TESTE DE AVALIAÇÃO JANEIRO – 9º ANO

ESCOLA: __________________________________________ DATA: ____/ ____/ 20____

NOME: ______________________________________________ Nº ____ TURMA: _____

Grupo I – Compreensão do Oral

Para responderes aos itens que se seguem, vais visionar uma reportagem sobre uma exposição
de vasos gregos que teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia. De seguida, responde aos
itens que se seguem.

Aceda aqui ao link:

http://ensina.rtp.pt/artigo/ceramicas-gregas-em-exposicao/

1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.

1.1. Um dos vasos da exposição está na posse de portugueses desde o século

(A) II a.C. e veio de Pompeia oferecido a um embaixador português.
(B) XVIII, veio de Pompeia e será uma peça que datará de 2000 a.C.
(C) XVIII e foi oferecido pelo embaixador português a Pompeia.

1.2. As cerâmicas gregas são ilustradas com

(A) histórias de deuses contadas por homens.
(B) histórias de deuses e do dia a dia dos homens.
(C) histórias de homens contadas por deuses.

1.3. Os vasos gregos exibidos na exposição

(A) são peças de grande valor, mas de museus e de colecionadores variados.
(B) são peças oferecidas ao museu e têm um valor muito grande.
(C) pertencem a privados e têm um valor semelhante ao das ânforas.

1.4. As ânforas descobertas em território português permitem afirmar que gregos e fenícios
(A) se inspiraram no “grande mar” para decorar a sua cerâmica.
(B) tinham muito medo de navegar no “grande mar”.
(C) navegaram até Portugal, apesar do temor do “grande mar”.

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Grupo II – Leitura

Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

ESCAVAÇÕES DE JUNHO EM TROIA PODEM TRAZER NOVAS DESCOBERTAS

O complexo arqueológico de Troia, no concelho de Grândola, realiza escavações em

junho, das quais são esperadas novas descobertas, e organiza visitas guiadas aos sábados à
tarde, disse à agência Lusa a arqueóloga Patrícia Brum.
“Este ano iniciámos um projeto em que cada mês do ano é dedicado a um deus da
5 mitologia romana, e junho é o da deusa Fortuna. As visitas guiadas terão essa temática, mas
permitirão também visitar a área das escavações em curso, uma grande oficina de salga com
sinais de uma profunda remodelação, num momento ainda indeterminado”, disse à agência
Lusa Patrícia Brum. “Espera-se que as escavações que se vão realizar no âmbito da Troia
Summer School possam ajudar a esclarecer a evolução desta fábrica onde se preparava peixe
10 salgado e molhos de peixe”, acrescentou.
A deusa Fortuna, filha de Júpiter na mitologia latina, era a deusa do acaso, da sorte (boa
ou má), do destino e da esperança, correspondendo à divindade grega Tique, sendo
normalmente representada com os olhos tapados, e com uma cornucópia1 e um timão (eixo
de uma roda) nas mãos, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida da
15 humanidade, respetivamente. Os romanos organizavam festas em sua honra nos dias 11 e 24
de junho.
“Sob o signo de Fortuna, este ano serão realizadas escavações de tanques de salga de
peixe da oficina que designámos por número quatro”, referiu a responsável à Lusa.
O complexo arqueológico de Troia tem identificadas 27 unidades de produção,
20 designadas por oficinas de salga, sendo “o maior complexo industrial de salga de peixe do
Império Romano que atualmente se conhece”.
Troia tornou-se uma imagem de marca de um dos produtos mais apreciados no Império
Romano, o “garum”, uma pasta de peixe feita das vísceras de atum ou de cavala, misturadas
com outros peixes.
25 Atualmente, no complexo de Troia, que floresceu entre os séculos I e VI, são visitáveis
duas oficinas de salga de peixe, um mausoléu2, uma necrópole3, uma zona residencial e um
complexo termal. Em junho, todos os sábados, às 15.00 h, realizam-se visitas orientadas por
arqueólogos ao complexo, classificado como Monumento Nacional desde 1910, e que se
encontra na lista indicativa da UNESCO para Património da Humanidade, desde o ano
30 passado.
“O que se pode visitar é uma amostra da totalidade do complexo arqueológico, pois os
vestígios romanos estendem-se ao longo de dois quilómetros”, sublinhou a arqueóloga. As
visitas incluem a zona onde decorrem as escavações. O complexo, cuja arqueóloga
responsável é Inês Vaz Pinto, recebeu no ano passado 9364 visitantes, “um número elevado”,
35 tendo em conta os horários de abertura do sítio.
Agência Lusa, in https://www.dn.pt/lusa/interior/escavacoes-de-junho-em-troia-podem-trazer-novas-
descorbertas---arqueologa-8513342.html, 28/05/2017.

Notas: 1 Vaso em forma de corno que se representa cheio de frutos e flores e que é símbolo da agricultura e do
comércio.; 2 Edifício que cobre um túmulo.; 3 Cemitério grandioso.

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1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1. As visitas guiadas que têm lugar ao sábado permitem conhecer melhor
(A) os deuses romanos e visitar a área de escavações de uma fábrica romana.
(B) um deus romano e visitar a área de escavações de uma fábrica romana.
(C) o deus romano do mês e visitar uma fábrica romana em remodelação.
(D) os deuses romanos e compreender a evolução de uma fábrica romana.

1.2. Atualmente, as escavações realizadas visam investigar

(A) uma fábrica de salga de peixe, a maior do Império Romano, na sua relação com a
mitologia.
(B) a história da deusa Fortuna, a sua área de ação e os símbolos que a acompanham.
(C) a influência da deusa Fortuna na construção da maior fábrica de salga de peixe
romana.
(D) a evolução da maior fábrica de salga de peixe do Império Romano conhecida até
hoje.

1.3. A fábrica de produção de peixe de Troia seria muito diferentes das restantes porque
aqui se produzia
(A) peixe salgado.
(B) peixe salgado e molhos de peixe.
(C) uma paste de peixe, o “garum”.
(D) sal para salgar o peixe.

1.4. Entre as descobertas arqueológicas relacionadas com o complexo de Troia é possível

visitar
(A) vinte e sete oficinas de salga e outros espaços de uma cidade romana.
(B) vinte e sete oficinas de salga.
(C) duas oficinas de salga, um mausoléu, uma necrópole e um complexo dos deuses.
(D) duas oficinas de salga e outros espaços de uma cidade romana.

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Grupo III – Educação Literária

PARTE A

Lê o texto e as notas.

19 Já no largo Oceano1 navegavam,

As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente2 respiravam,
Das naus as velas côncavas3 inchando;
Da branca escuma4 os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas5,
Que do gado de Próteu6 são cortadas,

20 Quando os Deuses no Olimpo7 luminoso,

Onde o governo está da humana gente, Notas:
1 Oceano Índico.
Se ajuntam em consílio8 glorioso, 2 Com pouca força, sem violência.
3 Que é cavado.
Sobre as cousas futuras do Oriente.
4 Espuma.
Pisando o cristalino Céu fermoso, 5 Sagradas, santificadas.

Vêm pela Via Láctea juntamente, 6 Deus marinho, guardador do gado de

Convocados, da parte de Tonante9, Neptuno (os habitantes do mar).

7 Cadeia de montanhas situadas entre a
Pelo neto gentil do velho Atlante10. Macedónia e a Tessália, que era a
morada dos deuses, segundo a
mitologia.
21 Deixam dos sete Céus11 o regimento12, 8 Conselho, assembleia.

Que do poder mais alto lhe foi dado, 9 Júpiter, deus dos trovões e dos raios.
10 Mercúrio. Era o mensageiro de
Alto poder, que só co pensamento
Júpiter.
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado. 11 As sete órbitas, que, segundo o

Ali se acharam juntos num momento sistema de Ptolomeu, seriam

percorridas pelos sete planetas –
Os que habitam o Arcturo13 congelado Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vénus,
E os que o Austro têm14 e as partes onde Mercúrio e Diana.
12 Governação.
A Aurora nasce15 e o claro Sol se esconde16. 13 Estrela mais brilhante da constelação

do Boieiro (constelação, no Polo

22 Estava o Padre17 ali, sublime e dino18, Norte). A expressão refere-se aos que
habitam o Norte.
Que vibra os feros raios de Vulcano19, 14 O Sul (os que habitam no Sul).

Num assento de estrelas cristalino, 15 Nascente/oriente.

16 Poente/ocidente.
Com gesto alto, severo e soberano; 17 Pai dos deuses, Júpiter.

Do rosto respirava um ar divino, 18 Digno.

19 Filho de Júpiter e de Juno, era o deus
Que divino tornara um corpo humano;
do fogo e fabricava os raios para o seu
Com ũa20 coroa e ceptro21 rutilante, pai.
De outra pedra mais clara que diamante. 20 Uma.
21 Bastão curto.

Luís de Camões, Os Lusíadas, ed. de A. J. da Costa Pimpão, Lisboa,

MNE/IC, 2003

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1. Explica de que modo o advérbio “brandamente” (est. 19, v. 3) contribui para caracterizar o
ambiente atmosférico da viagem.

2. Explicita de que forma o comportamento dos restantes deuses mostra o poder de Júpiter.

3. Caracteriza Júpiter com base na estância 22.

PARTE B

Lê as estâncias 1 e 2 do Canto I de Os Lusíadas, de Luís de Camões, que fazem parte da

Proposição. Se necessário, consulta as notas.

1 As armas e os Barões1 assinalados

Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana2,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

2 E também as memórias gloriosas

Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Luís de Camões, Os Lusíadas, ed. de A. J. da Costa

Pimpão, Lisboa, MNE/IC, 2003.

Notas: 1 Homens ilustres.; 2 Ilha de Ceilão, a sul da índia.

4. Nestas estâncias, o poeta apresenta os objetivos que pretende concretizar com o seu
poema épico.
Comprova esta afirmação,
− apresentando três aspetos que o poeta pretende cantar no seu poema;
− explicitando as condições necessárias para que estes objetivos se realizem.

A tua resposta deve ter entre 40 a 70 palavras.

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Grupo IV – Gramática

1. Associa a palavra sublinhada nas frases da coluna A à classe e à subclasse que lhe
correspondem na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Os deuses dirigiram-se ao Olimpo, (1) Conjunção subordinativa comparativa
que Júpiter os tinha convocado. (2) Conjunção subordinativa consecutiva
(b) Mercúrio, que era o mensageiro dos (3) Conjunção subordinativa completiva
deuses, levou a convocatória a todos. (4) Conjunção subordinativa causal
(c) Júpiter afirmou que os portugueses (5) Pronome relativo
eram gente valente.

2. Completa cada uma das frases seguintes com as formas adequadas dos verbos
apresentados entre parênteses, usando apenas tempos simples.

a) Se Júpiter não ________ (pôr) o destino dos portugueses à discussão, Vénus e Baco
não se tinham desentendido.
b) Júpiter esperava que os portugueses ________ (obter) o apoio dos deuses.
c) ___________ (haver) muitos deuses que estavam a favor dos portugueses.
d) Quando Júpiter ____________ (intervir), os deuses fizeram silêncio.

3. Identifica todas as frases em que o elemento sublinhado desempenha a função sintática de

sujeito.

(A) Em frágeis embarcações, navegavam mar fora os marinheiros.

(B) Júpiter observou os marinheiros do Olimpo.
(C) No Olimpo, sobrou tempo para ouvir Júpiter.
(D) Até os marinheiros mostraram o valor da coragem.
(E) Já viram como os marinheiros enfrentaram o mar?

4. Para responderes a cada item (4.1. e 4.2.), seleciona a opção correta.

4.1. Classifica a oração sublinhada na frase.

Caso Júpiter não tivesse convocado os deuses, estes não teriam vindo ao Olimpo.
(A) oração subordinada adverbial causal
(B) oração subordinada adverbial temporal
(C) oração subordinada adverbial comparativa
(D) oração subordinada adverbial condicional

4.2. Identifica o processo fonológico presente na evolução: humile > humilde.

(A) crase
(B) epêntese
(C) síncope
(D) prótese

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5. Reescreve a frase seguinte iniciando-a por “Ainda que”. Faz as alterações necessárias.

A embarcação dos portugueses era frágil, mas os marinheiros viram-na resistir a fortes
tempestades.

Grupo V – Escrita

Na sociedade atual, a relação entre o poder e o dinheiro é muito forte e valorizada.

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo

de 240 palavras, sobre a importância do dinheiro e do poder e suas consequências na
sociedade atual. No teu texto, deverás
 fundamentar a tua opinião em, pelo menos, três razões;
 referir uma situação, real ou ficcional, que exemplifique as consequências da
relação do dinheiro e do poder.

FIM

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PROPOSTA DE CORREÇÃO/COTAÇÃO

Grupo I

Pontuação
1.1. (B) 3
1.2. (B) 3
1.3. (A) 3
1.4 (C) 3
Total parcial 12 pontos
Grupo II

1.1. (B) 3
1.2. (D) 3
1.3. (C) 3
1.4. (D) 3
Total parcial 12 pontos

Grupo III
Parte A
1. O advérbio “brandamente” aponta para o ambiente de quietude que caracterizava aquele
momento da viagem dos marinheiros portugueses, referindo-se concretamente à força dos 6
ventos que sopravam, “inchando” calmamente as “velas côncavas” (est. 19, v.4).
2. Júpiter convocou todos os deuses para um consílio e todos obedeceram ao seu pedido,
deixando os seus planetas (“Deixam dos sete Céus o regimento”, est. 21, v. 1), vindo mesmo
de locais muito longínquos (“Os que habitam o Arcturo congelado,/ E os que o Austro têm, e 6
as partes onde/A Aurora nasce e o claro Sol se esconde”, est. 21, vv. 6-8). Estas atitudes
mostram o poder de Júpiter e a influência que tem sobre todos os restantes deuses.
3. Júpiter era um deus superior (“sublime e dino”, est. 22, v.1), calmo e poderoso, como
demonstrava o seu rosto “alto, severo e soberano” (est. 22, v. 4). O seu rosto evidencia ainda
7
a sua divindade: “Do rosto respirava um ar divino” (est. 22, v.5). O seu poder é simbolizado
pelos raios de Vulcano que ele vibra e pela coroa e cetro que usa na reunião.

Parte B
4. O poeta afirma que com o seu canto pretende tratar três assuntos: (1) os marinheiros que
viajaram por mares por onde nunca ninguém passara antes; (2) os reis da História de
Portugal, que se destacaram nas lutas pelo território e pela expansão da fé; (3) aqueles que 7
fazem feitos gloriosos. Para que esta obra se possa concretizar, o poeta afirma que necessita
de capacidade poética, “engenho e arte”. (65 palavras)

Total parcial Parte A + Parte B 26 pontos

Grupo IV
1. (a) – (4); (b) – (5); (c) – (3) 3
2. a) pusesse
b) obtivessem
4
c) havia
d) interveio
3. (A), (C), (D), (E) 3
4.1. (D) 3
4.2. (D) 3
5. Ainda que a embarcação dos portugueses fosse frágil, os marinheiros viram-na resistir a fortes 4
tempestades.
Total parcial 20 pontos

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Grupo V

Relativamente aos tópicos apresentados, o aluno deverá ter em atenção os seguintes aspetos:
 Instrução quanto ao género texto de opinião:
– apresentação da opinião defendida;
– apresentação de três razões justificativas;
– apresentação de uma situação, real ou fictícia, que exemplifique as consequências do dinheiro.
 Texto bem estruturado, que evidencia uma correta marcação de parágrafos e um claro domínio dos
mecanismos de coesão.
 Estruturas sintáticas diversificadas e complexas.
 Pontuação correta.
 Vocabulário diversificado e adequado ao tema.

Total parcial 30 pontos

TOTAL 100 pontos

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