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ISSN 2318-8014
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
1
Supressão de Acompanhamento Terapêutico
2
Supressão para acompanhante terapêutico
2 A Instituição e o Instituído
Ao longo da história das sociedades foram postulados lugares diferentes num sistema
piramidal no qual a religião estava no topo. Na contemporaneidade “os lugares estão em igual
paridade” (LEBRUN, 2009, p.38). Vê-se que há uma mudança do coletivo em que aqueles
antes assujeitados passam a contribuir para reinventar a vida coletiva como sujeitos atuantes e
não mais submetidos. (LEBRUN, 2009).
As transformações sociais históricas estabelecem a complexidade da vida social. A
evolução dos conhecimentos e sua aplicação e a evolução dos sistemas que organizam a
sociedade industrial capitalista e tecnológica caracteriza o processo das relações interpessoais
e o funcionamento social. Atualmente de maneira ainda mais complexa que nas civilizações
anteriores. De fato, o progresso social acarreta uma grande complexidade funcional, e por
conseguinte a construção das organizações e instituições (BAREMBLITT, 2002).
Ao conceituar a Instituição temos que considerar que ela não se sustenta somente em
quatro paredes, mas precisa ser entendida em uma forma abstrata. A Instituição é produzida
por uma lógica norteadora que precisa ser percebida, sentida e observada. Entende-se que ela
pode ser todos os espaços sociais (LOURAU, 1993). Neste sentido, “a noção de instituição é
um artifício, um modelo teórico que permite compreender o que se passa numa casa, escola,
hospital, fábrica, bairro, cidade (desde que não muito grande)” (ibid, p. 61).
Lourau salienta ainda ser possível realizar-se uma Análise Institucional3 nas cidades
sem que se precise focar tão somente o termo instituição. Logo, observa-se que o tempo e o
social-histórico regem a instituição no seu dinamismo e movimento, enquanto “o instituído, o
status quo, atua com um jogo de forças extremamente violento para produzir uma certa
imobilidade” (ibid, p. 11-12).
Complementa Baremblitt (2002)
[...] uma sociedade não é mais que isso: um tecido de instituições que se
interpenetram e se articulam entre si para regular a produção e a reprodução da vida
humana [...] são entidades abstratas, por mais que possam estar registradas em
escritos ou conservadas em tradições. (p. 26)
3
“A Análise Institucional tenta, timidamente ser um pouco mais científica. Quer dizer, tenta não fazer um
isolamento entre o ato de pesquisar e o momento em que a pesquisa acontece na construção do conhecimento”
(LOURAU 1993, p.16) “[...] pretende trabalhar a contradição, seguir uma lógica dialética em oposição à lógica
indentitária característica das demais ciências – à exceção da Psicanálise” (ibid, p.10).
afirmar que na sociedade está enraizada a cultura de excluir o diferente, ao invés de aceitar as
suas particularidades.
Ignoram-se estas particularidades do sujeito, considerando desde já que suas
produções e características vão somente de encontro a sua loucura, enfermidade ou sintoma.
Nessa lógica imediatamente se espera e faz-se que ele ocupe somente um lugar: o de louco
(CABRAL, 2005). Acrescenta-se, conforme Kinoshita (2001), que alguém estigmatizado
como doente carrega consigo somente o padrão que diz respeito a esse estigma, estreitando-se
qualquer possibilidade de sujeito social; anula-se a pessoa e espera-se do doente somente sua
condição de doente. Cabral (2005) ainda ressalta o símbolo que carrega a loucura de
indolência e morte, e o sujeito, a posição de desvalia e submetido à minoria.
No laço entre o social e o louco é que se encontra a dificuldade devido aos
preconceitos e estigmas, “esta marca invisível que está presente na cultura e, portanto, no
manicômio mental de cada um de nós” (ibid, p. 102).
elas sejam extintas. Todavia, percebe-se que a sociedade apresenta um despreparo para o
convívio com sujeitos antes passíveis de tratamento fechados entre os muros. Considerando as
questões singulares e/ou subjetivas, quer dizer que não se encontram manuais de instruções,
nem padrões que guiem o convívio ou adequações que devem ser seguidas numa
normatização. Por isso, é essencial o serviço do at, não apenas por uma questão de respeito
para com o acompanhado, mas no sentido de fazer com que ele atue, que seja parte de social e
não apenas esteja nele, possibilitando a partir desse encontro o movimento recíproco de
quebra de barreiras (ARAÚJO, 2007).
3 METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa é apoiada por questões além das tecnicistas. Quer dizer, a
elaboração do estudo deve ser conduzida na aliança das abordagens teóricas e pensamentos
apoiados por uma realidade, resultando na construção de hipóteses (MINAYO, 2012). Nesse
teor, escolhemos autores- referência por sua prática clínica no Acompanhamento Terapêutico
devido ao seu conhecimento prévio e à construção teórica a partir da sua prática. Dessa forma,
os mesmos critérios orientou a seleção dos autores ao discorrer a Análise Institucional, todos
circunscritos pela psicanálise.
Nessa perspectiva, realizamos um levantamento bibliográfico compreendendo o
período de 1991 a 2013 na formulação de uma pesquisa qualitativa. Entendemos, seguindo
Martins e Bicudo (1994), ser esta modalidade um método descritivo que não quantifica e nem
generaliza resultados. Percebe um fenômeno a ser estudado destacando sua singularidade,
respeitando sua interação com o social, observado numa ótica multidimensional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
social. Repensar também essas relações das organizações sociais com a pessoa, como uma
troca investida pelo prazer.
6 REFERÊNCIAS
BERGER, Eliane; MORETTIN Adriana Victorio; NETO, Leonel Braga. História. In: A
CASA, Equipe de Acompanhantes Terapêuticos do Hospital Dia (Org.). A Rua Como
Espaço Clínico: Acompanhamento Terapêutico. São Paulo: Escuta, 1991. p. 17-23.
COELHO, Carlos Frederico Macedo. Convivendo com Miguel e Mônica: uma proposta de
Acompanhamento Terapêutico de crianças autistas. Brasília, 2007. Dissertação (Mestrado
em Psicologia Clínica e Cultura), Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, 2007.
LOURAU, René. Análise Institucional e Práticas de Pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ, 1993.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2012.