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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA


PACOTE ANALISTA ADMINISTRATIVO - TRT-15
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO

Aula 1

Olá Pessoal!
Agradeço a confiança. Como sempre, estou empenhado em preparar um
material que possibilite “performance” nas questões de administração geral
e pública. Nesta aula uso algumas questões da CESPE no tópico sobre as
reformas administrativas para fixar alguns conteúdos e apresento as
questões da FCC mais ao final de cada tópico.
Trataremos dos seguintes tópicos nesta aula.

AULA 1 (15/10)
1 A evolução da Administração Pública e a reforma do Estado. 1.1 Convergências e
diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. 1.2 Excelência nos serviços públicos.
1.3 Excelência na gestão dos serviços públicos.

Sumário
1. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada...................................................... 2
2. As Reformas de Estado no Brasil Recente ..............................................................................................12
2.1. A República Velha (1889-1930) ..........................................................................................................17
2.2. Reforma Burocrática (1936)................................................................................................................19
2.2. A segunda onda de Reformas Administrativas ....................................................................................27
2.3 O período pré-militar (1961-1964) .......................................................................................................31
2.4. O Decreto-Lei 200................................................................................................................................32
2.5. O Programa Nacional de Desburocratização........................................................................................36
2.6. O Retrocesso de 1988...........................................................................................................................40
2.7. A Nova Gestão Pública ........................................................................................................................43
2.8. Plano Diretor da Reforma do Estado.................................................................................................... 49
2.8.1 Dificuldades na implementação das reformas da década de 90 .........................................................58
3. Excelência nos Serviços Públicos ...........................................................................................................60
4. Lista de Questões ....................................................................................................................................72
5. Gabarito ...................................................................................................................................................83

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1. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada

A grande diferença entre a gestão pública e privada é que as organizações


da Administração Pública se regem por regulamentos e normas dispostos de
forma exaustiva, uma vez que “só podem fazer o que a regra permite”. Já as
organizações do setor privado podem “fazer tudo, exceto o que as regras
coíbem”.

Hely Lopes Meirelles lança luz sobre a fundamentação para essa questão no
seguinte trecho: " [...] Na Administração Pública, não há espaço para
liberdades e vontades particulares, deve, o agente público, sempre agir com
a finalidade de atingir o bem comum, os interesses públicos, e sempre
segundo àquilo que a lei lhe impõe, só podendo agir secundum legem.
Enquanto no campo das relações entre particulares é lícito fazer tudo o que
a lei não proíbe (princípio da autonomia da vontade), na Administração
Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei, define até onde o
administrador público poderá atuar de forma lícita, sem cometer
ilegalidades, define como ele deve agir [...]".

É o chamado Princípio Administrativo da Legalidade, decorrente do art. 5º da


Carta Magna, aplicada ao setor público, que significa que o agente público
deverá agir em conformidade com a Lei, fazendo estritamente o que esta
determina. É o que alguns autores chamam de legalidade estrita.

Diferentemente do particular, a quem é lícito fazer tudo o que a Lei não


proíbe (por exclusão, portanto), o servidor pode e deve agir exatamente
conforme previsto, limitando-se, assim, sua autonomia. A título de exemplo,
pode-se citar a conduta de um auditor-fiscal ao visitar determinado
estabelecimento mercantil e constatar a existência de recursos não
contabilizados. Independentemente da peculiaridade do contribuinte (rico,
pobre, amigo, inimigo), deverá ser lavrado o auto de infração.

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Alternativa D: Perfeito, foi exatamente o que vimos na aula acima: as
organizações do setor público agem segundo regulamentos e normas
exaustivos, uma vez que só podem fazer o que as leis autorizam; as do
setor privado podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem. CERTO!
Alternativa E: Inverteram a assertiva da alternativa D. ERRADO!

O gabarito é a alternativa D

Vejamos as principais divergências entre a gestão pública e a gestão


privada:

Quanto ao interesse: a gestão pública procurará satisfazer o interesse e


bem-estar geral (voltada para o bem público), enquanto a gestão privada
procura satisfazer os interesses de determinados indivíduos ou grupos
(voltada para o bem privado). Como o governo detém a autoridade
suprema, espera-se que resolva todos os conflitos dos particulares,
garantindo, assim, o bem estar comum.

A gestão privada não tem princípios tão bem definidos como os que regem a
administração pública. A direção das empresas privadas tem liberdade e
flexibilidade para criar sua própria filosofia e seguí-la.

Quanto aos recursos: A gestão privada lida com recursos próprios ou de


investidores, e a pública com recursos gerados pelos contribuintes.

Quanto ao controle: A teoria das proteções especiais; segundo Weber,


como os servidores públicos agem em nome do poder público, dispõem, em
virtude disso, de um certo poder de coação, independentemente de seu nível
hierárquico; essa autoridade, para que não se torne abusiva, necessita de
controles, não só de seu chefe, mas também dos colegas, dos subordinados,
do povo e do próprio servidor. A esse controle, Weber denominou Teoria de
proteções especiais.

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Quanto aos objetivos: A gestão pública visa a consecução de seus
objetivos em prol do interesse coletivo, sem contudo, buscar lucro em
suas atividades.

A gestão privada visa o lucro. Vale ressaltar que as organizações públicas


que oferecem serviços não exclusivos ao Estado (como as empresas
públicas, por exemplo), podem auferir lucro. Assim, os empresários são
motivados pela busca do lucro, as autoridades governamentais se orientam
pelo desejo de serem reeleitas.

As empresas normalmente trabalham em regime de competição; os


governos usam habitualmente o sistema de monopólio. No governo, todos
os incentivos apontam no sentido de não se cometerem erros. O governo é
democrático e aberto; por isso seus movimentos são mais lentos
comparados aos das empresas, cujos administradores podem tomar
decisões rapidamente, a portas fechadas.

Vejamos outra questão da FCC

ITEM 2. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


O objetivo da Administração Pública é

(A) o bem comum da coletividade administrada.


(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.
(C) a obtenção de superávit primário.
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

Pessoal, vimos isto acima na aula: O objetivo da administração pública é o


bem comum da coletividade. Portanto, a alternativa A está CERTA. A
alternativa B apresenta o objetivo da administração privada. As alternativas
C, D e E apresentam objetivos que podem ser perseguidos pelo gestor
pública, mas o alcance destes visa um objetivo maior , que é o apresentado
na alternativa A.
O gabarito é a alternativa A.

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Continuemos com outras diferenças entre a administração pública e a


privada:

Quanto à privacidade: As empresas privadas podem desejar não fornecer


determinadas informações que julgar necessário, por questões de
competição, por exemplo. Na gestão pública, salvo em áreas de segurança
do Estado, não pode haver segredos.

Quanto às carreiras e promoções: As carreiras e promoções são mais


flexíveis no setor privado, podendo ser revista e reestruturada a qualquer
momento de acordo com as necessidades da gestão visando maior
satisfação e consequentemente maior rentabilidade de seus funcionários, na
gestão pública as regras estipuladas para cada órgão devem ser seguidas
estritamente.

Quanto à contratação: A gestão privada pode contratar pessoal conforme


seu interesse, sendo por escolaridade, por experiência, por capacidade
profissional, até pelo famoso “QI” (quem indicou!). A gestão pública deve
contratar através de concursos (salvo situações especiais de cargos de
confiança).

Quanto à estrutura: A administração pública tem sua estrutura mais


verticalizada e burocratizada, enquanto a gestão privada tende a ser mais
horizontalizada e flexível.

Adaptações: enquanto na gestão privada o conceito de custo-benefício


orienta o processo produtivo, na gestão pública tal conceito não pode ser
utilizado em toda sua plenitude, tendo em vista as funções sociais do Estado
(alocativa, distributiva, etc.). Assim, nem sempre o mais barato será o
melhor para o ente público. Há de se considerar o papel social do Estado.

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Embora as gestões pública e privada possuam muitas diferenças, algumas


convergências podem ser percebidas, tais como a necessidade de
planejamento, foco no sucesso do cliente e uso de ferramentas de qualidade
total, dentre outras.

Segundo Abrucio, a atividade governamental é entendida como algo com


uma natureza específica, que não pode ser reduzida ao padrão de atuação
do setor privado. Entre as grandes diferenças, a motivação principal dos
comandantes do setor público é a reeleição, enquanto os empresários têm
como fim último a busca do lucro; os recursos do governo provêm do
contribuinte — que exigem a realização de determinados gastos —, e na
iniciativa privada os recursos são originados das compras efetuadas pelos
clientes; as decisões governamentais são tomadas democraticamente e o
empresário decide sozinho ou no máximo com os acionistas da empresa — a
portas fechadas; por fim, o objetivo de ambos é diverso, isto é, o
governo procura fazer “o bem” e a empresa “fazer dinheiro” .

Vejam esta outra questão da FCC

ITEM 3.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Considerando-se os modelos de gestão na Administração Pública e na Administração Privada
é correto afirmar:

(A) Na Administração Pública, ao contrário da Administração Privada, há autonomia


decisória e baixos impactos de ingerências políticas no processo de gestão.
(B) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento não tem impacto político
maior que na Administração Privada.
(C) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o lucro, a Administração Privada
é orientada para o bem-estar social e serviços ao cidadão.
(D) Na Administração Privada há autonomia decisória, enquanto que no aspecto
organizacional a Administração Pública é afetada por forças externas.
(E) A rentabilidade é vital para a Administração Pública, enquanto para a Administração
Privada a rentabilidade dos produtos e serviços não é vital para o seu crescimento.

Fácil, também não é pessoal? Vejamos as alternativas

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Alternativa A: Limitaram-se a inverter as característica citadas: Elas são
típicas da administração privada e não da pública. ERRADO!
Alternativa B: Pelo contrário, o mau funcionamento tem grande impacto na
administração pública. Também tem na administração privada, mas com
consequências diferentes. Na administração pública tem impactos políticos,
na administração privada traz prejuízos aos acionistas. ERRADO!
Alternativa C: Pessoal, é o contrário. A administração pública visa o bem
estar do cidadão e a privada o lucro. ERRADO!
Alternativa D: Perfeito, foi exatamente o que vimos na aula acima: as
organizações do setor público s Assim um governante ao decidir cortar
custos pode sofrer a pressão de grupos organizados da sociedade que
pressionam por maiores benefícios para a população ou parte dela. Por
exemplo, o aumento do salário mínimo. CERTO!
Alternativa E: Inverteram as características. ERRADO!

O gabarito é a alternativa D

ITEM 4. (FCC/TRT-RS/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA)


Com relação às convergências entre a gestão pública e a gestão privada, considere as
afirmativas abaixo.

I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma empresa, isto é, buscando
compatibilizar custos e resultados, atuar com os olhos no cliente consumidor e tomar
decisões rápidas para aproveitar oportunidades de mercado.

II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que a
impede de focar necessidades especiais dos cidadãos.

III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, independentemente da


capacidade de pagar pelo serviço prestado, o que pode dificultar alcançar a agilidade e a
eficiência das empresas privadas.

IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta princípios típicos da gestão
privada, como a economicidade e a eficiência.

V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a condições de trabalho


que impedem sua responsabilização diante das possíveis falhas no atendimento aos
cidadãos.

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Estão corretas SOMENTE

(A) I, II, III e IV.


(B) II, III e V.
(C) I e III.
(D) III e IV.
(E) I, III e V.

Analisemos as alternativas:

I. CERTO. Perfeito o dinheiro público também deve ser cuidado com


respeito, primando pelo menor custo e o melhor resultado para o cidadão
II. ERRADO. A gestão pública funciona também em modelo gerencial,
buscando atender às necessidades do cidadão.
III. CERTO. Todos os cidadãos têm direito igualmente aos serviços do
Estado.
IV. ERRADO. A administração pública também deve buscar a
economicidade e a eficiência.
V. ERRADO. Os servidores públicos podem e devem ser responsabilizados
por falhas no atendimento aos cidadãos.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

ITEM 5. (FCC/2012/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)


Ao tratar de divergências e convergências entre a administração pública e a administração
privada, é correto afirmar:
a) Na administração pública, faz-se diferenciação entre pessoas, o que é regra na gestão
privada, a exemplo da segmentação de públicos e mercados.
b) O conceito de partes interessadas é semelhante para ambos, visto que suas decisões,
focam interesses de grupos mais diretamente afetados por uma questão.
c) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa privada
pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei.
d) A administração possui maior agilidade na área privada, dado que os servidores públicos
possuem menor interesse na gestão e recursos menos competitivos.
e) A administração pública empenha o mínimo de recursos para o desenvolvimento
sustentável, enquanto que na gestão privada, o investimento em sustentabilidade é
diferencial competitivo

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Vamos à análise das alternativas:

A) ERRADO. Na administração pública a regra é a impessoalidade, a não


diferenciação de pessoas, a não segmentação.
B) ERRADO. A ideia de partes interessadas também diverge da
administração pública para a administração privada. Na administração
pública a sociedade em geral é a interessada, enquanto na
administração privada os interessados são os acionistas.
C) CERTO. É o que vimos na aula.
D) ERRADO. Não se pode atribuir a maior agilidade ao acesso aos
recursos de gestão, pois a administração pública tem acesso aos
mesmos recursos.
E) ERRADO. É o contrário pessoal. Os incentivos para sustentabilidade
são maiores na administração pública, que é o agente que estimula e
regula a administração pública neste sentido.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

ITEM 6. (FCC/2012/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE)


As organizações humanas formais, sejam privadas ou públicas, representam uma espécie
de arranjo entre os variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo de gestão
conhecido como planejamento, organização, direção e controle, em que os paradigmas ou
modelos de gestão são decididos e implantados para fazer funcionar a organização. A
obtenção de recursos para sustentar o funcionamento da organização pública difere da
organização privada devido

a) à transformação de desejos em necessidades pela organização pública.


b) ao poder de barganha dos fornecedores de serviços públicos.
c) ao poder de barganha dos Clientes-cidadãos.
d) ao poder extroverso.
e) à liderança em custos dos entes públicos

Pessoal, poder de barganha de fornecedores, poder de barganha de clientes


e liderança em custos são variáveis próprias de ambientes competitivos
empresariais. Portanto, estão erradas as alternativas B, C e E.

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A alternativa A também está ERRADA pois quem transforma desejos em
necessidades é a administração privada, através de campanhas publicitárias.
O que realmente difere a administração pública da administração provada,
dentre as alternativas elencadas, é o poder extroverso do Estado. O Estado
ao contratar com a administração privada tem prerrogativas excepcionais. A
relação não é de equilíbrio, pois o Estado pode determinar clausulas a seu
favor. É o poder do Estado de gerar obrigações unilateralmente.

Portanto, o gabarito é a alternativa D.

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2. As Reformas de Estado no Brasil Recente


Para falarmos das reformas administrativas no Brasil é importante
realizarmos uma breve recapitulação dos modelos de Administração Pública,
vistos na aula anterior. Faço aqui uma breve conceituação dos modelos para
entendermos a associação das diversas reformas realizadas no Brasil com
estes modelos.

Segundo Bresser Pereira a administração pública em nosso país passou por


três modelos diferentes: a administração patrimonialista, a administração
burocrática e a administração gerencial.

Registre-se que o argumento de Bresser Pereira está fortemente


influenciado pela teoria weberiana (Max Weber), que também influenciou
outro autor brasileiro, Raimundo Faoro, que escreveu o livro “Os donos do
poder”. Neste livro, Faoro, na mesma perspectiva weberiana, demonstra as
etapas de administração patrimonialista e burocrática.

Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo do tempo, não


significando, porém, que alguma delas tenha sido definitivamente
abandonada.

Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas


europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio
poder do governante e os seus funcionários são considerados como
membros da nobreza. O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio
do soberano e os cargos são tidos como prebendas (ocupações rendosas e
de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de
administração.

A administração pública burocrática surge para combater a corrupção e o


nepotismo do modelo anterior. São princípios inerentes a este tipo de

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administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a
idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor, consubstanciando
a idéia de poder racional-legal.

Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a


corrupção. Existe uma desconfiança prévia dos administradores públicos e
dos cidadãos que procuram o Estado com seus pleitos. São sempre
necessários, por esta razão, controles rígidos em todos os processos, como
na admissão de pessoal, nas contratações do Poder Público e no
atendimento às necessidades da população.

A administração burocrática, embora possua o grande mérito de ser efetiva


no controle dos abusos, corre o risco de transformar o controle a ela
inerente em um verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para
atingir seus objetivos. Com isso, a máquina administrativa volta-se para si
mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. O
seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente,
auto-referente e incapaz de atender adequadamente os anseios dos
cidadãos.

A administração pública gerencial, contudo, apresenta-se como solução para


estes problemas da burocracia. Prioriza-se a eficiência da Administração, o
aumento da qualidade dos serviços e a redução dos custos. Busca-se
desenvolver uma cultura gerencial nas organizações, com ênfase nos
resultados, e aumentar a governança do Estado, isto é, a sua capacidade de
gerenciar com efetividade e eficiência. O cidadão passa a ser visto com
outros olhos, tornando-se peça essencial para o correto desempenho da
atividade pública, por ser considerado seu principal beneficiário, o cliente
dos serviços prestados pelo Estado.

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A administração gerencial constitui um avanço, mas sem romper em
definitivo com a administração burocrática, pois não nega todos os seus
métodos e princípios. Na verdade, o gerencialismo apóia-se na burocracia,
conservando seus preceitos básicos, como a admissão de pessoal segundo
critérios rígidos, a meritocracia na carreira pública, as avaliações de
desempenho, o aperfeiçoamento profissional e um sistema de remuneração
estruturado. A diferença reside na maneira como é feito o controle, que
passa a concentrar-se nos resultados, não mais nos processos em si,
procurando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais
resultados, que serão verificados posteriormente.

Veremos mais à frente como este modelo influenciou a Reforma do Aparelho


de Estado proposta por Bresser Pereira.

Voltemos ao modelo brasileiro. Até 1930, tanto Bresser Pereira quanto


Faoro, argumentam que o Brasil tinha um modelo de administração pública
patrimonialista, baseado em oligarquias que ocupavam os principais postos
do Estado. Com exceção do Itamaraty, do Exército e do Banco do Brasil, não
existiam burocracias profissionais, mas os cargos eram ocupados por
conveniências políticas das oligarquias.

Vejamos algumas questões da CESPE.

ITEM 7. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
No Estado patrimonial, a gestão política se confunde com os interesses particulares, ao
passo que, no modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos
candidatos aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança pessoal.

Pessoal, de fato no modelo burocrático, prevalece a especialização das


funções, mas a escolha para os cargos é feita com base profissional, pelo
mérito. É no Estado Patrimonial, que prevalece a escolha pautada pela
confiança pessoal! A afirmativa está ERRADA!

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ITEM 8. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
A administração patrimonialista representa uma continuidade do modelo inspirado nas
monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o
nepotismo inerentes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da
prestação de serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de cidadania, e sim
de paternalismo e subserviência.

Perfeito pessoal! Foi o que vimos na aula. No Estado Patrimonial O


patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os
cargos são tidos como prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho).
A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.
Portanto, a afirmativa está CERTA!

ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
A administração pública gerencial está voltada para o atendimento às demandas dos
usuários dos serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização
e na delegação de competência e define indicadores de desempenho, o que está associado à
adoção de contratos de gestão.

Perfeito pessoal! Como vimos, na administração pública gerencial prioriza-se


a eficiência da administração, o aumento da qualidade dos serviços e a
redução dos custos. Busca-se desenvolver uma cultura gerencial nas
organizações, com ênfase nos resultados, e aumentar a governança do
Estado. Neste modelo, a descentralização dos serviços efetuados pelo Estado
é incentivada, passando-se algumas atividades não-exclusivas do Estado
para setores da sociedade civil, com o devido monitoramento do Estado. A
Afirmativa está CERTA!

Vamos agora à uma questão da FCC

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ITEM 10. (FCC/ 2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS)


Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

a) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial.


b) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.
c) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado
gerencial patrimonial.
d) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.
e) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução
de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade

Pessoal, tranquila esta questão! Se o enunciado falar sobre reforma


administrativa burocrática refere-se à passagem do modelo patrimonialista
para o modelo burocrático weberiano. Sendo assim, o gabarito é a
alternativa B.

Vejamos algumas questões recentes da CESPE

ITEM 11. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO)


A administração pública burocrática adota sistemas de controle e gestão centrados em
resultados e não em procedimentos.

Nada disso, minha gente! A administração pública burocrática volta-se para


o controle dos procedimentos, como forma de combater o patrimonialismo.
Portanto, a afirmativa está ERRADA!

ITEM 12. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO)


A administração pública burocrática substituiu a administração patrimonialista, na qual o
Estado era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o
patrimônio público e o privado.

Perfeito, pessoal! A administração pública burocrática foi desenvolvida para


substituir a administração patrimonialista em que os bens públicos se
confundiam com os bens privados dos soberanos. Portanto, a afirmativa
está CERTA!

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interesses. O povo continuará a estar relegado a segundo plano. A
assistência aos mais pobres é função da caridade, não há obrigação estatal.
Esta função de assistência é delegada à igreja católica, que recebe donativos
da elite para manter esta assistência social. Não havia direitos dos pobres,
mas apenas dependência da bondade.

Características da ação social na República Velha - Estado


Oligárquico

• Atendimento da demanda social: a IGREJA detinha um mandato do


Estado;
• Organizações assistenciais criadas pela Igreja Católica: asilos, orfanatos e
santas casas de misericórdia;
• As oligarquias financiam as igrejas;
• Os pobres eram objetos da bondade.

Bresser Pereira associa o período da República Velha com o modelo


patrimonialista. Vejam esta questão

ITEM 13. (CESPE/2010/ MPS/ ADMINISTRADOR)


O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro
governo Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o papel de
instituições religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais pobres e
desprotegidas.

Perfeito Pessoal! O atendimento às necessidades das populações pobres era


encarado como ato de bondade e não de dever do estado. Estas ações eram
incumbência da Igreja. Basta lembramos da criação das santas casa de
misericórdia, hospitais beneficentes para as populações pobres. Portanto, a
afirmativa está CERTA!

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2.2. Reforma Burocrática (1936)


No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos
30. A reforma da administração pública é empreendida no Governos Vargas
por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes. O objetivo era racionalizar a
administração pública, com a criação de carreiras burocráticas na
administração pública e a adoção do concurso como forma de acesso ao
serviço público. A implantação da administração pública burocrática é uma
conseqüência clara da emergência de um capitalismo moderno no país.
Segundo Bresser Pereira:

Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento


Administrativo do Serviço Público - DASP, em 1936. Nos primórdios, a administração
pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à
racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de
materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de
procedimentos. Registra-se que, neste período, foi instituída a função orçamentária
enquanto atividade formal e permanentemente vinculada ao planejamento.

Vejam esta questão

ITEM 14. (CESPE/MDS/2006/TECNICO DE NIVEL SUPERIOR)


A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século passado, foi
inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração científica presentes na
literatura mundial da época.

Pessoal, conforme vimos na afirmação do Bresser Pereira, a reforma


burocrática promovida pelo DASP estava fortemente baseada na
administração científica de Taylor. A administração científica e o modelo
burocrático de Weber tinham em comum a ênfase na racionalização dos
procedimentos.

Portanto, a afirmativa está ERRADA!

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O DASP marca o início da criação de estatutos e normas para as áreas
fundamentais da administração pública, nas três áreas abaixo:

• Administração de materiais
• Administração de Pessoal
• Administração Financeira:

A normatização da administração de material foi realizada com a criação da


Comissão Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente
de Compras em 1931.

Vejamos mais uma questão CESPE Para fins de fixação de conteúdo.

ITEM 15. (CESPE/INMETRO/2009/ANALISTA GESTÃO PÚBLICA)


A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como característica marcante o
fortalecimento das atividades fim do Estado em detrimento das atividades meio, ou seja,
aquelas relacionadas à administração em geral.

Pessoal, questão simples! O DASP, como vimos, atuou na administração de


materiais, de pessoal e financeira, ou seja nas atividades administrativas do
Estado, em suas funções meio. As atividades fim do Estado são as políticas
públicas de educação, saúde, desenvolvimento ( principal preocupação
naquele momento).

Portanto, a afirmativa está ERRADA!

Segundo Bresser, a reforma burocrática brasileira inicia-se de fato em 1936


quando é criado o criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil, que
teria responsabilidade sobre a administração de Pessoal. Já em 1938 tal
Conselho foi transformado no Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP).

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O DASP teve vida longa na administração pública brasileira, vindo a ser


extinto apenas em 1986. Ele passou a ser o órgão executor e, também,
formulador da nova forma de pensar e organizar a administração pública. O
DASP foi criado no início do Estado Novo, um momento em que o
autoritarismo brasileiro ganhava força, com o objetivo de realizar a
revolução modernizadora do país, industrializá-lo, e valorizar a competência
técnica. Representou, assim, no plano administrativo, a afirmação dos
princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica.

Entre as principais realizações do DASP, podemos citar:

• Ingresso no serviço público por concurso;


• Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos;
• Organização dos serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento
sistemático;
• Administração orçamentária;
• Padronização das compras do Estado;
• Racionalização geral de métodos.

Vejam esta questão

ITEM 16. (CESPE/OBSERVATORIO NACIONAL/2004/ANALISTA DE C &T)


O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi o órgão central de
modernização do Estado Novo.

Perfeito pessoal! Como vimos o DASP foi criado no inicio do Estado Novo um
momento em que o autoritarismo brasileiro ganhava força, com o objetivo
de realizar a revolução modernizadora do país.

Portanto, a afirmativa está CERTA!

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No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP tentou
formar uma burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do
mérito profissional. Surgiram as primeiras carreiras burocráticas e tentou-se
adotar o concurso como forma de acesso ao serviço público.

Embora já existissem algumas carreiras profissionalizadas na administração


pública brasileira antes de 1930, a generalização das propostas weberianas
como modelo de organização do serviço civil federal ocorreu somente a
partir da Constituição de 1934, que determinou:

Art. 170 - O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos,


obedecendo às seguintes normas, desde já em vigor:

2º) a primeira investidura nos postos de carreira das repartições


administrativas, e nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á depois de
exame de sanidade e concurso de provas ou títulos;

Em 1939 entrou em vigor o “Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da


União”, por meio do Decreto-Lei 1.713. Os cargos foram agrupados em
classes e estruturados em carreiras e o concurso passou a ser utilizado para
o provimento dos cargos. Este estatuto perdurou até 1951 quando foi
substituído pela Lei 1711/52, que por sua vez perdurou até 1990, com a
instituição do novo estatuto do servidor público federal, a lei 8.122, vigente
até hoje. A despeito da intenção e da previsão legal de concursos o DASP
não obteve êxito, conforme afirmam Luciano Martins e Bresser Pereira:

Segundo Luciano Martins a implementação da Burocracia Profissional no


Brasil, teve êxito apenas parcial, persistindo resquícios do Patrimonialismo:

Na verdade, um padrão duplo foi estabelecido. Os altos escalões da administração


pública seguiram essas normas e tornaram-se a melhor burocracia estatal da
América Latina; os escalões inferiores (incluindo os órgãos encarregados dos serviços
de saúde e de assistência social então criados) foram deixados ao critério clientelista
de recrutamento de pessoal por indicação e à manipulação populista dos recursos
públicos.

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Bresser Pereira também ressalta isto:

No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou a


tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do
mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos
importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não
se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que
respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a
administração pública burocrática se instalara), embora em processo de
transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O
coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo.

Vamos à uma questão

ITEM 17. (CESPE/SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO)


A noção de sistema de mérito, proposto pelo DASP, apoiava-se em ingresso mediante
concurso, promoção conforme o mérito e ascensão mediante carreira.

Pessoal, perfeita a afirmação! O sistema de mérito proposto pelo DASP


implicava em ingresso no serviço público através de concurso e ascensão
mediante a criação de carreiras na administração pública.

Portanto, a afirmativa está CERTA!

Por fim, uma terceira frente do DASP foi a implementação de um modelo de


administração financeira. O DASP também teve entre as suas atribuições a
elaboração da proposta do orçamento federal e a fiscalização orçamentária.
Antes da reforma burocrática da década de 1930, o orçamento era visto
como uma mera enumeração de receitas e despesas. Foi a implantação do
modelo racional-legal que permitiu que o orçamento fosse visto como um
instrumento de planejamento. Até a criação do DASP, a proposta das
despesas da União era realizada da seguinte maneira:

• Estabelecimento de normas/prazos orçamentários através de lei ou


Decreto-lei;
• Designação de funcionários do Ministério da Fazenda para
acompanharem a organização de propostas parciais das despesas dos
Ministérios;

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• Apresentação, pelos ministérios, de propostas parciais de suas
despesas, com justificativas minuciosas quanto às alterações
realizadas;
• Designação de comissão, sob a presidência do chefe de Gabinete do
Ministro da Fazenda, para organizar a proposta geral;
• Encaminhamento ao Presidente da República pelo Ministro da Fazenda,
acompanhado de minuciosas exposições;
• Encaminhamento à Câmara dos Deputados, após aprovação definitiva
do Presidente da República.

O orçamento nesta perspectiva era uma mera enumeração de receitas e


despesas, baseadas no histórico dos anos anteriores.

Até 1940, a política orçamentária era responsabilidade do Ministério da


Fazenda. Nesse ano, foi criada a Comissão de Orçamento, subordinada ao
Ministério da Fazenda, cuja presidência passava a ser acumulada pelo
presidente do DASP. Em 1945 o DASP assumiu plenamente a
responsabilidade pela elaboração da proposta do orçamento federal, com a
conseqüente extinção da comissão do Ministério da Fazenda.

O DASP porém tornou-se uma estrutura gigantesca no Estado Brasileiro, e


por isto alvo de críticas, como salienta Humberto Falcão Martins:

A crítica mais comum à disfuncionalidade do modelo daspeano concentra-se,


todavia, no seu caráter hermético, de sistema insulado pautado linearmente nos
inputs do regime de Vargas sob boa carga discricionária. Uma consequência mais
imediata é a própria hipertrofia do DASP no contexto do Estado, extrapolando a
função de órgão central de administração, ainda que de cunho normatizador e
executor direto, e assu-mindo características de agência central de governo com
poderes legislativos, que a-brigaria, de fato, a infra-estrutura decisória do regime
do estado novo (Wahrlich, 1983). Como consequência, teria a ação do DASP criado
um divórcio entre a administração e o quadro social e econômico, sem expressão
política pela via democrática (Cunha, 1963).

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Após o final da Ditadura Vargas, no entanto, o ímpeto de profissionalização
burocrática arrefeceu, com retorno de práticas clientelistas, conforme
ressalta Luciano Martins:

A queda da ditadura Vargas e a democratização do Brasil em 1945 não ajudaram


muito a modernizar a administração pública como um todo. Se, de um lado, foram
estabelecidos procedimentos mais transparentes para tornar a administração
pública responsável perante o Congresso, de outro lado, esse mesmo instrumento
foi usado pelos partidos políticos para ampliar suas práticas clientelistas
profundamente enraizadas. Ser indicado para um cargo na administração pública —
em um país onde a economia não criava empregos na mesma velocidade do
crescimento demográfico — tornou-se a aspiração da classe média baixa e dos
estratos socialmente menos privilegiados. Prover (e indicar para) esses cargos, por
sua vez, era evidência de influência política e quase uma condição para o sucesso
eleitoral.
A prática do uso dessa moeda de troca implicou manter frouxas as regras para
ingresso no serviço público e, ao mesmo tempo, em tornar inevitável a erosão da
remuneração de seus quadros, graças ao inchamento e à baixa qualificação dos
servidores da administração pública. As características típicas das administrações
públicas dos países mais subdesenvolvidos tornaram- se características do grosso
da burocracia do Brasil: excesso ou má distribuição de pessoal, absenteísmo, a
ocupação simultânea de dois ou mais cargos públicos pela mesma pessoa,
atividades paralelas e baixa produtividade.

Agora vamos analisar questões da ESAF, FCC e FUNIVERSA

ITEM 18. (ESAF/2010/MPOG/ ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO)


A análise da evolução da administração pública brasileira, a partir dos anos 1930, permite
concluir acertadamente que:

a) com o Estado Novo e a criação do DASP, a admissão ao serviço público passou a ser
feita exclusivamente por meio de concurso público, sendo descontinuadas as práticas do
clientelismo e da indicação por apadrinhamento.

Pessoal, esta assertiva está ERRADA! Vimos isto em aula: embora a


intenção tenha sido a implantação de um burocracia profissional no Brasil,
como ressaltaram Bresser Pereira e Luciano Martins, o clientelismo e o
fisiologismo conviveram junto com a burocracia profissional. Muitos cargos
do baixo escalão eram preenchidos sem concurso público, obedecendo à
critérios clientelistas.

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ITEM 19. (FCC/2011/TRT-23 (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO)
O modelo de administração gerencial no Brasil foi implementado com a criação do
Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta
flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais.

Esta assertiva também está ERRADA! Como vimos o DASP representou a


implantação do modelo burocrático no Brasil. A administração gerencial foi
implementada mais tarde.

ITEM 20. (FUNIVERSA/2009/SEPLAG-DF/ ANALISTA PLANEJAMENTO E


ORÇAMENTO)
Acerca da evolução da administração pública no Brasil, assinale a alternativa incorreta

a) No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30 do século


passado. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira, em que o Estado
assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor produtivo de bens e serviços.

b) Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento


Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1936. Nos primórdios, a Administração
Pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à
racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de materiais,
revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos.

Pessoal, excelentes afirmativas estas acima! Ambas estão CORRETAS!


A implantação da Administração Burocrática no Brasil, a necessidade de
carreiras profissionais emerge com o Governo Getúlio Vargas, que assumiu o
poder para mudar a face agrária da sociedade brasileira e implementar o
desenvolvimento econômico através da industrialização. A reforma
administrativa burocrática visa dar suporte a esta ação do Estado.

É preciso também ressaltar que a administração burocrática está ligada de


certa forma aos princípios da administração científica de Taylor. Tanto a
Burocracia quanto a Administração Científica preconizam a racionalização do
trabalho, por isto a associação entre as duas abordagens.

Vamos à outra questão

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ITEM 21. (CESPE/2012/TRE-RJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


A implantação do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP) foi uma ação
típica da administração pública voltada para o paradigma pós-burocrático.

Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A implantação do DASP representou a


tentativa de implantação de um modelo burocrático, com inspiração
weberiana, no Brasil. O modelo pós-burocrático é a administração gerencial
que estudaremos mais à frente nesta aula.

Vejam esta outra questão

ITEM 22. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO EM REGULAÇÃO)


No que diz respeito à administração dos recursos humanos, a criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP) representou uma tentativa de formação da
burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional.

Exatamente, pessoal! O DASP foi uma ação voltada para a profissionalização


da administração pública brasileira, com inspiração weberiana (teoria da
burocracia). Portanto, a afirmativa está CERTA!

2.2. A segunda onda de Reformas Administrativas

Uma segunda onda se baseou na modernização administrativa, que se


diferencia da anterior porque prescreve a adequação do aparato estatal aos
projetos específicos de desenvolvimento. Procura, assim, harmonizar meios
- os arranjos organizacionais - e fins - os objetivos de desenvolvimento -,
devendo-se buscar arranjos diferenciados - flexibilidade e descentralização -
para finalidades igualmente diferentes.

Os casos exemplares desta modalidade de transformação da gestão pública


são:
• a “administração paralela” da era JK - grupos ou comitês
executivos para implementar o Plano de Metas;

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• a “administração para o desenvolvimento” do regime militar -


crescimento e diferenciação da administração indireta como recursos
flexibilizadores para o alcance de resultados de desenvolvimento.

Ambos os casos se basearam em diagnósticos que apontavam como


problemas a rigidez e a incapacidade de alcance de resultados da burocracia
governamental; o primeiro a partir da Comissão de Simplificação Burocrática
- COSB, de 1956; o segundo a partir da Comissão Amaral Peixoto, de 1962.
A implementação da administração paralela se deu de cima para baixo,
mediante forte liderança presidencial.

No caso do governo JK, a fim de dar conta das demandas desenvolvimentas


duas realidades distintas foram incentivadas, segundo Luciano Martins:

O Estado desenvolvimentista dos anos Kubitschek (1955-60) foi a verdadeira


imagem dessas disparidades: ele proveu o governo de uma equipe altamente
competente de servidores públicos capazes de projetar e implementar metas
ambiciosas de desenvolvimento; e, ao mesmo tempo, os serviços públicos a cargo
da burocracia do dia-a-dia continuaram a apresentar padrões extremamente
baixos. A bizarra decisão de Juscelino Kubitschek de construir Brasília apenas
agravou essa ambigüidade.

Surge, então, o início das análises do sistema gerencial no governo JK com


a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos
Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos
processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de
Simplificação Burocrática, que visa à elaboração de projetos direcionados
para reformas globais e descentralização de serviços

Com o golpe de 1964, voltamos a um período ditatorial. Tem-se início então


a administração para o desenvolvimento, que aconteceu de forma
tecnocrática, em regime ditatorial.

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ITEM 24. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA ADMINISTRATIVA)


Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado
para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado
na vida econômica e social do país.

A década de 1950, no segundo governo Vargas e especialmente no governo


JK, marcou o inicio do nacional-desenvolvimentismo. No governo JK foi
elaborado O plano de Metas, que tinha como intenção o desenvolvimento
acelerado do Brasil. O pressuposto era a intervenção do Estado, como
propulsor do desenvolvimento da nação. Portanto, a afirmativa está CERTA!

ITEM 25. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA ADMINISTRATIVA)


As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se
estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em
desenvolvimento.

Negativo minha gente! Houve descentralização de atividades no governo JK,


que pautava-se por princípios democráticos, e não autoritários. Eis aí,
inclusive sua dificuldade em implementar mudanças, o que o fez recorrer à
criação de comissões especiais para tocar os projetos de desenvolvimento do
País. A afirmativa, assim, está ERRADA!

ITEM 26 . (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)


A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK —, de
modo a possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de implementar
o Plano de Metas.

Negativo pessoal! Embora o DASP continuasse existindo como órgão da


administração direta, sua função foi esvaziada. Já no governo Dutra há um
arrefecimento do aspecto moralizador do concurso público, com retorno à
antigas práticas clientelistas. No governo JK, com a criação das comissões
especiais o DASP perde ainda mais prestígio, pois são estas comissões que
ficam responsáveis pelo acompanhamento do plano de metas. Portanto, a
afirmativa está ERRADA.

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2.3 O período pré-militar (1961-1964)

O governo seguinte ao de Kubitscheck, embora caracterizado por grande


agitação política, não produziu transformações de largas conseqüências no
aparelho de Estado. Pode parecer até um contrasenso afirmar que a
mudança do sistema de governo seja de pouca relevância. Na verdade, a
introdução do parlamentarismo depois da renúncia do presidente Jânio
Quadros, apenas sete meses depois da sua investidura no cargo, foi uma
solução política, de curta duração, para o enfrentamento das resistências
militares à posse do vice-presidente João Goulart.

De fato, o ministério extraordinário para a reforma administrativa elaborou


quatro projetos que nunca conseguiram aprovação no Congresso, mas
alguns especialistas no assunto afirmam que foi a partir deles que se
concebeu o Decreto-Lei N° 200, de 1967.

Seu estatuto básico prescreve cinco princípios fundamentais:

1. O planejamento (princípio dominante);


2. A expansão das empresas estatais (sociedades de economia mista e
empresas públicas), bem como de órgãos independentes (fundações
públicas) e semi-independentes (autarquias);
3. A necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito, sobre
o qual se estabeleciam diversas regras;
4. Diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;
5. O reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16
ministérios: Justiça, Interior, Relações Exteriores, Agricultura, Indústria e
Comércio, Fazenda, Planejamento, Transportes, Minas e Energia, Educação e
Cultura, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Saúde, Comunicações,
Exército, Marinha e Aeronáutica.

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2.4. O Decreto-Lei 200

De certa forma, o governo militar realizou, à sua maneira, com sinais


trocados, o programa de reformas de base — elaborou o Estatuto da Terra,
promoveu uma reforma tributária, reorganizou o sistema bancário,
reestruturou o ensino universitário e realizou uma ampla reforma
administrativa. Em 1965 teve início a reforma tributária que se consolidou
com a Constituição de 1967, uniformizando a legislação, simplificando o
sistema e reduzindo o número de impostos. Ela trouxe uma brutal
concentração de recursos nas mãos da União, esvaziando financeiramente
estados e municípios que ficaram dependentes de transferências voluntárias.

Vejam o seguinte quadro síntese

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O Decreto-Lei 200, em 1967, para alguns, foi considerado como um primeiro


momento da administração gerencial brasileira, constituindo um marco na
tentativa de superação da rigidez burocrática. Segundo o Plano Diretor da
Reforma do Estado:

A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei nº 200, entretanto, constitui um


marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada
como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o
referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se
maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-
se, como princípios de racionalidade administrativa, o planejamento e o orçamento,
o descongestionamento das chefias executivas superiores
(desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e
informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. O
paradigma gerencial da época, compatível com o monopólio estatal na área
produtiva de bens e serviços, orientou a expansão da administração indireta, numa
tentativa de "flexibilizar a administração" com o objetivo de atribuir maior
operacionalidade às atividades econômicas do Estado. Entretanto, as reformas
operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da
administração burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de
eficiência e competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes
no plano da administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade,
enfraquecido indevidamente através de uma estratégia oportunista do regime
militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível,

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preferindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração através das
empresas estatais.

O Decreto-lei determinava em seus princípios fundamentais:

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes


princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.

No bojo das transformações advindas pelo Decreto 200, foi instituído o


Orçamento Plurianual de Investimentos. O OPI é trienal e instituído pelo Ato
Complementar nº 43, de 29 de janeiro de 1969.

É constituído pela programação de dispêndios da responsabilidade do


Governo Federal, excluídas, apenas, as entidades da Administração Indireta
e das Fundações que não recebam transferências do Orçamento da União.

§ 1º O Orçamento Plurianual de Investimentos racionará as despesas de capital e


indicará os recursos (orçamentários e extraorçamentários) anualmente destinados
à sua execução, inclusive os financiamentos contratados ou previstos, de origem
interna ou externa.
§ 2º O Orçamento Plurianual de Investimentos compreenderá as despesas de
capital de todos os Poderes, Órgãos e Fundos, tanto da administração direta quanto
da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou
transferências à conta do orçamento.
§ 3º A inclusão, no Orçamento Plurianual de Investimentos, das despesas de capital
de entidades da Administração Indireta, será feita sob a forma de dotações globais.

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Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado, ainda no período ditatorial


do governo militar, houve uma nova onda modernizadora da administração
Pública:

Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administração


pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. Reuniu-
se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos, muitos deles com
formação em nível de pós-graduação no exterior, que buscou implantar novas
técnicas de gestão, e particularmente de administração de recursos humanos, na
administração pública federal.
No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e
orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do
Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização -
PrND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado,
a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos
administrativos e a promoção da eficiência. As ações do PrND voltaram-se
inicialmente para o combate à burocratização dos procedimentos. Posteriormente,
foram dirigidas para o desenvolvimento do Programa Nacional de Desestatização,
num esforço para conter os excessos da expansão da administração
descentralizada, estimulada pelo Decreto-Lei 200/67.

Vejam esta questão da FCC

ITEM 27. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200,

a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a


sua retirada como prestador direto de serviços públicos.
b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-
as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso
público.
c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa.
d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos.
e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a
transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Pessoal, analisemos as alternativas:

A) ERRADA. Este é o pressuposto da reforma gerencial de 1994, que


veremos à frente.

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B) ERRADA. Foi justamente o contrário: deu-se maior liberdade e
autonomia à administração indireta.
C) ERRADA. Também foi o contrário: descentralizou atividades para as
autarquias e fundações.
D) ERRADA. Esta também foi uma premissa da reforma administrativa
de 1994, que abordaremos mais à frente nesta aula.
E) CERTA. Perfeito, as atividades foram descentralizadas para a
administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

Portanto, o gabarito é a alternativa E.

2.5. O Programa Nacional de Desburocratização

A emergência do processo de abertura política no final da década de 70 foi


acompanhada da mobilização de segmentos fortes do setor privado
contrários à centralização burocrática que, apesar da ênfase na
administração indireta e na descentralização enfatizados no Decreto-Lei
200/67, se acentuou na seqüência dos governos autoritários. Por força
dessas pressões, em 1979, durante o governo do Presidente Figueiredo,
tenta-se dar uma resposta para a sociedade.

Segundo Bresser:
Apesar de todos os avanços em termos de flexibilização, o núcleo estratégico do
Estado foi, na verdade, enfraquecido indevidamente através da estratégia
oportunista ou ad hoc do regime militar de contratar os escalões superiores da
administração através das empresas estatais. Desta maneira, a reforma
administrativa prevista no DL 200 ficou prejudicada, especialmente pelo seu
pragmatismo.

Faltavam-lhe alguns elementos essenciais para que houvesse se transformado


em uma reforma gerencial do Estado brasileiro, como a clara distinção entre as
atividades exclusivas de estado e as não-exclusivas, o uso sistemático do

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planejamento estratégico ao nível de cada organização e seu controle através de
contratos de gestão e de competição administrada. Faltava-lhe também uma
clara definição da importância de fortalecer o núcleo estratégico do Estado.

De 1979 a 1982 a administração pública federal, embora enfrentando


problemas crônicos, abre duas novas frentes de atuação: a
desburocratização e a desestatização.

No início dos anos 80 registrou-se uma nova tentativa de reformar a


burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a
criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de
Desburocratização (PrND), cujos objetivos eram a revitalização e agilização
das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e
simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência.

Hélio Beltrão, que havia participado ativamente da Reforma


Desenvolvimentista de 1967, volta à cena, agora na chefia do Ministério da
Desburocratização. Beltrão critica, mais uma vez, a centralização do poder,
o formalismo do processo administrativo e a desconfiança que estava por
trás do excesso de regulamentação burocrática. Segundo Beltrão:

“Na porta do cemitério, o atestado de óbito tem mais valor que o defunto”.

Beltrão propõe uma administração pública voltada para o cidadão. Seu


Programa Nacional de Desburocratização foi por ele definido como uma
proposta política visando, pela administração pública, a “retirar o usuário da
condição colonial de súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário de
toda a atividade do Estado”. Portanto, a importância da criação do Ministério
é grande, na medida em que busca ressaltar que o contribuinte não é um
súdito do Estado, mas um cliente com direito a uma boa prestação de
serviços públicos.

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Chegamos, assim, em 1979, à criação do Programa Nacional de


Desburocratização, na época em que se iniciou o processo programado de
extinção do regime militar. Tornou-se, então, possível retomar a reforma
administrativa, dentro de uma perspectiva de descentralização e – esta a
grande novidade – com ênfase especial no interesse do cidadão como
usuário dos serviços públicos. Pela primeira vez o governo federal, por meio
do Programa de Desburocratização, passou a tratar a questão da reforma,
não mais como uma proposição voluntarista do próprio Estado, mas como
condição essencial do processo de redemocratização

Tânia Keinert afirma que a Administração Pública no Brasil passou por dois
paradigmas. De 1937 a 1979 o paradigma era o do “Público como estatal”.
Era uma visão centrada no aparelho do Estado de maneira unilateral, numa
situação de inexistência ou negação da sociedade civil. A partir de 1979,
com a crise do Estado, é que as atenções se voltam para a sociedade e o
público passa a ser entendido como “interesse público”.

As ações do PrND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratização


dos procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento
do Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter os
excessos da expansão da administração descentralizada, estimulada pelo DL
200. A criação do Ministério da Desburocratização pode ser considerada
como um dos raros movimentos de modernização do regime militar
direcionados para a administração direta.

O PrND, juntamente com mudanças promovidas pela área econômica do


governo, fez parte dos esforços de reforma para recuperação da
credibilidade do regime autoritário.

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Havia muitas críticas à autonomia excessiva da administração indireta e


possíveis práticas de corrupção. Neste contexto, ressalta-se como relevante
a criação, em maio de 1979, da Secretaria de Controle das Empresas
Estatais (SEST), que efetivou o rompimento com a natureza
empreendedora, autônoma e descentralizadora das estatais promovida pela
reforma de 1967.

Portanto, podemos afirmar que esta nova reforma de 1979 apresentava três
principais linhas:

• Desburocratização da administração direta;


• Desestatização: papel suplementar do Estado no campo da iniciativa
privada;
• Maior controle das empresas estatais.

Vejam esta questão:

Vejamos esta outra questão:

ITEM 28. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO/ AUDITOR FISCAL)


O Programa Nacional de Desburocratização, implantado no início dos anos 80, idealizado
pelo Ministro Hélio Beltrão, caracterizou-se

a) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto- Lei no 200, de 1967, buscando, assim,
a atuação administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política
do governo.
b) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando
retomar alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente
alinhados com a eficiência.
c) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe
forneceu condições inéditas de sustentabilidade.
d) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios
norteadores, concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação
da burocracia pública.
e) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e
princípios administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de
empresas estatais e dos principais grupos financeiros do País.

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Analisemos as alternativas.

A) ERRADO. De fato havia forte centralização burocrática, a despeito da


descentralização para a administração indireta operada pelo Decreto-Lei
200/67. Era justamente esta centralização o motivo da crítica de Hélio
Beltrão.
B) ERRADO. De fato o programa previa a desburocratização da
administração direta, mas sobretudo gerando efici~encia no atendimento ao
usuário do serviço público, o cidadão.
C) ERRADO. Não se pode dizer que a base de apoio do governo militar nos
anos de 1979 e 1980 fosse pequena, embora estivesse se diluindo ainda era
forte. No entanto, afirmar que a base de apoio era inédita é desconsiderar o
que a Ditadura Militar fez, especialmente, a partir de 1968, controlando
totalmente o Congresso.
D) CERTO. Perfeito! O PrND foi criado para combater a burocratização dos
procedimentos e focalizar o cidadão, o usuário do serviço público.
E)ERRADO. Negativo minha gente! Não se propagou a idéia de modelos
privados na administração pública no Programa Nacional de
Desburocratização.

Portanto, o Gabarito é a alternativa D.

2.6. O Retrocesso de 1988

A maioria dos autores, inclusive Bresser Pereira, considera que as ações


implementadas no Governos JK, com a criação das Comissões, e no governo
militar com a edição do Decreto 200 e a descentralização das ações
governamentais para a administração indireta, forma um início da
administração gerencial no Brasil. Todas estas ações, relembre-se estavam
inseridas em um contexto de administração para o desenvolvimento.

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Bresser Pereira, no entanto, aponta que com a redemocratização do Brasil e


a promulgação da Constituição de 1988, houve um retrocesso burocrático.
Sinaliza o autor que, embora a redemocratização em 1985 representasse
uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais
surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta
e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos
vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra
parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças
conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que
favorecera seu crescimento excessivo.

A combinação destes dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um


retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate
público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente
engessamento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e
para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras
burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A nova
Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para
tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de
regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados
membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua
flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas
normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

Estas ações moralizadoras da administração pública, que Bresser chama de


retrocesso burocrático, foi em parte uma reação ao clientelismo que
dominou o país naqueles anos.

Segundo Bresser Pereira, as regras moralizadoras da Constituição de 1988


produziram dois resultados: o abandono do caminho rumo a uma

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administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração
pública burocrática clássica; e de outro lado, dada a ingerência
patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios, que
não se estavam de acordo com os princípios da própria administração
pública burocrática. Manteve-se na constituição de 1988 a estabilidade rígida
para todos os servidores civis, diretamente relacionada à generalização do
regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a
aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de
serviço ou com a contribuição do servidor.

Estes fatores contribuíram para o desprestígio da administração pública


brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros
são majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público.
A competência da burocracia brasileira (especialmente a alta
tecnoburocracia) foi demonstrada desde os anos 30, quando a administração
pública profissional foi implantada no Brasil. A implantação da indústria de
base nos anos 40 e 50, o ajuste nos anos 60, o desenvolvimento da infra-
estrutura e a instalação da indústria de bens de capital, nos anos 70, de
novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a liberalização
comercial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a competência e
o espírito público da burocracia brasileira.

O governo Collor, de maneira equivocada, tentou produzir respostas ao


pretenso engessamento da administração pública, mas apenas agravou os
problemas existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao
invés de construir. O governo Itamar Franco buscou essencialmente
recompor os salários dos servidores, que haviam sido violentamente
reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma administrativa assume
uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial
introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da
administração pública no sentido de uma administração gerencial.

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2.7. A Nova Gestão Pública

Uma terceira onda, inspirada na abordagem da reforma do Estado, surge a


partir dos anos 90 como uma resposta à crise do Estado. Este debate se
expressa em duas visões: inicialmente por teorias neoinstitucionalistas
econômicas segundo as quais o Estado é, em princípio, um problema, a ação
estatal é estruturalmente ineficiente e inconfiável na geração de bem estar,
relativamente à idealização da eficiência do mercado pela economia
neoclássica. Uma outra parte acentua a insuficiência do Estado na promoção
de bem estar.

As duas visões preconizam profundas transformações no estado e na gestão


pública. Na qualidade de movimento e discussão acadêmica e profissional, a
proposta da “nova gestão pública”, nas décadas de 80 e 90, mostra-se
fortemente imbuída da visão neoinstitucionalista e propõe processos de
ajuste nos arranjos organizativos estatais, de sorte a reduzir seu tamanho e
aplicar tecnologias gerenciais de ponta adotadas no setor privado.

Na seqüência, a “nova gestão pública” seguiria caminhos diversos.


Concepções radicais que previam a drástica redução do estado e a aplicação
maciça de tecnologia gerencial privada no setor público. Exemplos são a
Nova Zelândia, a Austrália, a Grã Bretanha e os Estados Unidos.

No outro caminho aparecem concepções mais conciliadoras que visavam a


construção de uma burocracia governamental não tão rígida, procedimental
e insulada, isto é, mais flexível, orientada para resultados, focada no
cidadão e sujeita a crescente controle social. São os casos da Suécia, da Grã
Bretanha e dos Estados Unidos, os dois últimos num revisionismo da fase
anterior.

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No Brasil, os exemplos mais próximos de implementação de transformações


na gestão pública na linha da reforma do Estado foram a reforma gerencial
preconizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, o modelo
de gestão por resultados proposto pelo PPA 2000-2003, a implementação do
aparato regulatório a partir das privatizações e alguns elementos do
processo de ajuste fiscal, notadamente a Lei de Responsabilidade Fiscal .

Na administração pública gerencial a estratégia volta-se (1) para a definição


precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua
unidade, (2) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos
recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à
disposição para que possa atingir os objetivos contratados, e (3) para o
controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Adicionalmente, pratica-se
a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a
possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. No plano
da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis
hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a administração
pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou
das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos
(meios) para os resultados (fins).

Vejam esta questão da FCC

ITEM 29. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR)


A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e
Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta
pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao

a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado


federal sobre a administração indireta e fundacional.
b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os
sistemas de controle da atividade administrativa.
c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da
economia.

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d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori.
e) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os
sistemas centralizados de controle de processos.

Pessoal, atenção com estas questões! Não podemos errar pressupostos


básicos da reforma gerencial dos anos 90 no Brasil. Vejamos as alternativas:

A) ERRADO. Não havia incapacidade de governança sobre a


administração indireta. A questão era de eficiência.
B) CERTO. A reforma da década de 1990 preconizava a eficiência, a
flexibilidade e o controle a posteriori de resultados.
C) ERRADO. A intenção era inversa à afirmação: deseja-se retirar o
estado de alguns setores de atuação onde a iniciativa privada poderia
agir e retirar o Estado de áreas de produção direta para o mercado,
conforme veremos mais à frente nesta aula.
D) ERRADO. Notem a sutileza: a reforma preconizava o controle a
posteriore e não a priori (esta é uma característica da administração
burocrática).
E) ERRADO. A perspectiva não era de centralização, mas sim de
descentralização para aumentar o controle social e a eficiência do
Estado.

Portanto, o gabarito é a alternativa B.

Vejam uma questão da CESPE

ITEM 30. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)


Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato
de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos
em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução
dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental.

Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração gerencial troca o


enfoque dado na administração burocrática, que era o controle a priori, para

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a ênfase o controle a posteriore, ou seja, dos resultados. Mas isto não
significa abrir mão do controle dos orçamentos ou dos objetivos traçados.
Até porque se isto acontecer, pode-se não alcançar os resultados esperados.

A administração pública gerencial inspirou-se na administração de empresas,


mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a receita das
empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na
compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos,
ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Enquanto o
mercado controla a administração das empresas, a sociedade - por meio de
políticos eleitos - controla a administração pública. Enquanto a
administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a
maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através do
mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública
gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público.

Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo,


impessoalidade, etc.), a administração pública gerencial não se diferencia da
administração pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma
noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no
entendimento do significado do interesse público, que não pode ser
confundido com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública
burocrática, o interesse público é freqüentemente identificado com a
afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob este princípio, os
administradores públicos terminam por direcionar uma parte substancial das
atividades e dos recursos do Estado para o atendimento das necessidades da
própria burocracia, identificada com o poder do Estado. O conteúdo das
políticas públicas é relegado a um segundo plano. A administração pública
gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o
interesse da coletividade e não com o do aparato do Estado.

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ITEM 31. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado
com a afirmação do poder do Estado. A administração pública gerencial nega essa visão do
interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado.

Perfeito! É esta a mudança fundamental da administração gerencial em


relação à administração burocrática. O cidadão passa a ser o protagonista da
ação do Estado, e não o próprio Estado. A afirmativa está CERTA!

A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de


impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado
são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob
controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas
porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas. O
paradigma gerencial contemporâneo ou paradigma pós-burocrático,
fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão,
exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas,
descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à
ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À
avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação
permanente, que já eram características da boa administração burocrática,
acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do
controle por resultados, e da competição administrada.

No presente momento, uma visão realista da reconstrução do aparelho do


Estado em bases gerenciais deve levar em conta a necessidade de
equacionar as assimetrias decorrentes da persistência de aspectos
patrimonialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos
formais e anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é
fundamental ter clara a dinâmica da administração racional-legal ou
burocrática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de
considerar os aspectos em que está superada, e as características que ainda

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se mantêm válidas como formas de garantir efetividade à administração
pública.

O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando,


através da definição clara de objetivos para cada unidade da administração,
da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção
de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado, se revelou
mais capaz de promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços
sociais oferecidos pelo setor público. A reforma do aparelho do Estado no
Brasil significará, fundamentalmente, a introdução na administração pública
da cultura e das técnicas gerenciais modernas. O gerencialismo é visto como
um conjunto de idéias e crenças que tomam como valores máximos a
própria gerência, o objetivo de aumento constante da produtividade, e a
orientação para o consumidor. Fernando Abrucio (1996), em um panorama
da administração pública gerencial, compara este “gerencialismo puro”, pelo
qual designa a “nova administração pública”, com a abordagem adotada por
Pollitt “orientada para o serviço público” e que visa a ser uma alternativa
gerencial ao modelo britânico.

Na verdade, esta abordagem é apenas uma tentativa de modernizar o velho


modelo burocrático, não é uma alternativa gerencial. A idéia de opor a
orientação para o consumidor (gerencialismo puro), à orientação para o
cidadão (gerencialismo reformado), não faz sentido algum. Um dos
programas cruciais de reforma que está sendo implementado pelo Governo
britânico é o Citizens Chart. O cidadão também é um consumidor. Qualquer
administração pública gerencial tem de considerar o indivíduo, em termos
econômicos, como consumidor (ou usuário) e, em termos políticos, como
cidadão.

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2.8. Plano Diretor da Reforma do Estado

O Plano Diretor procura criar condições para a reconstrução da


Administração Pública em bases modernas e racionais, ou seja,
diferenciando-se dos princípios racional-burocráticos, ou ainda, dos
conceitos de patrimonialismo, pois estes ainda então persistem e precisam
ser extirpados.

O Plano Diretor da Reforma do Estado é elaborado pelo Ministério da


Administração Federal e da Reforma do Estado e, depois de ampla
discussão, aprovado pela Câmara da Reforma do Estado em sua reunião de
21 de setembro de 1995. Em seguida é submetido ao Presidente da
República, Fernando Henrique Cardoso, que o aprova. Seu lema era o de
ajudar o Governo a funcionar melhor, ao menor custo possível, promovendo
a administração gerencial, transparente e profissional, em benefício do
cidadão.

A definição dos objetivos e estratégias da reforma do aparelho do Estado


apresentada a seguir decorre do diagnóstico e dos pressupostos teóricos que
presidiram a análise anterior. Dada a crise do Estado e o irrealismo da proposta
neoliberal do Estado mínimo, é necessário reconstruir o Estado, de forma que ele não
apenas garanta a propriedade e os contratos, mas também exerça seu papel
complementar ao mercado na coordenação da economia e na busca da redução das
desigualdades sociais.
Reformar o Estado significa melhorar não apenas a organização e o pessoal do
Estado, mas também suas finanças e todo o seu sistema institucional-legal, de forma
a permitir que o mesmo tenha uma relação harmoniosa e positiva com a sociedade
civil.
A reforma do Estado permitirá que seu núcleo estratégico tome decisões mais
corretas e efetivas, e que seus serviços - tanto os exclusivos, que funcionam
diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, que estarão apenas
indiretamente subordinados na medida que se transformem em organizações
públicas não-estatais - operem muito mais eficientemente. Reformar o aparelho do
Estado significa garantir a esse aparelho maior governança, ou seja, maior

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capacidade de governar, maior condição de implementar as leis e políticas públicas.
Significa tornar muito mais eficientes as atividades exclusivas de Estado, através da
transformação das autarquias em "agências autônomas", e tornar também muito
mais eficientes os serviços sociais competitivos ao transformá-los em organizações
públicas não-estatais de um tipo especial: as "organizações sociais". Na reforma do
aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivos globais e objetivos
específicos para seus quatro setores.

Bresser Pereira enfatiza ainda que o objetivo da Reforma da Gestão Pública


de 1995 é contribuir para a formação no Brasil de um aparelho de Estado
forte e eficiente. Ela compreende três dimensões:

a) uma dimensão institucional-legal, voltada à descentralização da estrutura


organizacional do aparelho do Estado através da criação de novos formatos
organizacionais, como as agências executivas, regulatórias, e as
organizações sociais;

b) uma dimensão gestão, definida pela maior autonomia e a introdução de


três novas formas de responsabilização dos gestores – a administração por
resultados, a competição administrada por excelência, e o controle social –
em substituição parcial dos regulamentos rígidos, da supervisão e da
auditoria, que caracterizam a administração burocrática; e

c) uma dimensão cultural, de mudança de mentalidade, visando passar da


desconfiança generalizada que caracteriza a administração burocrática para
uma confiança maior, ainda que limitada, própria da administração
gerencial.

Vejam esta questão da FCC

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ITEM 32. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ADMINISTRADOR)


O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de
organização para a Administração Pública Federal. São eles:

a) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.


b) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
c) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
d) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
e) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.

Pessoal, como vimos Bresser pereira enfatiza que uma das dimensões da
reforma foi a institucional-legal, que permitiria a criação de novos formatos
organizacionais, como as agências executivas, regulatórias, e as
organizações sociais. Portanto, o gabarito é a alternativa D.

O Plano Diretor diz que a administração gerencial é a solução do problema


da administração burocrática. Isto porque a flexibilização da estabilidade dos
servidores, do sistema de licitações e dos orçamentos que deixariam de ser
tão detalhados, representaria a superação dos obstáculos por meio de
mudança das leis e das instituições seguida de evolução para o sentido de
uma administração pública gerencial.

Objetivou-se organizar as estruturas da administração com ênfase na


qualidade e na efetividade do serviço público, além de verdadeira
profissionalização do servidor público, que passaria a receber ganhos mais
justos para todas as funções.

As propostas então apresentadas que se converteram nas Emendas


Constitucionais nº 19 e 20, de 1998, tinham como objetivos respectivos
tornar efetivas conquistas da Constituição de 1988, ainda não concretizados,
definir tetos precisos de remuneração para servidores ativos e inativos,
flexibilizar a estabilidade e permitir regimes jurídicos diferenciados para os

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servidores, assegurar que as aposentadorias ocorressem em idade razoável
e fossem proporcionais ao tempo de contribuição do servidor.

A motivação negativa para os seus servidores também é essencial. Ou seja,


a demissão por insuficiência de desempenho seria capaz de fazer o servidor
comum valorizar o seu trabalho.

Com o fim de modernizar o aparelho do Estado, também devem ser criados


mecanismos que viabilizem a integração dos cidadãos, no processo de
definição, implementação e avaliação da ação pública. Isto porque, por meio
de controle social crescente, será possível garantir a qualidade dos serviços
públicos.

Entre tantos objetivos, o mais importante, no texto de apresentação do


Plano Diretor, diz respeito ao servidor público. É o de sua valorização
mediante sua maior motivação profissional, remuneração condizente com o
mercado de trabalho nacional e razoável segurança no seu vínculo
profissional com o Estado.

Se quisermos avançar na adoção de formas modernas de gestão pública, é


imprescindível, também, que os servidores passem a ter uma nova visão de seu
papel, pois é no dia a dia do exercício das funções públicas que a mais profunda e
verdadeira reforma vai realizar-se.

O PDRAE adota muitos dos princípios das reformas gerenciais, entre eles o
de que o Estado deve transferir serviços para a iniciativa privada. Segundo o
documento:

A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel


do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e
social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de
promotor e regulador desse desenvolvimento. No plano econômico o Estado é
essencialmente um instrumento de transferências de renda, que se torna necessário
dada a existência de bens públicos e de economias externas, que limitam a
capacidade de alocação de recursos do mercado.

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O PDRAE identificou então quatro segmentos de organização do Estado,
formas de relacionamento com a sociedade, no que concerne à distribuição
de responsabilidades.

Núcleo Estratégico: Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor


que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É,
portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde
aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder
executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das
políticas públicas. Aqui, as decisões devem ser as melhores, atender ao
interesse nacional e ter efetividade. O regime de propriedade deve ser
necessariamente estatal.

Atividades Exclusivas: É o setor em que são prestados serviços que só o


Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do
Estado – o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos
temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social
básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas
sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado,
o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de
emissão de passaportes, etc. A propriedade só pode ser também estatal.

Atividades Não-Exclusivas: Corresponde ao setor onde o Estado atua


simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas.
As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este,
entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos
fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem
“economias externas” relevantes, na medida em que produzem ganhos que
não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As
economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da

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ITEM 33. (FCC/2012/MPE-AP - ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO)


De acordo com a reforma do Estado brasileiro de 1995, quatro setores integram o aparelho
do Estado, com reflexos na organização da administração pública: o núcleo estratégico,
atividades exclusivas, serviços não exclusivos, produção de bens e serviços. São exemplos
dos setores de atividades exclusivas e serviços não exclusivos, respectivamente:

a) poderes executivo, legislativo, judiciário e telecomunicações.


b) educação, controle do meio ambiente e serviço de trânsito.
c) ministérios do poder executivo e captação de petróleo e gás.
d) fiscalização sanitária, saúde e educação.
e) educação e saúde e policiamento.

Pessoal, vimos acima na aula que as atividades exclusivas correspondem


aos serviços de cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência
social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento
de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação
básica, o serviço de emissão de passaportes, etc. Já as atividades dos não
exclusivos correspondem aos serviços de educação ( como as
universidades), os hospitais, os centros de pesquisa e os museus, ou seja,
atividades que podem ser desenvolvidas também pela iniciativa privada.
Portanto, o gabarito é a alternativa D.

Vamos à outra questão da FCC

ITEM 34. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO/AUDITOR FISCAL DO


MUNICÍPIO) -
É correto apontar entre as motivações para o movimento de Reforma do Estado, levado a
efeito na esfera federal pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,

a) o ideário neoliberal, que propõe a retirada do Estado de diversos setores da sociedade,


reduzindo-se seu papel de prestador direto de serviços públicos e de agente de fomento da
atividade econômica.
b) a intenção de ampliar a intervenção do Estado no domínio econômico, dada a crescente
demanda da sociedade por bens e serviços públicos, do que resultou a profissionalização e a
ampliação do Aparelho do Estado.
c) a crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo
esgotamento da poupança pública, o que ensejou a privatização em larga escala de
empresas estatais exploradoras de atividade econômica e prestadoras de serviço público.

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d) o esgotamento do modelo de Estado prestador direto de serviços públicos, enfatizando-
se a privatização de empresas estatais, desonerando o Estado da responsabilidade pela
disponibilização de tais serviços aos usuários.
e) a necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como conseqüência do
cumprimento de obrigações com organismos internacionais, implicando redução do Aparelho
do Estado, bem como do setor público não-estatal, em função do esgotamento das fontes
de financiamento

Analisemos as alternativas:

A) ERRADO. O papel principal do Estado, para os neoliberais, é o de


formulador das políticas públicas. O texto de Bresser Pereira nega que a
motivação seja neoliberal, embora alguns o acuse disto.
B) ERRADO. Não houve ampliação da intervenção do Estado no domínio
econômico.
C) CERTO. A incapacidade do Estado de arcar com crescentes despesas e a
consequente busca por eficiência (fazer mais por menos) motivaram a
reforma da década de 90.
D) ERRADO. O Estado não ficou desonerado da responsabilidade da
prestação dos serviços públicos aos usuários. Mesmo os serviços não
exclusivos continuam sob responsabilidade do Estado, pois este exerce o
poder coercitivo para implementação das políticas (fiscalização, concessão
de benefícios, fomento etc).
E) ERRADO. O setor público não-estatal foi ampliado com o incentivo à
criação das OS's.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

Vejam agora como é parecida esta outra questão

ITEM 35. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado,
implementada no Brasil nos anos 90, a

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a) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os


investimentos públicos demandados pela sociedade.
b) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo
esgotamento da poupança pública.
c) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a
crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos.
d) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do
cumprimento de obrigações com organismos internacionais.
e) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas
e clientelistas.

Analisemos as alternativas.
A) CERTO. Incapacidade de poupança interna foi uma das causas da
reforma de 94, como mencionei.
B) CERTO. A crise fiscal também foi uma causa.
C) ERRADO. Não havia a intenção de ampliar a intervenção estatal no
domínio econômico, mas sim o inverso, diminuir.
D) CERTO. O ajuste fiscal era consequência da crise fiscal.
E) CERTO. Exato! Pretendia-se substituir o modelo burocrático, que
ainda era refém (no Brasil) de práticas patrimonialistas e clientelistas.
Vale lembrar que a reforma burocrática no Brasil nunca logrou êxito
total.

Portanto, como o enunciado pedia a afirmativa incorreta, o gabarito é a


alternativa C.

ITEM 36. (FCC/2009/MPE-SE - ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
O conceito de "publicização", idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa

a) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de


responsabilidade do Estado, como saúde e educação.
b) a estatização de atividades estratégicas.
c) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente
na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos.
d) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em
setores produtivos.
e) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da
Administração.

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Pessoal, como vimos a publicização significa a transferência de serviços não-


exclusivos do Estado, educação e saúde, para o setor público não-estatal,
como as Organizações Sociais.
Portanto, o gabarito é a alternativa C.

2.8.1 Dificuldades na implementação das reformas da década de 90

Alguns autores em apontado as dificuldades existentes nas reformas


administrativas realizadas em vários países na década de 90. De acordo com
Mariana Mota Prado, a convicção de que a existência de instituições
adequadas é um fator indispensável para o desenvolvimento levou a um
aumento significativo de assistência para projetos de reforma institucional
em economias em desenvolvimento e em transição. O Banco Mundial, por
exemplo, desde 1990 apoiou 330 projetos de reforma para fortalecer o
Estado de Direito em países em desenvolvimento, tendo investido US$ 2,9
bilhões nesse setor. No entanto, como apontam Michael Trebilcock e Ron
Daniels no livro “Reformas do Estado de Direito e Desenvolvimento:
Mapeando o Difícil Caminho do Progresso” , estes projetos não produriam
resultados satisfatórios.

Estes autores apontam algumas hipóteses sobre as possíveis razões para


esses fracos resultados.

1) Em países onde existe vontade política para promover reformas,


faltam recursos financeiros, tecnológicos ou humanos para
implementá-las.
2) Há “fatores sociais, culturais e históricos” que podem fomentar uma
série de valores, normas, atitudes e/ou práticas que são pouco

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receptivas até mesmo a uma versão bastante restrita do Estado de
Direito.
3) Terceiro, existem impedimentos de economia política. Grupos de
interesse resistirão a tentativas de implementar reformas que
eliminem seus privilégios, ou que não favoreçam seus interesses, ou
que não lhes ofereça nenhum ganho (material ou de outra natureza).

Mariana Prado Mota, adicionalmente, argumenta que alguns desses


obstáculos podem ser criados por reformas sequenciais ou fragmentadas.
Quando as reformas são implementadas em seqüência, em vez de serem
implementadas integralmente, mudanças institucionais iniciais podem gerar
dois tipos de consequências:
(i) a formação de práticas, valores e atitudes que irão bloquear
futuras reformas;
(ii) o fortalecimento de grupos de interesse que irão resistir a
futuras reformas.

Vejam esta questão da FCC

ITEM 37. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO)


Um balanço das reformas na administração pública, implementadas ao final dos anos 90 no
Brasil, indica que avanços e impedimentos fazem parte de seus resultados. Avanços
houveram no planejamento e no aperfeiçoamento da capacidade de gestão do Estado, em
melhorias na prestação dos serviços públicos e na inovação. São impedimentos para o
desenvolvimento adequado das reformas:

a) questões de sustentabilidade econômica, social e ambiental; população não aderente ao


e-gov.
b) desarticulação e incoerência entre reformas; a vontade política de membros do governo.
c) oscilação de moedas, gerando dificuldade em balanços de pagamento; baixa capacidade
empreendedora brasileira.
d) ausência de sistemas integrados facilitadores da net pública; baixa capacitação do
pessoal administrativo.
e) baixo índice de patentes e pesquisas acadêmicas voltadas à área pública; resistência
sindical para demissões.

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Pessoal, a despeito do erro de concordância verbal no enunciado da questão


(“houveram” é dose!!!), verificamos que a alternativa coerente com os
impedimentos apontados por autores que analisaram as reformas
administrativas da década de 90 são a desarticulação e incoerência entre
reforma ( causadas pela fragmentação das reformas) e os impedimentos de
economia política ou de vontade política. Portanto, o gabarito é a
alternativa B.

3. Excelência nos Serviços Públicos

Para iniciarmos este tópico é importante conceituarmos serviço público.


Segundo Diógenes Gasparini, Serviços Públicos é toda atividade de
oferecimento de utilidade ou comodidade fruível preponderamente pelos
administrados, prestada pela Administração Púbica ou por quem lhe faça as
vezes, sob um regime de Direito Público, instituído em favor de interesses
definidos como próprios pelo ordenamento jurídico.

E por que deveríamos nos preocupar com os resultados na prestação de


serviços públicos?

As mudanças recentes no papel do Estado alteraram o sistema de controle


da ação do Estado; está-se migrando da exigência de rigor nos
procedimentos para a exigência de resultados – inerente a um Estado que se
apresenta como provedor de serviços, capacitador de desenvolvimento e
fornecedor de bem-estar. Desta troca de missão se deriva uma variação na
posição do cidadão perante o Estado. O cidadão comum se preocupa em
assegurar-se uma correta e burocrática (homogênea, idêntica e não
discricionária) aplicação da lei e da norma. O cidadão-usuário se interessa
por conseguir o melhor retorno em bens coletivos. Vemos assim, que a
Administração Pública deve deslocar sua atenção para a geração de serviços
e bem-estar. A gestão por resultados é um dos lemas que melhor

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representa o novo desafio. Isto não significa que não interessa o modo de
fazer as coisas, mas que importa, acima de tudo , que agora é muito mais
relevante o quê se faz pelo bem da comunidade.

Neste sentido a Administração Pública tem se apropriado da lógica gerencial,


isto é, pela racionalidade econômica que procura conseguir eficácia e
eficiência. Esta lógica compartilha, mais ou menos explicitamente, três
propósitos fundamentais:

• Assegurar a constante otimização do uso dos recursos


públicos na produção e distribuição de bens públicos como resposta às
exigências de mais serviços e menos impostos, mais eficácia e mais
eficiência, mais eqüidade e mais qualidade.
• Assegurar que o processo de produção de bens e serviços
públicos (incluindo a concessão, a distribuição e a melhoria da
produtividade) seja transparente, equitativo e controlável.
• Promover e desenvolver mecanismos internos que melhorem o
desempenho dos dirigentes e servidores públicos, e, com isso,
fomentar a efetividade dos organismos governamentais, visando a
concretização dos objetivos anteriores.

Estes objetivos, presentes nas atuais demandas cidadãs e pelas quais se


orienta a Gestão por Resultados, são, conjuntamente com a democracia, o
principal pilar de legitimidade do Estado atual.

Esta nova concepção do papel do Estado, a de promover resultados


satisfatórios ao cidadão, vem acompanhada de uma nova noção sobre a
geração de resultados: accountability.

O termo accountability designa a prática de prestar contas de forma


transparente e permeável da consecução de determinadas finalidades
prestabelecidas, segundo determinadas regras de conduta. Há a denominada

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accountability vertical, que corresponde ao processo de responsabilização
dos governantes através do processo eleitoral, e a denominada
accountability horizontal, processos através dos quais o legislativo, o
judiciário e outras instâncias públicas e privadas fiscalizam os atos ou
omissões dos governantes de forma continuada. Enfim, accountability é
responsabilização dos gestores acerca dos resultados esperados pela
sociedade acerca das políticas conduzidas pela Administração Pública.

ITEM 38. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO)


O conceito de accountability liga-se a

(A) prestação de contas da Administração e dos funcionários públicos perante a sociedade.


(B) mecanismos contemporâneos de elaboração das contas públicas.
(C) formas de elaboração do orçamento público pautadas pela responsabilidade fiscal.
(D) sistema gerencial de controle dos gastos públicos.
(E) metodologia gerencial norteamericana que inspirou a Reforma Administrativa
implementada nos anos 90 pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado
(MARE).

Pessoal, como vimos acima accountability é prestar contas de forma


transparente à sociedade dos resultados alcançados pelo gestor público ou
agente público. Desta forma o gabarito é a alternativa A

Vejam outra questão sobre esse assunto

ITEM 39. (FCC/BAHIAGAS/2010/TECNICO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS/ ADMINISTRAÇÃO)


Accountability é

(A) a relação de legitimidade e autoridade do Estado e do seu governo com a sociedade.


(B) o reconhecimento que tem uma ordem política, dependente das crenças e das opiniões
subjetivas, e seus princípios são justificações do direito de mandar.
(C) o conjunto de mecanismos e procedimentos que levam os decisores governamentais a
prestarem contas dos resultados de suas ações, garantindo-se maior transparência e a
exposição das políticas públicas.
(D) a capacidade do governo de representar os interesses de suas próprias instituições.
(E) a aquisição e centralização de poder do setor público na administração das agências, por
meio dos princípios de governança corporativa do setor privado.

Ficou Fácil, não é mesmo? Accountability é, como vimos, é prestação de


contas dos resultados à sociedade. Portanto o gabarito é a alternativa C.

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O estado passa então a se orientar pela ênfase nos resultados. Ênfase em


resultados é colocar os fins acima dos meios; é superar obstáculos
processuais para garantir o alcance dos objetivos. Um sistema de gestão
pública orientado para resultados e focado no cliente é conformado em
função das necessidades dos agentes públicos que aplicam os necessários
recursos na consecução das atividades governamentais finalísticas. Uma
forma de se subordinar os meios aos fins é se estabelecer uma relação
contratual entre gestores de recursos públicos e gestores de atividades que
os empregam na produção de bens e serviços públicos.

Uma forma de se orientar a gestão de recursos públicos para resultados é o


estabelecimento de arranjos contratuais. A contratualização pressupõe que o
estabelecimento de resultados desejados é necessário e seu alcance pode
ser, em alguma extensão, programado, induzido e controlado.

Contratos de gestão e instrumentos contratuais congêneres visam, nesse


sentido, a estabelecer uma amarração entre metas finalísticas (de entrega
dos recursos públicos necessários), meios (dos quais os agentes gestores
dos recursos públicos devem dispor para disponibilizar os recursos
necessários), controles (meios de verificação e avaliação se os agentes estão
alcançando os resultados propostos) e incentivos (prêmios e punições em
caso de alcance e não alcance, respectivamente, dos resultados
estabelecidos).

Vejamos uma questão da FCC

ITEM 40. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


Dentre os meios utilizados pela Administração Pública para garantir a excelência nos
serviços públicos está a elaboração de compromissos periódicos entre o Estado e órgãos
públicos para a realização de metas por meio de

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(A) contratos de serviço.


(B) auditorias contratuais.
(C) termos de ajustamento de conduta.
(D) pactos gerenciais.
(E) contratos de gestão.

Atenção pessoal, a forma de se estabelecer compromissos entre a


Administração Pública central e seus órgãos para pactuação de resultados é
o contrato de gestão, conforme vimos em aula. Portanto o gabarito é a
alternativa E.

Vejam esta outra questão da FCC

ITEM 41. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


No Brasil, os sistemas de avaliação de desempenho na gestão pública ainda são incipientes.
A gestão por resultados poderia ser priorizada pela iniciativa de

(A) adotar princípios, tais como: tratar o cidadão como cliente, controle por objetivos e
metas ou governo por parcerias.
(B) redirecionar o sistema de avaliação dentro da administração governamental para uma
ação centrada no eixo da avaliação de custo do serviço prestado.
(C) elaborar e divulgar sistemas de indicadores de produtividade dos servidores públicos,
punindo os improdutivos com demissão ou redução salarial.
(D) garantir uma ampla divulgação e acompanhamento dos princípios e valores promovidos
pelos órgãos públicos, permitindo o controle pela sociedade.
(E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de avaliação de pesquisas
de opinião pública.

Pessoal, julguei esta questão como de média dificuldade. Vejamos por que.

Conforme vimos na aula, a gestão por resultados está baseada no


atendimento das necessidades dos cidadãos e é levada a termo através do
estabelecimento de contratos de gestão, com metas finalísticas. Desta forma
o gabarito é a alternativa A.
As alternativas B, C e E trazem perspectivas equivocadas sobre gestão por
resultados e poderíamos facilmente descartá-las.
A alternativa D, no entanto, traz uma assertiva que se encaixa na gestão por
resultados, no entanto é acessório para se controlar o alcance das metas
desejadas.

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O que seria então Gestão por Resultados?

Gestão para Resultados é um marco conceitual cuja função é a de facilitar às


organizações públicas a direção efetiva e integrada de seu processo de
criação de valor público, a fim de otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia,
eficiência e efetividade de desempenho, além da consecução dos objetivos
de governo e a melhora contínua de suas instituições.

A gestão por resultados é caracterizada por:

• Uma estratégia na qual se definam os resultados esperados por


um organismo público no que se refere à mudança social e à produção
de bens e serviços;
• Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado
à melhoria da eficácia, da eficiência, da produtividade e da efetividade
no uso dos recursos do Estado para uma melhora dos resultados no
desempenho das organizações públicas e de seus funcionários;
• Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública,
informar à sociedade e identificar o serviço realizado, avaliando-o;
• Promoção da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos,
mediante um processo de melhoramento contínuo;
• Sistemas de contratação de funcionários de gerência pública,
visando aprofundar a responsabilidade, o compromisso e a capacidade
de ação dos mesmos;
• Sistemas de informação que favoreçam a tomada de decisões
dos que participam destes processos.

Para atingir seus objetivos a Gestão por Resultados se articula ao redor de


três eixos principais:

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1) aprimorar o desempenho do governo em seu processo de criação de
valor e de produção de resultados;
2) otimizar o sistema de prestação de contas perante a sociedade e a
transparência de sua atuação;
3) implantar sistemas de condução e gestão (com assunção de
responsabilidade e discricionariedade por parte dos gerentes) que
promovam a otimização contínua do desempenho dos servidores
públicos como ferramenta-chave ao serviço da consecução dos eixos
antes mencionados.

A prestação de serviços públicos, no entanto, é regida por requisitos


jurídicos. Estes requisitos são explicitados por Diógenes Gasparini:
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade,
cortesia e modicidade.

Vejamos cada um destes requisitos:

REGULARIDADE
A regularidade exige que os serviços sejam prestados segundo padrões de
qualidade e quantidade impostas pela Administração Pública tendo em vista
o número e as exigências dos usuários, observando-se, ainda, as condições
técnicas exigidas pela própria natureza do serviço pública e as condições de
sua prestação.

CONTINUIDADE
A continuidade impõe ao serviço público o caráter de ser contínuo sucessivo.
O serviço público não pode sofrer solução de continuidade. Vale dizer: uma
vez instituído há de ser prestado normalmente, salvo por motivo de greve,
nos termos da lei regulamentadora. Não caracteriza descontinuidade da
prestação do serviço público quando interrompido em face de uma situação
de emergência ou quando sua paralisação se der, após competente aviso,
por motivo de ordem técnica ou de segurança das instalações.

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EFICIÊNCIA
A eficiência exige que o responsável pelo serviço público se preocupe
sobremaneira com o bom resultado prático da prestação que cabe oferecer
aos usuários. Ademais, os serviços, por força dessa exigência, devem ser
prestados sem desperdício de qualquer natureza, evitando-se, assim, onerar
os usuários por falta de métodos ou racionalização no seu desempenho.
Deve-se, ainda, buscar o máximo de resultado com um mínimo de
investimento, barateando a sua prestação e, por conseguinte, o custo para
os usuários.

SEGURANÇA
O serviço público deve ser prestado aos usuários com segurança, tendo em
vista a natureza do serviço. Nada deve ser menosprezado se puder, por
qualquer modo, colocar em risco os usuários do serviço público ou terceiros,
ou, ainda, bens públicos e particulares. Não deve haver qualquer descuido
ou omissão, por menor que seja na execução dos serviços de manutenção
dos equipamentos utilizados na prestação dos serviços públicos. As falhas
devem ser imediatamente corrigidas, substituindo-se as peças impróprias ou
promovendo a renovação das mesmas.

ATUALIDADE
A prestação de serviços públicos deve acompanhar as modernas técnicas de
oferecimento aos usuários. Ademais, a atualidade exige a utilização de
equipamentos modernos, cuidando-se bem das instalações e de sua
conservação, visando, sempre, a expansão e melhoria dos serviços públicos.
Esse requisito obriga a uma constante atualização tecnológica dos serviços
públicos.

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GENERALIDADE
O oferecimento do serviço público deve ser igual para todos. Satisfeitas as
condições para sua obtenção, deve ser prestado sem qualquer discriminação
a quem o solicita. Essa generalidade é decorrente do princípio da igualdade,
tracejado no art. 5 da Constituição Federal.

CORTESIA
Por este requisito, obriga-se a Administração Pública a oferecer aos usuários
de seus serviços um bom tratamento. Exige-se de quem presta serviço
público um tratamento urbano, sem o desdém daquele que o oferece. A
prestação, em tais condições, não é favor do agente ou da Administração
Pública, mas dever de um e de outro e, sobretudo, um direito do cidadão.

MODICIDADE
Este requisito impõe que os serviços públicos sejam prestados mediante
taxas ou tarifas justas, pagas pelos usuários para remunerar os benefícios
recebidos e permitir o seu melhoramento e expansão. Assim, os serviços
públicos não devem ser prestados com lucros ou prejuízos, mas mediante
retribuição que viabilize esses interesses.

Vejam esta questão da FCC

ITEM 42. (FCC/TJ_AP/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)


Em organizações públicas, a ênfase no cliente deve ser entendida como

(A) a prestação de serviços de qualidade em troca de taxas compatíveis com a renda da


clientela.
(B) a preocupação com a eficiência na prestação de serviços para aqueles que pagam
impostos.
(C) o fornecimento de bens e serviços padronizados já que todos pagam impostos.
(D) a incorporação dos cidadãos aos processos de gestão como virtuais proprietários dos
bens públicos.
(E) o reconhecimento de que o cliente é também um cidadão com o direito de ser sempre
respeitado e bem atendido.

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Vejamos as alternativas:
Alternativa A: As taxas não devem ser calculadas em função da renda, mas
sim do serviço prestado. ERRADO!
Alternativa B: todos devem ser tratados de forma igual, independente da
renda. ERRADO!
Alternativa C: Os serviços podem admitir variações, em função do
interesse público e para amparar aqueles que mais necessitam dos serviços
públicos.
Alternativa D: Não, os cidadãos não são gestores. Podem participar,
através do controle social, do monitoramento dos resultados, mas a gestão
cabe aos eleitos para isto e aos agentes públicos que receberam este
encargo oficialmente.
Alternativa E: É o princípio da cortesia. O cidadão é um cliente do estado e
precisa ser respeitado. A alternativa E é o gabarito.

Vamos à outra questão da FCC

ITEM 43. (FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Sobre gestão de resultados na produção de serviços públicos, é correto afirmar:

(A) Pelo requisito da regularidade, os serviços devem ser prestados segundo padrões de
qualidade e quantidade impostas pela Administração Pública, tendo em vista o número e as
exigências do usuário.
(B) O serviço público pode sofrer solução de continuidade, exceptuando-se os casos que é
interrompido em face de uma situação de emergência ou por motivo de ordem técnica.
(C) O administrador público não é responsável pelo resultado prático da prestação dos
serviços aos cidadãos, mas pela oneração aos usuários por falta de método ou
racionalização no seu desempenho.
(D) Pelo requisito da modicidade, os serviços públicos prestados não precisam ser
remunerados pelos cidadãos por benefícios recebidos.
(E) Os serviços prestados utilizam equipamentos e instalações de acordo com a tecnologia
ofertada pelos cidadãos, visando, sempre, a melhoria e a expansão dos serviços públicos.

Vejamos as alternativas

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Alternativa A: Perfeito, é exatamente a definição do Professor Diógenes


Gasparini, vista em aula. CERTO!
Alternativa B: Pelo contrário, o serviço público não pode sofrer solução de
continuidade, ou seja, precisa ser contínuo.ERRADO!
Alternativa C: Pelo princípio da eficiência, o administrador é responsável
pelo resultado prático da prestação de serviços. ERRADO!
Alternativa D: Não, os serviços públicos precisam ser remunerados, com
tarifas justas, que permitam sua manutenção e expansão. ERRADO!
Alternativa E: Pelo princípio da atualidade a administração deve prover
equipamentos modernos, segundo as mais atualizadas técnicas na prestação
de serviços.

O gabarito é a alternativa A.

Para finalizar este tópico vejamos outra questão da FCC

ITEM 44. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


O novo paradigma gerencial adotado pela Administração Pública enfatiza o lugar central do
cidadão como cliente dos serviços públicos. Em relação à diferença entre o cliente-cidadão e
o consumidor de serviços privados é correto afirmar que

(A) o cliente-cidadão consome serviços públicos apenas mediante um contrato formal com
os órgãos públicos.
(B) os dois são equivalentes, pois ambos consomem serviços mediante o pagamento de
taxas.
(C) o cliente só assume a condição de cidadão quando utiliza serviços exclusivamente
fornecidos pela Administração Pública.
(D) o consumidor de serviços privados pode reclamar da qualidade do atendimento nos
órgãos autorizados, enquanto o cidadão só pode agir por meio do voto.
(E) o cliente-cidadão consome serviços públicos na condição de portador de direitos e
deveres, por meio dos quais pode avaliar e até mesmo elaborar políticas públicas.

Alternativa A: Não, ele é portador de direitos e os serviços devem ser


idealizados para atender suas necessidades. ERRADO!
Alternativa B: Não, vimos que existem diferenças entre a gestão pública e
a gestão privada. Também existe diferenças na relação entre o cidadão e a
administração pública e o consumidor privado. ERRADO!

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Alternativa C: Não, ele é cidadão por participar da sociedade e cumprir
deveres, por isto também tem direitos. ERRADO!
Alternativa D: O cidadão cliente também pode reclamar dos serviços
prestados. ERRADO!
Alternativa E: Sim, é portador de direitos e deveres e pode participar da
elaboração de políticas públicas, através da sociedade civil organizada..

Portanto, o gabarito é a alternativa E

Bem, pessoal, fecho por aqui esta nossa primeira aula! Lembro que estou
disponível no fórum.

Até a próxima semana!

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4. Lista de Questões

ITEM 1. (FCC/ TRF_1a REGIÃO/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


As organizações do setor público

(A) agem segundo normas genéricas e flexíveis, uma vez que são reguladas pelos princípios
da impessoalidade e do interesse público; as do setor privado seguem regulamentos
exaustivos, exigidos pelos princípios da economicidade e efetividade que seus gestores são
obrigados a seguir.
(B) são regidas pelos princípios da competitividade e da responsabilidade social, exigindo
dos seus gestores criatividade e flexibilidade; as do setor privado só precisam seguir as
regras informais do mercado acionário.
(C) são regidas pelos princípios da publicidade e da responsabilidade social; as do setor
privado agem segundo os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
(D) agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem fazer o que
as leis autorizam; as do setor privado podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem.
(E) podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem, segundo o princípio da legalidade; as
do setor privado agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem
fazer o que as leis autorizam.

ITEM 2. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)


O objetivo da Administração Pública é
(A) o bem comum da coletividade administrada.
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.
(C) a obtenção de superávit primário.
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

ITEM 3.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Considerando-se os modelos de gestão na Administração Pública e na Administração Privada
é correto afirmar:

(A) Na Administração Pública, ao contrário da Administração Privada, há autonomia


decisória e baixos impactos de ingerências políticas no processo de gestão.
(B) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento não tem impacto político
maior que na Administração Privada.
(C) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o lucro, a Administração Privada
é orientada para o bem-estar social e serviços ao cidadão.
(D) Na Administração Privada há autonomia decisória, enquanto que no aspecto
organizacional a Administração Pública é afetada por forças externas.
(E) A rentabilidade é vital para a Administração Pública, enquanto para a Administração
Privada a rentabilidade dos produtos e serviços não é vital para o seu crescimento.

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ITEM 4. (FCC/TRT-RS/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA)


Com relação às convergências entre a gestão pública e a gestão privada, considere as
afirmativas abaixo.

I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma empresa, isto é, buscando
compatibilizar custos e resultados, atuar com os olhos no cliente consumidor e tomar
decisões rápidas para aproveitar oportunidades de mercado.

II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que a
impede de focar necessidades especiais dos cidadãos.

III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, independentemente da


capacidade de pagar pelo serviço prestado, o que pode dificultar alcançar a agilidade e a
eficiência das empresas privadas.

IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta princípios típicos da gestão
privada, como a economicidade e a eficiência.

V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a condições de trabalho


que impedem sua responsabilização diante das possíveis falhas no atendimento aos
cidadãos.

Estão corretas SOMENTE

(A) I, II, III e IV.


(B) II, III e V.
(C) I e III.
(D) III e IV.
(E) I, III e V.

ITEM 5. (FCC/2012/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)


Ao tratar de divergências e convergências entre a administração pública e a administração
privada, é correto afirmar:
a) Na administração pública, faz-se diferenciação entre pessoas, o que é regra na gestão
privada, a exemplo da segmentação de públicos e mercados.
b) O conceito de partes interessadas é semelhante para ambos, visto que suas decisões,
focam interesses de grupos mais diretamente afetados por uma questão.
c) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa privada
pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei.
d) A administração possui maior agilidade na área privada, dado que os servidores públicos
possuem menor interesse na gestão e recursos menos competitivos.
e) A administração pública empenha o mínimo de recursos para o desenvolvimento
sustentável, enquanto que na gestão privada, o investimento em sustentabilidade é
diferencial competitivo

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ITEM 6. (FCC/2012/ - TRE-CE - Analista Judiciário - Contabilidade


As organizações humanas formais, sejam privadas ou públicas, representam uma espécie
de arranjo entre os variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo de gestão
conhecido como planejamento, organização, direção e controle, em que os paradigmas ou
modelos de gestão são decididos e implantados para fazer funcionar a organização. A
obtenção de recursos para sustentar o funcionamento da organização pública difere da
organização privada devido

a) à transformação de desejos em necessidades pela organização pública.


b) ao poder de barganha dos fornecedores de serviços públicos.
c) ao poder de barganha dos Clientes-cidadãos.
d) ao poder extroverso.
e) à liderança em custos dos entes públicos

ITEM 7. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
No Estado patrimonial, a gestão política se confunde com os interesses particulares, ao
passo que, no modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos
candidatos aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança pessoal.

ITEM 8 (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
A administração patrimonialista representa uma continuidade do modelo inspirado nas
monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o
nepotismo inerentes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da
prestação de serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de cidadania, e sim
de paternalismo e subserviência.

ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)
A administração pública gerencial está voltada para o atendimento às demandas dos
usuários dos serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização
e na delegação de competência e define indicadores de desempenho, o que está associado à
adoção de contratos de gestão.

ITEM 10 (FCC/ 2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS)


Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

a) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial.


b) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.
c) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado
gerencial patrimonial.
d) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.
e) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução
de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade

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PACOTE ANALISTA ADMINISTRATIVO - TRT-15
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ITEM 11. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO)


A administração pública burocrática adota sistemas de controle e gestão centrados em
resultados e não em procedimentos.

ITEM 12. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO ADMINISTRATIVO)


A administração pública burocrática substituiu a administração patrimonialista, na qual o
Estado era entendido como propriedade do rei e em que não havia clara distinção entre o
patrimônio público e o privado.

ITEM 13. (CESPE/2010/ MPS/ ADMINISTRADOR)


O Estado oligárquico, modelo adotado no século passado, no Brasil, antes do primeiro
governo Vargas, atribuía pouca importância às políticas sociais, o que fortaleceu o papel de
instituições religiosas, voltadas para o atendimento das populações mais pobres e
desprotegidas.

ITEM 14. (CESPE/MDS/2006/TECNICO DE NIVEL SUPERIOR)


A reforma administrativa empreendida pelo DASP, na década de 30 do século passado, foi
inovadora por não estar alinhada aos princípios da administração científica presentes na
literatura mundial da época.

ITEM 15. (CESPE/INMETRO/2009/ANALISTA GESTÃO PÚBLICA)


A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como característica marcante o
fortalecimento das atividades fim do Estado em detrimento das atividades meio, ou seja,
aquelas relacionadas à administração em geral.

ITEM 16. (CESPE/OBSERVATORIO NACIONAL/2004/ANALISTA DE C &T)


O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi o órgão central de
modernização do Estado Novo.

ITEM 17 (CESPE/SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO)


A noção de sistema de mérito, proposto pelo DASP, apoiava-se em ingresso mediante
concurso, promoção conforme o mérito e ascensão mediante carreira.

ITEM 18. (ESAF/2010/MPOG/ ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO)


A análise da evolução da administração pública brasileira, a partir dos anos 1930, permite
concluir acertadamente que:

a) com o Estado Novo e a criação do DASP, a admissão ao serviço público passou a ser
feita exclusivamente por meio de concurso público, sendo descontinuadas as práticas do
clientelismo e da indicação por apadrinhamento.

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PACOTE ANALISTA ADMINISTRATIVO - TRT-15
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ITEM 19.(FCC/2011/TRT-23 ANALISTA JUDICIÁRIO)


O modelo de administração gerencial no Brasil

b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público


(DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais.

ITEM 20. (FUNIVERSA/2009/SEPLAG-DF/ ANALISTA PLANEJAMENTO E


ORÇAMENTO)
Acerca da evolução da administração pública no Brasil, assinale a alternativa incorreta

a) No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30 do século


passado. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira, em que o Estado
assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor produtivo de bens e serviços.

b) Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento


Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1936. Nos primórdios, a Administração
Pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à
racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de materiais,
revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos.

ITEM 21. (CESPE/2012/TRE-RJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


A implantação do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP) foi uma ação
típica da administração pública voltada para o paradigma pós-burocrático.

ITEM 22. (CESPE/ANCINE/2012/TECNICO EM REGULAÇÃO)


No que diz respeito à administração dos recursos humanos, a criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP) representou uma tentativa de formação da
burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional.

ITEM 23. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)


A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura burocrática e regida pelo
princípio do mérito profissional, não constitui, no seu conjunto, uma burocracia profissional
nos moldes weberianos.

ITEM 24. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA ADMINISTRATIVA)


Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava voltado
para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de intervenção do Estado
na vida econômica e social do país.

ITEM 25. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIOS – ÁREA ADMINISTRATIVA)


As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado guiavam-se
estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados, típicos de uma nação em
desenvolvimento.

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ITEM 26 . (SENADO/2002/CONSULTOR LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)


A continuidade do DASP foi assegurada nos governos que se seguiram — Dutra e JK —, de
modo a possibilitar a estruturação dos grupos executivos incumbidos de implementar
o Plano de Metas.

ITEM 27. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal no 200,

a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a


sua retirada como prestador direto de serviços públicos.
b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-
as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso
público.
c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa.
d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos.
e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência
de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

ITEM 28. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO/ AUDITOR FISCAL)


O Programa Nacional de Desburocratização, implantado no início dos anos 80, idealizado
pelo Ministro Hélio Beltrão, caracterizou-se

a) pela retomada dos conceitos contidos no Decreto- Lei no 200, de 1967, buscando, assim,
a atuação administrativa centralizada, sem, no entanto, deixar de lado a dimensão política
do governo.
b) pela diminuição do peso das instituições burocráticas no serviço público, procurando
retomar alguns procedimentos tradicionais da rotina administrativa, não necessariamente
alinhados com a eficiência.
c) pela implementação por meio de uma sólida base parlamentar de apoio, o que lhe
forneceu condições inéditas de sustentabilidade.
d) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar amplamente seus princípios
norteadores, concentrando-se na produção de mudanças no comportamento e na atuação
da burocracia pública.
e) pela introdução, no setor público, de alguns estilos gerenciais baseados nos modelos e
princípios administrativos do setor privado, conseguindo, assim, a ampla adesão de
empresas estatais e dos principais grupos financeiros do País.

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ITEM 29. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR)


A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e
Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta
pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao

a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado


federal sobre a administração indireta e fundacional.
b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os
sistemas de controle da atividade administrativa.
c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da
economia.
d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori.
e) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os
sistemas centralizados de controle de processos

ITEM 30. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR)


Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato
de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos
em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução
dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental.

ITEM 31. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado
com a afirmação do poder do Estado. A administração pública gerencial nega essa visão do
interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado.

ITEM 32. (FCC/2009/PGE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ADMINISTRADOR)


O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de
organização para a Administração Pública Federal. São eles:

a) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações.


b) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas.
c) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas.
d) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras.
e) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais.

ITEM 33. (FCC/2012/MPE-AP - ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO)


De acordo com a reforma do Estado brasileiro de 1995, quatro setores integram o aparelho
do Estado, com reflexos na organização da administração pública: o núcleo estratégico,
atividades exclusivas, serviços não exclusivos, produção de bens e serviços. São exemplos
dos setores de atividades exclusivas e serviços não exclusivos, respectivamente:

a) poderes executivo, legislativo, judiciário e telecomunicações.


b) educação, controle do meio ambiente e serviço de trânsito.
c) ministérios do poder executivo e captação de petróleo e gás.
d) fiscalização sanitária, saúde e educação.
e) educação e saúde e policiamento.

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ITEM 34. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO/AUDITOR FISCAL DO


MUNICÍPIO) -
É correto apontar entre as motivações para o movimento de Reforma do Estado, levado a
efeito na esfera federal pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,

a) o ideário neoliberal, que propõe a retirada do Estado de diversos setores da sociedade,


reduzindo-se seu papel de prestador direto de serviços públicos e de agente de fomento da
atividade econômica.
b) a intenção de ampliar a intervenção do Estado no domínio econômico, dada a crescente
demanda da sociedade por bens e serviços públicos, do que resultou a profissionalização e a
ampliação do Aparelho do Estado.
c) a crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo
esgotamento da poupança pública, o que ensejou a privatização em larga escala de
empresas estatais exploradoras de atividade econômica e prestadoras de serviço público.
d) o esgotamento do modelo de Estado prestador direto de serviços públicos, enfatizando-
se a privatização de empresas estatais, desonerando o Estado da responsabilidade pela
disponibilização de tais serviços aos usuários.
e) a necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como conseqüência do
cumprimento de obrigações com organismos internacionais, implicando redução do Aparelho
do Estado, bem como do setor público não-estatal, em função do esgotamento das fontes
de financiamento

ITEM 35. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado,
implementada no Brasil nos anos 90, a

a) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os


investimentos públicos demandados pela sociedade.
b) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo
esgotamento da poupança pública.
c) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a
crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos.
d) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do
cumprimento de obrigações com organismos internacionais.
e) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas
e clientelistas.

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ITEM 36. (FCC/2009/MPE-SE - ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO –


ADMINISTRAÇÃO)
O conceito de "publicização", idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa

a) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de


responsabilidade do Estado, como saúde e educação.
b) a estatização de atividades estratégicas.
c) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente
na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos.
d) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em
setores produtivos.
e) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da
Administração.

ITEM 37. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO)


Um balanço das reformas na administração pública, implementadas ao final dos anos 90 no
Brasil, indica que avanços e impedimentos fazem parte de seus resultados. Avanços
houveram no planejamento e no aperfeiçoamento da capacidade de gestão do Estado, em
melhorias na prestação dos serviços públicos e na inovação. São impedimentos para o
desenvolvimento adequado das reformas:

a) questões de sustentabilidade econômica, social e ambiental; população não aderente ao


e-gov.
b) desarticulação e incoerência entre reformas; a vontade política de membros do governo.
c) oscilação de moedas, gerando dificuldade em balanços de pagamento; baixa capacidade
empreendedora brasileira.
d) ausência de sistemas integrados facilitadores da net pública; baixa capacitação do
pessoal administrativo.
e) baixo índice de patentes e pesquisas acadêmicas voltadas à área pública; resistência
sindical para demissões.

ITEM 38. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO)


O conceito de accountability liga-se a

(A) prestação de contas da Administração e dos funcionários públicos perante a sociedade.


(B) mecanismos contemporâneos de elaboração das contas públicas.
(C) formas de elaboração do orçamento público pautadas pela responsabilidade fiscal.
(D) sistema gerencial de controle dos gastos públicos.
(E) metodologia gerencial norteamericana que inspirou a Reforma Administrativa
implementada nos anos 90 pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado
(MARE).

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ITEM 39. (FCC/BAHIAGAS/2010/TECNICO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS/ ADMINISTRAÇÃO)


Accountability é

(A) a relação de legitimidade e autoridade do Estado e do seu governo com a sociedade.


(B) o reconhecimento que tem uma ordem política, dependente das crenças e das opiniões
subjetivas, e seus princípios são justificações do direito de mandar.
(C) o conjunto de mecanismos e procedimentos que levam os decisores governamentais a
prestarem contas dos resultados de suas ações, garantindo-se maior transparência e a
exposição das políticas públicas.
(D) a capacidade do governo de representar os interesses de suas próprias instituições.
(E) a aquisição e centralização de poder do setor público na administração das agências, por
meio dos princípios de governança corporativa do setor privado.

ITEM 40. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


Dentre os meios utilizados pela Administração Pública para garantir a excelência nos
serviços públicos está a elaboração de compromissos periódicos entre o Estado e órgãos
públicos para a realização de metas por meio de

(A) contratos de serviço.


(B) auditorias contratuais.
(C) termos de ajustamento de conduta.
(D) pactos gerenciais.
(E) contratos de gestão.

ITEM 41. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


No Brasil, os sistemas de avaliação de desempenho na gestão pública ainda são incipientes.
A gestão por resultados poderia ser priorizada pela iniciativa de

(A) adotar princípios, tais como: tratar o cidadão como cliente, controle por objetivos e
metas ou governo por parcerias.
(B) redirecionar o sistema de avaliação dentro da administração governamental para uma
ação centrada no eixo da avaliação de custo do serviço prestado.
(C) elaborar e divulgar sistemas de indicadores de produtividade dos servidores públicos,
punindo os improdutivos com demissão ou redução salarial.
(D) garantir uma ampla divulgação e acompanhamento dos princípios e valores promovidos
pelos órgãos públicos, permitindo o controle pela sociedade.
(E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de avaliação de pesquisas
de opinião pública.

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ITEM 42. (FCC/TJ_AP/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)


Em organizações públicas, a ênfase no cliente deve ser entendida como

(A) a prestação de serviços de qualidade em troca de taxas compatíveis com a renda da


clientela.
(B) a preocupação com a eficiência na prestação de serviços para aqueles que pagam
impostos.
(C) o fornecimento de bens e serviços padronizados já que todos pagam impostos.
(D) a incorporação dos cidadãos aos processos de gestão como virtuais proprietários dos
bens públicos.
(E) o reconhecimento de que o cliente é também um cidadão com o direito de ser sempre
respeitado e bem atendido.

ITEM 43. (FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)


Sobre gestão de resultados na produção de serviços públicos, é correto afirmar:

(A) Pelo requisito da regularidade, os serviços devem ser prestados segundo padrões de
qualidade e quantidade impostas pela Administração Pública, tendo em vista o número e as
exigências do usuário.
(B) O serviço público pode sofrer solução de continuidade, exceptuando-se os casos que é
interrompido em face de uma situação de emergência ou por motivo de ordem técnica.
(C) O administrador público não é responsável pelo resultado prático da prestação dos
serviços aos cidadãos, mas pela oneração aos usuários por falta de método ou
racionalização no seu desempenho.
(D) Pelo requisito da modicidade, os serviços públicos prestados não precisam ser
remunerados pelos cidadãos por benefícios recebidos.
(E) Os serviços prestados utilizam equipamentos e instalações de acordo com a tecnologia
ofertada pelos cidadãos, visando, sempre, a melhoria e a expansão dos serviços públicos.

ITEM 44. (FCC/PGE_RJ/2009/TECNICO SUPERIOR/ ADMINISTRADOR)


O novo paradigma gerencial adotado pela Administração Pública enfatiza o lugar central do
cidadão como cliente dos serviços públicos. Em relação à diferença entre o cliente-cidadão e
o consumidor de serviços privados é correto afirmar que

(A) o cliente-cidadão consome serviços públicos apenas mediante um contrato formal com
os órgãos públicos.
(B) os dois são equivalentes, pois ambos consomem serviços mediante o pagamento de
taxas.
(C) o cliente só assume a condição de cidadão quando utiliza serviços exclusivamente
fornecidos pela Administração Pública.
(D) o consumidor de serviços privados pode reclamar da qualidade do atendimento nos
órgãos autorizados, enquanto o cidadão só pode agir por meio do voto.
(E) o cliente-cidadão consome serviços públicos na condição de portador de direitos e
deveres, por meio dos quais pode avaliar e até mesmo elaborar políticas públicas.

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