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do Baixo Congo atende como alcance primário e fundamen- A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo,
tal os seguintes alvos: nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 165.º, conjugado
a) A promoção e inserção do empresariado nacional com a alínea c) do artigo 166.º, ambos da Constituição da
no sector petrolífero angolano por meio de con- República, a seguinte:
curso público, sem afectar a atractividade dos
blocos a investidores estrangeiros;
LEI DE BASES
b) Atrair o investimento nacional e internacional e
DO SECTOR EMPRESARIAL PÚBLICO
novos participantes para a indústria petrolífera
em Angola, por forma a incrementar as receitas
CAPÍTULO I
do Estado, o emprego e a formação de trabalha-
Disposições Gerais
dores nacionais no ramo dos petróleos.
2. A licitação de blocos nas Zonas Terrestres das Bacias ARTIGO 1.º
do Kwanza e do Baixo Congo deve respeitar as regras de (Objecto)
acesso às áreas terrestres e a aquisição de direitos fundiários, A presente Lei estabelece o regime jurídico do Sector
com vista à execução das operações petrolíferas, conforme Empresarial Público.
estabelece o Decreto n.º 120/08, de 22 de Dezembro. ARTIGO 2.º
3. Todo o processo de licitação deve decorrer com a (Âmbito do Sector Empresarial Público)
devida salvaguarda dos direitos de terceiros, públicos ou pri- O Sector Empresarial Público integra:
vados, no estrito cumprimento dos diplomas legais em vigor, a) As empresas públicas;
aplicáveis. b) As empresas com domínio público;
ARTIGO 3.º c) As participações públicas minoritárias.
(Duração)
ARTIGO 3.º
A presente Lei de autorização legislativa é concedida (Empresas Públicas)
por um período de 90 (noventa) dias a contar da data da sua 1. As empresas públicas são aquelas que, por diploma
publicação. OHJDODVVLPVmRH[SUHVVDPHQWHTXDOL¿FDGDV
ARTIGO 4.º 2. O capital das empresas públicas é integralmente detido
(Dúvidas e omissões) pelo Estado.
As dúvidas e omissões que se suscitarem da interpretação ARTIGO 4.º
e aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia (Empresas com domínio público)
Nacional. Empresas com domínio público são as sociedades comer-
ARTIGO 5.º ciais criadas ao abrigo da Lei das Sociedades Comerciais,
(Entrada em vigor)
em que o Estado directamente, ou através de outras enti-
A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação. dades públicas, exerce isolada ou conjuntamente uma
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, LQÀXrQFLD GRPLQDQWH HP YLUWXGH GH DOJXPD GDV VHJXLQWHV
aos 18 de Julho de 2013. circunstâncias:
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da a) Detenção da totalidade ou da maioria do capital ou
Piedade Dias dos Santos. dos direitos de voto;
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013. b) Direito de designar ou de destituir a maioria dos
membros dos órgãos de administração ou de
Publique-se.
¿VFDOL]DomR
O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
ARTIGO 5.º
(Participações públicas minoritárias)
Lei n.º 11/13 1. As participações públicas minoritárias referem-se
de 3 de Setembro
àquelas situações em que o conjunto das participações deti-
Tendo em conta a importância que o sector empresarial das pelo Estado ou outras entidades públicas não origine
público representa para a economia nacional e a necessidade qualquer das situações previstas no artigo anterior.
de se dotar o mesmo de uma legislação que, por um lado,
2. A integração das empresas participadas no sector
UHÀLFWDDVPRGHUQDVFRQFHSo}HVVREUHDVUHODo}HVGR(VWDGR
HPSUHVDULDOS~EOLFRWDOFRPRGH¿QLGDVQRQGRSUHVHQWH
com as suas empresas e, por outro, que permita alcançar a
artigo, aplica-se apenas à respectiva participação pública,
H¿FLrQFLDQDJHVWmRGDVHPSUHVDVGRVHFWRUS~EOLFRDWUDYpV
GDGH¿QLomRGHFULWpULRVTXHSDXWHPDDFWXDomRGRVJHVWRUHV designadamente no que se refere ao seu registo e controlo,
8UJLQGR FODUL¿FDU D IXQomR HFRQyPLFD GDV HPSUHVDV bem como ao exercício pelo Estado dos seus direitos de
públicas do Estado como instrumento da Administração accionista ou sócio, cujo conteúdo deve levar em conside-
Indirecta, garantindo a racionalidade dos recursos e adequar ração os princípios decorrentes da presente Lei e demais
a actividade empresarial pública de um diploma actualizado legislação aplicável às empresas que integram o Sector
à nova realidade política, económica e social do País; Empresarial público.
2278 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Ao Titular do Poder Executivo, ou quem este delegar, Os trabalhadores das empresas públicas ou com domínio
FRPSHWHGH¿QLUDVSROtWLFDVHHVWUDWpJLDVVHFWRULDLVHDFWRV público estão sujeitos à legislação de trabalho em vigor na
conexos a adoptar por cada sector onde operam as empresas República de Angola.
públicas ou com domínio público, bem como proceder ao ARTIGO 35.º
(Quadro de pessoal)
seu acompanhamento e controlo.
ARTIGO 30.º
As empresas públicas ou com domínio público devem
(Harmonização de políticas e de estratégias) ter um quadro de pessoal aprovado pelo órgão de gestão.
1DGH¿QLomRGDVSROtWLFDVVHFWRULDLVGHYHKDYHUXPDDUWL- ARTIGO 36.º
(Estatuto dos membros dos órgãos sociais)
culação entre o Titular do Poder Executivo ou quem este
delegar e os responsáveis pelos sectores de actividades 2HVWDWXWRGRVPHPEURVGRVyUJmRVGHJHVWmRHGH¿V-
onde operam as empresas públicas ou com domínio público calização das empresas públicas ou com domínio público é
UHJXODGRSRUGLSORPDHVSHFt¿FR
devendo propor ao Titular do Poder Executivo, tais políticas,
2. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o refe-
YLVDQGRDVVHJXUDUTXHDVSROtWLFDVDGH¿QLUSDUDRVVHFWRUHVH
rido estatuto deve conter, designadamente:
as estratégias a adoptar pelas empresas se encontrem harmo- a) Requisitos de recrutamento;
nizadas, de modo a obter-se uma adequada execução. b) Competência e processo para a nomeação dos
ARTIGO 31.º titulares, renovação e cessação dos respectivos
(Articulação entre serviços e prestação de informação) mandatos;
1. Para efeitos do disposto no artigo anterior, os c) Natureza da relação jurídica estabelecida com as
Departamentos do Executivo aí referidos podem celebrar respectivas empresas;
3URWRFRORVTXHGH¿QDPRVSURFHGLPHQWRVDREVHUYDUDVVH- d) Componentes da remuneração e formas de as
gurando, designadamente, uma adequada articulação entre determinar;
e) Direitos e deveres;
os respectivos serviços.
f) Incompatibilidades.
2. Os Departamentos do Executivo referidos no artigo
3. O estatuto remuneratório dos membros dos órgãos de
anterior devem, reciprocamente e no que concerne ao Sector JHVWmRH¿VFDOL]DomRGDVHPSUHVDVS~EOLFDVRXFRPGRPtQLR
Empresarial Público, fornecer todos os elementos de infor- S~EOLFRpUHJXODGRSRUGLSORPDHVSHFt¿FR
mação que se revelem úteis ao exercício das respectivas
ARTIGO 37.º
funções. (Política salarial)
ARTIGO 32.º $VHPSUHVDVS~EOLFDVRXFRPGRPtQLRS~EOLFR¿[DP
(Avaliação)
nos termos da lei, os salários dos seus trabalhadores.
1. Ao Titular do Poder Executivo ou quem este delegar, 2. As empresas públicas ou com domínio público podem
compete proceder à avaliação do desempenho dos órgãos de criar prémios de produtividade a atribuir aos trabalhadores
JHVWmR H ¿VFDOL]DomR GDV HPSUHVDV FRP FDSLWDLV LQWHJUDO H para incentivar o aumento da produtividade de trabalho e
directamente detidos pelo Estado. estimular a conservação do seu património, observado o dis-
2. A avaliação do desempenho dos órgãos de gestão e posto no n.º 3 do artigo 26.º
GH ¿VFDOL]DomR GDV HPSUHVDV FRP GRPtQLR S~EOLFR QmR 3. Carece de autorização prévia do Titular do Poder
abrangidas pelo número anterior compete aos titulares do Executivo ou de quem este delegar, qualquer decisão sus-
respectivo capital social, sem prejuízo das atribuições que ceptível de gerar, isolada ou conjuntamente, um acréscimo
sejam conferidas por lei ao Ministro responsável pelo Sector de custos totais com pessoal, por activo, superior à taxa de
Empresarial Público. LQÀDomRUHJLVWDGDQRDQRLPHGLDWDPHQWHDQWHULRUHTXHQmR
ARTIGO 33.º possa ser fundamentada e comprovada com o adequado
(Deveres especiais de informação) aumento da rentabilidade da empresa.
Sem prejuízo do disposto na lei comercial quanto à pres- 4. Para efeitos do disposto no número anterior:
tação de informações aos accionistas, no que se refere às a) O acréscimo de custos deve ser aferido em função
empresas com domínio público, devem estas e as empre- GDTXHOHV TXH HIHFWLYDPHQWH VH YHUL¿FDUDP QR
sas públicas remeter ao Ministro Responsável pelo Sector ano imediatamente anterior àquele em que se
Empresarial Público, para efeito do exercício da função pretende tomar a decisão;
accionista, bem como do acompanhamento e controlo das b) São considerados todos os custos com o pessoal,
suas actividades, os documentos indicados no diploma que independentemente da sua designação ou natu-
regulamenta a presente Lei. reza.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2283
ARTIGO 51.º
1. As empresas públicas podem ser objecto de fusão com
(Contabilidade) RXWUDVHPSUHVDVGHLJXDOQDWXUH]DRXYHUL¿FDQGRVHDVLWX-
ação prevista no n.º 1 do artigo anterior, com empresas de
A contabilidade das empresas públicas rege-se pelas capitais integral ou maioritariamente públicos.
regras do Plano Geral de Contas aplicável às sociedades 2. A fusão pode ter lugar por incorporação, mediante a
comerciais e respectivas instruções. transferência global do património de uma ou mais empre-
2286 DIÁRIO DA REPÚBLICA
sas para outra empresa, ou por fusão simples, através da ARTIGO 62.º
constituição de uma nova empresa para a qual se transferem 9HUL¿FDomRGRSDVVLYR
globalmente os patrimónios das empresas fundidas. 1. O Diploma que determinar a extinção da empresa pública
ARTIGO 59.º GHYH¿[DUXPSUD]RTXHQmRSRGHVHULQIHULRUDGLDVGXUDQWH
(Cisão) o qual os credores da empresa podem reclamar os seus créditos.
A cisão de uma empresa pública pode operar por uma 2. Os credores devem ser avisados da liquidação da
das seguintes formas: empresa por anúncios publicados na imprensa e por outros
a) Cisão-simples, pela qual se destaca parte do seu meios que se julgar conveniente.
património para com ela se constituir outra 3. No caso dos créditos constarem de quaisquer livros
empresa de igual natureza ou empresa de capi- ou documentos da empresa, ou forem de outro modo conhe-
tais integral ou maioritariamente públicos; cidos, os respectivos credores devem ser também avisados
b) Cisão-dissolução, pela qual se dissolve e se divide mediante carta registada com aviso de recepção.
4. A entidade liquidatária deve elaborar uma relação dos
o seu património, sendo cada uma das partes
créditos reclamados em que estes sejam graduados em con-
resultantes destinada a constituir novas empresas
formidade com a lei geral.
de igual natureza ou com empresas de capitais
5. A relação a que se refere o número anterior deve estar
integral ou maioritariamente públicos;
patente para exame dos credores e reclamação, se for caso
c) Cisão-fusão, pela qual se destaca partes do seu
GLVVRGXUDQWHXPSUD]R¿[DGRSHODHQWLGDGHOLTXLGDWiULD
património ou se dissolve, dividindo o seu patri-
6. Os credores cujos créditos não tenham sido reconheci-
mónio em duas ou mais partes, para as fundir
dos pela entidade liquidatária e incluídos na relação referida
com empresas existentes de igual natureza ou no n.º 4 ou que não tenham sido graduados nos termos da lei,
com empresas de capitais integral ou maiorita- podem recorrer para os tribunais comuns para fazer valer os
riamente públicos, ou com partes de património seus direitos.
de outras destas empresas, separadas por idênti- 7. O reconhecimento pelo Tribunal dos direitos invoca-
FRVSURFHVVRVHFRPLJXDO¿QDOLGDGH dos pelos credores obriga a entidade liquidatária a introduzir
ARTIGO 60.º na relação por ela elaborada as necessárias alterações.
(Extinção)
ARTIGO 63.º
4XDQGRRLQWHUHVVHS~EOLFRRMXVWL¿FDUSRGHVHUGHWHU- (Realização do activo)
minada a extinção de uma empresa pública. 1. Compete à entidade liquidatária realizar o activo da
2. O Diploma que procede à extinção de uma empresa empresa pública, mediante a venda dos bens e a cobrança
pública e determina a sua liquidação, deve, designadamente, dos créditos concedidos pela empresa.
indicar o prazo para que esta seja concluída. 2. No Diploma que determine a extinção e a liquidação
3. Não são aplicáveis às empresas públicas às regras da empresa pública podem ser indicados bens ou direitos
sobre dissolução e liquidação de sociedades, nem os institu- cuja titularidade o Estado reserva para si ou para afectar a
tos de falência e insolvência. outros destinos.
ARTIGO 61.º 2FRUUHQGRDVLWXDomRQRQ~PHURDQWHULRUR(VWDGR¿FD
(Entidade liquidatária)
obrigado a compensar o património objecto de liquidação,
1. A entidade liquidatária de uma empresa pública é com base numa avaliação, podendo fazer-se a compensação
designada pelo Ministro responsável pelo Sector Empresarial com créditos do Estado graduados em primeiro lugar sobre
Público por delegação do Titular do Poder Executivo. a respectiva empresa.
2. Para efeitos do processo de liquidação, podem, desig- 4. A avaliação a que se refere o número anterior é efectu-
nadamente, ser chamados a colaborar elementos da empresa ada pela entidade liquidatária até à elaboração da relação dos
a liquidar. créditos reclamados, sem prejuízo do disposto no número
(PFDVRVGHYLGDPHQWHMXVWL¿FDGRVDHQWLGDGHDTXH seguinte.
5. Até à elaboração da relação dos créditos reclamados,
se faz alusão no n.º 2 pode ser substituída por uma comis-
qualquer credor pode exigir, mediante requerimento dirigido
são liquidatária.
à entidade liquidatária, que a avaliação a que se faz men-
4. Em qualquer fase do processo de liquidação de uma
ção no n.º 3 seja realizada por três louvados, um designado
empresa, as atribuições da comissão liquidatária podem, pelo Titular do Poder Executivo ou quem este delegar, outro
mediante despacho do Titular do Poder Executivo, ser trans- pelos credores e um terceiro escolhido pelos outros dois ou,
feridas para um órgão por ele superintendido, cessando na falta de acordo, pelas competentes estruturas judiciais.
aquela comissão imediatamente as suas funções. 6. Sendo apresentado o requerimento a que se refere o
$UHPXQHUDomRGDHQWLGDGHOLTXLGDWiULDp¿[DGDSHOR número anterior, é obrigatório que a avaliação se realize nos
Titular do Poder Executivo ou quem este delegar. termos aí previstos.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2287
b) Qualquer operação que conduza à passagem de As participações públicas minoritárias regem-se pelo
uma sociedade já constituída para uma situação regime jurídico aplicável às sociedades comerciais, salvo
de empresa com domínio público. o disposto no artigo seguinte e em leis que lhes sejam
ARTIGO 66.º aplicáveis.
(Alteração de estatutos)
ARTIGO 71.º
As alterações dos estatutos das empresas com domínio (Dever especial)
público são efectuadas nos termos da Lei das Sociedades As empresas com participação pública superior a 15%
Comerciais. do respectivo capital social, devem remeter ao Ministro
ARTIGO 67.º responsável pelo Sector Empresarial Público a informação
(Distribuição de lucros dos exercícios)
destinada aos sócios, nas datas em que a estes deva ser dis-
A distribuição de lucros dos exercícios das empresas com
ponibilizada, nos termos da Lei das Sociedades Comerciais.
domínio público é efectuada nos termos da Lei das Sociedades
ARTIGO 72.º
Comerciais, sem prejuízo do disposto no artigo 26.º 3DVVDJHPSDUDXPDVLWXDomRGHLQÀXrQFLDGRPLQDQWH
ARTIGO 68.º
(Transformação, reorganização e dissolução de outras empresas)
1. As entidades públicas, empresas públicas e empresas
com domínio público, directa ou indirectamente, isolada ou
1. As empresas de domínio público podem, nos termos
conjuntamente, não podem realizar nenhuma operação que
da legislação aplicável às sociedades comerciais, ser objecto
seja susceptível de ocasionar a passagem de uma sociedade
de transformação, fusão, cisão e extinção.
2. A transformação, fusão e cisão de empresas a que se SDUDXPDVLWXDomRGHLQÀXrQFLDGRPLQDQWHQRVWHUPRVGH¿-
refere o número anterior, em qualquer uma das suas modali- nidos no artigo 4.º, sem que obtenham autorização prévia do
dades, carecem de despacho prévio de autorização do Titular Titular do Poder Executivo.
do Poder Executivo. 2. Para efeitos do disposto no número anterior, devem ser
3. A dissolução de empresas a que se refere o n.º 1, por apresentados, com as necessárias adaptações, os elementos a
deliberação dos sócios, carece de despacho prévio de auto- que se referem os n.os 1 a 3 do artigo 14.º
2288 DIÁRIO DA REPÚBLICA
3. O pedido da autorização a que se refere o n.º 1 deve ser como para a apreciação da responsabilidade civil desses
formulado pela entidade pública ou pela empresa responsá- órgãos para com as respectivas empresas.
vel pela operação que conduz à passagem da empresa para 2. Em alternativa ao previsto no número anterior, pode
XPDVLWXDomRGHLQÀXrQFLDGRPLQDQWH ser utilizada a via arbitral para a resolução de litígios.
CAPÍTULO VI ARTIGO 77.º
Função Accionista 5HVSRQVDELOLGDGHFLYLO¿QDQFHLUDSHQDOHGLVFLSOLQDU
ARTIGO 73.º
1. As empresas públicas e as empresas com domínio
(Exercício da função accionista do Estado) público respondem civilmente perante terceiros pelos actos
Os direitos do Estado, enquanto accionista de empre- ou omissões dos seus administradores, nos mesmos termos
sas são exercidos pelo Ministro responsável pelo Sector em que os comitentes respondem pelos actos ou omissões
Empresarial Público, em conformidade com as orientações dos comissários, de acordo com a Lei Geral.
HVWUDWpJLFDV SUHYLDPHQWH GH¿QLGDV SHOR 7LWXODU GR 3RGHU 2. Os titulares dos órgãos das empresas a que se refere o
Executivo. número anterior respondem civilmente perante estas pelos
prejuízos causados pelo incumprimento dos seus deveres
ARTIGO 74.º
(Exercício da função accionista de outras entidades) legais ou estatutários.
Enquanto accionistas de empresas, os direitos de outras 3. O disposto nos números anteriores não prejudica a
entidades públicas ou de natureza empresarial com parti- UHVSRQVDELOLGDGH ¿QDQFHLUD GLVFLSOLQDU RX SHQDO HP TXH
cipação pública, directa ou indirecta, são exercidos pelos eventualmente incorram os titulares dos órgãos das referi-
respectivos órgãos de gestão, com respeito pelas orien- das empresas.
tações dimanadas pelo Ministro responsável pelo Sector 4. Os trabalhadores das empresas públicas e das empresas
com domínio público respondem civil, criminal, discipli-
Empresarial Público, por delegação do Titular do Poder
QDUH¿QDQFHLUDPHQWHSHORVDFWRVHRPLVV}HVTXHSUDWLTXHP
Executivo.
no exercício das suas funções nos termos da legislação
ARTIGO 75.º
(Gestão de participações sociais) aplicável.
1. A gestão de participações sociais directamente deti- ARTIGO 78.º
(Adaptação das empresas existentes à lei)
das pelo Estado e ou por outras entidades públicas pode ser
atribuída a uma sociedade gestora de participações sociais O Titular do Poder Executivo ou quem este delegar deve
constituída com capitais integralmente públicos, observado proceder à regulamentação da presente lei, para efeitos da
o regime previsto na presente Lei, ou a um Instituto Público. sua aplicação às empresas públicas e de capitais maiorita-
2. A atribuição da gestão de participações sociais nos ter- riamente públicos existentes à data da sua entrada em vigor.
mos do número anterior pode realizar-se mediante Diploma ARTIGO 79.º
legal, por Despacho do Titular do Poder Executivo, quando (Dúvidas e omissões)
se trate de participações directamente detidas pelo Estado, As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
ou por acordo nos restantes casos. aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia
4XDQGRDJHVWmRGHSDUWLFLSDo}HVVRFLDLVIRUFRQ¿DGD Nacional.
DXPDGDVHQWLGDGHVUHIHULGDVQRQGHYHPVHULGHQWL¿FD- ARTIGO 80.º
das, no instrumento jurídico que atribui a respectiva gestão, (Revogação de legislação)
as matérias em relação às quais as propostas a subscrever ou É revogada a Lei n.º 9/95, de 15 de Setembro — Lei das
a votar por essa entidade nas Assembleias Gerais das socie- Empresas Públicas e demais legislação que contrarie o dis-
dades carecem de aprovação prévia do Ministro responsável posto na presente Lei.
pelo Sector Empresarial Público, por delegação do Titular ARTIGO 81.º
(Entrada em vigor)
do Poder Executivo.
A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação.
CAPÍTULO VII Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
Disposições Finais e Transitórias
aos 27 de Junho de 2013.
ARTIGO 76.º O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
(Resolução de litígios)
Piedade Dias dos Santos.
1. Compete aos tribunais judiciais o julgamento de lití-
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
gios em que seja parte uma empresa pública ou uma empresa
com domínio público, incluindo as acções para efectivação Publique-se.
da responsabilidade civil por actos dos seus órgãos, bem O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.