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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
JRBS
Nº 71008525636 (Nº CNJ: 0022204-81.2019.8.21.9000)
2019/CÍVEL

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE


COBRANÇA. ACIDENTE DE TRÂNSITO.
CARRO ALUGADO. MOTORISTA DE
APLICATIVO DE TRANSPORTE PARTICULAR
DE PASSAGEIROS. COLISÃO EM POSTE.
CULPA INCONTROVERSA. MULTA
DECORRENTE DO ACIDENTE. RECUSA AO
REALIZAR TESTE COM ETILÔMETRO.
DEMAIS DANOS NO VEÍCULO. DEVER DE
REPARAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO INOMINADO IMPROVIDO.

RECURSO INOMINADO PRIMEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL

Nº 71008525636 (Nº CNJ: 0022204- COMARCA DE ESTEIO


81.2019.8.21.9000)

LEONARDO MARTINS DE OLIVEIRA RECORRENTE

VIVIANE CRISTINA DOS SANTOS RECORRIDO

EDI SANTOS PORTO RECORRIDO

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma


Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do
Sul, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO
INOMINADO.

Participaram do julgamento, além do signatário, os


eminentes Senhores DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA (PRESIDENTE)
E DRA. MARA LÚCIA COCCARO MARTINS FACCHINI.

Porto Alegre, 28 de maio de 2019.

DR. JOSÉ RICARDO DE BEM SANHUDO,


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PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
JRBS
Nº 71008525636 (Nº CNJ: 0022204-81.2019.8.21.9000)
2019/CÍVEL

Relator.

R E L AT Ó R I O

Cuida-se de ação de cobrança por danos materiais ajuizada


pelas proprietárias de veículo alugado ao réu para exercer atividade como
motorista de aplicativo de transporte particular de passageiros (Uber).
Afirmaram ter o réu colidido lateralmente contra poste de luz, o que teria
ocasionado avarias no veículo, com perda total. Na ocasião o réu se
negou a realizar teste de etilômetro, gerando multa de trânsito.
Informaram que o seguro recusou cobertura dos danos no veículo, em
razão dos sinais de embriaguez do réu e de sua recusa em realizar o teste
de alcoolemia, conforme boletim de ocorrência. Juntaram nota
promissória emitida pelo réu, no valor de R$ 30.000,00, destinada a
assegurar a reparação do bem e o pagamento da infração de trânsito.
Requereram o pagamento dos prejuízos decorrentes das avarias e mais
R$ 2.934,70 referentes à multa. Juntaram documentos.

Após tramitação processual regular, foi proposta decisão de


procedência dos pedidos, para condenar o réu ao pagamento de R$
32.934,70. A proposta foi homologada por sentença.

Recorreu o réu.

Com contrarrazões, vieram os autos conclusos.

É o breve relatório.

VOTOS

DR. JOSÉ RICARDO DE BEM SANHUDO (RELATOR)

Eminentes Colegas.

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@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
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2019/CÍVEL

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do


recurso interposto.

Adianto que a decisão recorrida deve ser mantida por seus


próprios e jurídicos fundamentos, na forma do artigo 46 da Lei nº
9.099/95.

Trata-se de recurso interposto pela parte ré que se insurge


contra a sentença que julgou procedentes os pedidos das autoras, para
condená-lo ao pagamento de R$ 30.000,00 pelos danos materiais no
veículo, decorrentes do sinistro, e mais R$ 2.934,70 pela multa de
trânsito referente à negativa de se submeter ao exame de etilômetro, por
ocasião do acidente.

Em sede recursal o réu reitera a preliminar de incompetência


do juizado, por complexidade da causa, com a consequente extinção do
feito, alegando a necessidade de realização de prova pericial para
aferição da autenticidade da assinatura constante na nota promissória
acostada pelas autoras, já que alega desconhecer o documento e não tê-
lo firmado.

O caso é de afastamento da preliminar.

Isto porque a ação não é de execução do título, mas de


reparação de danos materiais decorrentes de acidente de trânsito. O
título, como as próprias autoras informaram, foi emitido apenas para
assegurar a satisfação da obrigação. Ademais, a assinatura lançada na
nota promissória (fl. 44) é muito semelhante àquela da Carteira Nacional
de Habilitação do réu (fl.40). Além disso, chama a atenção que em
momento algum foi juntado pelo réu qualquer documento contendo sua
assinatura, ao menos para simples comparação pelo juízo. Nem mesmo
instrumento de procuração firmado pelo réu em favor de seu patrono foi
juntado.

No mérito, não há controvérsia sobre a responsabilidade do


réu em relação aos danos materiais postulados. No particular, o réu

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sequer enfrenta o mérito, deixando de impugnar a alegação de culpa


exclusiva pela colisão lateral no poste de energia elétrica, documentada
no BO e nas fotografias que instruem o feito (fls. 30-32 e 38) bem como a
recusa em realizar o teste do etilômetro, que gerou a multa de trânsito
respectiva (fl. 42). A responsabilidade pelo ressarcimento dos danos no
veículo decorre da incontroversa culpa do réu, na condição de condutor e
causador dos danos, e a responsabilidade pelo pagamento da multa
decorre de obrigação contratual (cláusula IV, §1º, fl. 27).

Finalmente, cumpre destacar que as autoras demonstraram


o valor dos danos no veículo, que ensejaram a parda total (fls. 54 e 56),
bem como a recusa de cobertura securitária (fls. 34-36).

Voto, pelo exposto, por NEGAR PROVIMENTO AO


RECURSO INOMINADO, mantendo-se a sentença, por seus próprios
fundamentos.

Condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais


e honorários advocatícios, estes fixados em 10% do valor da inicial.
Suspendo, contudo, a exigibilidade da verba sucumbencial, em razão da
gratuidade judiciária concedida à recorrente.

É o voto.

DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA (PRESIDENTE) - De acordo com


o(a) Relator(a).

DRA. MARA LÚCIA COCCARO MARTINS FACCHINI - De acordo com


o(a) Relator(a).

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DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA - Presidente - Recurso Inominado nº


71008525636, Comarca de Esteio: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO
INOMINADO. UNÂNIME."

Juízo de Origem: JUIZADO ESPECIAL CIVEL ESTEIO - Comarca de Esteio

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