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DE COPYRIGHT
Sobre a obra:
A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de
oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da
qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.
Sobre nós:
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."
Sinopse
A Terra não foi destruída com a guerra nuclear que varreu o planeta em 2001, apenas um modo de
vida. A população mundial foi reduzida a um quinto do que fora um dia. Os ecossistemas foram
completamente transformados. O clima mudou de maneira radica. Onde outrora existira a América do
Norte, os sobreviventes lutam para vencer uma nova era de pragas, doenças causadas pelas radiações,
barbárie e loucura. São dias de trevas eternas, quebradas apenas pelos clarões macabros vindos do céu.
Nevoeiros tóxicos cobrem a Terra. Pântanos fétidos criam novas e terríveis formas de vida. Ventos de
trezentos quilômetros por hora fustigam o planeta e, quando por acaso uma nuvem se forma, é chuva ácida
que cai, ácido puro que reduz um homem a um monte de ossos após sessenta segundos de agonia atroz.
A. E. HOUSMAN
1
Depois de uma breve luta com uma dúzia de soldados, os seis entraram no elevador principal e
subiram em direção à luz do dia.
A subida levou exatamente oitenta e cinco segundos. O carro parecia se mover com uma lentidão
agonizante. Uma vez, quando já se aproximavam do topo, o elevador tremeu e eles ouviram o barulho de
uma explosão. Ryan e J.B. olharam para os seus relógios.
— Aconteceu mais cedo que o previsto.
— É, verdade — respondeu o armeiro. — Não se pode confiar em explosivos velhos.
O dia estava lindo, quando eles chegaram à terra firme. O sol brilhava num céu azul, sem nenhuma
nuvem.
Havia vários barcos anfíbios escondidos sob a sombra das pedras, que camuflavam a entrada do
complexo.
Vocês não estão ouvindo? — perguntou Krysty.
— Está se referindo às bombas) amor?
— Claro. Você não está ouvindo?
O Complexo da Ilha da Magia para o Avanço Científico estava enterrado tão profundamente, que nem
Ryan, com sua boa audição, conseguiu detectar algum som. Mas pôde sentir. Através da sola grossa de
suas botas, percebeu que alguma coisa de estranho se passava a tantos e tantos metros abaixo da terra.
— Vamos dar o fora daqui — disse J.B. Dix. — Quanto antes sairmos deste lugar maldito, melhor.
Os seis atravessaram o lago no barco anfíbio.
Chegando em terra firme, Jak Lauren encarregou-se de dirigir o veículo, tarefa que antigamente
pertencia a Finnegan.
— Pé na tábua, Branqueia!
O pequeno barco andou bem pelas estradas esburacadas. Nenhum deles sabia como aquele motor
funcionava e era muito provável que a gasolina, ou qualquer outra coisa que fizesse o carro andar,
acabasse de repente. Se isso acontecesse, os seis podiam se considerar defuntos.
Entardecia, quando chegavam aos arredores de Ginnsburg Fal s.
— Espero que os habitantes dessa simpática cidade tenham escolhido um prefeito um pouco menos
sádico — comentou Doc Tanner.
Eles continuaram seu caminho.
Finalmente chegaram à entrada do depósito, que guardava a máquina de transporte. Já era noite.
Estavam descendo do barco, quando Krysty gritou: — Olhem!
Todos olharam na direção em que ela apontava. A terra estava explodindo.
O monte Mazana havia despertado de seu longo sono pela violenta explosão das bombas que Ryan e
seus amigos tinham acionado, muito abaixo das águas profundas do lago. Chamas e lava levantavam-se a
centenas de metros, iluminando o céu.
Mesmo àquela distância, eles ouviram o barulho do vulcão no momento de sua destruição.
— Uma bela pira funerária para Finn — comentou Ryan. Um homem não poderia querer uma
homenagem melhor.
Eles assistiram ao espetáculo por alguns minutos, depois entraram no depósito. O
frio que fazia ali fora era de matar.
Doc Tanner deu um suspiro.
— Chegou a hora de procurarmos um lugar melhor, amigos.
Conduzindo o grupo através dos longos corredores, Ryan parou diante de uma porta, onde havia um
cartaz muito familiar, que dizia: "Entrada Expressamente Proibida".
Ele foi o primeiro a entrar, seguido por Jak, Doc, Lori e Krysty.
Ryan ficou na porta, esperando que todos se acomodassem.
— Vou sentir falta daquele velho gorducho -comentou Krysty.
— Eu também — concordou Lori.
— Todos nós sentiremos. Estão prontos?
— Estamos.
Ryan bateu a porta com força e correu para sentar-se ao lado de Krysty. Doc Tanner abraçou Lori.
Quando as luzes do chão e do teto começaram a brilhar, o velho cantarolou: "Vento do oeste que
sopra, anunciando tempestade.
Traga de volta meu amor, de quem eu morro de saudade."
Aqueles haviam sido os piores dias de vida de Ryan Cawdor.
Antes que a escuridão caísse sobre eles, rezou baixinho para que, dessa vez, encontrassem um lugar
melhor.