Sei sulla pagina 1di 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

ESCOLA DE MÚSICA – EMUFRN


HISTÓRIA DA MÚSICA
ALUNA: DÉBORA SHIRLEY PAULO DA SILVA PIMENTEL

Roteiro e minutagem do vídeo: “A Idade das Trevas: Reinos bárbaros tomaram posse dos
fragmentos do Império Romano”

A História da Tradição Ocidental O Império Romano do Ocidente teve como uma das
principais causas de sua queda as invasões bárbaras protagonizadas pelos povos germânicos
que habitavam a região ao leste das fronteiras do Império. Ao lado da decadência da economia
escravista e da desestruturação militar, as invasões bárbaras foram apontadas por historiadores
como um dos principais processos que levaram ao fim do maior império da Antiguidade,
em 476 d.C Cobrindo desde o Mundo Antigo até a Era da Tecnologia, esta ilustrada palestra de
Eugen Weber apresenta uma tapeçaria de acontecimentos políticos e sociais tecidos com muitos
fios - religião, indústria, agricultura, demografia, governo, economia e arte. A decadência do
Império Romano do Ocidente foi acelerada pela invasão de povos bárbaros. Bárbaros era a
denominação que os romanos davam àqueles que viviam fora das fronteiras do Império e não
falavam o latim. Um banquete visual de mais de 2.700 imagens do Metropolitan Museum of
Art retrata os principais eventos que moldaram o desenvolvimento do pensamento, cultura e
tradição Ocidentais.

1. Foi uma época de anarquia, assassinatos, incêndios criminosos, estupros. Até a igreja
dependia das tribos barbaras que dominavam o ocidente. (00:03s);

2. O Professor da universidade de California, Eugen Weber, relata que o colapso final do


império romano no ocidente aconteceu sobre pressão dos bárbaros germânicos. Três
séculos depois um germânico foi coroado em Roma como imperador do
ocidente. (01:22s);
 Era Carlos, rei dos francos, que a história conhece como Carlos, o grande, ou Carlos
Magno. E cujo reinado glorioso foi para a época um modelo de estabilidade. (01:38s);

3. O período entre esses três séculos, do colapso à coroação, é conhecido como idade das
trevas. Em parte, porque não se sabe muito sobre ele, mas também porque era escuro e
sangrento. (01:50s);

4. A economia estava arruinada. (02:10s)


 A estrutura social desmoronava por vendas internas e externas, até mesmo a parte
material decaía, como se pode ver por novos padrões de assentamento com muitas
fazendas e vilas nas melhores terras, sendo abandonadas por lugares mais elevados.
Velhas fortalezas que não eram habitadas desde a idade da pedra voltaram a ser usadas,
não porque se vivia melhor lá, mas porque as chances de sobrevivência eram
maiores. (02:13s);

5. No patamar político, o império romano ocidental fora substituído por pequenos reinos
bárbaros que representavam o poder político organizado na Europa. (02:57s);
 Todo o resto pertencia a Igreja romana. A autoridade moral, o aprendizado, o prestígio
do nome romano e a proteção das pessoas. (03:29s);
 Na sociedade cristã, as pessoas comuns procuravam o bispo em busca de liderança.
Nesta época acontecia o processo de assimilação: os bárbaros foram convertidos ao
cristianismo nos séculos V e VI. Na medida em que os bárbaros se convertiam, a igreja
ficava cada vez mais bárbara. (03:40s);
 É possível notar isso na descrição que Gregório de Tours dá sobre como era no reino
dos francos durante a segunda metade do sexto século. Gregório era um homem de
linhagem aristocrática-gaulesa, um descendente de oficiais romanos, membro de uma
dinastia de bispos. (04:10s);
 A história dos francos é um longo ponto de estupro, assassinato e purgação. Filhos
estrangulando as mães, mães jogando filhos no poço, pessoas chutadas ou queimadas
até a morte num banquete amigável. Esposa encorajando seus amantes a assassinar seus
maridos e depois assassinar as filhas, pois tinham receio que poderiam seduzir o mesmo
amante. (04:44s);

6. O incesto reinava e as vezes levava ao assassinato. Criados e aliados traindo ou


envenenando seus senhores e seus amigos. (05:17s)
 Isto chegou ao ápice com a morte da rainha Brum Hilde, que foi capturada por seus
inimigos com seus três filhos. Torturada por três dias e no quarto desfilou no campo
montada num camelo. Foi então amarrada pelos cabelos. Um braço e um pé num rabo
de cavalo selvagem, e seus membros foram arrancados um a um. (05:33s)
 Mas o destino de um de seus filhos é interessante, pois embora os outros dois fossem
mortos de imediato, um deles era o afilhado do sequestrador que lhe poupou a vida,
deixando-o viver em um mosteiro. (06:04s)

7. Era destes bárbaros selvagens que a igreja dependia cada vez mais. Consequentemente,
o declínio nas condições da cultura foi acompanhado pela deterioração dos padrões
morais entre os membros do clero. (06:33s)
 Bem como os bispos tivessem escravos e concubinas como outros cavalheiros e usavam
armaduras e espadas debaixo de suas vestes, provavelmente para uso imediato e que
despojavam os pobres de seus pertences e as vezes de suas esposas também. (07:04s);
 Há uma cena à mesa de um rei branco onde dois bispos se acusam mutualmente de
libertinagem. E há várias outras cenas onde os bispos estão tão bêbados que não
reconhecem seus convidados. (07:27s)
8. O mundo que Gregório de Tours escreve é um mundo de violência e corrupção, no qual
os governantes dão o exemplo de injustiça e desprezo pela lei. (07:45s)
 Num mundo assim, a religião conseguiu manter seu poder apenas pelo terror e pavor de
seu prestígio supernatural que inspirava, e pela ameaça da violência espiritual, usada
para a sua proteção contra a violência física do barbarismo. O medo da ira de Deus, da
vingança dos santos, eram as únicas coisas que podiam intimidar os desordeiros, tão
comuns entre as novas classes dominantes. (08:08s)
 Na idade das trevas, os santos não eram apenas modelos de perfeição moral cujas preces
eram invocadas pela igreja. Eram forças pragmáticas, com um papel constante na vida
diária, intervindo de maneira prática, a ponto de os pecadores de Nápoles chicotearem
seus santos quando não apanhavam peixes. (08:45s)
 Na verdade, os santos eram forças sobrenaturais e acreditava-se que vivessem em
santuários, protegendo a riqueza da terra e de seu povo. (09:28s)

9. O santo mais importante para Gregório foi São Martinho, cujo santuário em tour era
considerado uma fonte de graça e curas milagrosas, onde os doentes chegavam de todas
as partes da Gaia. (09:42s)

10. Acreditava-se que São Martinho fosse muito bom contra a epilepsia e
impotência. (09:58s)

11. O santuário em tour foi destruído em 853 e foi substituído várias vezes. O original era
um local onde escravos fugitivos, criminosos, pessoas banidas pelo rei, encontravam
refúgio e proteção sobrenatural. Como resultado, era recheado de fugitivos. (10:06s)
 Em princípio, toda a igreja deveria oferecer santuário, mas o santo deveria ser muito
importante, para que impedisse que os grandes senhores ou o rei, roubassem as
propriedades do santo ou que fosse derramado sangue em seu interior. As igrejas
poupadas deviam o fato a força de seu santo patrono. E assim, os primeiros séculos da
idade média presenciaram o crescimento de uma nova mitologia cristã no
ocidente. (10:37s)
 Por um lado, vemos um mundo de violência e injustiça que afunda devido ao seu próprio
peso até a destruição. Por outro lado, ao longo da força divina e mistério, ao qual o
homem é liberado das cruéis necessidades diárias, onde nada é impossível pois o santo
pode trazer a criança de volta a vida ou oferecer comida e bebida, onde todo o sofrimento
humano pode encontrar remédio, pois o santo pode curar o doente, alimentar o pobre e
até purificar o culpado. (11:30s)
 Neste mundo de trevas era inevitável que o santo cristão adquirisse por um lado algumas
das características de curandeiro, e por outro de semideus, que seu prestígio dependesse
de sua força como milagreiro e que os homens apelassem a ele como faziam aos deuses
da família ou aos deuses locais como patrono da família e da comunidade. (12:06s)

12. Apenas nesse mundo de mitologia cristã, foi possível obter a fusão vital da fé e da ética
cristã como predição barbárica dos novos povos. (12:35s)
 Obviamente era impossível para povos sem tradição ou filosofia sem literatura assimilar
diretamente a sutil e profunda teologia e a metafísica das grandes doutrinas da igreja.
Os bárbaros poderiam entender e aceitar o espírito da nova religião somente quando
lhes era manifestada de maneira óbvia e visível nas vidas e atos de homem que pareciam
dotados de qualidades sobrenaturais. Assim a conversão dos europeus ocidentais foi
concedida não apenas pela nova doutrina, mas pela nova força que os impressionava e
os subjugava. (12:43s)

13. Os próprios missionários cristãos eram personalidades poderosas, corajosos, ousados


que inspiravam entusiasmos e confiança. E havia mulheres santas também. (13:53s)
 As mulheres tinham importante papel na conversão de pagãos no patamar político.
(14:00s)
 Em 987, os Húngaros foram cristianizados por Estevão, que se tornou Santo Estevão,
que foi batizado por sua mãe e encorajado por sua esposa. Claro que não era só questão
pessoal, era uma questão de alianças e interesses políticos. Mas sejam quais forem as
razões, as esposas tinham um papel importante nessas conversões. Então quando o
cristianismo foi aceito pelos nobres, a proibição de encesto pela igreja começou a
modificar a face da Europa. (14:27s).

14. A proibição da poligamia pela igreja significava que, pelo menos teoricamente, os
bastardos estavam excluídos da sucessão ao trono. (16:25s)
 Demorou algum tempo para convencer as classes governantes a aceitar essas exclusões,
mas gradualmente não seria mais necessário assassinar todos os seus irmãos para ficar
seguro. A sucessão ao trono seria esclarecida e estabilizada e tudo teria sua utilidade. O
principal, entretanto, é que a igreja ocidental não chegou aos bárbaros com uma missão
de civilização ou com uma promessa de progresso político ou social. Chegou com uma
mensagem de julgamento e salvação divinos. A humanidade nascera sob uma maldição.
Estava escravizada pelas negras forças do mal cósmico e afundava cada vez mais pelo
peso de sua própria culpa. E era obvio que apenas pelo caminho da cruz, pela graça do
salvador crucificado, ou melhor, de Cristo em majestade, que os homens poderiam
liberta-se da massa maldita de pecaminosos e escapar dos destroços de um mundo
condenado. (16:33s)

15. O mundo estava caindo aos pedaços, chegando ao fim, e era natural que os cristãos se
voltassem para um outro mundo, para a cidade eterna e não a terrena, e para a igreja que
oferecia um único caminho até esse mundo. (17:58s)
 O argumento era tão convincente que enquanto o caos continuava e aumentava no
mundo ocidental, todas as atividades e aspirações que chamamos culturais estavam
concentradas na igreja. A tradição da cultura do latim, os padrões da vida cristã não
seriam preservados ou desenvolvidos em cidades, que se arruinavam cada vez mais, mas
sim em mosteiros. E os monges se tornariam não só os apóstolos do ocidente, mas
também os fundadores da cultura medieval. (18:24s)
16. Homens e mulheres que fugiam do mundo para encontrar salvação com os eremitas
isolados ou em pequenas comunidades não era um fenômeno novo. Os cristãos
começaram a fazer isso nos desertos do Egito e da Síria a partir do terceiro século.
(19:05s)
 Estes eram os problemas aos quais São Benedito se dedicou quando fundou o seu
primeiro mosteiro em Monte Cassino, ao Sul de Roma em 520, e quando organizou as
regras para sua comunidade por volta de 529. Os beneditinos podem ser considerados
típicos de todas as velhas ordens monásticas. Faziam um voto vitalício de observar
obediência, pobreza e castidade, que eram apoiados em quatro preceitos principais:
nenhuma propriedade particular; nada de carne de açougueiro, exceto em casos de
doença; trabalho manual constante; e confinamento restrito ao mosteiro. (20:04s)

17. Benedito recomendava 3 a 4 horas diárias de leitura a livros e devoção, embora abrisse
exceção aos que não sabiam ler. Mas todos deviam passar 4 ou 5 horas por dia em
orações e serviços religiosos. (20:56s)
 Esta oração pública tornou-se cada vez mais importante com o tempo e o monge passou
a fazer menos trabalho manual e a concentrar-se em orar por seus semelhantes. Assim
em um paradoxo curioso, o monge que abandonava o mundo para salvar sua própria
alma, descobria que uma de suas tarefas mais importantes era interceder junto aos céus
em nome de seus semelhantes. A regra de São Benedito é um modelo de sabedoria
prática e espiritual, e até recomenda como os monges devem dormir. Devem dormir em
camas separadas, uma vela deve sempre queimar em sua cela até o amanhecer. Devem
dormir de roupa e amarrados com cintos ou cordas, e não devem ter suas facas ao seu
lado para não correr o risco de machucar o companheiro durante o sono. (21:03s)

18. A regra de São Benedito tornou-se mais uma afirmação do que deveria ser. Propriedade
e carne entraram, trabalho e abstinência saíram. (22:24s)

19. Apesar das repetidas reformas, os mosteiros tornaram-se mais comerciais e mundanos.
(22:43s)
 Isto não é surpresa se considerarmos que num mundo problemático, violento, sem
segurança, os mosteiros e conventos ofereciam abrigo e o mínimo de ordem e conforto
por períodos bem maiores que qualquer outro estabelecimento comercial. (22:47s)
 É claro que o abrigo não era apenas físico, era espiritual também. Homens e mulheres
entravam nos mosteiros fugindo do frio, congelados pela maldade e selvageria do
mundo, considerando o retiro como um refúgio, onde podiam manter-se aquecidos na
fé. Podiam também manter o que ainda restava da civilização, copiando e ilustrando
velhos manuscritos quando não os estavam raspando para dar lugar a outro texto.
(23:13s)

20. Os mosteiros ficavam em áreas rurais e eram os monges que convertiam a população
analfabeta que provavelmente introduziram as melhorias agrícolas e tecnológicas que
iriam mudar a qualidade de vida em toda a Europa. (24:02s)
21. A idade das trevas deve ter sido incrivelmente sombria com ataques e contra ataques,
emboscadas, assaltos, assassinatos, sequestros, torturas e bebedeiras, terminando em
derramamento de sangue e mãos, orelhas e narizes cortados, considerado um tratamento
mais cristão aos criminosos ou inimigos, do que a pena de morte. Mas com tudo isso a
vida continuava. Em fortalezas, mosteiros e terras fortificadas, as pessoas mantinham o
mínimo de segurança. (24:22s)
 Os mercadores viajavam nas antigas estradas romanas, eram assaltados uma ou duas
vezes, mas continuavam a viajar. Acima de tudo, homens e mulheres continuavam a
semear, colher, levar os porcos à floresta, levar o gado ao pasto, alimentar a si e aos seus
senhores da melhor maneira que podiam. (25:04s)

Potrebbero piacerti anche