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Agora Eu Passo Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei N° 8069/90����������������������������������������������������������������������������������2
Dos Crimes�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Art. 241-C ao Art. 242��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Artigo 241-E – Norma Penal Explicativa –����������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
Artigo 242 – Venda de Arma, Munição Ou Explosivo –������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei N° 8069/90


Dos Crimes
Art. 241-C ao Art. 242
ARTIGO 241-C – SIMULACRO DE PEDOFILIA –
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por
meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de represen-
tação visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Comentário –
O Núcleo do tipo é o verbo “simular”, que significa fazer aparecer como real uma coisa que não
o é. Ação ou efeito de simular; fingimento, disfarce. Nesse caso, aqui não há a participação real da
criança ou adolescente. Vale destacar que nos outros crimes citados acima, há a participação real
dos sujeitos passivos.
Exemplo – alguém pega uma foto de criança e adolescente, recorta suas imagens e a insere em outra
foto em que há cena de sexo.
Nesse caso, não houve a efetiva participação da criança e adolescente; o que efetivamente houve
foi uma simulação.
Essa simulação pode ocorrer por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia,
vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.
Classificação –
1) Sujeito Ativo – Crime comum.
2) Sujeito Passivo – Criança e adolescente.
3) Consumação – Com a efetiva prática das condutas citadas.
4) Crime formal – não depende do resultado naturalístico para sua consumação.
5) Tentativa – Admite.
6) Elemento Subjetivo – Dolo
CONDUTA EQUIPARADA –
Art. 241-C, Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui,
publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Como podemos perceber, esse dispositivo legal é formado por diversos verbos contidos nos arts.
241, 241-A, 241-B. A diferença entre eles é que nesse (art. 241-D) não há a participação real da criança
e do adolescente, apenas uma simulação; enquanto naqueles, haverá a participação real.
ARTIGO 241-D – ALICIAMENTO DE CRIANÇA –
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Comentário – Nesse crime, o agente criminoso pratica atos com a finalidade de convencer a criança
a praticar com ele atos libidinosos. Ressalta-se que aqui não há a pratica efetiva do ato libidinoso; na
verdade, o legislador pune atos anteriores à efetiva prática do contato físico.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Classificação –
1) Núcleos do tipo – São 4 os verbos que poderão ser praticados pelo sujeito ativo, tratando-se de
um tipo penal misto-alternativo, de condutas variadas, de plurinuclear. Assim, a prática de vários
verbos no mesmo contexto fático configura crime único. São eles:
Aliciar – Atrair a si; seduzir; conquistar; exercer atração sobre algo ou alguém.
Assediar – Insistir com pedidos ou propostas; importunar alguém para que esta pessoa atenda seu pedido.
Instigar – incitar; estimular; induzir; incentivar.
Constranger – coagir, forçar, obrigar.
2) Forma de conduta – O crime poderá ser praticado de qualquer forma, seja pessoalmente ou de
forma virtual, em virtude da expressão: “por qualquer meio de comunicação”
3) Sujeito Ativo – Qualquer pessoa. Crime comum.
4) Sujeito Ativo – Criança. aqui, diferentemente dos demais dispositivos, somente a criança poderá
ser sujeito passivo do crime. Por falta de previsão legal, não abrange o adolescente.
5) Elemento Subjetivo – Dolo com especial fim de agir: com ela praticar ato libidinoso. A ausência
de dolo específico não configura esse crime.
6) Consumação – O crime se consuma com a efetiva prática dos dispositivos legais.
7) Crime formal – Assim, com a prática dos núcleos do tipo, o crime se consuma. Não há necessi-
dade de que o sujeito passivo (criança) realize efetivamente o ato libidinoso com o criminoso.
8) Tipo penal preventivo – Claramente, trata-se de um tipo penal preventivo, no qual o legislador
antecipa a tutela penal, antecipando a proteção de bens jurídicos, punindo condutas anteriores
à efetiva prática do ato. Nesse caso, o legislador quer punir a conduta do pedófilo para que não
ocorra efetivamente o ato libidinoso com a criança.
9) Efetiva prática do ato libidinoso – Caso ocorra o ato, o agente responderá conforme a previsão
no art. 217-A do Código Penal – Estupro de vulnerável.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

CONDUTAS EQUIPARADAS –
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

INCISO I – Nesse caso, o agente criminoso mostra, apresenta à criança um material contendo cena de
sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso. Com isso, ele quer mostrar
a ela que a prática é comum, que não há nada de errado. Assim, fazendo com que a vítima não venha
a se opor.
Elemento subjetivo – Dolo com fim especial de agir.
INCISO II – Nesse caso, o legislado pune aquele que aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
qualquer meio de comunicação, com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
sexualmente explícita.
Elemento subjetivo – Como podemos perceber, a diferença desse inciso II do parágrafo único
para o caput está no dolo. Aqui o dolo é induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexual-
mente explícita; já no art. 241-D, caput, tem por fim de com ela praticar ato libidinoso.
Exemplo – O sujeito “Bravo” instiga uma criança por meio de uma rede social para que ela mande
fotos sensuais, seminuas ou nuas. (nudes). Nesse caso, incorrerá nesse crime.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Artigo 241-E – Norma Penal Explicativa –


Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende
qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos
órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Normas penais Explicativas são aquelas que visam esclarecer ou explicitar conceitos, de modo a
ajudar o aplicador da lei na interpretação do dispositivo legal.
INFORMATIVO 577 DO STJ – [...] art. 241-E do ECA (...) trouxe norma penal explicativa –
porém não completa – que contribui para a interpretação dos tipos penais abertos criados pela Lei n.
11.829/2008. Nessa linha de intelecção, a definição de material pornográfico acrescentada por esse
dispositivo legal não restringe a abrangência do termo pornografia infanto-juvenil e, por conseguin-
te, deve ser interpretada com vistas à proteção da criança e do adolescente em condição peculiar
de pessoas em desenvolvimento (art. 6º do ECA). Desse modo, o conceito de pornografia infanto-
juvenil pode abarcar hipóteses em que não haja a exibição explícita do órgão sexual da criança e do
adolescente e, nesse sentido, há entendimento doutrinário. Portanto, configuram os crimes dos arts.
240 e 241-B do ECA quando subsiste incontroversa a finalidade sexual e libidinosa de fotografias
produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos genitais de adolescente – ainda que
cobertos por peças de roupas – , e de poses nitidamente sensuais, em que explorada sua sexualidade
com conotação obscena e pornográfica. REsp 1.543.267-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, julgado em 3/12/2015, DJe 16/2/2016.
Artigo 242 – Venda de Arma, Munição Ou Explosivo –
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
munição ou explosivo:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)

Violação –
Esse dispositivo legal visa assegurar a efetiva proibição contida no art. 81, inciso I, do ECA, no
qual ressalta que é proibida a venda à criança ou ao adolescente de armas, munições e explosivos.
Derrogação do art. 242 –
Derrogação é a revogação parcial do dispositivo legal. Esse artigo foi parcialmente revogado pelo
art. 16, parágrafo único, inciso V, do Estatuto do Desarmamento. Vejamos:
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autori-
zação e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: [...]
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente.

Portanto, aquele que vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente arma de fogo, munição ou explosivo será punido conforme o Estatuto do Desar-
mamento. Os fundamentos para tal aplicação decorrem do Princípio da Especialidade e Posterioridade.
Crime hediondo –
Vale ressaltar que a Lei 13.497 de 2017 incluiu no parágrafo único da Lei dos Crimes Hediondos o
art. 16 do Estatuto do Desarmamento. Desse modo, esse crime é inafiançável, insuscetível de graça,
anistia e indulto; além disso, a progressão se dará com o cumprimento de 2/5 da pena se primário e
2/5 se reincidente.
Aplicação do art. 242 a arma branca –
Como falamos acima, o dispositivo está revogado parcialmente – derrogação. Desse modo,
como o Estatuto do desarmamento não traz o crime em virtude de arma branca, aplica-se o art. 242
somente se as condutas de vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar, de qualquer
forma, a criança ou adolescente se estiverem direcionadas à arma branca.

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Classificação –
1) Sujeito Ativo – Qualquer pessoa. Crime comum.
2) Sujeito Ativo – Criança e o adolescente.
3) Elemento Subjetivo – Dolo.
4) Consumação – O crime se consuma com a efetiva prática dos dispositivos legais.
5) Crime formal – Independe de resultado naturalístico.
6) Tentativa – Admite-se.
Exercícios
01. Constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente simular a participação de
criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração,
montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.
Certo ( ) Errado ( )
02. Constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente aliciar, assediar, instigar ou
constranger, por qualquer meio de comunicação, criança ou adolescente, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso.
Certo ( ) Errado ( )
03. A conduta criminosa de aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comu-
nicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso, poderá ser praticado a título de
dolo ou de culpa.
Certo ( ) Errado ( )
04. Para efeito dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, a expressão “cena de
sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adoles-
cente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de
uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
Certo ( ) Errado ( )
05. Constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente vender, fornecer ainda
que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma de fogo,
munição ou explosivo.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Errado
04 - Certo
05 - Errado

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