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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

30(4):313-322, jul-ago, 1997.

ARTIGO DE REVISÃO
ESQUISTOSSOMOSE E HEPATITES VIRAIS: UMA REVISÃO
José Carlos Serufo e José Roberto Lambertucci

Os principais estudos sobre a associação esquistossomose e hepatite pelos vírus B, C


e D são apresentados e discutidos. As limitações de cada estudo são apontadas e os
autores sugerem novos caminhos na investigação desta provável interação.
Palavras-chaves: Esquistossomose, Hepatite viral, Hepatites B, C e D.

Estudos que sugerem a existência de associação hepatite B eram a hemaglutinação e a


entre a esquistossomose e as hepatites B, C e D. imunoeletroforese que apresentavam menor
A existência de hepatite crônica ativa (HCA) sensibilidade e especificidade do que as técnicas
em portadores de esquistossomose disponíveis na atualidade. Isso interferiu nos
hepatoesplênica foi assinalada por Andrade3 e resultados obtidos por esses autores, alterando
Dusek e cols34 antes mesmo da descoberta do a prevalência real das doenças ao reduzir o
vírus da hepatite B(VHB)15. número de casos diagnosticados e adicionar
A esquistossomose e a hepatite B encontram- ainda resultados falso-positivos. O
se entre as maiores causas de doenças radioimunoensaio (RIE) para diagnóstico do
hepáticas em áreas tropicais75 76 91. Estudando VHB em pacientes esquistossomóticos
as duas doenças, Guimarães 47 observou começou a ser usado no final dos anos 7066.
prevalência significativa de portadores do L yra 65 encontrou em 1975, utilizando a
antígeno de superfície da hepatite B (AgHBs) imunoeletroforese, 7,8% de prevalência de
em indivíduos com a forma hepatoesplênica VHB em esquistossomóticos hepatoesplênicos.
da esquistossomose mansônica (4,4%), quando Três anos depois, o mesmo autor diagnosticou
comparado com controles normais (0,6%) e 23,3% com o emprego do RIE66.
com a forma intestinal da parasitose (1,5%). A Outros estudos confirmam a maior freqüência
pesquisa de anticorpos anti-HBs mostrou-se dos marcadores de hepatite B em portadores de
negativa em todos os grupos estudados. A técnica esquistossomose mansônica2 21 28 36 37 40 41 48 51 56 81.
laboratorial disponível na ocasião provavelmente Os fatores de risco para hepatite B, nestes estudos,
não evidenciou a presença de anticorpos incluem: internações hospitalares, injeções,
contra o AgHBs. manipulações dentárias e transfusões de sangue
Observou-se, no Brasil, Egito e Asia, alta ou de hemoderivados. O tratamento parenteral
prevalência de hepatite B em pacientes da esquistossomose em larga escala sob baixas
hospitalizados em conseqüência de complicações condições higiênicas representou importante
da esquistossomose mansônica hepatoesplênica papel na transmissão da hepatite B aos
descompensada4 5 10 20 27 65 67 79. esquistossomóticos no Egito52.
Analisando os resultados histopatológicos M a h r a n 68, e s t u d a n d o r e s i d e n t e s e m
de 44 biópsias de portadores da for ma grandes centros urbanos, encontrou índices de
hepatoesplênica da esquistossomose, Andrade portadores de AgHBs de 14,4% no grupo com
e colaboradores4 encontraram elevada frequência esquistossomose e de 2,5% no grupo sem a
de HCA e nítido potencial evolutivo no grupo doença.
esquistossomótico AgHBs positivo. A hemorragia digestiva secundária às
Na década de 70, os principais testes varizes de esôfago sangrantes e que exigem a
disponíveis para o diagnóstico sorológico da realização de transfusões de sangue volumosas
e repetidas aumentam o risco de transmissão
das hepatites B e C neste grupo 22 78. CID e
Pós-graduação em Medicina Tropical/Departamento de cols22 descreveram a ocorrência de hepatite
Clínica Médica. Faculdade de Medicina da Universidade viral aguda pós-transfusional em 8 de 19
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. pacientes submetidos a anastomose esplenorenal
Endereço para correspondência: Prof. José Roberto
Lambertucci Av.Alfredo Balena,190,3º andar,30130-100 Belo
seletiva.
Horizonte, MG.Tel: (031) 239-7283. Fax: (031) 224-4124 A hepatite crônica em indivíduos com
Recebido para publicação em 06/05/96. esquistossomose agrava a doença hepática

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causada pela esquistossomose4 19. A mortalidade 20 com superinfecção pelo VHD. Um ano após
da esquistossomose hepatoesplênica foi a internação, o índice de portadores do VHB
significativamente mais elevada na associação foi quatro vezes maior entre os pacientes com
com a hepatite crônica B(66,6%) do que com esquistossomose concomitante (17,5% contra
as hepatites não A-não B(10%)23. Sinais de 4,6%), enquanto o grupo com superinfecção
descompensação da esquistossomose surgem pelo VHD mostrou índice semelhante de
em 70% dos portadores de HCA e em 30% dos cronificção (2 de 14 pacientes examinados).
não portadores5. Observaram os autores que a prevalência da
Gayotto 42 pesquisou os marcadores esplenomegalia aumentou de 11% para 20%
imunohistoquímicos do VHB em tecido no grupo com hepatite viral aguda sem
hepático de oito esquistossomóticos com esquistossomose e de 40% para 69% naquele
AgHbs positivo no soro, tendo encontrado os com hepatite e esquistossomose. Sugerem os
antígenos Hbs e Hbc simultaneamente em três autores que a presença de hepatite viral aguda
pacientes e apenas o AgHbs em um. A presença transformaria a esquistossomose hepatointestinal
de HCA em esquistossomóticos está associada na forma hepatoesplênica.
aos marcadores do VHB em tecido hepático53. A relação entre a esquistossomose e a
Em área endêmica para esquistossomose, infecção pelos VHB e VHD, analisada em estudo
ao norte do Cairo, Egito, com população de caso-controle realizado no Egito31, revelou que
2010 pessoas e prevalência de 4,5% para o nos pacientes com hepatite aguda o índice de
AgHBs, Bassily e cols9 encontraram freqüência infecção pelo VHB é maior no grupo com
mais elevada de hepatite crônica ativa e cirrose esquistossomose em relação aos controles. A
hepática nos pacientes com esquistossomose e prevalência de hepatite B nos grupos
hepatite B crônica quando comparado ao grupo esquistossomótico e controle variou na
controle. O grupo controle constituído por 10 dependência dos marcadores utilizados,
recrutas do exército egípcio com hepatite B mostrando-se sempre maior no grupo com
esquistossomose (AgHBs: 63% x 37%; anti-
crônica e sem evidência de esquistossomose
AgHBs: 86 x 45%; AgHBs + Anti-AgHbs: 95% x
não nos parece adequado. Os indivíduos,
65%). No grupo com hepatite B aguda a
todos do sexo masculino, não foram pareados prevalência do anti-VHD foi de 33,3% nos
por idade e tempo de doença. Além disso, o esquistossomóticos contra 17,2% nos controles
acompanhamento dos doentes por dois anos sem esquistossomose. Entre os portadores
parece insuficiente para uma definição crônicos do VHB, o anti-VHD estava presente
confiável. Os autores levantam duas questões em 29% dos esquistossomóticos e 15% dos
ainda atuais e que clamam uma resposta controles. Embora os percentuais sugiram
adequada: 1) qual deve ser o comportamento da maior prevalência de VHD no grupo com
hepatite crônica pelo vírus B após o tratamento esquistossomose, em função do reduzido
bem sucedido da esquistossomose associada? número de casos, os dados não são
e, 2) considerando a imunodeficiência observada estatisticamente significativos. Considerando
em indivíduos com esquistossomose como ainda a alta prevalência da esquistossomose na
responderiam esses indivíduos à vacinação população estudada, o grupo controle (sem
para hepatite B?9 26 38 esquistossomose) provavelmente incluiu
A presença de AgHBs em 58% de 52 crianças indivíduos esquistossomóticos tratados, que
com fibrose de Symmers85 e 2% de 100 crianças poderiam comportar-se de forma semelhante
sem esquistossomose, pareadas por idade, aos com infecção esquistossomótica atual quanto
descrita por Hammad e cols49, indica que os ao risco para hepatite B.
pacientes com esquistossomose representam Farghaly e cols 40, em estudo controlado,
importante reservatório do VHB na comunidade. observaram prevalência maior de hepatite B
Ghaffar e cols43 sugerem que a infecção em recrutas esquistossomóticos do exército
crônica pelo VHB em indivíduos com egípcio do que nos controles sem
esquistossomose hepatointestinal modifica o esquistossomose (12,5% x 6,2%). Os fatores de
curso natural da esquistossomose promovendo risco para hepatite B identificados neste grupo
a evolução para a forma hepatoesplênica. Eles foram injeção parenteral, manipulação dentária
estudaram 144 indivíduos com hepatite viral e hospitalização. Anticorpos para o antígeno
aguda, incluindo 95 com hepatite B, 11 com delta (anti-VHD) foram encontrados em 9,6%
coinfecção pelo vírus da hepatite D (VHD) e dos portadores crônicos do VHB.

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Pereira e cols74 submeteram os soros de 189 sistema imunitário do hospedeiro parasitado


brasileiros (46 com a forma hepatointestinal e pelo helminto. Tais desequilíbrios dependem,
143 com a forma hepatoesplênica da em grande parte, da carga parasitária, da fase
esquistossomose) aos seguintes marcadores da da doença, do tempo de duração da infecção
hepatite B: AgHBs, anti-HBs, anti-HBe, anti- esquistossomótica e das condições do
HBc e VHB-DNA. Os autores notaram hospedeiro57 58.
freqüência significativamente maior de AgHBs Tanto na imunidade humoral como na
e VHB-DNA no soro de pacientes com imunidade celular registram-se alterações nas
esquistossomose hepatoesplênica descompensada. infecções pelo Schistosoma. A elevação das
Além dos problemas já discutidos para imunoglobulinas em todas as fases da doença,
hepatite B, os estudos sobre a hepatite C e D especialmente a aguda e hepatoesplênica
apresentam as limitações do menor número de sugerem a existência de comprometimento da
casos diagnósticados e dos testes laboratoriais imunidade humoral6 11 14 32 50 54. A formação
disponíveis que interferem na interpretação de imunocomplexos provocando lesão renal é
dos resultados 29 41 46 63 . No Brasil não há conhecida61.
coincidência das áreas endêmicas de hepatite Uma série de estudos têm documentado a
D e esquistossomose presença de imunocomprometimento celular no
Devido a não coincidência das áreas curso da esquistossomose mansoni, em
endêmicas no Brasil, a hepatite D não tem sido especial em suas formas mais avançadas7 16 25
associada à esquistossomose82 84. 26 89. Colley e cols26, por exemplo, demonstraram
Em estudo de campo, Lambertucci e cols59 que nas pessoas com a forma hepatoesplênica
encontraram 66,3% de indivíduos com ovos de descompensada a resposta à blastogênese de
Schistosoma mansoni nas fezes quando dois linfócitos in vitro encontra-se diminuída. A
exames de fezes foram realizados e 91% de presença de linfócitos supressores foi aventada
positividade com até quatro exames. Esses por Ekladios e cols35 na tentativa de explicar a
achados indicam que os grupos controles ausência de resposta aos testes intradérmicos
negativos constituídos em área de alta de reação cutânea tardia.
endemicidade para a esquistossomose, Em animais de laboratório são inúmeras as
dependendo do critério de diagnóstico, podem evidências de imunodepressão provocadas
estar incluindo indivíduos com infecção pela esquistossomose7 69. A incapacidade de
esquistossomótica ativa. Por isso, talvez a animais infectados pelo Schistosoma de se
associação entre esquistossomose e hepatite livrarem de bactérias e protozoários é outro
mencionada em alguns trabalhos possa ser ponto que merece ser mencionado93. Lembre-
maior do que a encontrada até agora. se o que ocorre com o Plasmodium berghei94,
Fatores facilitadores da co-infecção entre c o m o T r y p a n o s o m a c r u z i 55 e c o m a
esquistossomose e hepatites B e C. Os indivíduos Leishmania mexicana24. A esquistossomose,
com as formas graves da esquistossomose e como agente facilitador de doenças bacterianas,
que necessitam hospitalização, tratamento encontra-se bem documentada na associação
cirúrgico e terapia parenteral, incluindo com as bactérias Gram-negativas 88 , com
transfusões de sangue ou hemoderivados são destaque para as salmonelas60 70 71 77.
expostos ao VHB e a outras doenças transmitidas Mais recentemente foi descrita a interação
de forma semelhante. Estes indivíduos podem, da esquistossomose com bactérias Gram-
a partir daí, veicular o agente e transmitir a positivas62. Estudos experimentais mostraram
doença a outros membros da família. maior ocorrência de abscesso hepático
Barbotin e cols8 encontraram alta incidência estafilocócico em camundongos portadores de
de parasitoses intestinais em portadores de esquistossomose quando comparados aos
AgHBs. Sugeriram ainda que o Schistosoma controles sem a doença86 87.
desempenharia um papel na transmissão da Em revisão da imunologia da
hepatite B através das escoriações provocadas esquistossomose, Capron e cols17 18 discutem
pela penetração ativa das cercárias na pele. os mecanismos de proteção e de regulação
O Schistosoma mansoni é capaz de atuar envolvidos na resistência individual à infecção
modificando a resistência do hospedeiro às pelo Schistosoma. Em oposição à IgG2a que é
infecções. São conhecidos os desequilíbrios no protetora, a IgG2c e a IgM, presentes em níveis

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mais elevados nos jovens do que nos idosos, relação entre história prévia de tratamento
mostram-se bloqueadoras da resposta imune para esquistossomose e positividade para o
do hospedeiro contra o parasita. Esse seria um AgHBs, mas não encontraram relação entre a
dos fatores que contribuem para maior infecção pelo Schistosoma mansoni com ou
susceptibilidade dos jovens à infecção sem hepatoesplenomegalia e a presença do
esquistossomótica. AgHBs. Os autores fazem a autocrítica
A viragem sorológica à vacinação contra a reconhecendo que para evitar um erro do tipo
hepatite B revelou-se menor em II haveria a necessidade de dobrar o número
esquistossomóticos do que nos controles o de indivíduos do estudo, já que encontraram
que sugere comprometimento da resposta apenas 7,4% de portadores de AgHBs e 4,8%
imunológica do hospedeiro infectado pelo de hepatoesplenomegalia.
Schistosoma13 44 45. Em estudo realizado em Quênia, onde
Darwish e cols 31 , estudando indivíduos diversas doenças que comprometem a defesa
imunocomprometidos, hansenianos, diabéticos imune ocorrem simultaneamente com a
e asmáticos, encontraram maior índice de esquistossomose e a hepatite B, como a malaria,
infecção pelo VHB nos esquistossomóticos Van Den Borch90 encontrou uma associação
(28%) do que nos controles (4%). Os autores fraca entre a esquistossomose e a hepatite B e
sugerem que uma deficiência na resposta não conseguiu demonstrar deterioração da
específica de anticorpos contra a hepatite B função hepática nos portadores das duas
poderia explicar a maior prevalência do VHB doenças.
nos pacientes com esquistossomose. Entre 163 doadores de sangue egípcios, a
Em camundongos há uma dicotomia entre história de esquistossomose mostrou-se como
o papel das células Th1, que secretam IL-2 e o mais importante fator de risco associado à
gama-interferon e as Th2, que secretam IL-4 e infecção pelo VHC (Odds Ratio = 8,9; Intervalo
IL-5. A via Th1 constitui resposta normal às de confiança 95% = 2,35 - 33,52). As injeções
infecções bacterianas e virais conferindo parenterais apresentaram risco reduzido (OR =
imunidade. Acredita-se que o gama-interferon 3,3; IC95 = 1-14) e os demais fatores estudados,
estimula a destruição intracelular de transfusão de sangue, cirurgia, icterícia e VHB
microrganismos pelas células fagocíticas. Ao positivo, não se correlacionaram significativamente
contrário, a resposta Th2 associa-se com com a infecção pelo VHC29. A pré seleção a
hipersensibilidade, pois a IL-4 estimula a que são submetidos os doadores de sangue
produção de IgE pelas céluas B e a IL-5 a pode ter contribuido para reduzir os riscos da
proliferação de eosinófilos. Demonstrou-se transfusão. Outro estudo envolvendo 726 recrutas
recentemente que há predomínio de resposta do exército egípcio encontrou título de anti-
Th2 nas formas aguda e hepatoesplênica da VHC em 22,5% dos controles negativos, em
e s q u i s t o s s o m o s e 73 92. A r e s p o s t a T h 2 30% dos portadores de VHB, 36,8% dos
predominante inibe, por sua vez, a resposta esquistossomóticos e em 48,5% dos portadores
Th1 o que poderia provocar imunodeficiência concomitantes de esquistossomose e VHB41.
relativa. Em estudo de campo realizado em Gezira,
Assim, a presença de imunocomprometimento Sudão, que incluiu 242 pacientes assintomáticos
causado pela esquistossomose poderia facilitar e com as diversas formas clínicas da
a multiplicação viral e permitir a cronificação esquistossomose e após corrigir pela idade,
da hepatite. não se observou associação significativa entre
Estudos que questionam a associação entre o risco de exposição ao VHB ou do estado de
a esquistossomose e as hepatites B e C. Na portador crônico do VHB e a esquistossomose
comunidade de Leyte, nas Filipinas, não houve complicada ou não com fibrose de Symmers,
relação entre a hepatite B e esquistossomose, nem com o grau de fibrose. Os autores concluiram
incluindo-se aí os pacientes com a forma que em área endêmica não há associação entre
hepatoesplênica33. Em outro estudo envolvendo a infecção pelo VHB e a esquistossomose, com
crianças com e sem esquistossomose os ou sem fibrose periportal39.
índices mostraram-se comparáveis (26% e 21%, A cronificação do VHC não foi relacionada
respectivamente)1. com a esquistossomose hepatointestinal, nem
Hyams e cols52, estudando 1234 homens com forma hepatoesplênica sem história de
egípcios entre 18 e 24 anos de idade, observaram hemorragia digestiva, mas houve correlação

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com a hepatite pós-transfusional após cirurgia nos indivíduos com as formas graves da
de hipertensão portal83. doença estudados em ambiente hospitalar.Os
Tratamento da esquistossomose em fatores de risco identificados estão relacionados
portadores dos vírus das hepatites B e C. Entre com as hospitalizações, as injeções, as
portadores das duas doenças, o tratamento da transfusões de sangue e hemoderivados, e
esquistossomose com praziquantel curou 60% com as manipulações dentárias e o tratamento
dos indivíduos, com redução de 90% na média parenteral da esquistossomose sob condições
do número de ovos eliminados nas fezes dos higiênicas inadequadas.
não curados. A negativação do AgHBs ocorreu A associação entre as duas doenças nos
em 50% dos casos seis meses após o tratamento estudos de campo não foi confirmada, porque,
d a e s q u i s t o s s o m o s e 56. O u t r o s e s t u d o s mesmo quando os estudos incluiram grupos
prospectivos precisam avaliar melhor o controle, estes não foram selecionados
comportamento da hepatite B nos indivíduos adequadamente. Estudos prospectivos
tratados com esquistossomicidas e utilizar envolvendo aspectos clínicos, ultra-sonográficos
grupos controle de não esquistossomóticos. e laboratoriais devem ser implementados.
Desconhecemos estudos que tratam dos O imunocomprometimento causado pela
efeitos do tratamento da esquistossomose em esquistossomose pode facilitar a multiplicação
portadores do vírus da hepatite C. viral e permitir a cronificação da hepatite. Esse
Vacinação contra a hepatite B em pacientes aspecto poderia mostrar-se mais relevante nos
com esquistossomose. Utilizando esquema de jovens, em decorrência da presença significativa
três doses de 20µg de vacina para hepatite B de fatores bloqueadores da resposta imune.
derivada de plasma humano, aplicada em Impõe-se a realização de estudo mais
pacientes com esquistossomose mansônica, sistematizado do assunto e que procure definir
B a s s i l y e c o l s 13 e n c o n t r a r a m r e s p o s t a o valor do tratamento da esquistossomose na
comprometida no grupo com a for ma evolução da morbidade provocada pela
hepatoesplênica. Outro estudo dos mesmos hepatite.
autores realizado após 4-5 anos, envolvendo Cumpre definir-se em área endêmica para a
16 dos 32 pacientes do protocolo original, esquistossomose a resposta imunológica à
mostrou título acima de 10mUI/ml em 8, vacinação para a hepatite B e a relação custo-
nenhum dos quais com a forma hepatoesplênica. benefício desta vacinação em áreas de alta,
Doze desses 16 indivíduos foram submetidos à média e baixa endemicidade.
revacinação com 2µg via intradérmica. Dois
que não responderam ao reforço apresentavam SUMMARY
acentuada esplenomegalia12.
The papers published on the association of
Gaffar e colaboradores em 1990 encontraram
schistosomiasis with viral hepatitis (B, C and D) are
correlação entre título de AgHBs e parâmetros
reviewed. The shortcomings of each work are
ultra-sonográficos sugestivos de hipertensão
portal. Sugerem que a resposta imunológica pointed out and suggestions are forwarded to try
pode estar sendo facilitada pela presença de and direct the investigations on this probable
derivação porto-cava que desviaria o antígeno interation.
do fígado, onde seria inativado nas células de Key-words: Schistosomiasis. Hepatitis B. Hepatitis
Kupffer, para a circulação sistêmica onde seria C. Hepatitis D. Viral hepatitis. Symmers fibrosis
adequadamente apresentado aos sítios de
produção de anticorpos44. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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