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política social. In: BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história.
São Paulo: Cortez, 2011 (Biblioteca básica de serviço social; v.2).
R= Os anos de ouro é denominando a fase madura do capital, vindo após a grande depressão e
a 2° Guerra mundial, a onde ocorreram grandes crescimentos economicos e industriais . O
Keynesianismo agregou ao fordismo e foi a doutrina econômica que deu suporte aos anos
dourados. o keynianismo defendia a maior intenvção do Estado na economia, dentro dos
parametros do livre mercado, com o objetivo de manter o emprego e o controle da inflação.
trazendo que o Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de
crise e recessão econômica. A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de
uma política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação. O fordismo defendia
a produção em massa, possibilitadas pelos pesados investimentos para o desenvolvimento de
maquinários e instalações industriais, que por sua vez, tornaram esses produtos acessíveis ao
mercado consumidor em massa, na medida em que reduziu o custo da produção e baratearam
os artigos produzidos por este sistema. Introduziu a jornada de oito horas a cinco dolares para
os trabalhadores, com o objetivo de otimizar o processo de valorização do capital. Com a divisão
do trabalho, a repetitividade do trabalho, criticado pelos trabalhadores, enfrentou fortes
resistencias do movimento operario organizado. em 1945 com aqs tecnologias incrementadas
no esforço de guerra, transformaram-se em meios de produção na industria civil, os bens de
consumo duraveis, como: carros, geladeiras, radios, televisores e etc.
Mas, além das condições económicas, eram necessárias condições políticas e culturais como
sustentação da onda longa expansiva na fase do capitalismo maduro, como: o Compromissos e
reposicionamentos políticos das classes e seus segmentos, ajustando-se às novas condições e a
difusão em massa do novo ethos consumista de massas. Para a burguesia, a manutenção das
altas taxas de lucro, fundadas numa superexploração dos trabalhadores durante um intervalo
estável de tempo, pressupunha concessões e acordos. Para o movimento operário organizado,
essa possibilidade histórica implicou abrir mão de um projeto mais radical, em prol de
conquistas e reformas imediatas, incluindo-se aí os direitos sociais, viabilizados pelas políticas
sociais. No que diz respeito aos trabalhadores, é preciso prestar atenção em alguns processos
que, combinados, geraram essa atitude mais imediatista e corporativista, contentando-se com
os acordos coletivos em torno dos ganhos de produtividade e da expansão das políticas sociais,
por via dos salários indiretos assegurados pelo fundo público. Houve, naquele momento, uma
melhoria efetiva das condições de vida dos trabalhadores fora da fábrica, com acessos ao
consumo e ao lazer que não existiam no período anterior, bem como uma sensação de
estabilidade no emprego, em contexto de pleno emprego keynesiano, diluindo a radicaI idade
das lutas e levando a crer na possibilidade de combinar acumulação e certos níveis de
desigualdade. E, por fim, tem-se o forte isolamento da esquerda revolucionária, para o que em
muito contribuíram os destinos do socialismo realmente existente, da chamada III Internacional,
e a Guerra Fria. À medida que esse processo foi avançando, numa dura luta entre capital e
trabalho, houve um intenso ressurgimento do exército industrial de reserva, configurando não
um desemprego eventual, mas um desemprego estrutural e sem retorno, como denunciavam
os estudantes franceses em 1968, que já não conseguiam vislumbrar as mesmas condições de
vida e de trabalho que tiveram seus pais. Essa situação, derivada da aceleração de conjunto do
processo de produção capitalista, veio progressivamente desafiar as contratendências de cariz
keynesiano — desde o planejamento indicativo, passando pela manipulação do consumo (Baran
& Sweezy, 1978), até as políticas sociais.
a) Políticas keynesianas com vistas a gerar pleno emprego e crescimento econômico num
mercado capitalista liberal
b) Instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demanda e ampliar o mercado de
consumo
O período de introdução da política social brasileira teve seu desfecho com a Constituição de
1937 - a qual ratificava a necessidade de reconhecimento das categorias de trabalhadores pelo
Estado - e finalmente com a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, promulgada em 1943. O
Brasil acompanha as tendências internacionais de incremento da intervenção do Estado diante
das expressões da questão social, mas com características muito particulares