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Perspectiva FUNCIONALISTA:
Proposta metodológica: tratar os processos sociais como fatos sociais, ou seja, como coisas
que não se equiparam a natureza, mas devem ser analisadas a partir de procedimentos
semelhantes.
Fatos sociais: normais e patológicos; possuem natureza exterior e coletiva e sua sede é a
sociedade e não os indivíduos. A sociedade é regida por leis naturais e deve ser estudada
de forma objetiva e neutra leva a desigualdade social como lei natural e imutável(projeto
societário) e as revoluções como algo tão impossível quanto os milagres. Exercem
influencia coercitiva sobre as consciências individuais por sua rigidez quanto ao processo
de transformação.
Apelo aos sentimentos morais: Resgate desta teoria no neoliberalismo para explicações
contemporâneas. Uma espécie de condição mórbida e patológica geral da sociedade,
marcada pela desagregação e desequilíbrio social, manifesto pela incapacidade da
sociedade de exercer sua ação sobre os indivíduos, levando as disfunções e conflitos.
Influência do IDEALISMO:
O sujeito faz parte do processo que precisa ser compreendido: não pelos fatos e suas
causas, mas pelo sentido do processo vivo da experiência humana.
Crítica: O tipo ideal não existe na realidade que é fluida, ou seja não se encontra na
realidade o tipo puro, de modo que ele não pode ser classificado de forma rígida.
Marx – a condição histórica e social da politica social deve ser extraída do movimento da
sociedade burguesa. Dialético. Vai além das sugestões imediatas.
Vai contra a analise fenomênica da pseudoconcreticidade que não chega a sua essência
Capitulo II
Dentre essa iniciativas de protoformas destacamos: Poor Law-1834 (Lei dos Pobres), Lei
Speenhamlad-1795. Lei Speenhamlad tinha como função principal manter a ordem de
castas e impedir a livre circulação da força de trabalho, o que teria contribuído para
retardar a constituição para o mercado de trabalho. Ao contrario das anteriores lei dos
pobres induziam o trabalhador a aceitar qualquer trabalho a qualquer preço, a
speenhamlad, permitia ao trabalhador minimamente negociar o valor da sua força de
trabalho impondo limites ao mercado de trabalho competitivo.
Poor Law marcou, no capitalismo, do primeiro liberal do trabalho como fonte única e
exclusiva de renda, relegou a já limita assistência aos pobres ao domínio da filantropia. A
nova lei dos pobres revogou os direitos assegurados pela Lei Speenhamlad, restabeleceu a
assistência interna nos albergues para os pobres ‘inválidos’, reinstituiu a obrigatoriedade
de trabalhos forçados para os pobres capazes de trabalhar deixando a própria sorte uma
população de pobres e miseráveis sujeitos a exploração sem lei no capitalismo nascente. O
sistema de salários baseados no livre mercado exigia a abolição do ‘direito de viver’.
Foram as lutas pela jornada normal de trabalho que provocaram o surgimento de novas
regulamentações sociais e do trabalho pelo Estado
A questão social se expressa em suas refrações e , por outro lado, os sujeitos históricos
engendram formas de seu enfretamento. Contudo, sua gênese estar na maneira como os
homens se organizam para produzir num determinado momento histórico, como vimos o
de constituição das relações sociais capitalistas- e que tem continuidade na esfera da
reprodução social.
Vale destacar que, quando se fala em produção e reprodução das relações sociais inscritas
num momento histórico sendo a questão social uma inflexão desse processo, trata-se da
produção e da reprodução- movimentos inseparáveis da totalidade concreta – de
condições de vida, de cultura, de produção de riqueza.
Tem-se o ambiente cultural do liberalismo e a ênfase no mercado como via de acesso aos
bens e serviços socialmente produzidos, cuja possibilidade de inserção estaria relacionada
ao mérito individual.
Fica evidente assim, que a débil intervenção do Estado na garantia de direitos sociais
sobre o capitalismo liberal não emanou de uma natureza predefinida do Estado, mas foi
criada e defendida deliberadamente pelos liberais, numa disputa política forte com os
chamados reformadores sociais. Para aqueles o Estado não deveria intervi na
regulamentação das relações de trabalho, nem deveria se preocupar com o atendimento
das necessidades sociais. Mas, paradoxalmente, podia e devia agir firmemente para
garantir os interesses liberais de estabelecimento do mercado livre na sociedade civil.
(Proposta de Adam Smith e demais liberais)
O estado europeu liberal do séc. XIX foi prodígio no reconhecimento dos direitos civis da
garantia da propriedade privada, esse tinha característica de Estado policial e repressor e
sua função primordial era não intervir na liberdade individual assegurando que os
indivíduos usufruíssem de seu direito à propriedade e à liberdade.
Os direitos políticos, diferente dos direitos civis, são direitos coletivos, garantidos a todos,
independem da relação do individuo com a propriedade privada.
A transformação do direito universal em sufrágio em direito positivo só aconteceu na
Europa no séc. XX.
O surgimento das políticas sociais foram gradual e diferenciado entre os países. Os autores
são unanimes em situar o sec. XIX como o período em que o Estado capitalista passa a
assumir a realizar ações sociais de forma mais ampla, sistematizada, planejada e com
caráter de obrigatoriedade.
Pierson (1981) ajuda a demarcar a emergência das políticas sociais são alguns elementos
surgidos no final sec. XIX decorrente da luta da classe trabalhadora.
O segundo elemento apontado pelo autor é que as políticas sociais passam a ampliar a
ideia de cidadania e desfocalizar suas ações, antes direcionadas para pobreza extrema.
Ocorre também um forte incremento de investimentos públicos nas políticas sociais, com o
crescimento do gasto social.
Os seguros com forme aponta Marshall, formas iniciado timidamente sob ótica privada e
destinado a reduzidas categorias profissionais e se espalharam no final do séc. XIX inicio do
séc. XX. Essa modalidade de proteção social não tinha um caráter universal.
Na França, as primeiras intervenções estatais foram durante o século XIX foram chamadas
pelos liberais de estado de providencia forjadas pelos pensadores liberais contrários à
intervenção do Estado.
A crise se alastrou pelo mundo reduzindo o comércio mundial a um terço do que era antes.
Com ela instaura-se a desconfiança de que os pressupostos do liberalismo econômico(livre
comercio) poderiam estar errados, seus efeitos: forte crise econômica, desemprego em
massa, crise de legitimidade política do capitalismo abrindo portas para se instaurar em
paralelo a revolução socialista em 1917.
A crise tem seu cerne não na mais valia e si, e sim no processo desta. Ou seja, na inviabilização do
consumo, uma vez que com a chegada da tecnologia há um desemprego em massa, não permitindo
aos trabalhadores consumirem o que é produzido pela própria indústria, gerando assim o crack.
Assim as soluções têm como características a reativação do emprego e consumo, daí a importância
do fundo público e da guerra.
Essa tensão entre a saída fascista, e liberal burguesa e socialista se resolveu temporariamente com
a vitória dos aliados – o que inclui um acordo com a União Soviética que foi decisivo para derrota
do nazi-facismo. Naquela época, estavam em disputa econômica e territorial três grandes projetos
– 2 campo da burguesia (fascismo e liberal reformista) e o projeto socialista. Assim a humanidade
saiu da Guerra quente e adentrou na Guerra fria.
No Brasil
Marcas da particularidade histórica da política social no Brasil: sentido da colonização
(complexa articulação da dinâmica do mercado mundial com os movimentos internos com a
economia e a sociedade brasileira. – séc. XVI e XIX) serviu de acumulação do capitalismo nos
países centrais.
Característica do liberalismo no Brasil: é filtrado pelas elites nativas de uma lenta singular – a
equidade como uma emancipação das classes dominantes e a realização de um status
desfrutado por elas sem incorporação das massas. O Estado é visto como um meio de
internalizar os centros de decisão política e de institucionalizar o predomínio das elites nativas
dominantes, numa forte confusão entre o público e privado. O significado da Independência e
de seu componente cultura liberal para sua formação da sociedade e dos estados nacionais: e
como o senhor colonial metamorfoseia se em senhor cidadão.
A Independência criou as condições para o florescimento do espírito burguês, mas não em sua
plenitude sem romper com entrosamento visceral com o mercado externo, do que decorre
uma não equiparação entre atomização econômica e política.
No novo setor e urbano, cada vez mais diferenciado, cresceu a insatisfação com a situação do
país, com críticas dirigidas a escravidão.
O surgimento da política social no Brasil não acompanha o mesmo tempo histórico dos países
de capitalismo central.
Algumas leis foram elaboradas para algumas categorias e setores da sociedade a exemplo:
criação da caixa de socorro para burocracia publica (1888); pensão e 15 dias de férias
funcionários ferroviários e do ministério da fazenda (1889); primeira legislação para assistência
a infância no Brasil regulamento o trabalho infantil nunca foi cumprida (1891), (1892) pensão
funcionários da marinha, a passagem do século XX sacudida pela formação dos primeiros
sindicatos, na agricultura e nas industrias rurais a partir de (1903); e dos demais trabalhadores
urbanos em (1907); quando é reconhecida o direito de organização sindical; (1919)
regulamenta a questão dos acidentes de trabalho via inquérito policial com ênfase na
responsabilidade individual; (1923) aprova a lei Eloy chaves que institui a obrigatoriedade da
criação das CAPs para algumas categorias as CAPs foram as formas originais da previdência
social brasileira junto com os IAPs; em (1927) o código de menores.
Introdução
Reverter o avanço do
Produtor e regular
Rompeu parcialmente
com os princípios
liberais.
s/abandonar o capital
economia de mercado
questionou a dramática
Situação do desemprego
Realizando investimentos ou
Ex: controlar o volume de moedas e
inversões reais que atuam no período
flutuações econômicas (política fiscal
de depressão com estimulo à
creditícias e de gastos).
economia
Mecanismo para amortização da crise 2º Keynes
Polit. Sociais
Intervenção estatal Planificação imediata da
Controle de preços
economia –inflação.
Capital X trabalho
Distribuição de subsidios
Para evitar riscos de
Através de polit. sociais flutuações periódicas
Polit. fiscal
O fordismo foi uma forma de regulação Nas áreas econômicas p/ garantir a produção e na
das relações socais área social (especial p/ pessoas incapazes – idoso,
crianças etc.)
Houve uma explosão de produção Que saiu da guerra sem maiores perdas e c/
e consumo de bens duráveis capacidade de investimento e compra de
matérias primas bem como domínio militar
Referente ao tipo de
Perdura até +/- 1950 O acesso era + amplo e com
pol.social Bismarckana
< restrições
Critica aos seguros bismarckiano, que a garantia
compulsória de prestações de substituição de renda
pelo Estado em momentos de riscos derivados da perda
do trabalho.
BEVERIDG
Conservador corporativista
1º liberal (EUA, Canadá, Austrália) 3º social democrata (Suécia, Dinamarca
(Alemanha, França, Itália) e Escandinávia)
por isso, coloca a experiência do walfere state com fim humanista da história
critica: linearidade sua tentativa de generalização da experiência inglesa numa suposta teoria da cidadania,
e sua explicita subsunção a desigualdade social
X
Oposição: visão de Barbalet (1989) política social e cidadania, esta não é uma relação imediata, já que a política social
é o centro de um conflito de classe e não apenas um meio de diluí-lo ou desfazê-lo, ainda que seja desejável para os
segmentos democráticos, pode haver uma relação – política social/cidadania se estabeleça plenamente, pode haver
uma contradição entre a formulação/execução dos serviços social e a consecução (ato de conseguir) de direitos.
O conceito de direito social e cidadania pode conter ou não um elemento de crítica e de proposição da política social
na perspectiva de sua ampliação. O autor ainda saliente a inexistência da teoria da cidadania,mas considera de suma
importância da obra de Marshall.
O fim da ascensão do capitalismo nos anos de ouro começa a exaurir no final dos anos 60
1. As taxas de crescimento,
2. A capacidade do Estado exercer suas funções mediadoras cada vez mais amplas,
3. Absorção das novas gerações no mercado de trabalho, restritos pelas tecnologias
poupadoras de mão de obra, contrariando as perspectivas de pleno emprego.
4. As dividas privadas e públicas crescem
5. Aumento da juventude
6. A recessão catalisa pela alta dos preços do petróleo
Assim, os anos dourados finda, a época de pleno emprego e expansão das políticas sociais nos
países centrais comprometendo ainda os países periféricos que não se realizou plenamente.
O Brasil após a Grande Depressão e as características das políticas sociais
A economia e a política foram abaladas pelos acontecimentos mundiais das 3 primeiras décadas do séc. XX
e depois de 1929-1932
Há uma consciência de classe para si, com o incremento da organização política dos trabalhadores após
1907 (reconhecimento da livre organização sindical naquele momento com total autonomia do Estado).
Realização da semana de arte moderna que expressou as mudanças que vinham ocorrendo no país
Crescendo a insatisfação política do empresariado não ligado ao café que não dispunha de mecanismo de
poder para assegurar seus interesses econômicos e políticos no contexto do liberalismo particular
Quando ocorre a crise há uma paralisação do mercado mundial afetando a economia brasileira e
consequentemente os cafeicultores ficam vulnerais economicamente e politicamente
Assim outros oligarcas ligados ao gado, cana de açúcar e outras aproveitaram para alterarem as
correlações de forças e diversificar a economia brasileira, a exemplo temos a carne do sul .
Nessa fase o Estado tem o compromisso de avançar economicamente através da aliança com as novas
oligarquias agrárias e industriais, os quais necessitavam de regulamentação do trabalho e o enfrentamento
da questão social.
Vargas consegue aliar através da iniciativa política: a regulação das relações de trabalho no país, buscando
transformara a luta de classes em colaboração de classes, e o impulso à construção do Estado social, em
sintonia com os processo internacionais
Assim, aqueles que dispunham de emprego registrado tinham acesso aos direitos citados (caráter
coorporativo e fragmentado)
A previdência publica é inaugurada com o IAPS – Instituto de Aposentadorias e Pensões que se expande na
déc. 30 cobrindo os riscos ligados a capacidade laborativa (morte, velhice, invalidez e doença) concedidos
aos trabalhadores de áreas estratégicas, com planos pouco uniformes e orientados pela lógica contributiva.
Os trabalhadores participantes da direção dos IAPS foram usados com decisivo instrumento de cooptação
de dirigentes sindicais.
Havia planos de unificação e uniformização da previdência desde o final do gov. de Vargas que veio
concretizar-se com a lei Orgânica da Previdência (1960)
Em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, conselho Nacional de Educação e o Conselho
Consultivo do Ensino Comercial.
A intervenção efetiva do Estado inicia-se naquele momento, a partir de 2 eixos: saúde pública e a medicina
previdenciária , ligadas aos IAPs, para as categorias que tinham acesso a elas.
A saúde pública era conduzida por meio de campanhas sanitárias coordenadas pelo Departamento
Nacional de saúde (1937), as saúde privada e filantrópica também desenvolve nessa época através do
atendimento médico-hospitalar.
Quanto a assistência social sua centralização se inicial em âmbito federal com a criação da LBA (1942)
instituição criada para atender as famílias dos pracinhas envolvidos na 2º guerra e era coordenado pela
primeira-dama (caracterizando-se a questão da tutela,favor e clientelismo na relação do Estado com a
sociedade)
Posteriormente a LBA vai se configurar como instituição articuladora da assistência social no Brasil, com
uma forte rede de instituições privadas conveniadas.
Esse período de introdução da política social brasileira teve seu desfecho com a CF/1937- a qual ratificava
a necessidade do reconhecimento das categorias de trabalhadores pelo Estado culminado com a CLT
1943 que através da sua promulgação reconheceu as categorias de trabalhadores pelo Estado e atrelou
sua organização social ao Ministério do trabalho.
Assim, a expansão da politica social brasileira foi lenta e seletiva, marcada por alguns aperfeiçoamentos
institucionais, a exemplo da separação dos Ministérios da Saúde e Educação (1953) e a criação de novos
IAPs.
Ocorrem mudanças políticas a morte de Vargas e o golpe de 64 que impulsiona uma modernização
conservadora no país.
Cap. 4 : crise, reação burguesa e barbárie: a política social no neoliberalismo
OBJETIVO
RAZÕES E A NATUREZA DE NOVA CRISE, QUE EXPLICAM AS MUDANÇAS NO CAMPO DA POLITICA SOCIAL NOS
PLANOS INTERNACIONAL E ACIONAL
Reconfiguração do papel do estado nos ano 80-90, e seus impactos estão articuladas a uma reação
burguesa à crise do capital (inicio anos 70).
Mandel esclarece que o capitalismo após 1945 adentra em sua fase madura, pois é a referencia ao
desenvolvimento pleno das possibilidades do capital, considerando seu papel civilizatório. Assim, a ideia
de maduro remete ao aprofundamento e à visibilidade de suas contradições fundamentais, e as
decorrentes tendências de barbarizarão da vida social.
Nos ciclos de produção ampliada do capital tem-se o incremento tecnológico, uma possibilidade de
nivelamento (através do uso da tecnologia as indústria se equiparam, não havendo tanto diferencial), em
consequência queda da taxa de lucro, em função da diminuição do diferencial de produtividade do
trabalho.
Essas tendências irão encontrar contraposição nas renovadas estratégias de extração de superlucros:
aumento permanente da composição orgânica do capital, através de inovações tecnológicas.
No período dos “anos dourados” temos as seguintes características: busca continua de rendas
tecnológicas advindas da monopolização do processo técnico, direcionada à diminuição dos custos
diretos dos salários, e cuja expressão maior é automação.
Mandel já identifica a partir dos anos 60 elementos que permanecem presentes, que são essenciais para
desvendar os anos 80-90 do séc. Xx: substituição do homem pela maquina (trab. vivo- trab. morto);
incentivo ao trabalho em equipe; trabalhador polivante; diminuição na rotação do capital; aceleração da
inovação tecnol. Invest. Em pesquisa; > em equipamentos; < vida útil das máquinas, (em contraposição
temos o > do desemprego) – temos um forte desenvol. Das forças produtivas.
Nessas contradições residem os limites históricos para longa onda de expansão e a entrada em um
período de estagnação, a partir dos anos 70, e que coloca uma nova condição para a implementação de
políticas sociais.
Porém na visão maxista erosão inexorável da taxa média de lucros a inflação já não era estimuladora da
demanda global. Ao contrario, desencadeou a busca de valores refugio pela via de especulação
financeira.
A expansão de crédito associada à inflação, por outro lado, acelerou processos públicos e privados de
endividamento.
Diante das dificuldades de conter crise, a depender da opção política e social dos governos, iniciou-se a
implementação de programas de austeridade de natureza deflacionista, os ajustes fiscais..
Um elemento que ganho visibilidade na crise foi: a sutil perde de hegemonia econômica dos EUA, o que
não significou perda de influencia militar e política, houve o aumento da competividade da parte do
Japão e Alemanha.
O capitalismo administrou a crise por meio de limitadas estratégias de reanimação monetária ainda de
estilo keynesiano, apesar do discurso contrario, assim, o estado atuou com amortecedor da crise.
Dificuldade do capital de escapar da recessão ou inflação, sendo a retomada lenta e hesitante entre 76-
79, no contexto de inversão do ciclo: sem os índices de produção industrial de antes e sem absorver o
desemprego gerados na recessão, sendo o desemprego crescente.
Em 8-82 tem-se uma nova crise desencadeada nos EUA, as saídas monetárias apontavam p/ o
prolongamento do quadro recessivo e as alternativas, mesmo moderadas, de cariz keynesiano, deparam-
se com a crise fiscal do estado e os riscos de inflação.
Nessa dinâmica os novos mercados, com Brasil, tb estavam em situação difícil e endividados. Então, os
esforços do capital para retomada das taxas de lucros nos anos 80 foram eliminação, fusões e
incorporações entre as empresas (monopolização), produção de acordo com a demanda, novas
tecnologias, redução dos custos (matéria-prima, energia e força de trabalho), rapidez na circulação do
capital (lucro); > exploração do trab; redistribuição os mercados antigos.
A crise tem função objetiva de se constituir com meio pelo qual a lei de valor se expressa e se impõe. Ela
é a consolidação de dificuldades crescentes de realização da mais-valia socialmente produzida, o que gera
superprodução, associada à superacumulação.
A própria lógica cria empecilhos no momento subsequente que geraram implicações da < taxa de lucro: <
desemprego, > poder político dos trab que tinham > resistência a exploração que dificultava a + valia,
houve o avanço tecnológico < diferencial entre as empresas.
-CONTROLE MACROECONOMICO
Caráter tendencial da lei influenciado pelo: salário real, pela produtividade do trabalho e pela eficácia do
capital.
A taxa da + valia é compatível com a progressão do salário real se está é acompanhada por um aumento
relativo da produtividade do trabalho, o que por sua vez se associa à composição técnica do capital e sua
eficácia por trabalhador.
Sobreveio a recessão na 1ª metade dos anos 90,abrindo um novo período marcado pela desconexão sem
precedentes entre a taxa de lucro(>) e a taxa de crescimento(<).
Recuo na produtividade global, enquanto o crescimento do salário real mantinha-se compatível com as
taxas de lucros (baixas).
A expressão da lei da queda da taxa de lucro requer uma articulação entre produtividade e realização,
então cada crise combina problema de saída de escoamento (superprodução) com problemas de
valorização do capital.
Se a inovação tecnológica está associada às ondas longas, sua introdução não pode ser tratada em
separado da dinâmica geral da acumulação, como um elemento externo.
A luta de classe é interna a essa dinâmica geral as saídas e entradas em crise, em seus tempos têm a ver
com uma radical historicidade do capitalismo.
Critica a discussão regulacionista (norma de consumo) que a estrutura da produção deve adequar-se ao
consumo, do ponto de vista dos valores de uso, diga-se das necessidades sociais.
Avanços das ideias neoliberais ocorre após 70, quando a crise ganhar espaço (reduzidos
índices de cresc c/ altas taxas de inflação).
Tais motivos foram fortes argumentos p/ os neoliberais que criticavam o Estado Social e o
“consenso” do pós-guerra, que permitiu a instituição do welfare state.
Tal reação teórica surgiu logo após a 2ª GM com Hayeck através da sua obra, o caminho da
servidão, que combatia o keynesianismoe e o solidarismo reinantes e preparar as bases p/ um
outro tipo de capitalismo, duro e livre de regras p/ o futuro.
O autor ressalta que o período de forte crescimento imposto pela economia regulada
entre os anos 45-70 minou a possibilidade de expressão dos ideais neoliberais.
A longa e profunda recessão entre 69-73, contundo, alimentou o solo sobre o qual os
liberais puderam avançar.
Para eles a crise resultava: do poder excessivo e Ou seja, o déficit estatal é intrinsecamente
nefasto dos sindicatos e do mov. Operário, que neg. p/ economia, pois absorve a poupança
corroeram as bases da acumulação, e do aumento nacional e diminui as taxas investimentos no
dos gastos sociais do Estado, o que desencadearia setor privado.
processos inflacionários.
Se as políticas neol. Não foram capazes de gerar cresc. Econ., a austeridade da política fiscal conseguiu
promover a redução das taxas de inflação, esse êxito se deveu a políticas monetárias e fiscais austeras
e o cresc do desemp, o que reduziu o percentual de ajustes de salários, combinado à diminuição de
preços das matérias-primas no mercado internacional.
Outro efeito é o aumento das taxas do lucro líquido empresarial, sobretudo no setor de manufatura,
esse aumento decorreu muito + da redução dos salários e da queda do índice de emprego do que do
aumento da produtividade, nem se converteu em aumento investimento da produtividade e de cap.
Fixo.
A < da taxa de cresc e do investimento produtivo foi acompanhada por duas tendências: redução dos
investimentos públicos em infraestrutura nos países e o > do investimento no setor financeiro
Visto que a maioria dos países passou a ampliar a arrecadação pela via de impostos indiretos, o que acaba
onerando a toda sociedade e penalizando os trabalhadores com rendimentos mais baixos. Por outro lado,
ocorreu redução dos impostos diretos, o que agrava as desigualdades.
A redução dos gastos públicos implicaram Tb a redução dos gastos com o sistema de proteção social.
Outra tendência que vem ganhando destaque desda dec 70 é a expansão dos programas de transferência de
renda. Esses programas têm as seguintes características: são condicionados a situação de ausência ou baixa
renda; são completivos ou/e substitutivos dos salários; possuem abrangência nacional e são regulados em
lei nacional; os beneficiários devem ter acima de 18 anos e devem comprovar cidadania ou residência legal
no país; os beneficiários devem mostrar disposição p/ a inserção econômica e/ou em alguma atividade
ligada a qualificação profissional ou atividade de trabalho; o financiamento é de responsabilidade do
governo federal, em geral a gestão é compartilhada (E, DF, M)
O séc. XXI se inicia com transformações profundas nas políticas sociais nos países capitalista. É inegável que
as reestruturações em curso seguem na direção de sua restrição, seletividade e focalização.
3. O BRASIL: DA DITADURA À REDEMOCRATIZAÇÃO E A POLÍTICA SOCIAL
Essa foi a forma que assumiu a introdução a introdução da produção em massa de automóveis e
eletrodoméstico para o consumo de massa de restrito – que, ademais, já vinha acontecendo desde 1955,
com o Plano Metas mas que na ditadura militar ganhou um contorno mais agressivo.
Tais mecanismos são introduzidos sem pacto social-democrata e sem os consensos dos anos de
crescimento na Europa e EUA, e com uma redistribuição muito restrita dos ganhos de produtividade do
trabalho, mas que ampliou o mercado interno, entre os segmentos da classe média e de trabalhadores.
Do outro lado, expandia-se Tb a cobertura da política social brasileira, conduzida de forma tecnocrática e
conservadora, reinterando uma dinâmica singular de expansão dos direitos sociais em meio à restrição
dos direitos civis e políticos, modernizando o aparato varguista.
O projeto econômico da ditadura brasileira tem haver com a intensa internacionalização da economia do
Brasil, que se aproveito da necessidade do capital de restaurar as taxas de crescimento dos esgotados
“anos dourados”
Um dos movimentos do capital foi a tentativa de se valorizar, pela ampliação dos mercados de bens
fordistas nos locais em que estes tinham potenciais de crescimento.
As taxas de crescimento não perduram, pois o próprio mercado interno tinha limites.,
Acresc. P.136
A previdência (FUNRUARAL) foi amplia aos trab. Rurais de caráter mais redistributivo através da taxação
dos produtos em 1971.
A ditadura também impulsionou uma Política Nacional de Habitação (BNH), estratégia típica do
keynesianismo de impulsionar a economia por meio do incremento do incremento da construção civil na
construção de moradias populares (*atualmente minha casa minha vida) época de forte crescimento das
empreiteiras, sem nenhum controle dos gastos públicos.
Tivemos a criação de fundos de indenização aos trabalhadores (poupança forçada) para financiamento da
casa própria (FGTS, PIS, Pasep) (*que vigoram até hoje).
Havia o impulso das políticas publicas mesmo que de forma restrita quanto ao acesso, como estratégia de
legitimação da ditadura que também abriu espaço para a saúde, previdência e a educação privada (para
quem pode pagar), que nos aproximou mais do sistema dos EUA de proteção social do que do Welfare
State europeu. Mesmo com a ampliação dos acesso públicos e privados, milhões de pessoas
permaneciam fora do sistema de proteção social.
Em 1974 começa aparecer os sinais de esgotamento do projeto da ditadura, em função dos impactos da
economia internacional, restringindo o fluxo de capitais (entrada de investimentos - crise) e Tb dos limites
internos.
Os anos subsequentes serão marcados pela violência, pela abertura lenta e gradual do regime, num
processo de transição p/ democracia que se alinha com as orientações conservadoras neoliberais, em
curso no nível internacional, implicando o caráter tardio da adesão brasileira ao neoliberalismo.
Tivemos um transição democrática fortemente controlada pelas elites para evitar a constituição de uma
vontade popular radicalizada.
Em 1980 período de conquistas democráticas, em função das lutas sociais e da CF/88, embora
conturbado economicamente.
O aumento do endividamento externo e suas consequências são dados fundamentais p/ entender o fim
da ditadura e a crise econômica Crônica daqueles anos.
Ao governo restaram 3 caminhos: corta gastos públicos,imprimir dinheiro ou vender títulos do tesouro a
juros atraentes. Assim, os gastos públicos passam a ser estruturalmente desequilibrado.
Os resultados: taxa de crescimento baixa (+-1%), redução da taxa de investimento e aumento da inflação.
Os efeitos da crise do endividamento: empobrecimento generalizado da America Latina, crise dos serviços
sociais públicos num contexto de aumento da demanda em contraposição à não expansão dos direitos;
desemprego; agudização da informalidade da economia; favorecimento da produção para exportação em
detrimento das necessidades internas. Diante desta crise os países desenvolvidos voltam às costas p/
America latina caindo os fluxos de investimentos.
Após a crise da divida dos anos 80, diante da possibilidade de colapso financeiro internacional, impõe-se
o discurso dos ajustes e dos planos de estabilização em toda região da America latina. Houve um ajuste
global,reordenando as relações entre centro e perifeia do mundo do capital .
Ocorreu uma transformação produtiva, cujos benefícios ficaram extremamente concentrados nas
economias centrais, enquanto os custos foram pagos pela crise financeira do Estado com fortes impactos
para política social, pelos sindicatos e pelos países da periferia.
Do ponto de vista econômico, tem-se na entrada dos anos 90, um país destruído pela inflação e que será
o fermento p/ possibilidade histórica da hegemonia neoliberal; paralisado pelo baixo nível de
investimento privado e público; sem solução consistente p/ o problema do endividamento; e com uma
questão social gravíssima.
Também neste período houve a redefinição das regras do jogo político, no sentido da retomada do
Estado democrático de direito.
Tarefa designada para congresso constituinte contrariando os movimentos populares que lutaram por
uma assembleia Nacional livre e soberana.
Sendo o movimento dos trabalhadores e popular decisivo da historia recente do país que ultrapassou o
controle das elites. A presença e ação desses segmentos interferiram na agenda política ao longo dos
anos 80 e pautaram alguns eixos da constituinte (direitos sociais e trabalhistas, reforma agrária,
soberania nacional).
Essa transição democrática brasileira diferencia-se de outras da America latina como as mudanças
estruturais engendradas pela industrialização e a urbanização, o que criaram as condições p/ o
surgimento de um movimento operário e popular novo (refundação da esquerda brasileira)
Assim, o Brasil se transformou num elo explosivo do capitalismo latino-americano, em função das
enormes contradições econômicas, das tutelas financeira e militar, e da constituição de sujeitos políticos
dispostos a enfrenta-las. Sendo estes movimentos tensionados pela as classes dominantes e estrangeiras.
Tivemos uma constituição hibrida, entre o velho e o novo, entre o programático e eclético, que muitas
ocasiões foi deixada ao sabor das legislações complementares, entre outras emendes de cunho popular
foram propostas, porém prevaleceu os acordos estabelecidos pelo “Centrão” que Tb prolongar o gov. de
Sarney.
O divisor de águas deslocou p/1ª disputa presidencial em que os projetos eram radicalmente diferentes
nas candidaturas de Lula e Collor, que chegaram ao 2º turno, expressando a tensão entre as classes. As
elites apoiaram Collor no 2º turno mesma a contragosto. Pois, o Collor em seu discurso já deixará clara a
insatisfação com a CF (cont p. 142-3)
Acontecimentos no âmbito da política social dos anos 80 que favoreceram os eixos conquistados na CF.
Do ponto de vista dos últimos anos da ditadura e do gov. Sarney, apesar dos anunciados de priorizar a
área social, houve poucos investimento. O carro chefe da política social de Sarney foi o Programa do leite
voltado p/ instrumentalizar as associações populares que distribuíam tickets p/ as famílias, o q eu gerou
vantagens clientelistas – que promoveu a ampliação do acesso a alimentação. Nesse período manteve-se
o caráter compensatório, seletivo, fragmentado e setorializado da política social brasileira subsumida à
crise. As propostas de restruração das políticas sociais de Sarney não foram implantadas.
Todavia, suas contribuições foram incorporadas no processo constituinte e ajudaram a definir o conceito
de seguridade.
Houve Tb inovações democratizantes como: o novo estatuto dos municípios como entes federativos
autônomos, os conselhos paritários de políticas e de direitos e a instituição de ciclo orçamentário que
passa a compor um orçamento da seguridade.
Processo de luta dos trabalhadores, usuários e sujeitos políticos foram decisivos para formatação dos
direitos sociais no Brasil com inspiração berevidgiana.
Difícil processo p/ elevar a assistência social como política pública de seguridade social para superar o
clientelismo, do aleatório improviso.
Na política previdenciária, além de sua inserção numa lógica de seguridade, em especial no que se refere
ao financiamento, houve ampliação de direitos (licença-maternidade, extensivas as empregadas
domesticas e trab rurais; direito a pensão a marido ou companheiro; redução do limite de idade 60).
Teve destaque a intervenção dos movimentos sociais em defesa dos direitos da criança e adolescentes,
que se desdobrou no ECA.
Apesar dos avanços CF produto de uma correlação de forças desfavorável, que deram sustentação ao
conservadorismo no campo da política social. Ex: universalidade X seletividade, bem como o suporte legal
do setor privado, em que pese a caracterização de dever do Estado para algumas politicas.