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RAMOS
LUCIANA E. C. BAZONI
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Prancha de Comunicação
Alternativa PSICOLOGIA UTI
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U NIVERSIDADE E STADUAL P AULISTA “J ÚLIO DE M ESQUITA F ILHO ”
F ACULDADE DE M EDICINA DE B OTUCATU
Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso
Revisão Técnica:
Psicóloga Luciana Esgalha CarnierBazoni
Editoração: Diagramação:
Ana Silvia S B S Ferreira - Vice-coordenação - NEAD.TIS / FMB
Ana Paula Rodrigues de Andrade -Aprimoramento em Tecnologias de Informação em Saúde - NEAD.TIS / FMB
http://arasaac.org/herramientas.php
Conteúdo:
Cassiana Mendes Bertoncello Fontes
Janete Pessuto Simonetti
Maria Helena Borgato
Silvana Andrea Molina Lima
Silvia Justina Papini
Coordenação da Residência Multiprofissional
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APRESENTAÇÃO
As Unidades de Terapia Intensiva caracterizam-se por serem ambientes repletos de alta complexidade técnico científica, seus
pacientes são submetidos à diversos procedimentos e intervenções, muitos deles comprometendo sua capacidade de comunicação
por meio da fala ou da escrita.
A comunicação é elemento essencial à vida humana e à qualidade de vida, principalmente em momentos de tamanha fragilidade
como no caso de uma internação em ambiente de UTI. Ela contribui tanto para equipe médica e de enfermagem intervir
fisicamente quanto para a equipe de psicologia intervir nos aspectos emocionais relacionados ou não à internação. Desta forma,
faz-se necessário lançar mão de instrumentos para possibilitar a comunicação alternativa destas pessoas, já que a via normal de
comunicação pode estar comprometida.
Por comunicação alternativa compreende-se o conjunto de métodos e técnicas que viabilizam a comunicação, complementando
ou substituindo a linguagem oral comprometida ou ausente. Existem três tipos de recursos de comunicação alternativa: os sem
tecnologia - nos quais apenas o corpo do interlocutor é utilizado; os de baixa tecnologia – como as pranchas, figuras, álbuns e os
de alta tecnologia – os computadores contendo pranchas eletrônicas, vozes digitalizadas.
Neste trabalho, utilizou-se recurso de baixa tecnologia para possibilitar a comunicação de pacientes internados nas Unidades de
Terapia Intensiva. O principal objetivo é a identificação dos sentimentos e sensações prevalentes nos pacientes internados nas
Unidades de Terapia Intensiva, realizar acolhimento e atendimento psicológico e ainda intervir em aspectos físicos e sociais que
possam contribuir para seu bem estar, além de possibilitar maior interação com toda a equipe e familiares.
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COMO UTILIZAR?
A prancha é composta por figuras e palavras correspondentes à cada uma delas, facilitando assim, o estímulo apresentado
ao paciente. As figuras foram separadas em categorias para facilitar a apresentação e compreensão do interlocutor. As categorias
foram divididas tendo como base a teoria de Wanda A. Horta, na qual são propostas as necessidades psicobiológicas,
psicossociais e psicoespirituais.
Para facilitar o manuseio do material, optou-se por nomear as categorias da seguinte forma: dentro das necessidades
psicobiológicas estão as categorias: sensações, partes do corpo, riscos e/ou intervenções e necessidades e vontades; dentro das
necessidades psicossociais encontram-se: sentimentos, lugares, profissionais e rede social. Não se utilizou para confecção destas
pranchas as necessidades psicoespirituais, entretanto, foi criada uma prancha para auxiliar a composição das demais, a qual
recebeu o nome de “objetos”.
Sugere-se que a prancha seja impressa e plastificada para utilização em ambiente hospitalar, pois isto possibilita a limpeza
adequada do material.
As figuras que serão apresentadas ao paciente não obedecem uma ordem preestabelecia, elas são escolhidas de acordo com a
demanda do paciente ou da equipe da unidade. Por exemplo: Ao querer identificar o que o paciente está sentindo fisicamente, é
mostrado a ele a prancha correspondente às necessidades psicobiológicas tais como: dor, frio, calor... Em seguida, pede-se que
ele aponte para o desenho que melhor traduz sua sensação. Caso o paciente não consiga apontar, o interlocutor o faz e pede
que o paciente reaja de alguma forma quando for a figura apropriada, podendo ser esta reação através do piscar, apertar a mão,
etc.
Espera-se que este material venha a contribuir para o atendimento de pacientes em UTI com dificuldade de comunicação,
possibilitando assim, uma melhor estadia na unidade para o mesmo, facilitação no trabalho da equipe e interação com a
família.
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FRIO
SEDE
FOME
CALOR
Sensações\ Sentimentos
Sensações\ Sentimentos
DOR COCEIRA
NÁUSEA FALTA DE AR
Sensações\ Sentimentos
MEDO ANSIOSO
SAUDADES RAIVA/NERVOSO
Sensações\ Sentimentos
CANSADO/
DESANIMADO VERGONHA TRISTE
EM PAZ/
TRANQUILO
9 ANGUSTIADO ALEGRE
Sensações\ Sentimentos
DÚVIDAS CULPA
CONFIANTE PREOCUPADO
Riscos e Intervenção
PIORAR CIRURGIA
COSTAS PERNA
Partes do corpo
BRAÇO PEITO
MÃO PÉ
Necessidades e Vontades
BANHO SENTAR-SE
ASPIRAR PENTEAR-SE
Necessidades e Vontades
XIXI COCÔ
Lugares
IGREJA/RELIGIÃO TRABALHO
ENFERMEIRO MÉDICO FISIOTERAPEUTA
Profissionais
PSICÓLOGO ASSISTENTE SOCIAL
PAI MÃE FILHO
Rede Social
FILHA ESPOSA ESPOSO
IRMÃ IRMÃO PRIMOS
Rede Social
AMIGOS AVÔ AVÓ
APARELHO DE
OUVIDO TV/RÁDIO DENTADURA
Objetos
REVISTA/JORNAL LIVROS/BÍBLIA ÓCULOS
Referências
ARAÚJO, R.C.T.; DELIBERATO, D.; BRACIALLI, L.M.P. A comunicação alternativa como área de
conhecimento nos cursos de educação e da saúde. In: DELIBERATO, D.; GONÇALVES, M.J.;
MACEDO, E.C. (Org.). Comunicação alternativa: teoria, prática, tecnologias e pesquisa. São Paulo:
Memnon Edições Científicas, 2009. p. 275-284.
Benedet A.S, Bub M.B.C. Manual de diagnóstico de enfermagem: uma abordagem baseada na teoria das
necessidades humanas básicas e na classificação diagnóstica da NANDA.Florianópolis: Bernúncia; 1998.
http://arasaac.org/
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