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Planejamento

As situações didáticas de
Arte
Estimular a imaginação, despertar a sensibilidade,
ampliar horizontes e deixar a criança experimentar são
formas de ensinar a disciplina
Rodrigo Ratier
Beatriz Santomauro
Amanda Polato

A artista plástica Maria de Fátima Junqueira


Pereira dispõe desse recurso na Escola de
Aplicação da Universidade de São Paulo (USP),
na capital paulista, onde leciona para o 2º ano.
"Em recortes, pinturas ou colagens, os alunos
inventam misturas, texturas e cores", explica
ela. Trocando experiências com os colegas e
criando, eles percebem que há diversas
maneiras de trabalhar os materiais.

TEMPO DE INVENTAR O conteúdo de Arte é dividido em quatro


Alunos da Escola de Aplicação da USP
linguagens: artes visuais, música, dança e
usam materiais variados nas aulas
de Arte. Foto: Marcos Rosa teatro, de acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais. Na prática, a primeira é
priorizada e as demais perdem espaço por
falta de tempo e de estrutura ou por
deficiência na formação dos professores. Isso
não significa que eles dominem o ensino da pintura, do desenho e da
escultura, mas o fato de estarem mais presentes no dia a dia facilita a
abordagem.

Para Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São


Paulo, o ambiente é determinante para a aprendizagem nessa área (veja as
situações didáticas a seguir): "A sala de aula deve ter o clima de um ateliê
para que se possa criar".

Situações diáticas de Arte

1. Produção

O que é: Realização de atividades onde o aluno é chamado a criar, a produzir


algum trabalho artístico. Seja desenhando, pintando, modelando,
fotografando etc. As atividades de produção podem partir de propostas
elaboradas pelo professor e podem se articular com a leitura de imagens.

Nesse caso é importante o professor escolher imagens cujas características


despertem percepções específicas acerca de algum aspecto visual ou
simbólico que se deseja trabalhar com os alunos.

Quando propor: Semanalmente.

O que a criança aprende: A reconhecer conteúdos e conceitos relativos a


linguagem da arte.

2. Percurso de criação pessoal

O que é: Espaço e tempo de experimentação e criação. Para isso devem ser


deixados à disposição diversos materiais (pincéis, tintas, lápis, giz de cera,
papéis, argila). Cada aluno pode escolher o modo como vai utilizá-los e se
produzirá sozinho ou em grupo.

O educador orienta a criação, participando do processo com interferências


pontuais, e observa no trabalho pronto as singularidades da produção e a
familiaridade com o universo da arte. Quanto menor a autonomia da turma,
maior a participação do professor no direcionamento das tarefas.

Quando propor: Semanalmente.

O que a criança aprende: A fazer um trabalho de autoria, imprimindo suas


marcas subjetivas e expressando idéias e percepções (leia a Atividade
Permanente "Ateliê na sala de aula").

3. Interpretação de imagens

O que é: Leitura de reproduções levadas para a sala de aula e de originais em


exposições. É necessário criar situações de contato com a arte indicando o
significado da pintura ou do desenho no contexto em que foram produzidos
e incentivando a busca do sentido deles nos dias de hoje.

"As poéticas visuais devem ser colocadas como uma situação de


aprendizagem por meio da resolução de problemas e da descoberta ao
mesmo tempo", explica Rosa Iavelberg. Isso significa promover uma leitura
criativa dando informações sobre as imagens sem se antecipar às colocações
da garotada - esse é o momento de pensar e sentir.

Quando propor: Durante todo o ano em classe e em visitas a exposições.


O que a criança aprende: A interpretar as obras conforme sua sensibilidade e
seu conhecimento do assunto, percebendo que significados assumem para si
e em diferentes culturas.

4. Fala, leitura e escrita sobre Arte

O que é: Expressão de ideias diante de criações artísticas e com


intermediação do educador por meio de discussões, leitura e produção
escrita. Vale estimular o contato com textos de diversos gêneros, como
biografias de artistas, críticas de arte e entrevistas com profissionais - o que
pode ser feito em parceria com a disciplina de Língua Portuguesa.

Nas séries iniciais, a intenção é desenvolver a capacidade de escrita e leitura


dos que começam a se alfabetizar e expandir o universo de interpretação de
todos.

Quando propor: Durante o ano todo, sempre que forem programadas visitas
a exposições, na leitura de imagens na sala de aula e em tarefas para a casa.

O que a criança aprende: A expressar idéias sobre a leitura da arte por


escrito ou oralmente e, com isso, avaliar o que está produzindo.

Quer saber mais?

CONTATOS
Escola de Aplicação da USP, Av. da Universidade, 220, travessa 11, 05508-040, São Paulo, SP, tel. (11) 3091-3503
Marisa Szpigel
Rosa Iavelberg

BIBLIOGRAFIA
Coleção Mestres das Artes, vários autores, 32 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 25 reais

Desenho Cultivado da Criança, Rosa Iavelberg, 112 págs., Ed. Zouk, tel. (51) 3024-7554, 19 reais

Para Gostar de Aprender Arte, Rosa Iavelberg, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 39 reais

Endereço da página:

https://novaescola.org.br/conteudo/1020/as-situacoes-didaticas-de-arte

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Publicado em NOVA ESCOLA Edição 213, 01 de Junho de 2008

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