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46p.
CDU – 780
Sugestão de impressão: papel A4, frente e verso, em preto e branco (total: 23 folhas).
Encadernação em espiral de 9 milímetros (para passar as páginas mais facilmente)
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................................ 4
3. Pentacorde.............................................................................................. 17
3.1 Atividades de interpretação ............................................................... 18
3.2 Atividades de criação ........................................................................ 23
3.3 Atividades de apreciação................................................................... 25
4. Melodias ................................................................................................. 26
4.1 Atividades de interpretação ............................................................... 26
4.2 Atividades de criação ........................................................................ 33
5. Acompanhamento.................................................................................. 37
5.1 Atividades de interpretação ............................................................... 38
Daniel Lemos
Pianista
CRONOGRAMA DE ESTUDOS
A primeira atividade que iremos fazer, que irá nortear o percurso didático dessa
disciplina, é definir um cronograma semanal de estudos durante dois meses – tempo em
que a disciplina estará aberta no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da
UEMAnet. Sendo assim, preencha a tabela abaixo, procurando ser o mais fiel possível
aos momentos que você mesmo definiu para praticar o instrumento:
PRIMEIRO MÊS
Turno Dom. 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª Sáb.
Manhã
1.ª Semana
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
3.ª Semana
Tarde
Noite
Manhã
4.ª Semana
Tarde
Noite
5
SEGUNDO MÊS
Turno Dom. 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª Sáb.
Manhã
5.ª Semana
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
7.ª Semana
Tarde
Noite
Manhã
8.ª Semana
Tarde
Noite
Obs.: lembre-se de que músicos não tem folga no fim de semana ou em feriados;
eles precisam estar sempre atentos para as oportunidades que aparecerem.
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1. INICIAÇÃO COM MÚSICA CONTEMPORÂNEA
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1.1 Atividades de interpretação
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Vamos agora trabalhar com intensidade – dinâmicas. Toque o trecho a seguir:
Uma estratégia muito interessante para trabalhar figuras sonoras com crianças é
associá-las a outras linguagens artísticas, como na sonoplastia. Um exemplo comum é
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feito em contação de histórias, onde os sons são criados de acordo com o percurso do
conto.
A seguir, apresentamos uma breve história em quadrinhos para que você possa
criar uma sonoplastia que ilustre seu entendimento da mesma. Anote sua composição no
espaço correspondente à audiopartitura em seguida:
Ao observar esta breve história, você certamente notou ser possível interpretar três
momentos distintos no trajeto do barco da esquerda para a direita: um com céu nublado e
águas calmas; mar agitado com chuva; e mar calmo que se finda com o Sol. É bastante
provável que você ilustrou esses três momentos com uma composição na forma A-B-A,
onde a letra “A” ao final indica um caráter mais próximo com o a primeira seção. No
entanto, pode ser que as repetições não sejam idênticas: nesse caso, podemos indicar a
forma como sendo A-B-A’, onde o apóstrofo indica uma variação nos elementos – mas
que, mesmo assim, mantêm características em comum. Logo, temos aqui um exemplo de
como trabalhar formas musicais na sonoplastia.
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1.3 Atividades de apreciação
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2. ESCALAS PENTATÔNICAS
A topografia do teclado possui uma característica que pode ser utilizada como um
interessante recurso didático: as teclas “pretas” – que são brancas no cravo e instrumentos
de teclado mais antigos. No âmbito de uma oitava, elas podem formar dois tipos
particulares de escalas pentatônicas, sendo elas (Fig. 1):
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para cada ataque de tecla. Segue adiante uma ilustração desse tipo de notação, utilizando
um teclado vertical – também chamado de piano roll nas interfaces de programas para
edição de áudio (Fig. 2):
Qual o dedilhado que você utilizou para tocar essa melodia? Você pode anotá-lo?
Experimente outros até encontrar um que lhe pareça mais adequado.
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A melodia adiante, na pentatônica menor, é baseada em Two Feathers, trilha
sonora do jogo Outlaws e baseada em canções indígenas norte-americanas. Apesar de não
haver acidentes (bemóis e sustenidos) indicados, você pode tocar essa melodia nas teclas
pretas, começando pelo Mi ♭. Sendo assim, interprete-a no seu instrumento, observando
a mão utilizada com base na direção das hastes:
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2.2 Atividades de criação
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2.3 Atividades de apreciação
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3. PENTACORDE
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3.1 Atividades de interpretação
Observe que essa peça não traz indicação de clave. Portanto, trata-se de leitura
relativa, onde você pode escolher em qual tecla branca deseja começa-la. Dependendo
da mão (direita – M. D. – ou esquerda – M. E.), um dedilhado é indicado. A partir dessa
indicação, você deve posicionar os demais dedos sobre as teclas adjacentes, de maneira
semelhante à imagem seguinte, que tomou como referência para a primeira tecla a nota
Dó (Fig. 3):
Fig. 3: Dedilhado e posição das mãos esquerda e direita. Fonte: acervo do autor.
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Procure seguir as mesmas recomendações de estudo indicadas para a peça
anterior. Tente também realizar as indicações de dinâmica no seu instrumento.
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A articulação indicada nas semínimas é chamada de non legato, ou seja: ao
contrário das notas sob a ligadura de frase, você não precisa “ligar” o som entre as notas
que trazem essa indicação. Ao mesmo tempo, o toque não é tão curto quanto no staccato
– representado através de um ponto acima ou abaixo da cabeça da nota. Isso facilita o
ataque no caso de notas repetidas, como ocorre no segundo compasso. Experimente esse
tipo de ataque durante o estudo da peça.
Outra questão aqui: essa peça não traz nenhuma indicação de dedilhado. Portanto,
cabe a você decidir qual o melhor dedo para tocar a tecla correspondente à primeira nota
da peça, com base nas notas que aparecerão ao longo da peça. Faça essa análise, anotando
o dedilhado correspondente à sua decisão.
Adiante, temos uma melodia muito conhecida de Luiz Gonzaga, Asa Branca:
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A peça adiante é baseada em um tema tradicional brasileiro chamado De Marré:
Note que esse arranjo se baseia em um pentacorde que faz uso de uma tecla preta,
baseado na escala de Ré maior. Sendo assim, posicione sua mão com o dedo médio (3)
sobre a referida tecla preta – o Fá ♯. Observe, ainda, o uso do staccato ( . ) em
determinadas notas. Procure fazê-lo bem “seco”, ou seja: desligue o som entre cada ataque
com bastante evidência.
Adiante, temos uma variação sobre Samba Lelê, outra melodia de origem
tradicional:
Mais uma vez, procure a melhor posição para sua mão tocar esse pentacorde. Não
se esqueça de tocar a peça com ambas as mãos, fazendo uma de cada vez e depois
tocando-a com as duas mãos, em oitavas.
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Segue adiante uma melodia da tradição popular brasileira, Bão ba la lão:
Segue adiante outra variação sobre um conhecido tema tradicional brasileiro, Sapo
Cururu. Antes de começar, observe a armadura e encontre a posição do pentacorde
utilizado no teclado do seu instrumento:
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Agora, temos a canção tradicional brasileira Pastorzinho, também conhecida
como “Dó-Ré-Mi-Fá”:
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Os dedilhados entre parêntesis indicam um reforço do dedilhado lógico: o dedo
um já estaria sobre a tecla correspondente à nota Sol, caso a mão fosse sido posicionada
corretamente na nota anterior.
Essa atividade consiste em utilizar o Baixo de Alberti como acompanhamento na
improvisação de melodias em um pentacorde. Sendo assim, antes de começar, estude o
Baixo de Alberti com a mão esquerda, começando mais devagar. Aqui, recomendamos
que você utilize um leve giro do pulso para tocar as notas, ao invés de utilizar somente
os dedos. Isso ajuda a realizar o Baixo de Alberti porque ele possui um movimento cíclico,
esboçado a seguir:
Segue uma ilustração de como realizar o giro do pulso ao tocar as teclas das
extremidades grave e aguda, respectivamente (Fig. 4):
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Depois de ter estudado detalhadamente o Baixo de Alberti, posicione sua mão
direita na posição do pentacorde equivalente acima – caso você tenha escolhido fazer o
Baixo de Alberti em Sol maior, por exemplo, posicione sua mão direita de forma a
também começar no pentacorde de Sol em alguma das oitavas acima, com o polegar (dedo
1) na tecla Sol. Em seguida, comece a tocar o Baixo de Alberti com a mão esquerda,
procurando improvisar melodias na mão direita. Tente analisar que combinações de notas
– harmonia – funcionam bem, procurando memorizar aquelas que você achar
interessante. Em seguida, escreva ou grave os temas ou melodias que você achou
interessante, para fins de registro.
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4. MELODIAS
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No final dessa pequena melodia, você também deve ter percebido que “não há
dedos suficientes” para fazer o movimento descendente de Lá a Dó. Sendo assim, é
necessário utilizar o indicador (dedo 2) para tocar o último Dó, girando ele por cima do
polegar.
Tente agora tocar essa melodia com a mão esquerda. Busque um dedilhado mais
apropriado para realiza-la, anotando-o na partitura:
E então, qual foi a principal dificuldade que você teve ao tocar esse trecho com a
mão esquerda? Chegou a encontrar uma solução de dedilhados? Gostaria de compará-la
com as nossas sugestões?
Apresentamos adiante nossa proposta de dedilhado para a mão esquerda:
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A melodia em seguida, também de origem popular, se chama Quantos dias tem o
mês?
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Temos adiante outra melodia tradicional brasileira, Ainda não comprei. Aqui,
você poderá praticar bastante os conceitos de dedilhado apresentados na peça anterior.
Observe também que algumas indicações são omitidas quando partes da música se
repetem. Isso é bastante comum, pois entendemos que o intérprete/pianista já associou o
dedilhado às estruturas musicais. Faremos isso a partir de agora:
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Agógica é o termo utilizado para se referir às variações no andamento ou tempo
durante a interpretação de uma peça. As indicações mais comuns, feitas em
italiano, são accelerando (accel.), ritardando (rit.) ou rallentando (rall.) e a
tempo – esta última para indicar um retorno ao andamento anterior.
Abaixo, temos uma adaptação de Zo-san, outra canção tradicional do Japão – cujo
título significa “Elefante”:
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Mudando a região, temos um tema tradicional do Egito muito conhecido, chamado
“As Ruas de Cairo”:
Temos agora uma peça com traços da música tradicional da Romênia, criada pelo
compositor húngaro Béla Bártok (1881-1945) em 1915. Ela faz parte do ciclo “Danças
Folclóricas Romenas” e se chama Dança do Camponês – “Brâul” no título original:
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Adiante, segue Ah Ya Zain, uma canção tradicional do Oriente Médio:
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Voltando às canções brasileiras, não poderia faltar Escravos de Jó. Aqui, será
necessário utilizar a abertura do polegar para alcançar teclas mais distantes:
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Terezinha de Jesus
Ciranda, cirandinha
O bom barqueiro
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Dorme, neném
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Clementina
Frère Jacques
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5. ACOMPANHAMENTO
Fig. 5: Ilustração do movimento que utiliza o peso do braço. Fonte: acervo do autor.
Ao atacar o acorde, sinta que seus dedos e sua mão servem apenas para conduzir
o próprio peso do braço. Esse tipo de movimento é conhecido como técnica peso.
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Agora, vamos à prática. Toque a sequência de acordes abaixo com a mão
esquerda. Iremos escrevê-la de duas maneiras: através da partitura tradicional e de cifras,
oferecendo sugestões adequadas de dedilhados. Ao tocar os acordes, direcione sua
atenção para seu corpo, procurando sentir o braço desativado e direcionando seu peso
para os dedos e a mão. Procure contar os tempos mentalmente:
Perceba nesse exercício que existe mais de uma combinação possível de dedilhado
para um mesmo acorde, que varia em função do contexto anterior ou posterior. Há, ainda,
a possibilidade de atacar duas teclas com o polegar, conforme o exemplo do compasso 3.
Veja uma ilustração dessa técnica, utilizando o mesmo acorde do compasso 3 (Fig. 6):
Fig. 6: Ataque de um acorde com o polegar em duas teclas ao mesmo tempo. Fonte: acervo do autor.
Agora, apresentaremos uma série de pequenos estudos para você praticar com o
acompanhamento automático de seu teclado eletrônico – caso seja esse o instrumento de
sua escolha. Se seu instrumento não possuir esse recurso, recomendamos estudar livros
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didáticos voltados à criação de acompanhamentos para piano popular, como Piano e
Teclado Fácil de Antônio Adolfo (2015) e/ou Rítmica e Levadas Brasileiras para Piano
de Turi Collura (2009).
Há quatro questões que você deve observar antes de iniciar esse estudo:
3) Todo gênero musical terá seu próprio tempo ou andamento – no teclado eletrônico,
pode ser indicado como “SPEED”, “TEMPO” ou “BPM” (abreviatura de batidas por
minuto). Nesse momento, você não precisará se preocupar com esse recurso, a não ser
que o acompanhamento esteja muito lento ou rápido demais. Se for o caso, configure-
o para um andamento mais interessante para você.
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exemplo, tocar esses acordes com acompanhamento de funk, pop rock, country, samba e
bossa nova. Se for necessário, conte alguns tempos antes de começar cada estudo:
Uma dica: você não precisa ficar “segurando” (sustentando) o acorde durante
todo o compasso; basta tocar ele apenas uma vez no tempo desejado, soltando-
o logo depois. Isso irá reduzir muito a energia gasta para tocá-los, gerando uma
melhora sensível em sua técnica.
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No penúltimo compasso do estudo anterior, temos um acorde de Si maior com
sétima (menor – nesse intervalo, a indicação é omitida; só se indica alteração se for outro
tipo de sétima). Nos acordes de sétima, é costume não tocar a quinta do acorde – nesse
caso, a nota Fá ♯.
Na repetição, indicada pelo ritornelo, o estudo deve ser finalizado após o primeiro
compasso, onde está a palavra “Fim”. Fique atento a essa indicação!
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Dessa vez, vamos omitir o teclado e os dedilhados caso a sugestão já tenha aparecido,
exigindo que você memorize a posição das mãos para cada acorde:
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No compasso 8 (segundo sistema), temos dois acordes; trata-se de uma mudança
no ritmo harmônico, a exemplo do que acontece nos compassos 4 e 5, onde um mesmo
acorde é mantido por dois compassos. No último sistema, o ritornelo no início do
compasso 13 indica onde o retorno deve ser feito após chegar ao compasso 16. Fique
atento também à indicação “Fim”, após a repetição!
No próximo estudo consiste em uma melodia na mão direita com acordes na mão
esquerda, fazendo uso do acompanhamento eletrônico. Para tornar esse trabalho mais
acessível nesse momento, indicamos uma melodia baseada no pentacorde, ou seja: você
não irá precisar deslocar a mão direita, podendo direcionar a atenção para a sincronia
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entre as mãos, o acompanhamento rítmico e o resultado sonoro, entre outros aspectos.
Além disso, você já deve ter estudado essa melodia aqui. Para tocá-la, escolha um gênero
de acompanhamento com métrica binária ou quaternária, ou seja: aquele que permita
sentir duas ou quatro pulsações/tempos por compasso. Se necessário, diminua o tempo
ou andamento para facilitar sua aprendizagem. Segue o estudo:
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Agora, temos outro tema tradicional brasileiro: Tutu Marambá. Para acompanha-
lo, procure um gênero com métrica binária ou quaternária:
Por acaso você está tendo dificuldades para coordenar as duas mãos ao mesmo
tempo? Estude de mãos separadas! Pratique primeiro apenas a parte de uma
mão até conseguir desenvolver um bom controle. Depois, estude a outra mão.
No final, tente juntar as duas. Essa é uma estratégias de estudo muito eficiente
nos instrumentos de teclado.
Agora, um desafio: você é capaz de tocar uma variação de Asa Branca com o
acompanhamento eletrônico? Vamos tentar? Primeiramente, pesquise em seu teclado
eletrônico algum gênero de acompanhamento parecido com baião para utilizar:
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No penúltimo sistema, as linhas de repetição acima (1. e 2.) indicam que, na
repetição, você deve pular o compasso marcado com “1” e ir direto para o “2”.
Finalizamos aqui essa breve apostila. Caso você deseje dar continuidade ao estudo
de melodias acompanhadas como o apresentado aqui, recomendamos estudar É fácil tocar
por cifras! de Mário Mascarenhas (1989), Método prático para Teclado volumes 1 e 2
de Jair do Vale (s.d.), e Piano e Teclado Fácil de Antônio Adolfo (2015). Esperamos que
essa experiência tenha sido proveitosa e, acima de tudo, enriquecedora. Sucesso e até a
próxima etapa!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLLURA, T. Rítmica e Levadas Brasileiras para Piano. Vitória: Edição do autor, 2009.
KOSTKA, S.; PAYNE, D. Harmonia Tonal. 6 ed. Traduzido por Hugo Ribeiro e
Jamary Oliveira. Brasília, 2012. Disponível em http://www.hugoribeiro.com.br. Acesso
em 27 set. 2018.
KREADER, B.; KERN, F.; KERENVEN, P.; REJINO, M. Piano Practice Games Book
1: Theory, Technique, Creativity. Milwaukee: Hal Leonard Corporation, 1996.
MASCARENHAS, M. É fácil tocar por cifras! Método prático de piano popular. São
Paulo: Irmãos Vitale, 1989.
MATEIRO, T. John Paynter: a música criativa nas escolas. In: MATEIRO, T.; ILARI,
B. (org.). Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: InterSaberes, 2012. p.243-274.
VALE, J. Método Prático para Teclado. 2 volumes. Belo Horizonte: Edição do autor, s.d.
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