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Intensivo PCDF

@DELTAVITORFALCAO
Concurso de pessoas
Conceito: é a ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas em uma
mesma infração penal (Mirabete).
• Número plural de pessoas concorrendo para o mesmo evento.

• Crimes unissubjetivos e crimes plurissubjetivos.


Concurso de pessoas
Requisitos

Pluralidade de agentes e de condutas


Relevância causal das condutas
Liame subjetivo entre os agentes
Identidade de infração penal

Obs: Alguns autores acrescentam a necessidade da


existência de um fato punível
Concurso de pessoas
Pluralidade de agentes e de condutas
• É necessário que todos os agentes sejam culpáveis?

- Cuidado com os crimes plurissubjetivos

- Concurso aparente de pessoas (pseudo concurso ou concurso


impróprio).
Concurso de pessoas
Relevância causal das condutas
• Participação inócua.
Concurso de pessoas
Liame subjetivo entre os agentes
•Vontade homogênea (princípio da convergência). Assim,
não é possível a contribuição dolosa para um crime culposo
e nem contribuição culposa para um crime doloso.

- Não reclama o prévio ajuste!!!


- Não necessita de estabilidade!
Concurso de pessoas
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado
de Polícia
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Para que fique caracterizado o concurso de pessoas, é necessário que exista o
prévio ajuste entre os agentes delitivos para a prática do delito.
Maria, propositadamente, deixa aberta a porta da casa em que é empregada doméstica,
permitindo que Fausto subtraia bens do imóvel, uma tela de pintor renomado e joias de família.
Romero vê, se aproveita da situação, e resolve aderir ao intento de Fausto, subtraindo, também, os
objetos da residência, um porta revistas de metal e um conjunto de copos de vidro. Diante deste
caso, é CORRETO afirmar:
A Quando há participação de dois ou mais agentes no cometimento do mesmo crime, a pena será a
mesma para todos, não importando, o grau de maior ou menor participação.
B Ficou configurado o concurso de pessoas, em razão do reconhecimento da prática da mesma
infração por todos os agentes.
C Caso Romero apenas tivesse estimulado Fausto ao cometimento do crime, não haveria concurso
de pessoas, pois não há o que se falar em concorrência, quando uma pessoa comente uma conduta
atípica e a outra, comete conduta típica, embora concorram para o mesmo resultado.
D Maria não poderá responder pelo concurso de pessoas, uma vez que Maria apenas deixou a
porta da casa aberta para Fausto, e este foi quem subtraiu os bens juntamente com Romero.
E No caso, não há o que se falar em concurso de agentes, uma vez que não houve prévio ajuste
entre os mesmos. Afinal, Fausto e Romero nem se conheciam.
Concurso de pessoas

• E na falta do liame subjetivo?


Concurso de pessoas
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU - Direito
Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de pessoas e da
culpabilidade.

João e Manoel, penalmente imputáveis, decidiram matar Francisco. Sem que um soubesse da
intenção do outro, João e Manoel se posicionaram de tocaia e, concomitantemente, atiraram na
direção da vítima, que veio a falecer em decorrência de um dos disparos. Não foi possível
determinar de qual arma foi deflagrado o projétil que atingiu fatalmente Francisco. Nessa
situação, João e Manoel responderão pelo crime de homicídio na forma tentada.
Concurso de pessoas
Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2018 - PC-PI - Delegado de Polícia Civil
JOSÉ e PEDRO têm o mesmo desafeto, no caso, MEVIO. Mas desconhecem tal fato. Contratam
pistoleiros para matar MEVIO. O pistoleiro, contratado por PEDRO se armou com um revólver, e o
contratado por JOSÉ com uma pistola. Ocorre que fizeram uma tocaia no mesmo local e momento. Os
dois atiram simultaneamente em MEVIO. O pistoleiro de JOSÉ atinge o coração de MEVIO e o de
PEDRO atinge a perna de forma leve. Há prova de que o projétil usado pelo contratado por JOSÉ foi o
causador da morte da vítima. PEDRO confessou ter mandado atirar em MEVIO. Com relação ao caso,
A) JOSÉ e PEDRO devem responder por homicídio.

B) JOSÉ responde por homicídio.

C) JOSÉ e PEDRO devem responder por tentativa de homicídio.

D) JOSÉ e PEDRO respondem por homicídio em coautoria.

E) JOSÉ responde por tentativa de homicídio.


Concurso de pessoas
Identidade de infração penal
• Todos que concorrem para o crime responderão pela mesma infração?

- Teoria monista-
- Teoria pluralista – Haverá tantos crimes quantos os agentes que concorrem para o
crime.
- Teoria dualista- Um crime para os autores e outro para o partícipe.

- Qual teoria o Código Penal Adotou?


Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade
Autoria

- Quem é considerado autor?

• Teoria subjetiva (extensiva): Não impõe distinção entre autor e partícipe

• Teoria objetiva-formal (restritiva): autor é quem pratica o verbo e partícipe e quem


concorre para o crime sem praticar o verbo. Adotada pelo CP.

• Teoria do domínio do fato: Autor é quem controla finalísticamente o fato.


- Abrange autor intelectual, autor mediato
- Que seria o partícipe?
Autoria mediata

- Comete o ato utilizando-se de outra pessoa como instrumento.

EX:
- Instrumento impunível
- Coação moral irresistível
- Obediência hierárquica
- Erro provocado por terceiro
Autoria mediata

Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2014 - PC-RO - Escrivão de Polícia
Civil
A utilização de um inimputável pelo autor intelectual de um crime para praticá-lo é
denominado pela doutrina como:

A) autoria mediata.

B) participação por omissão.

C) autoria incerta.

D) participação de menor importância.

E) autoria colateral.
Coautoria
Coautoria: Quando o núcleo é executado por duas ou mais pessoas.

• É possível em crime próprio?

• E de mão própria?

• É possível coautoria em crimes culposos?

• É possível coautoria em crimes omissivos?

• Coautoria sucessiva? Ocorre quando já iniciada a execução do crime


Participação
Partícipe é quem concorre para o crime sem executar o verbo .

Condutas do partícipe:
- Induz
- Instiga
- Auxília

OBS: Não existe participação dolosa em crime culposo e nem participação culposa em crime
doloso.
Participação
Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: FUNCAB - 2016 - PC-PA - Investigador de
Policia Civil
Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que:
A) adota-se, no Brasil, a teoria de acessoriedade máxima.
B) não há participação culposa em crime doloso.
C) assume a condição de partícipe aquele que executa o crime, salvo quando adotada a
teoria subjetiva.
D) na teoria do domínio do fato, partícipe é a figura central do acontecer típico.
E) o auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao passo em que a instigação
é conduta de autor.
Participação
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de
Polícia Federal

Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada
com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de
exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição e crime contra o patrimônio.

Clara, tendo descoberto uma traição amorosa de seu namorado, comentou com sua amiga Aline que
tinha a intenção de matá-lo. Aline, então, começou a instigar Clara a consumar o pretendido. Nessa
situação, se Clara cometer o crime, Aline poderá responder como partícipe do crime.
Participação
Punibilidade da participação

• Não se pune a participação se o crime não chega ao menos a ser tentado (artigo 31 do CP).
Participação
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH - Advogado
Com referência à lei penal no tempo, ao erro jurídico-penal, ao concurso de agentes e
aos sujeitos da infração penal, julgue o item que se segue.
Para a punição de um partícipe que colabore com a conduta delituosa, é preciso que o
fato principal seja típico, ilícito, culpável e punível.
Participação

• É possível em crime próprio?

• E de mão própria?

• É possível coautoria em crimes culposos?

• É possível coautoria em crimes omissivos?


Participação

• CONIVÊNCIA
Participação dolosamente distinta
Desvio subjetivo de conduta
Artigo 29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave
Participação de menor importância
Artigo 29, § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída
de um sexto a um terço
É a participação de pequena eficiência causal para a execução do crime. Refere-se apenas
ao partícipe.
- Caso concreto pelo juiz.
OBS1: não existe a figura do coautor “de menor importância”, só se aplica ao partícipe.

OBS2: o motorista que fica ao lado de fora do banco, esperando o bando, não é
considerado partícipe de menor importância, visto que dá a tranquilidade aos comparsas,
jurisprudência tranquila, nesse sentido. É autor (coautor). Lembrar do conceito de
coautoria: divisão de tarefas.
Concurso de pessoas
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime

• Circunstâncias e condições de caráter pessoal não se comunicam, ainda que


integrem o conhecimento dos demais. Privilégio

• As objetivas se comunicam, desde que os agentes conheçam a condição: Ex: arma de


fogo.

• Elementares sempre se comunicam – não importa se objetivas ou subjetivas.


Concurso de pessoas
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área
Judiciária
Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibição e do concurso de pessoas,
julgue o item subsequente.

Inexiste, no ordenamento jurídico, a possibilidade de as condições e circunstâncias de


caráter pessoal de um agente se comunicarem com as de outro agente que seja coautor de
um crime.
Concurso de crimes
CONCEITO : Trata-se do instituto pelo qual o agente, mediante uma ou mais
condutas, pratica dois ou mais crimes.
Obs: Perceba que no concurso de crimes pode haver unidade ou pluralidade de
condutas, mas SEMPRE haverá uma pluralidade de crimes. .
Concurso de crimes
ESPÉCIES
Há três espécies de concurso de crimes previstas no Código Penal, quais sejam:
• Concurso material – art. 69 (regra geral)
• Concurso formal – art. 70 (exceção legal);
• Crime continuado – art. 71 (exceção legal).
Concurso de crimes
SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA NO CONCURSO DE CRIMES
CÚMULO MATERIAL Opera-se a soma das penas de todos os crimes praticados pelo
agente. É aplicado para o concurso material e no concurso formal impróprio ou
imperfeito, bem como no concurso de pena de multa (art. 72 do CP).
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e
integralmente.
EXASPERAÇÃO -O juiz irá aplicar apenas uma pena aumentada de determinado
percentual. É o sistema adotado no concurso formal próprio ou perfeito e no crime
continuado.
ABSORÇÃO
É aquele em que o juiz aplica apenas a pena do crime mais grave que absorve todas
as demais. Não possui previsão legal. Já foi adotado pela jurisprudência nos crimes
falimentares, cometidos na égide da antiga lei de falências. Na atual Lei de Falências,
ainda não há jurisprudência sobre o tema.
Concurso de crimes
CONCURSO MATERIAL
PREVISÃO LEGAL
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão
e de detenção, executa-se primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de
liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a
substituição de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
Concurso de crimes
• Trata- se de espécie de concurso de crimes, prevista no art. 69 do CP, que se verifica
quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não.
• No concurso material o juiz aplica cada uma das penas separadamente, de acordo
com o critério trifásico. Após, irá somar todas as penas.
• É também denominado de concurso real.
Concurso de crimes
ESPÉCIES
Homogêneo Ocorre quando os crimes são idênticos, por exemplo, o agente pratica
dois furtos. O Código Penal, aqui, adota o sistema do cumulo material.
Heterogêneo É aquele em que os crimes são diversos. Por exemplo, o agente pratica
um furto e uma receptação. Igualmente, adota o sistema do cumulo material. Ou seja,
as penas serão somadas.

IMPOSIÇÃO CUMULATIVA DE PENAS DE RECLUSÃO E DETENÇÃO


Havendo imposição cumulativa de pena de reclusão e detenção, conforme o disposto
na parte final do caput, do art. 69 do CP, deverá ser executada primeiro a pena de
reclusão e, após será a pena de detenção.
Concurso de crimes
CONCURSO FORMAL
PREVISÃO LEGAL
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais,
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As
penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os
crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo
anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69
deste Código.
Concurso de crimes
Conceito: Concurso formal ou ideal é a espécie de concurso de crimes, prevista no art.
70 do CP, que se verifica quando o agente mediante uma única ação ou omissão pratica
dois ou mais crimes idênticos ou não.
ESPÉCIES E APLICAÇÃO DA PENA
• Homogêneo Caracterizado pela prática de crimes idênticos. Por exemplo, o agente,
dirigindo de forma imprudente, atropela e mata duas pessoas.
• Heterogêneo Os crimes praticados pelo agente são diversos. Por exemplo, o agente,
dirigindo de forma imprudente, atropela, mata uma pessoa e fere outra.
Concurso de crimes
Perfeito ou próprio : É aquele em que não há desígnios autônomos (dolo autônomo).
Ou seja, a pluralidade de crimes não emana da vontade do agente.
Adota-se o sistema da exasperação. O juiz irá aplicar apenas uma das penas, qualquer
delas, se idênticas ou a mais grave, se diversas, aumentada de 1/6 até metade.
Imperfeito ou impróprio : Aqui, a pluralidade de resultados emana de desígnios
autônomos. Ou seja, existe dolo do agente na produção de todos os crimes. A aplicação
da pena segue o sistema do cumulo material. Logo, o juiz irá somar as penas de todos
os crimes praticados pelo agente.
Concurso de crimes
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO OU FAVORÁVEL
Art. 70, Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra
do art. 69 deste Código.
• Possui aplicação no tocante ao concurso formal próprio ou perfeito e no crime
continuado, que adotam o sistema da exasperação.
• Tanto o concurso formal perfeito quanto o crime continuado foram criados para
favorecer o réu. Por isso, quando o sistema da exasperação prejudica o réu, o juiz
deve aplicar o cumulo material.
• Geralmente, ocorre quando os crimes possuem penas muito distantes. Por exemplo,
o agente pratica um homicídio qualificado e uma lesão corporal culposa.
Concurso de crimes
CRIME CONTINUADO OU CONTINUIDADE DELITIVA
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução
e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do
primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75
deste Código.
Concurso de crimes
CONCEITO: É a espécie de concurso de crimes, prevista no art. 71 do CP, que se verifica
quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes
da mesma espécie e, pela condição do lugar, tempo e maneira de execução, os demais
são havidos como continuação do primeiro.
Concurso de crimes
NATUREZA JURÍDICA : Francesco Carrara desenvolveu a Teoria da Ficção Jurídica,
segundo a qual o crime continuado é formado por vários crimes parcelares que, para
fins de aplicação da pena, deve ser considerado como um único crime. É adotada pelo
Código Penal.
Por fim, salienta-se que a Teoria da Ficção Jurídica é utilizada APENAS para fins de
aplicação da pena. Para todas as demais finalidades, o direito reconhece os crimes
parcelares.
Concurso de crimes
Concurso de crimes
Os requisitos para a configuração do crime continuado comum são as seguintes:
✓ Pluralidade de condutas;
✓ Crimes da mesma espécie;
✓ Vínculo de continuidade: mesmas condições de tempo, mesmas condições de lugar,
mesma forma de execução (modus operandi) e demais circunstâncias semelhantes;
✓ Unidade de desígnios (segundo o STJ e a doutrina majoritária). Apesar de não haver
previsão expressa na lei, parte da doutrina estabelece a necessidade de unidade de
desígnios, ou seja, a prática de todos os delitos parcelares deve fazer parte de um
mesmo plano do agente. É o que tem entendido o Superior Tribunal de Justiça, com a
adoção da chamada teoria objetivo-subjetiva ou mista:
Concurso de crimes
OBS: O critério para fixação, pelo juiz, da fração de aumento, cujo limite mínimo é de
um terço, e o limite máximo, de dois terços, deve ser o número de infrações penais
praticadas
O que seria crimes da mesma espécie?
• Há duas correntes que definem crimes de mesma espécie. Observe:
• 1ªCorrente – são aqueles que apresentam características comuns. Assim, pouco
importa se estão ou não previstos no mesmo dispositivo legal. Entende, por exemplo,
que furto mediante fraude e estelionato seriam crimes de mesma espécie. É uma boa
posição para se adotar em provas da Defensoria Pública.
• 2ªCorrente – são aqueles que estão previstos no mesmo tipo penal e apresentam a
mesma estrutura jurídica, ou seja, ofendem os mesmos bens jurídicos. É boa para
concursos do MP, da Magistratura e de Delegado. É a posição amplamente
majoritária, adotada pelo STF e pelo STJ.
Concurso de crimes
• o STJ não reconhece a continuidade delitiva entre roubo e latrocínio(HC 189134, Rel.
Min. Ribeiro Dantas, 5ª Turma, DJe 12/08/2016
• Também não reconhece a continuidade delitiva entre roubo e extorsão(STJ, HC
461794/SC:

• Com relação ao requisito do mesmo lugar, não se exige que se trate da mesma
cidade. É possível a configuração, por exemplo, no caso de comarcas contíguas. É o
entendimento adotado pelo STJ no seguinte precedente:
Concurso de crimes
• Crime continuado específico
• Crime continuado específico é a modalidade de continuidade delitiva aplicável aos
casos em que os crimes são cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa,
envolvendo vítima diferentes.
• O crime continuado específico está previsto no artigo 71, parágrafo único, do Código
Penal:
• Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e
as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais
grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e
do art. 75 deste Código.
Concurso de crimes
• São requisitos do concurso continuado específico:
• ✓ Pluralidade de condutas;
• ✓ Crimes da mesma espécie;
• ✓ Vínculo de continuidade: mesmas condições de tempo, mesmas condições de
lugar, mesma forma de execução (modus operandi) e demais circunstâncias
semelhantes;
• ✓ Unidade de desígnios (segundo o STJ e a doutrina majoritária).
• ✓ Crimes dolosos;
• ✓ Violência ou grave ameaça contra a pessoa;
• ✓ Vítimas diferentes.
Concurso de crimes
• No concurso continuado específico, o juiz deve aplicar a pena de um só dos crimes, se
elas forem idênticas, ou a mais grave delas, se forem diferentes, aumentada até três
vezes.
Concurso de crimes
CONCURSO DE CRIMES E PENA DE MULTA
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e
integralmente. Deste modo, qualquer que seja a modalidade de concurso de crimes, as
penas de multa devem ser aplicadas de modo autônomo e integral.
Portanto, ao final, as penas de multa sempre devem ser somadas.
Entretanto, no caso de continuidade delitiva, o STJ afasta a aplicação da norma
prevista no artigo 72 do CP, acima transcrito, para considerar que deve haver a
imposição de uma única pena de multa, já que as infrações são tratadas como crime
único:

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