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Material

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Como preparar
bons slides?
Organização: Equipe Nacional do Ministério de Formação
COMO CRIAR BONS SLIDES?

INTRODUÇÃO

A comunicação eficaz é uma exigência no mundo atual e cada vez mais tem se exigido a incorporação
de ferramentas visuais. O ser humano pensa visualmente, as imagens agem primeiramente no
cérebro, impressionando, para depois serem analisadas, ao contrário do que acontece com as
palavras.

Somos todos comunicadores visuais inatos,

cerca de 90% do que sabemos aprendemos por meio de filmes, livros, revistas
e jornais; só 7 a 11%, do aprendizado ocorre por meio do que ouvimos. Após
uma apresentação puramente verbal, um ouvinte recorda-se 70% após 3 horas
e 10% três dias depois. Após apresentação puramente visual, recorda-se 75%
após 3 horas e 20% três dias depois. Numa apresentação verbal-visual, o ouvinte
recorda-se de 85% após 3 horas e 66% três dias depois. (BRADBURY, 2007, p.
107).

As informações visuais aliadas ao discurso melhoram a qualidade das mensagens transmitidas,


ampliando a compreensão dos ouvintes; aumentam a eficiência da comunicação, permitindo reter
a informação por tempo mais prolongado; possibilitam uma melhor ordenação e esquematização
do discurso; auxiliam o formador a esclarecer e a reforçar informações importantes; além disso,
tornam a comunicação mais interessante, atrativa e dinâmica.1,4

Ao ler ou ouvir um discurso, é natural do ser humano converter as palavras em


imagens. Sem o apoio visual, esse processo de conversão acontece de acordo com
a experiência de quem recebe a informação (ADAS e GALVÃO, 2011, p. 82).

A inserção de mensagens visuais permite ao formador conduzir o raciocínio da audiência e


evitar margens a outras interpretações quanto mais precisas forem as representações visuais
utilizadas.

Na Exortação Apostólica Catechesi Tradendae (46), São João Paulo II assim nos diz:

desde o ensino oral dos Apóstolos e das Cartas que circulavam entre as Igrejas,
até aos meios mais modernos, a catequese nunca deixou de procurar as vias e os
meios adaptados para se desempenhar da sua missão, com a participação ativa
das comunidades, sob o impulso dos Pastores. E, nesta mesma linha, tal esforço
deve continuar.

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Desse modo, devemos buscar aprimorar as nossas formações com a incorporação de recursos
audiovisuais, conforme os meios disponíveis na nossa diocese.

Esse texto tem por finalidade apresentar alguns tópicos relevantes às apresentações com
projeção multimídia visando a auxiliar o formador na construção do seu ensino. Nesse contexto,
programas como powerpoint, keynote entre outros tem sido ferramentas importantes. A fim de
uma utilização otimizada dessas ferramentas, é importante conhecer o público alvo, elaborar um
roteiro e dividir o conteúdo, visando à confecção dos slides. Esses tópicos serão desenvolvidos
ao longo desse texto.

CONHECER O PÚBLICO ALVO

Antes de começar uma apresentação, é importante fazer a si mesmo algumas perguntas sobre
a sua plateia a fim de que o objetivo da formação seja alcançado. Quem é o meu público? Qual a
abordagem mais adequada para este público? Que atitude provavelmente tomarão em relação à
minha proposta de ensino? O que eles já sabem sobre o tema? A minha proposta é do interesse dos
ouvintes? Qual é meu objetivo com essa apresentação? Se eu puder fixar uma única mensagem,
que mensagem será essa? O que os motivaria a darem o seu apoio ao conteúdo do ensino? De que
forma o que eu tenho a oferecer pode beneficiar a audiência? Quanto tempo terei disponível?
Quais são os pontos fortes do meu projeto ou ideia?1,2,3,4,5

Buscar analisar e conhecer a plateia garantirá que a sua apresentação esteja centrada nas
necessidades dela e dará uma base de referência para criar sua mensagem. A definição clara do
objetivo é um dos pontos mais importantes ao estruturá-la, e deve ser o ponto de partida para a
definição da abordagem.1,2,3,4,5

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ROTEIRO

O processo criativo eficaz na elaboração dos slides requer um ensino bem estruturado, sendo
imprescindível a elaboração do roteiro. O roteiro é a linha condutora da apresentação e sua
estrutura deve estar orientada a conduzir o raciocínio da audiência para a mensagem principal
estabelecida de acordo com as necessidades da plateia, focada nos benefícios que ela pode
proporcionar. O roteiro representa aproximadamente 70% dos esforços dedicados à construção
da apresentação.1,3

O roteiro é uma história, uma narrativa que mostra o encadeamento lógico das ideias que levam
a uma conclusão em uma estrutura bem definida, com início, meio e fim. Quando coerente
e atraente, transforma o apresentador em um verdadeiro contador de histórias e confere à
apresentação a dinâmica de um bate-papo, garantindo o interesse imediato da audiência, a
manutenção da atenção e o entendimento das mensagens. Pois, o cérebro humano é mais
receptivo a histórias, especialmente quando permeadas de emoção, do que a um apanhado de
dados, fatos e relatórios.1

Depois de concluído, o roteiro deve ser dividido em trechos que representam diferentes tópicos
ou assuntos, cada um deles com uma mensagem principal. Considerando o conteúdo estabelecido
para cada slide, defina o que fica na tela e o que vai para o discurso. É preferível que os slides sejam
concisos e composto de imagens, palavras-chave ou, no máximo, breves sentenças. Procure
ilustrar a mensagem principal de cada slide de forma mais precisa, com imagens relevantes e
que despertem a atenção, o interesse, a identificação e a empatia da plateia. O texto do roteiro
fica no discurso do apresentador, uma vez que slides com muito conteúdo aumentam o risco das
pessoas se desligarem do seu discurso por alguns instantes.1

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CONFECÇÃO DE SLIDES

É chegada a hora de criar os slides propriamente ditos. O powerpoint é uma importante


ferramenta para a confecção dos slides e quanto maior o seu domínio maior será a liberdade de
criação. Adas e Galvão (2011) apontam seis tópicos relevantes nesse processo:

1- Dividir o roteiro em trechos que representam diferentes temas ou assuntos;

2- Definir o conteúdo que fica na tela e o que vai para o discurso;

3- Procurar ilustrar a mensagem principal de cada slide da melhor maneira


possível;

4- Criar uma ideia que represente visualmente a mensagem principal;

5- Definir os elementos que serão usados na confecção do slide, por exemplo,


imagens, ícones, desenhos, traços, foto-objeto, grafismos, montagens;

6- Distribuir os elementos na tela de forma alinhada e estética, pois o cérebro


humano naturalmente busca padrões e alinhamentos e uma imagem equilibrada
gera conforto visual para a audiência.1

Apresentaremos, a partir de agora, os elementos constitutivos da forma do slide: design,


fundo, conteúdo, fonte, cores, animações, imagens, gráficos, tabelas e revisão da língua
portuguesa.

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DESIGN

A sequência de slides precisa manter uma identidade visual, um conjunto de padrões relacionados
a fontes, formas gráficas, cores e estilos para que a apresentação possua homogeneidade. A
disposição conta uma história e pode impactar na clareza da mensagem. A forma como se organiza
o padrão visual dos slides determinam o estilo da apresentação o qual influencia diretamente
na audiência, podendo incitar sentimentos de tensão, confusão, agitação ou clareza, harmonia,
paz.1,3

(...) apresentações transmitem informações a uma plateia da mesma forma que


uma transmissão de rádio. Assim, pense na apresentação de slides como um
sinal. (...) Força e clareza determinam a qualidade com que a boa informação é
transmitida. Com um sinal fraco de rádio, os slides são suscetíveis a interferência
e barulho, turvando a mensagem pretendida e comprometendo a capacidade da
plateia em discernir o significado e o propósito. A disposição, os elementos visuais
e o movimento de um slide funcionam ou como um sinal, exibindo informações
claras e diretas, ou como barulho, interferindo com a mensagem e fazendo com
que o espectador desligue. (DUARTE, 2010, p. 88)

É tarefa do apresentador conduzir a plateia, determinando como as ideias podem ser melhor
representadas numa forma visual compreensível. Para isso deve-se determinar quais elementos
visuais deverão ter importância.3

A diferença entre dois ou mais atributos despertam a atenção da plateia em virtude do contraste.
Há muitas formas de criar contraste em um slide: tamanho, forma, tonalidade, cor e proximidade.
A criação de contraste no corpo do texto pode ser feita com o tamanho, mas também com o uso
de cor. Todavia, o contraste desintecional pode confundir a mensagem pretendida ou contradizê-
la.3

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Procure organizar os slides para guiar os olhos da plateia pelo conteúdo segundo o fluxo natural
do movimento ocular, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Se para compreender
o visual do seu slide seja na direção contraintuitiva ao movimento natural do olho, procure
demonstrar gradualmente os elementos visuais na ordem que você deseja que seja processado
guiado por setas.3

A hierarquia visual dos elementos presentes no slide também pode ser utilizada para focar na
mensagem principal. Alterar o tamanho e a proximidade dos objetos modifica sua história visual.
O tamanho e a localização das imagens, textos, formas podem indicar a sua importância dentro
do slide.3

A organização do conteúdo (texto, imagens, gráficos etc.) na mesma posição, ancorados nos
mesmos pontos, auxilia a plateia a antecipar onde o conteúdo aparecerá. Evite alocar os elementos
visuais ao acaso, pois a forma como estão associados uns aos outros comunica antagonismo
ou protagonismo, caos ou ordem, queda ou crescimento, podendo ocasionar interpretações
equivocadas. Outro aspecto relevante é o espaço livre (ou em branco) do slide, o excesso de
informações no slide pode tornar a mensagem confusa.3

Dedique tempo na confecção dos slides: buscando formatar o texto, principalmente, se utilizar
palavras grandes ou combiná-las com imagem; organizando o espaçamento entre parágrafos;
fazendo revisão da gramática e ortografia. Erros ortográficos e de concordância gramatical
provocam distração no espectador erudito. Você pode melhorar o alinhamento do texto fazendo
pequenos ajustes na largura do bloco de texto, criando quebras de linha manuais ou ambos.
Evite o uso abusivo de marcadores, mantenha os tópicos o mais sucintos possíveis e com uma
estrutura consistente (verbo, substantivo, adjetivo). As formas podem ser utilizadas nos slides
para delimitar espaços, destacar objetos e informações, organizando os elementos, direcionando
o olhar da audiência para determinada direção.1,3

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CONTEÚDO DO SLIDE

Já vimos que o roteiro é uma história que mostra o caminho que as ideias percorreram e levam
a uma conclusão, assim as apresentações devem construir uma relação com a plateia. Todavia,
percebe-se que, muitas vezes, as apresentações refletem mais a agenda do apresentador,
mantém grandes volumes de texto e fazem uso abusivo de marcadores. 1,3

Até certo ponto, o número de palavras em um slide o impede de ser um recurso visual, pois ou
a plateia lerá os slides ou prestará atenção no apresentador. Isso porque as pessoas tendem a
focar uma faixa de comunicação verbal por vez – ouvir e ler são atividades conflitantes. Por outro
lado, é natural as pessoas prestarem atenção simultaneamente na comunicação oral e na visual.
Entretanto, ocasionalmente, usar muito texto poderá ser apropriado, nesse caso, sugere-se que
você entregue o documento por escrito a plateia.3

Duarte (2010) classifica o tipo de slide de acordo com a quantidade de palavras contidas:

1) Slidedocumento (contém mais de 75 palavras), é um documento, questione-


se se é mais importante que a audiência ouça ou será mais eficiente se ela ler?

2) Teleprompter (com 50 ou mais palavras por slide), o texto funciona como


muletas para o apresentador o qual muitas vezes costumam dar as costas à
plateia para ler os slides.

3) Apresentação – os slides reforçam visualmente o conteúdo comunicado


pelo apresentador, permitindo que a plateia fique focada tanto na apresentação
quanto no formador. Todavia, transformar o ensino em roteiros visuais que
apoiem a mensagem formativa requer investir tempo para desenvolver e ensaiar
o conteúdo.

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É imprescindível termos em mente que não importa se o conteúdo e a exposição são bons ou não,
as pessoas expostas à uma mídia mal construída sairão da apresentação discretamente agitadas,
menos receptivas à mensagem e com falta de confiança subliminar no apresentador. Embora não
exista uma regra oficial acerca do número de palavras no slide, coloque o suficiente para auxiliar
a memória, mas deve escolher poucas palavras.3

FONTE

A fonte utilizada no slide, o seu tamanho e o texto longo são um dos maiores problemas
encontrados nos visuais. O visual do slide deve ser legível a todos da sua audiência.

Na escolha da fonte, é aconselhável recorrer a fontes padrão do sistema operacional Windows,


pois costumam estar disponíveis em qualquer computador. O uso de fontes incomuns pode
acarretar prejuízo na formatação da apresentação caso ela seja aberta em um computador
que não a tenha. As letras serifadas possuem traços que prolongam as hastes e, por isso, podem
confundir a leitura quando projetadas. Assim, prefere-se o uso de fontes sem serifas, que são mais
simples, tais como: Arial, Tahoma, Times New Homan, Helvética, Century Gothic, Courier,
Georgia.1

No slide, combine dois tipos de fontes: uma para os títulos e subtítulos e outra para os blocos
de texto. Se for necessário dar ênfase em algum ponto, use cor, negritude ou itálico.
Convencionalmente, usa-se tradicionalmente maiúsculas para títulos e letra capitular (apenas a
primeira letra da palavra da linha é maiúscula) para o resto. O uso de letras maiúsculas, embora
facilite a leitura de algumas palavras isoladas, pode dificultar a fluidez da leitura de sentenças.1,3

O slide deve conter um título que identifique o assunto, simples e com poucas palavras.
Preferencialmente, o título deve localizar-se na parte superior do visual e deve ser evitado
títulos com duas linhas por causa da distância que o olho tem de percorrer no slide. O
tamanho da fonte do título deve ser superior a 36. 3,4

Nos blocos de texto, procure utilizar o tamanho mínimo de 20 pontos para pontos secundários
e 24/28 pontos para o ponto principal. Procure usar no máximo três tamanhos de letras em
cada visual para que tenha uniformidade e permita leitura rápida.

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FUNDO

O fundo do slide é a superfície na qual se inserem os elementos visuais. O fundo cria um sentido
de espaço e deve ser simples, amplo e aberto. Evite a tendência de fazê-lo ornamentado,
aglomerado, com texturas e chamativo. Quanto mais neutros forem os fundos, melhor será o
visual da apresentação. Ele nunca deverá competir com o conteúdo. A presença de fotos ou
imagens no fundo distrai a plateia, uma vez que tentarão processar o significado da imagem, a
não ser que você explique a pertinência da mesma. Fundos pretos ou brancos são ótimos: não
poluem, são neutros no que se refere à combinação de cores e permitem a leitura fácil em letras
de diversas colorações. 1,3

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IMAGEM

Muitas vezes a informação perde o seu impacto porque a ênfase está colocada naquilo que a
informação é, ao invés de como ela é melhor comunicada. Quando uma imagem chega aos
olhos de uma pessoa, automaticamente evoca lembranças e sensações que podem ser positivas
ou negativas. As imagens podem despertar a empatia, motivar as pessoas, sensibilizar. Essas
imagens, além de despertar sensações, devem imprimir lembranças na memória de quem
assiste à apresentação, por isso prefira imagens apropriadas para criar conexões positivas com a
audiência. A audiência retém melhor o conteúdo do discurso quando ele é associado a fotos, em
vez de ser simplesmente dito ou lido pelo apresentador. Se você quer conexões verdadeiras com
a plateia apresente fotografias que favoreçam o realismo sobre aproximações metafóricas ou
encenadas. Evite imagens com resolução distorcida, sem uma boa definição.1,3

GRÁFICOS E TABELAS

O uso de gráficos e tabelas justifica-se apenas se eles ajudarem na sustentação da mensagem


principal da apresentação. Nesse caso, verifique quais representações se ajustam melhor aos
dados que serão mostrados:

1) Analise se prefere destacar quantidade (o número em si) ou qualidade (o conceito que ele
representa);

2) Retire as informações desnecessárias;

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3) Identifique as informações mais importantes no contexto e destaque-as com linhas, formas,
cores ou tamanho de fonte;

4) Utilize a ferramenta certa para o trabalho;

5) Ilustre gráficos com elementos relevantes no seu contexto, facilita a compreensão da


audiência;

6) Reserve o “possivelmente necessário” para documentos anexos. (Galvao e adas). Numa


apresentação a utilização de gráficos deve ser feita com bom senso, pois slides com dados
comprimidos e desordenados podem desorientar até o mais competente orador. Se houver
necessidade, os slides podem mencionar os folhetos que você distribuirá com os dados mais
densos.3

O intuito dos gráficos numa apresentação é que possa transmitir discernimento e conclusões.
Questione-se: o que eu gostaria que as pessoas lembrassem sobre esses dados? Assim, você poderá
analisar o significado dos dados de modo que você possa expressá-lo de maneira eficaz à sua
plateia. Procure expô-los de modo que a plateia possa absorvê-los facilmente. Destaque o que é
importante.

A simplicidade é mais importante na exibição dos dados, pois os próprios dados podem muitas
vezes confundir o espectador. O fundo dos gráficos e tabelas devem empregar cores neutras
e fornecer contraste suficiente para permitir que a plateia diferencie claramente a informação
a uma certa distância sem se esforçar. Reduza o número de cores e atribua cores neutras
às informações secundárias. A remoção dos efeitos 3D faz com que os dados apareçam mais
precisos visualmente e modificar as cores os faz parecer menos desagradáveis. Evite a poluição
visual do slide, pois os softwares oferecem uma riqueza de marcadores, sinais, linhas,
símbolos, gradientes, bordas que podem distrair a plateia.3

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Os gráficos em pizza evidenciam grandes diferenças em proporção, porcentagens em
especial. Use-os quando quiser mostrar todas as partes que constituem um todo, ou comparar
as porcentagens de um conjunto com porcentagens de outro.3 Já os gráficos em barra são
visualmente mais precisos e podem acomodar maiores conjuntos de dados, geram boa visualização
das diferenças e semelhanças dos dados. Use-os quando precisar mostrar relações precisas.3 Os
gráficos de linha do tempo ajudam a mostrar a evolução e as tendências de um cenário.

CORES

A cor fixa um tom, comunica o tipo de percurso com o qual você os conduzirá, auxiliando a
plateia a estabelecer o que irá esperar. O olho humano requer contraste para visibilidade e
fundos totalmente pretos ou brancos têm maior oportunidade para contraste visto que são
cores neutras. Em fundos coloridos o contraste diminui. O fundo escuro é mais formal, não
influencia a iluminação ambiente, oferece pouca oportunidade de sombras, serve para locais
grandes e os objetos podem brilhar. Enquanto o fundo branco, é informal, traz uma sensação
de brilho, ilumina a sala, funciona bem para locais menores (salas de conferência). Defina cores
que o representem e se enquadrem com a plateia-alvo. Tons pastéis e gradientes de cores claras
podem ficar “apagados” na projeção e parecer indistinguíveis do fundo para a plateia. O contraste
com o fundo é essencial para que a plateia possa ver seu conteúdo. Muitas vezes as cores neutras

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servem como um elemento de fundo e ajudam na hierarquia visual e divisões de espaço.3

Duarte (2010) fornece a dica para observar o contraste de seus slides antes de apresentá-los
convertendo o arquivo para a escala de cinza e o imprimindo em uma impressora monocromática.
Tudo que é indistinguível do fundo ou outros componentes no slide pode ser indistinguível para
alguém com uma visão de cor deficiente.

ANIMAÇÃO

A animação é uma importante estratégia de


comunicação, todavia deve ser utilizada com
parcimônia, pois toda mudança não importa a sutileza
cria distração. Toda animação, não importa quão bem
intencionada seja, afeta a capacidade de compreensão
pela plateia dos insights. Uma boa animação: cria
suspense; conduz o pensamento da audiência a
determinada direção; revela uma narrativa visual
única; surpreende.1

Quando da escolha da utilização da animação, ela deve


parecer viva, natural e útil para transmitir a sua mensagem com eficácia. A plateia deverá ser
capaz de processar a informação com o propósito para o qual ela foi apresentada. Esse recurso
deve ser relevante no contexto da apresentação, deve ter um objetivo real.3

É essencial que o apresentador esteja sincronizado com seus slides. Os espectadores lerão
e processarão a informação visual no momento em que ela for apresentada. Se o slide possui
diversos tópicos, mas o orador está expondo apenas um, a plateia tentará ouvir e ler ao mesmo
tempo, causando distração. Oculte os elementos até que você se refira a eles, isso mantém a
plateia focada no ensino, senão as pessoas ficarão entediadas ou agitadas aguardando você
levantá-los.1,3

As animações lentas podem ajudá-lo a transmitir uma sensação de nostalgia ou mesmo de


passagem de tempo. As animações velozes (cortes rápidos) podem ajuda-lo a transmitir uma
sensação de excitação, energia ou surpresa.3

“Só porque um programa possui um recurso de animação não significa que


você tem de usá-lo. (...) Quando está errado o uso da animação? 1) A animação é

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artificial ou contraintuitiva; 2) A velocidade é frenética, perturbadora ou irritante
(soa como uma mosca); 3) Não acrescenta valor a um conteúdo, nem serve a um
propósito; 4) O movimento desvia a atenção da plateia do apresentador; 5) o
recurso de animação é usado apenas porque existe; 6) Existem muitas animações
confundindo o objetivo; 7) O estilo da animação é inapropriado para o conteúdo;
8) uma animação repentina choca ou assusta a plateia”. (DUARTE, 2010, p.
200).

ASPECTOS RELEVANTES À APRESENTAÇÃO COM


PROJEÇÃO MULTIMÍDIA

A projeção multimídia é o melhor recurso quando está destinada a uma apresentação em


uma sala grande para várias pessoas, se for para poucas pessoas pode parecer impessoal.
O apresentador deve estar atento ao recurso que será utilizado e a sua postura diante dele.
Antes do início das atividades, deve-se conferir os equipamentos, as instalações elétricas e
se sabe manuseá-los. É necessário observar qual o melhor posicionamento da tela, a fim de
que o apresentador não bloqueie a visão do público, ficando na frente da projeção.1,2

No posicionamento da tela de projeção ela pode ser de frente ou de lado, formando um ângulo
com a plateia. Se for colocada no centro do palco, os espectadores podem ver a imagem e o
orador ao mesmo tempo, por outro lado o apresentador não disporá de muito espaço para se
movimentar. Se a tela for colocada formando um ângulo com a plateia, as pessoas devem olhar
para o apresentador, ou para a tela, mas não para ambos. Essa segunda conformação, facilita o
posicionamento do formador e a sua movimentação, sem prejudicar a visão do público. Todavia,
se o aparelho estiver fixado no teto esses cuidados são desnecessários.2,4

Os recursos audiovisuais são para desenvolver uma comunicação com a audiência, por isso
deve procurar interagir com ela por meio do olhar e observar suas reações. O apresentador
deve evitar se limitar a repetir o que está escrito, procurando desenvolver cada tópico
apresentado no slide. A utilização de um apontador guia os espectadores na apresentação. Além
disso, o apresentador deve falar devagar e claramente, numa altura que o último da sala consiga
ouvi-lo, variando a entonação da voz.1,3,4

O apresentador precisa criar um bom relacionamento com os recursos visuais. Utilizar-se


desse meio inapropriadamente, cria a impressão de que a apresentação tem a ver somente com
os slides e o apresentador, e não com a compreensão ou insights da plateia.3

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Os apresentadores possuem uma relação de codependência com os slides quando estiverem
desesperadamente viciado neles e é incapaz de escapar disso. Nesse caso, é comum os slides
assumirem a função de teleprompter, apresentando um conteúdo denso, necessitando que os
leia à plateia em vez de conectá-los com seus ouvintes. Fazer com que os slides deixem de ser
muletas é um processo que requer tempo, paciência e prática.3

A relação mais saudável para ter com seus slides é a de interdependência. Assim, a mídia permitirá
à plateia ser capaz de ver o que você está dizendo. O apresentador se torna humano e se conecta
com sua plateia de modo emocional e analítico.3

Os slides são como o cenário numa peça ou o figurino para o ator, eles próprios não são as
estrelas do espetáculo, mas fornecem o contexto e a ambientação com os quais você apresenta
uma performance memorável. Desse modo, sua preocupação principal deve ser quão bem você
comunica e não quão bom aparenta ser.3

O apresentador precisa ter a história na cabeça a ponto de poder contá-la até mesmo sem o
apoio dos slides. Importante para tornar a apresentação fluente, o domínio do roteiro confere
segurança a ele e faz com que transmita credibilidade à audiência. A harmonia do apresentador
com o apoio visual também é primordial. Os slides, complementares ao discurso, devem estar em

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permanente sincronismo com a fala. O apresentador precisa estar seguro em relação às imagens,
dominando sua sequência mesmo antes de elas aparecerem na tela.1

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Está se tornando imperativo aprender a criar roteiros visuais que se conectem com o público para
que a comunicação seja efetiva. Para isso, é necessário: focar a apresentação nas necessidades
da audiência, fornecendo um conteúdo que promova a reflexão; comunicar as ideias com forte
apelo visual, atraindo todos os sentidos do espectador; construir um roteiro de apresentação que
promova a compreensão dos ouvintes; expor as informações de forma clara, sucinta e objetiva;
e, cultivar uma relação saudável com o recurso audiovisual, com o conteúdo do ensino e com as
pessoas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. ADAS, Eduardo e GALVÃO, Joni. Superapresentações: como vender ideias e conquistar


audiências. 1a ed. São Paulo: Panda Books, 2011. 184 p.

2. BRADBURY, Andrew. Técnicas eficazes para apresentações de sucesso. Trad. MONTEIRO,


Henrique A. R. São Paulo: Clio Editora, 2007.

3. DUARTE, Nancy. Slide:ology: a arte e a ciência para criar apresentações que impressionam.
Trad.: MADEIRA, Marcelo e SUMMA, Guilherme L. São Paulo: Universo dos Livros, 2010. 288
p.

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4. POLITO, Reinaldo. Recursos audiovisuais: nas apresentações de sucesso. 7a ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2010.

5. RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA. Ministério de Formação Nacional. Formação de


Formadores II. RCC BRASIL, 2014.

6. Exortação Apostólica Catechesi Tradendae. A Catequese Hoje. João Paulo II.

ANEXOS

Trazemos aqui um exemplo de uma apresentação utilizando slides como roteiro e quase nenhum
tópico, perceba que ela serve ao apresentador como um guia de sua fala para não se perder no
assunto e tempo.

Tenha sempre isso em mente: ter os slides como um apoio. Ao usar frases, efeitos e animações
nos slides - é +.

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