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RESUMO: O presente artigo pretende investigar os custos de transação dos contratos administrativos
derivados de licitação e entender as razões da Administração Pública, supostamente, pagar um valor
mais elevado pelos produtos e serviços que contrata através de licitação. Para tanto, percorrer-se-á
algumas características dos contratos administrativos, assim como serão abordados alguns conceitos
basilares de economia, para buscar desenvolver uma visão global das causas desse verdadeiro
desperdício.
ABSTRACT: This article investigates the transaction costs of administrative contracts derived from
bidding and understand the reasons why Public Administration supposedly pay a higher price for goods
and services through competitive bidding. To this end, we will go along some characteristics of
administrative contracts, as well discuss some basic concepts of Economics, trying to develop an
overview of the real causes of this waste.
*Advogado, sócio do escritório Lamarão e Associados Advogados. Especialista em Direito Público (licitações e contratos
administrativos), Consumidor e Responsabilidade Civil. Palestrante e na área de licitações, professor Universitário e de
cursos de pós-graduação; Mestrando em Direito, pela Universidade Gama Filho – UGF/RJ, Especialista em Direito
Processual Civil, Direito Público e Tributário, com complementação em docência superior, todos pela Universidade Cândido
Mendes-AVM; MBA em Análise Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Ex-membro da
Comissão Permanente de Licitação da Academia Brasileira de Ciências.
questões tratadas nesse parágrafo serão mais que autorizam e habilitam a ação social.
bem exploradas mais a frente. Conferem direitos, responsabilidades,
privilégios, deveres, licenças e mandados.
INSTITUIÇÕES Nessa perspectiva, a base de legitimação
As instituições são uns dos alicerces organizacional é a conformidade às exigências
da Nova Economia Institucional. Não há que se legais”.
confundir instituição, no contexto da NEI , como Por sua vez, o sistema normativo pode
sinônimo de associação ou organização. ser explicado como sendo uma base de valores
Segundo North (Farina, apud North, 1997, p. morais (Santos, p. 3): “A concepção normativa
58): “Instituições são restrições (normas) ressalta a base moral para a configuração da
constituídas pelos seres humanos, que legitimidade. Enfatiza as obrigações morais
estruturam a intenção social, econômica e que podem conter ações que se distanciam
política. Elas consistem em restrições informais das exigências legais (exemplo exigências de
(sanções, tabus, costumes, tradições e códigos um departamento) (SCOTT, 1995). Nesta
de conduta) e regras formais (constituições, concepção, os valores e as normas são
leis e direitos de propriedade)”. incorporados ao cotidiano tornando-se uma
Parafraseando, mais uma vez, North, obrigação ou comportamentos moralmente
pode-se explicar Instituições com um conceito governados devido ao seu uso cotidiano e
muito simples: são as “regras do jogo” (Farina, repetitivo”.
apud North, 1997, p. 59), independentemente Por fim, o sistema cognitivo pode ser
do contexto que se encontram, seja ele político, caracterizado pelo (Santos, p. 3):
econômico, jurídico, etc.. Essa regra do jogo “compartilhamento da realidade, no qual se
(instituições) deve ser analisada sob dois utiliza aspectos simbólicos das ações,
prismas distintos, um macro e outro micro. resultantes das interpretações e conseqüentes
Exemplificando, imagine-se que seja utilizada representações que os indivíduos fazem do
uma instituição jurídica, neste ponto ela pode ambiente (FONSECA, 2003)”.
abranger um nível macro, como uma lei de Por meio das instituições, chega-se a
abrangência nacional ou de nível micro, uma mais dois desdobramentos da Nova Economia
portaria que apenas vincule um departamento Institucional, a outras duas teorias: o Ambiente
da administração pública. Institucional e Instituições de Governança.
As instituições, por serem um conjunto Aquele estabelece a relação entre as
de regras diminuem a incerteza do mercado, instituições e o desenvolvimento econômico,
pois, seguindo-as, tende-se a chegar a um examinando o papel de alguns elementos
resultado esperado. Num contrato de institucionais sobre o resultado econômico
concessão de serviço público, por força da lei global. Tem como ponto de partida o Trade off
n° 8.987/95, sabe-se que, no julgamento da (equilíbrio) entre a especialização e os custos
proposta, o critério mais importante é o preço de transação. Os ganhos advindos de uma
da tarifa ofertado pelo licitante. Isso (a regra) crescente especialização, gerados pelo
reduz a insegurança quanto ao processo de aprimoramento do desempenho do trabalho,
contratação, o que dá mais tranqüilidade aos são reduzidos ou eliminados pelos custos de
licitantes, pois podem antever, com maiores transação, que aumentam com a
chances, a viabilidade ou não de um futuro especialização. O papel das instituições seria
contrato. conciliar esse movimento, impedindo o
As instituições podem ser divididas em crescimento dos custos de transação à medida
três sistemas distintos, o regulativo, o que cresce a especialização.
normativo e o cognitivo. O primeiro pode ser A teoria das Instituições de
entendido como o sistema que (Santos, p. 3): Governança, em breve síntese, estuda as
“estabelece valores, normas e objetivos que transações com um enfoque microanalítico,
assumem a forma de imposições que limitam o tomando as regras gerais de uma sociedade e
comportamento social, ao mesmo tempo em tem como objetivo, assim como a outra teoria,
Revista Direito em (Dis)Curso, Londrina, v. 4, n. 2, p. 11-21, ago./dez. 2011 15
Os custos de transação do contrato administrativo derivado de licitação
estipulações, pois quanto maior a simplicidade, incontinências futuras, não importando o seu
menos abundantes as armadilhas. Porém, esse objeto, se é uma concessão de serviço público
inacabamento para ser eficiente requer um (lei n° 8.987/95), se patrocinada (lei n°
investimento vultoso em informação, que acaba 11.079/04), se administrativa (lei n° 11.079/04),
por ser desproporcionado, mas que pode ser ou de obra pública (lei n° 8.987/95 c.c lei n°
solucionado com a estipulação de cláusulas ad 11.079/04). Assim, surgem mecanismos de
hoc, ou seja, cláusulas que possam ser compensação, as chamadas “cláusulas de
flexíveis quando determinada situação ocorrer escape”, que têm a finalidade, precípua, de
(Araújo, 2007, p. 153). reequilibrar, financeira e economicamente o
Ser um contrato incompleto não contrato. A lei de concessão, traz alguns
significa, necessariamente, uma falha em sua dispositivos nesse sentido, como o art. 9°, §
elaboração. Muito pelo contrário, pode ser uma 2°13; o art. 23, IV14 e o art. 23-A15.
tática para a redução dos custos de transação. Partindo-se do pressuposto de que
Entretanto, para se optar por esse modelo nenhum contrato é completo e existindo um
contratual deve-se realizar uma ponderação de período de tempo tão longo como inato aos
custos marginais: informação, negociação etc. contratos de concessão, surgem incertezas
e benefícios marginais tais como: redução de que se refletem nos custos de transação.
holdup (oportunismo) e redução da Nesse desiderato, com tantas possibilidades e
necessidade de renegociação (Araújo, 2007, p. salvaguardas, renegociações, oportunismo,
161). instituições desatualizadas, entre outras
ocorrências, o custo de se negociar com o
A TEORIA DO CONTRATO INCOMPLETO E Poder Público se eleva, é o que se chama
OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS popularmente de “Custo da Administração”, ou
DERIVADOS DE LICITAÇÃO seja, boa parte do que é vendido para ela, seja
Agora que já foram traçadas algumas produto ou serviço é com um preço superior ao
linhas iniciais a respeito da Teoria do Contrato praticado no mercado16. Em se aumentado
Incompleto, que é uma consequência do
reconhecimento da racionalidade limitada do 13 A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo
homem, a qual tem seus pontos positivos e preço da proposta vencedora da licitação e preservada
negativos, partir-se-á para uma análise, com os pelas regras de revisão previstas nesta lei, no edital e no
fundamentos já apresentados, dos contratos contrato. § 2º Os contratos poderão prever mecanismos
administrativos derivados de licitação, de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.
elegendo-se o contrato de concessão. 14 Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de
Nas palavras de (Di Pietro, 2010, p. concessão as relativas: IV - ao preço do serviço e aos
293) concessão, em sentido amplo, pode ser critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das
definido como: “o contrato administrativo pelo tarifas.
15 Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o
qual a Administração confere ao particular a
emprego de mecanismos privados para resolução de
execução remunerada de serviço público, de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato,
obra pública, ou de serviço de que a inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em
Administração Pública seja usuária direta ou língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de
indireta, ou lhe cede o uso de bem público, setembro de 1996.
16 “SP investiga superfaturamento em compras de
para que o explore pelo prazo e nas condições
presídios. Material para penitenciárias de Campinas e
regulamentares e contratuais”. Sorocaba custou quatro vezes mais caro do que para
Num contrato de concessão12 de dez, outras regiões do estado. Gasto foi de 1,6 milhão de
quinze ou vinte anos, por mais que se queira, reais”. (http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sp-investiga-
obviamente torna-se impossível prever todas superfaturamento-em-compras-de-presidios). Acessado
em 09/11/11, às 17:20h. No mesmo sentido “Os
hospitais universitários, mantidos pelo Ministério da
12 A lei n° 9.074/95 chega a conceder prazo de, até, 35 Educação (MEC), compraram, ao longo de 2010,
(trinta e cinco) anos, prorrogáveis por mais 20 (vinte) insumos e medicamentos com valores superfaturados
anos, em se tratando de concessão para geração de em quase 1.400%”.
energia elétrica. (http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/
esse custo, como não há outra alternativa: a em uma empresa. Para começar, o setor
conta acaba sendo paga por toda a sociedade. público esbarra, de plano, no princípio
constitucional da legalidade, ou seja, ao
CUSTO DE TRANSAÇÃO PARA O SETOR administrador só é possível fazer o que a lei
PÚBLICO determina. Apesar de, modernamente, não
Ursula Peres, ao tratar sobre o tema, existir mais esse legalismo formal, pois à lei é
destaca vários fatores que interferem no custo impossível antever todas as situações, o
de transação para o governo, tais como os administrador público ainda continua atrelado à
relacionados à “criação, execução, lei, até mesmo por força da constituição, sendo
monitoramento e avaliação de políticas pouco crível que implementará mudanças sem
públicas”. Segundo a autora, ainda deve ser a devida autorização, que pode se dar por meio
levado em consideração as aspirações, muitas de lei, decreto e portaria.
vezes egoísticas, dos agentes envolvidos, Assim, a Administração Pública (Poder
como por exemplo reeleição, permanência em Executivo) torna-se dependente de si própria
seus cargos, poder, entre outros, que torna ou do Poder Legislativo, não havendo meios de
ainda mais incerta a negociação (Peres, 2007, um Poder compelir o outro a agir. Lógico que
p. 21). por intermédio do jogo político, essa questão
Sem descer a minúcias e para poderia ser superada. Outro entrave é a falta
esclarecer mais o leitor, citaremos mais alguns ou escassez de uma fiscalização direta.
custos de transação relacionados ao setor Sabemos que existem os órgãos de controle,
público. A descontinuidade das políticas tais como os tribunais de contas, sejam eles da
públicas é um outro custo que deve ser levado União, Estado e Municípios (onde existam).
em consideração, “visto que não é possível Porém, determinar que um único órgão fique
garantir-se à sociedade civil a durabilidade dos responsável pelas contas dos demais pode
benefícios de uma política pública” (Peres, gerar uma certa ineficiência, caso ele não seja
2007, p. 22), o custo de monitoramento da dotado de uma estrutura adequada ao tamanho
burocracia, a edição de leis imprecisas e de sua responsabilidade.
demasiadamente vagas, entre outros. Várias empresas adotam a figura do
Já foram ventiladas, algumas vezes, supervisor, que também existe no setor
tantos nas mídias impressas quanto televisivas, público, como, por exemplo o fiscal de um
que a Administração Pública deveria ter a contrato. Entretanto, nas empresas privadas a
eficiência e os métodos da iniciativa privada, função de supervisão costuma ser
pois isso aumentaria a eficiência do setor recompensada com um percentual da
público. Concorda-se com essa assertiva, lucratividade. Isto é um estímulo para que o
porém, por óbvio, as mudanças não são tão supervisor não permita que a produção caia, e,
simples de se implementar quanto poderia ser com isso, diminua-se os lucros. Se não
houvesse essa retribuição pecuniária, qual o
incentivo que determinado empregado teria,
2011/01/31/interna_politica,235098/superfaturamento- por exemplo, de supervisionar a produção de
de-1-380-em-medicamentos-nos-hospitais-
universitarios.shtml). Acessado em 09/11/11, às 17:23h.
uma fábrica? No início, desenvolveria sua
“Estado do Rio comprou medicamentos até 143% mais função corretamente, mas com o passar do
carosA Secretaria estadual de Saúde, em 2009, tempo, seu ânimo e empenho diminuiriam, por
dispensou licitação em compras de medicamentos e falta de estímulo. Segundo algumas vozes, o
material médico-hospitalar que somam R$ 81 milhões. O mesmo acontece no setor público17.
montante equivale a 13,7% do total (R$ 591 milhões)
destinado para a compra desses insumos no ano
passado. No caso de alguns produtos, o governo pagou 17 Em artigo publicado no 30º encontro (2006) da
até 143% a mais por unidade, se os valores forem ANPAD, “Mudança Organizacional no Setor Público: um
comparados com os preços pagos por outros estados”. estudo sobre o impacto das mudanças instituídas pelo
(http://extra.globo.com/noticias/rio/estado-do-rio- Governo do estado de Minas. Gerais numa instituição
comprou-medicamentos-ate-143-mais-caros- pública estadual” tal referência é levantada
369155.html). Acessado em 09/11/11, às 17:23h. (http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad20
Revista Direito em (Dis)Curso, Londrina, v. 4, n. 2, p. 11-21, ago./dez. 2011 19
Os custos de transação do contrato administrativo derivado de licitação
Determinado servidor empossado em cargo de mesmo tende ser obtido mais rápido. Para que
supervisão, pode, no início de suas atividades, não haja o problema do sentimento de
desempenhar seu papel de forma satisfatória, desvalorização, em razão de não ser possível
mas, possivelmente, com o passar dos anos, a comensurar qual servidor trabalhou mais,
mesmice de sua função tornará seu rendimento mister, além da figura do supervisor, incentivar-
insatisfatório. se esses agentes. Este incentivo, não
Alchian e Demsetz (Donei, p. 47/48) necessariamente precisaria ser pecuniário,
trouxeram grande contribuição ao problema do como uma gratificação; poderia ser concedido
desempenho nas empresas, conhecimento um dia de folga, uma promoção, a inscrição em
esse que pode ser transmudado para o setor um curso de aperfeiçoamento, entre outros.
público. Eles, ao associarem a questão dos A maior eficiência da Administração,
direitos de propriedade à gênese da firma atingida por meio do incentivo e treinamento de
estabeleceram quatro proposições: a) em uma seus servidores, culminaria, por todo o estudo
firma é possível captar os ganhos gerados pela desenvolvido, uma diminuição dos custos de
organização cooperativa. Assim, o produção produção no setor público.
cooperativa, o trabalho em equipe (team
production) gera um aumento na produção; b) CONCLUSÃO
a team production pode ocasionar um Anualmente o Brasil perde bilhões20 de
desestímulo à produção, pois através dela não reais por conta de sua ineficiência estatal e
é possível mensurar, com precisão, a todo esse cenário de incertezas a respeito das
participação de cada membro da equipe; c) a políticas públicas. A máquina estatal, em geral,
terceira proposição é um desdobramento da é ineficiente se comparada à iniciativa privada
anterior. Se a team production desagua em um
desinteresse, imprescindível a figura de uma a implementação de medidas de segurança pública que
supervisão para que a produção não diminua e, diminuam efetivamente os índices de criminalidade, etc.
por final, como não é possível a figura do 20 Gastos levam contas públicas ao pior resultado em 18
supervisor do supervisor, é necessário garantir- anos: Mau desempenho do INSS foi o que mais pesou
para o rombo em maio. A situação das contas públicas
lhe ganhos extras advindos da produção. Neste se deteriorou drasticamente em maio. O superávit
desiderato, quanto maior a produção, maior a primário - economia para pagar juros da dívida - de todo
sua comissão. o setor público despencou de R$ 19,7 bilhões em abril
Tratando a Administração Pública para R$ 1,4 bilhão no mês passado. O pior desempenho
como uma empresa, com as técnicas corretas foi da União, que teve déficit de R$ 1,431 bilhão, o maior
em 18 anos para o mês. O principal responsável pelo
de administração de empresas, acredita-se que rombo foi a Previdência. Os números gerais só não
é possível aumentar a produção do setor foram piores porque os estados e as empresas estatais
público, alcançando-se, desta maneira, o fizeram a sua parte e pouparam. Segundo especialistas,
princípio constitucional da eficiência18, se não o crescimento da economia e a elevação da receita com
vejamos: estimulando-se o trabalho em equipe impostos estão compensando boa parte dos aumentos
de gastos e, só por isso, o quadro fiscal não aparenta
para se alcançar determinado resultado19, o ser tão grave. "A atual política fiscal estimula o
crescimento a curto prazo, mas o inibirá a médio e longo.
06-apsa-0492.pdf) acesso 26/12/11, às 20:00h. Nelson Mais gastos correntes e de pessoal induzem a mais
Marconi também identifica o problema do desestímulo ao juros e câmbio valorizado", alertou o economista Roberto
servidor público em atigo intitulado Uma Breve Padovani. Jornal O Globo de 30/06/2010, p. 1 e 25.
Comparação entre os mercados de trabalho no setor Folha de São Paulo,mesma data: Burocracia custa R$
público e privado, Revista do Serviço Público, ano 48, nº 46 bilhões anuais ao país, afirma a Fiesp. O custo anual
1, jan-mar de 1997, p. 139. da burocracia para as empresas brasileiras, calculado
18 Art. 37 - A administração pública direta e indireta de pela Fiesp (federação das indústrias paulistas), é de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito aproximadamente R$ 46,3 bilhões, relata Fernando
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Canzian. Boa parte do gasto se destina a demandas
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e tributárias dos governos federais, estaduais e
eficiência e, também, ao seguinte: (Alterado pela EC municipais. Para a Fiesp, o PIB per capita do país
19/98). poderia crescer 17% com simplificações. p.1 e B1.
19 Este resultado pode ser a diminuição de processos na (http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=2777
justiça, a construção de hospitais, a reforma de escolas, 0). Acessado em 24/08/11, às 15:50h.
e não possui meios técnicos, na sua grande de Minas Gerais numa instituição pública
parte, de incentivo e apoio aos seus agentes. estadual. Salvador: ANPAD, 2006.
Esse quadro gera para o particular, ao DI PITRO, Maria Sylvia Zenella. Direito
contratar com a Administração Pública, além Administrativo. 24.ed. São Paulo: Atlas, 2011.
de um quadro óbvio de desconfiança, um meio FARINA, Elizabeth M. Mercier Querido;
propicio ao oportunismo, pois, muitas das AZEVEDO, Paulo Furquim de;
vezes, está mais bem preparado que o próprio SAES, Maria Sylvia M. Competitividade:
Estado. Mercado, Estado e Organizações. São Paulo:
Singular, 1997.
Deve haver um diálogo técnico entre MARCONI, Nelson. Uma Breve Comparação
os Poderes da República, em suas três entre os mercados de trabalho no setor público
esferas, mas, em especial, entre o Executivo e e privado. Revista do Serviço Público, ano 48,
o Legislativo, visando a melhoria da n.1, jan./mar. 1997.
qualidade21 de nossas leis (instituições) e NEVES, M. F. Um Modelo Para Construir ou
essas, criando mecanismos de fomento e Revisar Contratos em Redes de Empresas
incentivo ao funcionalismo, possibilitando, (networks). Revista de Economia e
desta maneira, um aprimoramento do quadro Administração, São Paulo, v.1, n.2, 2002.
funcional, visando à tão falada eficiência e, PERES, Ursula Dias. Custos de Transação e
consequentemente, diminuindo os custos de Estrutura de Governança no Setor Público.
transação, que, em última análise, favorecerá RBGN, São Paulo, v. 9 n. 24, maio/ago. 2007.
os administrados. SIMÕES, Selma Regina. A Nova Economia
Institucional. Disponível em:
<http://d.yimg.com/kq/groups/16643321/270946
REFERÊNCIAS 459/name/A+nova+economia+institucional.pdf.
ARAÚJO, Fernando. Teoria Econômica do Acesso em: 10 dez. 2011.
Contrato. Coimbra: Almedina, 2007.
CHAVES, Rosan Costa; MARQUES, Antônio
Luiz. Mudança Organizacional no Setor
Público: um estudo sobre o impacto das Artigo recebido em: 06.01.2012.
mudanças instituídas pelo Governo do estado Avaliado em: 22.11.2012.
Aceito para publicação em: 23.11.2012.