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Cap.

5 - TECIDO CONJUNTIVO - PÁG 88-116

TECIDO CONJUNTIVO: São responsaveis pelo estabelecimento e pela


manutenção da forma do corpo. Este papel é determinado por um conjunto
de moléculas - MEC - que conecta as celulas e órgãos, da suporte aos
tecidos órgãos e ao corpo como um todo. Diferentemente dos demais tipos
de tecidos, que são formados por células, o principal componente do tecido
conjuntivo é a MEC, que consiste em diferentes combinações de proteinas
fibrosas, em conjunto com as macromoléculas hidrofílicas e adesivas, as quais
constituem a substancia fundamental. As fibras compostas pela proteina col
á geno, tendões, aponeuroses, capsulas de ó rgãos e membranas que
envolvem o sistema nervoso central (meninges). as fibras, compoem tb as
trabéculas e paredes que existem dentro de varios órgãos, formando o
estroma, que é um tecido de sustentação. As fibras do sistema elastico,
apresentam caracteristicas funcionais variaveis, podendo oferecer resistencia
ou elasticidade aos tecidos.

A substancia fundamental, é um complexo viscoso e altamente hidrofílico


de macromoléculas anionicas (glicosaminoglicanos [GAG] e proteoglicanos),
e glicoproteinas multiadesivas (laminina, fibronectina entre outras), que se
liga a proteinas receptoras (integrinas) encontradas na superfície de celulas,
bem como a outros componentes da MEC. Fornece força tensil e rigidez à
matriz, mas tb e principalmente determina algumas funções celulares. Alem
de desempenhar uma evidente função estrutural, a grande variedade de
moleculas do tecido conjuntivo tem importantes papéis biologicos, como por
ex o de ser importante reserva para muitos fatores de crescimento, que
controlam a proliferação e a diferenciação celular. Também serve como um
meio pelo qual nutrientes e catabolitos são trocados entre as células e seu
suprimento sanguíneo. A variedade de tipos de tecidos conjuntivos no
organismo se deve à grande diversidade na composição e à proporção
relativa de seus 3 componentes (células, fibras e substancia fundamental),
nos varios locais do organismo. Os tecidos conjuntivos originam- se do mes
ênquima, que é um tecido embrionário formado por celulas alongadas
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chamadas de células mesenquimais. São caracterizadas por um núcleo oval,


com cromatina fina e nucleolo proeminente, contem muitos prolongamentos
citoplasmaticos e são imersas em MEC, viscosa com poucas fibras. O
mesenquima se origina principalmente a partir do folheto embrion á rio
intermediário, o mesoderma. As celulas mesenquimais alem de originarem
todo tipo de celulas do tecido conjuntivo, são origem tb às celulas do
sangue, dos vasos sanguíneos e dos tecidos musculares.

Células do tecido conjuntivo: apresentam diversos tipos de celulas com


diferentes origens e funções, algumas como os fibroblastos, tem origem a
partir das celulas mesenquimais indiferenciadas e mermanecem toda a sua
vida no tecido conjuntivo. Os mastrócitos, macrófagos e plasmócitos, tem
origem nas celulas- tronco hemocitopoiéticas da medula óssea, circulam no
sangue e se movem para o tecido conjuntivo. Os leucócitos tb se originam na
medula óssea e, migram para o tecido conjuntivo, onde residem por poucos
dias.

Fibroblastos: sintetizam a prote í na col á geno e a elastina, alem dos


glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteinas multiadesivas que farão
parte da MEC. Também produzem os fatores de crescimento, que controlam
a proliferação e a diferenciação celular. São as celulas mais comuns do tecido
conjuntivo e são capazes de modular a capacidade metabólica que refletirá
na sua morfologia. As celulas com intensa atividade de sintese são
denominada fibroblastos, enquando as metabolicamente quiescentes (em
repouso), são conhecidas como fibrócitos. Fibroblastos contém citoplasma
abundante com muitos prolongamentos. Seu nucleo é ovoide, grande e
com uma cromatina fina e nucleolo proeminentes. O citoplasma é basófilo
devido a riqueza em REG, e o complexo de Golgi é bem desenvolvido. Os
fibrócitos são menores e mais delgados do que os fibroblastos e tem um
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aspecto fusiforme. Possuem poucos prolongamentos citoplasmaticos e o


nucleo é menor, mais escuro e e alongado do que os fibroblastos. Seu
citoplasma tem pouco REG e o Compexo de Golgi é menos desenvolvido.
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Os fibroblastos raramente se dividem em indivíduos adultos, exceto quando


o organismo requer fibroblastos adicionais, durante o processo de
cicatrização de uma ferida por ex.

Macr ó fagos e sistema fagocit á rio mononuclear: foram descobertos


inicialmente devido a sua capacidade de fagocitose. Tem caracteristicas
morfologicas muito variaveis, dependendo de suas funções e o local onde
habitam. Ao M.E, apresentam uma superficie irregular com protrusões e
reentrancias, que definem sua grande capacidade de pinocitose e fagocitose.
Geralmente contem um complexo de Golgi bem desenvolvido, muitos
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lisossomos e um reticulo endoplasmatico granuloso muito proeminente.


Derivam de celulas precursoras da medula óssea, produzindo os monócitos,
que circulam no sangue. Os monocitos cruzam as paredes de v ê nulas
periciticas e capilares, penetram no tecido conjuntivo, no qua amadurecem e
adquirem as caracteristicas morfologicas e funcionais dos macrófagos. Assim
monocitos e macrofagos são a mesma celula, em diferentes estágios de
maturação. Os macrofagos são distribu í dos na maioria dos ó rgãos e
constituem o sistema fagocitário mononuclear. Celulas de longa vida que
podem sobreviver por meses nos tecidos. Recebem nomes especiais como c
élulas de Kupffer, no fígado; micróglia no sistema nervoso central, células de
Langerhans, na pele e osteoclastos no tecido ósseo. A transformação de
monócito- macrófago resulta em aumento de tamanho da célula e na sintese
de proteína. O complexo de Golgi, o numero de lisossomos, microtubulos e
microfilamentos também aumentam.
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Mastócitos: são amplamente distribuidos pelo corpo, abundantes na derme


e nos sistemas digestório e respiratório. O mastócito maduro é uma célula
globosa, grande e com citoplasma repleto de granulos, que se coram
intensamente. Seu nucleo é pequeno, esf é rico, central e de dificil
observação, pois é frequentemente encoberto pelo granulos
citoplasmaticos. Sua principal função é estocar granulos secretores,
mediadores químicos das respostas inflamatórias, como a histamina, que
promove o aumento da permeabilidade vascular, e os glicosaminoglicanos
sulfatados, como a heparina. Também colaboram com as reações imunes e
tem papel fundamental na inflamação, reações alergicas e nas infestações
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parasitárias. Os granulos dos mastócitos são metacromaticos devido a alta


concentração de radicais e á cidos presentes nos glicosaminoglicanos
(HEPARINA OU CONDROITIM SULFATO). metacromasia: é a propriedade
que certas moléculas possuem de mudar de cor alguns corantes básicos, ex:
azul de toluidina. A estrutura contendo a molecula metacromatica fica com
uma cor diferente(purpura/ vermelha) daquela do corante utilizado. Embora
morfologicamente semelhantes existem pelo menos duas populações de
mast ó citos. Um tipo é denominado mast ó cito de tecido conjuntivo,
encontrado na pele e cavidade peritonial, possui granulos que contem uma
substancia anticoagulante, a heparina. O 2° tipo denominado mastócito da
mucosa, encontrado na mucosa intestinal e nos pulmões, possui granulos
condroitim sulfato, ao invés de heparina.

Os mast ó citos originam- se de celulas precursoras hematopo é ticas


(produtoras de sangue) situadas na medula ó sseoa. Estes circulam no
sangue, cruzam as paredes das venulas e capilares e penetram nos tecidos
onde vão se proliferar e se diferenciar. Embora hajam muitos aspectos
semelhantes aos leucocitos e basófilos, os mastócitos tem origem de uma
celula- tronco diferente. Sua superficie contem receptores especificos para
imunoglobulina E (IgE), produzida por plasmócitos, que se fixam na superfí
cie dos mastócitos e granulócitos basófilos, permanecendo muito pouco
tempo no plasma.

Plasmocitos: são celulas grandes e ovoides com um citoplasma basófilo que


é rico em REG. O complexo de Golgi e os centriolos se localizam em uma
região proxima do núcleo, a qual aparece pouco corada em preparações
rotineiras. O nucleo dos plasmócitos é esférico e excentrico, contem grumos
de cromatina que se alteram regularmente com áreas claras em um arranjo
que lembra os raios de uma roda de uma carroça. São pouco numerosos no
tecido conjuntivo normal, exceto nos locais mais sujeitos a penetração de
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bacterias e proteinas estranhas, como na mucosa intestinal. São muito


abundantes nas inflamações cronicas, onde predominam os plasmócitos, linf
ócitos e macrófagos.

Leucócitos: glóbulos brancos, que migram do sangue através da parede de


capilares e venulas pós- capilares, por um processo chamado diapedese. Esse
processo aumenta as invasões locais de microorganismos, c é lulas
especializadas na defesa contra microorganismos agressores. A inflamação é
uma reação celular contra substancias estranhas, na maioria dos casos, bact
érias patológicas ou substancias quimicas irritantes. Os sinais classicos de
inflamação são vermelhidão, edema, dor, calor, e foram descritos
inicialmente por Celso, no Sec 1 D.C, sendo adicionado uma quinta alteração
da função. A inflamação se inicia com a liberação local de mediadores
quimicos da inflamação, substancias de diferentes origens, principalmente de
celulas e proteinas do plasma sanguineo, que induzem alguns eventos, como
por ex: aumento do fluxo sanguineo, permeabilidade vascular, quimiotaxia e
fagocitose. Os leucócitos não retornam ao sangue apos terem residido no
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tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos que circulam continuamente


em varios compartimentos do corpo (sangue, linfa, tecidos conjuntivos, ó
rgãos linfáticos).

C é lulas adiposas: c é lulas do tecido conjuntivo que se tornaram


especializadas no armazenamento de energia, na forma de triglicerídios
(gorduras neutras).

Fibras do Tecido Conjuntivo: formadas por proteinas que se polimerizam,


formando estruturas muito alongadas. As 3 principais são: col á genas,
reticulares e eslasticas. As colágenas e reticulares são formadas pela proteí
na colágeno, e as elasticas, formadas principalmente, pela elastina. Portanto,
a partir desta análise pode- se afirmar que existem apenas 2 sistemas de
fibras: o sistema col á geno, que é constituido por fibras col á genas e
reticulares e o sistema elastico, formado por fibras elásticas, elaunínicas e
oxitalânicas. Sua distribuição,, caracteristicas morfológicas e funcionais varia
de acordo com o tecido analisado. Um exemplo é o caso do tecido eslastico,
variedade de tecido conjuntivo que detem grande quantidade de
elasticidade, por ser rico em fibras elasticas.

Fibras colágenas: durante o processo de evolução dos organismos, um


grupo de proteinas estruturais modificou- se e adquiriu variaveis graus de
rigidez, elasticidade e força de tensão. Conhecidas coletivamente como col
ágeno, possuimos vários tipos, que podem ser encontradas na pele, ossos,
cartilagens, músculo liso e lâmina basal. É o tipo mais abundante de proteí
nas do organismo, representando 30% do seu peso seco. Nos vertebrados
constituem uma familia de proteínas produzidas por diferentes tipos de
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celulas e se distinguem de acordo com sua composição quimica,


caracteristicas morfológicas, distribuições e funções:

* Colágenos que formam as fibrilas: moléculas de colágeno tipo I, II, III, V e XI,
se agregam, formando as fibrilas longas do colágeno. As do tipo I são mais
abundantes e distribuidos no organismo. Se apresenta como estruturas
classicamente denominadas de fibrilas de col á geno, constituindo
importantes tecidos no nosso corpo, como os ossos, dentina dos dentes,
tendões, cápsulas de órgãos, derme e muitos outros.

* Colágenos associados a fibrilas: formam estruturas curtas que ligam as


fibrilas de colágeno umas às outras, e a outros componentes da MEC,
pertencentes a este grupo, os colágenos do tipo IX, XII e XIV.

* Colágeno que formam rede: são os colágenos cujas moléculas se associam


para formar uma rede, exercem funções de aderencia e filtração, sendo os
principais componentes da lamina basal. São exemplos os do tipo IV

* Colágeno de ancoragem: é o do tipo VII, é encontrado nas fibrilas que


ancoram as fibras de colágeno tipo I à lamina basal.

Os principais aminoácidos que constituem os colágenos, são a glicina: 33,5%;


prolina: 12% e a hidroxiprolina: 10%, havendo ainda a presença de outros
aminoácidos como a hidroxilisina.

As fibrilas formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas


são denominadas de tropocolágenos, que consistem em 3 subunidades de
cadeias peptídicas arranjadas em tripla hélice. A sequencia de aminoácidos
de todos os colágenos é caracteristicamente reconhecida por conter a
glicina repetidamente na 3 posição de sua sequencia. Os varios tipos de col
ágeno resultam em vários e diferentes tipos de estruturas e cadeias polipept
ídicas. Nos colágenos tipo I, II e III as moléculas de tropocolágeno se
agregam em subunidades (microfibrilas) que se juntam formando a fibrila,
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sendo essencial para a união dessas moléculas as pontes de hidrogênio e


interações hidrofóbicas. Esta união é reforçada pela formação de ligações
covalentes catalisadas pela ação da enzima lisil oxidase, que oxida moléculas
do aminoácido lisina, estabelecendo a ponte entre elas. As estruturas são
finas e alongadas com diametro variavel, contem estriações transversais. As
faixas mais escruras são resultado de aminoácidos ricos em radicais livres
nestas regiões das moléculas. Nos colágenos do tipo I e III essas fibrilas se
associam, formando as fibras. No colageno do tipo II observa- se cartilagem
formando as fibrilas mas não as fibras e no tipo IV, nas laminas basais, não se
formam fibrilas nem fibras. Logo apos a liberação da cadeia na cisterna do
reticulo endoplasmático, o peptídio sinal é quebrado, formando assim o
procolágeno. A hidroxilisina e hidroxiprolina livres não são incorporadas as
cadeias polipeptidicas. O processo de hidroxilação inicia assim que a cadeia
peptidica alcança determinado comprimento, estando ligada ao ribossomo.
Neste processo duas enzimas fazem parte: a hidroxilase e lisina hidroxilase.
Tão logo a hidroxilisina se forma, começa sua glicolisação e todos os seus
graus possuem glactose ou glicosilgalactose ligados a hidroxilisina. Cada
cadeia alfa é sintetizada por 2 peptidios de registro em cada extremidade
amino carboxil. Sendo uma de suas funções alinhar as cadeias peptídicas,
sendo o motivo por serem chamados de peptídios de registros, e estas se
arranjarem de maneira apropriada para formar a tripla hélice, da qual resulta
na formação da molecula de procolágeno. O procolágeno é transportado
em vesículas desde o complexo de Golgi até a membrana plasmática, onde
é exocitado pela MEC. No meio extra celular, os peptidios sao removidos por
proteases especificas chamadas procolágeno peptidases. Sem os peptídios
de registro, a molecula passa a ser chamada de tropocolágeno, capaz de se
polimerizar e formar fibrilas de colágeno. Os resíduos de hidroxiprolina
formam pontes de hidrogenio entre as cadeias alfa, a fim de estabilizarem a
tripla hélice do tropocolágeno. Nos colágenos tipo I e III, as fibrilas se
agregam formando as fibras. Determinados proteoglicanos (decorina e
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fibromodulina), glicoproteinas estruturais, determinam a espessura e o


padrão de agregação das fibrilas. A estrutura fibrilar é reforçada com a
formação de ligações covalentes entre as moléculas de tropocolágeno. É
catalisado pela ação da enzima lisil oxidase e também atua no espaço
extracelular.

A síntese de colágeno envolve uma cascata propria de modificações bioquí


micas pós- translacionais (após a sintese), de cadeia polipeptídica original.
Essas mudanças são criticas para a estrutura e função do colágeno. O numero
de passos envolvidos na biosintese do colágeno facilita a possibilidade de
defeitos por falha enzimatica, defeitos genéticos ou outras anomalias. A
renovação do colágeno é lenta e em alguns órgãos como o tendão e
ligamentos, o colágeno é muito estável. Sua renovação é muito rapida no
ligamento periodontal e para ser regenerado, precisa ser primeiramente ser
degradado, processo que se inicia por enzimas espec í ficas chamadas
colagenases. Cortam a molecula do colageno em duas partes, sensiveis a
degradação inespecífica por proteases.

Fibras de colágeno tipo I: são mais numerosas em tecido conjuntivo, de


coloração branca, dando aos tecidos onde predominam a mesma coloração,
como ex: tendões e aponeuroses. Essas fibras são birrefrigentes (constituidas
de moléculas alongadas, arranjadas paralelas umas as outras). Em alguns
locais, onde esse fator acontece, são formados feixes de colágeno: estruturas
longas com percurso sinuoso, caracteristicas morfol ó gicas estas que
dificultam o estudo destas estruturas em cortes histologicos habituais, sendo
o mesentério uma boa opção para o estudo do mesmo. O mesentério é
uma porção central do tecido conjuntivo revestido em ambos os lados por
um epitelio pavimentoso, o mesotélio. Nele as fibras olágenas aparecem
como estruturas cilindricas, alongadas e tortuosas de comprimento
indefinido e diametro que varia de 1 a 20 um. São acidófilas e se coram em
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rosa com eosina e em azul pelo tricômico de Mallory, em verde pelo


tricrômico de Masson e em vermelho pelo sirius red.

Fibras reticulares: são formadas predominantemente por colágeno tipo III,


são extremamente finas e formam uma rede extensa em determinados ó
rgãos. Podem ser visualizados na cor preta, por impregnação com sais de
prata, e por essa propriedade são tb chamadas de argiófilas. As fibras
reticulares contem 6 a 12% de hexoses, enquanto que as de colágeno apenas
1%. estudos apontam que as fibras reticulares são constituidas
principalmente por col á geno tipo III associado a glicoprote í nas e
proteoglicanos. Ao M. E, exibem estriações transversais típicas de fibras col
ágenas. São unidas por pontes compostas de proteoglicanos e glicoproteinas.
As fibras reticulares são particularmente abundantes em musculo liso,
endoneuro e órgãos hematopoéticos, como baço, nódulos linf áticos e
medula óssea vermelha. As fibras constituem uma fina e delicada rede ao
redor das celulas de órgãos parenquimatosos, como as glandulas endocrinas.
Criam uma rede flexivel em órgãos que são sujeitos a mudanças fisiológicas
de forma ou volume como art é rias, baço, f í gado, ú tero e camadas
musculares do intestino.

Sistema elastico: é composto por 3 tipos de fibras: oxitalânicas, elaunínicas


e elasticas. No primeiro estágio as fibras oxitalânicas consistem em feixes de
microfibrilas de 10 nm de diametro, compostas de diversas glicoproteinas,
entre as quais a maior molécula é denominada de fibrilina. Estas formam o
arcabouço necessario para a deposição de elastina. Fibrilinas defeituosas
resultam na formação de fibras elasticas fragmentadas. As fibras oxitalanicas
podem ser encontradas nas fibras da zonula do olho e em determinados
locais da derme, onde há conexão da lamina basal com o sistema elastico.
No 2 estágio de desenvolvimento, há uma irregular deposição de elastina,
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entre as microfibrilas exitalânicas, formando as fibras elaun í nicas,


encontradas ao redor das glandulas sudoriparas e na derme. No 3 estagio a
elastina continua a acumular- se gradualmente até ocupar todo o feixe de
microfibrilas, sendo estas fibras elasticas, as mais abundantes do seu sistema.

As fibras oxitalanicas não possuem elasticidade, mas são altamente


resistentes a tração, enquanto que as fibras elasticas, que são ricas em prote
ína elastina, distendem- se facilmente quando tracionadas. O sistema elastico
possui uma familia de fibras com caracteristicas funcionais, capazes de se
adaptar as necessidadis locais dos tecidos. As principais celulas produtoras
de elastina são os fibroblastos e o musculo liso dos vasos sanguíneos. Antes
da elastina madura, forma- se a proelastina, que se polimeriza para formar a
elastina. Uma glicoproteina com consistencia de borracha que prenomina
nas fibras elasticas maduras, é resistente à fervura, extração com álcalis e
com á cido e à digestão com proteases usuais, mas é facilmente
hidrolisada pela elastase pancreática. A elastina tb é rica em glicina e prolina,
além de aminoácidos incomuns, como a desmosina e isodemosina, formados
por ligações covalentes entre quatro resíduos de lisina. Essas ligações são
responsáveis pela consistencia elastica da elastina. Que é 5x mais extensil do
que a borracha. Nela também ocorre a forma não fibrilar, formando as
membranas fenestradas/ lâminas elasticas, encontradas nas paredes dos
vasos sanguineos.

Substancia fundamental: mistura complexa, incolor e transparente,


altamente hidratada de mol é culas anionicas (glicosaminoglicanos e
proteoglicanos) e glicoproteinas multiadesivas. Preenche os espaços entre as
celulas e fibras do tecido conjuntivo, e atua tb como lubrificante e como
barreira à penetração de microrganismos invasores. Os glicosaminoglicanos
(GAG), são polimeros lineares formados por unidades dissacarideas repetidas,
compostas por ácido urônico e uma hexosamina. Com excessão do ácido
hialuronico todas as cadeias lineares são ligadas covalentemente a um eixo
proteico, formando a molécula de proteoglicano. Os proteoglicanos tem uma
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estrutura tridimensional que pode ser imaginada como uma escova de limpar
tubos. Estudos apontam que eles se ligam a cadeias de ácido hialuronico,
formando grandes agregados de proteoglicanos. Devido à abundancia de
grupos hidroxila, carboxila e sulfato presentes nas cadeias de carboidratos,
encontrados nos GAG, suas moléculas são intensamente hidrofílicas e atuam
como poliânions. A porção de carboidrato dos proteoglicanos constitui 80 a
90% do peso dessas moléculas. Os proteoglicanos podem ligar- se a um
grande numero de cátions (normalmente Na), por meio de pontes ionicas.
São estruturas altamente hidratadas por uma espessade água de solvatação,
que envolve a molécula. Nessa forma hidratada, são altamente viscosos e
preenchem grandes espaços nos tecidos. São compostos de um eixo
proteico associado a um ou mais tipos de GAG: dermatam sulfato,
condroitim sulfato, queratam sulfato e heparam sulfato. Os grupos ácidos
dos proteoglicanos fazem com que essas moléculas se ligue a resíduos de
aminoácidos, encontrados no colágeno.

Além de atuar como componentes estruturais da MEC, ligam- se tb a fatores


de crescimento, como fatores de crescumento transformante de fibroblastos
do tipo B(TGF-B). a sintese dos proteoglicanos se inicia com a sintese do eixo
proteico no REG, a glicolisação é iniciada no REG e completada no
Complexo de Golgi, onde ocorre tb a sulfatação.

Glicoproteinas multiadesivas: compostos de proteínas ligadas a cadeias de


glicídios. É o componente proteico que predomina nestas moléculas, não
contem cadeias lineares de polissacar í dios formados por dissacar í dios
repetidos contendo hexosaminas. O componente glicídico das glicoproteínas
é frequentemente uma estrutura muito ramificada que desempenham um
importante papel na interação de celulas adjacentes nos tecidos
embrionarios e adultos e também ajudam as celulas a aderirem aos seus
substratos. A fibronectina é uma glicoproteína sintetizada pelos fibroblastos
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e por algumas ceulas epiteliais. A lamina é outra glicoproteina de alta massa


molecular que participa na adesão de celulas epiteliais à sua lamina basal.
Alem da substancia fundamental, existe nos tecidos conjuntivos, uma
pequena quantidade de fluido, chamado fluido tissular, que é semelhante
ao plasma sanguineo, quanto ao seu conteúdo em íons e substancias difusí
veis. Os fluidos tissulares contem uma pequena porcentagem de proteinas
plasmaticas, as quais passam através da parede dos capilares para os tecidos
circunjacentes como resultado da pressão hidrost á tica do sangue.
Constituem apenas uma pequena proporção do tecido conjuntivo; calcula-
se que mais de ¹ /3 das proteinas plasmaticas do organismo estejam
estocadas no MEC. O sangue transporta até o tecido conjuntivo os vários
nutrientes necessários para sua celulas e leva de volta para órgãos de
desintoxicação e excreção (fígado, rins etc). duas forças atuam na água
contida nos capilares: a pressão hidrost á tica do sangue, que é uma
consequencia ao bombeamento de sangue pelo coração, onde este força a á
gua através das paredes dos vasos; e a pressão osmótica (coloidosmótica),
do plasma sanguineo, que tem sentido contrário e trai a água de volta para
os capilares. Essa pressão deve- se principalmente às proteinas do plasma,
que passam facilmente junto com a água pela parede capilar e podem ser
encontrados dentro e fora do vaso, em concentrações muito semelhantes. A
pressão coloidosm ó tica exercida pelos í ons e mol é culas pequenas é
aproximadamente igual dentro e fora dos capilares, anulando- se
mutuamente, sendo que esta pressão no interior dos capilares não é
contrabalanceada por pressão semelhante existente fora do capilar. Em
condições normais, a água passa pela parede dos capilares e dos tecidos
adjacentes, isto é, na porção do capilar que se continua com a arteriola. Essa
saída de água é consequencia do fato de que neste local a pressão hidrost
ática supera a coloidosmótica.

A pressão hidrost á tica, diminui ao longo do capilar, sendo minima na


extremidade venosa. Enquanto a pressão hidrostatica do sangue cai, a
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coloidosmótica aumenta como consequencia da saida de água, acarretando


uma concentração progressiva das proteinas do plasma sanguineo. Na parte
venosa do capilar, a pressão osm ó tica prevalesce sobre a hidrost ática,
atraindo água para o interior do capilar.

Em resumo, na metade arterial dos capilares, passa água destes para o


conjuntivo, e na metade venosa dos capilares, a água passa do conjuntivo
para os capilares, voltando para o sangue. Por meio desse mecanismo, os
metab ó litos circulam no tecido conjuntivo, alimentando as celulas. A
quantidade de água que volta para o sangue é menor do que a que deixou
os capilares. A água que permanece no tecido conjuntivo retorna ao sangue
através dos vasos linfáticos, onde se originam no tecido conjuntivo como
vasos de fundo cego. Os vasos linfáticos drenam para vasos sanguineos
situados na base do pescoço. Existe ainda um equilibrio entre a quantidade
de á gua entra e sai da substancia intercelular; como consequencia h á
pouquissima quantidade de água livre no tecido.

Tipos de tecidos conjuntivos: há diversas variedades de tecidos conjuntivos


formados pelos componentes basicos (MEC e células), seus nomes refletem
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seus componentes predominantes ou a organização estrutural dos tecidos

Tecido conjuntivo propriamente dito: dividido em duas classes: frouxo e o


denso.

->Tecido Conjuntivo Frouxo: suporta estruturas normalmente sujeitas a


pressão e pequenos atritos. Preenche espaços entre grupos de celulas
musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos
sanguineos, tamb é m é encontrado nas papilas da derme, hipoderme,
membranas serosas que revestem as cavidades peritoniais/ peurais e nas
glandulas. Contem todos os elementos estruturais t í picos do tecido
conjuntivo propriamente dito, não havendo nenhuma predominancia de
qualquer dos componentes. São os fibroblastos e macrófagos, mas todos os
outros tipos celulares do tecido conjuntivo também estão presentes, alem
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das fibras dos sistemas colágeno e elástico. Tem uma consistencia delicada e
flexivel, é bem vascularizado e não muito resistente a trações.

->Tecido Conjuntivo denso: é adaptado para oferecer resistencia e proteção


aos tecidos. É formado pelos mesmos componentes do tecido conjuntivo
frouxo, porém há menor prevalencia das celulas de fibras colágenas, é
menos flexivel e menos resistente a tensão do que o TCF; quando suas fibras
colágenas são organizadas em feixe sem orientação definida, o tecido se
chama de denso não modelado. As fibras formam uma trama tridimensional,
o que lhes confere certa resistencia a trações exercidas em qualquer direção.
Encontrado por ex: na derme profunda da pele.

->Tecido denso modelado: apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos


outros e alinhados com os fibroblastos. Trata- se de um tecido conjuntivo
que formou fibras colágenas em resposta às forças de tração exercidas em
um determinado sentido; os fibroblastos orientam as fibras que produzem de
modo a oferecer o maximo de resistencia a tais forças. Os tendões
representam um exemplo típico de tecido conjuntivo denso e modelado. São
estruturas alongadas e que ligam os musculos estriados aos ossos. Por serem
ricos em fibras colágenas, os tendões são estruturas brancas e inextensíveis.
São formados por feixes densos e paralelos de colágeno. As celulas de um
tendão podem ser morfologicamente classificadas como fibrocitos, contem
nucleos alongados paralelos as fibras de colágeno e citoplasma delgado com
poucos prolongamentos, frequentemente envolvem feixes de colágeno. O
citoplasma dessas celulas raramente é visto ao ML. Os feixes de colágeno do
tendão (primários), se agregam em feixes maiores (secundários), que são
envolvidos por um TCF, contendo vasos sanguíneos e nervos. É envolvido
externamente por uma bainha de conjuntivo denso, em alguns tendões esta
bainha é dividida em duas camadas: uma presa ao tendão e outra ligada a
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estruturas adjacentes. Entre essas camadas, forma- se uma cavidade


revestida por celulas achatadas de origem mesenquimal, que contem um
liquido viscoso semelhante ao liquido sinovial das articulações. Este é
composto de água, proteinas, glicosaminoglicanos, glicoproteinas e íons.
Atua como lubrificante que facilita o deslizamento do tendão no interior da
bainha.

Tecido elastico: é composto por feixes espessos e paralelos de fibras elá


sticas. O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno
e fibrocitos. A abundancia de fibras elasticas da a ele uma cor amarela típica
e grande elasticidade. Não é muito frequente no organismo e esta presente
nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento superior do
penis.

Tecido reticular: muito delicado e forma uma rede tridimensional que


suporta as celulas de alguns ó rgãos. Constituido de fibras reticulares
intimamente associadas a fibroblastos especializados, chamados de celulas
reticulares, provê uma estrutura arquitetonica, onde cria ambiente especial
para órgãos linfóides e hematopoéticos (medula óssea, linfonodos, nódulos
linfáticos e baço). as células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e
cobrem parcialmente com seus prolongamentos as fibras reticulares e a
substancia fundamental. O resultado é a formação de uma estrutura
trabeculada semelhante a uma esponja da qual as celulas e fluidos se movem
livremente.

Ao lado das celulas reticulares, encontra- se as celulas do sistema fagocitário


mononuclear que são estrategicamente dispersas ao longo das trabeculas.
Estas funcionam monitorando o fluxo de materiais que passa lentamente
atraves dos espaços semelhantes entre os seios, removendo poss í veis
organismos e maléficos através da fagocitose.
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Tecido mucoso: possui consistência gelatinosa graças à preponderância de


MEC fundamental, composta principalmente de á cido hialurônico com
poucas fibras. As principais celulas componentes deste tecido são os
fibroblastos. O tecido mucoso é o principal componente do cordão
umbelicalm no qual se refere como geleia de wharton. No indivíduo adulto,
ele se restringe apenas à polpa dos dentes.

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