ser imposta isoladamente, devendo ser imposta cumulativamente com
outras penalidades.
Gabarito: E
a) Art. 294, CTB. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção.
b) Art. 291, CTB. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este
Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no
que couber.
c) Art. 291, § 4º, CTB. O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à
culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime.
d) Art. 293, CTB. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a
habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
e) Art. 292, CTB. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Gabarito: B
I – CORRETA - O perdão judicial é ato de clemência do Estado que afasta a punibilidade e o efeitos
condenatórios da sentença penal. Pressupõe o preenchimento de determinados requisitos - grau
de parentesco e insuportável abalo físico ou emocional. O instituto deve ser aplicado com cautela,
evitando-se a banalização, diante do atual cenário de violência no trânsito, que tanto se tenta
combater. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1339809/MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca,
julgado em 23/02/2016.
II – CORRETA - O fato de o autor de homicídio culposo na direção de veículo automotor estar com
a CNH vencida não justifica a aplicação da causa especial de aumento de pena descrita no inciso I
do § 1º do art. 302 do CTB. O inciso I do § 1º do art. 302 pune o condutor que "não possuir
Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação". O fato de o condutor estar com a CNH vencida
não se amolda a essa previsão não se podendo aplicá-lo por analogia in malam partem. STJ. 6ª
Turma. HC 226128-TO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 7/4/2016 (Info 581).
III – INCORRETA - O fato de os delitos terem sido cometidos em concurso formal não autoriza a
extensão dos efeitos do perdão judicial concedido para um dos crimes, se não restou comprovada,
quanto ao outro, a existência do liame subjetivo entre o infrator e a outra vítima fatal. Ex: o réu,
dirigindo seu veículo imprudentemente, causa a morte de sua noiva e de um amigo; o fato de ter
sido concedido perdão judicial para a morte da noiva não significará a extinção da punibilidade no
que tange ao homicídio culposo do amigo. STJ. 6ª Turma. REsp 1444699-RS, Rel. Min. Rogério
Schietti Cruz, julgado em 1/6/2017 (Info 606).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: A
I – CORRETA - É inepta a denúncia que imputa a prática de homicídio culposo na direção de veículo
automotor (art. 302 da Lei 9.503/1997) sem descrever, de forma clara e precisa, a conduta
negligente, imperita ou imprudente que teria gerado o resultado morte, sendo insuficiente a
simples menção de que o suposto autor estava na direção do veículo no momento do acidente.
STJ. 6ª Turma. HC 305194-PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/11/2014 (Info 553).
II – CORRETA - Se um indivíduo, que não possui habilitação para dirigir (art. 309 do CTB), conduz
seu veículo de forma imprudente, negligente ou imperita e causa lesão corporal em alguém, ele
responderá pelo crime do art. 303, § 1º, do CTB, ficando o delito do art. 309 do CTB absorvido por
força do princípio da consunção. O delito de dirigir veículo sem habilitação é crime de ação penal
pública incondicionada. Por outro lado, a lesão corporal culposa (art. 303 do CTB) é crime de ação
pública condicionada à representação. Imagine que a vítima não exerça seu direito de
representação no prazo legal. Diante disso, o Ministério Público poderá denunciar o agente pelo
delito do art. 309? NÃO. O delito do art. 309 já foi absorvido pela conduta de praticar lesão
corporal culposa na direção de veículo automotor, tipificada no art. 303 do CTB, crime de ação
pública condicionada à representação. Como a representação não foi formalizada pela vítima,
houve extinção da punibilidade, que abrange tanto a lesão corporal como a conduta de dirigir sem
habilitação. STF. 2ª Turma. HC 128921/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 25/8/2015 (Info
796).
III – CORRETA - Para aplicação do perdão judicial baseado no sofrimento psicológico do agente, o
STJ tem exigido a existência de um vínculo, de um laço prévio de conhecimento entre os
envolvidos, para que seja "tão grave" a consequência do crime ao agente. Assim, a interpretação
dada, na maior parte das vezes, é no sentido de que só sofre intensamente o réu que, de forma
culposa, matou alguém conhecido e com quem mantinha laços afetivos. Entender pela
desnecessidade do vínculo seria abrir uma fenda na lei, que reputo não haver desejado o
legislador, pois, além de difícil aferição – o tão grave sofrimento –, serviria como argumento de
defesa para todo e qualquer caso de delito com vítima fatal. STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no
AREsp 604.337/RJ, Rel. Min. Ericson Maranho (Des. Conv. do TJ/SP), julgado em 28/04/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
Gabarito: D
a) Art. 298, CTB. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter
o condutor do veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do
veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de
passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade
prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
b) Art. 293, § 2º, CTB. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de
condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
c) Art. 294, CTB. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a
proibição de sua obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que
indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
suspensivo.
d) Art. 296, CTB. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará
a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
e) Art. 301, CTB. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
àquela.
Gabarito: B
I – CORRETA - Art. 291, § 1o , CTB . Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o
disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente
estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h
(cinqüenta quilômetros por hora).
II - CORRETA. Art. 291, §4º, CTB. O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art.
59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à
culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime.
III – INCORRETA - Art. 291,§ 2º, CTB. Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser
instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
Gabarito: A
I – CORRETA - A Lei de Abuso de Autoridade (LAA) foi concebida para incriminar os abusos
genéricos ou inominados de autoridade, isto é, para abranger os fatos não previstos como crime
no CP ou em leis especiais, tendo em conta que vários dos crimes funcionais, como o peculato, a
corrupção, a concussão, os crimes de prefeitos ou aqueles previstos na Lei de Licitações podem
consubstanciar se em abuso — mau uso ou uso excessivo — da autoridade do funcionário público.
Bem por isso, os tipos previstos na lei ora comentada, bastante abertos do ponto de vista objetivo,
são subsidiários em relação aos previstos no CP e em outras leis especiais que sejam caracterizados
por abusos de autoridade do servidor, mas descritos de modo mais específico.
II – CORRETA - A LAA protege a administração pública e a moralidade administrativa (STJ, REsp
89.883, Laurita Vaz, 5ª T., u., 28/09/2010), bem como os direitos fundamentais expressamente
mencionados nos dispositivos da lei (TRF2, HC 200002010508413, Feltrin, 2ª T., u., 25/04/2001).
Com efeito, as alíneas do art. 3º da LAA fazem referência a vários direitos fundamentais previstos
no art. 5º da CF, o que demonstra, significativamente, que os delitos em questão se situam no
âmago do conflito entre os direitos individuais e a atuação do Estado.
III – CORRETA - A própria LAA, em seu art. 5º, estabelece que: “Considera-se autoridade, para
efeitos desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar,
ainda que transitoriamente e sem remuneração”.
Como se vê, o conceito de autoridade aproxima-se daquele de funcionário público, dado pelo art.
327 do CP. Cuidando-se de autoridade, exige-se, ainda, que o agente público tenha poder de
determinar algum tipo de sujeição do particular. Embora o dispositivo não faça menção à entidade
paraestatal, como o faz o art. 327 do CP, ao criar a figura do funcionário público por equiparação,
entendemos abarcado pelo conceito de autoridade o funcionário que exerça suas atividades em
uma autarquia, por exemplo, desde que tenha poder de sujeitar o cidadão a alguma sorte de uso
abusivo da autoridade que lhe é concedida.
Só há crime se o abuso for praticado no exercício da função ou quando o funcionário, embora não
esteja “no regular exercício funcional ao praticar o abuso, use ou invoque a autoridade de que é
investido”.
É possível o concurso, inclusive de particular, desde que conheça a circunstância, uma vez que,
cuidando-se de dado elementar, é comunicável, nos termos do art. 30 do CP.
Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José
Paulo Baltazar Junior; coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016, p. 471/472
9- Assinale a alternativa INCORRETA com relação aos crimes de abuso de autoridade, previstos
na Lei 4.898/1965.
a) Compete à Justiça Comum, Federal ou Estadual processar e julgar o delito de abuso de
autoridade.
b) Deverão ser seguidas as regras de competência do Código de Processo Penal, sendo, portanto o
local da consumação do crime o competente para processar e julgar a autoridade pública autora
do delito.
c) A simples condição de o agente que pratica o delito de abuso de autoridade pertencer aos
quadros da Administração Pública Federal, determina a competência da Justiça Federal para
processar e julgar o delito.
d) O abuso de autoridade é considerado infração penal de menor potencial ofensivo, sendo,
portanto, a competência, dos Juizados Especiais Criminais, e lá devem ser aplicadas as medidas
despenalizadoras.
Gabarito: C
a) Competência para processo e julgamento. Compete à Justiça Comum, Federal ou Estadual
processar e julgar o delito de abuso de autoridade. Caso a prática do delito cause violação a alguns
bens, interesse ouserviço da União Federal, suas entidades autárquicas ou empresas públicas, a
competência será da Justiça Federal, na forma do art. 109, IV, da CRFB/8.3, como na hipótese de o
abuso ser praticado dentro de uma Delegacia de Polícia Federal ou dentro do INSS, Autarquia
Federal. Caso contrário, a competência para processo e julgamento será da Justiça Estadual.
b) Deverão ser seguidas as regras de competência do Código de Processo Penal, sendo, portanto o
local da consumação do crime o competente para processar e julgar a autoridade pública autora
do delito (art. 70).
c) É de se notar que a simples condição de o agente que pratica o delito de abuso de autoridade
pertencer aos quadros da Administração Pública Federal, não determina a competência da Justiça
Federal para processar e julgar o delito.
d) Infração de menor potencial ofensivo. Considerando-se que a pena máxima cominada ao delito
de abuso de autoridade prevista no art. 6°, § 3°, b, não ultrapassa dois anos, o abuso de
autoridade é considerado infração penal de menor potencial ofensivo, sendo, portanto, a
competência, dos Juizados Especiais Criminais, e lá devem ser aplicadas as medidas
despenalizadoras.
Após a alteração do art. 61 da Lei 9099/95 pela Lei 11.313/2006, mesmo os delitos, para os quais
haja procedinento especial previsto em lei, são considerados infrações penais de menor potencial
ofensivo.
Habib, Gabriel. Leis Penais Especiais volume único: atualizado com os Informativos e Acórdãos do
STF e do STJ de 2015 I coordenador Leonardo de Medeiros Garcia - 8. ed. rev., atual. e ampl. -
Salvador: Juspodivm, 2016, p. 24.
Gabarito: C
I – CORRETA – Súmula 172 do STJ: Compete a justiça comum processar e julgar militar por crime
de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.
II - INCORRETA - Natureza jurídica da representação e ação penal. A leitura apressada do
dispositivo legal pode levar o intérprete ao equívoco de pensar que a representação a que o
dispositivo faz menção é urna condição objetiva de procedibilidade, sendo, portanto, a ação penal
pública condicionada à representação, sobretudo se conjugado ao art. 12 da lei. Entretanto, a
representação não tem tal natureza, mas, sim, um espelho do direito de petição, positivado no art.
5°, XXXIV, alínea a, da CRFB/88, por meio do qual se leva ao conhecimento das autoridades
públicas qualquer abuso de poder. Dessa forma, a representação tem natureza jurídica de notitia
criminis. Nesse sentido, é o art. 1o da Lei 5.249/67 que dispõe: "A falta de representação do
ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei ;1° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, não obsta a
iniciativa ou o curso da ação penal". Assim, a ação penal é pública incondicionada.
III – CORRETA - Os crimes previstos no art. 3° da lei são classificados como crimes de atentado, que
são aqueles que já trazem a figura da tentativa como elemento do tipo. Logo, se a tentativa já
esgota a figura típica na conduta do agente, o delito já está consumado. Seria correto, portanto,
afirmar que, nesses crimes, o tentar já é consumar. Dessa forma, o delito não admite a figura da
tentativa.
HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais volume único: atualizado com os Informativos e Acórdãos do
STF e do STJ de 2015 I coordenador Leonardo de Medeiros Garcia - 8. ed. rev., atual. e ampl. -
Salvador: Juspodivm, 2016, p. 27 e 29.