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Gabarito: B
I – CORRETA - Na fase de pronúncia deve-se adotar a teoria racionalista da prova, na qual não
deve haver critérios de valoração das provas rigidamente definidos na lei, no entanto, por outro
lado, o juízo sobre os fatos deve ser pautado por critérios de lógica e racionalidade, podendo ser
controlado em âmbito recursal ordinário. Para a pronúncia, não se exige uma certeza além da
dúvida razoável, necessária para a condenação. Contudo, a submissão de um acusado ao
julgamento pelo Tribunal do Júri pressupõe a existência de um lastro probatório consistente no
sentido da tese acusatória. Ou seja, requer-se um standard probatório um pouco inferior, mas
ainda assim dependente de uma preponderância de provas incriminatórias. STF. 2ª Turma. ARE
1067392/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/3/2019 (Info 935).
Gabarito: D
a) Art. 427, CPP. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a
imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do
Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz
competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma
região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.
b) Art. 438, CPP. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política
importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos,
enquanto não prestar o serviço imposto.
c) Art. 447, CPP. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25
(vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
d) Art. 429, CPP. Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão
preferência:
I – os acusados presos;
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão;
III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados.
e) Art. 422, CPP. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do
órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de
5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5
(cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência.
Gabarito: C
a) Súmula vinculante 45-STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.
b) Súmula 603-STF: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e
não do Tribunal do Júri.
c) Súmula 712-STF: É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência
do Júri sem audiência da defesa.
d) Súmula 206-STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que
funcionou em julgamento anterior do mesmo processo.
e) Súmula 713-STF: O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos
fundamentos da sua interposição.
Gabarito: C
I – CORRETA - Não há nulidade na decisão que indefere pedido de incidente de falsidade referente
à prova juntada aos autos há mais de 10 anos e contra a qual a defesa se insurge somente após a
prolação da sentença penal condenatória, uma vez que a pretensão está preclusa. STJ. 5ª
Turma.RHC 79834-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 07/11/2017 (Info 615).
II – INCORRETA - Eventual irregularidade na informação acerca do direito de permanecer em
silêncio é causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento depende da alegação em tempo
oportuno e da comprovação do prejuízo. O simples fato de o réu ter sido condenado não pode ser
considerado como o prejuízo. É o caso, por exemplo, da sentença que condena o réu
fundamentando essa condenação não na confissão, mas sim no depoimento das testemunhas, da
vítima e no termo de apreensão do bem. STJ. 5ª Turma. RHC 61754/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, julgado em 25/10/2016.
III – CORRETA - Não há que se falar em nulidade do julgamento da apelação interposta pelo
Ministério Público se a defesa, regularmente intimada para a apresentação de contrarrazões,
permanece inerte. Em outras palavras, a ausência de contrarrazões à apelação do Ministério
Público não é causa de nulidade por cerceamento de defesa se o defensor constituído pelo réu foi
devidamente intimado para apresentá-las, mas não o fez. STF. 1ª Turma. RHC 133121/DF, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/o acórdão Min. Edson Fachin julgado em 30/8/2016 (Info 837).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>
Gabarito: A
I – CORRETA - Diante do duplo julgamento do mesmo fato, deve prevalecer a sentença que
transitou em julgado em primeiro lugar. Diante do trânsito em julgado de duas sentenças
condenatórias contra o mesmo condenado, por fatos idênticos, deve prevalecer a condenação que
transitou em primeiro lugar. STJ. 6ª Turma. RHC 69586-PA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel.
Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/11/2018 (Info 642). Os institutos da litispendência
e da coisa julgada direcionam à insubsistência do segundo processo e da segunda sentença
proferida, sendo imprópria a prevalência do que seja mais favorável ao acusado. STF. 1ª Turma.
HC 101131, Rel. Min. Luiz Fux, Rel p/ Acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 25/10/2011.
II – CORRETA - A sustentação oral do representante do Ministério Público que diverge do parecer
juntado ao processo, com posterior ratificação, não viola a ampla defesa. STF. 1ª Turma. HC
140780/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 30/10/2018 (Info 922).
III – CORRETA - Não há nulidade se o réu possui mais de um advogado constituído nos autos e a
intimação para a sessão de julgamento ocorre em nome de apenas um dos causídicos que, no
entanto, já havia falecido, mas cuja morte não tinha sido comunicada ao Tribunal. Vale ressaltar
que, neste caso, não havia pedido da defesa para que todos os advogados fossem intimados ou
para que constasse o nome de um causídico em específico nas publicações. Assim, estando o réu
representado por mais de um advogado, basta, em regra, que a intimação seja realizada em nome
de um deles para a validade dos atos processuais, salvo quando houver requerimento expresso
para que as publicações sejam feitas de forma diversa. STJ. 5ª Turma. HC 270.534/SC, Rel. Min.
Ribeiro Dantas, julgado em 07/03/2017. STF. 1ª Turma. HC 138097/SP, Rel. Min. Marco Aurélio,
red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018 (Info 921). Cumpre esclarecer, no
entanto, que, se, no processo estivesse atuando apenas um advogado, neste caso, haveria
nulidade: A intimação do julgamento da apelação em nome do advogado falecido do réu, único
causídico constituído nos autos, configura cerceamento de defesa apto a ensejar a nulidade
absoluta, já que impossibilitou a interposição de recurso pela defesa. STJ. 5ª Turma. HC
307.461/CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 14/08/2018. STJ. 6ª Turma. HC 301.274/CE,
Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 23/10/2018.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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Gabarito: B
a) Súmula 708-STF: É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da
renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
b) Súmula 707-STF: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de
defensor dativo
c) Súmula 523-STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
d) Súmula 706-STF: É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.
e) Súmula 361-STF: No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-
se impedido o que tiver funcionando anteriormente na diligência de apreensão. • Válida,
mas deve ser feita uma ressalva: o Enunciado 361/STF é aplicável apenas nos casos em que a
perícia for realizada por peritos não oficiais. • Se a perícia for realizada por perito oficial:
basta um único perito. • Se a perícia for realizada por perito não oficial: serão necessários
dois peritos não oficiais. • Assim, para que a perícia seja válida, é necessário que ela seja
realizada: a) por um perito oficial; ou b) por dois peritos não oficiais. • Vide art. 159, caput e §
1º do CPP.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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Gabarito: C
a) Art. 564, Parágrafo único, CPP. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das
suas respostas, e contradição entre estas.
b) Art. 567, CPP. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo,
quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
c) Art. 573, CPP. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores,
serão renovados ou retificados.
§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente
dependam ou sejam conseqüência.
§ 2o O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
d) Art. 568, CPP. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo
sanada, mediante ratificação dos atos processuais.
e) Art. 563, CPP. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a
acusação ou para a defesa.
Gabarito: B
I – CORRETA - Ainda que o réu tenha constituído advogado antes do oferecimento da denúncia —
na data da prisão em flagrante — e o patrono tenha atuado, por determinação do Juiz, durante
toda a instrução criminal, é nula a ação penal que tenha condenado o réu sem a sua presença, o
qual não foi citado nem compareceu pessoalmente a qualquer ato do processo, inexistindo prova
inequívoca de que tomou conhecimento da denúncia. STJ. 6ª Turma. REsp 1580435-GO, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, julgado em 17/3/2016 (Info 580).
II – CORRETA - Não gera nulidade do processo o fato de, em audiência de instrução, o magistrado,
após o registro da ausência do representante do MP (que, mesmo intimado, não compareceu),
complementar a inquirição das testemunhas realizada pela defesa, sem que o defensor tenha se
insurgido no momento oportuno nem demonstrado efetivo prejuízo. STJ. 6ª Turma. REsp
1348978-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Rel. para acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em
17/12/2015 (Info 577).
III – INCORRETA - Qual é a consequência processual do réu ter sido defendido no processo por um
advogado que esteja suspenso ou licenciado da OAB? • Lei: o art. 4º, parágrafo único, da Lei
8.906/94 afirma que são NULOS os atos praticados por esse advogado. • Posição do STJ: a defesa
técnica realizada por advogado, ainda que suspenso pela OAB, é irregularidade processual que
demanda a demonstração do efetivo prejuízo a ensejar a declaração de nulidade. STJ. 5ª Turma.
AgRg no REsp 1295765/PR, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 01/10/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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