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Manual de MR 7 2008-10-29

Tector
Reparações
Eixo Traseiro

Eixo Traseiro
(RS-23-240)
Tector

Descrição de Reparações
Tector / Eixo Traseiro (RS-23-240) MR 7 2008-10-29

Índice

Generalidades 7
Primeira redução - alta velocidade 8
Segunda redução - baixa velocidade 8
Eixo traseiro com diferencial de dupla velocidade 9
Vista explodida 10
Identificação 12
Características e dados 13
Diagnose 15
Desmontagem 16
Remoção do mecanismo de mudança de velocidade 16
Remoção do diferencial 17
Remoção do sistema de mudança de velocidade 18
Remoção das capas dos mancais 19
Desmontagem da caixa suporte 20
Desmontagem da caixa dos satélites 21
Desmontagem da caixa do pinhão 25
Preparação para montagem 26
Limpeza 26
Secagem 26
Inspeção 26
Inspeção dos rolamentos 27
Inspeção do par coroa e pinhão 28
Inspeção da caixa dos satélites-conjunto 28
Inspeção do sistema planetário 28
Inspeção dos semi-eixos 29
Inspeção da caixa do diferencial 29

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Inspeção do garfo / flange da junta universal 29


Inspeção da carcaça 29
Estocagem 29
Manutenção 29
Recuperação através de solda 30
Trava líquida 30
Características das travas líquidas 30
Desmontagem 30
Limpeza 31
Montagem 31
Procedimento para aplicação 31
Junta química 32
Descrição 32
Limpeza 32
Secagem 32
Procedimento para aplicação 32
Montagem 33
Montagem da caixa do pinhão 33
Instalação da caixa do pinhão 36
Montagem da caixa dos satélites 37
Montagem da caixa suporte 39
Instalação da caixa suporte 40
Montagem do sistema de mudança de velocidade 41
Instalação do diafragma do mecanismo (quando houver) 43
Instalação do diferencial 43
Ajuste do parafuso de encosto da coroa 44

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Rolamentos do pinhão 45
Identificação do calço de ajuste dos rolamentos do pinhão 45
Procedimento para determinação da pré-carga 46
Procedimento para determinação da pré-carga 47
Montagem do pinhão 48
Identifição dos calços de ajuste da caixa do pinhão 48
Procedimento para a determinação dos calços 49
Procedimento para determinação dos calços com
51
ferramenta especial
Sistema satélite / planetário 56
Rolamentos da caixa suporte 57
Método para ajuste da pré-carga 57
Método alternativo 57
Folga de engrenamento 59
Contato dos dentes coroa e pinhão 59
Processo de verificação 59
Contatos satisfatórios 60
Contatos incorretos 60
Lubrificação 62
Viscosidade 62
Inspeção e recomendações 63
Período de troca 63
Bujão magnético 63
Momentos de aperto 64
Instrução 66
Operação do mecanismo de mudança de velocidade 66
Ferramentas especiais 67

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Generalidades

O eixo traseiro Meritor RS-23-240 é de dupla velocidade com acionamento pneumático,


tipo portante, com carcaça em aço e perfis estampados e soldados.

O diferencial de simples redução com dupla velocidade apresenta as seguintes caracte-


rísticas:

- Coroa e pinhão do sistema hypoid-generoid.

- Pinhão com haste sobre dois rolamentos de rolos cônicos, que absorvem os esforços
axiais e radiais e um rolamento de rolos cilíndricos junto ao topo da cabeça, que
absorve as cargas radiais.

- Conjunto caixa suporte e coroa, montados sobre rolamentos de rolos cônicos.

- Satélites e planetários com dentes cônicos retos.

- Segunda redução, provida por um sistema planetário, de engrenagem de dentes retos,


localizado sob a coroa hipoidal.

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Primeira redução - alta velocidade Segunda redução - baixa velocidade

Em alta velocidade, a engrenagem solar Em baixa velocidade, a engrenagem


está engrenada com a caixa suporte, o solar está engrenada com a placa de tra-
que bloqueia o funcionamento das engre- vamento.
nagens do sistema planetário.
Dessa forma, a unidade tratora funcio-
Com o redutor planetário bloqueado, o nará como um sistema motriz de dupla
esforço trator é transmitido do par coroa e redução, permitindo aumentar a
pinhão diretamente para as engrenagens capacidade de tração do veículo.
do sistema diferencial (satélites e plan-
etários). A mudança de velocidade é efetuada por
um mecanismo (do tipo elétrico, a ar ou a
Dessa forma, a unidade tratora funcio- vácuo) montado no diferencial com sua
nará como um sistema motriz de simples unidade de comando instalada na cabina
redução, permitindo ao veículo desen- do veículo. Acionando-se o mecanismo, a
volver velocidades mais altas. engrenagem solar é deslocada de sua
posição anterior e engrena com a placa
de travamento, liberando assim o funcio-
namento das engrenagens do sistema
planetário.

Figura 1

Figura 2

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Eixo traseiro com diferencial de dupla velocidade

Informação de identificação do modelo do eixo na plaqueta de identificação

R S - 23 - 2 4 0
Variação da versão do eixo:
Meritor Indica o nível ou variação de
(Rockwell) desenvolvimento do modelo.

Tipo do diferencial: Tamanho do diferencial.


Números altos indicam alta capacidade GCW
do diferencial (ex.: tamanho de coroa).

Tipo de engrenamento
2 = duas velocidades

Capacidade de carga nominal do eixo (GAWR)


em milhares de libras

Tipo do eixo
S = Único eixo traseiro de tração

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Vista explodida

Figura 3

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1. Caixa do diferencial 33. Arruela cônica


2. Parafuso (capa do mancal) 34. Porca
3. Arruela 35. Garfo de mudança
4. Roletes 36. Pino de articulação do garfo
5. Caixa dos satélites (metade planetária) 37. Parafuso de fixação da placa de travamento
6. Caixa dos satélites (metade simples) 38. Tampão
7. Satélite 39. Coroa e pinhão
8. Arruela de encosto do satélite 40. Rolamento piloto do pinhão
9. Cruzeta do diferencial 41. Anel elástico
10. Planetário (cubo curto) 42. Calço de ajuste (caixa pinhão)
11. Planetário (cubo longo) 43. Caixa do pinhão
12. Arruela de encosto do planetário 44. Rolamento capa (interna do pinhão)
13. Parafuso (caixa dos satélites) 45. Rolamento capa (externa do pinhão)
14. Eixo das engrenagens planetárias 46. Rolamento cone (externo do pinhão)
15. Arruela de encosto 47. Calço de ajuste (rolamento pinhão)
16. Engrenagem planetária 48. Rolamento cone (interno pinhão)
17. Pino 49. Garfo da junta universal
18. Arruela de encosto da caixa dos satélites 50. Defletor de pó
19. Caixa suporte (metade com flange) 51. Vedador do pinhão
20. Caixa suporte (metade simples) 52. Arruela
21. Parafuso (caixa suporte) 53. Porca do pinhão
22. Rolamento cone (caixa suporte flange) 54. Parafuso (caixa pinhão)
23. Rolamento cone (caixa suporte simples) 55. Arruela
24. Rolamento capa (caixa suporte flange) 56. Parafuso de encosto da coroa
25. Rolamento capa (caixa suporte simples) 57. Porca
26. Anel de ajuste lado esquerdo 58. Diafragma
27. Anel de ajuste lado direito 59. Prisioneiro (fixador do mecanismo)
28. Contrapino 60. Arruela
29. Pino de travamento 61. Porca
30. Engrenagem solar 62. Mecanismo mudança de velocidade
31. Placa de travamento 63. Espaçador dos roletes
32. Prisioneiro (fixador da placa) 64. Roletes

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Identificação

A unidade apresenta placas de identifi- Essas informações permitirão uma identi-


cação, nas quais estão gravadas as ficação correta das peças de reposição
especificações básicas do produto. desejadas, permitindo a execução de
uma operação de serviço mais rápida e
MODEL (modelo) precisa.
CUST Nº (número do cliente)
PART Nº (número do produto)
RATIO (reduções do diferencial)
SERIE Nº (número de série)
DATE (data de fabricação)

Figura 4

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Características e dados

Tipo do eixo: Meritor RS-23-240

Dupla velocidade 4,56:1 (alta)


6,21:1 (baixa)

Grupo diferencial

4,10:1 (41/10)
Relação de redução cônica 4,56:1 (41/9)
(nº de dentes: coroa/pinhão) 4,88:1 (39/8)
5,57:1 (39/7)

Dois rolamentos de rolos


Rolamentos do pinhão cônico cônicos e um de rolos
cilíndricos

Pré-carga dos rolamentos do


pinhão (sem junta)

Rolamentos novos 1,7 - 4,0 Nm

Rolamentos reutilizados 1,1 - 2,3 Nm

Ajuste da pré-carga dos


Através de arruelas de ajuste
rolamentos do pinhão cônico

18,33 18,64 18,95


18,35 18,66 18,98
18,38 18,69 19,00
18,40 18,72 19,03
18,43 18,74 19,05
Espessura das arruelas de ajuste
18,45 18,77 19,08
da pré-carga dos rolamentos do
18,48 18,79 19,11
pinhão cônico (mm)
18,51 18,82 19,13
18,53 18,85 19,16
18,56 18,87 19,18
18,59 18,90 19,21
18,61 18,92 19,24

Ajuste da folga entre o pinhão e


Através dos anéis de ajuste
coroa

Folga entre o pinhão e coroa 0,25 - 0,40 mm

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Ajuste da abertura das capas Através dos anéis


de mancais de ajuste

Rolamentos novos:
0,15 - 0,33 mm
Abertura das capas de mancais
Rolamentos usados:
0,08 - 0,16 mm

Pré-carga dos rolamentos da 33,9 - 40,7 Nm


caixa de satélites (25 - 30 lbf.pé)

Posicionamento do pinhão
Através de calços
cônico em relação à caixa de
de ajuste
satélites

Espessura dos calços de ajuste


0,08 mm
entre a
0,13 mm
meia-carcaça do pinhão e a
0,25 mm
carcaça do diferencial

Óleo para o eixo traseiro API GL5 80W140


ou
API GL5 85W140

Quantidade: 18 litros

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Diagnose

As principais anomalias de funcionamento do eixo traseiro são:


1. Ruídos no eixo traseiro 3. Ruídos no arranque
2. Ruídos ao retorno 4. Ruídos em curvas

1 Ruídos no eixo traseiro

Verifique se não existem vazamentos


Nível de óleo lubrificante insuficiente. Sim pelas guarnições ou pela carcaça do
eixo traseiro. Complete o nível.

Não

Ranhuras de união dos semi-eixos com as


Verifique o eixo traseiro e substitua as
engrenagens planetárias do diferencial Sim
peças gastas ou danificadas.
danificadas.

Não

Rolamentos dos cubos de rodas Efetue a regulagem da folga dos


Sim
desregulados. rolamentos.

Não

Regulagem incorreta ou deterioramento das


Localize o problema e efetue a revisão
engrenagens ou dos rolamentos do grupo Sim
do grupo.
diferencial.

2 Ruídos ao retorno

Desmonte a tampa de inspeção das


Folga de acoplamento incorreta entre o pinhão
Sim engrenagens e efetue a regulagem da
e a coroa cônica.
folga entre o pinhão e a coroa.

3 Ruídos no arranque

Verifique se não existem vazamentos


Lubrificação insuficiente. Sim pelas guarnições ou pela carcaça do
eixo traseiro. Complete o nível.

Não

Rolamentos da caixa de satélites


Sim Revise o grupo.
desregulados ou deteriorados.

Não

Contato incorreto dos dentes entre o pinhão e


Sim Ajuste o contato entre os dentes.
a coroa cônica.

4 Ruídos em curvas

Folga incorreta entre o grupo de satélites e Revise e, se necessário, substitua


Sim
planetárias. o grupo.

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Desmontagem

Antes de iniciar as operações de serviço,


identifique a unidade a ser reparada, con-
sultando as placas de identificação afixa-
das na carcaça e na caixa do diferencial.

- Remova o bujão de drenagem, locali-


zado na face inferior do bojo da carcaça Figura 6
e escoe todo o óleo existente.

Figura 7
Figura 5
Remoção do mecanismo de mudança
Cuidado: de velocidade

1. Não bata diretamente no semi-eixo. A. Desconecte a linha de acionamento do


mecanismo.
2. Não introduza cunhas ou talhadeiras
entre o semi-eixo e o cubo da roda, B. Solte as porcas e arruelas dos prisio-
para evitar danos irreparáveis nestas neiros de fixação do mecanismo.
peças.
C. Remova o mecanismo.
- Remova os semi-eixos.

- Desconecte a árvore de transmissão.

- Solte as porcas, as arruelas de pressão


e arruelas cônicas, dos prisioneiros de
fixação dos semi-eixos.

Importante: Para remover as arruelas


cônicas, apóie uma barra de latão (com
diâmetro de 38 mm) na depressão exis-
tente no centro do flange do semi-eixo
e bata na mesma com um martelo de Figura 8
bronze ou use uma porca auxiliar,
batendo com o martelo no sextavado Atenção: Pode existir uma pequena ten-
da porca. são na mola do mecanismo, dificultando
um pouco a sua remoção, porém, isto é
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normal.
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D. Quando existir, remova, manualmente, C. Solte o diferencial da carcaça, utili-


e descarte o diafragma e a mola de zando um suporte adequado e um
retenção, se for necessária a sua macaco.
substituição.

Figura 10
Figura 9
Importante:

1. Se houver necessidade de utilização


Remoção do diferencial de parafusos de sacar, o flange da
caixa do diferencial dispõe de furos
A. Desloque, manualmente, o garfo de roscados (2 para o modelo 220 e 3
mudança (no sentido oposto ao dife- para os modelos 230 / 240) para essa
rencial) até a posição de baixa veloci- finalidade. Pode-se utilizar os mes-
dade (BV). Esta operação visa eliminar mos parafusos de fixação do diferen-
a interferência entre a engrenagem cial nessa operação.
solar e a boca da carcaça, permitindo
fácil remoção do diferencial. 2. Aplique, se necessário, golpes firmes
com martelo de plástico para despren-
B. Solte as porcas e arruelas dos prisio- der o diferencial do efeito adesivo da
neiros e/ou os parafusos de fixação do junta química.
diferencial.
D. Instale a unidade em um suporte ade-
quado.

Figura 11

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Remoção do sistema de mudança de


velocidade

A. Bata os tampões e o pino de articu- C. Para remover a placa de travamento,


lação do garfo, utilizando um ponteiro solte os seus componentes de fixação.
de bronze e golpes com martelo de
plástico. Cuidado: Não bata diretamente na placa,
nem introduza cunhas ou talhadeiras
entre a placa e a caixa do diferencial,
para evitar danos irreparáveis nestas
peças.

Figura 12

Atenção: O pino deverá ser removido


pelo lado superior do diferencial, pois sua Figura 14
sede é escalonada.
- Solte a porca e o parafuso de encosto
B. Remova, simultaneamente, o garfo e a da coroa.
engrenagem solar.

Figura 15
Figura 13

Nota: Gire, se necessário, a engrenagem


solar, para facilitar a sua remoção.

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- Meça e anote o valor da folga de engre- Remoção das capas dos mancais
namento dos dentes do par hipoidal.
Consulte “Ajuste da folga de engrena- A. Remova e descarte o contrapino de
mento”. travamento do anel de ajuste do lado
direito.

Figura 16

Figura 17
Atenção: Antes de efetuar a medição,
remova todo óleo existente nos dentes da
coroa e do pinhão com um dos solventes B. Solte os parafusos dos mancais.
indicados em “Limpeza” e seque, em
seguida, conforme é recomendado em
“Secagem”.

Figura 18

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C. Remova, manualmente, as capas dos Desmontagem da caixa suporte


mancais e os anéis de ajuste.
A. Solte os parafusos que fixam a coroa e
as duas metades da caixa suporte.

Figura 19

Importante: Golpeie, se necessário,


Figura 21
levemente as capas com martelo de plás-
tico, em sentido oblíquo, para afrouxá-
B. Separe a caixa suporte metade-flange,
las.
da coroa, utilizando um extrator ade-
quado.
- Remova a caixa suporte.

Figura 22

Figura 20

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C. Remova a caixa dos satélites e a arru- Desmontagem da caixa dos satélites


ela de encosto, utilizando um suporte
adequado. A. Marque com tinta não lavável, as duas
metades da caixa e a cruzeta para que
a posição original seja mantida na
remontagem.

Figura 23 Figura 26

D. Separe a coroa da caixa suporte -


metade-simples, se for necessária a B. Imobilize a caixa dos satélites sobre
substituição de uma destas peças. um dispositivo adequado e solte os
parafusos de fixação das duas meta-
Nota: Para remover a caixa, utilize des.
preferivelmente uma prensa ou bata com
martelo em um pino de bronze, apoiado
na face interna da mesma.

E. Saque, se necessário, os cones dos


rolamentos das metades da caixa, utili-
zando um extrator adequado ou uma
prensa.

Figura 27

Figura 24

Figura 25
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C. Separe as duas metades da caixa dos


satélites e remova seus componentes
internos, conforme a seqüência a
seguir.

Figura 31

D. Remova a caixa dos satélites metade


planetária, do dispositivo.
Figura 28

E. Marque os eixos das engrenagens


planetárias e a caixa, antes da des-
montagem, para que a posição original
dessas peças seja mantida na remon-
tagem.

F. Bata os pinos de travamento para den-


tro dos eixos das engrenagens plane-
tárias.

Figura 29

Figura 32
Figura 30

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Nota: Alertamos que o pino de trava- G. Remova os eixos, as engrenagens


mento está instalado em um furo cego. planetárias e as arruelas internas e
Por isso, a operação de bater o pino para externas.
dentro do eixo deve ser efetuada com
golpes leves e martelo, apenas o sufi-
ciente para deixar livre a passagem do
eixo.

Figura 34

Cuidado: Ao remover as engrenagens


planetárias, tome o devido cuidado para
não perder, nem misturar os roletes e
Posição do pino para liberação do eixo
espaçadores de uma engrenagem com
Figura 33
os de outra. Coloque os roletes da
engrenagem em sacos plásticos.

O comprimento do pino de travamento é - Imobilize o garfo / flange da junta uni-


menor que o diâmetro do eixo das engre- versal com uma ferramenta adequada e
nagens. Portanto, a remoção do eixo solte a porca do pinhão.
pode ser feita facilmente após o pino
estar dentro do eixo.

Cuidado: Não aplique golpes fortes de


martelo, pois como o furo é cego, a
extremidade do pino pode marcar o olhal
da caixa dos satélites-metade planetária.

Figura 35

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- Saque o garfo / flange da junta univer- - Para remover a caixa, solte os seus
sal, utilizando um extrator adequado. parafusos e as arruelas de fixação.

Figura 38
Figura 36

Cuidado: Não introduza cunhas ou talha-


Importante: Não remova esse compo- deiras entre a caixa do pinhão e a caixa
nente com golpes de martelo, pois isto do diferencial, para evitar danos irrepará-
poderá provocar o empenamento do veis nestas peças, bem como nos calços
mesmo, além de fazer marcas profundas de ajuste.
nos rolamentos, impedindo um possível
reaproveitamento dos mesmos. Remova e amarre os calços de ajuste da
caixa do pinhão, de forma que a posição
Remova e descarte o vedador do pinhão. original dos mesmos seja mantida na
montagem, em caso de reutilização dos
mesmos.

Figura 37
Figura 39
Importante: Para remover o vedador de
forma fácil e segura, introduza uma
chave de fenda entre o flange do vedador
e a caixa do pinhão e faça movimentos
de alavanca em vários pontos para que o
mesmo seja expelido gradativamente,
sem danificar a caixa do pinhão.

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Desmontagem da caixa do pinhão D. Remova da haste do pinhão, manual-


mente, o calço de ajuste dos rolamen-
A. Saque o pinhão utilizando um extrator tos.
adequado ou uma prensa.

E. Saque, se necessário, o cone do rola-


mento traseiro, utilizando um extrator
adequado ou uma prensa.

Figura 40

Importante: Não remova o pinhão com


golpes de martelo, pois o efeito das bati-
das danifica os rolamentos, impedindo Figura 42
um possível reaproveitamento dos mes-
mos. F. Remova e descarte o anel elástico, uti-
lizando um alicate adequado.
B. Remova, manualmente, o cone do
rolamento dianteiro. G. Saque, se necessário, o rolamento
piloto, utilizando um extrator adequado
C. Saque, se necessário, as capas dos ou uma prensa.
rolamentos dianteiro e traseiro, utili-
zando um extrator adequado ou uma
prensa.

Figura 43

Figura 41

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Preparação para montagem

Limpeza

A unidade pode sofrer lavagem externa, Limpe a parte interna da carcaça para
a fim de facilitar a sua remoção e des- remover eventuais impurezas desprendi-
montagem. Neste caso, todas as abertu- das na remoção do diferencial, utilizando
ras deverão estar tapadas para evitar a os solventes citados anteriormente.
possibilidade de entrada de água ou umi-
dade no interior do conjunto. Limpe o bujão de respiro cuidadosa-
mente (pode ser utilizado jato de ar). Se o
Importante: Não recomendamos a lava- mesmo estiver entupido ou danificado,
gem da unidade após a sua remoção da substitua-o.
carcaça. Quando este sistema de lim-
peza é utilizado, a água fica retida nas Cuidado: Os bujões entupidos provocam
peças. Isto pode provocar oxidação (fer- o aumento da pressão interna da
rugem) em peças críticas e possibilitar a unidade, podendo acarretar vazamento
circulação destas partículas de ferrugem de óleo pelos vedadores.
no óleo. O desgaste prematuro de rola-
mentos, engrenagens e outras peças
pode ser causado por esta prática.
Secagem
Por esta razão, o conjunto deverá ser
totalmente desmontado, pois não é pos- As peças deverão ser totalmente secas,
sível limpar adequadamente de outra imediatamente após sua limpeza, que
forma. deve ser feita utilizando panos de
algodão, limpos e macios.
Não use gasolina.
Nota: O ar comprimido pode ser empre-
Lave todos os componentes que pos- gado também na secagem das peças,
suam superfícies usinadas ou retificadas exceto para os rolamentos.
(engrenagens, rolamentos, calços,
cruzeta) usando solventes apropriados a
base de petróleo, tais como: óleo diesel
ou querosene. Inspeção

Lave as peças fundidas (caixa dos É de vital importância a inspeção total e


satélites, capa do mancal, interior da cuidadosa de todos os componentes da
caixa do diferencial) utilizando os sol- unidade, antes da sua remontagem. Esta
ventes citados anteriormente. inspeção vai acusar as peças com des-
gaste excessivo ou trincas, que deverão
Remova, cuidadosamente, todas as ser substituídas.
partículas de junta.

Consulte “Junta química”.

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Inspeção dos rolamentos

Inspecione todos os rolamentos de rolos C. Desgaste (com rebaixo visível) na


cilíndricos e/ou de rolos cônicos (capas e pista da capa ou do cone e/ou inden-
cones), inclusive aqueles que não foram tações profundas, trincas ou quebras
removidos das sedes em que se encon- nas sedes da capa e/ou do cone, ou
tram montados, e substitua-os se os nas superfícies dos roletes cônicos.
mesmos apresentarem qualquer um dos
defeitos mencionados a seguir.

- Remova os rolamentos a serem substi-


tuídos com dispositivos adequados (um
extratror ou prensa).

- Evite o uso de punções e martelos que


podem danificar também as sedes,
onde esses rolamentos se encontram
montados.

A. Desgaste acentuado na face larga dos Figura 46


roletes cônicos, com eliminação quase
total do rebaixo central, e/ou raio des-
gastado, com canto vivo, na face larga D. Corrosão (causada pela ação química)
dos roletes. ou cavidade nas superfícies de funcio-
namento.

Figura 47

Figura 44 E. Lascamento ou descamação na super-


fície da capa e/ou do cone.
B. Sinais de atrito na gaiola dos roletes
cônicos.

Figura 48

Figura 45

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Inspeção do par coroa e pinhão

Inspecione essas engrenagens, obser- Importante: Se houver necessidade de


vando se há desgaste ou danificações substituir um satélite ou planetário danifi-
como: trincas, depressões, rachaduras cado, troque todas as engrenagens,
ou lascas. Verifique também as sedes inclusive as arruelas de encosto. A com-
dos cones dos rolamentos e o entalhado binação de peças novas com usadas
do pinhão. pode resultar em falha prematura do con-
junto.
Nota: As engrenagens hipoidias generoid
são usinadas e acasaladas em pares,
para garantir a posição ideal de contato
entre os seus dentes. Portanto, se for Inspeção do sistema planetário
necessário trocar uma coroa ou um
pinhão danificado, ambas as engrena- A. Inspecione os diâmetros e dentes das
gens hipoidais / generoid deverão ser engrenagens planetárias, da engrena-
substituídas. gem solar e os dentes retos da coroa
hipoidal, quanto a desgaste ou danifi-
cações. As engrenagens que apresen-
tarem trincas, depressões, rachaduras
Inspeção da caixa dos satélites-con- ou lascas deverão ser substituídas.
junto
B. Inspecione as faces de apoio das arru-
elas de encosto das engrenagens
Inspecione os componentes do sistema
planetárias. Se qualquer uma das arru-
diferencial e substitua as peças que apre-
elas apresentar desgaste acentuado,
sentarem depressões, trincas, ovalização
empenamento ou entalhes, substitua
excessiva em furos e semi-furos ou des-
todas.
gaste acentuado nas superfícies de tra-
balho. Verifique também as áreas de C. Inspecione os roletes e os espaça-
trabalho abaixo especificadas: dores.

A. Sedes das arruelas de encosto e os D. Inspecione as sedes de montagem


semifuros de montagem das pernas da dos eixos das engrenagens planetá-
cruzeta, em ambas as metades da rias, na caixa dos satélites-metade pla-
caixa dos satélites. netária. Verifique se os furos estão
livres de rebarbas em ambas as extre-
B. Superfícies de apoio das arruelas de midades.
encosto dos satélites e planetários. E. Inspecione os diâmetros dos eixos das
engrenagens planetárias. Se qualquer
C. Pernas da cruzeta. um dos eixos apresentar desgaste,
entalhes ou riscos no diâmetro, substi-
D. Dentes e entalhados dos planetários. tua todos.

E. Dentes e furos dos satélites. F. Inspecione o garfo de mudanças de


velocidade e os dentes de acopla-
mento em baixa velocidade (placa de
travamento e engrenagem solar), e
substitua as peças que apresentarem
desgaste acentuado, empenamento
ou entalhes.

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Inspeção dos semi-eixos Manutenção

Verifique se há trincas e desgaste exces- Substitua todas as peças que apresen-


sivo no entalhado ou ovalização nos tarem desgaste ou estiverem danificadas,
furos do flange. utilizando sempre componentes originais
Iveco, para garantir um serviço de
manutenção com resultados satisfatórios,
pois o uso de peças não originais provo-
Inspeção da caixa do diferencial cará diminuição da vida da unidade.

Observe se há existência de fraturas em Para uma melhor orientação, informamos


qualquer superfície ou rebarbas nas alguns critérios básicos de verificação,
regiões usinadas. para fins de reparos e/ou substituição dos
componentes.
A. Substitua as porcas e os parafusos
que apresentarem os cantos da
Inspeção do garfo / flange da junta uni-
cabeça arredondados e/ou a rosca
versal
danificada.
Substitua o garfo / flange da junta univer- B. Substitua as arruelas de pressão, arru-
sal, caso apresente desgaste acentuado elas lisas, anéis elásticos, pinos elásti-
na área de trabalho dos lábios do veda- cos e contrapinos.
dor.
C. Sempre que a unidade for recondi-
cionada, substitua também o vedador
do pinhão, e os tampões do pino de
Inspeção da carcaça articulação do garfo.
D. Remova todas as partículas de junta.
Verifique se há sinais de trincas, prisio- Consulte em “Junta química”.
neiros soltos, rebarbas ou entalhes nas
superfícies usinadas. E. Remova entalhes, manchas, rebarbas
ou outras imperfeições das superfí-
cies usinadas.
F. As roscas devem estar limpas e sem
Estocagem danos para se obter um ajuste exato e
o momento de aperto correto.
As peças, após lavagem, secagem e
inspeção, deverão ser imediatamente G. Sempre que possível, use uma prensa
remontadas ou cobertas com uma fina para a remontagem das peças.
camada do óleo especificado em “Lubrifi-
H. Aperte todos os componentes de
cação”, a fim de evitar oxidação.
fixação ou travamento, com os valores
especificados em “Momentos de
As peças, que tiverem que ser estoca-
aperto”.
das, deverão ser cobertas com uma boa
camada de óleo, ou qualquer outro pre- I. Remova os entalhes ou rebarbas da
ventivo a corrosão, e guardadas em caixa carcaça.
fechada ou equivalente, protegendo-as
da poeira, umidade e ferrugem (com
exceção dos componentes já protegidos
com pintura, zincagem, etc.).

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Recuperação através de solda Trava líquida


No interesse da segurança e da preser- A trava líquida foi adotada como principal
vação da vida da manutenção a ser efe- elemento de travamento dos compo-
tuada, recomendamos que não sejam nentes. Portanto, essa seção descreve
feitos reparos através de operação de os cuidados necessários para o uso ade-
soldagem, os quais podem afetar a inte- quado desse adesivo líquido.
gridade estrutural dos componentes, bem
como provocar distorções naqueles já As travas líquidas curam-se na ausência
submetidos a processos de tratamento do ar e por serem líquidas preenchem
térmico. rápido e uniformemente todo o espaço
existente entre as roscas, possibilitando a
O reparo com solda somente pode ser obtenção de um travamento mais efi-
aprovado onde são impostos rigorosos ciente e seguro que os sistemas conven-
controles com equipamentos que, nor- cionais existentes.
malmente, só se encontram nos locais de
fabricação.
Características das travas líquidas

Tempo
Produto Tipo Cor
de cura

271 Vermelho 2 horas


Loctite 241 Azul 6 horas
221 Violeta 6 horas

1334 Vermelho 6 horas


Three
1305 Verde 6 horas
Bond
1341 Azul 10 horas

Desmontagem

Efetue a desmontagem dos conjuntos tra-


vados originalmente com trava líquida,
utilizando os procedimentos normais da
desmontagem mecânica.

Atenção: Não utilize chaves de impacto


ou golpes de martelo, para evitar danos
na cabeça desses componentes. Se a
remoção de uma porca, por exemplo, se
tornar difícil devido ao desgaste de sua
cabeça ou por necessitar de um esforço
bastante alto para o seu desaperto,
reduza a resistência da trava líquida
aquecendo a cabeça desse componente
a 150ºC, aproximadamente, ao mesmo
tempo em que se tenta afrouxá-lo. Esse
procedimento deve ser feito lentamente,
para evitar tensões térmicas nos compo-
nentes desse conjunto.
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Limpeza Procedimento para aplicação

Limpe, cuidadosamente, o furo roscado e A. Aplique a trava líquida de forma a


a rosca de fixação (parafuso, porca ou preencher toda a folga entre as roscas.
prisioneiro), eliminando totalmente a No caso de roscas internas (com furo
sujeira, óleo, graxa ou umidade. A cego), aplique de 4 a 6 gotas nos
remoção deverá ser efetuada com um filetes dentro do furo roscado.
agente de limpeza, como: tricloroetileno
ou outro solvente clorado.

Montagem

Antes de iniciar essa operação, verifique


os locais de aplicação especificados em
“Montagem”. Se houver, nesse conjunto,
por exemplo, parafusos que não foram
removidos durante a desmontagem da
unidade, porém tiveram aplicação ante-
rior da trava líquida, é necessário que se
verifique a condição de aperto de cada
Figura 49
um deles. Neste caso, aplique o
momento de aperto (mínimo)
Nota: Quando o furo não for passante,
recomendado. Se o parafuso não girar, a
aplique trava líquida na rosca do furo,
sua condição é satisfatória. Se girar,
pois quando a trava é aplicada na rosca
remova-o e efetue os procedimentos
do parafuso e o mesmo é introduzido, o
descritos nesta seção.
ar existente no furo faz pressão contrária,
expelindo o líquido.

C. Aperte os componentes de fixação


com os valores especificados em
“Momentos de aperto”.

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Junta química

Descrição Procedimento para aplicação

A junta química é um material de consis- A. Aplique um cordão contínuo de, apro-


tência pastosa, que se cura à tempera- ximadamente, 3 mm de diâmetro quando
tura ambiente, formando uma junta a junta for silicone neutro ou aplique com
resistente. um pincel quando for 174 e 574 (Loctite),
em toda a volta de uma das superfícies
As juntas usadas são: 174 e 574 (Loctite) de acoplamento e de todos os furos da
e silicone neutro (Dow Corning 780, Loc- fixação, para garantir uma vedação total
tite 5699 ou Tree Bond 1216). que evite vazamento.

Limpeza

Limpe, cuidadosamente, ambas as


superfícies de junção, eliminando os
resíduos da junta anterior, sujeira, óleo,
graxa ou umidade. A remoção destes
resíduos deverá ser feita com espátula
ou lixa, seguida de limpeza com solvente
isento de óleo, como: o xilol, o toluol ou
metiletilcetona.
Figura 50
Evite provocar sulcos nestas superfícies,
pois os mesmos podem acarretar vaza- Cuidado: A aplicação excessiva provoca
mento posterior. migração de massa de junta para o inte-
rior da unidade, e também acarreta
dificuldades em futuras desmontagens.
As falhas na aplicação do cordão de
Secagem junta, poderão provocar vazamento
futuro.
Certifique-se, antes da aplicação, de que
as superfícies de junção estejam perfeita- B. Após a aplicação, junte as duas super-
mente secas. fícies, imediatamente, para que o
cordão de junta se espalhe de maneira
uniforme.

C. Em seguida, aperte os componentes


de fixação com os valores especifica-
dos em “Momentos de aperto”.

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Montagem

Montagem da caixa do pinhão Atenção: Certifique-se de que o cone


está perfeitamente encostado no pinhão.
A. Monte as novas capas dos rolamentos
(traseiro e dianteiro), utilizando ferra- C. Monte o novo rolamento piloto, utili-
mentas adequadas ou uma prensa. zando uma ferramenta adequada ou
uma prensa.

Figura 51

Atenção:
Figura 53
- Verifique se as sedes das capas estão
limpas e sem rebarbas. Atenção: Certifique-se de que o rola-
mento está perfeitamente encostado no
- Verifique durante a operação de monta- pinhão. Utilize na montagem, uma luva
gem se não está ocorrendo arranca- adequada que apóie somente na pista
mento de material da caixa do pinhão. interna do rolamento.

- Certifique-se de que as capas estão O rolamento piloto dos diferenciais 230 e


perfeitamente encostadas em suas 240 podem apresentar forma construtiva
respectivas sedes. opcional.

B. Monte o novo cone do rolameto


traseiro, utilizando ferramentas ade-
quadas ou uma prensa.

Figura 54

Figura 52
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Ao instalar esse componente, deve-se C. Posicione o pinhão no rolamento


antes identificar o tipo a ser montado, piloto.
pois o formato opcional requer um pro-
cesso específico de instalação.

A. Apóie uma luva adequada sobre a


mesa de uma prensa e posicione o
novo rolamento piloto sobre a luva.

Figura 57

D. Prense o pinhão até encostá-lo firme-


mente no rolamento piloto.
Figura 55 E. Alivie a pressão de prensagem e solte
o conjunto pinhão e rolamento piloto.
B. Verifique se os furos da luva, da pista
interna e do anel de encosto do rola- Atenção: Após a montagem, o anel de
mento estão perfeitamente alinhados. encosto deverá ficar voltado para o
pinhão. Caso contrário, se a instalação
do rolamento piloto for efetuada pelo pro-
cesso especificado para o anel de
encosto, a pista externa e os roletes se
soltarão da pista externa, danificando
esse componente.

F. Instale o novo anel elástico, utilizando


um alicate adequado.

Figura 56

Figura 58

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G. Lubrifique as capas e os cones dos Atenção: Para eixos 230, certifique-se,


rolamentos com o óleo recomendado antes de montar o vedador, de que a
em “Lubrificação”. sede do mesmo esteja isenta de óleo ou
graxa.
H. Instale, na haste do pinhão hipoidal, o
calço de ajuste dos rolamentos. L. Aplique, graxa a base de sabão de
lítio, de extrema pressão, nos lábios do
I. Posicione o pinhão hipoidal na caixa. vedador.

J. Prense o cone do rolamento dianteiro e Para eixos 230, aplique pasta de


verifique a pré-carga. Consulte “Ajuste vedação (adesivo industrial 847 3M)
da pré-carga dos rolamentos do pi- na superfície externa do vedador.
nhão”.

Figura 61

Figura 59

K. Monte o novo vedador do pinhão, utili-


zando uma ferramenta adequada.

Figura 62

M. Posicione o garfo / flange da junta uni-


versal no entalhado do pinhão.

Nota: Se for necessário substituir o defle-


Figura 60 tor de pó, utilize uma ferramenta ade-
quada.

N. Instale a porca do pinhão, apertando-a


manualmente.

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Instalação da caixa do pinhão

A. Selecione e instale os calços de ajuste C. Instale as arruelas e os parafusos de


da caixa do pinhão, utilizando pinos fixação da caixa do pinhão, e aperte
guias (consulte em “Montagem do pi- com o valor especificado em “Momen-
nhão”) e aplique junta química Loctite tos de aperto”.
174 ou 574 na caixa do diferencial
antes da montagem dos calços.

Figura 63 Figura 65

B. Instale a caixa do pinhão. D. Imobilize o garfo / flange da junta uni-


versal com uma ferramenta adequada
e aperte a porca do pinhão com o valor
mínimo especificado em “Momentos
de aperto”.

Figura 64

Figura 66

E. Instale um torquímetro na porca do


pinhão e verifique o valor do torque
resistivo para girar o pinhão hipoidal
generoid. Aumente, se necessário, o
momento aplicado na porca do pinhão
(até o limite máximo permitido), para
atender os valores especificados em
“Rolamentos do pinhão”.

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Montagem da caixa dos satélites

Aplique lubrificante especificado em C. Instale os eixos das engrenagens


“Lubrificação” em todos os componentes planetárias.
da caixa dos satélites antes de instalá-
los. Atenção: Antes de reinstalar o eixo da
engrenagem planetária, inspecione o
A. Aplique graxa (Shell 71032 Alvania olhal da caixa e verifique se não existem
EP-2 ou Texaco - 995 Multifak EP-2) rebarbas que possam danificar o
nos furos das engrenagens planetá- diâmetro do eixo. Certifique-se de que a
rias. Monte os roletes e o espaçador posição original desses componentes
em cada engrenagem. está sendo mantida. Instale os eixos gra-
dativamente, para evitar danos nas áreas
de contato dos roletes.

D. Instale os pinos de travamento.

Figura 67

B. Posicione as engrenagens planetárias


(com os roletes e o espaçador) e as
arruelas (interna e externa) na caixa
de satélites (metade-planetária) ali-
nhando os furos das arruelas com o Figura 69
furo da caixa para facilitar a introdução
dos eixos. E. Imobilize a caixa dos satélites-metade
planetária, utilizando um dispositivo
adequado.

Figura 68

Figura 70

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F. Posicione o planetário - cubo curto, Atenção: Alertamos que a instalação dos


com sua arruela de encosto, na caixa planetários, na caixa metade planetária,
metade planetária. de forma inadvertida pode resultar na
inversão de suas posições originais.

Figura 71

G. Coloque os satélites, suas arruelas de


encosto e a cruzeta.

Figura 73

J. Instale quatro parafusos de fixação da


caixa dos satélites em pontos igual-
mente espaçados e aperte-os com o
valor especificado em “Momentos de
aperto”.

K. Remova a caixa dos satélites-con-


junto, do dispositivo.

L. Verifique a resistência à rotação do


Figura 72 conjunto-satélite planetário. Consulte
em “Sistema satélite / planetário”.
H. Posicione, em seguida, o planetário -
cubo longo, e sua arruela de encosto. M. Aplique a trava líquida (Loctite 271
ou Three Bond 1305), na rosca dos
I. Instale a caixa dos satélites-metade parafusos de fixação da caixa dos
simples, observando o alinhamento satélites. Consulte em “Trava líquida”.
original.
N. Após esta verificação e/ou correção,
instale a aperte os demais parafusos
de fixação das caixas dos satélites
com o valor especificado em “Momen-
tos de aperto” e instale a arruela de
encosto da caixa dos satélites apli-
cando graxa, para que a mesma não
caia durante a instalação na caixa
suporte.
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Montagem da caixa suporte

A. Monte os novos cones dos rolamentos B. Monte a caixa suporte-metade sim-


nas duas metades da caixa suporte, ples, na coroa.
utilizando uma ferramenta adequada
ou prensa. C. Instale a caixa dos satélites e sua arru-
ela de encosto, utilizando um disposi-
tivo adequado.

Figura 74

Figura 76

D. Monte a caixa suporte-metade flange,


na coroa.

Figura 75
Figura 77
Atenção:
E. Aplique a trava líquida (Loctite 271
ou Three Bond 1305), na rosca dos
- Verifique se as sedes dos cones estão
parafusos de fixação da coroa. Con-
limpas e sem rebarbas.
sulte em “Trava líquida”.
- Verifique, durante a operação de monta-
gem, se não está ocorrendo arranca-
mento do material da caixa suporte.

- Certifique-se de que os cones estão


perfeitamente encostados em suas
respectivas sedes.

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F. Instale e aperte os parafusos de fixa- C. Coloque os anéis de ajuste nos


ção em “Momentos de aperto”. mancais, girando-os manualmente até
que se encostem nos rolamentos.

Figura 78
Figura 80

Atenção: Durante a instalação da caixa


Instalação da caixa suporte suporte, na caixa do diferencial, existe
uma tendência desse conjunto deslizar
A. Instale, temporariamente, as capas no sentido no mancal esquerdo, difi-
dos rolamentos, os anéis de ajuste, as cultando a operação de montagem. Por-
capas dos mancais, as arruelas e os tanto, recomenda-se que o anel do
parafusos das capas dos mancais. mancal do LE (lado da coroa) seja mon-
Aperte os parafusos das capas com o tado em primeiro lugar.
valor especificado em “Momentos de
aperto”. D. Posicione as capas dos mancais
apertando-as levemente e tente girar
B. Encoste as capas nos cones e monte os anéis.
o conjunto na caixa do diferencial.

Figura 81
Figura 79

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Atenção: Se não for possível girar os Montagem do sistema de mudança de


anéis manualmente (sem fazer força) é velocidade
porque eles devem estar fora da posição.
Remova as capas e reposicione os anéis A. Instale a placa de travamento
de ajuste, para evitar danos irreparáveis efetuando o procedimento a seguir.
na caixa do diferencial e capas dos
mancais. Modelo 220

E. Aplique a trava líquida (Loctite 271 a. Posicione a placa de travamento.


ou Three Bond 1305), na rosca dos
parafusos de fixação das capas dos b. Aplique a trava líquida (Loctite 241 ou
mancais. Consulte em “Trava líquida”. Three Bond 1334), na rosca dos
parafusos de fixação da placa de trava-
Atenção: A trava líquida só é aplicada mento.
após os ajustes da pré-carga dos rola-
mentos, folga de engrenamento e contato c. Instale e aperte os novos parafusos de
da coroa e pinhão. fixação da placa com o valor especifi-
cado em “Momentos de aperto”.
F. Instale e aperte as arruelas e os
parafusos de fixação das capas dos
Modelo 230 / 240
mancais com o valor especificado em
“Momentos de aperto”.
a. Rosqueie os quatro prisioneiros de fixa-
ção da placa de travamento, o sufici-
- Ajuste a pré-carga dos rolamentos da
ente para manter uma dimensão de
caixa suporte. Consulte em “Rolamen-
26,6-27,2 mm, entre o topo do prisio-
tos da caixa suporte”.
neiro e a face de apoio da placa (na
caixa do diferencial).
- Ajuste a folga de engrenamento. Con-
sulte em “Folga de engrenamento”.
b. Posicione a placa de travamento sobre
os prisioneiros.
- Verifique o contato dos dentes do par
hipoidal. Consulte em “Contato dos
c. Instale as novas arruelas cônicas.
dentes coroa e pinhão”.
d. Aplique a trava líquida (Loctite 241 ou
- Aplique a junta química (Loctite 174 e
Three Bond 1334), na rosca dos prisio-
574) na rosca do parafuso de encosto
neiros.
da coroa.
e. Instale e aperte as porcas de fixação
- Instale e ajuste o parafuso de encosto
com o valor especificado em “Momen-
da coroa. Consulte em “Ajuste do
tos de aperto”.
parafuso de encosto da coroa”.

Figura 82
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B. Monte o novo pino que trava o anel de F. Aplique um cordão de silicone na


ajuste do lado da coroa e o contrapino superfície de apoio do mecanismo na
que trava o anel do lado oposto. caixa e em seguida instale o meca-
nismo de mudança.
C. Posicione a engrenagem solar e o
garfo.

Figura 85
Figura 83

D. Aplique, na superfície externa dos


tampões, a pasta de vedação 3M -
Adesivo Industrial 847.

E. Instale os novos tampões e o pino de


articulação.

Figura 86

Figura 84

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Instalação do diafragma do meca-


nismo (quando houver)

A. Limpe e inspecione a haste do garfo, - O centro do diafragma deverá per-


quanto a riscos e rebarbas. manecer cerca de 2,7 mm, acima da
superfície do flange, para que não fique
B. Aplique graxa, a base de sabão de lítio repuxado.
de extrema pressão, na haste do
garfo. E. Verifique se o diafragma está montado
sem torção.
C. Posicione o diafragma e a mola de
retenção na haste do garfo. F. Limpe o excesso de graxa da haste do
garfo.

Instalação do diferencial

A. Verifique, na carcaça, se algum dos


prisioneiros (se houver), que fixam o
diferencial, está solto. Aplique na
rosca dos prisioneiros soltos a trava
líquida (Loctite 271 o Three Bond
1305). Consulte em “Trava líquida”.

B. Reinstale e aperte esses prisioneiros o


Figura 87 suficiente para o engajamento total da
rosca.
Importante: Antes de posicionar esse
componente, assegure-se de que estão C. Aplique silicone neutro na boca da car-
corretos, o lado de montagem e o alinha- caça. Consulte em “Junta química”.
mento dos furos com os prisioneiros da
base de fixação, pois o diafragma tem D. Antes de iniciar a instalação, asse-
uma única posição de montagem. gure-se de que o mecanismo está na
posição de baixa velocidade (BV), para
D. Pressione, gradativamente, o centro eliminar a possível interferência entre
do diafragma até atingir a base do a engrenagem solar e a boca da car-
mecanismo. caça, permitindo uma fácil instalação
do diferencial.
Cuidado:
E. Posicione o diferencial na carcaça.
- O diafragma deve ser alinhado de modo
que os furos coincidam com os prisio- F. Inicie a instalação do diferencial na car-
neiros. caça, com quatro arruelas planas e
quatro porcas, distribuídas equidis-
- Não force a base do diafragma, pois o tantemente.
reforço metálico poderá ser danificado.

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Cuidado: Não tente colocar o diferencial Atenção: Após o aperto, pelo menos um
na carcaça usando o martelo, pois o filete de rosca de cabeça do bujão deverá
flange poderá ser deformado e causar permanecer acima da superfície de mon-
vazamento de óleo. tagem.

Importante: - Abasteça a unidade com o óleo especifi-


cado em “Lubrificação”.
- Instale as arruelas lisas, arruelas côni-
cas (se houver) e as porcas em todos - Instale e aperte o bujão de enchimento
os prisioneiros situados em locais com e nível de óleo, com o valor especifi-
pouco espaço. Em alguns casos, é cado em “Momentos de aperto”.
impossível colocar estas porcas depois
que o diferencial estiver em sua Atenção: Após o aperto, pelo menos um
posição final na carcaça. filete de rosca da cabeça do bujão deverá
permanecer acima da superfície de mon-
- Aperte as quatro porcas com as arru- tagem.
elas planas, alternadamente, para levar
o conjunto do diferencial alinhado, em
seguida, as demais porcas ou parafu-
sos. Modelo 240

- Se houver parafusos na fixação do dife- Ajuste do parafuso de encosto da


rencial, aplique na rosca dos mesmos a coroa
trava líquida (Loctite 241 ou Three
Bond 1334). Consulte em “Trava A. Após os ajustes do conjunto, rosqueie
líquida”. o parafuso com a respectiva porca até
que sua extremidade encoste na face
- Instale o mecanismo de mudança no traseira da coroa e retorne 1/3 de volta
diferencial, aplicando junta química para garantir uma folga de 0,6-0,9 mm.
(silicone neutro). Aplique, na porca, o torque especifi-
cado em “Momentos de aperto”.
Atenção: Certifique-se de que a posição
do garfo de mudança de velocidade está
compatível com a posição de descanso
da haste de acionamento do mecanismo.

- Instale e aperte as arruelas e porcas de


fixação do mecanismo, com o valor
especificado em “Momentos de aperto”.

- Conecte a árvore de transmissão e a


linha do mecanismo.

- Instale os semi-eixos.

- Instale e aperte o bujão de drenagem


com o valor especificado em “Momen- Figura 88
tos de aperto”.

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Rolamentos do pinhão

O controle da pré-carga evita que os rola- Tabela “A”


mentos operem com pressão excessiva
(reduz a vida dos mesmos) ou com folga Modelos 220 / 230
(gera ruídos e pode diminuir a vida útil do Código Espessura Código Espessura
diferencial). Iveco mm Iveco mm

11,89 12,37
A pré-carga é obtida com a instalação de 11,91 12,40
um calço seletivo entre os cones dos 11,94 12,42
rolamentos do pinhão. 11,96 12,45
11,99 12,47
12,01 12,50
12,04 12,52
12,07 12,55
12,09 12,57
12,12 12,60
12,14 12,62
12,17 12,65
12,19 12,67
12,22 12,70
12,24 12,73
12,27 12,75
12,30 12,78
12,32 12,80
12,34 12,83

Tabela “B”
Figura 89

Modelo 240
Identificação do calço de ajuste dos
rolamentos do pinhão Código Espessura Código Espessura
Iveco mm Iveco mm

Está disponível para ajuste uma série de 7142410 18,33 7142428 18,79
calços que diferenciam-se pela espes- 7142411 18,35 7142429 18,82
7142412 18,38 7142430 18,85
sura, conforme indicam as tabelas a 7142413 18,40 7142431 18,87
seguir. 7142414 18,43 7142432 18,90
7142415 18,45 7142433 18,92
Importante: O valor da espessura está 7142416 18,48 7142434 18,95
gravado em cada calço. 7142417 18,51 7142435 18,98
7142418 18,53 7142436 19,00
7142419 18,56 7142437 19,03
7142420 18,59 7142438 19,05
Rolamentos novos Rolamentos usados 7142421 18,61 7142439 19,08
7142422 18,64 7142440 19,11
Nm lbf.pol Nm lbf.pol
7142423 18,66 7142441 19,13
1,7 - 4,0 15 - 35 1,1 - 2,3 10 - 20 7142424 18,69 7142442 19,16
7142425 18,72 7142443 19,18
7142426 18,74 7142444 19,21
7142427 18,77 7142445 19,24
Atenção: Estes valores deverão ser obti-
dos sem que o vedador esteja montado
na caixa do pinhão.
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Recomendamos que a montagem inicial C. Enrole um cordão em volta do


seja efetuada com os calços situados na diâmetro piloto da caixa do pinhão com
faixa recomenda na tabela “C”, que pos- um dinamômetro (balança de boa
sibilitará a obtenção imediata (na maioria qualidade), amarrado em sua extremi-
dos casos) do ajuste desejado. dade.

Atenção: A identificação encontra-se D. Puxe o dinamômetro, horizontalmente,


marcada no diâmetro externo ou em uma e observe o valor (libras ou quilo)
das faces do calço. registrando em sua escala.

Tabela “C” Nota: Para facilitar, informamos na tabela


“E” as leituras que deverão ser obtidas
para atender aos valores de pré-carga.
Faixa recomendada
Modelo
mm pol
Tabela “E”
220
12,30 - 12,50 0,484 - 0,492
230

240 18,79 - 18,90 0,740 - 0,744 Rolamento


Rolamento novo
Modelo usado

kg lb kg lb

240 2,1-4,8 4,5-10,6 1,3-2,8 3,0-6,0


Procedimento para determinação da
pré-carga 220
2,6-6,2 5,8-13,5 1,7-3,6 3,8-7,7
230
Nota: Processo com a utilização de
prensa.
E. Anote o valor registrado com a caixa
A. Lubrifique todos os rolamentos do em rotação e não o valor de partida.
pinhão com o óleo especificado em
“Lubrificação”.

B. Prense o cone do rolamento dianteiro


e gire a caixa do pinhão várias vezes
para assegurar um assentamento ade-
quado entre capas e cones. Mantenha
a caixa do pinhão sob a prensa com
uma carga aplicada, conforme especi-
ficado na tabela “D”.

Tabela “D”

Figura 90
Modelo Carga (tonelada)

220 11

230 11

240 14

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F. Meça o diâmetro piloto da caixa do Conversão para Nm


pinhão e divida por dois, para determi-
nar o valor do raio. 19,3 x 0,098 = 1,9 Nm
16,55 x 0,113 = 1,9 Nm
Nota: Para facilitar, informamos na tabela
“F” o valor de raio a ser considerado. Atenção: Para converter lbf.pol em Nm,
multiplique pelo fator 0,113 e de kgf.cm
Tabela “F” em Nm, multiplique pelo fator 0,098.

Raio
Modelo Procedimento para determinação da
cm pol
pré-carga
240 8,4 3,31

220
Nota: Processo sem utilização da
6,6 2,60 prensa.
230

Se não houver uma prensa disponível


G. Multiplique o valor do item “E” pelo durante a operação de serviço, utilize o
item “F” e efetue o seguinte cálculo: seguinte procedimento:

quilos x cm = resultado em kgf.cm A. Lubrifique todos os rolamentos do


pinhão hipoidal, com o óleo especifi-
libras x pol = resultado em lbf.pol cado em “Lubrificação”.

H. Verifique se o valor obtido atende aos B. Instale o garfo / flange da junta univer-
limites especificados. sal (sem vedador do pinhão).

Se o valor encontrado estiver acima do C. Imobilize o pinhão (através do garfo /


limite máximo especificado, substitua os flange da junta universal), utilizando
calços por outros de espessura maior. um dispositivo adequado.

Se o valor encontrado estiver abaixo do D. Aperte a porca do pinhão com o valor


limite mínimo especificado, substitua os mínimo especificado em “Momentos
calços por outros de espessura menor. de aperto”.

E. Gire a caixa do pinhão várias vezes,


Exemplo de cálculo para assegurar um assentamento ade-
quado entre capas e cones.
Dados:
raio - 8,4 cm (3,31”) F. Efetue, em seguida, o mesmo procedi-
leitura registrada pelo dinamômetro 2,3 mento especificado nos itens de “C”
kg (5,0 lb) até “G”.

Procedimento de cálculo

2,3 kg x 8,4 cm = 19,3 kgf.cm


5,0 lb x 3,31” = 16,55 lbf.pol

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G. Se o valor da pré-carga obtido estiver Montagem do pinhão


abaixo do limite mínimo especificado,
aperte gradativamente a porca do Este ajuste objetiva posicionar o pinhão
pinhão (se necessário, até o limite em relação à coroa, visando garantir a
máximo do valor especificado em posição ideal de contato entre os dentes
“Momentos de aperto”) para obter a da coroa e do pinhão.
pré-carga desejada.
A distância desejada é obtida com a
Atenção: Anote o valor registrado com a instalação de um pacote de calços, sob a
caixa em rotação e não o valor de partida. caixa do pinhão.

H. Se, após o aperto, com o limite


máximo de torque não for obtida a pré-
carga desejada, substitua os calços
por outros de espessura menor e
repita o procedimento de verificação.

I. Remova o garfo / flange da junta uni-


versal e continue a montagem do dife-
rencial.

Figura 91

Identificação dos calços de ajuste da


caixa do pinhão

Está disponível para este ajuste uma


série de calços, que diferenciam-se pela
espessura (tabela “G”).

Tabela “G”

Código Espessura
Modelo
Iveco mm

7142368 0,25

240 7142367 0,13

7142366 0,08

0,13
220
0,25
230
0,08

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Nota: Os calços não são identificados, A tabela “H” mostra o valor da DN a ser
pois a sua diferença de espessura é considerado para cada modelo.
bastante perceptível.
Tabela “H”
A combinação adequada destas peças
formará o pacote de calços, que deverá
garantir a posição desejada para o pi- Modelo DN
nhão.
240 219,08

Importante: O pacote deverá ser sempre 230 206,38


composto com um mínimo de três peças, 220 200,00
sendo que, os calços mais espessos
deverão ser colocados em suas extremi-
dades, de forma a garantir o máximo de B. Identifique e anote a variação do pi-
vedabilidade. nhão (VP).

Todos os pinhões possuem uma variação


individual em relação a sua DN, que vem
Procedimento para a determinação gravada no topo da sua cabeça. Esta
dos calços variação é expressa em centésimo de
milímetro e precedida por um sinal + ou -.
Nota: Processo com utilização de calibra-
dor.

A. Anote a dimensão nominal de monta-


gem (DN) do pinhão. Esta dimensão
compreende a distância nominal a
partir do centro da coroa até a face de
encosto do cone do rolamento traseiro
do pinhão.

Figura 93

Figura 92

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Nota: Processo sem a utilização de cali- Se o valor for diferente, proceda o cálculo
brador. conforme a seguir:

Este processo consiste em um cálculo B1. Meça e anote a espessura do pacote


matemático, e o seu resultado é bastante original de calços (EP).
satisfatório para o caso só da troca do par
da coroa e pinhão. B2. Observe, no pinhão original, o valor
da variação (VP) que aparece gra-
Outros componentes que afetam no posi- vada na cabeça. Se este número for
cionamento correto do pinhão são: a +, subtraia este valor da espessura
caixa do diferencial, caixa do pinhão e o do pacote de calços originais. Se for
rolamento interno do pinhão. Portanto, -, some-o.
havendo necessidade da troca de um
desses componentes. Este processo O valor resultante estabelecerá um
matemático pode ser utilizado como pacote de calços de espessura padrão,
primeira tentativa para a escolha dos ou seja, para a montagem de um pinhão
calços, e ajustar devidamente, quando da que tivesse a variação de sua dimensão
verificação do contato do par. DN igual a zero.

A. Observe, no pinhão original, o valor da B3. Anote o valor obtido no item “B2”
variação VP. para utilizá-lo no cálculo da espes-
sura do pacote de calços do novo
B. Observe o valor da variação do novo pinhão.
pinhão (VP). Se o valor for o mesmo
do pinhão original, a espessura do B4. Observe o valor da variação (VP)
pacote de calços originais deve ser do novo pinhão. Se o valor for +, adi-
mantida. cione este resultado ao obtido no
item “B3”. Se for -, subtraia-o.

B5. O resultado final obtido estabelecerá


a espessura do novo pacote de
calços a ser utilizado na montagem
do novo par hipoidal.

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Exemplos: Procedimento para determinação dos


calços com ferramenta especial
Cálculo “1”
Atenção: Nas operações descritas a
Dados:
seguir, assegure a limpeza, principal-
EP (pacote original) 0,90 mente onde é indicado.
VP (pinhão original) + 0,05
1. Nas faces de contato entre os compo-
VP (novo pinhão) - 0,13 nentes da ferramenta especial.
Cálculos:
2. Nas faces de contato dos compo-
EP (pacote original) 0,90
nentes da ferramenta especial.
VP (pinhão original) - 0,05
3. Nas faces de contato entre a caixa do
EP (pacote padrão) = 0,85
diferencial e do pinhão, a qual é funda-
VP (novo pinhão) - 0,13 mental.
EP (novo pacote) = 0,72
- A ferramenta especial é constituída
pelos componentes a seguir.

Cálculo “2”

Dados:

EP (pacote original) 0,90

VP (pinhão original) - 0,05

VP (novo pinhão) - 0,13

Cálculos:

EP (pacote original) 0,90

VP (pinhão original) + 0,05

EP (pacote padrão) = 0,95

VP (novo pinhão) - 0,13


Figura 94
EP (novo pacote) = 0,82
1. Discos centralizadores
2. Semi-eixo centralizador
3. Simulador do pinhão
4. Adaptadores do rolamento
traseiro do pinhão
5. Arruela de retenção do
rolamento dianteiro do pinhão
6. Porca recartilhada
7. Suporte para comparador
8. Calços

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A. De acordo com o modelo do eixo C. Instale a caixa do pinhão com a face


traseiro, instale o adaptador do rola- que irá encaixar na caixa do diferen-
mento traseiro no simulador do pinhão. cial, voltada para cima, sobre o rola-
mento traseiro do pinhão.

Figura 95 Figura 97

B. Instale no adaptador, o rolamento


traseiro do pinhão. D. Instale na outra face da caixa do
pinhão o rolamento dianteiro.

Figura 96
Figura 98

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E. Coloque a arruela de retenção do rola- H. Coloque quatro parafusos e dê o


mento dianteiro do pinhão e a porca aperto inicial em seqüência cruzada.
recartilhada, apertando esta última
manualmente.

Figura 101
Figura 99
I. A seguir, com um torquímetro e na
F. Verifique se as faces de contato da mesma seqüência, dê o aperto final
caixa do pinhão e da caixa do diferen- com: 90 - 125 Nm.
cial estão limpas e isentas de riscos ou
saliências.

G. Instale a caixa do pinhão sem os


calços de regulagem de altura, na
caixa do diferencial.

Figura 102

J. Verifique se os mancais de alojamento


dos rolamentos da caixa dos satélites
e os discos centralizadores da ferra-
menta especial estão perfeitamente
limpos, lubrificando, a seguir, com
ligeira película de óleo.
Figura 100

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K. De acordo com o modelo do diferen- M. Instale no suporte, um comparador


cial, instale os discos centralizadores centesimal. Coloque o suporte e o
específicos, com seu respectivo eixo apalpador do comparador sobre a
nos mancais de alojamento dos rola- superfície do padrão do calço e ajuste
mentos da caixa dos satélites. o quadrante do instrumento para lei-
tura “0” (zero).
L. De acordo com o modelo do eixo
traseiro, selecione o calço apropriado
e instale sobre a extremidade superior
do simulador do pinhão, verificando
antes se as superfícies de contato das
duas peças estão absolutamente lim-
pas.

Modelo Calço

220 4,72

230 11,10

240 23,80
Figura 104

N. A seguir, com o suporte do compara-


dor firmemente apoiado na superfície
padrão do calço instalado na ponta do
simulador, coloque o apalpador sobre
o eixo centralizador.

Continuando, movimente o apalpador


transversalmente ao eixo centraliza-
dor, até que o ponteiro do instrumento
indique um valor máximo. Este valor
indica que o apalpador está exata-
mente sobre o diâmetro do eixo cen-
tralizador.
Figura 103

Figura 105
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Anote o valor máximo (Vm) assinalado P. Verifique e anote o número gravado no


pelo ponteiro do comparador. topo do pinhão. Este valor indica, de
acordo com o sinal que o antecede,
O. Veja o valor denominado cota nominal quantos centésimos de milímetros
do diferencial em questão. devem ser adicionados ou subtraídos
da cota nominal específica corrigida.
A cota nominal é a distância entre a
face de encosto do rolamento traseiro
do pinhão e o centro da coroa.

Figura 107

Q. Subtraia o valor máximo (Vm) da cota


nominal do diferencial em questão, do
valor da sua cota nominal específica
corrigida.
Figura 106
O resultado será a medida dos(s)
calço(s) que deve(m) ser adicionado(s)
Cada modelo do diferencial possui uma para que o contato entre os dentes do
cota nominal específica, conforme a pinhão e da coroa seja correto.
seguir.
Exemplo:

Modelo do Cota nominal Num diferencial 220, encontramos os


diferencial específica
seguintes valores:
220 200.00
1. Valor máximo (Vm) da cota nominal do
230 206.38
diferencial em questão, determinado
240 219.08 com o auxílio da ferramenta especial.

Vm = 200,70

2. Número gravado no topo do pinhão.

- .06

3. Cota nominal específica deste modelo


de diferencial.

Cne = 200,00
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Destes dados extraímos o seguinte: Sistema satélite / planetário


O número - .06 gravado no topo do A. Imobilize a caixa dos satélites e
pinhão, indica que a variação da altura introduza o dispositivo, que deverá ser
deste em relação à cota nominal do dife- engajado com o entalhado de um dos
rencial em questão está - 0,06 mm abaixo planetários.
da cota nominal específica (Cne), ou
seja:

200,00 - 0,06 = 199,94

Assim, 199,94 é a cota nominal corrigda


do diferencial em análise.

Para a determinação da altura do(s)


calço(s) necessário(s) para a obtenção
do contato correto entre os dentes da
coroa e do pinhão, subtraímos o Vm Figura 108
(valor máximo da cota nominal específica
corrigida (Cnec)). Nota: Uma ferramenta adequada de veri-
ficação pode ser construída a partir de
Vm - Cnec = altura dos calços um semi-eixo cortado com uma porca
200,70 - 199,94 = 0,76 mm soldada em sua extremidade, para colo-
cação do torquímetro.
Temos pois, que acrescentar 0,76 mm de
calços entre a caixa do diferencial e o
conjunto do pinhão, para obtermos o con-
tato entre os dentes da coroa e do pi-
nhão.

Figura 109

B. Coloque um torquímetro na extremi-


dade deste dispositivo e verifique o
valor da resistência à rotação do con-
junto satélite / planetário. O valor
obtido deverá ser de no máximo 68
Nm.

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Rolamentos da caixa suporte

A pré-carga é obtida através do posicio- Importante: Para mover os anéis, utilize


namento correto dos anéis de ajuste dos sempre uma barra tipo “T” ou barras
rolamentos. comuns, que engajam em dois castelos
opostos. Nunca golpeie os castelos com
martelos ou talhadeiras, pois poderá pro-
vocar danos irreparáveis nos anéis de
ajuste.

Figura 111

Método para ajuste da pré-carga


Figura 112
A. Aperte o anel “X” até eliminar a folga
entre os dentes do par hipoidal (folga
de engrenamento zero). Método alternativo

Atenção: O aperto deverá ser gradativo A. Solte o anel “Y” até ocorrer folga axial
para que o anel não pressione o rola- nos rolamentos.
mento (capa e cone) após a coroa encos-
tar no pinhão. B. Aperte o anel “X” até eliminar a folga
entre os dentes do par hipoidal (folga
B. Aperte, gradativamente, o anel “Y” até de engrenamento zero).
eliminar a folga axial dos rolamentos.
Atenção: O aperto deverá ser gradativo
C. Solte o anel “X” de 3 a 4 dentes do para que o anel não pressione o rola-
castelo (porca). mento (capa e cone) após a coroa encos-
tar no pinhão.
D. Aperte o anel “Y” até eliminar a folga
axial e em seguida aperte mais 2 a 3
castelos (para rolamentos novos) ou 1
a 2 castelos (para rolamentos usados),
ou aperte com um momento de 33,9 a
40,7 Nm (25 a 30 lbf.pé) para obter a
pré-carga desejada.

E. Verifique a folga de engrenamento


conforme especificado em “Folga de
engrenamento”.

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C. Meça a distância entre os pedestais F. Verifique se a expansão especificada


das capas dos mancais (nas diagonais no item “D” foi obtida. Em caso nega-
A e B) com um micrômetro adequado tivo efetue novo processo de aperto
e anote os valores obtidos. alternado com medição / comparação,
até a obtenção da expansão especifi-
cada.

- Verifique, em seguida, a planicidade da


face traseira da coroa. Se o valor
encontrado exceder a 0,20 mm,
remova a coroa, verifique as causas e
corrija.

Figura 113

D. Solte o anel “X” de 3 a 4 dentes ou


furos e, aperte o anel “Y”, gradativa-
mente, para expandir as capas dos
mancais de 0,15 a 0,33 mm (para rola-
mentos novos) ou 0,08 a 0,16 mm
(para rolamentos usados) que corres- Figura 115
ponderá à pré-carga dos rolamentos.
Importante: A caixa suporte (metades
E. Efetue nova medição e compare o flange e simples) e a placa de travamento
resultado com os valores obtidos no devem ser inspecionadas e substituídas
item “C”. se apresentarem problema de engate.

Figura 114

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Tector / Eixo Traseiro (RS-23-240) MR 7 2008-10-29

Folga de engrenamento Contato dos dentes coroa e pi-


nhão
Verifique a folga de engrenamento do par
hipoidal, utilizando o seguinte procedi- Processo de verificação
mento:
- Apóie o ponteiro de um relógio com- A. Aplique óxido de ferro amarelo (diluído
parador no dente da coroa. em óleo fino) em alguns dentes da
coroa.

Figura 116
Figura 118
- Imobilize o pinhão, movimente manual-
mente a coroa em ambos os sentidos B. Freie a coroa, com o auxílio de uma
de giro e efetue a leitura. O valor de alavanca ou sarrafo e gire manual-
folga deverá estar entre 0,25 - 0,40 mente o pinhão, até obter a impressão
mm. do contato no lado convexo (marcha à
frente) dos dentes da coroa.
- Se for necessário aumentar ou diminuir
a folga, solte o anel “X” e aperte o “Y”
(ou vice-versa) na mesma proporção,
de modo a não alterar a pré-carga dos
rolamentos.

Figura 119

C. Verifique se o contato obtido pelo pro-


cesso manual atende ao padrão. Em
caso negativo, utilize os métodos de
correção indicados em “Contatos
incorretos”.

Figura 117 D. Remova, em seguida, o óxido de ferro


amarelo depositado nos dentes do par
Importante: No caso de reutilização do
hipoidal.
par hipoidal, recomenda-se manter a
folga original (medida antes da desmon-
tagem do diferencial).
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Tector / Eixo Traseiro (RS-23-240) MR 7 2008-10-29

Contatos satisfatórios

Para facilitar, indicamos na figura a termi- O padrão com aplicação de carga mostra
nologia utilizada nesta seção. o contato resultante quando as engre-
nagens aprovadas pelo processo manual
sofrem ação de carga (operação de tra-
balho). A área de contato se estende por
todo o comprimento do dente da coroa.

Figura 120 Figura 122

O padrão de contato para processo Contatos incorretos


manual indica que as engrenagens estão
em posição correta, resultando uma área Variações quanto à altura do dente
de contato de centro para ponta e talão /
topo e raiz do dente. Essa área de con- Se o pinhão não estiver na profundidade
tato abrange, aproximadamente, 70-80% correta, o contato pode apresentar varia-
do comprimento do dente da coroa. ção em relação à altura do dente. Nesse
caso, corrija sua posição variando a
espessura do pacote de calços sob a
caixa do pinhão (tabela “J”).

Figura 121
Figura 123
Se o lado convexo estiver satisfatório,
considere o contato do lado concavo do
dente (marcha a ré) automaticamente
aceito.

Figura 124
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Tector / Eixo Traseiro (RS-23-240) MR 7 2008-10-29

Tabela “J”

Contato obtido Significado Como corrigir

Contato Indica que o pinhão está muito dis- Aproxime o pinhão diminuindo a
raso tante da coroa, resultando em um espessura do pacote de calços de
contato muito próximo do topo do ajuste da caixa do pinhão (veja
dente (figura 123). “Ajuste da distância de montagem do
pinhão”). Isso fará com que o contato
seja deslocado para a raiz do dente.

Contato Indica que o pinhão está muito perto Afaste o pinhão aumentando a espes-
fundo da coroa, resultando em um contato sura do pacote de calços de ajuste do
muito próximo da raiz do dente (figura pinhão (veja “Ajuste da distância de
124). montagem do pinhão”). Isso fará com
que o contato seja deslocado para o
topo do dente.

Variações quanto ao comprimento do


dente

Verifique, em seguida, se o contato apre-


senta variação em relação ao compri-
mento do dente. Em caso afirmativo,
altere a profundidade da coroa, variando
a folga de engrenamento (tabela “K”).

Tabela “K”

Contato obtido Significado Como corrigir

Contato na Indica que a coroa está muito perto Afaste a coroa aumentando a folga
extrema ponta do pinhão, resultando em um contato de engrenamento (se necessário, até
muito próximo da ponta do dente o máximo permitido) para que a área
(figura 125). de contato seja deslocada no sentido
do talão do dente, aproximando-se da
forma indicada na figura (veja “Ajuste
da folga de engrenamento”).

Contato no Indica que a coroa está muito distante Aproxime a coroa diminuindo a folga
extremo talão do pinhão, resultando em um contato de engrenamento (se necessário, até
muito próximo do talão do dente o mínimo permitido) para que a área
(figura 126). de contato seja deslocada no sentido
da ponta do dente, aproximando-se
da forma indicada na figura (veja
“Ajuste da folga de engrenamento”).

Figura 125 Figura 126


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Lubrificação

A utilização de lubrificantes incorretos ou Viscosidade


com aditivos inadequados é, geralmente,
a maior causa das ocorrências de falhas Em geral, o grau de viscosidade alta de
em diferenciais. óleo monoviscoso é adequado para tem-
peraturas ambientais altas.
O óleo lubrificante especificado para
diferencial deve possuir características Além de prolongar a vida útil das engre-
de extrema pressão (EP), classificação nagens, a opção por um óleo multivis-
de serviço API-GL-5 do “American Petro- coso, satisfará as condições de
leum Institute” e atender aos requisitos temperaturas encontradas.
da especificação militar americana MIL-L-
2105-C. A tabela a seguir representa a seleção de
viscosidade dos óleos.
Esse tipo de óleo, mais conhecido como
óleo hipóide, possui uma película lubrifi-
cante capaz de suportar pressão de car-
gas de trabalho elevadas, o que torna
adequado para engrenagens hipoidais,
nas quais as condições de lubrificação
são bastante severas.

Especificação Temperatura ambiente


Descrição do óleo
militar Mín. Máx.

MIL - L2105 - C/D API GL-5 85W/140 - 12º C -X-

MIL - L2105 - C/D API GL-5 80W/140 - 15º C -X-

MIL - L2105 - C/D API GL-5 80W/90 - 26º C -X-

MIL - L2105 - C/D API GL-5 75W/90 - 40º C -X-

MIL - L2105 - C/D API GL-5 75W/140 - 40º C -X-

MIL - L2105 - B API GL-5 90 - 40º C -X-

MIL - L2105 - B API GL-5 140 + 4º C -X-

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Inspeção e recomendações Períodos de troca

Verifique, a cada 2.000 km, se o nível de Unidades novas ou recondicionadas


óleo está correto.
No período inicial (amaciamento), efetue
Efetue a operação de drenagem a troca do óleo do diferencial entre 2.000
enquanto o óleo ainda estiver morno. a 5.000 km. Essa troca inicial é
Isso permite ao lubrificante escoar livre e recomendada para garantir a remoção de
mais rapidamente, reduzindo o tempo partículas metálicas, normalmente des-
necessário para drenar totalmente o óleo prendidas em maior quantidade durante
do diferencial. esta fase.

Complete o nível ou reabasteça até que o


lubrificante escorra ligeiramente pela Após o período de amaciamento
borda inferior do furo de enchimento e
nível de óleo. O veículos que operam, basicamente, em
auto-estrada, com cargas de trabalho
O eixo não deverá ser lavado interna- abaixo de sua capacidade máxima de
mente com nenhum tipo de solvente carga permitida.
(querosene, gasolina, óleo diesel, etc.).
Efetue a troca do óleo a cada 160.000 km
Após toda troca de óleo, e antes de colo- ou uma vez ao ano, dependendo do que
car o veículo em operação normal, rode ocorrer primeiro.
limitando a velocidade em 40 km/h, de 5
a 10 minutos, ou 2 a 3 km para assegurar Os veículos que operam em auto-estrada
que todos os canais e bolsas foram devi- ou fora de estrada sob aplicações seve-
damente preenchidos com o óleo lubrifi- ras, utilizando a capacidade máxima de
cante. carga permitida, devem efetuar a troca do
óleo em intervalos de 40.000 - 50.000
Se o diferencial for uma unidade de km, ou a cada seis meses, dependendo
reposição, não prevista para reutilização do que ocorrer primeiro.
imediata, todos os rolamentos e engre-
nagens deverão ser cobertos com uma
boa camada de óleo anticorrosivo.
Bujão magnético
Nesse caso, o diferencial deverá ser
mantido em uma caixa fechada até a sua Recomendamos a utilização de bujões
reutilização, para evitar o contato de magnéticos, no furo de drenagem de óleo
poeira e outras impurezas com a uni- do eixo.
dade.
Importante: O bujão magnético perde
rapidamente a sua eficiência quando acu-
mula muitas partículas metálicas. Por-
tanto, deve-se limpá-lo antes que ocorra
a perda de eficiência. O bujão removido
pode ser limpo e reutilizado. Recomenda-
mos que esse procedimento seja prati-
cado uma ou mais vezes, dentro do
período de troca do óleo.

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Momentos de aperto

- Os torques indicados aplicam-se a peças levemente cobertas com óleo antioxidante.

- Para peças secas, aplique um torque 10% maior que o especificado.

- Para peças lubrificadas com óleo da unidade, aplique um torque 10% menor.

Figura 127
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Torque especificado Nm (lbf.pé)
Item Descrição Trava líquida
220 230 240

1 Porca do pinhão 1000 - 1250 (740 - 920) 1000 - 1250 (740 - 920) 250 - 1530 (920 - 1130) -

2 Parafusos (fixação da caixa do pinhão) 91 - 120 (67 - 91) 91 - 120 (87 - 91) 91 - 120 (67 - 91) 174 - 574 (Loctite)

3 Parafusos (fixação da caixa dos satélites) 125 - 150 (92 - 110) 125 - 150 (92 - 110) 125 - 150 (92 - 110) Torque alto
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4 Bujão de enchimento e nível de óleo 47 mínimo (35 mínimo) 47 mínimo (35 mínimo) 47 mínimo (35 mínimo) -

5 Parafusos (fixação das capas dos mancais) 295 - 360 (220 - 265) 295 - 360 (220 - 265) 575 - 705 (425 - 520) Torque alto

6 Parafusos (fixação da coroa e caixas suporte) 205 - 250 (150 - 185) 205 - 250 (150 - 185) 205 - 250 (150 - 185) Torque alto

7 Porcas (fixação da placa de travamento) - 175 - 220 (130 - 160) 175 - 220 (130 - 160) Torque médio

8 Parafusos (fixação da placa de travamento) 575 - 640 (425 - 475) - - Torque médio

9 Parafusos (fixação do diferencial) 270 - 330 (200 - 245) 270 - 330 (200 - 245) 270 - 330 (200 - 245) Torque médio

10 Porca (fixação do diferencial) 250 - 305 (185 - 225) 250 - 305 (185 - 225) - Torque médio

11 Bujão de drenagem 47 mínimo (35 mínimo) 47 mínimo (35 mínimo) 47 mínimo (35 mínimo) -

12 Porcas (fixação do mecanismo) 42 - 62 (34-46) 42 - 62 (34-46) 42 - 62 (34-46) Torque médio

13 Porca (travamento do parafuso coroa) - - 200 - 260 (150 - 190) 174 - 574 (Loctite)

125* 27 NPTF 14 mínimo (10 mínimo) 14 mínimo (10 mínimo) 14 mínimo (10 mínimo) -
14 Bujão de respiro
375* 18 NPTF 27 mínimo (20 mínimo) 27 mínimo (20 mínimo) 27 mínimo (20 mínimo) -

* Alguns conjuntos poderão, opcionalmente, apresentar fixação com prisioneiros, o que não altera o valor do torque a ser aplicado nas porcas.

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Instrução

Operação do mecanismo de mudança


de velocidade

Todos os eixos traseiros de duas Depois, abaixe o botão de aciona-


velocidades Meritor são extremamente mento do mecanismo de mudança
fáceis de operar. pouco antes de soltar o pedal da
embreagem.
Para se obter um engate suave e preciso,
utilize as seqüências abaixo relaciona- B. Marcha inferior no câmbio + baixa
das: velocidade no eixo.

Mudança somente no eixo Primeiro, matenha a aceleração e


levante o botão de acionamento do
A. De baixa velocidade (BV) para alta mecanismo de mudança.
velocidade (AV).
Depois, efetue a mudança no câmbio,
Primeiro, mantenha a aceleração e normalmente.
levante o botão de acionamento do
mecanismo de mudança. Importante:

Depois, solte o acelerador ou pres- Não engate mudança no eixo de alta para
sione o pedal da embreagem e baixa velocidade (AV para BV) quando o
aguarde um certo tempo até completar veículo estiver com velocidades que, se
o engate e volte a acelerar. engatar BV o motor atinja uma rotação
acima da máxima (governada).
B. De alta velocidade (AV) para baixa
velocidade (BV). Se o sistema de mudança é acionado
nestas condições, o engate não se com-
Primeiro, mantenha a aceleração e pleta, até que a velocidade do veículo
abaixe o botão de acionamento do caia a uma correspondente à rotação
mecanismo de mudança. máxima (governada) do motor.

Depois, solte e pressione o mais Cuidado:


rápido possível o acelerador ou, pres-
sione e solte o pedal da embreagem Se o acionamento for efetuado em decli-
rapidamente. ves, o problema será mais crítico, pois a
velocidade do veículo, além de não redu-
zir, chega a aumentar, impossibilitando o
Mudança no eixo combinada com engate em BV, podendo inclusive não
câmbio retornar para AV, se a velocidade aumen-
tar demasiadamente.
A. Marcha superior no câmbio = baixa
velocidade no eixo. Neste caso, engate imediatamente a
marcha superior (mais longa) do câmbio,
Primeiro, efetue a mudança no câm- para não permanecer em neutro.
bio, normalmente.

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Ferramentas especiais

Desenho da Número da
Denominação
ferramenta ferramenta

Cavalete para recondicionamento dos eixos


99322215
direcional e de tração

99355025 Chave para ajustar os rolamentos da coroa

99355088 Soquete para porca do pinhão (60 mm)

99370007 Batedor

99370317 Alavanca e extensão para trava do flange do pinhão

99370509 Ferramenta para elevação da carcaça do diferencial

Batedor para montagem da pista do rolamento


99374093
(usar com 99370007)

Ferramenta de instalação do retentor dianteiro da


99374344
caixa de mudanças (usar com 99370007)

Ferramenta de medição dos calços de ajuste do


99395027
pinhão do diferencial

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Desenho da Número da
Denominação
ferramenta ferramenta

Conjunto de
Genérica Extrator universal
Ferramentas

Torquímetro
Genérica
(0 - 10 Nm, 20 - 110 Nm e 60 - 360 Nm)

Torquímetro de relógio
Genérica
(0 Nm até 10 Nm e 0 Nm até 70 Nm)

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