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CAP. 4.

HISTOLOGIA BÁSICA 64-86

TECIDO EPITELIAL:

Os tecidos do organismo são constituidos por celulas e sua matriz


extracelular (MEC), que é composta por muitos tipos de moléculas altamente
organizadas, originando estruturas complexas, como fibrilas de colágeno e as
membranas basais. Acreditava- se que as principais funções atribuídas a
MEC eram fornecer apoio mecanico para as celulas e ser um meio para
transportar nutrientes ás celulas, e levar de volta catabólitos e produtos de
secreção. Atualmente os avanços das pesquisas biomédicas mostram que as
celulas que produzem MEC, controlam sua composição e são controladas e
influenciadas por moléculas da matriz. Há, portanto, uma intensa interação
entre as celulas e MEC. A maioria desses receptores são moleculas que
cruzam a membrana da célula e se conectam a moleculas encontradas no
citoplasma. Pode- se considerar que as células e MEC são componentes do
corpo que tem continuidade fisica, funcionam conjuntamente e respondem de
modo coordenado às exigencias do organismo.

Tecidos básicos do organismo:

Características e organização: o organismo humano é constituido apenas por


4 tipos básicos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Leva- se
em conta criterios da estrutura, funções e origem embriológica dos tecidos.
O tecido epitelial é formado por celulas que revestem superfícies e
secretam moléculas, possuindo pouca MEC.
O tecido conjuntivo se caracteriza por grande quantidade de MEC que é
produzida nas próprias células.
O tecido muscular é formado de grandes células alongadas, que lhe
conferem a capacidade de contração, encurtando e aumentando seu
comprimento.
O tecido nervoso se compõe de células com longos prolongamentos
emitidos pelo corpo celular que tem as funções especializadas de receber,
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gerar e transmitir impulsos nervosos (neurônios).

Cada um dos tecidos é formado por varios tipos de celulas caracteristicas


daquele tecido, e por arranjos específicos da MEC. Essas associações
facilitam o reconhecimento dos muitos subtipos de tecidos.
Os tecidos não existem como componentes isolados, mas sim associados
uns aos outros, formando os diferentes tipos de órgãos do corpo. Estes por
sua vez são formados por uma associação muito precisa de vários tecidos,
que faz com que haja o funcionamento adequado de cada órgão, dos
sistemas formados por varios orgaos e do organismo como um todo. O
sistema nervoso é uma exceção, pois é constituido quase que somente por
tecido nervoso, possui grande importancia funcional as celulas livres nos
fluidos do corpo, tais como o sangue e a linfa. A maioria dos órgãos é
constituido de 2 componentes: o parenquima, composto por celulas
responsáveis pelas funções do órgão, e o estroma, que é o tecido de
sustentação representado quase sempre pelo tecido conjuntivo.

Principais funções do tecido epitelial: são de revestimento e secreção.


Revestimento de supuerfícies internas e externas dos órgãos ou do corpo
como um todo (pele). esta função está quase sempre associada a outras
importantes dos epitelios de revestimento, tais como proteção, absorção de
íons de moléculas (rins e intestino), e precepção de estimulos (neuroepitelio
olfatório e gustativo). Uma vez que as celulas epiteliais revestem todas as
superficies externas e internas, tudo o o que adentra e sai do nosso corpo
deve atravessar um folheto epitelial. Outra importante função é a secreção,
seja por celulas do epitelio de revestimento, seja por celulas epiteliais que se
reunem para construir estruturas especializadas em secreção, que são as
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glandulas. Algumas celulas epiteliais, como as celulas mioepiteliais, são


capazes de contração.
Principais caracteristicas das celulas epiteliais: epitelios são constituidos
por células poliédricas, ou seja, que possuem muitas faces. São justapostas e
entre elas há pouca substancia extracelular. Geralmente aderem firmemente
umas as outras por meio de junções intercelulares, se organizam como
folhetos que revestem a superficie externa e as cavidades do corpo ou que se
organizem em unidades secretoras. Sua forma varia muito, desde celulas
colunares até as pavimentosas - achatadas como ladrilhos. A forma poliedrica
deve- se ao fato de as celulas serem justapostas, formando aglomerados
tridimensionais. O nucleo dos varios tipos de celulas tem formas e
caracteristicas que variam de acordo com a sua morfologia. Celulas cuboides
tem nucleos esféricos e celulas pavimentosas tem seus nucleos achatados.
Nos nucleos alongados, o maior eixo do nucleo é sempre paralelo ao eixo
principal da celula. A forma dos nucleos da indiretamente uma ideia uma ideia
mais precisa sobre a forma da célula. Forma e posição do nucleo tb são de
grande utilidade para se determinar se as celulas epiteliais estão organizadas
em camada única ou em várias. Todos os epitelios estão apoiados sobre o
sistema conjuntivo, no caso dos epitelios que revestem as cavidades dos
orgãos ocos (sistemas digestório, respiratório e urinário), essa camada recebe
o nome de lamina propria. A porção da celula epitelial voltada para o tecido
conjuntivo é denominada de porção basal, enquanto a extremidade oposta,
geralmente voltada para uma cavidade ou espaço, é denominada de porção
apical, sendo a superficie desta região chamada de superfície livre. As
superficies de celulas epiteliais que confrontam outras celulas são
denominadas superfícies laterais. Estas normalmente formam as bases das
celulas, sendo denominadas de superficies basolaterais.

Laminas basais e membranas basais: lamina delgada de moléculas


situada entre as celulas epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente. Só é visivel
ao microscopio eletronico, como uma camada eletron- densa, que mede de 20
a 100 nm de espessura, formada por uma delicada rede de delgadas
fibrilas(lamina densa), que podem apresentar camadas de eletrons- lucentes
em um ou em ambos os lados da lamina densa, chamadas de laminas lúcidas.
Os principais componentes das laminas basais são: colágeno tipo IV,
glicoproteinas lamina e entactina, proteoglicanos (proteoglicano de heparam
sulfato). a lamina basal se prende ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de
ancoragem, constituidas por colagenos tipo VII. As laminas basais entre as
camadas de celulas epiteliais muito proximas entre sim como nos alveolos
pulmonares e nos glomérulos renais, resultam da fusão das laminas basais de
cada uma das camadas de celulas epiteliais. Laminas basais existem tb em
outros tipos de celulas que entram em contato com o tecido conjuntivo. Ao
redor de celulas musculares, celulas adiposas e celulas de Schwann, a lamina
basal forma uma barreira que limita ou controla a troca de macromoleculas
entre essas celulas e o tecido conjuntivo. Os componentes das laminas basais
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são secretados pelas celulas epiteliais, musculares, adiposas e de Schwann,


fibras reticulares produzidas por celulas do tecido conjuntivo, constituindo a
lamina reticular. As laminas basais tem varias funções, uma das principais é
promover a adesão das celulas epiteliais ao tecido conjuntivo subjacente. São
importantes para filtrar moleculas, influenciar a polaridade das celulas, regular
a proliferação e a diferenciação celular pelo fato de se ligarem a fatores de
crescimento. Influir no metabolismo celular, organizar as proteinas nas
membranas plasmaticas de celulas adjacentes, servir como caminho e
suporte para a migração de celulas. A lamina basal possui informações
necessárias para algumas interações celula- celula. Como a reinervação de
celulas musculares desnervadas. Neste caso, a lamina basal ao redor das
celulas musculares é necessaria para o estabelecimento de novas junções
neuromusculares.
A terminologia membrana basal, é utilizada para denominar uma camada
situada abaixo dos epitelios. A membrana basal que se ve ao microscopio de
luz é mais espessa que a lamina basal, inclui algumas das proteinas que se
situam no tecido conjuntivo proximo a lamina basal.

Especializações da superficie basolateral das celulas epiteliais


Interdigitações: as celulas epiteliais apresentam uma interna adesão
mutua, e para separa- las é necessario uma força mecanica relativamente
grande. Varia de acordo com o epitelio, mas é especialmente desenvolvida
naqueles sujeitos a fortes trações e pressões, como a pele. A adesão é devida
à ação coesiva dos membros de uma familia de glicoproteinas
transmembrana chamadas caderinas. Estas perdem sua capacidade de
promover adesividade na ausencia de Ca²+. outro meio de aumentar a
adesão entre as celulas é por meio de dobras das membranas, que se
encaixam nas dobras das membranas de celulas adjacentes. Estas chamadas
de interdigitações das membranas.

Junções intercelulares | de oclusão: servem não somente como locais


de adesão, mas também como vedantes, prevenindo o fluxo de materiais pelo
espaço intercelular - e oferecem canais para a comunicação entre as celulas
adjacentes. As junções podem se classificar como junções de adesão
(zonulas de adesão, hemidesmossomos e desmossomos); junções
impermeáveis (zonas de oclusão) e junções de comunicação (comunicantes
ou gap). em muitos epitelios, são encontradas em uma sequencia constante
do apice para a base da celula. As junções estreitas ou zonulas de oclusão
costumam ser mais apicais dessa sequencia, ou seja, são mais proximas da
superficie apical da célula. “Zonula” indica que a junção forma uma faixa ou
um cinturão que circunda as celulas completamente. E “oclusão” se refere a
adesão de membranas que ocorre nessas junções, vedando o espaço
intercelular. Ao M.E, é possivel visualizar a fusão de folhetos externos de
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membranas adjacentes. Esta fusão é feita entre os locais salientes dos


folhetos externos das membranas de celulas adjacentes.

Junções de adesão: o tipo seguinte de junção encontrado na sequencia


do apice para a base da célula é a zonula de adesão. Circunda toda a celula e
contribui para a aderencia entre as celulas adjacentes. Caracteristica
importante dessa junção é a inserção de numerosos filamentos de actina em
placas de material eletron- denso, contidas no citoplasma subjacente à
membrana da junção. Estes fazem parteda trama terminal, uma rede de
filamentos de actina, filamentos intermediarios e espectrina existentes no
citoplasma apical de muitas células epiteliais. Ao conjunto de celulas de
oclusão e zonula de adesão que circunda toda a parede lateral da região
apical de muitos tipos de celulas se dá o nome de complexo unitivo. Outro tipo
comum em celulas epiteliais é o desmossomo ou a mácula de adesão.
Desmossomos tb são encontrados entre as membranas de celulas
musculares cardíacas. É uma estrutura complexa em forma de disco, contida
na superficie de uma celula, sobreposta a uma estrutura identica, observada
na superficie da celula adjacente. As membranas celulares nessa região são
planas, paralelas e geralmente separadas por uma distancia pouco maior do
que 30 nm. No lado interno (ciroplasmatico), há uma placa circular chamada
de placa de ancoragem, composta de pelo menos 12 proteinas. Em celulas
epiteliais, filamentos intermediarios de queratina presentes no citoplasma se
inserem nas placas de ancoragem e formam alças que retornam ao
citoplasma; em celulas não epiteliais, os filamentos intermediários ancorados
em desmossomos não são constituidos de queratina, mas de outras proteinas
como a desmina ou vimentina. Proteínas caderina participam da adesão
provida por desmossomos. Estes, como possuem formas de botão, nunca
formam zônulas. Hemidesmossomos podem ser encontrados na região de
contato entre alguns tipos de celulas epiteliais e sua lamina basal. Essas
junções tem a metade da estrutura de metade de um desmossomo e prendem
a celula epitelial a lamina basal. Nos hemidesmossomos as placas contem
integrinas, familia de proteinas transmembrana que podem agir como
receptores para macromoléculas da MEC, tais como lamina e colágeno do
tipo IV.
Junções comunicantes: (gap), podem existir em qualquer lugar das
membranas laterais das celulas epiteliais. Também são encontradas em
outros tecidos sendo o musculo esqueletico uma exceção. Por meio da
técnica de criofratura, observa- se que estas são formadas por porções de
membrana plasmatica nas quais há particulas intermembranosas reunidas em
forma de placa. Estas junções tornam possivel o intercambio de moleculas
com massa molecular de até 1500 Da. Moléculas de sinalização como
monofosfato de adenosina (AMP) e monofosfato de guanosina (GMP) cíclicos
e alguns hormonios podem atravessar essas junções, fazendo com que as
celulas de muitos órgãos trabalhem de maneira coordenada e participam da
coordenação das contrações do musculo cardiaco.
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Especializações da superficie apical das celulas epiteliais

Microvilos: quando observadas em microscopio eletronico, a maioria das


celulas dos varios tecidos mostra pequenas projeções do citoplasma,
denominados microvilos ou microvilosidades. Essas projeções em forma de
dedos, possuem numero variado, podem ser curtas ou longas. As celulas que
exercem intensa absorção, como as do epitelio de revestimento do intestino
delgado e dos tubulos proximais dos rins apresentam centenas de microvilos.
Cada um mede aproximadamente 1 UM de comprimento e 0,08 de espessura,
havendo no seu interior, feixes de filamentos de actina, os quais mantem
ligações cruzadas entre si e ligações com a membrana plasmatica do
microvilo. O glicocalice é mais espesso, e o conjunto dormado por glicocalice
e microvilos é visto facilmente no ML, chamado de borda em escova ou borda
estriada.
Estereocilios: são prolongamentos e imóveis, longos e ramificados,
aumentam a área de superficie da celula, facilitando o movimento de
moleculas para dentro e para fora da celula. Comuns em celulas de
revestimento epitelial do epididimo e do ducto deferente.
Cilios e flagelados: são prolongamentos dotados de motilidade, encontrados
nas superficies de alguns tipos de celulas epiteliais, são envolvidos pela
membrana plasmatica e contem dois microtubulos centrais, cercados por 9
pares de microtubulos perifericos, unidos entre si. São ainda inseridos em
corpusculos basais, situados no apice das celulas, logo abaixo da membrana.
A estrutura dos corpos basais é análoga à dos centriolos. Exibem um rapido
movimento de “vai e vem”, é um conjunto de celulas de um epitelio
coordenado para possibilitar que uma corrente de fluido seja impelida em uma
direção ao longo da superficie do epitelio. A fonte de energia para o
movimento ciliar é o ATP.
Flagelos no corpo humano são encontrados somente nos espermatozóides,
porém são mais longos e limitados a um par por celula.

Tipos de epitelios: são divididos em dois grupos principais, de acordo com


sua estrutura, o arranjo de suas celulas e a sua função principal: epitelios de
revestimento e glandulares.
Epitelios de revestimento: se dispõem em folhetos que cobrem a superficie
extrna do corpo ou que revestem as cavidades internas, lumem dos vasos
sanguineos, lumem de todos os órgãos ocos e tubos de diversos calibres. São
classificados de acordo com o numero de camadas de celulas que constituem
folhetos epiteliais e caracteristicas morfologicas das suas celulas. No epitelio
simples é constituido por uma só camada de celulas e nos estratificados, por
mais de uma camada. O epitelio pseudoestratificado é colocado em uma
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categoria especial. O epitelio simples pode ainda ser pavimentoso, cubico ou


prismatico, sendo este ultimo tb denominado colunar ou cilindrico. As celulas
do epitelio simples pavimentoso sao achatadas como se fossem ladrilhos, e
seus nucleos são alongados. Este reveste o lumem dos vasos sanguineos e
linfáticos, constituindo o que se denomina de endotélio. Reveste tb grande
cavidades do corpo, como a cavidade pleural, pericardica e peritoneal e os
órgãos contidos nestas cavidades. As celulas do epitelio simples cubico são
cuboides e seus nucleos arredondados, é encontrado na superficie externa do
ovario e formando a parede de pequenos ductos excretores de algumas
glandulas. No epitelio simples prismatico (colunar ou cilindrico), as celulas são
alongadas, os nucleos são alongados, elipticos e acompanham o maior eixo
da celula.

Alguns epitelios simples prismaticos são ciliados, como na tuba uterina, onde
ajudam no transporte de espermatozoides.
O epitelio estratificado é classificado em cubico, prismático, paviementoso ou
de transição. Os estratificados cubicos e prismaticos são raros no organismo,
o cubico é encontrado em curtos trechos de ductos excretores de glandulas e
o prismatico na conjuntiva do olho.
As celulas do estratificado pavimentoso, se distribuem em varias camadas e a
forma de suas celulas depende onde se situam. As celulas epiteliais mais
proximas ao tecido conjuntivo (celulas basais), são geralmente cubicas ou
prismaticas. Essas migram lentamente para a superficie do epitelio e mudam
sua forma: se tornam mais alongadas e achatadas, como ladrilhos. O nome
deste deriva da forma da celula de sua camada mais superficial. Esses
epitelios revestem cavidades umidas como por exemplo boca, esofago e
vagina, que são sujeitas a atrito e a forças mecanicas sendo denominadas de
epitelio estratificado pavimentoso não queratinizado. Neste as celulas das
camadas mais superficiais morrem, perdem suas organelas e seu citoplasma
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é ocupado por queratina que confere grande proteção à superficie da pele e


impede a perda de líquido pela pele.
O epitelio de transição, reveste a bexiga urinária, ureter e a porção inicial da
uretra. É um epitelio estratificado no qual a forma das celulas é variada com o
estado de distenção ou relaxamento do órgão. Quando a bexiga está vazia as
celulas mais externas do epitelio são globosas e de superficie convexa.
Quando ela esta cheia, o numero de camadas diminui, o epitelio se torna
delgado e muitas celulas superficiais tornam- se achatadas.
O epitelio pseudoestratificado é denominado assim por ser formado apenas
por uma camada de celulas, onde os nucleos são vistos em diferentes alturas
do epitelio, parecendo estar em camadas. Todas as celulas estão apoiadas na
lamina basal fazendo com que a posição dos nucleos seja variavel. Um
exemplo muito conhecido é o epitelio pseudoestratificado prismatico ciliado
que reveste as passagens respiratorias mais calibrosas, desde o nariz até os
bronquios. Os cilios desse epitelio são uteis pois transportam para fora dos
pulmões, poeira e microorganismos aspirados que aderem a superficie do
epitelio, que tb é encontrado no epididimo.
Um tipo especial de epitelio é constituido pelos neuroepitelios, são
constituidos por celulas neuroepiteliais, de origem epitelial que constituem
epitelios com funções sensoriais especializadas, (celulas das papilas
gustativas e da mucosa olfatoria).

Epitelios glandulares: são constituidos por celulas especializadas na


secreção. Podem sintetizar, armazenar e eliminar proteinas (ex: pancreas),
lipídios ou complexos de carboidrato e proteinas( ex: glandulas salivares), as
glandulas mamarias secretam os 3 tipos de substancias. Menos comuns são
as celulas de glandulas que tem baixa atividade sintetica (glandulas
sudoriparas), cuja secreção pe constituida por substancias transportadas pelo
sangue ao lumen da glandula. As moleculas a serem secretadas são
temporariamente armazenadas nas celulas em pequenas vesiculas
envolvidas de granulos de secreção.

Tipos de glandulas: podem ser uni ou multicelulares, sendo um exemplo de


unicelular a célula calciforme, encontrada no revestimento do intestino
delgado ou do sistema respiratorio. Porém “glandula” é mais utilizado para
designar agregados multicelulares, maiores e mais complexos de celulas
epiteliais glandulares. São formadas a partir de epitelios de revestimento,
cujas celulas proliferam e invasdem o tecido conjuntivo subjacente.
As glandulas exócrinas fazem conexão com o epitelio do qual se originam, em
forma de ductos tubulares, constituidos por celulas epiteliais, sendo suas
secreções eliminadas, alcançando a superficie do corpo em uma cavidade.
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Nas glandulas endocrinas, a conexão com o epitelio é obliterada e


reabsorvida durante o desenvolvimento. Nao tem ductos e suas secreções
são lançadas ao sangue e transportadas para o seu local de ação pela
circulação sanguínea. Podem ser diferenciados dois tipos de glandulas
endocrinas. Na 1°, as celulas formam cordões anastomados, entremeados
por capilares sanguineos, como exemplo paratireoide e lobulo anterior da
hipófise são exemplos de glandulas endocrinas cordonais. No 2° tipo, as
celulas formam vesiculas ou foliculos preenchidos de material secretado, ex:
glandula tireoide.
As glandulas exocrinas possuem porção secretora, constituida pelas celulas
responsaveis pelo processo secretorio e ductos excretores, que transportam a
secreção eliminada pelas celulas. As glandulas simples tem somente um
ducto não ramificado, enquanto as compostas possuem ductos ramificados.
De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam as celulas,
as glandulas podem ser classificadas em merócrinas, halócrinas ou apócrinas.
Nas merócrinas, (pancreas), a secreção é liberada pela celula, por meio de
exocitose, sem perda de outro material celular. Nas glandulas halócrinas
(glandulas sebáceas), a secreção é eliminada juntamente com toda a celula,
processo que envolve a destruição das celulas repletas de secreção. Um tipo
intermediario de é a secreção apócrina, encontrada na glandula mamaria,
onde a secreção é descarregada junto com pequenas porções do citoplasma
apical. As glandulas multicelulares normalmente são envolvidas por uma
capsula de tecido conjuntivo. Prolongamentos da capsula chamados de
septos dividem a glandula em porções menores chamadas de lóbulo.

Biologia dos tecidos epiteliais:


Estão apoiados sobre um tecido conjuntivo, que sustenta o epitelio e ajudam
com a nutrição, trazendo substancias necessárias para as celulas glandulares
produzirem secreção e para promover adesão do epitelio a estruturas
subjacentes. A area de contato entre o epitelio e a interface irregular entre os
dois tecidos de evaginações é chamadas de papila. Estas existem com maior
frequencia em tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a forças mecanicas,
como pele, lingua e gengiva.

Polaridade: a distribuição das organelas do citoplasma apoiada na lamina


basal (polo basal da celula) é diferente das organelas encontradas no
citoplasma da porção livre da celula (porção apical). essa distribuição é
chamada de polaridade das celulas epiteliais. Significa que diferentes partes
dessas celulas podem ter diferentes funções. A membrana plasmatica das
celulas epiteliais pode ter composição molecular diferente em seus distintos
polos. Em raras exceções os vasos sanguineos nao penetram nos epitelios e
todos os nutrientes das celulas devem vir dos capilares sanguineos existentes
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no tecido conjuntivo subjacente. Esses nutrientes se difundem pela lamina


basal e nas celulas epiteliais atraves da sua superficie basal e lateral por
processos dependentes de energia. Receptores para mensageiros quimicos
(hormonios, neurotransmissores) que influenciam a atividade das celulas
estão localizados na superficie basolateral. Em celulas secretoras há
organelas de sintese na porção basal, grãos de secreção na porção apical e
complexo de golgi entre essas 2 regiões. Um bom exemplo de polaridade é o
das celulas dos ácinos serosos. Celulas epiteliais que tem atividade de
absorção, a membrana apical pode ter proteinas integrais de membrana que
são enzimas, que completam a digestão de moléculas a serem absorvidas.

Inervação: a maioria dos tecidos epiteliais é ricamente inervada por


terminações nervosas provenientes de plexos nervosos originarios de lamina
propria. A sensibilidade cornea o epitelio que cobre a superficie anterior do
olho. Esta sensibilidade se deve ao grande numero de fibras nervosas
sensoriais que se ramificam entre células epiteliais de cornea. O
funcionamento de muitas celulas epiteliais secretoras depende de inervação
que estimula ou inibe sua atividade.

Renovação das celulas epiteliais: a maioria são estruturas dinamicas cujas


celulas sã continuamente renovadas por atividade mitótica. A renovação é
variavel e pode ser rapida como no epitelio intestinal e totalmente substituido
a cada semana, ou lenta como no figado e no pancreas. Em tecidos epiteliais
de revestimento estratificado e pseudoestratificado, as mitoses ocorrem na
camada basal do epitelio, a camada mais interna proxima à lamina basal,
onde se encontram as celulas tronco desses epitelios. No estratificados, as
novas celulas continuamente migram para a superficie ao mesmo tempo que
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as celulas superficiais descamam.

Controle da atividade glandular: normalmente estas são sensíveis, tanto ao


controle endocrino quanto nervoso. A secreção no pancreas exocrino por ex,
depende de estimulo dos hormonios secretina e colescitoquinina. O controle
endocrino e nervoso das glandulas se dá atraves da ação de substancias
chamados de mensageiros quimicos, para os quais as celulas secretoras tem
receptores em suas membranas. São constituidos por hormonios ou por
mediadores quimicos liberados nas sinapses nervosas estabelecidas nas
superficies das celulas glandulares.

Células que transportam por pinocitose: moléculas existentes no meio


extracelular são interiorizadas para o citoplasma por vesículas de pinocitose
que se formam no plasmalena. Ocorre de maneira intensa nos epitelios
simples pavimentosos que revestem os capilares sanguineos e
linfaticos(endotelios), ou os que revestem as cavidades do corpo(mesotélios).
essas celulas tem poucas organelas. Evidencias experimentais indicam que
essas celulas usam vesiculas para transportar moleculas entre uma cavidade
e o tecido conjuntivo em que se apoiam, esse transporte pode fluir atraves das
celulas em ambas as direções.
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Celulas serosas: são exemplos as celulas acinosas do pancreas e das


glandulas salivares parótidas. Geralmente se organizam em forma de ácinos
serosos. São poliédricas ou piramidais, tem nucleos arredondados e
polaridade bem definida. A região basal exibe intensa basofilia que resulta do
grande acumulo neste local de reticulo endoplasmatico granuloso sob a forma
de conjuntos paralelos de cisternas associadas a abundantes polirribossomos.
Na região supranuclear ha um complexo de golgi bem desenvolvido e muitas
vesiculas erredondadas, rica em proteinas, que produzem os granulos de
secreção. Em celulas que produzem enzimas digestivas as vesiculas são
chamadas de granulos de zimogenio. Das cisternas do complexo de golgi
brotam grandes granulos de secreção imaturos, envolvidos por membrana. A
medida que a água é retirada dos granulos eles se tornam mais densos,
transformando- se em granulos de secreção maduros, armazenados no
citoplasma apical até que a celula seja estimulada a secretar. Quando as
celulas liberam seus produtos de secreção, a membrana dos granulos de
secreção se fundem com a membrana plasmatica, e o conteudo do granulo é
colocado para fora da celula em um processo chamado exocitose.

Celulas secretoras de muco: há varios tipos de celulas secretoras de muco


no organismo. A mais bem estudada é a calciforme dos intestinos. Contem
inumeros granulos de grande dimensão, que se coram fracamente e contem
muco, que é constituido por glicoproteínas intensamente hidrofílicas. Os
granulos de secreção preenchem a região apical da celula e o nucleo fica
normalmente situado na região basal, que é rica em reticulo endoplasmatico
granuloso. O complexo de golgi localizado logo acima do nucleo é muito
desenvolvido, indicando seu importante papel nesta celula. Dados obtidos
indicam que as proteinas sintetizadas na basa da celula, onde está a maior
parte do reticulo endoplasmatico.
Monossacaridios são acrescentados às proteinas por enzimas -
glicosiltransferases - contidas no RE e no complexo de golgi. Quando a
secreção é liberada pela celula, esta se torna altamente hidradata e forma o
muco, um gel viscoso, elastico e lubrificante.
As celulas calciformes são encontradas nos intestinos e revestimento de
grande parte da arvore respiratória. Outros tipos de celulas que produzem
muco são encontradas no esofago, estomago, glandulas salivares, sistema
respiratorio e no sistema genital. As celulas secretoras de muco das glandulas
salivares tem estrutura diferente das celulas calciformes e frequentemente
estão presentes nos ácinos formados por células secretoras serosas.

Sistema neuroendocrino difuso: o citoplasma das celulas endocrinas


contem hormonios polipeptídicos ou aminas biogenicas, como epinefrina,
norepinefrina ou 5- hidroxitriptamina (serotonina). algumas dessas celulas
podem ser visualizadas por meio de sais de prata, e elas tb são chamadas de
CAP. 4. HISTOLOGIA BÁSICA 64-86

celulas argentafins ou argirófilas. Estudos recentes mostram que nem todas


as celulas concentram aminas, sendo designadas como APUD e estão sendo
substituidas por sistema neuroendocrino difuso, se originando na crista neural.

Celulas mioepiteliais: várias glandulas exocrinas (sudoríparas, lacrimais,


salivares, mamárias) contem celulas mioepiteliais fusiformes ou estreladas.
Que abraçam as unidades secretoras da glandula. Ao longo dos ductos elas
se organizam longitudinalmente, as celulas então se localizam entre a lamina
basal e o polo basal das celulas secretoras ou das celulas dos ductos. Elas
conectadas umas as outras e as celulas epiteliais por junções comunicantes e
desmossomos. O citoplasma contem numerosos filamentos actina, assim
como miosina, também contem filamentos intermediarios da familia queratina.
Sua função é contrair- se em volta da porção secretora e ajudar a impelir os
produtos de secreção para o exterior.

Celulas secretoras de esteróides: são encontradas nos testiculos, ovarios,


adrenais. São celulas endocrinas especializadas em sintetizar e secretar
esteroides com atividade hormonal e tem as seguintes caracteristicas:
São celulas acidofilas poliedricas ou arredondadas, com um nucleo central e
citoplasma que frequentemente contem muitas goticulas de lipídios. O
citoplasma das celulas secretoras tem abundante REL formado por tubulos
anastomasados. As enzimas necessarias para sintetizar colesterol a partir de
acetato e de outros substratos e tb para transformar a pregnenolona
produzida nas mitocondrias em androgenos, estrogenos e progestogenos.
As mitocondrias esfericas contem cristas tubulares no lugar das cristas em
forma de prateleiras. É o local principal de produção de energia para as
funções celulares, tendo esta organela as enzimas necessarias para clivar a
cadeia lateral do colesterol e produzir pregnenolona, e participar das reações
subsequentes que resultam na produção de hormonios esteroides. A sintese
de esteroides resulta da colaboração intima entre o REL e as mitocondrias.

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