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Estruturas de Barras
Exemplos típicos de estruturas formadas por barras são as treliças, as vigas e os
pórticos. Barras que estão tracionadas axialmente são usualmente chamadas de tirantes,
enquanto colunas são barras comprimidas axialmente.
Nas treliças, as barras estão sujeitas apenas a esforços axiais (tração ou compressão). Os
nós das treliças devem ser construídos de tal forma a não transmitirem momentos, ou
seja, os nós devem permitir que as barras girem livremente. Para isso ser possível, os
nós devem possuir um mecanismo para engate das barras, ou simplesmente possuírem
relativa baixa rigidez ao giro.
As vigas são estruturas lineares, com um ou mais apoios, que suportam cargas
transversais em relação ao seu eixo. Assim, estão sujeitas a esforços de tração,
compressão, cisalhamento e flexão. As longarinas de uma asa (vide figura abaixo)
podem ser modeladas como vigas. É comum simplificar-se o cálculo de vigas supondo
que as cargas atuam no eixo de simetria, e que o efeito dos esforços de cisalhamento são
desprezíveis em face ao efeito dos esforços de cisalhamento.
Os pórticos são estruturas formadas por barras sujeitas a quaisquer esforços (tração,
compressão, cisalhamento, flexão e torção). As cavernas de uma aeronave (vide figura a
seguir) podem ser modeladas como pórticos planos.
_________________________________________________________________________________ 4.1
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(a remanescente) só permanecerá em equilíbrio se considerarmos os esforços que a parte
removida fazia sobre a parte remanescente. Ou seja, para existir equilíbrio em cada uma
das partes do sistema original, será absolutamente necessária a presença de forças na
seção do corte.
M>0 M<0
T>0 T<0
Exercício 4.1
Determinar a distribuição dos esforços na viga em balanço:
_________________________________________________________________________________ 4.2
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Solução
Podemos escolher qualquer extremidade para fazermos o corte. Como a extremidade à
direita está livre, começaremos por esta, pois sabemos que aí os esforços são nulos. Um
corte é feito a uma distância x, e no corte são colocados os esforços que a parte cortada
fazia na parte que ficou.
V(x)
M(x) q
N(x)
A
x
∑F x = 0 ⇒ − N( x ) = 0
∑F y = 0 ⇒ V( x ) − q.x = 0 ⇒ V( x ) = q.x
qx 2
+ ∑ M A = 0 ⇒ M ( x ) + (q.x )( x / 2) = 0 ⇒ M ( x ) = −
2
q.L
DEC +
DMF
-
parábola
-q.L2/2
Nos diagramas de esforços, os esforços indicados nos pontos de apoio são as próprias
reações de apoio. Neste caso:
-q.L2/2
q.L
_________________________________________________________________________________ 4.3
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Exercício 4.2
Determinar a distribuição dos esforços na viga simplesmente apoiada:
P
a b
Solução
Como não há extremidade livre nesta viga, precisamos inicialmente determinar as
reações de apoio para poder começar o método dos cortes. Impondo as equações de
equilíbrio da estática, obtém-se:
Pb/L Pa/L
x1
x2
Sendo 0 ≤ x1 ≤ a e a ≤ x 2 ≤ L.
DMF +Pab/L
+Pb/L
DEC
-Pa/L
_________________________________________________________________________________ 4.4
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Pode-se verificar que os diagramas contêm corretamente as reações de apoio.
Exercício 4.3
Determinar a distribuição dos esforços no Pórtico Plano:
4 tf
4m
3m
Solução
As reações de apoio, e os trechos a serem considerados em cada corte são:
4 tf x2
4m
x1
x3
4 tf
16/3 tf 16/3 tf
Os eixos escolhidos para cada corte são arbitrários. Os esforços independem disso.
Deve-se escolher eixos que facilitem os cálculos.
_________________________________________________________________________________ 4.5
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+16
+4 +16
-16/3
DMF
DEC (tf.m)
(tf)
+16/3
(tração) - 16/3
(compressão)
DEN
(tf)
Exercício 4.4
Determinar as forças em cada uma das barras da treliça plana:
C E
2m
A D B
2 tf
2m 2m
Solução:
Para calcular os esforços nas barras de uma treliça, é mais conveniente isolar um a um
dos nós da treliça, impondo-se as equações de equilíbrio em cada nó. Vale lembrar que
as barras das treliças só apresentam esforços normais (tração ou compressão).
_________________________________________________________________________________ 4.6
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As reações são:
C E
A D B
1tf 2 tf
1tf
Isolando o nó A (tomando-se como positivas as forças NAC e NAD causadas pela tração
da barra)
NAC
Impondo-se equilíbrio em x e em y:
Isolando o nó C
Barra N (tf)
AC -1,12
AD +0,50
CD +1,12
CE -1,00
DB +0,50
DE +1,12
BE -1,12
_________________________________________________________________________________ 4.7
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4.2. Flexão de Vigas
• a viga está sob Flexão Pura (somente há momento fletor no trecho considerado.
Muitas vezes ignora-se esta hipótese quando os efeitos dos outros esforços são
desprezíveis face aos efeitos do momento fletor);
• o eixo x coincide com eixo neutro (eixo neutro ou linha neutra é a região da viga
que não apresenta deformação, ou seja, está na transição entre a região
tracionada e comprimida);
d2v M(x )
2
≅
dx EI z
v(x) >0
x
z
Momento Mz positivo
_________________________________________________________________________________ 4.8
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onde Iz é o momento de inércia da seção transversal da viga, em relação ao eixo z (a
viga gira em torno do eixo z quando é fletida por Mz), sendo:
Seção transversal . I z = ∫ y 2 dA
y
Exercício 4.5
Obter a linha elástica viga abaixo, de seção transversal retangular:
y
q
h
x
L
b
Solução
A expressão do momento em cada ponto é (método dos cortes):
d2y M( x) qx 2
= y ' ' ≅ ⇒ EIy ' ' = − (1)
dx 2 EI z 2
Como EI=cte, integrando-se duas vezes, sem se esquecer das constantes de integração:
_________________________________________________________________________________ 4.9
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qx 3
EIy ' = − +A (2)
6
qx 4
EIy = − + Ax + B (3)
24
y(L)=0
y’(L)=0
qL3 qL3
EIy ' (L) = 0 = − +A⇒ A =
6 6
q 1 4 L3 L4 3
y( x ) = − x − x+ , com I=bh /12
EI 24 6 8
Exercício 4.6
Obter a linha elástica viga abaixo, de seção transversal retangular:
y
P
x h t
b
_________________________________________________________________________________4.10
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Solução
A expressão do momento em cada ponto é (método dos cortes):
d2y M( x)
= y' ' ≅ ⇒ EIy' ' = Px − PL (1)
dx 2
EI z
Como EI=cte, integrando-se duas vezes, sem se esquecer das constantes de integração:
Px 2
EIy ' = − PLx + A (2)
2
Px 3 PLx 2
EIy = − + Ax + B (3)
6 2
y(0)=0
y’(0)=0
EIy' (L) = 0 ⇒ A = 0
EIy (0) = 0 ⇒ B = 0
1 Px 3 PLx 2
y= −
EI 6 2
_________________________________________________________________________________4.11
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PL3 Posição deformada da viga
y máx = y(0) = −
3EI
ymáx
PL2 PL2
y(L)' = − PL (L) = −
2EI 2EI
Vamos analisar quais as relações entre os esforços para que uma viga esteja em
equilíbrio.
Seja o seguinte elemento infinitesimal de uma barra, sujeito a flexão (M), esforço
cortante (S) e um carregamento distribuído q(x):
S S+dS
y
M M+dM
x
dx
∑F y =0 ⇒ S − (S + dS) − q.dx = 0 ⇒
dS( x )
= −q ( x ) (I)
dx
dx dx
∑M CG =0 ⇒ M - (M + dM) + S
2
+ (S + dS)
2
=0 ⇒
dM(x)
S(x) = (II)
dx
_________________________________________________________________________________4.12
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As equações I e II acima relacionam os esforços S(x), M(x) e q(x) de forma a
satisfazerem o equilíbrio. Observe que a partir de II deduz-se imediatamente que o
momento é máximo ou mínimo quando o esforço cortante S(x) é nulo.
d 2 M(x)
= -q(x) (III)
dx 2
Assim, num trecho de viga sem cargas pontuais, se o carregamento for uniformemente
distribuído ( q(x)=cte ) , então S(x) é um polinômio do 1o grau e M(x) é um polinômio
do 2o grau.
Já vimos que uma barra sujeita a esforços normais ou momentos fletores fica sujeita a
tensões normais. A figura abaixo ilustra um trecho de barra fletido, apresentando uma
região comprimida e outra tracionada.
y Região Comprimida
Região Tracionada
z Linha neutra
Pode-se assumir que a variação da tensão normal ao longo da altura da seção é linear,
diretamente proporcional ao Momento Fletor atuante na seção e inversamente
proporcional à rigidez, ou seja:
Mz y
σx = −
Iz
_________________________________________________________________________________4.13
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A figura abaixo ilustra tridimensionalmente as tensões que surgem com um momento
Mz positivo:
Mz >0 compressão
M z y1
y1>0 σ mín = − <0
Iz
Linha
neutra
y2<0
M z y2
σ máx = − >0
tração Iz
Para uma seção com momento negativo, as tensões que surgem tem a seguinte
configuração:
tração
Mz<0 y1 >0 M z y1
σ máx = − >0
Linha Iz
neutra
y2 <0
M z y2
compressão σ mín = − <0
Iz
_________________________________________________________________________________4.14
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Exercício 4.7
Calcule as tensões e deformações extremas na viga bi-apoiada abaixo:
Solução
A viga possui os seguintes diagramas de esforço cortante e momento fletor:
A seção com maiores esforços é a central (x=L/2), pois é a que apresenta maior
momento.
_________________________________________________________________________________4.15
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M z y1 (PL/ 4).(h/ 2) PL
σx = − =− = −1,5 2
Iz bh /12
3
bh
σx PL
εx = = −1,5
E Ebh 2
De forma análoga, a tração máxima ocorre na parte inferior da seção. Assim, no ponto
(x=L/2; y = -h/2), temos:
M z y2 (PL/ 4).( − h/ 2) PL
σx = − =− = 1,5 2
Iz bh /12
3
bh
σx PL
εx = = 1,5
E Ebh 2
Vxy Q z
τ xy =
I zz b( y)
onde Vxy é o esforço cortante na seção, b(y) é a largura da seção (varia com y), e Qz é o
momento estático com respeito ao eixo z da área A*, conforme figura abaixo:
y
z A* τxy
b(y)
As tensões de cisalhamento não se distribuem linearmente ao longo da seção. Para uma
seção transversal retangular de lados b e h, demonstra-se que: y
z h
b
_________________________________________________________________________________4.16
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6Vxy h 2
τ xy = 3
− y 2
bh 4
Este resultado mostra que, neste caso, o diagrama de tensões de cisalhamento varia
segundo uma parábola ao longo da altura da seção transversa. O cisalhamento máximo
ocorre em y=0:
3Vxy
τ xy (máx) =
2bh
L/2
Solução
A estrutura acima possui um grau de hiperestaticidade (4 reações desconhecidas, e três
equações de equilíbrio estático) . Precisamos então de uma equação de compatibilidade
para somar-se às equações de equilíbrio. Podemos decompor o problema original em
duas estruturas: a) uma isostática primária, e b) em outra estrutura apenas com a reação
hiperestática, conforme figura abaixo:
P ∆C1
∆C0
X
Isostática
primária
∆ C0 + ∆ C1 = 0
afinal, o apoio da direita não permite que a viga se desloque neste ponto.
Com a ajuda de qualquer método que nos forneça deslocamentos, podemos obter ∆C0
(em função de P) e ∆C1 (em função de X). Podemos aqui utilizar o método da
integração da linha elástica.
_________________________________________________________________________________4.18
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Isostática Primária
1o trecho: y1
PL
M 1 (x ) = − + Px 1 = EIy 1 ' '
2
x1
Com as Condições de Contorno:
y1(0)=0
y1’(0)=0
PLx 2 Px 3
obtém-se: y1 = − +
4EI 6EI
2o trecho:
EIy2’’= M(x) = 0 y2
Condições de contorno:
y 1 (L / 2) = y 2 (0) x2
Obtém-se assim:
PL2 PL3
y 2 (x) = − x−
8EI 24EI
5PL3
Ou seja: ∆ C0 = y 2 (L / 2) = −
48EI
Sistema de apoio:
y
∆C1
x
X
_________________________________________________________________________________4.19
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EIy’’= M(x) =XL – X.x
Condições de Contorno:
EIy(0) = 0
EIy' (0) = 0
LX 2 X 3
Assim: y( x ) = x − x
2EI 6EI
LX 2 X 3 XL3
A flecha na extremidade da viga é: y(L) = L − L = = ∆ C1
2EI 6EI 3EI
∆ C0 + ∆ C1 = 0
5PL3 XL3
− + =0
48EI 3EI
5P
X=
16
Com a reação hiperestática calculada, basta calcular as outras reações através das
equações da estática:
P
3/16 PL
5/16 P
11/16 P
-5/16 P
DEC -
+
11/16 P
_________________________________________________________________________________4.20
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4.5. Estruturas Geometricamente Simétricas
Abaixo, vemos duas estruturas geometricamente simétricas, sendo uma com
carregamento simétrico, e outra com carregamento anti-simétrico.
.. M
.. RH
.
_________________________________________________________________________________4.21
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...
RV
2 tf/m
2m
6m
Resposta:
3a
_________________________________________________________________________________4.22
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Resposta:
A B C
L
θ θ
O
P
Resposta:
P cos 2 θ P
Barras AO e CO: N = + (tração) ; Barra BO: N = + (tração)
1 + 2 cos θ
3
1 + 2 cos 3 θ
y c
x
z
b
_________________________________________________________________________________4.23
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Resposta:
+ qc
- qc
DEN DEC
- qcb
DMF DMT
- ½ qc2
a b
Resposta:
Pa 2 b 2
Flecha máxima: y(a ) = , para baixo, no ponto de aplicação da carga.
3EIL
y(a)
_________________________________________________________________________________4.24
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4.6.6. Dada a viga com carregamento distribuído linearmente, obter a equação da linha
elástica, a flecha no meio do vão e a rotação da viga no apoio esquerdo. Adotar:
qo=73kN/m, L=6,1 m E=207 GPa. OBS: para seção circular: Iz=1/4πr4.
qo Seção transversal
Raio=14,16mm
Resposta:
4.6.7. Verifique as equações I, II e III (item 4.2.2) nos exercícios resolvidos 4.1 a 4.6.
4.6.8. Determine a máxima tensão e máxima deformação na viga de aço (E=210 GPa).
Resposta:
Iz = 2,164.107 mm4 ; Mz,máx = - 42 kN.m ; σx,máx = 194 MPa
-4
εx,máx = 9,24.10
_________________________________________________________________________________4.25
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4.6.9. Determinar a tensão máxima na viga abaixo:
Resposta:
_________________________________________________________________________________4.26
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4. Estruturas de Barras ................................................................................................... 4.1
4.1. Diagrama de Esforços Solicitantes ..................................................................... 4.1
4.2. Flexão de Vigas .................................................................................................. 4.8
4.2.1. Linha Elástica .............................................................................................. 4.8
4.2.2. Equações de Equilíbrio .............................................................................. 4.12
4.3. Tensões na Flexão............................................................................................. 4.13
4.3.1. Tensão normal............................................................................................ 4.13
4.3.2. Tensão de Cisalhamento ............................................................................ 4.16
4.4. Estruturas Hiperestáticas................................................................................... 4.17
4.5. Estruturas Geometricamente Simétricas ........................................................... 4.21
4.6. Exercícios Propostos......................................................................................... 4.22
_________________________________________________________________________________4.27
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