Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
INTRODUÇÃO
Adam (2008) propõe em sua obra uma análise textual dos discursos. Como se
observa na citação a seguir:
chamados por Van Dijk (2004) de elementos pertencentes à cognição social, que para ele
é um sistema de processos e estratégias mentais partilhadas pelos interactantes do
discurso.
Situando o tema central desta pesquisa, pode-se afirmar que ocorrências como
as das anáforas indiretas são comuns tanto em textos falados como em textos escritos, em
vários gêneros textuais. Quando falamos em AI nos reportamos a uma noção bem mais
ampla de anáfora, pois ela não irá retomar apenas termos já mencionados, e sim,
reintroduzir no contexto da gramática, aspectos sociocognitivos de grande importância e
relevância para a construção dos sentidos.
A referência, nesse caso, é determinada pelo contexto comunicativo e não
reflete apenas a realidade e a definição entre linguagem e mundo. E sim, é construída no
processo de produção discursiva à medida que vão sendo formados no desenrolar do
texto, os objetos de discurso que não preexistem e não possuem estrutura fixa, mas se
desenvolvem e se transformam na dinâmica do texto.
essa realidade é construída, mantida e alterada não somente pela forma como
nomeamos o mundo, mas acima de tudo, pela forma como, sociocognitivamente,
interagimos com ele. Nós interpretamos e construímos nossos mundos na
interação com o entorno físico, social e cultural (KOCH, 2008, p. 61).
Enfim, segundo Schwarz citado por Marcuschi (2012) para que aconteça uma
anáfora indireta é necessário que: (i) haja uma âncora, (ii) uma entidade ou um contexto
semântico que estabeleça relação com o novo referente e (iii) que este não apenas retome
nenhuma expressão, mas faça remissões ao elemento central. É importante salientar que a
realização das AI se dá comumente, através de elementos não pronominais, como os
sintagmas definidos, sendo que vez ou outra os pronominais e indefinidos possam
aparecer.
Estas estratégias indiretas desencadeiam, muitas das vezes, uma relação de
tema-rema, ou seja, a cada novo referente inserido, o chamado rema, há uma afirmação
do referente anteriormente citado, que é o tema, ocorrendo uma recategorização dos
referentes através de expressões e conceitos atributivos contribuindo, assim, para a
progressão temática e remática do modelo textual. Deste modo, “as anáforas indiretas,
consideradas do ponto de vista da estrutura informacional, constituem tematizações
remáticas, que acarretam no texto continuidade e progressão no fluxo informacional”
(KOCH, 2006, p. 110).
Diante de tudo que foi exposto, afirma-se que:
Texto 1
Eu sou contra o aborto no Brasil, porque nós ser humano devemos nos amar
cada vez mais. Uma pessoa que for afavor do aborto ela não tem deus no
coração. Deus não perdoa uma coisa dessa porque ali é mais uma vida que é
retirada do ventres da sua mãe com 1k, e depois é jogado na lata do lixo que o
feto agoniza por horas, e ainda pior raramente o feto e queimado ainda vivo.
Essa e a minha opinião sobre o aborto, o aborto deve ser legalizado contra ao
aborto no Brasil. (Aluno A)
Texto 2
Quando fala-se de aborto, serei sempre contra mesmo que seja fruto de um
estrupo. Porque mesmo que seja uma pequena semente que esteja crescendo no
ventre da mulher, mas é uma vida. Mesmo que seja contra a sua vonde (vontade)
essa criança deve vir ao mundo, se não quizer cria-lo dê para adoção que com
certeza outra pessoa irá cria-lo com muito amor e carinho. No caso das meninas
que praticam o sexo muito novas e não previnem-se com certeza se essas garotas
causarem o aborto, ou seja, cometem esse crime elas merecem ser jugadas e até
mesmo responder pelo fato acontecido. Porque há somente um Deus que da a
vida e somente ele poderá tira-la. (Aluno B)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos dos textos. 2 ed. São
Paulo: Contexto, 2008.
_______. O texto e a construção dos sentidos. 9ed. São Paulo: Contexto, 2009.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Anáfora indireta: O barco textual e suas âncoras. In: Koch,
Ingedore Villaça. MORATO, Edwiges Maria. BENTES, Anna Christina (Orgs).
Referenciação e Discurso. São Paulo: Contexto, 2012, p.p. 53-101.