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AULA 3

Análise Fundamentalista
Aula 3 – Análise Fundamentalista

Nesta aula, você verá...


• Horizonte de investimento (Análise Técnica x Análise Fundamentalista)
• Vantagens e desvantagens da análise fundamentalista
• Conceito de balanço patrimonial e DRE
• Indicadores operacionais e financeiros
• Múltiplos
• Análise de balanço “na prática”
Horizonte de Investimento

Uma grande influência no nível de risco e no seu objetivo dentro


do mercado é o horizonte de investimento.

Horizontes mais longos não estão muito preocupados com a


volatilidade de uma empresa, mas sim, em achar empresas com
grande valor e preço justo.

Horizontes mais curtos focam na volatilidade do dia a dia e nas


distorções de preço.
Diferenças entre curto e longo prazo

CARACTERÍSTICAS

Curto Prazo Longo Prazo

• Acompanham o mercado • Não precisam acompanhar


com maior frequência o mercado o tempo todo
• Objetivos geralmente mais • Objetivos geralmente mais
agressivos conservador
• “Precisam” ter disciplina • “Precisam” conhecer bem a
empresa que está investindo
• São autoconfiantes, enérgicos,
tomam decisões rápidas • Pensam mais antes de
tomar decisões
Diferenças entre curto e longo prazo

VANTAGENS E CRÍTICAS

Curto Prazo Longo Prazo

• Vantagem: entram e saem mais rápido de • Vantagem: exige menos dedicação de


uma operação, o que permite minimizar os horário e resultados tendem a ser mais
prejuízos de um trade ruim consistentes no longo prazo

• Crítica dos “longuistas”: além da rotina de • Crítica dos “curtistas”: demora para “admitir
mercado mais estressante, esse “entra-e- o erro” em uma operação = mais prejuízo
sai” pode fazer os prejuízos anularem os
• “O fundamentalista muda de direção no
lucros
mercado como um cruzeiro; o grafista,
• “Nunca vi um grafista rico” (Luis Barsi) como um jet ski” (autor desconhecido)
Colocando em prática

1. Horizonte longo prazo (semanas a anos):


ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

2. Horizonte curto prazo (minutos, dias ou semanas):


ANÁLISE TÉCNICA
Análise Técnica

Estudo do preço das ações, principalmente por gráficos, com


o objetivo de prever tendências futuras (estudar o passado para
compreender o futuro)

Se o Mercado = “guerra dos comprados e vendidos”, AT é


captar as alterações entre a oferta e a demanda
Análise Técnica

O que NÃO é Análise Técnica?


Adivinhação: a AT nunca dirá o que vai acontecer com uma ação; ele apontará os
possíveis cenários e qual a chance de cada um acontecer, para a partir deste cenário
você saber o que fazer.

“Não é no fato relevante que a gente opera, mas sim na maneira que as pessoas
reagiram ao anúncio”

A análise técnica utiliza a regra do SE:

SE a ação subir de fato, ENTÃO eu.....; SENÃO, eu......


Os 3 “Dogmas” dos Gráficos

3 FATORES QUE SUSTENTAM A ANÁLISE TÉCNICA:


1.Os gráficos descontam tudo
Preço: síntese da opinião da oferta e da demanda; logo, deve refletir o melhor julgamento
sobre o valor de um ativo em dado momento, incluindo os aspectos emocionais.

2.Preços se movimentam em tendência


É mais provável que um movimento mantenha sua tendência do que reverta

3.História se repete a si mesma


Análise Técnica e psicologia humana estão diretamente relacionados. Se algo deu certo
no passado, ele tende a ser usado de novo para entender o que vai acontecer no futuro.

FATOR EXTRA: SEMPRE USE STOP!


Prós e Contras de usar AT

PRÓS:
•Identifica com mais rapidez as viradas do mercado
•Sua abordagem altamente especulativa tem mais eficiência que a
fundamentalista no curto prazo

•Mais simples e acessível para o pequeno investidor

CONTRAS:
•Sua natureza tende a estimular o autodestrutivo “overtrading”
• O fácil acesso cria “analistas instantâneos”
Análise Fundamentalista

Utilização de fundamentos macroeconômicos, setoriais e da própria empresa


analisada, com o intuito de determinar um "valor justo" para a ação
Base da análise fundamentalista (Alexandre Póvoa, autor de "Valuation"):

•Informações do mercado são "assimétricas" (tempo, maneira de receber etc)


•Essa assimetria provoca interpretações diferentes sobre uma mesma ação, o que justifica a compra e
venda de ativos (mesmo informações simétricas recebem diferentes análises)

•As duas fontes para o cálculo da taxa de desconto (risco de mercado e risco específico) são muito amplas,
o que torna a quantificação subjetiva por natureza

CONCLUSÃO: uma boa análise fundamentalista não é aquela que busca


precisão em um preço justo, mas sim aquela que consegue determinar
regiões de compra e venda de uma ação
Análise Fundamentalista

Procura entender a viabilidade e capacidade de gerar lucros de uma empresa


Pontos importantes para entender isto:

•Analisar a consistência do modelo de negócios da empresa e sua viabilidade


•Analisar o produto daquela empresa
•Analisar a gestão da empresa
•Analisar a economia do país onde a empresa está inserida
•Analisar o setor que aquela empresa está (riscos e oportunidades)
•Analisar a indústria (maturidade)
•Analisar a sustentabilidade da empresa (5 forças de Porter)
5 Forças de Porter
Duas Divisões de AF

1. TOP DOWN (de cima para baixo)


Começa analisando os fatores macroeconômicos até chegar nas ações

(ex: se os juros subirem, as ações de varejistas devem cair na Bolsa)

2. BOTTOM-UP (de baixo para cima)


Usa todas as variáveis disponíveis para chegar ao preço justo da empresa
Costuma "filtrar" o que a análise top down não mostra; exige mais do investidor

(ex: as varejistas podem até sofrer com a alta de juros, mas uma delas possui
um caixa muito alto e atua como financeira, o que pode limitar as perdas)
Vantagens da Análise Fundamentalista

VANTAGENS:
•Estratégia consistente baseada em fundamentos econômicos e busca de valor; costuma
ter maior assertividade no longo prazo

•Tem profunda relação com a "realidade" da economia e por isso é mais sustentável para
o longo prazo

•Não exige extrema dedicação e horas por dia do investidor


Problemas da Análise Fundamentalista

RISCOS:

•Por olhar muito para o longo prazo, demora para "admitir" um erro ou até mesmo para
"desistir" de uma ação, o que pode trazer perdas profundas

•Por acreditar no "valor" da empresa, as quedas de uma ação muitas vezes são encaradas
como ainda mais compras, aumentando ainda mais o prejuízo

•Abre espaço para abordagem muito subjetiva; alicerces pouco reais

DEMORA PARA TORNAR-SE UM ESPECIALISTA NO ASSUNTO!


Análise Fundamentalista

Não é possível aprender tudo sobre análise fundamentalista em uma única


aula, pois é preciso dominar contabilidade, matemática financeira, economia…

Mas o que você vai aprender aqui é: quais as informações mais importantes da
análise fundamentalista que eu tomo como base no processo de seleção de
uma ação para colocar na carteira

NÃO QUERO TE TRANSFORMAR EM UM ANALISTA FUNDAMENTALISTA,

QUERO TE TRANSFORMAR EM UM INVESTIDOR.


Passo a passo na Análise Fundamentalista

Todas as informações para avaliar as métricas operacionais e financeiras de


uma empresa estão nas DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Qual o objetivo das DFs?
Atualizar os acionistas e o mercado em geral sobre a evolução da atividade e da
solvência da empresa; critério fundamental para manter transparência com o investidor

Quando as DFs são divulgadas?


Os dados são trimestrais e divulgados até no máximo 45 dias após o fechamento do
trimestre (sempre antes ou depois do pregão)

Onde posso encontrar essas DFs?


•Site de RI da empresa
•Site da CVM (todos os balanços precisam ser registrados no órgão regulador)
Principais items das DFs

• ATIVO
Recursos controlados pela empresa resultado de um evento passado
e que se espera benefício futuro

• PASSIVO
Obrigação presente da empresa, resultante de um evento passado.
Sua liquidação resulta em saída de recursos

• PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Interesse residual da empresa após deduzir o passivo (AT = PAS + PL)

• RECEITA
Crescimento em benefícios econômicos durante o período contábil, na forma
de aumento de ativo ou redução de passivo

• DESPESA
Receita, ao contrário (redução de ativo ou aumento de passivo)
Balanço Patrimonial

“Bens e direitos”

Recursos controlados Obrigação presente derivada


pela entidade como de eventos já ocorridos, cuja
resultado de eventos liquidação resulte em saída de
passados e dos quais se recursos.
espera que resultem Passivo
futuros benefícios
econômicos para a
entidade.
Ativo
Valor residual dos ativos da
entidade depois de deduzidos
todos os passivos. Pertence
Patrimônio aos sócios.
Que informações o BP vai me dar?

• Decisões de Investimento
• Ativos de curto prazo e longo prazo
• Ativos mais relevantes (% do total) e coerência com o setor
• Análise da evolução do risco e retorno

• Decisões de Financiamento
• Capital próprio e de terceiros
• Curto prazo e longo prazo
• Passivo oneroso (financeiro) e operacional

• Riscos de Curto Prazo


DRE

DRE (Demonstração de Resultado de Exercício)

Se o balanço é a foto, a DRE é o filme (mostra o resultado durante o período)

O que analisar na DRE:

•Evolução do poder competitivo (eficiência para comprar/produzir e comercializar)


•Eficiência da operação
•Eficiência geral da empresa
• custos
• despesas operacionais
• Resultado Financeiro
Estrutura da DRE

RECEITA BRUTA
(-) impostos sobre vendas (não tem como fugir)
(-) devoluções/abatimentos
(=) RECEITA LÍQUIDA (ou receita operacional líquida)
(-) CPV (custo do produto vendido)
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas Operacionais (SG&A)
(-) Equivalência Operacional (participações)
(=) LUCRO OPERACIONAL (EBIT)
(+) Resultado Financeiro (ou não-operacional; rec. financ. - desp. financ.)
(=) LAIR
(-) Imposto de Renda
(=) LUCRO LÍQUIDO
Definições da DRE
Ebitda: onde aparece na DRE?

EBITDA = Earnings Before Income, Tax, Depreciation and Amortization


(Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização; LAJIDA)
Lucro Operacional (EBIT) + Depreciação e Amortização

Na prática: indica a geração operacional de caixa POTENCIAL da empresa

Vantagem: mostra como foi o resultado da empresa olhando apenas para o seu operacional

Desvantagem: não inclui o custo de capital na conta


Indicadores Operacionais

Principal vantagem:
Consegue distinguir “lucro grande” de “lucro forte”
Mostra o quanto a empresa é rentável, operacionalmente falando

- Lucro de R$ 11 bilhões é melhor que um lucro de R$ 1 bilhão?

Empresa Vendas (em US$ milhões) Lucro (em US$ milhões) Rentabilidade

Petrobras 104.250,8 10.906,1 6,9%

Cielo 2.508,5 1.112,1 51,2%


Indicadores Operacionais

MARGENS
•Margem Bruta = Lucro Bruto/Receita Líquida

•Margem Líquida = Lucro Líquido/Receita Líquida

•Margem Ebitda = Ebitda/Receita Líquida


Fiat ou Ferrari?
Indicadores Operacionais

ROA = Lucro Líquido/Ativo Total


Se o Ativo representa todos os bens e direitos da empresa
O ROA mede a rentabilidade do investimento total da empresa

ROE = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido


Mede a rentabilidade do negócio para o acionista
Indicadores Financeiros e de Liquidez

•Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante

•Endividamento = Passivo/Ativo
Endividamento Oneroso = (Emprést. + Financ. CP e LP)/Ativo Total

•Índice de Cobertura de Juros  ICJ = EBIT/Despesas Financeiras


O lucro operacional deve ser suficiente para pagar pelo menos os juros
Exemplos para analisar BP e DRE

•Entrando no site de RI da empresa


• Por que comparar o mesmo trimestre de um ano e outro, e não
apenas o trimestre atual contra o imediatamente anterior?
(4T15x4T14 é melhor que 4T15x3T15)

•Onde achar as informações do BP e da DRE


•Calcular as margens, os indicadores financeiros e operacionais
•Dica fundamental: o que o mercado está esperando para o
resultado desta empresa?
Múltiplos

Relação de dados financeiros com informações de mercado.


Objetivo: ajuda a definir se uma ação está barata ou cara, seja em relação
aos seus pares na Bolsa ou frente seu comportamento histórico

Vantagens
Simplicidade, rapidez na precificação e poucas informações

Desvantagens
Diferença nos fundamentos das empresas comparáveis, qualidade das
informações, especificidade de cada empresa (linha de negócio, carteira de
clientes, ativos imobilizados etc)
Múltiplos

P/L (Preço/Lucro)
Quantos anos levaria para receber de volta o investimento com o lucro gerado da empresa

P/VPA (Preço/Valor Patrimonial da ação)


Quanto o mercado está disposto a pagar pelo patrimônio da empresa

EV/Ebitda (Enterprise Value/Geração Operacional de Caixa)

Enterprise Value = Valor de Mercado + Dívida Líquida


Dívida Líquida = (Emprést., financ., debêntures e outras obrig.) - (caixa e aplic. Financ.)
ou… Dívida Líquida = Dívida Bruta – Caixa
obs: se dívida líquida < 0 ⇒ essa empresa tem mais caixa que dívida
Exemplos de padarias de SP (prof. Pelluschi)
Exemplo de BP e DRE

• Consideração importante: ótimas empresas dificilmente ficam "baratas"


em nossa Bolsa, então vale a pena aproveitar oportunidades que aparecem
(ex: Ambev, Cielo)

• Atenção à periodicidade das comparações!


(últimos 12 meses, projetado para o ano seguinte)

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