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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

AULA 2
(28/10/13)

Prezado(a) aluno(a),

Nessa segunda aula serão abordados os seguintes temas:

• Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação,


revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação.

• Lei nº 8.429, de 2/6/92: das disposições gerais; dos atos de


improbidade administrativa.

Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos


Concursos.

Grande abraço e ótima aula,

Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br

Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 115

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

PONTO 4
ATOS
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DMINIST
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TIVO
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4.1.. CO TO

Ato administrativo é declaração unilateral da Administração


Pública ou de quem lhe faça às vezes, regida pelo regime
jurídico de direito público (regime jurídico administrativo),
que produz efeitos jurídicos imediatos visando à satisfação do
interesse público.

4.2. REQUISITOS (ELEMENTOS)

Não adotarei nesse material a teoria que diferencia elementos dos


requisitos dos atos administrativos. Ambos serão tratados como
expressões sinônimas, conforme leciona a doutrina majoritária.

A Lei 4.717/65 (Lei da ação popular), em seu art. 2º, lista os


elementos dos atos administrativos:

• competência (sujeito)
• forma
• objeto (conteúdo)
• motivo (causa)
• finalidade

Parte da doutrina, em que pese a existência de grande divergência


quanto ao tema, prefere usar a expressão “requisitos” como sinônimo
de “elementos”.
Para aqueles que sustentam a diferença das expressões, os
elementos estão ligados à existência do ato ao passo que os
requisitos à sua validade.

Analisaremos agora cada um dos elementos com suas


características...

COMPETÊNCIA

Maria Sylvia Di Pietro prefere fazer referência a “sujeito”. Para


renomada autora, “sujeito é aquele a quem a lei atribui competência
para a prática do ato”1.

1
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 188.

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No Direito Administrativo, o agente, além de ter capacidade2 para


praticar determinado ato administrativo, deve ter também
competência, sendo esta conceituada como o conjunto de
atribuições conferido pela lei às pessoas jurídicas, órgãos e
agentes públicos.

José dos Santos Carvalho Filho define competência como “o círculo


definido por lei dentro do qual podem os agentes exercer
legitimamente sua atividade”3.

Já Hely Lopes Meirelles diz que “o poder atribuído ao agente da


Administração para o desempenho específico de suas
funções”4.

Dentre as suas características, merecem destaque:

• decorre necessariamente de lei: apenas não se esqueça que a


competência também pode se originar da Constituição Federal;

• é inderrogável, seja pela vontade das partes ou da


Administração: a competência somente pode ser modificada por
lei;

• é improrrogável: um órgão incompetente ao praticar determinado


ato administrativo não se torna competente para aquela prática;

• pode ser objeto de delegação e avocação: ressaltando que


delegar e avocar não significa transferir a competência, pois essa
expressão – transferir – traz em si um caráter de definitividade.
Tanto delegação quanto avocação são temporárias e serão
estudadas mais adiante;

• não pode ser alterada por acordo entre a Administração e os


administrados interessados: somente a lei pode alterar a
competência;

• é imprescritível: o não exercício da competência pelo seu titular


não implica em sua extinção;

2
Aptidão para ser titular de direitos e obrigações.
3
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 97.
4
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 152.

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• é irrenunciável: o agente público não pode abdicar de sua


competência;

• é elemento sempre vinculado.

Outro ponto que deve ser estudado para a sua prova diz respeito aos
critérios que são levados em conta pelo legislador para a fixação da
competência:

• matéria (exs. Ministério da Educação e Ministério do Meio


Ambiente);

• hierarquia (a distribuição leva em conta o maior ou menor grau


de complexidade e responsabilidade);

• lugar (associado à descentralização territorial, como as delegacias


regionais de órgãos federais);

• tempo (no caso, por exemplo, de calamidade pública);

• fracionamento (distribuição por órgãos diversos nos casos de


procedimentos e de atos complexos).

- Delegação e avocação de competência

Quanto à delegação e à avocação de competência, é oportuna a


reprodução dos arts. 12 a 17 da Lei 9.784/99, com a inserção de
destaques (negrito) nos pontos que merecem a sua atenção:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não


houver impedimento legal5, delegar parte6 da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente7, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.

5
Demonstrando que a regra é a possibilidade de delegar.
6
Só se admite delegação parcial de competências.
7
Trata-se de ato discricionário, pois a norma faz referência à conveniência da delegação.

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Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser


publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e
os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela
autoridade delegante.
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-
ão editadas pelo delegado.

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por


motivos relevantes devidamente justificados, a avocação8
temporária de competência atribuída a órgão
9
hierarquicamente inferior .

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão


publicamente os locais das respectivas sedes e, quando
conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de
interesse especial.

Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o


processo administrativo deverá ser iniciado perante a
autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

Da leitura dos dispositivos acima, extrai-se que a delegação é


regra, enquanto a avocação constitui exceção.

Por isso é que órgãos administrativos e seus titulares podem,


independentemente de previsão legal expressa, delegar parte
de sua competência a outros órgãos ou titulares.

Exemplo de delegação consta do art. 84, parágrafo único, da


CF, que permite ao Presidente da República delegar competências
listadas no citado artigo (incisos VI, XII e XXV, primeira parte) a
Ministros de Estado, Procurador Geral da República e Advogado Geral
da União. Eis as competências delegáveis:

• dispor mediante decreto, sobre organização e funcionamento da


administração federal, quando não implicar aumento de despesas

8
A doutrina não admite a avocação de competência exclusiva.
9
Significando que o superior hierárquico é quem avoca a competência

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nem criação ou extinção de órgãos públicos (VI, a), e extinção de


funções ou cargos públicos, quando vagos (VI, b);
• conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,
do órgãos instituídos em lei (XII);
• prover cargos públicos federais, na forma da lei, entendendo o STF
que a competência para prover abrange a para desprover, sendo
possível, portanto, delegar competência para demitir (XXV,
primeira parte).

Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a delegação de


competências entre os Poderes, salvo nos casos permitidos na própria
Constituição, como, por exemplo, no caso da lei delegada (art. 68,
CF).

Da mesma forma, é vedada a delegação de atos de natureza política,


como o poder de tributar, a sanção e o veto de projetos de leis.

Hely Lopes Meirelles10 sustenta que a delegação não pode ser


recusada pelo subordinado quando originária de superior
hierárquico, como também não pode ser subdelegada sem
expressa concordância do delegante.

Quanto ao exemplo de avocação, cite-se o art. 103-B, §4º, da CF,


que prevê a possibilidade de avocação pelo Conselho Nacional de
Justiça de processos disciplinares em curso, instaurados contra
membros ou órgãos do Poder Judiciário.

- Vícios de competência

Quando a regra da competência não é observada pelo agente


público11, ou seja, quando ele extrapola os limites de sua
competência, o ato administrativo praticado será eivado de
ilegalidade, sendo passível de anulação pela própria Administração
Pública ou pelo Poder Judiciário.

É o que a doutrina denomina de abuso de poder12 na modalidade


excesso de poder.

10
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 123.
11
Como exemplo, agente público que tem competência apenas para advertir seus subordinados, aplica
pena de suspensão.
12
O abuso de poder possui duas espécies: excesso de poder (vício de competência) ou desvio de
finalidade (vício de finalidade).

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Os outros vícios relacionados à competência são:

• usurpação de função pública

• função de fato

Quanto a esses dois vícios, dê uma lida nos ensinamentos da mestre


Di Pietro13:

“A usurpação de função é crime definido no artigo 328 do CP:


“usurpar o exercício de função pública”. Ocorre quando a pessoa
que pratica o ato não foi por qualquer modo investida no cargo,
emprego ou função; ela se apossa, por conta própria, do
exercício de atribuições próprias de agente público, sem ter essa
qualidade.
( ... )
A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está
irregularmente investida no cargo, emprego ou função, mas a
sua situação tem toda a aparência de legalidade. Exemplos:
falta de requisito legal para investidura, como certificado de
sanidade vencido; inexistência de formação universitária para
função que a exige, idade inferior ao mínimo legal; o mesmo
ocorre quando o servidor está suspenso do cargo, ou exerce
funções depois de vencido o prazo de sua contratação, ou
continua em exercício após a idade-limite para a aposentadoria
compulsória.

Ao contrário do ato praticado por usurpador de função, que a


maioria dos autores considera inexistente, o ato praticado por
funcionário de fato é considerado válido, precisamente pela
aparência de legalidade de que se reveste; cuida-se de proteger
a boa-fé do administrado”.

A função de fato diz respeito aos atos praticados por “funcionários


de fato” (“agentes de fato”), que são aqueles irregularmente
investidos na função pública (ex: servidor que ingressou sem o
obrigatório concurso público), mas cuja situação tem aparência de
legalidade.

Atribui-se validade aos seus atos sob o fundamento de que


foram praticados pela pessoa jurídica e com o propósito de
proteger a boa-fé dos administrados.

13
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 222.

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Imaginem um servidor que foi nomeado sem concurso público e ao


longo dos anos praticou diversos atos. Há uma irregularidade em sua
investidura (ausência de concurso), o que, com base na teoria do
órgão, não invalidará os seus atos se praticados de acordo com o
ordenamento jurídico, pois, conforme já dito, consideram-se
praticados pela pessoa jurídica a qual integra.

Por fim, é importante destacar que nas hipóteses de impedimento14


e suspeição15 previstas na Lei 9.784/99, não há vícios de
competência, mas sim vícios de capacidade do agente público.

FOR
RMA

De acordo com Hely Lopes Meirelles, é “o revestimento


exteriorizador do ato administrativo”16.

Para José dos Santos Carvalho Filho “é o meio pelo qual se


exterioriza a vontade”17.

Enquanto no Direito Privado a liberdade de forma é a regra, no


Direito Público é a exceção.

Os atos administrativos, em regra, são formais, motivo pelo qual são


escritos, em que pese o ordenamento jurídico admitir a manifestação
administrativa por meio de outros meios, como gestos (ex. guardas
de trânsito), palavras (ordens verbais de superiores hierárquicos) ou
sinais (placas de trânsito).

Sobre os atos administrativos não escritos, Hely Lopes Meirelles


leciona que apenas são admissíveis “em casos de urgência, de
transitoriedade da manifestação da vontade administrativa ou de
irrelevância do assunto para a Administração”18.

14
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha
interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito,
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e
afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
15
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até
o terceiro grau.
16
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 152.
17
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 102.

18
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 154.

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A forma é classificada como elemento vinculado, em que pese existir


na doutrina moderna vozes sustentando que tal elemento não é
sempre vinculado, como ocorre na norma veiculada pelo art. 22 da
Lei 9.784/99 preceituando que “os atos do processo administrativo
não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir”.

Outro exemplo é o art. 6219 da Lei 8.666/90 que permite, nos casos
nela previstos, a substituição do instrumento de contrato por nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução
de serviço.

Importante também destacar que quando a lei determina que certa


forma é essencial para a validade do ato, a sua inobservância
acarretará a anulação do ato administrativo. Em caso contrário, em
hipótese que a forma não seja essencial, e diante de sua não
observância, o ordenamento20 admite a convalidação do ato
administrativo.

Para encerrar este tópico, tenha atenção com a diferença existente


entre forma do ato (meio de exteriorização de vontade) e
procedimento administrativo (seqüencia ordenada de atos).

A existência de defeito em um ou outro é caracterizada como vício de


forma, por isso a omissão ou a observância incompleta ou irregular
de formalidades indispensáveis à validade do ato constituem vícios de
forma.

OBJETO

É o resultado imediato que o agente público produz com a


prática do ato administrativo.

Maria Sylvia Di Pietro ensina que objeto ou conteúdo “é o efeito


jurídico imediato que o ato produz”21.

19
“O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas
modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.”
20
Art. 55, da Lei 9.784/99: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração”.
21
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 191.

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Há autores que não aceitam a utilização das expressões “objeto” e


“conteúdo” como sinônimas. Dentre eles, segue magistério de Raquel
Melo Urbano de Carvalho22, adotando as lições de Celso Antônio
Bandeira de Mello:

“Entende-se que a noção de conteúdo distingue-se da idéia de


objeto do ato administrativo. O conteúdo é o que o ato
prescreve. O objeto é a coisa ou a relação jurídica sobre a qual
recai o conteúdo. O conteúdo do ato de desapropriação é a
aquisição originária de um bem pelo Poder Público com a
extinção da propriedade alheia. É isso que o ato dispõe;
aquisição pública e perda dominial daquele que sofre a
intervenção. O objeto é o bem sobre o qual o conteúdo
(desapropriação) recai. Assim, se um Município desapropria
um prédio para construir uma escola (fundado em utilidade
pública), o conteúdo é a aquisição originária do imóvel pelo
ente político e o objeto é o prédio objeto da desapropriação”.

Se o ordenamento jurídico confere ao agente público apenas um


comportamento, o objeto será elemento vinculado.

Todavia, caso o agente tenha liberdade de escolha, o objeto será


considerado discricionário.

Nos atos discricionários objeto e motivo formam o


denominado mérito do ato administrativo.

José dos Santos Carvalho Filho23 ilustrando esta lição, cita exemplo de
objeto vinculado a licença para exercer profissão, pois se o
interessado preenche todos os requisitos legais para o exercício da
profissão em todo o território nacional, não pode o agente público
negá-la ou restringir o âmbito do exercício da profissão. Quanto ao
objeto discricionário, seu exemplo é de autorização para
funcionamento de um circo em praça pública, em que o ato pode fixar
o limite máximo de horário em certas circunstâncias, ainda que o
interessado tenha formulado pedido de funcionamento em horário
além do que o ato veio a permitir.

Haverá vício de objeto quando o resultado perseguido pelo agente


com a prática do ato importar em violação de lei, regulamento ou
outro ato normativo.

22
URBANO DE CARVALHO, Raquel Melo. Curso de Direito Administrativo. 1ª. ed. Salvador: Podivm. 2008. p. 360.

23
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 102.

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MOTIV
VO

Pressuposto de fato ou de direito que justifica a pratica do ato


administrativo, sendo que o pressuposto de fato corresponde ao
acontecimento que levou a Administração Pública a praticar o ato,
enquanto o pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se
baseia o ato.

É a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato


administrativo, sendo também denominado de causa.

Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo citam os seguintes exemplos de


motivo:

“na concessão de licença paternidade, o motivo será sempre o


nascimento do filho do servidor; na punição do servidor, o
motivo é a infração por ele cometida; na ordem para demolição
de um prédio, o motivo é o perigo que ele representa, em
decorrência de sua má conservação; no tombamento, o motivo é
o valor histórico do bem; etc.”24.

Da mesma forma que o objeto, o motivo pode ser tanto elemento


discricionário como vinculado.

Haverá vício de motivo quando a matéria de fato ou de direito em


que se fundamenta o ato for materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado pretendido pelo agente
público com a prática do ato.

- Mo
otiivaç
ção

Não se deve confundir motivo com motivação. Esta é a explicação por


escrito do motivo, isto é, a exposição dos motivos que embasaram a
prática do ato administrativo.

A motivação integra o elemento forma e está ligada ao


princípio da publicidade.

A motivação pode ser prévia ou contemporânea (simultânea) à


prática do ato.

24
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 14ª ed. Niterói: Impetus. 2007. p. 341.

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O art. 50 da Lei 9.784/90 lista quais atos administrativos deverão


conter motivação:

“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com


indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação
de ato administrativo.”

Amparando-se nesse dispositivo legal, José dos Santos Carvalho Filho


sustenta que nem todos os atos administrativos dependem de
motivação, só se podendo “considerar a motivação obrigatória se
houver norma legal expressa neste sentido”25.

Contudo, Maria Sylvia Di Pietro26, discordando do citado mestre,


sustenta posição mais acertada, sendo a que você deve seguir na sua
prova:

“Entendemos que a motivação é, em regra, necessária, seja para


os atos vinculados, seja para os atos discricionários, pois
constitui garantia de legalidade que tanto diz respeito ao
interessado como à própria Administração Pública; a motivação é
que permite verificação, a qualquer momento, da legalidade do
ato, até mesmo pelos demais Poderes do Estado”.

Raquel Melo Urbano de Carvalho27 segue pelas mesmas trilhas de Di


Pietro:

“Em face da Constituição de 1988, não remanesce a


possibilidade de se falar em ato administrativo desprovido de
fundamentação. Na medida em que o contraditório e a ampla

25
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 105.
26
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 196.
27
URBANO DE CARVALHO, Raquel Melo. Curso de Direito Administrativo. 1ª. ed. Salvador: Podivm. 2008. p. 379.

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defesa encontram-se erigidas como garantias no artigo 5º, LV,


da Lei Maior, inadmissível que a atuação administrativa surja
desacompanhada das razões fáticas e jurídicas que a
justificaram, sob pena de, ausente a motivação, afigurar-se
impossível o exercício democrático das citadas garantias
constitucionais”.

Nessa linha, a regra é a motivação dos atos administrativos,


constituindo-se em exceções as hipóteses em que a lei dispensar (ex.
nomeação e exoneração de servidores para cargos em comissão) ou
quando a natureza do ato for com ela incompatível (ex. placas de
trânsito).

Por fim, uma expressão que você precisa conhecer: motivação


aliunde. Trata-se da motivação prevista no art. 50, §1º, da Lei
9.784/90 (trecho destacado):

“§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente,


podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte
integrante do ato.”

- Teoria dos motivos determinantes

Por fim, associada ao motivo, apresenta-se a teoria dos motivos


determinantes, por meio da qual a validade do ato
administrativo vincula-se aos motivos apresentados com seu
fundamento.

Dessa forma, se o agente indica um motivo falso ou inexistente será


consequência inevitável a nulidade do ato administrativo praticado.

FIN
NAL
LID
DADE
E

Todo ato administrativo praticado pela Administração Pública tem


como fim mediato atender aos interesses da coletividade
(finalidade em sentido amplo), bem como o resultado específico
que o ato deve produzir (finalidade em sentido restrito).

É requisito que se vincula à noção de permanente e necessária


satisfação do interesse público.

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A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indicada


expressa ou implicitamente.

A sua inobservância acarreta o vício denominado desvio de


finalidade (desvio de poder), que constitui espécie de abuso de
poder.

Portanto, na remoção de servidor como forma de punição está


presente o desvio de finalidade, pois a lei não regula o instituto da
remoção com este propósito, mas sim como meio de atender a
necessidade de serviço. Outros exemplos: desapropriação de imóvel
de desafeto político do prefeito municipal; aplicação de verba em
educação quando a lei determina a sua aplicação na área de saúde.

Por fim, é importante destacar que Maria Sylvia Di Pietro leciona em


seu livro “Direito Administrativo” que a finalidade em sentido amplo
“corresponde à consecução de um resultado de interesse público”,
sendo discricionária, “porque a lei se refere a ela usando noções
vagas e imprecisas, como ordem pública, moral segurança, bem-
estar”. Apresenta o seguinte exemplo: “a autorização para fazer
reunião em praça pública será outorgada segundo a autoridade
competente entenda que ela possa ou não ofender a ordem pública”;
já em sentido restrito “corresponde ao resultado específico que
decorre, explícita ou implicitamente da lei, para cada ato
administrativo”, sendo nesse caso vinculado, pois “para cada ato
administrativo previsto na lei, há um finalidade específica que não
pode ser contrariada. Traz como exemplo o fato de a finalidade da
demissão ser sempre a de punir o infrator.

4.3.. AT
TRIB
BUTOS

Em que pese não constar expressamente no edital esse item, não


consegui desvincula-lo do estudo dos atos administrativos.

Dessa forma, considerando-se que em concurso público o melhor é


pecar pelo excesso, vamos estudá-lo:

PRE
ESUNÇÃ
ÃO DE LEGITIM
MID
DADE E VERAC
CID
DADE

Uma vez editado o ato administrativo há presunção, até prova em


contrário, de que o mesmo foi confeccionado de acordo com o
ordenamento jurídico e de que os fatos nele indicados são
verdadeiros.

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Por admitir prova em contrário, cujo ônus pertence ao administrado,


a presunção é considerada relativa (presunção juris tantum).

Essa presunção decorre do princípio constitucional da legalidade (art.


37, CF), não dependendo de lei expressa, pois deflui da própria
natureza do ato, como ato emanado de agente integrante da
estrutura do Estado28.

Maria Sylvia Di Pietro29 lista três conseqüências desse atributo:

- enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria


Administração ou pelo Judiciário, ele produzirá efeitos da mesma
forma que o ato válido, devendo ser cumprido30;

- o Judiciário não pode apreciar de ofício a validade dos atos


administrativos, ou seja, só poderá proferir decisão acerca da
legalidade de determinado ato administrativo se for provocado por
meio da ação cabível;

- a presunção de veracidade inverte o ônus da prova, cabendo


ao administrado destinatário do ato provar a sua ilegalidade.

Pode-se acrescentar como consequências:

- possibilidade de a decisão administrativa ser executada


imediatamente (autoexecutoriedade);

- constitui o particular em obrigações unilateralmente, ou seja,


independentemente de sua concordância (imperatividade).

IMPERATIVIDADE

Por esse atributo a Administração Pública impõe sua vontade


aos administrados independentemente da concordância
desses.

Ou seja, os administrados são constituídos unilateralmente em


obrigações pela Administração.

28
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 111.
29
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 184.
30
Hely Lopes Meirelles trata desta conseqüência da seguinte forma: “a presunção de legitimidade autoriza a imediata
execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou defeitos que os levem à
invalidade”. (obra citada, p. 159)

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Decorre do poder extroverso do Estado, “que permite ao Poder


Público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito
emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras
pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações”31.

Tal atributo não está presente em todos os atos


administrativos, mas tão somente naqueles que impõe obrigações.
Dessa forma, inexiste, por exemplo, nos atos enunciativos (certidões,
atestados, pareceres) e nos negociais (licenças, permissões,
autorizações).

AUTOEXECUT
TORI
IED
DAD
DE

Por meio desse atributo o ato administrativo pode ser posto em


execução independentemente de manifestação do Poder
Judiciário.

Como exemplo, o agente da fiscalização não depende de ordem


judicial para interditar um estabelecimento comercial que não possua
alvará de funcionamento.

Da mesma forma que os demais atributos do ato administrativo, a


autoexecutoriedade decorre do princípio da supremacia do interesse
público, típico do regime jurídico administrativo.

A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos


administrativos, o que ocorre, por exemplo, na cobrança de
multas aplicadas aos particulares (atentar para o fato de que a
aplicação da multa é autoexecutória).

Quanto à cobrança de multa, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo32


apresentam exceção à exceção, ou seja, situação em que a cobrança
de multa será autoexecutória.

Trata-se da hipótese prevista no art. 80, inciso III, da Lei 8.666/80,


que permite à Administração Pública reter da garantia oferecida pelo
particular o valor equivalente à multa administrativa devida por este
pelo descumprimento do contrato administrativo.

Muito valiosa a lição da consagrada Maria Sylvia Di Pietro33 ao indicar


as duas hipóteses em que estará presente a autoexecutoriedade:

31
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.
32
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 14ª ed. Niterói: Impetus. 2007. p. 354.

33
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 185.

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• quando expressamente prevista em lei;

• quando se tratar de medida urgente que, caso não adotada de


imediato, possa ocasionar prejuízo maior para o interesse público
(nesse caso, a autoexecutoriedade não estará prevista
expressamente na lei).

Com efeito, Celso Antônio Bandeira de Mello não adota a expressão


“autoexecutoriedade”, mas sim executoriedade e exigibilidade.

Conceitua executoriedade como “a qualidade pela qual o Poder


Público pode compelir materialmente o administrado, sem precisão de
buscar previamente as vias judiciais, ao cumprimento da obrigação
que impôs e exigiu”34.

Quando à exigibilidade, assim se pronuncia: “é a qualidade em


virtude da qual o Estado, no exercício da função administrativa, pode
exigir de terceiros o cumprimento, a observância, das obrigações que
impôs. Não se confunde com imperatividade, pois, através dela,
apenas se constitui uma dada situação, se impõe uma obrigação. A
exigibilidade é o atributo do ato pelo qual se impele à obediência, ao
atendimento da obrigação já imposta, sem necessidade de recorrer
ao Judiciário para induzir o administrado a observá-la”35.

A diferença entre executoriedade e exigibilidade consiste no fato de


essa não garantir, por si só, a possibilidade de coerção material, o
que leva à conclusão de que há atos dotados de exigibilidade, mas
que não possuem executoriedade.

No exemplo de Celso Antônio Bandeira de Mello, a Administração


pode exigir que o administrador comprove estar quite com os
impostos municipais relativamente a um imóvel para expedir o alvará
de construção, mas não pode obrigar o administrado, por meios
próprios, a pagar o imposto.

Quando a executoriedade está presente, a Administração pode


compelir materialmente o administrado, como o faz na apreensão de
mercadorias, interdição de estabelecimento comercial, dissolução de
passeata e etc..

34
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.
35
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.

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TIPICIDADE

É atributo corolário (consequência) do princípio da legalidade,


significando que o ato administrativo deve corresponder a figuras
definidas previamente pela lei como aptas à produção de efeitos.

Para cada pretensão da Administração Pública há um ato definido em


lei, o que impede a prática de atos inominados.

Como exemplos: se o Poder Público vai realizar um concurso público


precisa divulgá-lo, prevendo a lei a figura do edital como ato
administrativo que atenda a esse objetivo; se vai realizar um pregão,
a lei prevê a utilização do aviso.

4.4. REVOGAÇÃO

Ocorre quando o ato administrativo legal é extinto por razões de


mérito, ou seja, com base nos critérios oportunidade e
conveniência.

Encontra seu fundamento no poder discricionário da Administração


Pública, motivo pelo qual, em regra, somente os atos
discricionários podem ser revogados.

Conforme já dito anteriormente, a revogação, por atingir ato que foi


praticado de acordo com a lei, produz efeitos ex nunc (a partir de
agora), ou seja, para frente, respeitando-se os direitos adquiridos
(diferentemente da anulação).

O ato administrativo só pode ser revogado pela própria


Administração Pública, entendendo-se mais uma vez essa
expressão em seu sentido amplo, abrangendo os três Poderes do
Estado no exercício de função administrativa. Desda forma, o Poder
Judiciário no exercício de sua função típica – a jurisdicional – não
poderá revogar atos administrativos, mas apenas anulá-los. Contudo,
ao exercer de forma atípica a função administrativa, poderá revogar
os seus próprios atos administrativos discricionários por questões de
oportunidade e conveniência.

Nesse ponto, também é aplicada a súmula 473 do Supremo Tribunal


Federal:

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Súmula 473 - A Administração pode anular seus próprios atos,


quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Ressalte-se que o Poder Judiciário, exercendo sua função


jurisdicional, poderá verificar a legalidade do ato administrativo de
revogação. Aqui ele não estará revogando o ato administrativo, mas
sim analisando se a revogação observou os limites legais. Não haverá
análise de conveniência ou de oportunidade, mas sim de legalidade.

Quanto à competência para revogar, Maria Sylvia Di Pietro citando


lição de Miguel Reale assim se pronuncia: “só quem pratica o ato, ou
quem tenha poderes, implícitos ou explícitos, para dele conhecer de
ofício ou por via de recurso, tem competência legal para revogá-lo
por motivos de oportunidade ou conveniência, competência essa
intransferível, a não ser por força de lei, e insuscetível de ser
contrasteada em seu exercício por outra autoridade administrativa”36.

Por fim, cabe destacar que nem todo ato administrativo discricionário
é passível de revogação. São os chamados atos irrevogáveis.

1) atos consumados, pois já esgotaram seus efeitos. Ex. ato que


concedeu férias a servidor não pode ser revogado após o mesmo ter
gozado suas férias;

2) atos vinculados, pois não podem ser apreciados sob os aspectos


oportunidade e conveniência. Não há que se falar em mérito nos atos
vinculados;

3) atos que geraram direitos adquiridos;

4) “atos integrativos de um procedimento administrativo, pela


simples razão de que se opera a preclusão do ato anterior pela
prática do ato sucessivo (exemplo: não pode ser revogado o ato de
adjudicação na licitação, quando já celebrado o respectivo
contrato)”37;

5) “a revogação não pode ser feita quando já se exauriu a


competência relativamente ao objeto do ato; suponha-se que o
interessado tenha recorrido de um ato administrativo e que este

36
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 249.
37
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 153.

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esteja sob apreciação de autoridade superior; a autoridade que


praticou o ato deixou de ser competente para revogá-lo”38;

6) os chamados meros atos administrativos, tais como certidões,


pareceres e atestados.

4.5. ANULAÇÃO

Ocorre quando o ato administrativo é extinto sob o fundamento de


ser ilegal.

Quando o vício que gera a ilegalidade do ato for sanável (ato


anulável), a Administração Pública pode convalidá-lo39, com efeitos
ex tunc, se presentes ainda os requisitos interesse público e ausência
de prejuízos para terceiros; caso seja insanável o vício (ato nulo), o
destino do ato será sua anulação.

Tantos os atos vinculados como os discricionários, caso sejam


ilegais, são passíveis de anulação.

A anulação desfaz os efeitos do ato desde o momento em que foi


praticado, daí dizer-se que seus efeitos, em regra, são ex tunc.
Neste ponto diferencia-se da revogação, que a seguir será
comentada, cujos efeitos são ex nunc, ou seja, para frente, não
retroagindo.

O ato administrativo pode ser anulado tanto pela própria


Administração Pública (poder de autotutela), de ofício ou mediante
provocação, ou pelo Poder Judiciário (mediante provocação).

Interessante destacar que a expressão Administração Pública foi


utilizada acima em sentido amplo, abrangendo os três Poderes do
Estado quando do exercício de função administrativa. Não se pode
esquecer que tanto o Poder Legislativo como o Poder Judiciário
também exercem de forma atípica funções administrativas, editando,
portanto, atos administrativos. Como possuem poderes para
editá-los, também podem exercer o respectivo controle de
legalidade, anulando-os se ilegais.

38
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 232.
39
Art. 55 da Lei 9.7884/99: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração”.

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Só para que não restem dúvidas para você, os três Poderes do Estado
– Executivo, Legislativo e Judiciário – possuem suas funções típicas,
respectivamente, administrativa, legislativa e jurisdicional. Em
hipóteses autorizadas pela Constituição Federal, um Poder pode
exercer função de outro, como ocorre quando o Chefe do Executivo,
que exerce função administrativa, edita medida provisória, que
decorre da função legislativa. Quando isto ocorre, diz-se que há
exercício de função atípica. Assim sendo, quando os Poderes
Legislativo e Judiciário formalizam atos administrativos estão
exercendo, de forma atípica, função administrativa.

Quanto à possibilidade de Administração Pública anular seus próprios


atos, o Supremo Tribunal Federal editou duas súmulas:

Súmula 346 - A Administração Pública pode declarar a nulidade


dos seus próprios atos.

Súmula 473 - A Administração pode anular seus próprios atos,


quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Os atos anulados não geram direitos adquiridos, mas os


efeitos produzidos para terceiros de boa-fé serão mantidos,
em observância ao princípio da boa-fé e do atributo da
presunção de legitimidade dos atos administrativos. Para
ilustrar: se um servidor nomeado ilegalmente sem concurso público é
exonerado por força dessa ilegalidade, as certidões negativas que ele
expediu durante o período que trabalhou para a Administração
Pública não serão anuladas. Desta forma, todas aquelas pessoas
(terceiros de boa-fé) que receberam certidões negativas do servidor
não serão prejudicadas.

Na órbita federal, o prazo de decadência que a Administração Pública


possui para anular atos administrativos ilegais é de 5 (cinco) anos,
nos termos do já comentado art. 54 da Lei 9.784/99:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

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§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida


de autoridade administrativa que importe impugnação à validade
do ato.

4.6. CONVALIDAÇÃO OU SANATÓRIA

De acordo com Maria Sylvia Di Pietro40:

“Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é


suprido o vício existente em um ato ilegal, com efeitos
retroativos41 à data em que foi praticado.

Ela é feita, em regra, pela Administração Pública, mas


eventualmente poderá ser feita pelo administrado, quando a
edição do ato dependia da manifestação de sua vontade e a
exigência não foi observada. Esta pode emiti-la posteriormente
convalidando o ato”.

A Lei 9.784/99 prevê expressamente a possibilidade de convalidação


dos atos administrativos, regulando no seu art. 55 a convalidação
expressa e no art. 54 a convalidação pelo decurso do tempo (que
equivaleria a uma convalidação tácita). Veja os dispositivos citados:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos


administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida
de autoridade administrativa que importe impugnação à validade
do ato.

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem


lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.

Esses dispositivos citados equivalem à positivação42 no Direito


Administrativo da teoria dualista dos atos administrativos nulos (que
40
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 228.
41
Efeitos ex tunc.
42
Positivação está ligada à expressão “direito positivo”, ocorrendo quando determinada situação passa a
ser prevista em lei.

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não podem ser convalidados) e anuláveis (que podem ser


convalidados).

Não há consenso na doutrina se a convalidação é ato discricionário ou


vinculado. Melhor posição parece ser a que sustenta que ela
pode ser tanto discricionário como vinculada, dependendo se o
ato administrativo a ser convalidado é discricionário ou
vinculado.

Os efeitos da convalidação retroagem à data da prática do ato


convalidado, sendo, portanto, ex tunc.

Nem sempre será possível a convalidação do ato administrativo,


devendo tal análise ser feita levando-se em conta qual elemento do
ato contém o vício:

- Competência (sujeito): a convalidação não será possível se a


competência for exclusiva. Da mesma forma, não se admite
convalidação quando houver incompetência em razão da matéria.
Maria Sylvia Di Pietro43 atribui à convalidação do sujeito o nome de
ratificação.

- Forma: somente será possível a convalidação quando a forma não


for essencial para a validade do ato.

- Objeto, motivo e finalidade: não será possível a convalidação.


Desta forma, por exemplo, um ato administrativo praticado com
desvio de finalidade não será convalidável.

A convalidação de ato administrativo decorre dos seguintes


pressupostos:

• o defeito ter natureza sanável


• não causar prejuízo a terceiros
• não acarretar lesão ao interesse público

4.7. VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE

- Vinculação:

É também denominado de regrado.

43
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 231.

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Está presente quando a lei regula todos os aspectos da atuação


estatal, isto é, diante de determinada situação, o agente publico não
terá opções em sua conduta, pois a lei já regulou exaustivamente a
prática do ato. Simplesmente executará o ato de acordo com o único
possível comportamento definido na legislação.

Como exemplo, qualquer espécie de aposentadoria44 para servidor


público, pois se o interessado preencheu os requisitos legais, a
autoridade competente ficará obrigada a deferir o pedido. Diante
deste pedido, a autoridade não terá opções, pois a lei regrou
completamente o seu modo de atuar.

Outros exemplos: licença para exercer profissão


regulamentada; licença para funcionamento de
estabelecimento comercial; licença de servidor civil federal
para exercer atividade política (Lei 8.112/90, art. 81, IV);
remoção de servidor civil federal para acompanhar cônjuge ou
companheiro, também servidor público civil ou militar, que foi
deslocado no interesse da Administração (Lei 8.112/90, art. 36,
III, a) e exoneração de servidor em estágio probatório.

- Discricionariedade:

Diferentemente do que ocorre no ato vinculado, no discricionário, em


que pese o agente público também estar adstrito à lei, esta não
regula inteiramente a atuação estatal, deixando certa margem
de liberdade para decisão diante do caso concreto.

A escolha do agente público, que se pautará em critérios de


conveniência e de oportunidade, deverá ser aquela que propicie
melhores resultados para o interesse público.

O mérito é justamente o aspecto do ato administrativo que diz


respeito à conveniência e oportunidade de sua prática, estando
presente apenas nos atos discricionários.

Portanto, a discricionariedade administrativa decorre da possibilidade


legal de o agente público poder escolher entre mais de um
comportamento, desde que analisados os aspectos de conveniência e
oportunidade.

44
A CF/88 prevê três espécies de aposentadoria para servidores públicos: compulsória aos 70 anos de
idade, por invalidez permanente e voluntária (art. 40, §1º).

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Assim, são exemplos de atos administrativos discricionários:


nomeação e exoneração de ocupantes de cargos em comissão
(conhecidas como nomeação ad nutum e exoneração ad nutum);
autorização de porte de arma (enquanto as licenças são exemplos
de atos vinculados, as autorizações são exemplos de discricionários);
gradação de penalidades disciplinares (fixação, por exemplo, dos
dias em que determinado servidor ficará suspenso) e conversão da
penalidade de suspensão de servidor em multa, na base de
50% por dia de vencimento ou remuneração (Lei 8.112/90, art.
130, §2º45).

Tomando-se como referência os elementos do ato administrativo


(competência, forma, motivo, objeto e finalidade), pode-se afirmar
que mesmo nos atos discricionários os elementos competência, forma
(há exceções46) e finalidade47 permanecerão vinculados, enquanto
motivo e objeto serão discricionários.

Daí estar correta a afirmação de que nos atos discricionários a


discricionariedade não é absoluta, mas sim relativa, pois nem
todos os seus elementos são discricionários; ao passo que nos
atos vinculados a vinculação é absoluta, porque todos os
elementos são vinculados.

Importante também destacar que discricionariedade não se


confunde com arbitrariedade, pois essa constituiu ofensa a ordem
jurídica. Agindo dessa forma um agente público inevitavelmente terá
seu ato anulado por conta de sua ilegalidade.

Da mesma forma, é errado afirmar que discricionariedade significa


ausência de lei disciplinando a atuação do agente público, bem como
que a discricionariedade só se faz presente quando a lei

45
“Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor
obrigado a permanecer em serviço”.
46
Art. 22 da Lei 9.784/99: “os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada
senão quando a lei expressamente a exigir”.

Art. 50, da Lei 8.666/93: “O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada
de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo
por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço.”

Maria Sylvia Di Pietro ensina que o conceito de finalidade pode ser visto em sentido amplo (interesse
47

público) e em sentido restrito (resultado específico que decorre, explícita ou implicitamente da lei, para
cada ato administrativo). Para essa autora, finalidade em sentido amplo é discricionário e em sentido
restrito vinculado.

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expressamente confere à Administração Pública a prerrogativa para


exercê-la.

Por fim, vale destacar que os atos discricionários têm como


limite a lei, e não os critérios conveniência/oportunidade. Não se
pode esquecer que a liberdade que o agente público possui para a
prática de ato é concedida e delimitada pela lei.

Dessa necessária conformação do ato administrativo com o


ordenamento jurídico decorre a possibilidade de o Poder Judiciário
exercer controle sobre a legalidade da discricionariedade
administrativa, preservando-se, contudo, a liberdade assegurada pela
lei ao agente público.

Para o exercício de tal controle, o Poder Judiciário deverá


confrontar o ato discricionário com a lei e com os princípios,
em especial com os da razoabilidade e da proporcionalidade, o
que lhe propiciará aferir a legalidade do ato.

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ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

QUESTÕES DA FCC COM COMENTÁRIOS

Importante lembrar que as questões abaixo são reproduzidas no final


da aula sem os respectivos comentários.

01. (NCADE/SP/ADVOGADO/2011/FCC) Dentre outros, são


exemplos de atos administrativos insuscetíveis de revogação:
A) licença para exercer profissão regulamentada em lei; certidão
administrativa de dados funcionais de servidor público.
B) ato de concessão de aposentadoria, mesmo que ainda não
preenchido o lapso temporal para a fruição do benefício; ato de
adjudicação na licitação quando já celebrado o respectivo contrato.
C) edital de licitação na modalidade tomada de preços; atestado
médico emitido por servidor público médico do trabalho.
D) ato que declara a inexigibilidade de licitação; autorização para
uso de bem público.
E) autorização para porte de arma; ato que defere férias a servidor,
ainda que este não tenha gozado de tais férias.

COMENTÁRIOS

Conforme ensinamentos doutrinários, nem todo ato administrativo


discricionário é passível de revogação, a saber: 1) atos consumados,
pois já esgotaram seus efeitos; 2) atos vinculados; 3) atos que
geraram direitos adquiridos; 4) atos integrativos de um procedimento
administrativo; 5) quando já se exauriu a competência relativamente
ao objeto do ato; 6) os chamados meros atos administrativos.

Analisando-se cada uma das assertivas:

A) licença para exercer profissão regulamentada em lei (ato


vinculado, irrevogável); certidão administrativa de dados funcionais
de servidor público (ato enunciativo, irrevogável).

B) ato de concessão de aposentadoria, mesmo que ainda não


preenchido o lapso temporal para a fruição do benefício (ato
vinculado, irrevogável); ato de adjudicação na licitação quando já
celebrado o respectivo contrato (é possível a revogação).

C) edital de licitação na modalidade tomada de preços (é


revogável); atestado médico emitido por servidor público médico do
trabalho (ato enunciativo, irrevogável).

D) ato que declara a inexigibilidade de licitação (ato vinculado,


irrevogável); autorização para uso de bem público.

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E) autorização para porte de arma (ato discricionário, revogável);


ato que defere férias a servidor, ainda que este não tenha
gozado de tais férias (ato discricionário, revogável).

GABARITO: letra E

02. (ADVOGADO TRAINEE/MATRÊ/SP/2010/FCC) Quanto ao


ato administrativo, é INCORRETO afirmar:
A) A inexistência da forma induz a inexistência do ato administrativo.
B) A finalidade é elemento vinculado de todo ato administrativo, seja
ele discricionário ou regrado.
C) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da Administração caracteriza o desvio de poder a
invalidar o ato administrativo.
D) A revogação ou a modificação do ato administrativo não é
vinculada, motivo pelo qual é prescindível a obediência da mesma
forma do ato originário.
E) A motivação é, em regra, obrigatória, só não sendo quando a lei a
dispensar ou se a natureza do ato for com ela incompatível.

COMENTÁRIOS

A) Assertiva correta extraída do livro “Direito Administrativo


Brasileiro” de Hely Lopes Meirelles.

B) Aqui a banca desconsiderou a lição da Maria Sylvia Di Pietro que


classifica a finalidade em sentido amplo e sentido estrito. Assertiva
correta, trazendo a posição que prevalece entre os doutrinadores.

C) Perfeito a assertiva, pois quando o agente pratica ato visando a


fim diverso do previsto na ordem jurídica comete abuso de poder na
modalidade desvio de finalidade (desvio de poder).

D) Pelo princípio da simetria das formas, a revogação ou modificação


do ato administrativo devem ser veiculadas por meio de ato com a
mesma forma do originário. Mais uma questão extraída da obra de
Hely Lopes Meirelles, que justifica essa afirmação lecionando “que o
elemento formal é vinculado tanto para sua formação quanto para
seu desfazimento ou alteração”.

E) Essa é a regra sustentada pela doutrina e jurisprudência.

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GABARITO: letra D

03. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa) O revestimento exterior do
ato administrativo, necessário à sua perfeição, é requisito
conhecido como
a) objeto.
b) forma.
c) finalidade.
d) motivo.
e) mérito.

COMENTÁRIOS

De acordo com Hely Lopes Meirelles, é “o revestimento


exteriorizador do ato administrativo”.

GABARITO: letra B

04. (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Considere as seguintes assertivas sobre o
requisito objeto dos atos administrativos:
I. é sempre vinculado.
II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo
ato.
III. na licença para construção, o objeto consiste em permitir
que o interessado possa edificar de forma legítima.
IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo
deve ser sempre lícito, possível, certo e moral.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) II, III e IV.
b) IV.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) I e II.

COMENTÁRIOS

Analisando-se cada uma das assertivas, temos:

I. é sempre vinculado. (objeto pode ser vinculado ou discricionário)

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II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo ato.


(correto, lembrando que a finalidade é o objetivo mediato)

III. na licença para construção, o objeto consiste em permitir que o


interessado possa edificar de forma legítima. (correto, lembrando que
objeto é o que se pretende com o ato)

IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo deve ser


sempre lícito, possível, certo e moral. (correto)

GABARITO: letra A

05. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário -


Segurança e Transporte) O motivo do ato administrativo
a) é sempre vinculado.
b) implica a anulação do ato, quando ausente o referido motivo.
c) sucede à prática do ato administrativo.
d) corresponde ao efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz.
e) não implica a anulação do ato, quando falso o aludido motivo

COMENTÁRIOS

Analisando cada uma das alternativas ...

Letra a) é sempre vinculado. (também pode ser discricionário)

Letra b) implica a anulação do ato, quando ausente o referido


motivo. (correta)

Letra c) sucede à prática do ato administrativo. (sendo causa, é


anterior)

Letra d) corresponde ao efeito jurídico imediato que o ato


administrativo produz. (é causa. Efeito jurídico imediato é objeto)

Letra e) não implica a anulação do ato, quando falso o aludido


motivo. (sendo falto o motivo, o ato será ilegal, devendo ser anulado)

GABARITO: letra B

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06. (FCC - 2011 - TJ-PE – Juiz) Conforme o Direito federal


vigente, como regra, não há necessidade de motivação de
atos administrativos que
a) imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções.
b) promovam a exoneração de servidores ocupantes de cargos em
comissão.
c) decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública.
d) dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório.
e) decorram de reexame de ofício.

COMENTÁRIOS

O art. 50 da Lei 9.784/90 lista quais atos administrativos deverão


conter motivação:

“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com


indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação
de ato administrativo.”

GABARITO: letra B

07. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) A Administração Pública exonerou ad
nutum Carlos, sob a alegação de falta de verba. Se, a seguir,
nomear outro funcionário para a mesma vaga, o ato de
exoneração será
a) legal, pois praticado sem vício, e regular porque o cargo estava
vago.
b) legal, por se tratar de ato discricionário, pautado por razões de
conveniência e oportunidade da Administração.
c) ilegal por vício quanto ao motivo.

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d) legal, pois detém mero vício de objeto, o qual nem sempre


acarreta sua invalidação.
e) ilegal por vício de finalidade.

COMENTÁRIOS

A questão é solucionada com base na teoria dos motivos


determinantes ...

Associada ao motivo, apresenta-se a teoria dos motivos


determinantes, por meio da qual a validade do ato
administrativo vincula-se aos motivos apresentados com seu
fundamento.

Dessa forma, se o agente indica um motivo falso ou inexistente será


consequência inevitável a nulidade do ato administrativo praticado.

GABARITO: letra c

08. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Considere a seguinte hipótese: o município
desapropria um imóvel de propriedade de desafeto do Chefe
do Executivo com o fim predeterminado de prejudicá-lo. O
exemplo narrado
a) caracteriza hipótese de vício no objeto do ato administrativo.
b) corresponde a vício de forma do ato administrativo.
c) corresponde a vício no motivo do ato administrativo.
d) corresponde a desvio de finalidade.
e) não caracteriza qualquer vício nos requisitos dos atos
administrativos, haja vista a competência discricionária do Poder
Público.

COMENTÁRIOS

A questão versa sobre o elemento finalidade ...

Todo ato administrativo praticado pela Administração Pública tem


como fim mediato atender aos interesses da coletividade
(finalidade em sentido amplo), bem como o resultado específico
que o ato deve produzir (finalidade em sentido restrito).

É requisito que se vincula à noção de permanente e necessária


satisfação do interesse público.

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A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indicada


expressa ou implicitamente.

Respondendo à questão ... a sua inobservância acarreta o vício


denominado desvio de finalidade (desvio de poder), que constitui
espécie de abuso de poder.

Portanto, na remoção de servidor como forma de punição está


presente o desvio de finalidade, pois a lei não regula o instituto da
remoção com este propósito, mas sim como meio de atender a
necessidade de serviço. Outros exemplos: desapropriação de imóvel
de desafeto político do prefeito municipal; aplicação de verba em
educação quando a lei determina a sua aplicação na área de saúde.

GABARITO: letra D

09. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário -


Segurança e Transporte) Um dos atributos dos atos
administrativos tem por fundamento a sujeição da
Administração Pública ao princípio da legalidade, o que faz
presumir que todos os seus atos tenham sido praticados em
conformidade com a lei, já que cabe ao Poder Público a sua
tutela. Nesse caso, trata-se do atributo da
a) exigibilidade
b) tipicidade.
c) imperatividade.
d) autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade.

COMENTÁRIOS

A questão versa sobre o atributo da presunção de legitimidade ...

Um dos atributos do ato administrativo é a presunção de legitimidade


e de veracidade, significando que uma vez editado o ato
administrativo há presunção, até prova em contrário (daí
caracterizar-se como presunção relativa – presunção iuris
tantum -, e não presunção absoluta), de que o mesmo foi
confeccionado de acordo com a lei e de que os fatos nele
indicados são verdadeiros.

GABARITO: letra E

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10. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista


Judiciário - Área Judiciária) A qualidade do ato administrativo
que permite à Administração executá-lo direta e
imediatamente, sem necessidade de intervenção do Poder
Judiciário, é o atributo denominado
a) imperatividade.
b) presunção de legitimidade.
c) tipicidade.
d) autoexecutoriedade.
e) veracidade.

COMENTÁRIOS

A questão versa sobre o atributo da autoexecutoriedade ...

Por meio desse atributo o ato administrativo pode ser posto em


execução independentemente de manifestação do Poder Judiciário.
Como exemplo, o agente da fiscalização não depende de ordem
judicial para interditar um estabelecimento comercial que não possua
alvará de funcionamento.

Da mesma forma que os demais atributos do ato administrativo, a


autoexecutoriedade decorre do princípio da supremacia do interesse
público, típico do regime jurídico administrativo.

A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos


administrativos, como ocorre na cobrança de multas resistida
pelo particular (atentar para o fato de que a aplicação da multa é
autoexecutória).

GABARITO: letra E

11. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área


Judiciária) No que diz respeito ao instituto da convalidação
dos atos administrativos, é correto afirmar:
a) a convalidação sempre será possível quando houver vício no
objeto do ato administrativo.
b) a impugnação expressa, feita pelo interessado, contra ato com
vício sanável de competência, constitui barreira a sua convalidação
pela Administração.
c) admite-se convalidação quando o vício relacionar-se ao motivo do
ato administrativo.
d) admite-se convalidação quando houver vício de incompetência em
razão da matéria, como por exemplo, quando determinado Ministério
pratica ato de competência de outro.

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e) convalidação é o ato administrativo pelo qual é suprido vício


existente em determinado ato, com efeitos ex nunc.

COMENTÁRIOS

Letra a) a convalidação sempre será possível quando houver vício


no objeto do ato administrativo. (vício no objeto não pode ser
convalidado)

Letra b) a impugnação expressa, feita pelo interessado, contra ato


com vício sanável de competência, constitui barreira a sua
convalidação pela Administração. (a impugnação feita pelo
interessado ou o decurso do tempo com a prescrição, de acordo com
José dos Santos Carvalho Filho constituem motivos impeditivos para
a convalidação)

Letra c) admite-se convalidação quando o vício relacionar-se ao


motivo do ato administrativo. (motivo é elemento não passível de
convalidação)

Letra d) admite-se convalidação quando houver vício de


incompetência em razão da matéria, como por exemplo, quando
determinado Ministério pratica ato de competência de outro.
(competência em razão da matéria não poder ser convalidada.
Somente competência privativa pode ser convalidada)

Letra e) convalidação é o ato administrativo pelo qual é suprido vício


existente em determinado ato, com efeitos ex nunc. (efeitos ex
tunc)

GABARITO: letra B

12. (ADVOGADO TRAINEE/MATRÊ/SP/2010/FCC) Quanto ao


ato administrativo, é INCORRETO afirmar:
A) A inexistência da forma induz a inexistência do ato administrativo.
B) A finalidade é elemento vinculado de todo ato administrativo, seja
ele discricionário ou regrado.
C) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da Administração caracteriza o desvio de poder a
invalidar o ato administrativo.
D) A revogação ou a modificação do ato administrativo não é
vinculada, motivo pelo qual é prescindível a obediência da mesma
forma do ato originário.
E) A motivação é, em regra, obrigatória, só não sendo quando a lei a
dispensar ou se a natureza do ato for com ela incompatível.

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COMENTÁRIOS

Letra a) Assertiva correta extraída do livro “Direito Administrativo


Brasileiro” de Hely Lopes Meirelles.

Letra b) Aqui a banca desconsiderou a lição da Maria Sylvia Di Pietro


que classifica a finalidade em sentido amplo e sentido estrito.
Assertiva correta, trazendo a posição que prevalece entre os
doutrinadores.

Letra c) Perfeito a assertiva, pois quando o agente pratica ato


visando a fim diverso do previsto na ordem jurídica comete abuso de
poder na modalidade desvio de finalidade (desvio de poder).

Letra d) Pelo princípio da simetria das formas, a revogação ou


modificação do ato administrativo devem ser veiculadas por meio de
ato com a mesma forma do originário. Mais uma questão extraída da
obra de Hely Lopes Meirelles, que justifica essa afirmação lecionando
“que o elemento formal é vinculado tanto para sua formação quanto
para seu desfazimento ou alteração”.

Letra e) Essa é a regra sustentada pela doutrina e jurisprudência.

• Gabarito: letra D

13. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito de atributo dos atos
administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se
impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
b) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com
a lei, presumindo-se, até prova em contrário, que o ato foi emitido
com observância da lei.
c) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego
de meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo.
d) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.
e) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato
administrativo não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário,

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salvo aqueles considerados discricionários.

COMENTÁRIOS

Apenas a alternativa E traz definição incorreta, pois a presunção de


veracidade é atributo que não impede a anulação do ato
administrativo pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração
Pública.

GABARITO: letra E

14. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) O particular requereu a emissão de
determinada licença. O pedido foi apreciado por autoridade
incompetente. Esta, no entanto, verificou que estavam
presentes os requisitos para edição do ato vinculado,
emitindo assim a licença. A autoridade competente, instada a
tanto,
a) deve convalidar o ato, porque estava diante de ato vinculado e
desde que não se trate de competência exclusiva.
b) pode convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, porque se tratava de ato vinculado.
c) deve convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, independentemente do vício de competência incorrido.
d) não pode convalidar o ato, porque essa convalidação só é
admissível quanto a vícios referentes a forma.
e) não pode convalidar o ato, pois somente os atos discricionários
admitem a convalidação.

COMENTÁRIOS

Tratando-se de ato vinculado o ato de convalidação também será


vinculado. Contudo, tratando-se de vício de competência a
convalidação não será possível diante de competência exclusiva, mas
somente privativa. Dessa forma, o enunciado constante da letra A
traz a resposta correta.

GABARITO: letra A

15. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário


- Área Administrativa) No que concerne ao requisito
competência dos atos administrativos, é correto afirmar que
a) admite, como regra, a avocação, pois o superior hierárquico
sempre poderá praticar ato de competência do seu inferior.

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b) não admite, em qualquer hipótese, convalidação.


c) se contiver vício de excesso de poder, ensejará a revogação do
ato administrativo.
d) é sempre vinculado.
e) não admite, em qualquer hipótese, delegação.

COMENTÁRIOS

A) A avocação constitui exceção e não regra.

B) Se a competência for privativa, presentes os demais requisitos,


será passível de convalidação.

C) Em caso de ilegalidade o ato não é revogado, mas sim anulado.

D) Resposta correta.

E) Na realidade, delegar é regra, que encontra algumas exceções.

• Gabarito: letra D

16. (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) Em razão de nulidade


constatada em concurso público, diversos servidores que
trabalhavam com a expedição de certidões em repartição estadual
tiveram suas nomeações e respectivos atos de posse anulados,
embora não tivessem dado causa à nulidade do certame. Em vista
dessa situação, as certidões por eles emitidas
a) não podem ser atribuídas ao ente estatal, sendo nulas de pleno
efeito, em face da teoria da usurpação de poder.
b) são consideradas válidas, ressalvada a existência de outros vícios
na sua produção, o que se explica pela teoria do órgão ou da
imputação.
c) são anuláveis, desde que os interessados exerçam a faculdade de
impugná-las.
d) são consideradas inválidas, o que se explica pela teoria dos
motivos determinantes.
e) são consideradas inexistentes, visto que sua produção se deu sem
um dos elementos essenciais do ato administrativo, a saber, o
agente competente.

COMENTÁRIOS

A discussão proposta na questão gira em torno do elemento


competência, especificamente do funcionário de fato.

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A Teoria do Órgão (princípio da imputação volitiva) será aplicada para


dar validade aos atos praticados pelos servidores em questão, desde
que praticados em conformidade com a ordem jurídica.

• Gabarito: letra B

17. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) Determinado servidor público proferiu
decisão em procedimento administrativo, conferindo licença de
instalação de estabelecimento comercial a particular e,
posteriormente, constatou-se que não possuía competência para
prática do ato, mas apenas para atuar na fase instrutória do
procedimento. O particular não tinha ciência dessa circunstância e
deu início ao funcionamento do estabelecimento. Diante da situação
narrada, a decisão,
a) não é convalidável pela autoridade competente, por se tratar de
ato vinculado, podendo conceder nova licença, se presentes os
requisitos para a sua edição, sem efeitos retroativos.
b) é convalidável pela autoridade competente, se não se tratar de
competência privativa ou exclusiva, desde que presentes os
pressupostos para sua edição e não haja lesão ao interesse público
ou prejuízo a terceiros.
c) é convalidável pela autoridade competente, de acordo com
critérios de conveniência e oportunidade, por se tratar de ato
discricionário.
d) é convalidável, se presentes os requisitos para a sua edição e não
se evidencie prejuízo ao interesse público, não sendo admitida a
retroação dos efeitos à data da edição da decisão original.
e) não é convalidável, administrativamente, porém pode ser
ratificada, judicialmente, em processo intentado para este fim pelo
particular.

COMENTÁRIOS

A) Errada – o fato de se tratar de ato vinculado não impede a


convalidação. Além disso, os efeitos desse instituto são retroativos.

B) Correta – pelo gabarito da FCC essa afirmativa está correta, da


qual eu discordo. Minha crítica reside tão somente na presença da
palavra “privativa”. Na minha concepção, apenas a competência
exclusiva impede a convalidação, não a privativa, que permite a
delegação. Por tal motivo, estaria errada a assertiva, mas não foi
assim que a banca entendeu.

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C) Errada – não se pode dizer se determinado ato é convalidável pelo


fato de ser vinculado ou discricionário.

D) Errada – o erro residiu tão somente na seguinte afirmação: “não


sendo admitida a retroação dos efeitos à data da edição da decisão
original”.

E) Errada – não existe essa ratificação judicial referida pelo


enunciado.

• Gabarito: letra B (com ressalvas...)

18. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito de atributo dos atos
administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se
impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
b) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com
a lei, presumindo-se, até prova em contrário, que o ato foi emitido
com observância da lei.
c) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego
de meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo.
d) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.
e) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato
administrativo não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário,
salvo aqueles considerados discricionários.

COMENTÁRIOS

A única assertiva que possui informação incorreta é a letra E, pois a


presunção de veracidade não impede o questionamento da legalidade
do ato administrativo.

• Gabarito: letra E

19. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário –


Enfermagem) A respeito dos atos administrativos, é correto afirmar
que
a) o mérito do ato administrativo corresponde ao juízo de

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conveniência e oportunidade presente nos atos discricionários.


b) os atos vinculados comportam juízo de conveniência e
oportunidade pela Administração, que pode revogá-los a qualquer
tempo.
c) os atos discricionários não são passíveis de revogação pela
Administração, salvo por vício de legalidade.
d) a discricionariedade corresponde ao juízo de conveniência e
oportunidade presente nos atos vinculados.
e) os atos vinculados são passíveis de anulação pela Administração,
de acordo com juízo de conveniência e oportunidade.

COMENTÁRIOS

A) De plano nessa assertiva surge a resposta correta.

B) Errada, pois o juízo de conveniência e oportunidade, bem como a


revogação, estão relacionados aos atos discricionários.

C) Errada - os atos discricionários são passíveis de revogação por


oportunidade e/ou conveniência.

D) Errada - a discricionariedade corresponde ao juízo de conveniência


e oportunidade presente nos atos discricionários.

E) Errada - os atos vinculados são passíveis de anulação pela


Administração por força de ilegalidade.

• Gabarito: letra A

20. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) O particular requereu a emissão de
determinada licença. O pedido foi apreciado por autoridade
incompetente. Esta, no entanto, verificou que estavam presentes os
requisitos para edição do ato vinculado, emitindo assim a licença. A
autoridade competente, instada a tanto,
a) deve convalidar o ato, porque estava diante de ato vinculado e
desde que não se trate de competência exclusiva.
b) pode convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, porque se tratava de ato vinculado.
c) deve convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, independentemente do vício de competência incorrido.

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d) não pode convalidar o ato, porque essa convalidação só é


admissível quanto a vícios referentes a forma.
e) não pode convalidar o ato, pois somente os atos discricionários
admitem a convalidação.

COMENTÁRIOS

Tratando-se a licença de ato vinculado, se presentes os requisitos


(vício sanável, interesse público e não causar prejuízos a terceiros), a
convalidação torna-se vinculada e obrigatória.

• Gabarito: letra A

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE ATOS ADMINISTRATIVOS

01) Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da


Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.

02) As realizações materiais da Administração Pública em


cumprimento de decisões administrativas são atos administrativos.

03) São requisitos (elementos) dos atos administrativos:


competência, forma, objeto, motivo e finalidade.

04) Entende-se por competência administrativa o poder atribuído ao


agente da Administração para o desempenho específico de suas
funções.

05) A competência resulta da vontade do administrador público.

06) A competência administrativa, sendo um requisito de ordem


pública, é intransferível e improrrogável pela vontade dos
interessados, podendo, entretanto, ser delegada e avocada, desde
que o permitam as normas reguladoras da administração.

07) Finalidade é elemento discricionário de todo ato administrativo.

08) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no


ordenamento da Administração caracteriza o excesso de poder.

09) A forma é o revestimento exteriorizador do ato administrativo,


constituindo requisito discricionário e imprescindível à sua perfeição.

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10) Enquanto no Direito Privado a liberdade de forma é a regra, no


Direito Público é a exceção.

11) A forma normal do ato administrativo é a escrita, embora atos


existam consubstanciados em ordens verbais e até mesmo em sinais
convencionais.

12) Só se admite o ato administrativo não escrito em casos de


urgência, de transitoriedade da manifestação da vontade
administrativa ou de irrelevância do assunto para a Administração.
Nas demais hipóteses, é de rigor o ato escrito em forma legal.

13) Impõe-se distinguir forma do ato administrativo de procedimento


administrativo. A forma é o revestimento material do ato; o
procedimento é o conjunto de operações exigidas para sua perfeição.
O procedimento é dinâmico; a forma é estática.

14) A inobservância da forma vicia substancialmente o ato, tornando-


o passível de invalidação, desde que necessária à sua perfeição e
eficácia.

15) Motivo ou causa é a situação de direito ou de fato que determina


ou autoriza a realização do ato administrativo.

16) O objeto do ato administrativo identifica-se com o seu conteúdo.

17) A motivação do ato administrativo integra o elemento motivo.

18) Competência (sujeito) e finalidade são sempre vinculados;


objeto, motivo e forma são sempre discricionários.

19) O mérito administrativo consubstancia-se na valoração dos


motivos e na escolha do objeto do ato, feitas pela Administração
incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a
conveniência e oportunidade do ato a realizar.

20) Existe mérito nos atos vinculados.

21) São atributos do ato administrativo: presunção de legitimidade,


imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade.

22) A presunção de legitimidade decorre do princípio da legalidade e


autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos
administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou defeitos que os
levem à invalidade.

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23) Pelo atributo da imperatividade ocorre a transferência do ônus da


prova de invalidade do ato administrativo para quem a invoca .

24) Imperatividade é o atributo do ato administrativo que impõe a


coercibilidade para seu cumprimento ou execução. É a prerrogativa
de a Administração impor a sua vontade independente da
concordância do particular.

25) A imperatividade está presente em todos os atos administrativos

26) A imperatividade decorre da só existência do ato administrativo,


não dependendo da sua declaração de validade ou invalidade.

27) A autoexecutoriedade consiste na possibilidade que todos atos


administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração, independentemente de ordem judicial.

28) A Administração pode desfazer seus próprios atos por


considerações de mérito e de ilegalidade, ao passo que o Judiciário só
os pode invalidar quando ilegais.

29) A anulação é o desfazimento do ato por motivo de conveniência


ou oportunidade da Administração, ao passo que a revogação é a
invalidação por motivo de ilegalidade do ato administrativo.

30) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados


de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

31) Existem atos administrativos irrevogáveis, tais como os que


geram direito subjetivos para o destinatário, os que exaurem desde
logo os seus efeitos e os que transpõem os prazos dos recursos
internos.

32) A revogação opera efeitos ex tunc.

33) O conceito de ilegalidade para fins de anulação do ato


administrativo restringe-se apenas à violação frontal da lei.

Gabarito: 01) C; 02) E; 03) C; 04) C; 05) E; 06) C; 07) E; 08) E; 09) E; 10) C; 11) C; 12)
C; 13) C; 14) C; 15) C; 16) C; 17) E; 18) E; 19) C; 20) E; 21) C; 22) C; 23) E; 24) C; 25)
E; 26) C; 27) E; 28) C; 29) E; 30) C; 31) C; 32) E; 33) E.

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Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


33 33
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
33 33
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
33 33

Gabarito comentado das questões erradas:

02) As realizações materiais da Administração Pública em cumprimento de


decisões administrativas são atos administrativos. (fatos)

05) A competência resulta da vontade do administrador público. (da lei)

07) Finalidade é elemento discricionário de todo ato administrativo. (é elemento


vinculado, salvo quando analisando em sentido amplo)

08) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no


ordenamento da Administração caracteriza o excesso de poder. (desvio de poder
ou de finalidade)

09) A forma é o revestimento exteriorizador do ato administrativo, constituindo


requisito discricionário e imprescindível à sua perfeição. (em regra, vinculado)

17) A motivação do ato administrativo integra o elemento motivo. (forma)

18) Competência (sujeito) e finalidade são sempre vinculados; objeto, motivo e


forma são sempre discricionários. (finalidade em sentido amplo é elemento
discricionário, em sentido restrito elemento vinculado; objeto e motivo podem ser
discricionários ou vinculados; forma, em regra é elemento vinculado)

20) Existe mérito nos atos vinculados. (o mérito está presente nos atos
discricionários)

23) Pelo atributo da imperatividade ocorre a transferência do ônus da prova de


invalidade do ato administrativo para quem a invoca. (atributo da presunção de
veracidade)

25) A imperatividade está presente em todos os atos administrativos (existem


exceções, como atos enunciativos e negociais)

27) A autoexecutoriedade consiste na possibilidade que todos atos


administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração, independentemente de ordem judicial. (existem exceções, como na
cobrança de valores)

29) A anulação é o desfazimento do ato por motivo de conveniência ou


oportunidade da Administração, ao passo que a revogação é a invalidação por
motivo de ilegalidade do ato administrativo. (definições invertidas)

32) A revogação opera efeitos ex tunc.

33) O conceito de ilegalidade para fins de anulação do ato administrativo


restringe-se apenas à violação frontal da lei.

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PONTO 5
IM ROBIDADE ADMIN
MPR NIS
STRA
ATIV
VA
(LEI Nº 8.429/92)

Importante destacar que a banca não cobrou toda a Lei 8.429/92,


mas apenas alguns de seus artigos.

Justamente por esse motivo é que o trabalho que desenvolverei com


vocês nesse capítulo terá como objetivo facilitar a fixação dos
dispositivos legais cobrados.

Façam várias vezes os exercícios propostos, pois assim lhes garanto


que acertarão qualquer questão envolvendo o tema.

São poucos os artigos, mas alguns com muitos incisos, o que torna o
estudo maçante.

Busquei com o formato proposto tornar esse estudo mais eficiente.

5.1.. DIS
SPOSI
IÇÕES
S GE
ERAI
IS

Obje
etivo

Dispor sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de


enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional, além
de dar outras providências.

Alcanc
ce

Serão punidos pela Lei 8.429/92, nos termos do art. 1º, os atos de
improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou
não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada
ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual.

Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de


improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de
órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta

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por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se,


nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos.

É importante destacar, contudo, que a tese que prevalece no STF


(Reclamação nº 2138) é a de que a Lei de Improbidade (Lei
8.429/92) não é aplicável aos agentes políticos a que a
Constituição atribuiu expressamente a prática de crimes de
responsabilidade, os quais estão submetidos à Lei nº
1.079/50, como por exemplo, art. 52, I e II, art. 102, I, “c” e
art. 105, I, todos da CF.

Quanto aos prefeitos, estes responderão pela ação de


improbidade administrativa (Lei 8429/92), sujeitos ao juízo
de primeiro grau de jurisdição.

Agente público

Para os efeitos da lei de Improbidade Administrativa, reputa-se


agente público todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no item anterior (art. 2º).

Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a


velar pela estrita observância dos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que
lhe são afetos.

Serão alcançados por esta, conforme art. 3º, no que couber, aquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta.

Ressarcime
ento
o do
o dano
o

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa


ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral
ressarcimento do dano (art. 5º).

No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou


terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio (art. 6º)

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Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou


ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público,
para a indisponibilidade dos bens do indiciado. A
indisponibilidade não é decretada pelo Ministério Público, mas
sim requerida por ela à autoridade judiciária (magistrado). A
indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem o integral
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante
do enriquecimento ilícito (art. 7º).

De acordo com o STJ, o pedido de indisponibilidade de bens previsto


na referida lei não necessariamente deve ser apresentado em sede de
ação cautelar autônoma, podendo ser realizado mediante
requerimento na própria ação principal por ato de improbidade (REsp
439.918-SP, 3/11/2005).

O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou


se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei
até o limite do valor da herança (art. 8º).

5.2.. DOS ATO


OS DE IMP
PRO
OBID
DADE AD
DMIN
NIST
TRAT
TIVA

A tos de improbidade administrativa que importam


enriquec
cime
ento
o ilíc
cito

Conforme art. 9º, constitui ato de improbidade administrativa


importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º,
e notadamente:

• receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou


qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

• perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a


aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a
contratação de serviços pelas entidades referidas no item 1.1 deste
capítulo por preço superior ao valor de mercado;

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• perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a


alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

• utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º, bem
como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;

• receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer
outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

• receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em
obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso,
medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º;

• adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,


emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor
seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente
público;

• aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou


assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse
suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

• perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou


aplicação de verba pública de qualquer natureza;

• receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a
que esteja obrigado;

• incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas,


verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º;

• usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores


integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º.

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Dos atos de
e impr
robida
ade adminiistrativa
a que
e caus
sam prejuízo
ao erário

Nos termos do art. 10, constitui ato de improbidade administrativa


que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º, e notadamente:

• facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao


patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º;

• permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize


bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no art. 1º, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

• doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado,


ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou
valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art.
1º, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;

• permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem


integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art.
1º, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior
ao de mercado;

• permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou


serviço por preço superior ao de mercado;

• realizar operação financeira sem observância das normas legais e


regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

• conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das


formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

• frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo


indevidamente;

• ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei


ou regulamento;

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• agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como


no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

• liberar verba pública sem a estrita observância das normas


pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular;

• permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça


ilicitamente;

• permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,


máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas
no art. 1º, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades.

• celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a


prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem
observar as formalidades previstas na lei;

• celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e


prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades
previstas na lei.

Dos atoss dee imprrobida


ade adm
miniistr
rativa
a que
e atenttam
m contr
ra
os princípios da administração pública

Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e
lealdade às instituições, e notadamente (art. 11):

• praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso


daquele previsto, na regra de competência;

• retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

• revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das


atribuições e que deva permanecer em segredo;

• negar publicidade aos atos oficiais;

• frustrar a licitude de concurso público;

• deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

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• revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da


respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica
capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

Obs: A posição que prevalece no STJ exige a presença do


elemento subjetivo dolo para configuração das condutas
previstas nos arts. 9º e 11 da Lei 8.429/92 (respectivamente,
enriquecimento ilícito e ofensa a princípios da Administração
Pública) e os elementos culpa ou dolo nas condutas do art. 10
(prejuízo ao erário).

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE LEI 8.429/92

1) A Lei 8.429/92, conhecida como Lei de Improbidade


Administrativa, dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função exclusivamente na administração pública
direta.

2) A Lei de Improbidade Administrativa, por ser uma lei federal, foi


sancionada pelo Congresso Nacional.

3) Apenas agentes públicos podem praticar atos de improbidade


administrativa.

4) Nos termos da Lei 8.429/92, também estão protegidos contra atos


de improbidade o patrimônio de entidade para cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra com mais de quarenta por cento
do patrimônio ou da receita anual.

5) Estão também sujeitos às penalidades da Lei de Improbidade


Administrativa os atos de improbidade praticados contra o patrimônio
de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público.

6) Estão também sujeitos às penalidades da Lei de Improbidade


Administrativa os atos de improbidade praticados contra o patrimônio
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da
receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

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7) Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele


que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
públicos.

8) Nos termos expressos da Lei 8.429/92, os agentes públicos de


qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência no trato dos assuntos que lhe são afetos.

9) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão,


independentemente de dolo ou culpa, do agente ou de terceiro, dar-
se-á o integral ressarcimento do dano.

10) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou


terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

11) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público


ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa
responsável pelo inquérito representar ao Poder Judiciário, para a
indisponibilidade dos bens do indiciado.

12) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se


enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da Lei de
Improbidade até o limite do valor da herança.

Gabarito: 1) F, 2) F, 3) F, 4) V, 5) V, 6) V, 7) V, 8) F, 9) F, 10) V, 11) F, 12) V.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


12 12
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
12 12
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
12 12

Gabarito comentado:

1) A Lei 8.429/92, conhecida como Lei de Improbidade Administrativa, dispõe sobre


as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no
exercício de mandato, cargo, emprego ou função exclusivamente na
administração pública direta. (art. 1º - também administração indireta)

2) A Lei de Improbidade Administrativa, por ser uma lei federal, foi sancionada pelo
Congresso Nacional. (sancionada pelo Presidente da República)

3) Apenas agentes públicos podem praticar atos de improbidade administrativa.


(art. 3º - também aqueles que, mesmo não sendo agente público, induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer

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forma direta ou indireta)

4) Nos termos da Lei 8.429/92, também estão protegidos contra atos de


improbidade o patrimônio de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da
receita anual. (art. 1º, parágrafo único)

5) Estão também sujeitos às penalidades da Lei de Improbidade Administrativa os


atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. (art. 1º,
parágrafo único)

6) Estão também sujeitos às penalidades da Lei de Improbidade Administrativa os


atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade para cuja criação
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento
do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial
à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (art. 1º, parágrafo
único)

7) Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função públicos. (art. 2º)

8) Nos termos expressos da Lei 8.429/92, os agentes públicos de qualquer nível ou


hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência no trato dos
assuntos que lhe são afetos. (art. 1º, parágrafo único – CUIDADO! O princípio da
eficiência deve ser observado, porém não é um princípio expresso na Lei 8.429/92)

9) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão,


independentemente de dolo ou culpa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o
integral ressarcimento do dano. (art. 5º - dolosa ou culposa)

10) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro


beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. (art. 6º)

11) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar


enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo
inquérito representar ao Poder Judiciário, para a indisponibilidade dos bens do
indiciado. (art. 7º - ao Ministério Público)

12) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer


ilicitamente está sujeito às cominações da Lei de Improbidade até o limite do valor
da herança. (art. 8º)

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Complete o quadro abaixo com as respectivas sanções:


Infração Perda dos Ressarcimento Perda da Suspensão Multa Proibição de
bens ou integral do função dos direitos civil contratar com
valores dano pública políticos o Poder
acrescidos Público ou
ilicitamente receber
benefícios ou
incentivos
fiscais ou
creditícios

Enriquecimento

Dano ao Erário

Princípios

Gabarito: ver art. 12 da lei 8.429/92

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


18* 18
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
18 18
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
18 18
* são 18 espaços para serem marcados no quadro abaixo, daí 18 questões.

Marque “E” para enriquecimento ilícito, “L” para lesão ao erário e “P”
para atos lesivos a princípios da Administração.

1 revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva


divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mercadoria, bem ou serviço
2 conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie
3 revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo
4 permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades
5 frustrar a licitude de concurso público
6 perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba
pública de qualquer natureza
7 ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento
8 frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente
9 utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material
de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades

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10 adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou


função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público
11 deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo
12 receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado
13 incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei
14 celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei
15 realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea
16 usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei
17 permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado
18 receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem
19 praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,
na regra de competência
20 liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular
21 facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei
22 perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta
ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado
23 receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro
serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei
24 aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento
para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público,
durante a atividade
25 permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie
26 permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço
superior ao de mercado
27 negar publicidade aos atos oficiais
28 receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público
29 doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie
30 perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta
ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades

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referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado


31 retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício
32 agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público
33 Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente
34 Celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na
lei

Gabarito: 01) P, 02) L, 03) P, 04) L, 05) P, 06) E, 07) L, 08) L, 09) E, 10) E, 11) P, 12) E, 13) E, 14)
L, 15) L, 16) E, 17) L, 18) E, 19) P, 20) L, 21) L, 22) E, 23) E, 24) E, 25) L, 26) L, 27) P 28) E, 29) 30)
E, 31) P, 32) L, 33) L, 34) L.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


34 34
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
34 34
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
34 34

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QUESTÕES DA FCC COMENTADAS NESSA AULA

01. (NCADE/SP/ADVOGADO/2011/FCC) Dentre outros, são


exemplos de atos administrativos insuscetíveis de revogação:
A) licença para exercer profissão regulamentada em lei; certidão
administrativa de dados funcionais de servidor público.
B) ato de concessão de aposentadoria, mesmo que ainda não
preenchido o lapso temporal para a fruição do benefício; ato de
adjudicação na licitação quando já celebrado o respectivo contrato.
C) edital de licitação na modalidade tomada de preços; atestado
médico emitido por servidor público médico do trabalho.
D) ato que declara a inexigibilidade de licitação; autorização para uso
de bem público.
E) autorização para porte de arma; ato que defere férias a servidor,
ainda que este não tenha gozado de tais férias.

02. (ADVOGADO TRAINEE/MATRÊ/SP/2010/FCC) Quanto ao


ato administrativo, é INCORRETO afirmar:
A) A inexistência da forma induz a inexistência do ato administrativo.
B) A finalidade é elemento vinculado de todo ato administrativo, seja
ele discricionário ou regrado.
C) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da Administração caracteriza o desvio de poder a
invalidar o ato administrativo.
D) A revogação ou a modificação do ato administrativo não é
vinculada, motivo pelo qual é prescindível a obediência da mesma
forma do ato originário.
E) A motivação é, em regra, obrigatória, só não sendo quando a lei a
dispensar ou se a natureza do ato for com ela incompatível.

03. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico


Judiciário - Área Administrativa) O revestimento exterior do
ato administrativo, necessário à sua perfeição, é requisito
conhecido como
a) objeto.
b) forma.
c) finalidade.
d) motivo.
e) mérito.

04. (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Considere as seguintes assertivas sobre o
requisito objeto dos atos administrativos:
I. é sempre vinculado.
II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo
ato.

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III. na licença para construção, o objeto consiste em permitir


que o interessado possa edificar de forma legítima.
IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo
deve ser sempre lícito, possível, certo e moral.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) II, III e IV.
b) IV.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) I e II.

05. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário -


Segurança e Transporte) O motivo do ato administrativo
a) é sempre vinculado.
b) implica a anulação do ato, quando ausente o referido motivo.
c) sucede à prática do ato administrativo.
d) corresponde ao efeito jurídico imediato que o ato administrativo
produz.
e) não implica a anulação do ato, quando falso o aludido motivo.

06. (FCC - 2011 - TJ-PE – Juiz) Conforme o Direito federal


vigente, como regra, não há necessidade de motivação de atos
administrativos que
a) imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções.
b) promovam a exoneração de servidores ocupantes de cargos em
comissão.
c) decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública.
d) dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório.
e) decorram de reexame de ofício.

07. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) A Administração Pública exonerou ad
nutum Carlos, sob a alegação de falta de verba. Se, a seguir,
nomear outro funcionário para a mesma vaga, o ato de
exoneração será
a) legal, pois praticado sem vício, e regular porque o cargo estava
vago.
b) legal, por se tratar de ato discricionário, pautado por razões de
conveniência e oportunidade da Administração.
c) ilegal por vício quanto ao motivo.
d) legal, pois detém mero vício de objeto, o qual nem sempre
acarreta sua invalidação.
e) ilegal por vício de finalidade.

08. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Considere a seguinte hipótese: o município

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desapropria um imóvel de propriedade de desafeto do Chefe


do Executivo com o fim predeterminado de prejudicá-lo. O
exemplo narrado
a) caracteriza hipótese de vício no objeto do ato administrativo.
b) corresponde a vício de forma do ato administrativo.
c) corresponde a vício no motivo do ato administrativo.
d) corresponde a desvio de finalidade.
e) não caracteriza qualquer vício nos requisitos dos atos
administrativos, haja vista a competência discricionária do Poder
Público.

09. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário -


Segurança e Transporte) Um dos atributos dos atos
administrativos tem por fundamento a sujeição da
Administração Pública ao princípio da legalidade, o que faz
presumir que todos os seus atos tenham sido praticados em
conformidade com a lei, já que cabe ao Poder Público a sua
tutela. Nesse caso, trata-se do atributo da
a) exigibilidade
b) tipicidade.
c) imperatividade.
d) autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade.

10. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista


Judiciário - Área Judiciária) A qualidade do ato administrativo
que permite à Administração executá-lo direta e
imediatamente, sem necessidade de intervenção do Poder
Judiciário, é o atributo denominado
a) imperatividade.
b) presunção de legitimidade.
c) tipicidade.
d) autoexecutoriedade.
e) veracidade.

11. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área


Judiciária) No que diz respeito ao instituto da convalidação
dos atos administrativos, é correto afirmar:
a) a convalidação sempre será possível quando houver vício no objeto
do ato administrativo.
b) a impugnação expressa, feita pelo interessado, contra ato com
vício sanável de competência, constitui barreira a sua convalidação
pela Administração.
c) admite-se convalidação quando o vício relacionar-se ao motivo do
ato administrativo.

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d) admite-se convalidação quando houver vício de incompetência em


razão da matéria, como por exemplo, quando determinado Ministério
pratica ato de competência de outro.
e) convalidação é o ato administrativo pelo qual é suprido vício
existente em determinado ato, com efeitos ex nunc.

12. (ADVOGADO TRAINEE/MATRÊ/SP/2010/FCC) Quanto ao


ato administrativo, é INCORRETO afirmar:
A) A inexistência da forma induz a inexistência do ato administrativo.
B) A finalidade é elemento vinculado de todo ato administrativo, seja
ele discricionário ou regrado.
C) A alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da Administração caracteriza o desvio de poder a
invalidar o ato administrativo.
D) A revogação ou a modificação do ato administrativo não é
vinculada, motivo pelo qual é prescindível a obediência da mesma
forma do ato originário.
E) A motivação é, em regra, obrigatória, só não sendo quando a lei a
dispensar ou se a natureza do ato for com ela incompatível.

13. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito de atributo dos atos
administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se
impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
b) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com
a lei, presumindo-se, até prova em contrário, que o ato foi emitido
com observância da lei.
c) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego
de meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo.
d) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.
e) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato
administrativo não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário,
salvo aqueles considerados discricionários.

14. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) O particular requereu a emissão de
determinada licença. O pedido foi apreciado por autoridade
incompetente. Esta, no entanto, verificou que estavam
presentes os requisitos para edição do ato vinculado, emitindo
assim a licença. A autoridade competente, instada a tanto,
a) deve convalidar o ato, porque estava diante de ato vinculado e
desde que não se trate de competência exclusiva.

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b) pode convalidar o ato, mediante análise de conveniência e


oportunidade, porque se tratava de ato vinculado.
c) deve convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, independentemente do vício de competência incorrido.
d) não pode convalidar o ato, porque essa convalidação só é
admissível quanto a vícios referentes a forma.
e) não pode convalidar o ato, pois somente os atos discricionários
admitem a convalidação.

15. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) No que concerne ao requisito
competência dos atos administrativos, é correto afirmar que
a) admite, como regra, a avocação, pois o superior hierárquico
sempre poderá praticar ato de competência do seu inferior.
b) não admite, em qualquer hipótese, convalidação.
c) se contiver vício de excesso de poder, ensejará a revogação do ato
administrativo.
d) é sempre vinculado.
e) não admite, em qualquer hipótese, delegação.

16. (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) Em razão de nulidade


constatada em concurso público, diversos servidores que trabalhavam
com a expedição de certidões em repartição estadual tiveram suas
nomeações e respectivos atos de posse anulados, embora não
tivessem dado causa à nulidade do certame. Em vista dessa situação,
as certidões por eles emitidas
a) não podem ser atribuídas ao ente estatal, sendo nulas de pleno
efeito, em face da teoria da usurpação de poder.
b) são consideradas válidas, ressalvada a existência de outros vícios
na sua produção, o que se explica pela teoria do órgão ou da
imputação.
c) são anuláveis, desde que os interessados exerçam a faculdade de
impugná-las.
d) são consideradas inválidas, o que se explica pela teoria dos
motivos determinantes.
e) são consideradas inexistentes, visto que sua produção se deu sem
um dos elementos essenciais do ato administrativo, a saber, o agente
competente.

17. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Administrativa) Determinado servidor público proferiu decisão
em procedimento administrativo, conferindo licença de instalação de
estabelecimento comercial a particular e, posteriormente, constatou-
se que não possuía competência para prática do ato, mas apenas
para atuar na fase instrutória do procedimento. O particular não tinha

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ciência dessa circunstância e deu início ao funcionamento do


estabelecimento. Diante da situação narrada, a decisão,
a) não é convalidável pela autoridade competente, por se tratar de
ato vinculado, podendo conceder nova licença, se presentes os
requisitos para a sua edição, sem efeitos retroativos.
b) é convalidável pela autoridade competente, se não se tratar de
competência privativa ou exclusiva, desde que presentes os
pressupostos para sua edição e não haja lesão ao interesse público
ou prejuízo a terceiros.
c) é convalidável pela autoridade competente, de acordo com
critérios de conveniência e oportunidade, por se tratar de ato
discricionário.
d) é convalidável, se presentes os requisitos para a sua edição e não
se evidencie prejuízo ao interesse público, não sendo admitida a
retroação dos efeitos à data da edição da decisão original.
e) não é convalidável, administrativamente, porém pode ser
ratificada, judicialmente, em processo intentado para este fim pelo
particular.

18. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito de atributo dos atos
administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se
impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
b) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com
a lei, presumindo-se, até prova em contrário, que o ato foi emitido
com observância da lei.
c) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego
de meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo.
d) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a
produzir determinados resultados.
e) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato
administrativo não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário,
salvo aqueles considerados discricionários.

19. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário –


Enfermagem) A respeito dos atos administrativos, é correto afirmar
que
a) o mérito do ato administrativo corresponde ao juízo de
conveniência e oportunidade presente nos atos discricionários.
b) os atos vinculados comportam juízo de conveniência e
oportunidade pela Administração, que pode revogá-los a qualquer
tempo.
c) os atos discricionários não são passíveis de revogação pela
Administração, salvo por vício de legalidade.

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DIREITO ADMINISTRATIVO – TRT 15ª REGIÃO


ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE

d) a discricionariedade corresponde ao juízo de conveniência e


oportunidade presente nos atos vinculados.
e) os atos vinculados são passíveis de anulação pela Administração,
de acordo com juízo de conveniência e oportunidade.

20. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) O particular requereu a emissão de
determinada licença. O pedido foi apreciado por autoridade
incompetente. Esta, no entanto, verificou que estavam presentes os
requisitos para edição do ato vinculado, emitindo assim a licença. A
autoridade competente, instada a tanto,
a) deve convalidar o ato, porque estava diante de ato vinculado e
desde que não se trate de competência exclusiva.
b) pode convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, porque se tratava de ato vinculado.
c) deve convalidar o ato, mediante análise de conveniência e
oportunidade, independentemente do vício de competência incorrido.
d) não pode convalidar o ato, porque essa convalidação só é
admissível quanto a vícios referentes a forma.
e) não pode convalidar o ato, pois somente os atos discricionários
admitem a convalidação.

Gabarito: 1) A, 2) D, 3) B, 4) A, 5) B, 6) B, 7) C, 8) D, 9) E, 10) D, 11) B, 12)


D, 13) E, 14) A, 15) D, 16) B, 17) B, 18) E, 19) A, 20) A.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


20 20
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
20 20
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
20 20

Com esses exercícios encerro essa minha segunda aula.

Grande abraço

Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br

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