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Pós-operatório de

Transplante Renal
Orientações para
pacientes e familiares

Serviço de Enfermagem Cirúrgica


Este manual contou com a colaboração de: bolsistas de iniciação
científica Ananda Ughini Bertoldo Pires e Magáli Costa Oliveira;
enfermeiras Mara Regina Ferreira Gouvêa, Jéssica Oliveira, Claudia Rillo
Baptista, Maria Conceição Proença, Alessandra Vicari e Nádia Mora
Kuplich; técnicas de enfermagem Juliana Borges e Vilma de Castro
Farias; nutricionista Nícia Maria Bastos; farmacêutica Juliana Winter;
assistente social Neusa Gomes de Campos; médicos José Alberto
Pedroso e Fabiani Palagi Machado; professores Amália de Fátima
Lucena, Isabel Cristina Echer e Roberto Ceratti Manfro.
Sumário

APRESENTAÇÃO 5

O que você precisa saber sobre os rins 7

O que é transplante renal? 8

Cuidados durante a internação 9

Procedimentos comuns no pós-operatório 13

Principais complicações do transplante renal 14

Orientações para a alta hospitalar 15


Hábitos de higiene 15
Hábitos gerais de vida 16
Nutrição 18
Medicamentos imunossupressores 19

Sinais e sintomas de alerta 23

Fornecimento dos medicamentos 24


imunosupressores

Controle ambulatorial 25

Serviço social 25

Telefones úteis 26
Apresentação

Este manual tem o objetivo de orientar você


e sua família sobre os cuidados específicos
do pós-operatório de transplante renal. Ele
foi elaborado por profissionais da equipe
assistencial do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), com auxílio da literatura e
de depoimentos de pacientes transplantados
renais e de seus familares.

A intenção do material é contribuir para


que você se sinta mais seguro ao voltar para
casa, tendo melhores condições de realizar o
autocuidado e prevenir complicações.

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O que você precisa saber sobre os rins
A principal função dos rins é a manutenção do estado de equilíbrio
do corpo, por meio da remoção das substâncias tóxicas em excesso
(por exemplo, ureia, creatinina e potássio) e da regulação do volume
de líquidos.

O ser humano possui dois rins, localizados nas costas, acima da cintu-
ra, sendo um de cada lado da coluna. Eles medem aproximadamente
12cm de comprimento e 6cm de largura, pesam em média 150g e têm
o formato de um grão de feijão. Os rins também produzem hormônios
importantes para a produção de glóbulos vermelhos (que evitam a
anemia) e de vitamina D (para a calcificação dos ossos) e para a regula-
ção da pressão arterial.

Os rins, portanto, controlam o equilíbrio entre o sal e a água, a solidez


dos ossos, o crescimento, a produção de sangue e a pressão arterial.

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O que é transplante renal?
O transplante renal é a transferência de um rim saudável de um doador
vivo ou falecido a um paciente (receptor) que tem rins doentes. Antes
de doar ou receber um órgão, a pessoa precisa realizar uma extensa
avaliação clínica.

O receptor do transplante renal necessita de cuidados especiais, inde-


pendente do tipo de doador.

O transplante renal é o tratamento de escolha para melhorar a quali-


dade de vida. Mas, você precisa de novos cuidados e hábitos perma-
nentes: é fundamental seguir corretamente as orientações recebidas e
esclarecer dúvidas sobre o tratamento com a equipe.

Algumas informações sobre a cirurgia:

• É realizada com anestesia geral e dura, em média, quatro horas.


• O rim transplantado é colocado na região abdominal direita ou
esquerda.
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• Apenas um rim é suficiente para manter as funções do corpo.
• Geralmente, os rins do receptor não são retirados, por isso,
você pode manter os seus dois rins e receber o rim transplanta-
do.

Cuidados durante a internação


A recuperação da cirurgia ocorre na Unidade de Internação Cirúrgica e
o tempo de permanência na unidade varia conforme o caso. Durante
este período, são necessários cuidados como:

• Higienização das mãos: lave as mãos com água e sabão ou


limpe-as com álcool gel para evitar infecções.

É importante que os profissionais, o acompanhante e as visitas


higienizem suas mãos antes e depois de ter contato com você
e com objetos (cama, mesa de cabeceira, cadeira, maçaneta da
porta). Você também precisa higienizar suas mãos depois de to-
car objetos e ir ao banheiro.

• Alimentação: quando você tiver condições clínicas para se ali-


mentar, o soro é suspenso e a alimentação via oral é iniciada gra-
dativamente com dieta líquida e, após, com alimentos sólidos.

Não é permitido trazer alimentos de casa, você deve seguir rigo-


rosamente a dieta hospitalar.

• Líquidos: é muito importante você beber água depois da ci-


rurgia. Porém, pode ser necessário restringir os líquidos.

Se for preciso ingerir menos líquidos, você receberá orientações


dos profissionais de saúde.

• Medicamentos: você recebe soro e medicamentos para evitar

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dor, infecção e rejeição do rim transplantado. Inicialmente, esses
medicamentos são administrados na veia, mas, à medida que o
tempo vai passando, eles podem ser tomados por via oral.

• Ferida operatória: o corte da cirurgia, chamado de ferida ope-


ratória, fica com curativo fechado até o segundo dia após o pro-
cedimento. Depois, de acordo com avaliação dos profissionais,
pode ser removido o curativo.

Os pontos são retirados após 30 dias a partir da data da cirurgia,


na consulta de enfermagem no ambulatório.

• Sonda na bexiga: é muito importante para facilitar a elimina-


ção e o controle da urina. Normalmente é mantida, em média,
quatro dias após a cirurgia. Os cuidados com a sonda são realiza-
dos pela enfermagem, mas, se você tiver condições de tomar seu
banho, também precisa fazer a higiene íntima onde a sonda está
inserida.

Homens: higienizar com água e sabão (neutro ou gliceri-


na) e água corrente do chuveiro e expôr a cabeça do pênis
(glande) tracionando a pele (prepúcio). Secar bem após o
banho.

Mulheres: higienizar com água e sabão. Limpar e secar a


parte íntima no sentido de frente para trás, para não con-
taminar com fezes.
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Após a retirada da sonda, você deve urinar em frasco apropriado
disponível no banheiro do quarto, para que a equipe faça o con-
trole da quantidade, cor e odor da urina.

• Atividade física: você pode sair do leito no segundo dia após


a cirurgia, com auxílio da equipe de saúde.

Sair do leito, sentar na poltrona e caminhar são ações que evi-


tam complicações (como pneumonia e trombose) e reduzem a
distensão abdominal (sensação de barriga inchada). Além disso,
é importante que você se movimente no leito.

• Banheiro: o banheiro no quarto é de uso exclusivo dos pacien-


tes.

Os familiares e visitantes devem utilizar os banheiros localizados


em frente aos elevadores.

• Visitas: são restritas. É permitido apenas um acompanhante.


Você não pode entrar em outros quartos.

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Familiares ou amigos com alguma infecção, gripe, resfriado, tos-
se e febre não devem vir ao hospital. A visita de menores de 12
anos só é permitida em casos especiais.

• Recreação: não é aconselhado ir à Recreação após a cirurgia,


pois é um período delicado, em que você está mais sujeito a ad-
quirir infecções.

Procedimentos comuns no pós-operatório


Durante o período de internação, é necessário realizar procedimentos
para acompanhar a evolução do transplante, como:

• Retirada de cateter Duplo J: o cateter Duplo J é instalado


para impedir a obstrução da via urinária e é retirado, em média,
de sete a 14 dias após a operação, conforme avaliação médica.
O procedimento de retirada é simples, leva em torno de 15 mi-
nutos e é feito com anestesia local. Se você sentir dor, solicite
medicamento.

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Fique atento: caso haja
sangramento e ardência
ao urinar, você deve co-
municar a equipe.

Há casos em que o cateter


Duplo J não é colocado.
Assim, não haverá este
procedimento.

• Diálise: logo após a cirurgia, o rim transplantado pode não fun-


cionar. Caso isso ocorra, você vai continuar com a diálise como
fazia antes do transplante até que o rim transplantado funcione,
o que pode demorar algumas semanas.

• Biópsia renal: é a retirada de um pedacinho do rim transplan-


tado com uma agulha fina, com anestesia local, para verificar
precocemente se há rejeição. É necessário jejum de seis horas
antes do procedimento. Após a biópsia, você permanece por
quatro horas em jejum e 24 horas em repouso absoluto no leito,
para prevenir sangramento. Além disso, você deve manter um
peso de 1kg sobre o local da punção, por, no mínimo, quatro
horas. Caso sinta dor, você vai receber medicamentos conforme
prescrição médica. É importante observar a presença de sangue
na urina e relatar para a equipe.

A biópsia é muito importante para avaliar se há rejeição, tratar


imediatamente e evitar a perda do rim transplantado.

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Principais complicações do transplante renal
As principais complicações após o transplante renal são as infecções e
as rejeições.

• Infecções: decorrem da invasão de microrganismos capazes


de causar doenças graves. Entre os medicamentos que você ne-
cessita tomar, estão os chamados imunossupressores, que evi-
tam a rejeição. Porém, esses medicamentos também deixam o
organismo mais sensível às infecções, pois eles diminuem a sua
imunidade. As infecções urinárias são as mais frequentes, mas
outras infecções também podem ocorrer.

Lembre-se sempre da importância de lavar as mãos!

• Rejeições: o rim transplantado é visto pelo organismo como


um corpo estranho e sofre ataque do sistema de defesa. Esse
processo é chamado de rejeição. Por isso, você utiliza os medica-
mentos chamados de imunossupressores, que servem para pre-
venir a rejeição. Há alguns tipos de rejeição após o transplante,
sendo os mais comuns:

Rejeição aguda: pode ocorrer nos primeiros dias ou meses após


o transplante. O diagnóstico é feito por meio de biópsia renal,
ecografia e outros exames complementares. Quando isto acon-
tece, você pode parar de urinar ou urinar em pequena quantida-
de e apresentar alterações nos exames de sangue. Muitas vezes,
a rejeição ocorre sem que haja diminuição da urina. Na maioria
dos casos, a rejeição aguda responde bem ao tratamento.

Somente a biópsia renal pode confirmar a presença de rejeição!

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Rejeição crônica: é a perda lenta e progressiva da função renal,
que ocorre numa fase mais tardia do transplante. É identificada
pelos exames de sangue e biópsia. Nem sempre a rejeição crôni-
ca responde bem ao tratamento.

Fique atento: tome seus remédios corretamente, não falte às


consultas e realize os exames!

• Diabetes e pressão alta: se você já tem diabetes e/ou pressão


alta, deve continuar seguindo o tratamento. Entretanto, alguns
pacientes podem desenvolver essas doenças devido ao uso dos
medicamentos imunossupressores.

Podem ser necessários: uso de insulina para o controle da glico-


se, de medicamentos anti-hipertensivos e de diuréticos; e dimi-
nuição do sal na alimentação.

Orientações para a alta hospitalar


Hábitos de higiene

A higiene após o transplante renal deve ser rigorosa para prevenir


infecções. Portanto, siga as recomendações:

• Lave bem as mãos antes de preparar os alimentos, antes das


refeições, antes de tomar seus medicamentos, depois de ir ao
banheiro e após ter contato com sujeira.
• Tome banho diariamente e seque bem o corpo após o banho.
• Limpe o corte da cirurgia com sabão neutro e água corrente do
chuveiro e seque bem. Preste atenção se há pus ou vermelhidão
no local.

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• Faça a higiene da boca e dentes com escova de cerdas macias;
se possível, use fio dental e visite periodicamente o dentista.
• Mantenha unhas curtas e limpas.
• Não ande descalço.
• Use sempre roupas limpas e troque a roupa de cama uma vez
por semana.
• Lave bem as frutas, verduras e legumes antes do preparo e do
consumo.
• Mantenha sua casa limpa.

Hábitos cotidianos

• Evite receber visitas ao retornar para casa, para evitar infec-


ções.
• Evite lugares fechados e com muitas pessoas.
• Use máscara em ambientes fechados (ônibus, trem, elevador
etc.), pelo tempo que for necessário, conforme a orientação da
equipe de transplante.
• Evite contato com adultos e crianças doentes.
• Só volte a dirigir com a autorização de seu médico.

• Evite a prática de esportes agressivos, que possam lesionar o


rim transplantado, como lutas marciais, boxe e outras.
• Procure manter atividade física regular, como caminhar 30
minutos de três a quatro vezes por semana após a liberação da
equipe de transplante.

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• Evite tomar sol entre 10 e 15 horas. Use sempre boné e protetor
solar com fator igual ou maior a 30 no corpo, lembrando de pro-
teger orelhas, nariz, rosto e mãos.
• Use luvas se tiver contato com a terra (canteiros, plantações),
porque o solo pode transmitir infecções.
• Evite contato direto com animais domésticos, porque, mesmo
saudáveis e vacinados, eles podem transmitir doenças.
• Não fume, pois todos os efeitos do cigarro são potencializados
pelos medicamentos.
• É proibido receber vacinas de catapora, tétano, rubéola, febre
amarela e sarampo. Antes de receber a vacina da gripe, consulte
a equipe do transplante, pois este tipo de vacina é modificada
anualmente. Em casos de epidemias, seu médico poderá orien-
tar sobre vacinas ou outros tratamentos.
• O reinício da atividade sexual dependerá da sua recuperação
e disposição. Tenha cautela com os esforços, como em qualquer
outra atividade.
• A gestação não é recomendada no primeiro ano após o trans-
plante, em função de alguns riscos. Você deve consultar seu
ginecologista sobre a anticoncepção mais adequada e fazer
revisão ginecológica a cada ano. É bom lembrar que o DIU tem
maior risco de infecção e que o anticoncepcional oral predispõe
à pressão alta. Caso esteja pensando em engravidar, converse
antes com a equipe de transplante, a qual poderá modificar ou
suspender alguns medicamentos para não prejudicar o feto.

Converse com seu médico ou com a equipe de transplante e tire


suas dúvidas.

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Nutrição

A qualidade e a quantidade de alimentos são importantes para o fun-


cionamento do corpo e o sucesso do tratamento. Cada alimento possui
diversos nutrientes (proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas, sais mi-
nerais, água e fibras) que desempenham diferentes funções. Os medi-
camentos imunossupressores podem produzir efeitos colaterais com o
tempo de utilização, como diabetes, aumento do colesterol (gordura),
aumento do apetite, pressão alta e aumento do ácido úrico. Para pre-
venir esses efeitos colaterais e escolher os alimentos mais adequados,
você deve seguir as orientações do nutricionista e da equipe do trans-
plante. Confira algumas recomendações.

• Coma frutas e verduras de acordo com a dieta.


• Substitua açúcar por adoçante.
• Prefira carnes magras e brancas (frango sem pele ou peixe).
• Prefira alimentos cozidos, assados, grelhados ou no vapor.
• Use limão, cebola, alho, pimentão, ervas aromáticas ou vinagre
para temperar os alimentos.
• Consuma água tratada (Corsan/DMAE). Água de poço deve ser
fervida.
• Prefira sucos naturais aos de caixinha e industrializados.

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• Evite alimentos com muito sal, gordura e açúcares.
• Não leve o saleiro à mesa.
• Reduza o consumo de café preto.
• Não utilize banha e gorduras vegetais de coco.
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas.
• Não consuma maionese e alimentos expostos em balcões ao
ar livre.
• Não consuma a fruta, nem sucos ou refrigerantes de carambola
(pode ser tóxico para os transplantados renais).

Controle do sal: consuma, no máximo, 4g de sal por dia ou conforme


orientação da equipe.

1g de sal = 1 colher de cafezinho rasa

Controle do peso: é muito importante, pois é comum o aumento do


apetite em função do uso de medicamentos imunossupressores. O ex-
cesso de peso pode levar a problemas de saúde como doenças cardio-
vasculares e obesidade.

Medicamentos imunossupressores

Os medicamentos imunossupressores são utilizados para prevenir a


rejeição. Na alta hospitalar, o farmacêutico entrega um material educa-
tivo com orientações sobre os horários e doses dos medicamentos que
você deve tomar em casa. Neste dia, é importante a presença de um
familiar/acompanhante que irá auxiliá-lo a tomar os medicamentos em
casa.

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Recomendações sobre o uso dos medicamentos:

• Siga rigorosamente as orientações do farmacêutico.


• Confira a data de validade e não tome o medicamento se a
data estiver vencida.
• Guarde os medicamentos em lugar fresco, arejado e longe do
alcance das crianças. Você será orientado sobre medicamentos a
serem guardados na geladeira.
• Tenha medicamentos suficientes para feriados, finais de sema-
na e férias.
• Peça a receita dos medicamentos e os laudos na consulta mé-
dica a cada mês.
• Tome os medicamentos todos os dias no horário e na dose re-
comendada na tabela de medicamentos fornecida pelo farma-
cêutico.
• As doses serão reavaliadas e ajustadas nas consultas médicas
conforme necessidade.
• Verifique nas consultas se você tem a quantidade de medi-
camento suficiente para continuar o tratamento até o próximo
mês, pois a falta pode acarretar na rejeição do rim transplantado.
• Informe seu médico caso sinta qualquer efeito colateral ao to-
mar o medicamento.
• Nunca use medicamentos sem consultar seu médico.
• Se você esqueceu de tomar o medicamento, tome assim que
lembrar.
• Se você não tiver certeza se tomou seu medicamento, espere
até o próximo horário.

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• Lembre-se de que os medicamentos devem ser retirados to-
dos os meses; caso não retire, seu processo poderá ser cancelado
pela Secretaria Estadual da Saúde e você ficará sem receber os
medicamentos.

Nunca pare de tomar seus medicamentos imunossupressores,


pois isso pode levar à perda do rim transplantado e ao retorno
definitivo à diálise!

Medicamentos geralmente utilizados:

PREDNISONA
Apresentação: comprimidos de 5mg e 20mg.
Indicação: prevenir a rejeição.
Cuidados
• Tome junto com o café da manhã.
• Controle a pressão arterial e peso.
• Faça exercícios físicos moderados para prevenir obesidade e
osteoporose.

CICLOSPORINA
Apresentação: cápsulas de 100mg, 50mg e 25mg.
Indicação: prevenir a rejeição.
Cuidados
• Controle o peso e a pressão arterial.
• Realize exames periódicos para verificar a concentração san-
guínea de ciclosporina e ajuste da dose. Essa coleta deve ser feita
antes da primeira dose do dia, ou seja, sempre aguarde a coleta
de sangue, para somente depois tomar a ciclosporina.

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MICOFENOLATO SÓDICO OU MOFETIL
Apresentação: comprimidos de 180mg e comprimidos de 360mg (só-
dico) e de 500mg (mofetil).
Indicação: prevenir a rejeição.
Cuidados
• Não tome junto com antiácidos que contenham magnésio ou
hidróxido de alumínio, colestiramina e aciclovir.
• Este medicamento reduz o efeito do anticoncepcional oral.
• Não ingira comprimidos quebrados.
• Se tiver diarreia, tome mais líquidos e procure a equipe do
transplante.

TACROLIMO
Apresentação: cápsulas de 5mg e cápsulas de 1mg.
Indicação: prevenir a rejeição.
Cuidados:
• Não tome junto com alimentos. Após tomar o medicamento,
aguarde uma hora para comer.
• Realize exames periódicos para verificar a concentração san-
guínea de Tacrolimo e ajuste da dose. Esta coleta deve ser feita
antes da primeira dose do dia, ou seja, aguarde a coleta de san-
gue para somente depois tomar o medicamento.

NISTATINA e CLOREXIDINA em solução oral: utilizadas nos primeiros


meses para evitar infecção oral por um fungo chamado Candida.
Modo de usar:
• Faça bochecho com Clorexidina e despreze na pia.
• Logo em seguida, faça bochecho com Nistatina. Após o boche-
cho, a Nistatina deve ser engolida.
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• Essa sequência de bochechos deve ser realizada três vezes ao
dia.
• Pare de fazer os bochechos apenas com autorização do seu
médico.

Sinais e sintomas de alerta


É muito importante ficar atento aos sinais e sintomas de infecção e de
rejeição:

• Alterações no corte da cirurgia (dor, calor e pus)


• Dor ou dificuldade para urinar
• Falta de ar
• Cansaço extremo
• Calafrios
• Inchaço
• Diminuição da urina

Você deve procurar atendimento médico quando apresentar:

• Febre
• Tosse com escarro purulento
• Falta de ar
• Ardência ou diminuição da urina
• Diarreia persistente
• Dor no rim transplantado

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Fornecimento dos medicamentos imunossu-
pressores
Antes da sua alta hospitalar, um familiar/acompanhante deve buscar
os medicamentos prescritos na Farmácia de Medicamentos Especiais
do Estado, os quais são gratuitos. Na primeira vez, os medicamentos
podem serão retirados em Porto Alegre. Para retirar os medicamentos
é necessária a seguinte documentação:

• Nota de alta
• Receita dos medicamentos (em duas vias)
• Formulário de cadastro de usuários e de responsáveis
• Laudo de solicitação, avaliação e autorização de medicamen-
tos
• Termo de esclarecimento e responsabilidade de imunossu-
pressores
• Documento de identidade (do paciente e do familiar que bus-
car)
• Número do cartão SUS (do paciente e do familiar que buscar)
• Comprovante de residência (do paciente)

Na entrega dos documentos, será aberto um protocolo com o número


do processo, com o qual o seu familiar/acompanhante poderá retirar
os medicamentos na farmácia. O familiar/acompanhante deve levar to-
dos os medicamentos ao hospital, pois a equipe de transplante fará a
revisão dos mesmos para que você possa ter alta hospitalar. Você será
orientado sobre como e onde obter os medicamentos na farmácia do
Estado.

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Controle ambulatorial
As consultas no ambulatório têm como objetivo acompanhar o funcio-
namento do novo rim tranplantado, prevenindo e tratando complica-
ções. Após a alta, agende sua consulta e exames. Os exames devem ser
realizados conforme combinação com a equipe médica.

Período pós transplante Frequência de consultas


Primeiro mês Uma a duas vezes por semana
Segundo mês Uma vez por semana
Terceiro e quarto mês Uma vez a cada 15 dias
Quinto mês a um ano Uma vez ao mês
Após um ano Uma vez a cada dois meses

* A frequência das consultas pode mudar conforme critério da equipe.

As consultas após o transplante renal devem ser previamente agenda-


das conforme o município da residência. Para pacientes que residem
em Porto Alegre ou na Região Metropolitana, devem ser agendadas
preferencialmente nas quartas e sextas-feiras, das 8h às 12h, na Zona
12, térreo do HCPA. Já para pacientes que residem em municípios do
interior, é preferível que ocorram nas terças-feiras, das 12h30min às
16h30, na Zona 18, e nas quintas-feiras, das 12h30 às 16h30, na Zona
12.

Serviço Social
A Unidade de Nefrologia do HCPA conta com um assistente social, com
o objetivo de orientar e informar os pacientes renais e seus familiares
sobre seus direitos, acompanhando-os durante o processo do trans-
plante e buscando alternativas para possíveis dificuldades que possam

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interferir no tratamento. Algumas atribuições e informações que com-
petem ao Serviço Social:

• Liberação de alimentação para acompanhante na internação


conforme critérios estabelecidos pelo serviço (idosos, pacientes
do interior, necessidade de acompanhante conforme determina-
ção médica).
• Orientação e encaminhamento referente a benefícios previ-
denciários, como auxílio doença, aposentadoria, benefício assis-
tencial.
• Articulação com municípios, visando garantir o transporte para
consultas, e com as Secretarias de Saúde, com foco em possibili-
tar acesso a medicações pós-transplante.

O contato com o Serviço Social ocorre através dos telefones


(51) 3359.8880, (51) 3359.8305 ou (51) 3359.8295.

Telefones úteis
• Hospital de Clínicas de Porto Alegre: (51) 3359.8000

• Serviço de Nefrologia: (51) 3359.8295

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