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Resumo: Este trabalho tem como objetivo a verificação através de análises numérico-
computacionais da viabilidade real do uso de compósitos poliméricos reforçados com fibras
de vidro (PRFV) como elemento estrutural. PRFV’s vêm sendo utilizados na construção civil
em diversos setores onde se exige significativas resistências mecânicas. Entretanto, seu uso
tem se limitado a situações secundárias em que não se demanda desempenho estrutural
relevante. Estudos de projetos de passarelas produzidas com PRFV explorando o seu lado
estrutural são propostos; são alternativas em compósitos a um projeto definido em aço e que
servirá de suporte à locomoção da tecnologia Maglev-Cobra®, um trem de levitação
magnética desenvolvido pela COPPE/UFRJ. A proposta inicial é que a passarela seja
utilizada exclusivamente pelo Maglev, no entanto, futuramente poderá ser oferecida ao
tráfego público em geral. Por isso, nas análises, as ações foram superestimadas devido a
leveza do meio de transporte a que se destina. Quatro propostas de passarelas foram
definidas e analisadas pelo Método dos Elementos Finitos: (i) Treliçada semelhante à
projetada em aço e com as mesmas dimensões dos perfis desta, mas com as propriedades
mecânicas dos PRFV’s; (ii) Treliçada com altura constante; (iii) Arco treliçado; (iv)Torres
com estais em polímeros reforçados com fibras de vidro.
CILAMCE 2013
Proceedings of the XXXIV Iberian Latin-American Congress on Computational Methods in Engineering
Z.J.G.N Del Prado (Editor), ABMEC, Pirenópolis, GO, Brazil, November 10-13, 2013
Análise Numérico-Computacional de Estruturas de Passarelas Produzidas com Compósitos PRFV
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O crescente interesse da construção civil por materiais cada vez mais leves, resistentes,
duráveis e que ofereçam consideráveis propriedades mecânicas tem motivado estudos a
respeito dos materiais compósitos. Tais características normalmente não podem ser satisfeitas
apenas pelos materiais comumente usados, como ligas metálicas, cerâmicas e polímeros, por
isso há uma necessidade da junção de diferentes constituintes para que propriedades
mecânicas superiores sejam obtidas e que dificilmente seriam atribuídas por um único
material atuando isoladamente (Seruti, 2013, Callister, 2007).
Segundo Campbell (2010), um material compósito pode ser definido como uma
combinação de dois ou mais materiais que resulta em melhores propriedades do que cada
componente individualmente. Callister (2007) afirma que para ser considerado como tal, é
necessário que suas fases sejam heterogêneas, diferentemente das ligas metálicas que são
homogêneas, e que cada componente retenha separadamente as suas propriedades físicas,
químicas e mecânicas.
Daniel & Ishai (1994), Mitchell (2004) e o Advisory Committee on Technical
Recommendations for Construction (CNR-DT 200, 2004) caracterizam os compósitos em três
fases distintas: uma fase descontínua e mais resistente chamada reforço, uma fase contínua e
menos rígida chamada de matriz e uma fase adicional chamada de interfase ou interface,
existente às vezes entre o reforço e a matriz devido a interações químicas ou outros efeitos de
processamento. O reforço se dá geralmente na forma de fibra, enquanto que a matriz pode ser
metálica, cerâmica ou polimérica.
Compósito Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV) é aquele no qual a fase dispersa na
forma de fibra de vidro está contida dentro de uma matriz polimérica (Figura 1). É o
compósito mais produzido devido ao baixo custo das fibras e da facilidade de fabricação.
Diversos são os processos de produção deste tipo de material, dentre os quais se destaca a
pultrusão e os compósitos produzidos através dele denominam-se pultrudados. Trata-se de um
mecanismo criado nos EUA em 1950 e que consiste em puxar as fibras de vidro, aramida ou
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carbono impregnadas com resina através de um molde de aço aquecido usando um dispositivo
contínuo de tracionamento. A Figura 2 esquematiza como se dá o processo de pultrusão.
Figura 1. Esquematização de materiais compósitos poliméricos reforçados com fibra (Adaptado de ISIS
Education Comittee, 2006).
Perfis pultrudados têm sido utilizados na engenharia em diversas ocasiões que vão desde
pequenas peças até estruturas completas de edifícios e passarelas. Exemplos disso não faltam,
como as passarelas Aberfeldy na Escócia, a Kolding na Dinamarca, o edíficio Eyecatcher na
Suíça (Figura 3).
No Brasil este material ainda é pouco conhecido. Arquitetos e engenheiros encontram
dificuldades em especificar, projetar e dimensionar usando compósitos (Santos et al., 2009).
Os exemplos que se tem são poucos expressivos e não exploram o seu lado estrutural. A única
norma técnica brasileira destinada a estudo de pultrudados foi publicada recentemente, a
ABNT NBR 15708, em 2011. Até então, os pesquisadores, para a obtenção das características
físicas e mecânicas dos PRFV’s seguiam normas exclusivamente estrangeiras. Esta pesquisa,
além de investigar o material de acordo com norma própria, propõe sistemas construtivos de
passarela explorando o que o mesmo tem a oferecer.
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3 METODOLOGIA
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Onde:
δmax é a deflexão máxima devido às cargas nominais aplicadas e ocorrida a partir da
condição não-deformada da estrutura;
δ0 é a contraflecha da viga;
δ1 é a variação da deflexão da viga devido às cargas permanentes imediatamente
após o carregamento;
δ2 é a variação da deflexão da viga devido às cargas variáveis mais a flecha
adicional causada pela carga permanente ao longo do tempo;
L é o comprimento típico do vão livre da estrutura.
* Considerando duas ou mais ações variáveis, o Eurocomp (1996) sugere 1,35 como fator
de redução.
Onde:
Nt, Sd é a força axial de tração solicitante de cálculo;
Nt, Rd é o força axial de tração resistente de cálculo.
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Sendo que:
A
Nt, Rd = (2)
m
Onde:
A é a área da seção transversal do perfil;
ft é a resistência à tração axial característica;
m é o fator de segurança parcial de resistência do material.
Onde:
Nc, Sd é o esforço normal de compressão solicitante do projeto;
Nc, Rd é o esforço normal de compressão resistente da seção transversal, tomado o
menor valor entre o esforço normal resistente da seção transversal para barra
curta e a resistência a flambagem da barra longa.
A cu
Nc, Rd = (4)
m
cu
Nc, Rd = (5)
e m
Onde:
Ecu é o módulo de elasticidade à compressão axial característico;
I é o menor momento de inércia da seção transversal;
Le é o comprimento efetivo de flambagem da barra;
k=1 para colunas com extremidades rotuladas;
k=4 para colunas com extremidades fixas.
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Onde:
Tabela 2. Valores dos Coeficientes de Segurança Parcial para o Perfil Pultrudado Estudado
(Eurocomp, 1996)
Coeficiente Parcial Valor Descrição
m, 1 1,15 Propriedades do pultrudado obtidas em ensaios experimentais
m, 2 1,1 Material pultrudado utilizado após sua cura total
Temperatura operacional do material entre 25° e 50° C,
m, 3 1,1
80 < HDT **< 90 para cargas de curta duração
** HDT (Heat Distorcional Temperature) é a temperatura de distorção térmica do material.
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A Passarela
(a) (b)
Figura 7. Implantação do Maglev-Cobra® na Cidade Universitária: (a) Ilha do Fundão; (b) Os CT1, CT2 e
a ligação através da passarela
(a) (b)
Figura 8. O projeto arquitetônico básico definido em aço estrutural: (a) A passarela; (b) A Estação do
CT1 (Imagens cedidas pelo Setor de Projetos de Arquitetura da COPPE/UFRJ)
Foram projetadas quatro opções de passarelas: (i) Treliçada idêntica à definida em aço e
com as mesmas dimensões dos perfis daquela, mas com as propriedades mecânicas dos
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PRFV’s produzidos pela pul rusão; (ii) Treliçada com altura constante; (iii) Arco Treliçado;
(iv) Torres com estais em pultrudados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As ações utilizadas foram: peso próprio da estrutura, uso e ocupação e a ação do vento
aplicado horizontalmente nos elementos reticulados.
Para as análises que se seguem consideraremos a passarela dividida longitudinalmente em
07 (sete) vãos, conforme Figura 10.
Figura 10. Vista longitudinal da passarela com a dimensão dos sete vãos
Foram utilizadas para um estudo inicial de comparação as mesmas dimensões dos perfis
em aço definidas pelo cálculo estrutural em ambas as estruturas, mas com as propriedades dos
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(3)
Valor encontrado através do SAP2000® especificando o aço estrutural VMB 300® definido
pela engenharia.
A deflexão máxima δmáx recomendada pelo Eurocomp (1996) para estruturas pultrudadas
de acesso público em geral deve obedecer a razão entre o comprimento do vão L por 250,
conforme demonstrado na Tabela 1.
Foi aplicada uma carga uniformemente distribuída de 5,0 kN/m², conforme recomenda a
ABNT NBR 7188: 1982, em cada vão por vez para se obter a maior flecha sem influência das
regiões vizinhas, ao invés de inserir a mesma ao longo da toda a passarela. Empregada a
combinação de ação ELS1, verificou-se que no maior vão o deslocamento vertical máximo,
obedecendo à relação L/250, é ultrapassado na passarela em compósitos e, portanto, não é
aplicável para tal material.
Pela Tabela 4, que indica os valores das flechas da passarela produzida em pultrudados,
nos vãos 01 e 07 a razão L/250 recomendada pelo Eurocomp (1996) não é satisfeita, o que
confirma que a proposta desenvolvida pela arquitetura não caberia em compósitos
poliméricos, considerando as mesmas dimensões de perfis em aço. Sendo assim, não convém
analisar a estrutura no ELU, já que a mesma não é satisfeita na condição de deslocamentos
verticais máximos permitidos.
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Como a empresa fornecedora do perfil estudado não produz peças com dimensões que
pudessem satisfazer as exigências do projeto, decidiu-se especificar elementos de outro
fabricante, a empresa dinamarquesa Fiberline Composites A/S (2011), que possui seções
transversais maiores. Nas análises foram consideradas as resistências à compressão dos perfis
diretamente no catálogo da Fiberline Composites A/S, ao invés de calculadas através das
Equações 4 e 5.
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Para esta passarela foi também sugerida um tipo de junção dos elementos através de
parafusos de aço inox combinados com cola e chapas de Gousset de compósitos poliméricos.
A Figura 12 ilustra o esquema de uma possível solução para a conexão entre as peças.
(a) (b)
Figura 12. Detalhe da junção: (a) Esquema Típico; (b) Junção Banzo/Montante/Diagonais
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Comparando os dados das tabelas conclui-se que as condições Nt,Sd ≤ Nt,Rd e Nc,Sd ≤ Nc,Rd
são satisfeitas. Assim, a passarela é estável com os perfis selecionados.
A sexta coluna da esquerda para a direita das Tabelas 6 e 7 refere-se à taxa de
aproveitamento do material no projeto da passarela relacionando os esforços solicitantes e os
resistentes da seção. Sendo assim, considerando a superioridade da resistência dos membros
ao esforço normal solicitante no ELU, conclui-se que o projeto está superdimensionado.
Entretanto, deve-se atentar que possíveis reduções nas seções transversais dos perfis poderão
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influenciar nos deslocamentos máximos permitidos. Assim, estudos apurados são necessários
levando em consideração também o ELS.
Por fim, uma análise dinâmica simplificada na passarela com altura constante foi
realizada para a verificação de seus modos de vibração e se isso poderia afetar o conforto dos
usuários.
Apesar de estruturas em compósitos reforçados com fibras de vidro serem mais leves que
as feitas em materiais convencionais, maior atenção voltada a características dinâmicas das
mesmas deve ser dada, pois acabam se tornando mais suscetíveis a vibrações. O uso e
ocupação podem provocar oscilações próximas à frequência natural da estrutura, causando
desconforto aos usuários e até afetar criticamente a função a que a obra se destina. Um
exemplo importante desse caso é a Aberfeldy Footbridge (Figura 3a), construída em 1992 e
situada na Escócia. Pioneira na aplicabilidade de perfis pultrudados como elemento estrutural
a vencer um vão livre de 63 metros de comprimento, essa passarela apresenta excessivas
oscilações e por isso tem motivado vários estudos voltados a sua dinâmica estrutural. Teixeira
(2000), por exemplo, analisou as vibrações da mesma e as comparou àquelas provocadas
noutra semelhante feita em estrutura mista de concreto e aço.
Por ser uma passarela com tráfego reduzido, a Aberfeldy não necessitou, no ano de sua
construção, de um estudo aprofundado sobre seu comportamento dinâmico para continuar
sendo utilizada. Por outro lado, a estrutura treliçada projetada aqui, mesmo sendo destinada
inicialmente à locomoção do Maglev, futuramente poderá ser disposta ao acesso público se
tornando uma passarela comum e merecedora de devida cautela.
No Brasil há carência de normas ou recomendações precisas envolvendo passarelas e
estudos sobre vibrações. A única que cita passarelas de pedestres é a ABNT NBR 7188: 1984,
mas apenas dispõe cargas a serem aplicadas sobre tais estruturas. Não avalia as mesmas
quanto a vibrações. Além disso, as outras normas que comentam de forma generalizada sobre
tal assunto, a ABNT NBR 6118: 2007 e a ABNT NBR 8800: 2008 relevam apenas o concreto
e o aço respectivamente, materiais mais comuns na construção civil nacional. Não há
parâmetros para novos materiais, lembrando que a única norma brasileira voltada a
compósitos poliméricos, a ABNT NBR 15708, foi publicada em 2011 e trata exclusivamente
da determinação das propriedades mecânicas de pultrudados como elementos estruturais.
Como esta pesquisa não envolveu estudos dinâmicos apurados, foi realizada uma análise
simplificada através do SAP2000® apenas para obtenção dos primeiros modos de vibração e
sobre seu desempenho dinâmico.
A Tabela 8 apresenta os valores dos seis primeiros modos de vibração da passarela com
altura constante. A Figura 14, por sua vez, mostra de forma exagerada para melhor
visualização o comportamento dinâmico da estrutura em seus 03 (três) primeiros modos de
vibração verticais, ou seja, os 4º, 5º e 6º modos.
Bachmann & Ammann (1987) e o Technical Guide Footbridges (Sétra, 2006) consideram
a frequência vertical do caminhar humano entre 1,6 e 2,4 Hz. Isto significa sumariamente que
valores próximos a essa gama devem ser evitados. Assim, pela Tabela 8, conclui-se que a
estrutura treliçada com altura constante apresenta um nível de conforto ao caminhar.
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(a)
(b)
(c)
Figura 14. Modos de vibração vertical: (a) 4º Modo; (b) 5º Modo; (c) 6º Modo
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Quanto a análise dinâmica das estruturas, foi concluído que ambas apresentaram modos
de vibração diferentes da gama indicada por Bachmann & Ammann (1987), logo, mostram
um nível razoável de conforto ao caminhar humano. Entretanto, a passarela treliçada com
estais apesar de apresentar vibrações fora desses valores, os mesmos estão próximos e,
portanto, merece melhor atenção.
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Treliçado c/ Altura
1.301,82 60,08 3,03 - 98,18 4º 3,603
Pultrudado Constante
Arco Treliçado 1.895,65 54,83 0 - 72,68 3º 3,000
Considerando o peso próprio das estruturas, pela Tabela 9 podemos concluir que: a
passarela treliçada com altura constante em pultrudados é mais leve que a projetada pela
arquitetura em aço estrutural, apesar de sua forma ser diferente. As duas últimas soluções em
material compósito com peso específico maior que a em aço se traduz pela complexidade do
projeto em arcos treliçados e em estais.
Quanto às deflexões máximas, apesar das ocorridas nas passarelas em pultrudados serem
superiores àquela apresentada na estrutura metálica, nenhuma ultrapassou a razão L/250
recomendada pelo Structural Design of Polymer Composites (Eurocomp, 1996).
A taxa de aproveitamento do material compósito levou em consideração apenas o ELU da
estrutura. Estudos são recomendados para melhor aproveitamento do material, levando em
consideração o ELS e a dinâmica da estrutura.
5 CONCLUSÕES
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C. A. Seruti, A. Landesmann, E. M. Batista
AGRADECIMENTOS
Os autores desta pesquisa agradecem gentilmente à CAPES pelo suporte financeiro.
REFERÊNCIAS
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