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complementar
Como preparar
bons slides?
Organização: Equipe Nacional do Ministério de Formação
COMO CRIAR BONS SLIDES?
INTRODUÇÃO
A comunicação eficaz é uma exigência no mundo atual e cada vez mais tem se exigido a incorporação
de ferramentas visuais. O ser humano pensa visualmente, as imagens agem primeiramente no
cérebro, impressionando, para depois serem analisadas, ao contrário do que acontece com as
palavras.
cerca de 90% do que sabemos aprendemos por meio de filmes, livros, revistas
e jornais; só 7 a 11%, do aprendizado ocorre por meio do que ouvimos. Após
uma apresentação puramente verbal, um ouvinte recorda-se 70% após 3 horas
e 10% três dias depois. Após apresentação puramente visual, recorda-se 75%
após 3 horas e 20% três dias depois. Numa apresentação verbal-visual, o ouvinte
recorda-se de 85% após 3 horas e 66% três dias depois. (BRADBURY, 2007, p.
107).
Na Exortação Apostólica Catechesi Tradendae (46), São João Paulo II assim nos diz:
desde o ensino oral dos Apóstolos e das Cartas que circulavam entre as Igrejas,
até aos meios mais modernos, a catequese nunca deixou de procurar as vias e os
meios adaptados para se desempenhar da sua missão, com a participação ativa
das comunidades, sob o impulso dos Pastores. E, nesta mesma linha, tal esforço
deve continuar.
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Desse modo, devemos buscar aprimorar as nossas formações com a incorporação de recursos
audiovisuais, conforme os meios disponíveis na nossa diocese.
Esse texto tem por finalidade apresentar alguns tópicos relevantes às apresentações com
projeção multimídia visando a auxiliar o formador na construção do seu ensino. Nesse contexto,
programas como powerpoint, keynote entre outros tem sido ferramentas importantes. A fim de
uma utilização otimizada dessas ferramentas, é importante conhecer o público alvo, elaborar um
roteiro e dividir o conteúdo, visando à confecção dos slides. Esses tópicos serão desenvolvidos
ao longo desse texto.
Antes de começar uma apresentação, é importante fazer a si mesmo algumas perguntas sobre
a sua plateia a fim de que o objetivo da formação seja alcançado. Quem é o meu público? Qual a
abordagem mais adequada para este público? Que atitude provavelmente tomarão em relação à
minha proposta de ensino? O que eles já sabem sobre o tema? A minha proposta é do interesse dos
ouvintes? Qual é meu objetivo com essa apresentação? Se eu puder fixar uma única mensagem,
que mensagem será essa? O que os motivaria a darem o seu apoio ao conteúdo do ensino? De que
forma o que eu tenho a oferecer pode beneficiar a audiência? Quanto tempo terei disponível?
Quais são os pontos fortes do meu projeto ou ideia?1,2,3,4,5
Buscar analisar e conhecer a plateia garantirá que a sua apresentação esteja centrada nas
necessidades dela e dará uma base de referência para criar sua mensagem. A definição clara do
objetivo é um dos pontos mais importantes ao estruturá-la, e deve ser o ponto de partida para a
definição da abordagem.1,2,3,4,5
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ROTEIRO
O processo criativo eficaz na elaboração dos slides requer um ensino bem estruturado, sendo
imprescindível a elaboração do roteiro. O roteiro é a linha condutora da apresentação e sua
estrutura deve estar orientada a conduzir o raciocínio da audiência para a mensagem principal
estabelecida de acordo com as necessidades da plateia, focada nos benefícios que ela pode
proporcionar. O roteiro representa aproximadamente 70% dos esforços dedicados à construção
da apresentação.1,3
O roteiro é uma história, uma narrativa que mostra o encadeamento lógico das ideias que levam
a uma conclusão em uma estrutura bem definida, com início, meio e fim. Quando coerente
e atraente, transforma o apresentador em um verdadeiro contador de histórias e confere à
apresentação a dinâmica de um bate-papo, garantindo o interesse imediato da audiência, a
manutenção da atenção e o entendimento das mensagens. Pois, o cérebro humano é mais
receptivo a histórias, especialmente quando permeadas de emoção, do que a um apanhado de
dados, fatos e relatórios.1
Depois de concluído, o roteiro deve ser dividido em trechos que representam diferentes tópicos
ou assuntos, cada um deles com uma mensagem principal. Considerando o conteúdo estabelecido
para cada slide, defina o que fica na tela e o que vai para o discurso. É preferível que os slides sejam
concisos e composto de imagens, palavras-chave ou, no máximo, breves sentenças. Procure
ilustrar a mensagem principal de cada slide de forma mais precisa, com imagens relevantes e
que despertem a atenção, o interesse, a identificação e a empatia da plateia. O texto do roteiro
fica no discurso do apresentador, uma vez que slides com muito conteúdo aumentam o risco das
pessoas se desligarem do seu discurso por alguns instantes.1
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CONFECÇÃO DE SLIDES
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DESIGN
A sequência de slides precisa manter uma identidade visual, um conjunto de padrões relacionados
a fontes, formas gráficas, cores e estilos para que a apresentação possua homogeneidade. A
disposição conta uma história e pode impactar na clareza da mensagem. A forma como se organiza
o padrão visual dos slides determinam o estilo da apresentação o qual influencia diretamente
na audiência, podendo incitar sentimentos de tensão, confusão, agitação ou clareza, harmonia,
paz.1,3
É tarefa do apresentador conduzir a plateia, determinando como as ideias podem ser melhor
representadas numa forma visual compreensível. Para isso deve-se determinar quais elementos
visuais deverão ter importância.3
A diferença entre dois ou mais atributos despertam a atenção da plateia em virtude do contraste.
Há muitas formas de criar contraste em um slide: tamanho, forma, tonalidade, cor e proximidade.
A criação de contraste no corpo do texto pode ser feita com o tamanho, mas também com o uso
de cor. Todavia, o contraste desintecional pode confundir a mensagem pretendida ou contradizê-
la.3
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Procure organizar os slides para guiar os olhos da plateia pelo conteúdo segundo o fluxo natural
do movimento ocular, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Se para compreender
o visual do seu slide seja na direção contraintuitiva ao movimento natural do olho, procure
demonstrar gradualmente os elementos visuais na ordem que você deseja que seja processado
guiado por setas.3
A hierarquia visual dos elementos presentes no slide também pode ser utilizada para focar na
mensagem principal. Alterar o tamanho e a proximidade dos objetos modifica sua história visual.
O tamanho e a localização das imagens, textos, formas podem indicar a sua importância dentro
do slide.3
A organização do conteúdo (texto, imagens, gráficos etc.) na mesma posição, ancorados nos
mesmos pontos, auxilia a plateia a antecipar onde o conteúdo aparecerá. Evite alocar os elementos
visuais ao acaso, pois a forma como estão associados uns aos outros comunica antagonismo
ou protagonismo, caos ou ordem, queda ou crescimento, podendo ocasionar interpretações
equivocadas. Outro aspecto relevante é o espaço livre (ou em branco) do slide, o excesso de
informações no slide pode tornar a mensagem confusa.3
Dedique tempo na confecção dos slides: buscando formatar o texto, principalmente, se utilizar
palavras grandes ou combiná-las com imagem; organizando o espaçamento entre parágrafos;
fazendo revisão da gramática e ortografia. Erros ortográficos e de concordância gramatical
provocam distração no espectador erudito. Você pode melhorar o alinhamento do texto fazendo
pequenos ajustes na largura do bloco de texto, criando quebras de linha manuais ou ambos.
Evite o uso abusivo de marcadores, mantenha os tópicos o mais sucintos possíveis e com uma
estrutura consistente (verbo, substantivo, adjetivo). As formas podem ser utilizadas nos slides
para delimitar espaços, destacar objetos e informações, organizando os elementos, direcionando
o olhar da audiência para determinada direção.1,3
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CONTEÚDO DO SLIDE
Já vimos que o roteiro é uma história que mostra o caminho que as ideias percorreram e levam
a uma conclusão, assim as apresentações devem construir uma relação com a plateia. Todavia,
percebe-se que, muitas vezes, as apresentações refletem mais a agenda do apresentador,
mantém grandes volumes de texto e fazem uso abusivo de marcadores. 1,3
Até certo ponto, o número de palavras em um slide o impede de ser um recurso visual, pois ou
a plateia lerá os slides ou prestará atenção no apresentador. Isso porque as pessoas tendem a
focar uma faixa de comunicação verbal por vez – ouvir e ler são atividades conflitantes. Por outro
lado, é natural as pessoas prestarem atenção simultaneamente na comunicação oral e na visual.
Entretanto, ocasionalmente, usar muito texto poderá ser apropriado, nesse caso, sugere-se que
você entregue o documento por escrito a plateia.3
Duarte (2010) classifica o tipo de slide de acordo com a quantidade de palavras contidas:
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É imprescindível termos em mente que não importa se o conteúdo e a exposição são bons ou não,
as pessoas expostas à uma mídia mal construída sairão da apresentação discretamente agitadas,
menos receptivas à mensagem e com falta de confiança subliminar no apresentador. Embora não
exista uma regra oficial acerca do número de palavras no slide, coloque o suficiente para auxiliar
a memória, mas deve escolher poucas palavras.3
FONTE
A fonte utilizada no slide, o seu tamanho e o texto longo são um dos maiores problemas
encontrados nos visuais. O visual do slide deve ser legível a todos da sua audiência.
No slide, combine dois tipos de fontes: uma para os títulos e subtítulos e outra para os blocos
de texto. Se for necessário dar ênfase em algum ponto, use cor, negritude ou itálico.
Convencionalmente, usa-se tradicionalmente maiúsculas para títulos e letra capitular (apenas a
primeira letra da palavra da linha é maiúscula) para o resto. O uso de letras maiúsculas, embora
facilite a leitura de algumas palavras isoladas, pode dificultar a fluidez da leitura de sentenças.1,3
O slide deve conter um título que identifique o assunto, simples e com poucas palavras.
Preferencialmente, o título deve localizar-se na parte superior do visual e deve ser evitado
títulos com duas linhas por causa da distância que o olho tem de percorrer no slide. O
tamanho da fonte do título deve ser superior a 36. 3,4
Nos blocos de texto, procure utilizar o tamanho mínimo de 20 pontos para pontos secundários
e 24/28 pontos para o ponto principal. Procure usar no máximo três tamanhos de letras em
cada visual para que tenha uniformidade e permita leitura rápida.
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FUNDO
O fundo do slide é a superfície na qual se inserem os elementos visuais. O fundo cria um sentido
de espaço e deve ser simples, amplo e aberto. Evite a tendência de fazê-lo ornamentado,
aglomerado, com texturas e chamativo. Quanto mais neutros forem os fundos, melhor será o
visual da apresentação. Ele nunca deverá competir com o conteúdo. A presença de fotos ou
imagens no fundo distrai a plateia, uma vez que tentarão processar o significado da imagem, a
não ser que você explique a pertinência da mesma. Fundos pretos ou brancos são ótimos: não
poluem, são neutros no que se refere à combinação de cores e permitem a leitura fácil em letras
de diversas colorações. 1,3
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IMAGEM
Muitas vezes a informação perde o seu impacto porque a ênfase está colocada naquilo que a
informação é, ao invés de como ela é melhor comunicada. Quando uma imagem chega aos
olhos de uma pessoa, automaticamente evoca lembranças e sensações que podem ser positivas
ou negativas. As imagens podem despertar a empatia, motivar as pessoas, sensibilizar. Essas
imagens, além de despertar sensações, devem imprimir lembranças na memória de quem
assiste à apresentação, por isso prefira imagens apropriadas para criar conexões positivas com a
audiência. A audiência retém melhor o conteúdo do discurso quando ele é associado a fotos, em
vez de ser simplesmente dito ou lido pelo apresentador. Se você quer conexões verdadeiras com
a plateia apresente fotografias que favoreçam o realismo sobre aproximações metafóricas ou
encenadas. Evite imagens com resolução distorcida, sem uma boa definição.1,3
GRÁFICOS E TABELAS
1) Analise se prefere destacar quantidade (o número em si) ou qualidade (o conceito que ele
representa);
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3) Identifique as informações mais importantes no contexto e destaque-as com linhas, formas,
cores ou tamanho de fonte;
O intuito dos gráficos numa apresentação é que possa transmitir discernimento e conclusões.
Questione-se: o que eu gostaria que as pessoas lembrassem sobre esses dados? Assim, você poderá
analisar o significado dos dados de modo que você possa expressá-lo de maneira eficaz à sua
plateia. Procure expô-los de modo que a plateia possa absorvê-los facilmente. Destaque o que é
importante.
A simplicidade é mais importante na exibição dos dados, pois os próprios dados podem muitas
vezes confundir o espectador. O fundo dos gráficos e tabelas devem empregar cores neutras
e fornecer contraste suficiente para permitir que a plateia diferencie claramente a informação
a uma certa distância sem se esforçar. Reduza o número de cores e atribua cores neutras
às informações secundárias. A remoção dos efeitos 3D faz com que os dados apareçam mais
precisos visualmente e modificar as cores os faz parecer menos desagradáveis. Evite a poluição
visual do slide, pois os softwares oferecem uma riqueza de marcadores, sinais, linhas,
símbolos, gradientes, bordas que podem distrair a plateia.3
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Os gráficos em pizza evidenciam grandes diferenças em proporção, porcentagens em
especial. Use-os quando quiser mostrar todas as partes que constituem um todo, ou comparar
as porcentagens de um conjunto com porcentagens de outro.3 Já os gráficos em barra são
visualmente mais precisos e podem acomodar maiores conjuntos de dados, geram boa visualização
das diferenças e semelhanças dos dados. Use-os quando precisar mostrar relações precisas.3 Os
gráficos de linha do tempo ajudam a mostrar a evolução e as tendências de um cenário.
CORES
A cor fixa um tom, comunica o tipo de percurso com o qual você os conduzirá, auxiliando a
plateia a estabelecer o que irá esperar. O olho humano requer contraste para visibilidade e
fundos totalmente pretos ou brancos têm maior oportunidade para contraste visto que são
cores neutras. Em fundos coloridos o contraste diminui. O fundo escuro é mais formal, não
influencia a iluminação ambiente, oferece pouca oportunidade de sombras, serve para locais
grandes e os objetos podem brilhar. Enquanto o fundo branco, é informal, traz uma sensação
de brilho, ilumina a sala, funciona bem para locais menores (salas de conferência). Defina cores
que o representem e se enquadrem com a plateia-alvo. Tons pastéis e gradientes de cores claras
podem ficar “apagados” na projeção e parecer indistinguíveis do fundo para a plateia. O contraste
com o fundo é essencial para que a plateia possa ver seu conteúdo. Muitas vezes as cores neutras
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servem como um elemento de fundo e ajudam na hierarquia visual e divisões de espaço.3
Duarte (2010) fornece a dica para observar o contraste de seus slides antes de apresentá-los
convertendo o arquivo para a escala de cinza e o imprimindo em uma impressora monocromática.
Tudo que é indistinguível do fundo ou outros componentes no slide pode ser indistinguível para
alguém com uma visão de cor deficiente.
ANIMAÇÃO
É essencial que o apresentador esteja sincronizado com seus slides. Os espectadores lerão
e processarão a informação visual no momento em que ela for apresentada. Se o slide possui
diversos tópicos, mas o orador está expondo apenas um, a plateia tentará ouvir e ler ao mesmo
tempo, causando distração. Oculte os elementos até que você se refira a eles, isso mantém a
plateia focada no ensino, senão as pessoas ficarão entediadas ou agitadas aguardando você
levantá-los.1,3
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artificial ou contraintuitiva; 2) A velocidade é frenética, perturbadora ou irritante
(soa como uma mosca); 3) Não acrescenta valor a um conteúdo, nem serve a um
propósito; 4) O movimento desvia a atenção da plateia do apresentador; 5) o
recurso de animação é usado apenas porque existe; 6) Existem muitas animações
confundindo o objetivo; 7) O estilo da animação é inapropriado para o conteúdo;
8) uma animação repentina choca ou assusta a plateia”. (DUARTE, 2010, p.
200).
No posicionamento da tela de projeção ela pode ser de frente ou de lado, formando um ângulo
com a plateia. Se for colocada no centro do palco, os espectadores podem ver a imagem e o
orador ao mesmo tempo, por outro lado o apresentador não disporá de muito espaço para se
movimentar. Se a tela for colocada formando um ângulo com a plateia, as pessoas devem olhar
para o apresentador, ou para a tela, mas não para ambos. Essa segunda conformação, facilita o
posicionamento do formador e a sua movimentação, sem prejudicar a visão do público. Todavia,
se o aparelho estiver fixado no teto esses cuidados são desnecessários.2,4
Os recursos audiovisuais são para desenvolver uma comunicação com a audiência, por isso
deve procurar interagir com ela por meio do olhar e observar suas reações. O apresentador
deve evitar se limitar a repetir o que está escrito, procurando desenvolver cada tópico
apresentado no slide. A utilização de um apontador guia os espectadores na apresentação. Além
disso, o apresentador deve falar devagar e claramente, numa altura que o último da sala consiga
ouvi-lo, variando a entonação da voz.1,3,4
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Os apresentadores possuem uma relação de codependência com os slides quando estiverem
desesperadamente viciado neles e é incapaz de escapar disso. Nesse caso, é comum os slides
assumirem a função de teleprompter, apresentando um conteúdo denso, necessitando que os
leia à plateia em vez de conectá-los com seus ouvintes. Fazer com que os slides deixem de ser
muletas é um processo que requer tempo, paciência e prática.3
A relação mais saudável para ter com seus slides é a de interdependência. Assim, a mídia permitirá
à plateia ser capaz de ver o que você está dizendo. O apresentador se torna humano e se conecta
com sua plateia de modo emocional e analítico.3
Os slides são como o cenário numa peça ou o figurino para o ator, eles próprios não são as
estrelas do espetáculo, mas fornecem o contexto e a ambientação com os quais você apresenta
uma performance memorável. Desse modo, sua preocupação principal deve ser quão bem você
comunica e não quão bom aparenta ser.3
O apresentador precisa ter a história na cabeça a ponto de poder contá-la até mesmo sem o
apoio dos slides. Importante para tornar a apresentação fluente, o domínio do roteiro confere
segurança a ele e faz com que transmita credibilidade à audiência. A harmonia do apresentador
com o apoio visual também é primordial. Os slides, complementares ao discurso, devem estar em
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permanente sincronismo com a fala. O apresentador precisa estar seguro em relação às imagens,
dominando sua sequência mesmo antes de elas aparecerem na tela.1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Está se tornando imperativo aprender a criar roteiros visuais que se conectem com o público para
que a comunicação seja efetiva. Para isso, é necessário: focar a apresentação nas necessidades
da audiência, fornecendo um conteúdo que promova a reflexão; comunicar as ideias com forte
apelo visual, atraindo todos os sentidos do espectador; construir um roteiro de apresentação que
promova a compreensão dos ouvintes; expor as informações de forma clara, sucinta e objetiva;
e, cultivar uma relação saudável com o recurso audiovisual, com o conteúdo do ensino e com as
pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
3. DUARTE, Nancy. Slide:ology: a arte e a ciência para criar apresentações que impressionam.
Trad.: MADEIRA, Marcelo e SUMMA, Guilherme L. São Paulo: Universo dos Livros, 2010. 288
p.
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4. POLITO, Reinaldo. Recursos audiovisuais: nas apresentações de sucesso. 7a ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2010.
ANEXOS
Trazemos aqui um exemplo de uma apresentação utilizando slides como roteiro e quase nenhum
tópico, perceba que ela serve ao apresentador como um guia de sua fala para não se perder no
assunto e tempo.
Tenha sempre isso em mente: ter os slides como um apoio. Ao usar frases, efeitos e animações
nos slides - é +.
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