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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Calorimetria: troca de calor

Trabalho apresentado no curso de


Física da Universidade Estadual de
Santa Cruz; Departamento de Ciências
Exatas e Tecnológica da disciplina
Laboratório de Física II, ao professor
Marcelo Pisani por Leila Santos Freitas
e Marcos Santos Alves.

ILHÉUS
JULHO – 2012
Resumo

Sabe-se que a termodinâmica trás as relações de energia em forma de


calor e suas equivalências mecânicas entre os diversos sistemas físicos –
químico, no entanto, pretende-se determinar neste experimento a variação de
temperatura de duas porções de água no interior de um calorímetro e
determinar a capacidade térmica dessas porções, assim como analisar de
forma prática os fenômenos de troca de calor e equilíbrio térmico, utilizando um
calorímetro e porções de água quente e fria.
Introdução

O calor que é transferido quando se realiza um processo químico ou


físico pode ser determinado por uma técnica experimental conhecida como
calorimetria. O equipamento utilizado para a aferição nesse tipo de
procedimento é um calorímetro, é um aparelho simples construído para isolar
termicamente o seu interior, para que não ocorram trocas de calor entre o
interior e o ambiente externo, como mostra a figura 1. Neste instrumento, são
colocados dois acessórios: um termômetro e um agitador. O termômetro
obviamente é usado para aferição da temperatura do sistema, e o agitador é
usado para homogeneizar o sistema e fazer com que ele entre em equilíbrio
térmico mais rapidamente.

Figura 1 - Esquema de montagem de um calorímetro.

O princípio da igualdade das Trocas de Calor diz que quando vários


corpos trocam calor apenas entre si, a soma das quantidades de calor a que
alguns cedem é igual, em módulo, à soma das quantidades de calor que os
restantes recebem.

Q1 + Q2 +...+ Qn = 0

A temperatura de um objeto varia quando emite ou absorve calor, esta


variação de temperatura sofrida por um objeto que absorve certa quantidade de
energia é denominada capacidade calorífica deste objeto. Mais
especificamente, a capacidade calorífica de um objeto é a quantidade de
energia necessária para elevar a sua temperatura em 1ºC ou 1K. Existe
também a capacidade calorífica específica ou simplesmente calor
específico de uma substância, que é a energia necessária para elevar de 1K
ou 1ºC a massa de 1g da substância. O calor específico de uma substância é
calculado por:
𝑞
∁=
𝑚 . ∆𝑇
A relação utilizada para calcular o calor específico de um calorímetro em
que são adicionadas amostras de uma mesma substância com temperaturas
diferentes é:

∁ (𝑇𝑓 − 𝑇1 ) + 𝑚1 𝑐(𝑇𝑓 − 𝑇1 ) = 𝑚2 𝑐(𝑇2 − 𝑇𝑓 )

Onde ∁ é a capacidade calorífica do calorímetro, 𝑇𝑓 é a temperatura final do


sistema, 𝑇1 é a temperatura inicial da primeira amostra, 𝑇2 é a temperatura
inicial da segunda amostra, 𝑚1 é a massa da primeira amostra, 𝑚2 é a massa
da segunda amostra e 𝑐 é o calor específico da substância.
Objetivos

 Determinar a variação de temperatura de duas porções de água


no interior de um calorímetro e determinar a capacidade térmica dessas
porções e do calorímetro.

Materiais

 Calorímetro;
 Termômetro;
 Béquer;
 Fontes de calor externo (gelo e chama) para aquecer e resfriar a água;
 Suporte;
 Balança.

Procedimentos

1. Para obter os dados experimentais, inicialmente foi colocada a porção


de água à temperatura ambiente no interior do calorímetro e após ter
medido sua massa obteve-se sua temperatura;
2. Usamos um béquer para aquecer a porção de água, para isso obteve-se
sua massa e posteriormente a massa de água no seu interior utilizando
uma balança;
3. A água do béquer foi aquecida a uma temperatura maior que 40ºC e
para medir usamos um termômetro;
4. A água aquecida foi colocada no interior do calorímetro, tampou-se e
introduziu-se um termômetro no orifício da tampa e mediu-se a
temperatura de equilíbrio do sistema;
5. Repetiu-se o procedimento mais uma vez e os dados estão expressos
na tabela 1.

Para dar seguimento a atividade experimental foi utilizada uma


porção de água fria para fazer uma nova análise seguindo as etapas:

6. Foi colocada a porção de água à temperatura ambiente no interior do


calorímetro e após ter medido sua massa obteve-se uma temperatura;
7. Usamos um béquer com água fria e obteve sua massa e posteriormente
a massa de água no seu interior utilizando uma balança;
8. Foi medida a temperatura da porção de água fria com um termômetro;
9. A água foi colocada no interior do calorímetro, tampou-se e introduziu-se
um termômetro no orifício da tampa e mediu-se a temperatura de
equilíbrio do sistema;
10. Repetiu-se o procedimento mais uma vez e os dados estão expressos
na tabela 1.

Resultados

Utilizamos valores diferentes para massas de água fria e para massas


de água quente, considerando que o calor especifico de ambas são iguais e
encontramos o mesmo valor para temperatura inicial em ambos os
experimentos, no entanto obtivemos valores diferentes para temperatura de
água adiciona e temperatura final, como mostra a tabela 1.
Tabela 1: Medidas de massa (M), temperatura (T) e calor específicos da água quente, fria e do calorímetro.

Medidas Água Medida 1 Medida 2 Água fria


quente
Massa do 34 g Massa 75,3 g 71 g Massa 78,8 g 86,2 g
calorímetro inicial inicial
Calor específico (0,90 ± T inicial 23º C 23ºC T inicial 23º C 23º C
do calorímetro 0,01)J/g ºC
Calor específico (4,18 ± Massa 34,3 g 87,8 M 42,8 g 62,3 g
da água 0,01)J/g ºC adicional adicional
T da água 41º C 43º C T da água 9º C 8º C
adicionada adicionada
T final 27º C 32º C T final 19º C 17º C

Para melhor tratamento dos dados usamos as equações abaixo para


calcular a incerteza das capacidades térmicas:

𝝏𝑪 𝟐 𝝏𝑪 𝟐
𝝈𝟐𝑪 = ( 𝝏𝒄 ) 𝝈𝟐𝒄 + (𝝏𝒎) 𝝈𝟐𝒎 (equação 1)

Para determinar a capacidade térmica do alumínio e das duas porções


de água usando o calor específico do calorímetro dado na tabela acima
utilizamos a equação abaixo e calculamos suas respectivas incertezas pela
equação 1.

C = mc
m = massa
c = calor específico do material

Copo de alumínio
C = 0.90 x 34
C = (30,60 ± 0,34)J/ º C

Água quente

Medida 1
C = 109,6 x 4,18
C = (458,13 x 13 ± 1,12)J/ º C

Medida 2
C = 158,8 x 4,18
C = (663,78 ± 1,60)J/ º C

Água fria
Medida 1
C = 121,6 x 4,18
C = (508,29 ± 1,23)J/ º C

Medida 2
C = 148,5x 4,18
C = (620,73 ± 1,50)J/ º C

Para calcular a energia térmica para as porções de água quente e fria


utilizamos:

Q = mcΔT

m = massa
c = calor específico do material
ΔT= diferença de temperatura

Calculamos as respectivas incertezas utilizando a equação abaixo:

𝝏𝑸 𝟐 𝝏𝑸 𝟐 𝝏𝑸 𝟐
𝝈𝟐𝑸 = (𝝏𝒎) 𝝈𝟐𝒎 + ( 𝝏𝒄 ) 𝝈𝟐𝒄 + (𝝏𝛥𝑇) 𝝈𝛥𝑇
𝟐
(equação 2)

Resultados obtidos para:

Água quente

Medida 1

Q = 109,6 x 4,18 (27 – 23)

Q = (1832,512 ± 229,107) J

Medida 2

Q = 158,8 x 4,18 (32 - 23)

Q = (5974,056 ± 332,204) J
Água fria

Medida 1

Q = 121,6 x 4,18 (19 – 23)

Q = (-2033,152 ± 254,192) J

Medida 2

Q = 148,5 x 4,18 (17 - 23)

Q = (-3724,380 ± 310,495) J

Água natural (temperatura ambiente)

Medida 1 (a que foi usada com água quente)

Q = 75,3 x 4,18 (27 – 23)

Q = (1259,016 ± 157,408) J

Medida 2 (a que foi usada com água quente)

Q = 71 x 4,18 (32 – 23)

Q = (2671,02 ± 148,54) J

Medida 1 (a que foi usada com água fria)

Q = 78,8 x 4,18 (19 – 23)

Q = (-1317,536 ± 164,724) J

Medida 2 (a que foi usada com água fria)

Q = 86,2 x 4,18 (17 – 23)

Q = (-2161,896 ± 180,236) J

Para calcular a energia térmica do calorímetro usou-se:


𝑸
Q = m c ΔT ou C = 𝜟𝑻 então

Q = CΔT

Para a porção de água quente

Medida 1

Q = 34 x 0,90(27 – 23)
Q = (122,4 ± 15,4)J

Medida 2

Q = 34 x 0,90 (32 – 23)

Q = (275,4 ± 15,6)J

Para porção de água fria

Medida 1

Q = 34 x 0,90 (19 - 23)

Q = (-122,4 x ± 15,4)J

Medida 2

Q = 34 x 0,90 (17 - 23)

Q = (-183,6 x ± 15,4)J

Sendo assim, quando dois corpos trocam calor entre si num sistema
termicamente isolado, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas, até
atingir o equilíbrio térmico, é igual a zero.

Para calcular a soma dos três valores de Q, utilizaram-se o seguinte


critério Qa + Qb + Qc =0.

Água quente

Medida 1

1259,016 + 1832,512 + 122,4 = 0

Qs = 3213,928 J

Medida 2

2671,02 + 5974,056 + 275,4 = 0

Qs = 8920,476 J

Água fria

Medida 1
-1317,536 + (-2033,152) + (-122,4)

Qs = -3473,088 J

Medida 2

-2161,896 + (-3724,380) + (-183,6)

Qs = -6069,876 J
Conclusão

Os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula sobre calor específico


puderam ser assimilados na prática neste experimento a partir da variação de
temperatura do conjunto, o que ocorre como os corpos. Entendemos que
elementos aparentemente iguais, no caso da água, mas em condições de
temperatura diferentes, possuem quantidade de calor completamente distinta.
Enquanto um corpo fornece calor o outro adquire, isto os torna diferentes
quando nos referimos à quantidade de calor.

Notadamente temos que quando calculamos o calor Q recebido por um


corpo, ele é positivo, quando calculamos o calor cedido ele é negativo:

 Q>0 (o corpo recebe calor) (o corpo se aquece).

 Q<0 (o corpo cede calor) (o corpo se esfria).

Os dados do experimento nos levaram a resultados um tanto fora do


teoricamente esperado. Alguns fatores provavelmente contribuíram para isso,
como:

 O corpo de prova não estar em um ambiente perfeitamente isolado;


 Vazamento de vapor no ponto fixo do termômetro, podendo por ali
termos perca de temperatura durante o equilíbrio;
 A habilidade psicomotora de cada integrante do grupo para identificar e
ler o valor do termômetro e medidas de peso na balança.

No entanto podemos considerar que os valores encontrados estavam


dentro do esperado, devido aos fatores que já foi mencionado acima.
Referências

HALLIDAY, D.; RESNICK, J. W. Fundamentos de Física. Vol. 2, 8ª edição,


Rio de Janeiro, Editora LTD, 2011.

NUSSENZVEIG, M. Curso de Física básica. Vol. 1, 4ª edição, São Paulo:


Editora Blucher, 2002.

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