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Você já ouviu falar em quilombos?

Nos séculos XVII e XVIII, o Brasil viveu o período de


escravidão. O termo quilombo era usado para denominar os lugares escondidos e fortificados,
localizados no meio das matas, em que os escravos negros refugiavam-se em suas fugas.
Viviam nesses locais de acordo com suas culturas, sobrevivendo com plantações da
comunidade, com música, dança e manifestações religiosas condizentes com suas culturas.
Para os portugueses em 1740, o termo era entendido como o agrupamento de cinco ou mais
negros fugidos. Os negros que viviam em quilombos, recebiam o nome de quilombolas.

Representando resistência e combate à escravidão, os quilombos marcaram a história do Brasil


como uma forma de rejeitar a maneira como os negros eram tratados, buscando justiça e
dignidade para todos os escravos. Além disso, marcaram a história como uma forma de fazer
sobreviver a sua cultura, o que favoreceu a formação da cultura afro-brasileira.

O Quilombo dos Palmares

O Quilombo dos Palmares é um dos mais famosos na história do Brasil. Com a invasão de
Pernambuco pelos holandeses em 1630, os senhores de engenho, em sua maioria, acabaram
abandonando as terras, o que favoreceu a fuga de muitos escravos que se refugiaram no
Quilombo dos Palmares, localizado em Serra da Barriga, região onde atualmente está Alagoas.
Em 1670, este quilombo abrigava em média 50 mil escravos, que pegavam alimentos das
plantações em regiões próximas. O furto dos alimentos incomodava os produtores, e isso fez
com que os holandeses e o governo de Pernambuco passassem a combatê-los.

Durante cinco anos, os negros do Quilombo dos Palmares lutaram chefiados por Zumbi, mas
foram derrotados.

Os quilombolas nos dias de hoje

Atualmente, alguns quilombos que foram estabelecidos em locais afastados permanecem


ativos, mesmo depois da abolição da escravatura. São chamados hoje em dia de comunidades
quilombolas, e são cerca de 1500 certificados pela Fundação Palmares. As comunidades
existentes estão, em sua maioria, localizadas em estados das regiões Norte e Nordeste. Os
integrantes dessas comunidades mantêm, até os dias de hoje, fortes laços com sua cultura,
fazendo com que sobrevivam as suas tradições, práticas religiosas, formas de trabalho e
sistemas de organização social.

Um decreto de novembro de 2003 regulamentou procedimentos para identificar, delimitar e


reconhecer, além de dar aos negros descendentes daqueles que foram vítimas da escravidão,
propriedade das terras ocupadas pelas comunidades, que são reconhecidas e amparadas
perante a lei brasileira

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