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Maçonaria Brasileira
PUBLICAÇÃO M.ENSAL.

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Redactor em Chefe,
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N.° 4.-2.° ANNO.

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Or.-. do Rio de Janeiro.


DO GR.'. OR.'. DO BRAZIL.
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Maçonaria Brazilcira.
PUBLICAÇÃO MENSAL,

Redaetor em Chefe, o Gr.'. Secret.'. Geiv. da Ord.*.

N.° 4. —2.° ANNO.

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Or.-. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR/. OR/. DO BRAZIL.
Valle do Lavratlio 53 K.
¦1873
(E.: Y.'.)
Boletim
DO

GRANDE ORIENTE DO BRAZIL


AO VALLE DO LAVRADIO. • - %

Jtoraal Official dia Maç.% BmiSefaa.

«um. abril 1873 |> ^nno

Secção Dogmática.

Os nossos direitos e nossos deveres.


Nenhuma instituição humana deve estar tão compenetrada de
sua missão nas sociedades cultas como a nossa.
Nós descendemos de antigas virtudes que soffrêrão martyrios;
nós adquirimos direitos á custa de uma linha de conducta exem-
plarissima; nossos antepassados se sanctificárão em sacrifícios
tremendos; e as nossas lutas forão sempre de idéas.
Guardas da civilisação humana em todos os tempos, fortale-
cia-nos a tolerância e a fé em nossos princípios. Os nossos
mysterios não guardarão jamais conspiração, mas a santidade de
doutrinas que o orgulho humano não admittia.
Éramos os companheiros dos pastores, dos caçadores, dos sa-
cerdotes, dos apóstolos, e até o foramos dos soldados que a
Grécia derramara no Egypto.
Estivemos sempre junto dos homens de acção e dos homens
generosos.
Jamais o mundo se revolveu sem que nossas legiões amigas
indicassem o
progresso e a verdade.
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DO
SC

Grande Oriente do Brazil


AO VALLE DO LAVRADIO.

Official da Maç.'. Brazileira, publicado por ordem


O Jornal
Oriente, conterá artigos originaes dogmáticos, trechos
do Grande
de revistas maçonicas estrangeiras, a matéria legisla-
escolhidos
os extractos das sessões do Gr.'. Oriente e dos
tiva decretada,
um noticiário do que de mais importante occorrer
Corpos Superiores,
Potências maçonicas, a correspondência do Circulo;
nas diversas
numero,
bem como um resumo em francez das noticias de cada
para intelligencia dos Maçons estrangeiros.
Ilr.'.
As paginas do Jg.aLetlm são franqueadas a todos os
desejarem inserir artigos úteis e interessantes á Ordem,
que
devendo ser sujeitos ao juizo da Com.', de Redacção.
exemplar do l&c±e.tLm. será enviado gratuitamente ás ?.j5m'-í>:

Um
GGr.'. DDig.'. da Ord.'., a cada Loj.'. do Circulo, ás Potências
Maçonicas alliadas e aos Redactores dos jornaes.
é obrigatória um anno, de Dezembro de
A assignatura por
1872 a Dezembro de 1873, paga em uma só prestação adiantada.
Corte e Nictherohy.
Anno (12 números) 6 #000

Províncias (Registrado).
Anno (12 números) 7JJ000
Numero avulso ljjOOO

os estrangeiros a assignatura varia conforme a


Para paizes
importância dos portes do correio.
de redacção e remessa do importe das
Toda a correspondência
assignaturas serão dirigidas ao Redactor em Chefe, Gr.'. Secret.'.
Ger/. da Ordem, á

WÊÈ-
Sua do Lavradio JV. 53 K.
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-~ 238 —

E sem duvida para o mundo fomos a estrella d'alva que an-


nunciava a madrugada da' civilisação.
Ahi, quando o divino amor fazia surgir de entre os escolhidos
um Deus na humildade grandiosa de seu ser, appareciamos, de
joelho em terra, adorando a Divina Criança, a promettida Ee-
dempção. ; .; r.;
A estrella que annunciava a nossa vinda e a nossa presença
era a que se erguia acima de Sião e guiava os obreiros do bem
ao trabalho e á pratica.
Assistimos a todos os martyrios cruentos do Salvador e a
todas as victorias do christianismo. Éramos crentes, nós os
christãos, de viva fé, e em nossos actos transluzião sempre irre-
prehensivelmente as doutrinas do Evangelho.
Fazíamos a propaganda com o exemplo de nossos actos.
Instruíamos os ignorantes.
Acatávamos as autoridades constituídas.
Protegíamos os desventurados.
Combatíamos os erros e as prepotencias dos fortes.
Lutávamos contra o fanatismo explicando as sciencias.
Animávamos o trabalho honesto e hábil.
Mas também arcávamos como gigantes contra o feudo dos
fortes e contra a selvageria dos déspotas.
As nossas armas erão a probidade, a lealdade, a prudência, a
tolerância, as idéas esclarecidas e a generosidade de nossos actos.
E verdade que na ponta de nossas armas de esgrima se ferião
nossos adversários; e, ou cahião vencidos, ou afastavão-se do
combate rancorosos e vingativos.
O cumprimento exacto destes deveres hiramitas derão-nos iii-
contestavelmente na humanidade direitos sagrados ao respeito e
á veneração de nossas tradições sagradas e á liberdade de nosso
pensamento.
A nossa instituição fora e é um titulo de recommendação nas
sociedades cultas. Os reis e os povos nos acatavão e defendião
nossos direitos.
Porque nos paços reaes, nas officinas do trabalho honesto,
no fórum, nas fileiras dos guerreiros da pátria e da humanidade,
por toda a parte, respeitáveis irmãos nossos ahrilhantavão seu
. nome e adquirião foros de probidade.
Porque sob a mitra, no meio dos concilios, na igreja e nos
— 239 -

conventos, onde houvesse homem leal, esclarecido, ahi


da franco-maçonaria palpitava
um coração livre e tolerante, abrilhantando
a fé, expondo-a eloqüentemente, e fazendo partir da tribuna
sacra instrucção e virtudes christãs.
Fora, porém, reservada a época que corre
para que as socie
dades modernas voltassem á barbaria do um fanatismo incrível
e á preponderância de princípios subversivos.
Temos direitos adquiridos em séculos
que apposerão o sello
do mento em nossa instituição. Esses direitos os consideramos
sagrados.
A lei nos aceitou, porque não estávamos fora delia.
As sociedades correrão ás portas de nossos templos,
e pedirão
luz para sua cegueira profana.
As idéas maçonisavão-se na liberdade do
pensamento na cul
tura do espirito e do coração: a philosophia espalhava
sua luz
e derramava nas sciencias a possibilidade de serem
por todos
estudadas e comprehendidas; e quando no espirito do
povo a
idéa de Deus se havia tornado mais christã e sublime,
fé ardente congregava todos os ehristãos no quando
progresso e nas
lides immortaes, quando o Evangelho deixava de ser hebraico
para tornar-se mais puramente christão, eis que em linguagem
estranha, pesada e' oppressiva vem o Sillabus destruir
a subli-
midade da obra tão bem encetada em nome de Deus
e da
justiça.
A cúria desconhece os nossos direitos; arrosta o bom senso
e
a razão, e põe em duvida 1
A cúria! comprehende-se que é apenas só uma fracção limi-
tada de descontentes que se erguem como vampiros e vem su-
gar-nos o resto de sangue que nos deixarão os poldres, os
chos e os punhaes inqiiisitoriaés. gan-
Mas, jamais direito algum foi tão sagrado como o nosso;
mais houve . direito tão cercado de immunidades como aquelle já-
que nos assiste de continuarmos a ser o que forão nossos bons
Pais, esse direito de sermos probos, activos, tolerantes, crentes,
chnstãos, dedicados aos homens e ao Estado, de sermos
cia-
«aos pacíficos e úteis aos nossos semelhantes.
E além disso.
Temos o direito, o santo e incontestável direito, de applicar a
beneficência em bem da desventura.
— 240 -

Temos o direito de dar a mão ao infante desvalido,


A mulher
decahida, ao orphão e á viuva que chorão e têm fome.
Temos o direito de sermos o que somos irreprehensivelmente
religiosos e úteis â humanidade.
Nenhum prelado, nenhum senador, nenhum magistrado
nos
pode tolher esse direito da fraternidade em acção, da liberdade
bem entendida e da igualdade entre todos os nossos membros
dignos da instituição que nos abriga e nos dá o nome
— maçons. de
Ninguém nos pode interdizer, ninguém nos
pode marcar até
onde chegão nossas aspirações senão a lei, a lei civil, a lei
rada, e sobretudo a lei de Deus, inscripta em nossa consciência ju-
e implícita em nossa profissão de fé.
Temos tanto direito como qualquer outro homem a— ex infor-
mata conscientia — sermos maçons, obedientes á igreja e á lei 'do
Estado, porque dessa consciência só damos a Deus conta.
Maçons e catholicos, nos diz a razão, a
justiça, o direito e a
religião, podemos ser e somos, e aliás com foros de homens
mtelhgentes e que bem comprehendem os seus múltiplos de-
veres.
Por aqui se vê que mentecapto é aquelle
que nos nega taes
direitos, que nos nega a escolha do
que somos, que até nos
quer roubar os direitos de sermos homens sociaes, com direito
a protecção do Estado e á protecção da Igreja.'em
Mentecapto ou idiota deve ser aquelle
que pleno século
de cmhsação e de luz, vem á face de uma sociedade inteira
es-
tigmatisar a maçonaria e lançar-lhe o anathema de seu
ódio ou
de sua assalariada missão.
A esses devemos dizer, porque nos assiste o direito
da razão
e da justiça: Formulai a queixa contra a Maçonaria
do Brazil,
apresentai seus erros ou suas conspirações contra
o bem, e depois
de bem informados julgai-a !
Que privilégios tendes vós para vos suppôrdes mais catholicos
ou tao catholicos como nós?
Deus é nossa guarda; Deus é o nosso
guia; Deus é a nossa
primeira idea; Deus é lembrado em todos os nossos actos, em
todos os nossos discursos;
pois que é Elle o Supremo Architecto
do Universo, ante o qual se curva a
pequenhez humana.
& se por acaso sentis que o espirito da
fé no povo profano
241
** '^ * "°SSa kSÜtaÍ^ ™ «* deca-
ZZ<,eCa<,enda'
Não sereis vós, mercadores de indultos
e 'ao
de mdmgencms, que abaixais a idéa de Deus perdões dado™
dvel TZ
Para que nos offendeis, se em nada somos
vossos culpados?
Os pamphletistas não forão mações
Os vossos conspiradores não são da Maçonaria
Os vossos fanáticos e ousados ignorantes não
pertencem e não
podenao jamais pertencer á nossa ordem
Os livros incendiados e os livros da escola
realista não sahi-
rao de nossos irmãos. m
Os nossos irmãos nunca forão nem Ímpios, nem
athêos
° dileÍt0 dC Sel' "*** «
homM. —* -mo
Ponde o mundo maçonico de um lado e o
mundo profano do
outro lado e compara, os personagens. Ali; «aquelles
esto a probidade, está o amor ao trabalho, a primeiros
Deus, á família i
'""' """^ V™ ° S"b'imeS eSpe™ças
toro melhor! tle ™
Aqui nos segundos, está a desordem, a hesitação,
o orgulho, a indiferença, a vaidade
espirito de vassallagem, a cubiçá o'
fanatismo e a ignorância, Esses são indiferentes
ímpios ou blasphcmos. ou cynicos '
'
Accusai a estes; instrui-os; indicai-lhes o
caminho do bem-
empregai nelles o vosso SyUabus em sua integra.
A nós, não; não podeis aceusar, temos direitos adqui-
ridos durante séculos á estima porque
publica e particular.
Os nossos únicos infortúnios forão feitos
sos cegos inimigos e pela cabala de nos-
pelo ódio de nossos contrários ou dos mal
intencionados; e
jeimais lançamos anathemas ou imprecações!
O poder temporal que vos escapou das mãos
nossas fileiras nem não achou em
promotores á revolta, nem contestadores,
Porque Ia está escripto em nossa Constituição: Discussão sobre
política ou religião é interdicta.
Para que nos
feris pois? se levamos a cruz do trabalho e dos
sacrmcios calmos e resignados
no nosso silencio?
¦fará que nos se não somos culpados dos desmandos e
ercos de vossos feris?
publicistas e de vossos homens de estado?
- 242 -

Para que nos feris"! se nós não pertencemos a nenhuma asso-


ciação secreta prohibida pelas leis e pelas sociedades humanas?
Comprehendereis como se engrandecem nossos direitos, se
somos injustamente arguidos e insolitanicnte tratados.
O mundo justo nos contempla, sympathisa com a nossa causa;
e a Lei nos outorga todos os direitos legítimos de defesa contra
os anathemas e imposições absurdas que nos são Lançados.
Usaremos generosamente desses grandes direitos, por isso
mesmo que nos custa a comprehender como homens elevados á
cathegoria de prelados esquecem as leis da urbanidade, da jus-
tiça e sobretudo da docilidade christã, tornando-se juizes ímpia-
caveis, e lançando no seio da família brazileira a desconfiança,
os ódios, a hesitação e a antipathia contra homens prudentes e
christãos que cumprem piedosamente todos os seus deveres de
fé na Igreja e no Estado.
Volva a esses severíssimos juizes, que em nome do Divino e
Pacifico Cordeiro do christianismo lanção assim a desordem na
família e na nação, toda a tremenda responsabilidade de seus
actos precipitados.
Travem embora a luta esses poderes exorbitantes contra os
públicos poderes do Estado, nós caminharemos calmos, depois
de esbofeteados na praça publica, ao Calvário de nossa fé.
Ainda ha abi lugar de sobra para consummação de injustiças
cruentas, e onde o heli volverá, como sempre, a palavra da ré-
dempção.
Entre homens contumazes e predispostos é impossível a dis-
eus são de direitos sagrados.
E não vão* crer os que nos lanção o anathema que a maço-
naria desappareça ou se amesquinhe; não: ella se ergue desde
já á sua digna altura; e silenciosa, mas activa e vigilante, cum-
pre com diligencias crescentes e com zelo incessante o seu dever
sacrosanto. Seus Valles, de que os cedros do Libano só podem
contar a idade e a coherencia, são allumiados pela luz resplan-
decente da verdade e da fé; e seus obreiros se multiplicão e
fortificão ante a ameaça.
Fazei desapparecer a maçonaria da face da terra e tereis
partido a harpa de Sião que entoa os hymnos das tradições sa-
gradas da humanidade, e tereis arrancado aos séculos as vísceras
benéficas de seu organismo vivo e palpitante; e com ella des-
- 243 —

apparecerá a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre os


homens, isto é, a fé, a esperança e o amor.
De tal origem, tão grandes c sagrados são nossos direitos,
que múltiplos são os nossos santos deveres para com tudo que
nos é caro e que adoramos, veneramos c respeitamos.
Cabe-nos, a nós que somos os. defensores da verdade c da
justiça, cumprir deveres, ainda mesmo á custa de sacrifícios de
nossa individualidade, pois que antes de tudo nós devemos in-
teira e solemnemente ás doutrinas de nossa Ordem sublime.
Jamais em nenhuma época houve tanta necessidade do cum-
primento de nossos deveres maçonicos.
O momento é critico e a contenda é renhida e dura.
As phalanges de um poder mundano decaindo approximão-se
em grossa multidão de nossos arraiaes e nos lanção o repto.
Essas phalanges porém vêm em nome da fé que respeitamos
e de um Deos que adoramos.
É verdade que cabe tanta impiedade em cérebros humanos;
em nome de um Deus de misericórdia armão-se soldados e as-
salarião-se consciências!
Fallão ao povo e nos expõem como reprobos e materialistas.
Da tribuna lanção duras apostrophes á nossa Instituição. Do
confessionário parte o aviso capeioso; 6 germen da desconfiança
no coração da esposa e do filho é depositado com sinistra in-
tenção. Dos palácios episcopaes, pequenos Vaticanos hoje, par-
tem as pastoraes tremendas e politicamente ageitadas a um fu-
nesto principio de victoria. O maçou ouve resignado a voz
terrível do injusto orador sagrado; curva o joelho ante o confes-
sionario, prefaz seu dever, ergue os olhos ao céo e pede a Deus
perdão para o confessor, e sahe do templo derramando uma la-
grima de dor por tanta crueldade exercida; elle lê as pastoraes,
e nellas, triste, não sente a uneção christã, nem comprehende o
porquê da falta daquella clocilidade nazarena no conselho e na
advertência.
Fallão ao povo e nos expõem como reprobos e materialistas.
E comtudo ahi está a sociedade culta e decente, aquella possível
na qual convivemos diariamente, que nos conhece os hábitos,
que sabe de nossos costumes e de nossas crenças, dá-nos o lu-
gar que nos compete, porque somos homens de bem, e para
sêl-o não se é ímpio, nem reprobo, nem desobediente á lei de
244

Deus e cá lei dos homens. Cumprindo nossos deveres


escrupulosamente temos a consideração de nossos sócias
semelhantes0
temos o direito de ser acatados, e também sonetos
deveres â
cumprir em tudo que é socialmente reclamado neste
adiantado e eminentemente religioso. século
Por que nos aceusão pois?
Somos homens e christaos e temos o direito de o
Os citadores emperrados trazem á discussão trechos perguntar
los passados, extractos de livros que reprovamos e doutrinas de secV
admittimos; que
jamais as velhas datas, carcomidas sentenças exdru
xulos e velhos pensamentos dos passados encyclopedistas
inaceitáveis e pensamentos extrahidos de autores bullas
incompletos
tomao vulto nos longos discursos de
professores que de tudo fio-
ãerao faltar, menos de maconaria,
porque nem a comprehendem
nem delia podem fazer idéa approximada,
E ficão satisfeitos na tribuna, porque fallárão
muito citando
muito e errando de uma maneira inclecorosa naquelles'conheci
mentos que qualquer homem instruído e bem
educado deve
possuir.
É do nosso dever, é da nossa competência apontar
estes erros
e chamar sobre elles a attenção do inundo sensato
sacio. * e civili-
Aggredidos de uma maneira insólita e
grosseira em nossa na-
cinca e conscienciosa existência social, temos o
dever altamente
"0S defeDdel' "e arS"ÍÇ5eS feitab co,n re1llmtiula
cSda°de
Querem negar-nos tudo: nossos direitos e aspirações
n sprezaclos; pretendem tomar-nos são me-
gentios no meio da família
tT;Z:Tirà™mm é ™> ^-orünar, Ko

nm /Wn t<&~à i &UIJ1csaito a Humanidade, convinha a


muda mais as sociedades, e
que esse meio fosse iníquo o sol-
^-^ mii°' Se tel" <*> humano ainda a
comoreb™,- °S aCCUSat,OS "'i^tamente, os di&mados
vflme„f Z: - TS",COm atr0cWade'
uma
«ma maneira
manLT! °s anathematisados do
tulmmante, venhamos á barra deste tribunal
da
— p.45 —

razão e do esclarecimento, c nos defendamos do unia maneira


enérgica e severa.
Aqui, de nós para vos, não ha disputa mesquinha e vulgar
ha discussão viva e potente, o nella empenhamos toda a nossa
energia, para nos apresentar-nos como somos e para onde vamos.
A complexidade de nossos deveres provém da rectidão c ms-
tiça de nossos sagrados direitos. Também nós temos uma cons-
ciência informada pela luz da razão, da justiça, da fé o da
pro-
bidade; e essa luz nos dá o comprehendermos quaes nossos
direitos e quaes nossos deveres.
Se nos não educamos na solidão dos conventos, nem no seio
das congregações, nem nos seminários episcopaes,'ncin
por isso
nos recusou o nosso Pai Celeste o uso de nossa razão e a sen-
sihilidade de nosso coração. Na família, na universidade, na fa-
culdade e na escola Chega também a brilhante luz do Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Christo, o também ahi, nas horas de
recolhimento e do uneção se estuda na Imitação de Christo os
sublimes preceitos de uma religião toda de caridade, de frater-
nidade e de brandura. Sc a faculdade nos não formou em ca-
nones, nem por isso nos deixou nossa santa mãi de formar
nosso coração e nosso cérebro á molde das doutrinas christãs;
e quanto taes doutrinas são puras o cheias de amor. um coração
judicioso do mãi o sabe bem avaliar.
Que estranha e absurda linguagem é a que nos vêm dizer
hoje com prepotência: vós não sois catholieos porque sois maçons!
E está escripto no Evangelho: Não julgues o teu semelhante,
porque assim como tu julgares serás julgado também.
lemos o direito de não ger julgados levianamente, e temos o
dever de apreciar o juizo desfavorável que de nós formão lio-
mens prevenidos e precipitados, para podermos defendermo-nos
da injustiça da aceusação. E que delia não paire sobre nossas
cabeças nem a mais leve sombra,
E como é á luz do mundo adiantado que somos julgados, á
luz desse mundo a razão e a justiça dirão de
que lado está o
direito.
A maçonaria impoe-nos deveres múltiplos a cumprir; e por
Deus não nos afastarão os aceusadores nem uma linha do cum-
pnmento desses santos deveres, onde a prudência e a calma
são da máxima obrigação.
— 346 — .
Lá está na Imitação, livro que consultamos recolhidos e atten-
tos: Deixai-os murmurar; que todas as suas
palavras, todas as
mas aecusaçôes não terão o poder de arrancar nem um cabello de
vossa cabeça.
Não faremos menção de citações pró e contra nós,
porque de
propósito e com plausível razão recorremos ás doutrinas d'Aquclle
que foi a Verdade e a Luz, e que o será sempre.
Contra essa Divindade não prevalecerão jamais nem as revol-
tas dos máos, nem as doutrinas dos pretenciosos, nem a intenção
sinistra dos esbirros de partido mundano, nem os discursos cri-
vados de ódio e de erros, nem tão pouco a arbitrariedade cruel
e déspota dos encarregados do sacerdócio da verdade
que des-
conhecem a elevação de sua missão e a generosidade das dou-
trinas que devem pregar.
Os direitos e os deveres do nosso povo maçonico estão con-
signados e sanccionados na historia de muitos séculos e na
pu-
blica consciência que admitte a beneficência e todas as verdades
sagradas exercidas conscienciosamente cm uma Instituição só
trouxe bens ao mundo, que só derramou bênçãos e que
piedosas pra-
ticas; e que jamais se servio do anathema para fulminar homens,
porque ella é — eminentemente tolerante e justa!

Symbolismo da Estrella luminosa.


Os antigos transmittirão-nos as mais sabias lições
por inter-
médio do symbolismo, comprehendeii£lo cada uma dellas um
ceito de virtude e sã moral, bases sobre as pre-
quaes firma-se a
Instituição Universal denominada " Arte Real
„, encontrando os
MMaç/. no symbolismo matéria eterna e bellissimos themas
de
íllustraçao.
Quando tantos outros têm dissertado sobre o assumpto de
trato, quando a phrase de que serve-me de norte brilhantementeque
exprime o symbolismo da Estrella luminosa
que poderei dizer?
eu o Obr.\ o mais humilde de todos, ao contribuir
com o meu
obolo para a Columna Maçonica, longe de mim a idéa de
apre-
sentar-me ao publico como escriptor cujas
producções sirvão de
mstrucção; maçon novel nada mais busco do
que descobrir por
— 247 —

meio do estudo pratico as verdades que eucerrão-se nos nossos


augv. mysteno-S, que são as únicas que tornão o macon digno
da Ord.\ c admiração dos tempos.
É mister que nos convençamos de que a Maçon.-. não é uma
Instituição estéril em seus princípios, e que ella não se compõe
somente das formas niystcriosas com que foi c é revestida. Não-
a Maçon.'. é a estrella que illumina o caminho que a humàni-
dade deve seguir para alcançar o fim que lhe é próprio e
e a Sciencia lhe que
Deus tem designado. Trcs grandes
princípios
sustentão a coroa com que ha de cingir-sc a fronte da humani-
dade: Deus, Sciencia e Maçonaria.
Ura delles, Omnipotente, como .Motor Eterno e geral de todos
os seres creados, o outro, fonte dos bens do corpo e alma, me-
dicina que cura, potência que unida á primeira pode denominar-
se indispensável do motor e a .Maçou.-, essência pura das dou-
tvinas de um e companheira inseparável da outra. A Maçon.-.
proclamando o divino principio do amor fraternal constitue-se eni
apóstolo da doutrina do Mestre dos Mestres, synthetisada nestas
sublimes palavras: " Amai-vos um aos outros como
fãhos do
mesmo pai. „
A Maçon.-. ordenando e professando a sublime crença da im-
mortalidade da alma também constitue-se em órgão da sciencia,
A sciencia encaminha-nos á perfeição por meio da descoberta
da verdade. E o que é a verdade senão o conhecimento de Deus
e a fé de que á morte da matéria suecede a vida espiritual'? e
que outras doutrinas ensina a Maçon.-. afim de conduzir seus
filhos a esse florido limite que Deus e a sciencia demareão ao
homem ?
Temos demonstrado que a Maçon.-. não é somente a associação
estéril ricamente adornada de formas mysteriosas como alguns a
julgao; e desejando conhecer seus princípios e tendências, igual-
mente demonstramos •
que ella não é prejudicial, e que as calum-
mas que seus inimigos lhe irrogãõ são tanto mais immerecidos
quanto só reduzem-se a obstar a marcha progressiva da liti-
manidade.
Nao percamos porém de vista o objecto de nosso trabalho,
ainda que as reflexões
geraes que hei exprimido sobre nossa
instituição fossem-me necessárias como uma luz
que guiar-me-ha
fto fim que tenho em vista.
- 248 -
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¦ ¦ -.' ¦ ¦¦¦.-. ¦ ¦
: .".; ¦¦¦¦..'..-. .".'j /•'.¦,.-.. .

Deduz-se pois do exposto que para a Maçóiv. ser perfeita e


com lucidez preencher sua nobre missão no mundo, o Maç.-. deve
ser virtuoso, ter um coração e uma alma pura e digna <ic ser o
Tabemaculo da Verdade. A Estreita luminosa como symbolo nos
diz: Seja a Virtude, seja a Caridade a estrella que illumine
vosso caminho, afim de que marchando dcsaffrontadamentc che-
gueis a alcançar a perfeição moral a que o homem deve sempre
aspirar todas as vezes que queira cumprir a missão para que
fora creado. Que mais bella lição pôde nella descobrir-se? Que
mais suave obrigação pócle hnpôr-se ao homem do que dizer-lhe:
Caminha recto e justiceiro, illuminando teus passos com os re-
fulgentes raios que se irradião do sol da Virtude. Não pares;
quando porém vires teu Ir.-, em perigo ou na afflicção; quando
ouvires soluços e ais; quando passares por onde as enfermida-
des e mil outras pragas que desolão a humanidade fazem ouvir
seu doloroso gemido; pára então, e generoso, cheio de amor e
caridade, sem buscar outra recompensa que não seja a satisfação
de praticar o bem; vê, enxuga as lagrimas, mitiga as dores, dá
pão ao faminto, medicamenta e vela pelo enfermo, protege o I
orphão, sê emfim um Ir.-., lembrando-te de que todos somos
filhos do mesmo Pai, e que talvez um dia também chorarás, e
então quem, a não ser teus irmãos, te consolarão? Homens,
aprendei esta sublime verdade; maçons, filhos da Grande Fami-
lia, prosigamos em nossa obra; sejamos virtuosos, estreitemos
cada vez mais os laços de amor que nos unem, e, animados
pela Caridade, trabalhemos pela Paz e amor dos povos, pela paz
e amor dos homens, afim de que todos formem uma só Família.
(Da Colmena Masonica.)

Illegitimidade maconica.
Ouvimos muitas vezes a Ilr.-. tão zelosos, como instruídos,
dizer, fallahdó de outros Ilr.-.: " Vós não estais reconhecidos,
sois filhos naturaes, sois bastardos. „
F Confessemos que tal condueta nada tem de fraterno, será
po-
rém fundada em causas justificáveis? Ou
por outra, o que é
que constitue a legitimidade de uma potência maconica?
- 249 -

Responder-se-nos-ha: uma potência maçonica é legitima


uma outra quando
ella é fundada por potência maçonica regular. É mis-
ter ainda provar que a potência fundadora" é legitima e' regular
Seguindo a filiação chegamos á potência maçonica da qual de-
rivão-se as demais, a Grande Loja de Inglaterra, que fundou-se
a si própria e não dhnana de nenhuma, outra potência. Por que
pois, na actualidade uma'reunião maçonica não terá o direito de'
á semelhança da Grande Loja de Inglaterra, constituir-se livre-
mente?
Talvez que nos digao: " é legitima a potência maçonica
que é
reconhecida pelas outras potências. „ Seria sem réplica este ar-
gumento se adinittissemos as considerações que muitas vezes
obrigão uma potência a reconhecer outra, porém é inadmissível
o suppôr que seja motivo sufficientc de legitimidade o capricho
dos Grandes Orientes. E se assim nào é, são os princípios so-
bre os quaes se baseà a decisão do Grande Oriente que reco-
nhece os que dietão a regra e não a simples vontade dos maçons.
Póde-se sempre perguntar a um Grande Oriente: "Quaes forão os
motivos que vos levarão a reconhecer ou não esta ou aquella
potência?,, Temos o direito dc aprecial-os visto como a Maçona-
ria não é infallivel.
De um lado a parcialidade, dc outro a animosidade são muitas
vezes as causas dessas decisões c servem
para introduzir na
Maçonaria lamentáveis dissidências. Um exagerado formalismo,
uma intolerância ridícula produzem
quasi sempre injustas resolu-
ções, cujo odioso recalie não sobre as victiinas, mas sim sobre
os juizes e a Maçonaria inteira. Os maçons, esses homens
que
pretendem regenerar a humanidade e pregar-lhe o amor frater-
no, não o sabem praticar
para com seus Ilr.'., e por um nada,
por uma fita c por amor próprio elles lhes dizem: "Retirai-vos
de nós; não vos conhecemos. .,
Dir-nos-lião: " A Maçonaria então será um chãos de obediência,
de ritos e de formalidades
que será prejudicial á harmonia geral. „
Responderemos que essas formas exteriores não são a Maçonaria.
y que nós devemos buscar antes de tudo é a unidade de
princípios, e não a unidade de obediência ou de ritual. Os prin-
cipios geraes da Maçonaria reduzem-se a três: liberdade, igual-
dade e fraternidade.
J>ao são pois verdadeiros maçons os
que em vez de deixar á
— 250 ••¦-

nossa associação sua autonomia, a collocão sob a dependência


de uma autoridade estrangeira, qualquer que seja, que de boa
fé nós o julgamos tornão-se auxiliarcs, quer da Igreja, quer do
Estado, quer de um partido político.
Não são igualmente verdadeiros maçons aquelles para quem a
igualdade dos homens não é escrupulosamente observada e
que
por questões de raça ou religião fazem disso um obstáculo á en-
tracla na nossa associação.
Não são também maçons aquelles para quem a fraternidade
se encerra entre estreitos limites e que a applicão exclusiva-
mente aos maçons de seu rito ou obediência.
Siga uma potência maçonica estas regras immutaveis, e a nosso
ver ella será regular e perfeitamente maçonica. Viole-as e não
lhe reconheceremos o caracter maçonico. Embora componha-se
de homens honrados e instruídos, faltando aos primeiros deveres
dos maçons não a podemos considerar como ligada á nossa
Ordem.
Debalde se dirá que a Maconaria é poderosa, quando a vemos
desprezar, paralysar mesmo as forças que em si encerra, e trans-
formar seus trabalhos em lutas estéreis. Esperemos, pois, que
para ella, como para os povos, brilhe o dia da luz e da ver-
dade, e oxalá que a Maconaria, por meio de seu exemplo, de
suas afanosas locubrações, apresse a chegada de uma era de
liberdade e verdadeira fraternidade.
X B.
(La Yérité, journal maçon.-. de Ia Suisse Romande,
22 Mars 1873.)
251 —

Instrucçâo Maçonica.

Escrutínio secreto.
Na época em que, mais que nunca, os sentidos c a industria
invadem o domínio do espirito; na época em que se pretende
fazer reviver com toda a sua pompa, com toda a sua força op-
pressora, o cesarismo das idéas religiosas, convém lembrar sem-
pre e muito, que a religião não é dogma de oppressão, que ella
é o principio de liberdade, que tem muito de divino nos seus
deveres, e muita amplidão nos seus direitos. Destas idéas nas-
cem amargas dissenções c perigosas theorias para as sociedades,
ás qiiíies se roubou cruelmente o que ellas tinhão de grande- na
fé, de brilhante na esperança e de sublime na caridade.
O mundo contempla indeciso essas discussões de todos os
paizes, nos quaes sobem á tribuna ou mercenários da corrupção,
ou desvairados pela opulencia e pelas vaidades mundanas.
E no meio de todas essas absurdezas e partidos tomados ca-
minha silenciosa, mas profícua, a propaganda maçonica cautelosa
e prudentemente engrossando as fileiras de seus arraiaes. Entre
os profanos pensadores e os obreiros maçons, ha distancia da
verdade á mentira, Aquelles preparão terreno para discussões
persuasivas; estes caminhão avante sempre, e levão comsigo
obras de séculos, preciosidades de philosophia, que se tornão
novidades sempre quando o vulgo as pode comprehender.
A idéa de Deus, dos deveres e direitos da creatüra e de suas
obras, só pode ser interpretada luminosamente pela consciência
e pela boa e puríssima vontade de fazer bem. A Maçonaria
nunca pensou de duas maneiras a respeito do bem e do mal,
do justo e do injusto. Os seus estatutos nascerão na
pureza
das intenções das gerações
pensadoras que já se forão e nos
legarão tudo que além do homem é capaz de alimentar e
pro-
duzir de grande, de
generoso e de sublime.
Ninguém nos pode contestar o direito de praticar o bem e cie
pugnar por elle; pertencemos á grande família da humanidade;
não disputamos ás sociedades suas liberdades, mas a liberdade
3
- 252 -

que temos nos dá o direito de disputarmos a cilas as victinias


de seus males e de suas oppressões. O rito não nos faz ho-
mens de um paiz ou vassallos de uma idéa política, ou sectários
de uma idéa religiosa; não; nós temos a. liberdade do pensa-
mento e pretendemos ser obreiros da perfeição das acções híi-
'sociaes;
manas. Nós descemos á arena de todos os arraiaes
ahi disputamos com honra pelo bem geral e pela santa moral de
nossas familias; até nós, no nosso grêmio de trabalho honesto
não pode chegar o vulgo profano; lá fora, nós e elles; aqui
dentro, só nós. É o nosso direito de séculos; nossa proprie-
dade legendária.
Perante este tribunal severo e livre ninguém tem o direito de
trazer a aceusação mesquinha c mundana, de pequeníssimas lutas
de fora de nosso grêmio. O que por lá se ageita e contempla
deve ser profano perante este grande tribunal de consciência,
grêmio de amigos e leaes obreiros, sem reticências na conducta|
nem tão pouco na palavra.
A aceusação aqui, no meio de nós, não é arma traiçoeira e
vil, que fere no escuro c impossibilita a clefeza. Nossos aceu-
sadores aqui trazem como nossos antepassados a cabeça erguida,
viseira levantada, e lanção a aceusação de uma maneira grave e
solenme. O que c secreto nos tríbunaes profanos, entre nós
deixa de o ser. Eis a razão porque o escrutínio secreto é uma
absurdeza insustentável perante a razão, e a razão é o sub-Deus
cia Maçonaria.
Trago aqui, Sap/. M.\, muito a propósito este tópico,
porque
deve ser com desgosto dos verdadeiros maçons que
para aqui
nos trazem ressentimentos profanos e lutas que deverião morrer
á sacrosanta entrada de nossa porta. É preciso
que cada um
de nós se compenetre de que entrando para aqui, vem tomar
parte nos respeitáveis trabalhos e acções de um templo onde só
a virtude e a verdade têm culto.
A aceusação em voz alta, como cumpre a obreiros da verdade,
dá lugar á justiça da clefeza e do esclarecimento; —a reprova-
ção no escrutínio secreto envilece, e colloca o votado nos tran-
ses horríveis daquellas victimas dos cárceres da inquisição, nos
quaes a justificação era vedada. O que reprovamos e estigmati-
samos nos outros, por ser profano, não admitíamos em nosso
seio. Os foros da razão assim o reclamão de nós todos,
.•ri-
que
or.o
fvtJtP

ívquí nos congregamos, com o fim único de pugnarmos pela ver-


dade e pelos homens de liem que vivem desunidos no inundo lá
de fora.
Convém ser juiz justo e severo nas apreciações de nossas
cousas c do caracter daquelles que querem vir abrigar-se entre
nossas columnas, como obreiros.
Não comprebcndo, não comprehenderei nunca, Sap/. M/.,
como é possível achar impuro no escrutínio, aquelle que uma
respeitável commissão de inquérito achou digno de nós. Ou essa
commissão nasceu de nossa escolha com inteireza e confiança,
ou ella é apenas a expressão de corte/ia o civilidade. No pri-
meiro caso, é digna de toda a nossa confiança: o seu voto é
também o nosso. No segundo caso todos os preceitos e regras
maçonicos se oppõe a uma pratica inútil e ofensiva ao réspei-
tavel caracter de unia loja como ('• a Dezoito de Julho.
Voto contra o escrutínio secreto, como anti-maçonico, por mais
que o queimo fazer legal; e é com todo o respeito para com-
vosco, Sap/. M.\; c mais membros desta respeitável loja, que
em lugar de escrutínio, seja admiítido o dar-se a palavra a qual-
quer obreiro, que queira ou deva dizer alguma cousa acerca da
moralidade e outras qualidades daquelle que é proposto e aceito
pela commissão competente.
Venha a polemica, honesta e decente, como 6 possível entre
nós, que ella esclarecerá o que houver de obscuro ou ignorado.
A polemica que um dia piizer patente todos os defeitos e todas
as boas qualidades de um proposto, honra-o e salva-o: a bola
preta tisna e impurifica de uma maneira traiçoeira e oceulta, não
digna de nós.
Esta é minha opinião, aliás humilde. Eu a lanço desprevenido
e leal no meio de vós, meus RResp.'. IIr.\, para que vós lhe
deis o vosso beneplácito, se ella merecer tal honra. O seu me-
rito é apenas o tornar cada vez mais digna, leal e justa qual-
quer decisão que tomarmos tendente á admissão de novos
obreiros.
E fallando nesta matéria, tenho em mente, e aliás muito sin-
ceramente, desenvolver cada vez mais a dignidade de nossa ins-
tituição, que se não
pode, se não deve parecer com nenhuma
profana.
A fatuidade e o orgulho de lá fora, nascidos de posições que
— 254 —

tyrannisão o mundo com suas decisões magistraes e um amor


próprio reprovável, não tem cabimento no meio de homens leal-
mente congregados para fins justos e honestos.
A cabala, que rebaixa o voto e o amesquinha, dando-lhe pro-
porções deshonestas de conciliabulos de ignorância e de erros
profanos, não pode, não deve supportar a luz de nosso Templo,
consagrado á verdade immaculada.
Trabalhando para a moral e para a justiça, não cremos que o
que acaba de ser dito possa vir a ser averbado de — declama-
ções. Porque—declamaçoes— são as ocas phrases da má fé e
da materialidade; e só são declamaçoes aquillo que a requintada
malignidade enroupa de ouropeis e de eloqüência, para jogar no
meio de um auditório que não estivesse compenetrado de sua
honesta missão, tal como não nol-a legarão, nossos pais, a
nossa.
Lembremo-nos sempre da parobola do Divino Philosopho do
Christianismo, a liberdade do pensamento e da verdade, encar-
nada no Homem Deus: Aquelle dentre vós que não tiver macula,
que lhe jogue a primeira pedra! Ensina-nos esta sabia sentença
a conhecermo-nos antes de pretender conhecer os nossos seme-
lhantes. E uma tal sentença é soberanamente maçonica: nossos
grandes mestres a praticarão, e nol-a transmittirão em toda a
sua integridade.
Com que fim nos congregaríamos aqui, a não ser com fim mais
nobre, mais harmonioso com os nossos próprios sentimentos do
que se reclama nas sociedades profanas? A luz que aqui nos
illumina não porá nossa alma, inteira e nua, aos olhos e á razão
dos nossos amigos irmãos?
Para que pois, entre nós, cobrir de um véo escuro a aprecia-
ção e o voto, e deixar ao segredo o cuidado de guardar na es-
curidão a injuria e a mancha na reputação?
Eis por que sustento que o escrutínio secreto, entre irmãos,
diante daquelle altar augusto, e entre columnas, é um erro ou é
uma absurdeza.
A franqueza engendra a verdade; e esta reclama o respeito
mutuo. O mal não pode penetrar entre os bons, quando a leal-
dade os une, e a sinceridade os proclama illustres desvendadores
de tudo que é licito ser censurado ou discutido.
Sap.\ Mest.\, se ousei occupar a attenção desta illustre offi-
- 255

cina, em assumpto de tão alta transcendência, é apenas movido


pelo ardente desejo que nutro de conservar o grande legado
maçonico, cercado de toda a consideração, de todo o respeito
que lhe compete, não só pela origem sagrada de sua instituição,
como pela elevação a que têm direito os membros que a com-
põem, que deixão os prazeres profanos, para vir aqui, no seio
da verdadeira luz, trabalhar em bem da humanidade, e em prol
de tudo que é justo e honesto.
Amen.
Jj» c
256

Secção Official.

Actos do Sap.*. Gr.-. M.\ Gr.\ Com;, da Ordem.

21 de Abril.—Manda soccorrer com a quantia de 50$000 á viuva


do Ir.-. N...., ex-membro da Aug.-. Loj.-. Amor da Pátria.
Idem.—Convoca o Gr.-. Or.-. para tratar de diversos objectos
adiados.

DECRETO N. 20.— Manda continuar em vigor com algumas alterações


o Decreto de 21 de Junho de 1868.

Nós, Visconde do Rio-Branco, Gr.-. M.\ Gr.-. Com.', da Ord.\


Maç/. no Império cio Brazil.
Fazemos saber a todas as Officinas da nossa jurisdicção, para
sua intelligencia e governo, que o Sap.-. Gr.-. Or.-. do Brazil,
em sua sessão de 24 de Abril, houve por bem decretar as se-
guintes resoluções: *

1.» Continue em inteiro vigor as resoluções l.a, 2.a, 3.a, 4.a e


5." do Decreto de 21 de Junho de 1868.
2.a Os maçons que forem desligados das suas Officinas, de
conformidade com a resolução 4.» do mesmo Decreto, terão o
recurso da representação e do protesto, quando deixem de ser
cumpridas as disposições da lei.
3.ft Os maçons desligados poderão ser propostos e filiados
em qualquer outra Officina.
4.* Revogão-se as disposições em contrario.
O nosso Car.\ e 111.-. Ir.-. Sob.-. Gr.-. Insp.\ Geral 33.-. Dr.
Luiz Corrêa de Azevedo, Gr.-. Secret,-. Ger.-. da Ordem, é en-
carregado da promulgação e publicação do presente Decreto.

m
— 257 -

Dado c traçado no Gr:. Or:. do Brazil, ao Valle do Lavradio,


no Rio de Janeiro, no 4.° dia do 2.° mez do anno mac,\ de 5873
V:.)
(04 de Abril de 1873, E.\
O Gr:. M:. Gr.-. Com:.,
Visconde do Rio-Branco, 33:.
O Gr:. Secret:. Ger:. da Ordem,
Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, 33;.
O Gr:. Chanc:.,
Dr, Pedro Isidoro de Moraes, 33;.

DECRETO N. 21-.— Crêa a Gr.-. Úff.'. do Rito Adonhiramüa.

Nós, Visconde do Riò-Branco, Gr.'. M:. Gr:. Com:, da Ordem


Maçon/. no Brazil.
Fazemos saber a todas as OMcinas da nossa jurisdicção, para
sua intelligencia e governo, que o Sap/. Gr/. Or/. do Brazil,
cm sua sessão de 24 de Abril, houve por bem decretar o se-
guinte:
1.° Fica creada o Gr/. Cap/. Noacli/., que terá os mesmos
funccionarios que tem o Gr/. Cap/. Ger/. dos Ritos Azues e
mais uma Com:, de NoaçhhV.
2.° Serão membros natos do Gr:. Cap:. Noachit:. todos os
maçons do rito adonh:. que estiverem colhidos no 13.° gráo.
3.° Só poderão ser eleitos Ven:., Deput:. Repr:. e Arth:.
das Lojas do rito adonh.-. os maçons que possuão o gráo 13.
4.° O Gr:. Cap:. Noach:. funçcionará no dia 7 de cada mez,
e sendo este impedido, no primeiro dia útil seguinte.
5.° As disposições dos arte. 17 e 18 da Constit:. vigente, e
as dos arts. 61 até 81 da mesma Constit:. relativas ao Gr:.
Cap:. Ger:. dos Ritos Azues serão observadas, mutatis mittandis,
no Cap:. Ger:. do Rito Adonhir:., bem como quaesquer outros
arts:. que lhe devão convir como Ofticina chefe.
6.° Revogão-se as disposições em contrario.
O nosso Car:. c 111:. Ir:. Sob:. Gr:. Insp:. Ger:. 33:. Dr.
Luiz Corrêa de Azevedo, Gr:. Secret:. Ger:. da Ordem, é en-
carregado da promulgação e
publicação do presente Decreto.
— 258 —

Dado e traçado no Gr/. Or/. do Brazil, ao Valle do Lavradio


no Rio de Janeiro, no 4.° dia do 2.° mez do anno de 5873 (24
de Abril de 1873, E.\ V.\)
O Gr.-. M.\ Gr/. Com/.,
Visconde do Rio-Branco, 33.\
O Gr/. Secret/. Ger/. da Ordem,
Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, 33,\
•O Gr/. Chanc/.,
Dr. Pedro Isidoro de Moraes, 33;.

>
— 259 -

Grande Oriente do Brazil.


BXTRAGTO DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DE 24 DE \BRIL
DE 1873.

Presidência do Sap.: Ir.: 83.: Antônio Alvares Pereira Coruja,


Repres.: Part.: do Sap.: Gr.: A/V. Gr.: Com.: da Ordem.

Acliando-se presentes 115 membros, foi aberta a sessão, lida


e approvada a acta da antecedente.
Forão lidos, discutidos c approvados os seguintes pareceres:
1.° Da 111.'. Com.'. Central opinando pela continuação em vi-
gor do Decreto de 21 de Junho de 1868, e os additivos do
111.'. Ir.'. Pereira Coruja. (Vid. Decreto n. 20.)
•2.° Da mesma Com/, julgando dever ser rejeitada por em-
quanto a proposta do 111/. Ir/. R. M. Azamor organisando uma
estatística do pessoal e finanças das OOff/.
3.° Da mesma Com/, julgando dever também ser rejeitada a
proposta do 111/. Ir/. N. J. S. Gonçalves em referencia á rubrica
dos livros das Secretarias das Lojas.
4.° Da mesma Com/, opinando pelo adiamento da proposta
da Aug/. Off/. Honra e Humanidade cm referencia á questão
maçonico-ultramontana.
5.° Da mesma Com/, julgando, no caso de ser adoptada, a
organisação do Gr.-. Cap.-. Noach.'. com alguns additivos do Il!.\
Ir:. P. Coruja. (Vid. Decreto n. 21.)
O Gr.-. Or.'. mandou submetter ás Com.-, de Beneficência e
Finanças os papeis cm referencia ao pedido do 111.-. Ir.-. J. G.
R., visto ter sido enviada ao mesmo Gr/. Or/. nova petição.
Ficou adiado até ulterior deliberação o parecer da 111/. Com/.
Central em referencia ao trajar dos maç.*. nas sessões magnas
ou de grandes festividades da Ordem.
Ficarão adiadas algumas matérias, visto o adiantamento da hora.
- 260

Muito Pod.'. Supr.\ Conselho.


ASSEMBLÉA DO 1.» DE ABRIL DE 1873.

Presidência do Pod.\ Ir.\ 33.\ Conselheiro Barão de Angra,


Lagr. Ten.\ Commendr.

Achando-se presentes 14 membros effectivos e 5 honorários, foi


aberta a sessão, sendo lida e approvada a acta da antecedente.
Foi juramentado como membro honorário o Pod/. Ir.-. 33.-,
Dr. Miguel Maria de Noronha Feital.
O Supr/. Cons/. sanecionou a insinuação e filiação da Aug.-.
Loj/. Asylo da Paz, ao Or/. do Gr/. Pod/. Central, de confor-
midade com o pedido da Gr/. Loj/. Central, sendo nomeado
Presid/. da Com/, o Pod/. Ir/. 33/. Antônio Pedro Carreira de
Seixas.
Forão elevados ao Gr/, de Sob/. Gr/. Insp/. Ger/. 33/. os
IIll/. Ilr/. Francisco Martins Papozo, Ven.\, e Manoel dos San-
tos Villaça, Secret/. da Aug.-. Loj/. Cap/. Firmeza e Humam-
dade, ao Or/. do Recife, em Pernambuco; e Francisco de Paiva
Loureiro, Ven/. da Aug/. Loj/. Cap/. Amor ao Trabalho, ao
Or/. da Corte.
Foi elevado ao gráo 31.-. o 111.-. Ir/. J. lAftaiaciel Pinto.
Passando-se á eleição dos cargos de Ministro de Estado e de
^
Gr/. Secret/. Ger/. do Santo Império, vagos o primeiro
pelo
fallecimento do Pod/. Ir/. Manoel Joaquim de Menezes e o se-
gundo pela defecção do respectivo íunecionario o ex-Gr.: Secret.:
Ger:., forão eleitos por maioria absoluta os IIll.'. e PPod/. Ilr/.:
José Maria Pereira, Ministro de Estado, e Dr. Luiz Corrêa de
Azevedo, Gr/. Secret/. Geral do Santo Império.
201 _

Grande Loja Central.


SESSÃO N. 219 ,1o 18 DE ABRIL DE
1873, K,. V. .

Presidência do Pod.\ c III • 7> • *?v . '¦•


***** ,,

Achando-se presentes 1GS membros, foi aberta


a sessão ' lida
e approvada a acta da antecedente. '
Ai.provárão-sc as^leiçSes geraes'
para o presente anno maço» •
587 <"'*;•• U.»J.-. Phitatropia o Ordem,
l)ous de D*
zembro,JTJmao Fraternal, União e Constância, Honra
e Humani-
dade e Seis de Março; e dos SSüb/. CCap.-. Dons
de Dezem-
bro, Estrella do Norte, Amparo da Virtude, Amor
no Trabalho
Progresso, Seis de Março e União e Constância
Approvárão-se as eleições parciaes das AAug/.
LLoj.-. Com-
mercio e Virtude, o Bondade, e do Subi/. Cap/.
Fraternidade
Approvou-se a eleição de Dep/. da Aug/. Loj/.
Perfeita Ami-
/aüe.
Sanccionárão-se as elevações ao
gráo 18 conferidas a diversos
de seus obreiros pelos Subi/. CCap/. Pedro
Segundo, Alydéa
Acácia Rio-Orandense, Seis de Março e Luz
Transatlântica'
*orao elevados a vários gráos capitÜíares
diversos obreiros
dasAAugv. LLoj/. SSynib/. Amor á Humanidade,
Estrella do
Occidente e Concórdia d'Uruguay.
Enviou-se á 111.-. Com/. Cent/. a consulta
feita pelo Subi/.
Up.-.Dous de Dezembro.
^Adiou-se o parecer da 111.-. o.. Sccção, em referencia ás elei-
Coes geraes do Subi.-. Cap.-. Dezoito de Julho.
*icou inteirada das seguintes communicações:
l| De ter o Sap.-. Gr.-. Or/. concedido a dispensa do
mento das jóias de vários paga-
gráos capitulares a que forão elevados
obreiros das AAug.-. LLoj/. SSymb/. União Fraterna],
perentes
união e Progresso, e Philantropia
Guarapuavana.
2.» De ter sido regularisado o Subi/.
Cap/. Alydéa em 28
«e Março findo.
5*" G 6'a "De teiem einl)OSSaclos seus BDig.-. e OOff/.
Âa
tS AAug/. LLoj/. Acácia Rio-Grandense, Estrella do Rio, Vir-
— 262 —

tutle e Bondade, e Subi.-. Cap/. Estrella do Rio em 9, 15 e 23


de Março findo, e 15 do corrente.
7." De ter o Subi.-. Cap.-. Industria e Caridade eleito para
seu Dep.*. o R.\ e 111/. Ir/. José Antônio de Oliveira Moraes.
8." De ter-se retirado para Europa o Ií/. Ir/. Manoel «Toa-
quim Marques.
9.a, 10.* e 11.» De terem as AAugz. LLoj/. Pedro Segundo,
Artista e Acácia Rio-Grandense expulsado de seus respecti-
vos <2> vários obreiros.
Recebeu-se com summo pezar a infausta noticia do fallecimento
do nosso 111/. Ir/. 33/. Antônio José Rodrigues Pereira.
Forão juramentados e tomarão assento na Gr/. Loj/. Cent/.
os RR/. Ilr/. Antônio Pereira Bispo e Manoel Pinto Ribeiro de
Carvalho Júnior como DDep.*., este da Aug/. Loj/. Fraterni-
dade e aquelle do seu Subi/. Cap/., Antônio Pereira de Souza
e-SüVa como Dep.*. do Subi/. Cap/. Estrella do Rio, e Albino
Ferreira da Silva Sabrosa como Rep.*. da Aug/. Loj/. Concórdia
d'Uruguay.
Forão ainda juramentados e tomarão assento na Gr/. Loj/.
Cent/. como membros natos da mesma Gr/. Loj/. vários 1111/.
Ilr/. encartados no gr/, de Gr/. El/. Kad/. Subi/.
263

Gr.\ Cap.-. Ger.\ dos Ritos Azues.


*

SESSÃO N. 207 DE 21 DE ABRIL DE 1873.

Presidência do Sapr. Ir.-. José Antônio de Sampaio.

Estando presentes 32 membros, foi aberta a sessão, lida e


approvada a acta da antecedente.
Approvárão-se as eleições geraes para o presente anuo maçon.*.
5873 das AAugv. LLoj.\ Caridade e União, União e Tranquilli-
dade, Amor cia Ordem e Esperança de Nictheroy, e dos SSiibl.-.
CCap.-. Igualdade e Beneficência e Esperança de Nictheroy.
Sanccionou-se a elevação ao gráo 7 do R.\ Ir.-, do gráo G
Dano Justo de Souza Mello, e a filiação livre, conferida pela
Augv. Loj.-. Cap.*. Commercio e Artes ao seu obreiro o R.\ Ir.-.
Manoel Fernandes de Carvalho.
Ficou inteirado de ter o Subi.-. Cap.-. Francs-Hiramites em-
possado seus DDig.\ e OOft'.-.
Nomeou-se Gr.*. Hosp.*. int.\ o R.*. Ir.-. Theodoro Fiel de
Souza Lobo, visto o 111.-. Ir.-. Joaquim José Pires Melgaço, Gr.-.
Hosp.-., retirar-se temporariamente para a Europa.

-e^-
264

Secção Histórica.

A Maçonaria e o Evangelho.
Quando por -parte do sacerdócio ultramontano levanta-se o
brado da intolerância contra a instituição maçonica; quando no
Brazil alguns Bispos exconnnungão os maçons catholicos,
privan-
do-os das graças da Igreja, cumpre-nos pôr em confronto a Ma-
çonaria e o Evangelho.
A Maçonaria distingue-se pela caridade: é a caridade a sua
lei e o seu fim. Nenhum outro objecto a preoccupa.
Para cumprir a lei da caridade, a Maçonaria distribue o
pão
do espirito e o pão do corpo.
I Dando o pão do espirito, ella instrue com a
palavra e com o
exemplo. Aos sens próprios membros e aos estranhos ella dou-
trina na sciencia e nos costumes.
A Maçonaria entende que nenhuma caridade ha maior do
que
illustrar e moralisar o homem, porque, sem illustração e sem
moralidade o homem infelicita-se, não passando da bruta anima-
lidade.
A Maçonaria funda escolas, enriquece museus e fecunda a arte
divina da imprensa pela propagação das luzes.
Dando o pão do corpo, a Maçonaria distribue a esmola ao
pobre, á viuva e ao orphão, auxilia o infeliz em todo o gênero
de necessidades e rime o captivo, á
quem com a liberdade res-
titue pátria e direitos.
Inquestionável é, pois, que a Maçonaria
pratica a obra divina-
mente meritoria de bemfazer.
No entretanto por que condemnão-nos os nossos Bispos?
Dizem que professamos doutrina errônea e
^ perigosa, contraria
a fe catholica.
Mas onde está o erro e o perigo da doutrina maçoniea,
se tão
somente ensinamos a caridade?
Na impossibilidade de resposta, ahi vem o sophisma,
« e re-
plicao: Ha porém maçons pregoeiros de erros e inimigos
cia le. „,
265 —

Padres ha que hão pregado erros; mas por isto ainda nin-
gueni condemnou o sacerdócio.
Se o padre catholico renega a fé c proclama o erro, d'ahi se-
gue-se que as idéas do apóstata são as da religião, de que era
ministro? Não.
Da Igreja parte o scisma e a heresia; e porventura a Igreja
é herética ou scisinatica V Não.
Logo, como responsabilisais a Maçonaria, porque o maçon
transviado das regras do seu instituto, prega idéas errôneas e
perigosas ?
O maçon, que assim procede, é na Maçonaria como o apóstata
na religião.
Nem este é mais o sacerdote do Ungido do Senhor; nem
aquclle o obreiro das nossas pacificas officinas.
Tendes obrigação, Bispos brasileiros, de serdes
« justos; 'maior
porque
Jesus Christo vos disse: Se a vossa justiça não for e
mais perfeita do que a dos Escribas e Phariseos, não entrareis
no reino dos céos. „
O Evangelho manda joeirar o joio do trigo: se assim não fa-
zeis, não sois dignos do reino dos céos, porque-sois injustos.
Para julgar-nos com juízo são e bom critério, eleveis analysar
as nossas leis, e não outras; (leveis apreciar os nossos actos, c
não actos alheios.
A nossa lei é a caridade, e as nossas acções resumem-se na
pratica da caridade.
Se pois assim é, não podeis imputar-nos ódio á religião do
Crucificado.
O Evangelho encerra a lei da benevolência,
que a Maçonaria
exerce: logo a Maçonaria segue o Evangelho.
Se, pois, segue o Evangelho,
que veio para preencher a lei
do^amor universal, não
pode de forma alguma contrariar a reli-
giao do Divino Mestre, de quem sois ministros, e cujo preceito
nós fervorosamente observamos.
Assim não ha razão
para o sacerdócio reputar-nos inimigos
dessa religião. .
ke não obstante os Bispos brazileiros considerão-os adversos
ao christianisino, cumpre investigar a razão.
hsta razão só
pode ser, pretenderem elles o monopólio da
caridade.
- 266 -

A caridade não exercida pela mão do sacerdote,


ultramontano parecerá ao
padre abominável profanação.
Pense o padre ultramontano como qiiizer sobre a Maçonaria •
o Divino Redemptor, poderoso e santo,
já nos ha julgado In
1873 annos.
No Evangelho está escripto: " Bemaventurados os misericor-
diosos, porque estes alcançarão misericórdia.

Pode o sectário do ultramontanismo excommungar o maçou •
mas lá está nos céos Aquelle que nos concede a sua
misericor-
dia, superior á intolerância dos Bispos mundanos,
porque somos
misericordiosos.
Jesus Christo ordenou o amor do próximo " sermos fdhos
do mesmo pai, que está nos céos, o para
qual faz nascer o sol sobre
bons e máos, e vir a chuva sobre justos e injustos.

Se nós, os maçons, ensinamos e praticamos o amor
do pro-
ximo, como por isso tenta o padre, sectário do
poder temporal
excluir-nos da familia do mesmo pai '
Prosigamos, meus Irmãos, no cumprimento da lei da
caridade
porque Jesus Christo abolio o privilegio, ainda mesmo para pia-
ticar a caridade.
T. A.

A GL\ do Gr.*. Arehv. do Un.*.


A TODOS OS MAÇONS ESPALHADOS NA
SUPERFÍCIE DA TERRA
Paz.
AO SAP.-. GR.-. OR.-. DO BRAZIL
Força.
Á RESP.-. LOJ.-. CAP.-, DEZOITO DE JULHO
Prosperidade.

IIU.*. e RResp.-. Ilr/.


Viemos hoje, pela terceira vez,
prestar juramento do cargo de
Veneravel da Aug.-. Loj/. Cap/. Dezoito de Julho.
Neste momento tão solemne
para todos os verdadeiros ma-
çons, que sentem pulsar o coração aquecido pela chamma bene-
nca das grandes idéas, comprehendemos a importância
do com-
promisso que acabamos de aceitar.

.v«i,,w-iWv,.*.,^,«MJW^';;a,^,^ii;,.^
— 267 —

No meio dos sons harmoniosos que se desprendem de instru-


mentos tão habilmente tocados; diante dos risos e alegria'galas
que
se desenhão em vossos semblantes; e em presença das
com que se adorna este Templo, onde vemos reunidos os obrei-
ros da paz, o nosso espirito se acobarda.
E por que não havemos mostrar o mesmo regozijo, que apre-
sentais todos vós, neste acto tão grandioso, que comnieniora uma
nova era para a Aug.-. Loj.-. Cap.\ Dezoito de Julho?
É que o elevado cargo de Yeneravel só pôde ser almejado
por quem não tem consciência de si, e entende que essa posição
lhe empresta merecimentos que não possuo.
Aquelle, porém, que exercendo esse lugar durante dous annos,
tem conseguido avaliar as difüculdades que surgem muitas vezes
no correr de nossos trabalhos, e bem conhece os pesados deve-
res que contrahe já com a Ordem, já com a sua ofticiua,' não
pôde sentir outro prazer que não seja desempenhar do melhor
modo o honroso mandato, que tão espontaneamente lhe conferirão
seus illustres irmãos.
Se, pois, o aceitamos ainda agora, devemos confessar, não foi
devido ao nosso amor-próprio lisongeado; mas única e exclusiva-
mente á manifestação de apreço, que externarão os nossos RResp.-.
Ilr.-. para com a nossa humilde individualidade, na ultima elei-
ção, quando é sabido que muitos outros, mais habilitados do que
nós, melhor preencherião essas funeções.
Não é licito acreditar que alguma cousa fizemos por onde me-
recessemos semelhante distineção.
Não.
Se a Aug/. Loj/. Cap/. Dezoito de Julho caminha com largos
passos na senda do progresso, a ponto de ser hoje considerada
uma das mais fulgurantes estrellas que ornão o nosso Oriente,
deve-o aos esforços dos nossos dignos e respeitáveis collegas da
administração e de todos os irmãos que nos ajudarão nessa obra
nientoria, tendo sempre em vista o seu engrandecimento e
prós-
peridade.
A todos os que nos coadjuvárão, pois, nessa espinhosa tarefa,
os nossos agradecimentos c eterna
gratidão.
268

II.

1111.'. e RRcsp/. Ilr/. — Eín sua marcha sueeessiva c progres-


siva, a humanidade descortina sempre uma luz benéfica, que a
dirige e encaminha para a reàlisaçãò de seu destino.
Essa luz, comprehendeis bem, é a Providencia que, sem nos
tolher a liberdade, vela incessantemente pela conservação da
obra mais perfeita do Creador.
A separação dos círculos do Lavradio e dos Benedictinos, que
apenas estiverão unidos quatro mezes incompletos, foi um acto
providencial; porque, como sabeis, elementos heterogêneos já-
mais se podem combinar, e o choque que resultasse de uma si-
mulada combinação seria de terríveis conseqüências para a mo-
ralidade e conservação da nossa sublime Ordem.
A intolerância religiosa motivou a união dos dous referidos
círculos, sem que fossem consultados e resguardados os legítimos
interesses do circulo do Lavradio.
Realisada a fusão, a que nos levarão a nossa boa fé c since-
ridade, vimos logo depois que não éramos correspondidos pelos
Irmãos Benedictinos.
A supremacia e preponderância, que desde o começo procurou
exercer o seu chefe sobre o circulo do Lavradio, claramente de-
monstrárão quaes as intenções com que nos dera o abraço ira-
ternal.
O ódio e o despeito contra muitos dos nossos irmãos, c que
por tanto tempo se alimentarão nas entranhas dos dissidentes de
1863, que formarão depois o circulo Benedictino, em sua expio-
são trarião constantes e intermináveis lutas, que darião em re-
sultado o completo desapparecimento da ordem maçonica neste
vasto e florescente Império.
Nem era mesmo admissível que uma sociedade, composta em
sua totalidade de homens independentes c livres, se prestasse
de boa vontade a tornar-se cego instrumento á realisação de in-
tentos profanos de quem quer que fosse.
Semelhante acto não seria certamente digno de leaes e since-
ros maçons, maxime quando aquelle, que desejava tirar partido
das nossas convicções, se apresentando na apparencia um Cor-
deiro de Deus, se previnira dos [meios indispensáveis para re-
— 269 —
.4
t -

duzir-nos a verdadeiros autômatos, movidos ao simples aceno de


sua soberana e caprichosa vontade.
A intenção deliberada do chefe benedictino de levar-nos a esse
estado de completa inacção, se evidencia da leitura do § 4.° do
art. 26 da Constituição provisória, por elle própria escripta, o
qual lhe dá o direito de suspender as ofhcinas e maçons que
infringirem leis ou regulamentos da Ordem, ou que desobedece-
rem as ordens partidas da autoridade maçonica competente.
Em uma sociedade, cuja base essencial é a liberdade, jamais
se vio imposição mais aviltante, e diremos mesmo imprópria de
homens que se prezão de ser livres.
A igualdade, que eolloca no mesmo nivel todos os homens co-
nhecidos por suas virtudes e merecimentos, existiria entre nós,
deixando de ser o Grão-Mestre o primas inter pares para se tor-
nar um verdadeiro autocrata? *

A fraternidade, que deve estreitar cada vez mais os laços de


união em toda a família maçonica, desappareceria entre irmãos
que, em vez de se amarem com aquelle santo e sublime amor
que nos ensinou o Divino Mestre, pelo contrario se olharião com
aquella má vontade que tem sempre o opprimido para o seu
oppressor.
Não poderíamos censurar em tempo algum os desmandos dessa
autoridade, assim constituída, porque a todo o instante amea-
çados com a suspensão m informata conscientia, só nos restava
a resignação para oppor ás suas arbitrariedades.
Vedes, pois, IIlls/. e KPiesp/. Ilr/., que outro não poderia
ter sido o nosso procedimento nessa importante e melindrosa
questão que motivou a nova separação da familia maçonica do

Escudados na boa razão e na independência, que deve ter cada


um de nós, não receiamos a sentença que porventura possa vir
dos Orientes estrangeiros.
Temos inteira convicção que, se os nossos juizes decidirem
com a precisa imparcialidade, nos farão a devida justiça.
Assim, calmos e resignados, esperamos a sua decisão, certos
de que salvamos a nossa Instituição de tornar-se, em mão do
chefe benedictino, uma valiosa arma para reaiisação de intentos
puramente profanos.
*
*

270

III.

1111/. e RResp/. Ilr.'. — A questão religiosa provocada pelo


Sr. Bispo desta diocese, em Março do anno próximo passado,
occasião da festa celebrada em honra ao nosso Grão-Mestre,
por
o nobre Visconde do Rio-Branco, parecendo haver terminado, foi
recomeçada pelo Sr. Bispo de Pernambuco com um zelo digno
de melhor causa.
Não foi mais um sacerdote o alvo da intolerância religiosa.
A luva foi atirada a todos os maçons do Brazil, bem como os
epithetos mais injuriosos.
Lançados fora dos templos catholicos, privados de fazer parte
das confrarias, prohibidos de casar e de servir de testemunhas
nos actos de baptismo e casamento, somos anathematisados e
considerados até homens sem critério e probidade.
Como bons e verdadeiros sectários das sublimes doutrinas pré-
pelo Martyr do Golgotha, tudo poderemos aceitar.
gadas
O que, porém," não se atreverão a dizer de nós os nossos
especulemos
gratuitos inimigos é que sejamos hypocritas e que
com a nossa sublime Instituição, tendo em mira plantar o nosso
predominio.
Diante dessa guerra injustificável, que á Maçonaria declarou o
Sr. Bispo de Pernambuco, perguntaremos:
O que tem praticado a Maçonaria contra a religião do Estado
para merecer tão dura condemnação ?
Porventura existem neste paiz melhores catholicos do que fo-
rão os sempre lembrados Viscondes do Uruguay- e de Inhaúma,
e tantos outros maçons, distinctos por suas virtudes e pátrio-
*

tismo ?
Não sabem todos, e os mesmos Bispos, que ,as ordens religio-
sas no Brazil contão em seu seio grande maioria de maçons; e
não é geralmente conhecido, e até louvado o zelo, que elles
desenvolvem pelo esplendor do culto divino?
: Se assim é, não vemos uma razão sequer que possa justificar
o procedimento dos Srs. Bispos para com a nossa Instituição.
Nos nossos Estatutos, que se achão ao alcance de qualquer,
não se encontra uma só palavra de desrespeito á religião ca-
tholica.
— 271 —

Soccorremos o irmão necessitado, levantamos a viuva da mise-


ria e da prostituição, vestimos e sustentamos o orphão, remimos
o captivo, pugnamos pelo direito do que é injustamente oppri-
mido, e procuramos, finalmente, instruir o povo para que conheça
os seus deveres e os direitos que lhe assistem.
Onde, pois, o nosso crime ?
Pregamos, é verdade, a tolerância como o principal agente do
aperfeiçoamento intellectual e moral dos povos.
Admittiinos em nossos Templos os membros de todas as seitas
religiosas e políticas.
Não fazemos distineção de ricos e pobres, de gregos o ro-
manos.
Nisso, porém, nada absolutamente encontramos que possa con-
trariar os nossos Bispos diocesanos.
O Divino Mestre, quando baixou á terra para nos remir com
o seu precioso sangue, declarou que elle não vinha para conser-
var os homens divididos como até então, mas sim harmonisal-os
de modo a constituir a humanidade em uma só família.
As crenças religiosas, RResp.-. e II11.\ Ilr/., que em outros
tempos erão impostas pela força, hoje só se aceitão pela firme
convicção do bem que, nesta e na outra vida, nos possão trazer.
Quando a instrucção faltava aos povos e só tinhão elles deve-
res a preencher; quando as sciencias erão o monopólio dos sa-
cerdotes e dos patrícios; quando a força constituía o direito e a
razão estava sempre do lado do mais forte, e as guerras se
tornavão o elemento mais poderoso para a communicação entre
os povos, comprehende-se facilmente a existência da intolerância
imposta pela classe sacerdotal.
Mas, hoje, que as sciencias estão ao alcance de todos e não
constituem o privilegio de uma classe ou de uma família; que
os direitos e os deveres do cidadão estão bem descriminados;
que em vez das guerras, que continuamente dizimavão a huma-
nidade, temos o vapor e o telegrapho, que, com a rapidez do
raio, communicão aos extremos da terra o nosso pensamento,
não se pode justificar semelhante intolerância.
Com o procedimento manifestamente proclamado cotra a Ma-
çonaria por alguns Bispos do Brazil, somos levados a crer na
inexequivel pretenção, que elles porventura conservão, de erigir
entre nós um governo theocratico.
— 272 —

Mas a isso se oppoem os nossos princípios, as nossas insti-


tuições, os nossos direitos, a nossa liberdade e a nossa cons-
ciência.
Deus, que em sua sabedoria nos concedeu intelligencia e li-
berdade, não poderá jamais consentir que nós, educados nas
doutrinas do Divino Mestre, nos reduzamos á miserrima condição
de tristes pariás, tornando-nos cego e dócil instrumento de uma
classe privilegiada. ,
Os mais santos e nobres attributos da razão humana ficarião
reduzidos a completa nullidade e os nossos actos despidos da
necessária moralidade.
Privados da instrucção, adoraríamos a Deus porque nos era
ordenado, sem sabermos porém comprehender a importância dos
deveres que tínhamos para com o autor dos nossos dias.
Os Bispos do Brazií, esquecendo-se que, como Brazileiros
amantes do seu paiz, devem, da mesma forma, que nós, pugnar
pela. sua prosperidade e engranclecimento, pelo contrario procu-
rão estorvar a immigração, com a sua ostensiva intolerância.
Respeitadores da sua elevada autoridade, a nossa opposição
consistirá unicamente em convencêl-os de que a Maçonaria, com
a sua tolerância, não permittindo no Brazil o predomínio de uma
classe privilegiada, não consentirá também que, dentro ou fora
dos seus Templos, seja desrespeitada a mais sublime e santa de
todas as religiões até hoje conhecidas.

Dr. Manoel Alves da Costa Brancante.

Rio, 22 de Abril de 1873.

ç & <-> - —
- 273

Secção de Correspondência.

Êxtrahiinôs do Boletim Oflicial do Gr.;. Or.-. Lusitano Unido o


artigo abaixo, por julgarmos importantíssimo:
« A Maçonaria e a reaecão.
44 Segundo vemos do boletim do Grande Oriente do Brazil,
correspondente ao mez de Janeiro, parece que o Bispo de Per-
nambuco cominetteu a imprudência de intimar as confrarias re-
ligiosas a que expulsassem do seu grêmio todos aquelles de seus
confrades que fossem maçons, lançando além disto o interdicto
ás igrejas onde estas confrarias tem a sua sede.
" Já na correspondência particular de um dos primeiros jor-
naes profanos desta capital havíamos visto noticiado o facto, e
esperávamos com aiícieclacle o Boletim Maçonieo Brasileiro, afim
de termos o prazer de ver alli dignamente repellido tão inan-
dito proceder.
44 Não nos enganarão as nossas esperanças, e aqnelle lamen-
tavél acontecimento alli o vimos consignado, dando ao mesmo
passo lugar a um eloqüentíssimo protesto da parte de um dos
seus illustres redactores.
" À correspondência, a
que alludimos, dando conta da repre-
sentação que o grupo maçonieo dos Benedictinos dirigio ao parla-
mento brasileiro, bem como de vários protestos dos maçons
pernambucanos, conta um episódio mui gracioso, a que deu lugar
o zelo temporal do prelado.
" Diz o correspondente: " Algumas famílias, que tinlião por
" costume rezar o terço em certos dias da semana, forâo rezar
" na igreja da Boa Vista; soube o Bispo logo e expedio um of-
" íicio ao
presidente da província para mandar expulsar as mu-
" lheres daquella igreja! O mandou o officio ao chefe
" de presidente
policia, este ao delegado, etc, de modo que quando lá
" chegou a ultima autoridade tinha-se acabado o terço! „
" Escusado será acerescentar
que as irmandadès intimadas se
recusarão terininantemente a obedecer á ultimação do prelado,
enviando ao mesmo tempo as suas representações ao parlamento.
!
.¦¦'¦'*

" Este desagradável incidente está tornando


bastante critica a
situação respectiva do Bispo pernambucano e dos seus diocesa-
nos. O zelo insólito do prelado não é sem exemplo nos annacs
da Igreja brasileira, e no cònceituosissimo artigo que temos á
vista, inserto no Boletim do Grande Oriente do Brazil, intitulado
Os Bispos e a Maçonaria no Brazil} se apontao os dislates com-
mettidos por um bom numero de prelados dc varias dioceses do
Império transatlântico.
? No referido artigo, que tanto pezar temos não poder tran-
screver na integra neste nosso Boletim, attendendo á exiguidade
das suas dimensões, demonstra-se até á saeiedade a illegalidade
com que o prelado pernambucano exorbitou da esphera das suas
attribuições puramente espirituaes, invadindo attribuições mera-
mente civis. Prova-se que o Bispo de Pernambuco, não só at-
tentou contra os direitos do cidadão brasileiro á quem pela
Constituição política do Império são garantidas de modo mais
peremptório a liberdade de consciência e a de associação, senão
que pelo excesso de poder que coiimietteu se arrisca a propor-
cionar ao seu paiz conflictos assás desagradáveis, e cujo des-
enlace não parece vir a ser inteiramente propicio á Igreja de
Roma. Referindo-se particularmente a este ponto, diz o illustrado
articulista, nosso irmão:
" Reflecti,
padres da Igreja, no porvir. Vede o que será para
" a fé catholica um
povo numeroso espalhado pela vasta super-
" ficie do Império orando a um só Deus, e não
tenteis, ó Bispos
" christãos,
plantar a semente da desunião pela imprudência e
"
pela intolerância! Sede prudentes como a serpente, fortes
" como o leão e sábios como o castor;
tereis assim cumprido o
4Í evangélico
preceito. „
" E
quando chegará, dizemos nós agora, quando chegará, per-
guntamos, o dia auspicioso em que o poder ecclesiastico, com-
penetrado da hnmensa sabedoria que este conselho encerra, se
decidir a aceital-o, pondo-o escrupulosainente em pratica?
" Bispos de Portugal, attentai vós
também no que aqui fica
dito, e lembrai-vos que, Brazileiros e Portuguezes, somos todos
ainda os descendentes daquelles que, em tempos bem rudes, em
bem longínquas épocas, épocas de crença viva em que a igreja
era soberana dominadora das consciências, e até do destino das
nações, virão o seu Rei levantar-se sozinho no meio da christan-
— 275 —

dade contra a despotica vontade de um Innocencio III, a propo-


sito das lamurientas pretenções daquelle célebre Martinho Rodri-
mies ao senhorio temporal da mitra portuense!
« O grande pontífice em theocracia romana, esse de quem
Machiavel disse que sabia usar Ia volpe ed il leone9 violento in-
vectivando contra Sancho I, por ter recusado ao Bispo do Porto
a sua appellação para a Santa Sé, subtil e guiado só pela sor-
dida avidez, declarando aquelle mesmo monarcha, o primeiro da
christandade junto do sahio apostólico, a propósito da célebre
do senso, resolvida em prol do thesouro papal, esse
questão
monstro, cuja purpura se tingio no sangue da pobre Itália dila-
cerada pela sanguinolenta luta de Guelphos e Gibelinos, o tredo
tutor do infeliz filho do imperador Henrique, o cynico alliado da
condessa Mathilde, esse pontífice execrando que vio a seus pés
o rei de Aragão fazer-lhe oíferta do seu reino sobre o altar de
S. Pedro, vio também o monarcha de um reino, que começava
então a occupar um tal ou qual lugar na scena escura da meia
idade, responder ás suas ultimações despoticas com a energia
própria de um caracter duro e bravio, é certo, mas sem duvida
irritado também pelas contumacias de um Bispo rebelde.
" Bispos de Portugal, aquelle que ousou oppôr a força do seu
direito á força despotica do maior successor que o grande Gre-
gorio VII ainda teve no solio pontifício, dorme ha muito o somno
eterno sob as abobadas de Santa Cruz; mas se do rei de Por-
tugal, que mais adverso se mostrou ainda ao despotico poder
clerical, nem porventura já restaráõ as cinzas, se é morto o ge-
neroso monarcha que ha seis séculos iniciou, ao lado do seu
povo, a luta da libertação dos foros da consciência contra a ser-
vidão que as classes privilegiadas pretendião impôr-lhes, lembrai-
vos igualmente, ó príncipes da igreja lusitana, que o reinado de
Gregorio VII e de Innocencio III mal pôde ser representado
pelos impotentes esforços desse ancião decrépito, que, uma vez
elevado ao solio pontifício, vendeu ás tradições reaccionarias do
papado, as convicções liberaes e as generosas aspirações do
Cardeal Mastai-Ferretti.
" Sobre a nossa banca de trabalho está um jornal insular (*),
em que se dá conta das ordens que recebeu certo cura d'almas

(*) O Oriente do Funchal, n. 1, 1873,


— 276 —

para que abandonasse e não prestasse honras funerárias a


seu que levasse insígnias maçoniças. &atà ez
" Cuidado, 8
prelados diocesanos, attentai que Antonelli com
todas as perversas inclinações da sua Índole, é apenas
vel caricatura do monge Hildebrando, em uma risi
quem ao menos um
pensamento grandioso desculpa os immensos erros. Os temi™«
campeões do absolutismo reaccionario desapparecêrão
«mudos nas cnzas dos que forão Loyola e Lainez, de ha muito
e João III, Pedro d'Arbues e Torrequemada. Phelippe n
" A'igrejade Koma P
só resta hoje ceder prudente ante os
taumphos da hberdade e as victorias do livre
arbítrio, o terreno
h0StíHSar de Seculos' roubou á ""manidade
™e'Jl
na senda T88^,
gloriosa do progresso.
" Aos nossos irmãos
de Pernambuco damos sinceros parabéns
pelas perseguições, de que por parte do prelado da sua diocese
estão sendo objeeto. É mais uma occasião
ministra a Maçonaria em geral, de sahir triumphanteqne o bonzo si
tante luta travada contra a reacção. É mais da cons-
um incentivo que
aquelles nossos preclarissimos irmãos terão
de certo para con-
fundir como costumão tão brilhantemente os
inimigos da verda-
cieira luz.
°S ÍrmS°S de Porta«al recoramendamos a
leihi Sff, T- artig0' que no B<«'» *> Grande
oÍt'f
Onente do BrazilTf''SS,m0
trata esta questão. „
« Gomes de Brito. »

Supremo Coneejo dei gr.-. U.\


para Ia República dei Peru
, y sus dependências.
Or.-. en Lima, ei 20 dei 1.» mes A.-.
M.\ 5633
y ei 19 Marzo A.-. D.-. 1873.
Al Ilustre H.-. Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, ¦ Secre-
tano general dei Sup.*. Concejo dei Brazil gr/. 33
c»""»»"icacion qne con data
de TL Frnri<1°,(Herm,T--La
'"?«habe,S airiJid° al Sob/. Gr-
dor In Í, Comenda-
"Prem° Concejo; «uiei1 me ha <>""°
oa
os conteste enntft
los termmos siguientes.
— 277 ~

Es cierto que se han recibido en esta Secretaria General dei


L.\ I.*. todas ias comunicaciones y boletines que apuntaes en
vuestra carta; mas tambien es cierto que ei partido contrario
llamado " Benedictino „ hiro lo mismo, dando razones poria
cuales pretende tener Ia legalidad de su parte; y aunque ei Ilus:.
y M:. P.'. Sob.\ Grau Comendador, Antônio de Souza Ferreira,
cre que ei Supremo Concejo dei Lavradio es ei que puede conside-
ram legal por estar d su frente, antes y aliora, ei M.\ Ilus:. y
p.'. H:. Visconde do Rio-Branco; con todo ei Supremo Concejo
dei Peru, atendiendo á todo lo que se ha escrito de una y otra
parte, considera Ia cuestion de legalidad algo grave, y para no
equivocarse en su decision ha consultado a los Supremos Con-
cejos de Charleston e Antiquo de Francia, por ser cuestion que
un solo Supremo Concejo no puede decidir.
El Congreso de Concejos Supremos debe reunirse en Norte
America en Mayo de 1874 segun Ia Circular de Charleston.
Es estrano y ha llamado mucho Ia atencion que ei Hermano
Dr. Amaral, que era Secretario General dei Sup.\ Cone.-, dei
Lavradio se pasase á los Benedictinos; mas bien puede ser uno
de aquelles caprichos que á veces se apodera de los hombres
mas cerdos.
Por ultimo, ei Supremo Concejo dei Peru, dirije sus preces ai
Supremo Arquitecto que nos dirija, ponga termino á esa desaven-
cia, para Ia prosperidad y gloria de Ia Masoneria en ese Império.
Os ruego acepteis Ia manifestacion dei cordial afecto que os
consagra vuestro Hermano. (Assignado) Ricardo M Hartley, 33/.
Sec*. Gen.\ dei S.\ I.\
- 278

Bulletin pour l'Étranger

La guerre se fait; les armes s'entrecroisent; on attaque et on


se défend.
En effet 1'ultramontanisme se presente en guerrier et veut
absolument obtenir Ia victoire.
Si le monde blasé d'outre-mer veut bien s'occuper un
peu de
discussions de tout genre, qu'il fasse le voyage transatlantique et
il trouvera, dans cette ville, 1'occasion de rire et de s'étonner.
Les orateurs se succèdent; d'un côté des talents medíocres,
de 1'autre des lutteurs hardis s'attaquent et combattent pour des
idées entremêlées de politique et de franc-maçonnerie.
Et tous les penseurs voulant préserver 1'avenir de ce grand
pays se taisent et se retirent en pensant à toute autre cliose.
Cest qu'Offenbach et ses chansons préoccupent démesurément
1'attention des savants faciles qui constituent 1'expression de l'opi-
nion publique.
Rome s'approche; Rome s'accroche à nous; Rome nous étouffe.
On ne pense aujourd'hui qu'à bannir les vieilles superstitions
des temps passes; et c'est avec une frénésie croissante que les
bons croyants de Rome s'écartent de 1'Évangile.
Ils ont raison de nous attaquer, parce que le monde franc-
maçonnique laisse généralement de côté Ia partie sérieuse de
notre Institution et s'occupe trop de 1'analyse hasardée de
quel-
quês Orients ou Ia dissidence s'établit.
Le "Monde Maçonnique,,, de mars 1873, nous donne sous le titre
Brésil, page 644, une preuve éclatante du
peu d'attention qu'on
prête aux événements les plus sérieux de Ia franc-maçonnerie.
Nos deux números d'octobre et de novembre à Ia ré-
daction de ce journal sous de tristes auspices. paraissent
La lecture des pièces exhibées
par nous, notre conduite à
legard de Ia dignité de notre Ordre
y était décrite minutieu-
sement.
Hélas! nous ne fumes pas compris! On
y a vu des insultes,
des calomnies et mème des dénonciations!
On se demande d'oü vient le privilège
que s'octroye le "Monde
- 279 —

Maçonnique,, cVanalyser ce qu'on écrit de 1'étranger d'une ma-


nière aussi peu cVaccord avec Ia raison et Ia justice.
On croirait en le lisant qu'il se fait 1'écho d'une dissidence
que nous regrettons et à laquelle nous n'avons nullement con-
tribué.
Le "Monde Maçonnique,, a seulement sü que dix-lmit ateliers
de province avaient adhéré au soi-disant Gr.-. Or.*. Uni, mais il
ignore qu'à notre Orient, à Ia vallée du Lavradio, 1'unique vrai
et reconnu, aclhèrent plus de trente-six ateliers de province, que
beaucoup d'autres ont été constitués et en sus que dans cette
ville trente-neuf ateliers forment notre chère vallée, ou on tra-
vaille régulièrement.
En hommes d'honneur, en vrais franc-maçons, nous avons fait
notre devoir; nous en avons Ia conscience, et si nos assertions
ne suffisent pas à 1'exigeant rédàcteur du "Monde Maçonnique,,
il ne nous reste que le regret d'avoir été mal compris.
Qu'il sache que c'est avec calme et bon sens que nous exposons
notre conduite, calme et bon sens que,, certes ne constitue pas un
privilège de race cVoutre-mer.
Nous espérons qu'une plus juste appréciation reviendra au
"Monde Maçonnique,,
pour inieux nous juger; nous réservant le
droit que nous avons en honnêtes hommes, d'être crus et res-
pectés dans nos actes.
Si ces armes étaient tournées contre les ennemis de notre
Ordre, nous croyons que nous aurions moins à faire contre cet
ultramontanisme lourcl qui déborde de 1'Europe dans notre Em-
pire.
Mais on n'y pense pas. II est sans doute plus facile cVanaly-
ser comnlodément tout ce que nous lisons à peine que de s'en-
gager sérieusement dans Ia discussion contre le pouvoir mondain
qui prétend anéantir Ia Franc-Maçonnerie.
Que pouvons nous faire contre des dissidents capricieux?
Que pouvons nous faire contre les ambitions d'im groupe qui
veut à toute force le pouvoir et Ia direction?
Au loin, en France, on ne sait pas nous juger, on y ignore
nos conditions de vie et de société, on ne sait pas que notre
Cercle compte au-delà de six mille têtes il cloit y avoir des
oppositions et des opinions bizarres; les jugements precipites, le
"Monde Maçonnique,,
le sait, sont le partage de Ia faible huma-
— 280 — -

nité et surtout de notre race latine toujours prêté à des érup-


tions de caractère.
Cest avec un sentiment de tristesse que nous abordons
ces
questions, répondant à ceux qui nous jettent Ia pierre. Nous
mettons toute notre bonne volonté, tout notre zele, tous nos
ef-
forts à bien servir notre cause franc-maçonnique.
Nous avons donc le droit d'être crus dans nos affirmations
puis-
que nous ne jouons pas le role d'écrivains capricieux ou à Ia mode.
Ayant au fond du caractère le sentiment sévère de Ia vérité'
nous n'admettons pas le doute à notre égard et moins encore
des classifications injustes et par trop dures.
Ce que nous avons écrit, ce que nous avons affirmé, nous
1'écrivons et nous Paffirmerons encore aujourd'hui avec le calme
que donnent le bon sens et Ia vérité.
Nous prenons donc Ia responsabilité de Ia vérité écrite, dans
ce que nous avons exposé a 1'égard de Ia dissidence
qui a eu
lieu dans notre Orient.
Heureusement nous avons des juges autorisés outre ceux du
"Monde Maçonnique,,
qui nous ont donné raison et qui trouvent
notre conduite digne et louable.
Mais ces attaques répétés ne nous détournent
pas de notre
voie maçonnique. Au contraire, en face de 1'opposition systéma-
tique ou de 1'absurdité de 1'analyse de notre conduite, nous nous
trouvons forts et calmes dans notre conscience. N'ayant de
torts nous n'admettons pas d'erreurs, nous nous sentons appuyés pas
par Ia justice et par Ia raison.
Que notre conduite soit appréciée par 1'impartialité et le
bon sens franc-maçonniques; quant aux attaques par
que nous rece-
vons de Ia presse profane, soi-disant démoeratique, nous les ren-
par Ia même voie à tous ceux qui nous les adressent. -
yoyons
Courtoisie oblige!
- On trouvera à Ia
partie dogmatique de ce Bulletin notre thèse
sur nos devoirs et nos droits ainsi que les idées nous avons
cru devoir exposer à 1'époque ou nous sommes; que
puisque le
pouvoir spirituel empiète sur le pouvoir civil de façon à faire
craindre de lourdes contributions.
Depuis des siècles nous avons acquis des droits incontestables,
tant par notre conduite et notre régularité,
que par les services
que nous avons rendu à 1'humanité opprimée.

r~
- 281 -

Nous n'avons jamais poussé le cri de revolte, mais nous trans-


mettons aux générations à venir toutes les bonnes qualités comme
citoyens et partisans du progrès.
La liberte de notre pensée n'a jamais été à l'encontre de Ia
loi établie; nous n'avons jamais figure parmi ceux qui font Ia
révolution les armes à Ia main.
Nous possédons une arme plus puissante que celles d'acier,
c'est Ia raison éclairée et Ia justice dans toutes nos actions, et
c'est encore notre chaíne d'union fraternelle qui nous a toujours
servi de puissant levier pour soulever tous les obstacles à Ia
civilisation. Cest de là que nous viennent nos droits sacrés et
les devoirs rigoureux qui nous sont imposés.
Nous réclamons des sociétés le respect et Ia tolérance que
nous avons pour ceux qui ne pensent pas comme nous.
Nous réclamons instamment Ia tranquillité pour nos temples
parce que de tout temps nous avons été le peuple actif, paisible
et nécessaire à toutes les aspirations des homines en société.
Nos ouvriers ne furent jamais soldats, mais apôtres.
Nos rangs n'ont jamais forme de bataillons guerriers, mais de
masses pensantes et actives.
Nous avons fourni aux États d'intògres magistrats, des chefs
intelligents, des citoyens moralisés, et des hommes cVhonneur
et de foi.
Toute une civilisation, toute une liberte sort de nos ateliers.
Nous y travaillons, nous y étudions Ia manière d'arriver le plus
facilement possible à Ia perfection humaine.
Un Dieu d'amour et de concorde preside à tous nos actes;
une religion pleine de justice et de cliarité vit dans nos Loges
illuminées par le cliristianisme.
Tels sont nos droits à Ia considération humaine; et il en ré-
suite, que nos devoirs doivent être graneis et parfaitement bien
accomplis.
Étant aussi injustement et cruellement traités que nous le
sommes par Ia politique romaine, nous avons le droit sacré de
demander raison aux gens honnêtes des anathèmes que nous
lance tous les jours rultramontanisme.
Quand, par Porgane d'Edmond About, Ia France contestait au
Pape son droit sur le pouvoir temporel, Ia Franc-Maçonnerie se
— 282 ~

tenait à 1'écart; elle était dans ses Loges enseignant et pro-


tégeant.
Cétait Ia philosophic de Ia véritc évangélique accessible à
tout esprit juste qui disputait à 1'erreur le droit de possession
vulgaire et mondain.
Anathema sit à tout le monde pliilosophique et cohérent, mais
non pas uniquement à Ia Frane-Maçonnerie!
Qu'on ne nous conteste pas Ia liberte de pcnser et d'applaudir
et qu'on nous traite à Fégal de ceux qui n'appartiennent pas à
notre Institution.
Nous ne comptons dans Ia famille franc-maçonnique ni des
impies, ni des ennemis de l'Église, nos FFiv. sont au contraire
des croyants fernies dans leur foi, respectant Ia loi et le vrai
dogme.
On nous condamne, mais on ne nous intente pas de procès.
On nous condamne et on nous nie le droit de défense.
On nous condamne suivant le Syllabus, mais on n'a pas encore
formule notre accusation en termes précis et convaincants.
A peine a-t-on recours à de vieilles Bailes, se reportant à des
siècles ou tout était soumis au pouvoir du roi et du pape.
Mais entre le roi et le pape il y a un peuple entier qui peiise,
qui sent, qui étudie aussi ses devoirs et les Évangiles de sa foi.
On oublie qu'entre le roi et le pape existe Ia sainte liberte
accordée par les lois divines et humaines.
Si 1'Évangile est fermé aux clroits de rhomme, si Ia loi ne
protege plus Ia liberte des sociétés, si tout ce qui nous a cons-
titués en humanité civilisée n'est qu'un mensonge, il faut avouer
que nous sommes trompés depuis bien des siècles.
Si 1'Évangile, qui est Ia loi du ciei, prend entre les mains des
hommes des formes mondaines, Ia loi des États qui est le rè-
glement de Ia terre n'a plus raison d'être, parce qu'elle n'est
plus sanetifiée par Ia parole de Dieu transmise à l'homme.
L'Église conseille, guide Ia conscience, interprete Ia loi divine;
1'État ordonne, règle et protege tant 1'homme croyant, que 1'homme
citoyen. Rendez à César ce qui est à César, à Dieu ce qui est à
Dieu, a dit le Sauveur, montrant ses devoirs à 1'humanité.
Nous devons à César nos obligations civiles et à Dieu toute
notre conscience.
Donc César constitue le pouvoir mondain, le représentant de
— 383 —

1'homme civil, et Dieu règne sur ce pouvoir mondain, ainsi que


sur toute sa Création. On le comprend par Ia conscience, on
1'aime par Ia reconnaissance de ses bienfaits, on le remercie en
On ne le touche pas, on 1'adore dans son invisibilité;
priant.
donc rien ne le represente sur Ia terre que Ia pieuse imitation
de Celui qui prêchait sa Loi Suprême en aimant les hommes et
en leur enseignant Ia modération, l'humanité et Ia charité.
Un homme peut êtrè un roi; mais il ne pourra jamais être
un Dieu.
Donc Dieu est une immense conception, et ne peut jamais
devenir une incarnation hors Notre Seigneur Jésus-Christ; il ré-
suite de ceei que Pinfaillibilité dans Ia loi et dans le conseil
n'appartiennent pas à 1'humanité.
Qu'on ne touche pas aux prérogatives de notre Créateur, ni à
Ia pureté de nos symboles chrétiens; ce serait un sacrilège.
Que le chef spirituel du christianisme reste ce qu'il doit être, le
grand prêtre de nos mystères et de nos doctrines.
Restant ce qu'il doit être, c'est-à-dire, 1'incarnation de toutes
les qualités généreuses, cie Ia prudence, de Ia concorde, de Ia
fraternité, de Ia charité et de Ia liberte, il verra le monde s'hu-
milier devant lui, implorant sa bénédiction et ses conseils.
Aucun pouvoir terrestre ne rendrait captif un tel chef, il ré-
gnerait sur tous les róis et sur tous les peuples en vrai souve-
rain qui aurait son trone dans le coeur de chaque homme de foi.
Cette obéissance que nous lui devons lui serait accordée cor-
dialement non pas par le devoir prescrit dans les articles du
Syllabus, mais de tout coeur et en conscience, parce qu'il doit
être 1'exemple de Ia modération, de 1'amour et de Ia fraternité;
parce qu'il doit être grand dans notre conscience, par ses vertus
et ses dignes qualités d'élève de Jésus-Christ.
Comme apôtres de Ia civilisation notre devoir est de chasser
1'hypocrisie et de rendre Ia lumière à tous ceux qui ne voient
pas, parce qu'ils sont ignorants ou mal diriges.
— Nous sommes à Pépoqu€ ou nos LLog/. célèbrent Pinstal-
lation de leurs dignitaires et officiers nouvellement élus, selon
notre loi.
Ce sont des Tênues splendides ou règnent Ia satisfaction et
1'liarmonie, et ou dans d'éloquents discours chacun exprime ses
idées au nom de notre Ordre; maintes pièces d'architecture se-
7
284
raient dignes d'être publiées dans ce Bulletin si 1'espace nous
le
permettait.
Dans Ia nuit du 22 a eu lieu Ia Gr/. Ten.*. de Ia Log-
Dezoito de Julho. La réunion des FFr/. était nombreuse,
et ià
salle se trouvait pleine de visiteurs qui accouraient
pour assister
à Ia fête de cette Log.*. qui est généralement magnifique.
Cette Log.*. compte au-delít de 400 ouvriers et c'est une des
plus brilhantes étoiles de notre Orient.
On admire 1'union fraternelle qui unit ces nombreux ouvriers
franc-maçons, ainsi que Ia paix, Ia régularité et Ia distinction
qui président à leurs travaux. Cette Log.*. a eu de tout temps
une grande importance dans notre cercle.
Elle a sauvegardée dans des moments critiques les droits
et
Ia dignité de Ia Franc-Maçonnerie au Brésil. Son Ven.*. est
no-
tre Gr.-. Orat/., et son Orat.*. réélu depuis
quatre ans, est notre
Gr.*. Secret.*. Gen.-. de l'Ord.\ et du Saint-Emp.-.; en outre
un
grand nombre de ses ouvriers ont un role iinportant tant au
Supr.-. Cons.-. qu'à Ia Gr.-. Log.-. Centiv. et au Gr.*. Or *
Son importance dans notre Gr.-. Or.-. est
grande sans que
pour cela elle songe à faire sentir son pouvoir à aucune de ses
sceurs franc-maçonniques, donnant ainsi une
preuve de son
amour pour 1'institution et de Ia conscience de ses devoirs
Comme nous 1'avons dit plus haut, le 22 courant était
le iour
marque pour Ia fête, et parmi tous les orateurs
qui furent ad-
mires nous ne devons pas oublier notre cher Fr/.
Memb • de
notre Log/. le Conseiller Manoel Francisco Corrêa,
dont le' dis-
cours improvise donna 1'occasion d'apprécier et son
talent et son
pátrio isme Ce digne Fr.*., qui était Ministre des Étrangers, se
vit obhge de se retirer du Ministère
pour motif de sante
Pendant son séjour au Ministère il a fait
ment d une honneteté exemplaire, mais aussi preuve non sente-
d'une fine intelli-
gence et de connaissances politiques peut vulgaires. Cet ill *
Fr/. est justement apprécié de tout le monde
comme homme et
comme franc-maçon.
•¦ E 1,intonation harmonieuse, Ia
«Há
facile SeSP,,, Ia parole lui sort expressive et claire. phrase
% et?Têa
et conecte
Son
allocution en Log/. fut une victoire de notre
tribune, et elle
pour tout ce qui eleve et honore le Brésil.
f
- 9M —

La Log.'. Dezoito de Julho a 1'honneur de posséder parmi ses


ouvriers un Fr.\ aussi digne et brave franc-maçon, que citoyen
irréprochahle.
La marche franc-maçonnique étant immuable, rien ne peut l'ar-
reter dans le progrès de 1'avenir; bravant ses ennemis, mépri-
sant leurs coups, elle será toujours à Ia tête de Ia civilisation
du monde. •
La Log.". Dezoito de Julho, comprenant sa position, emploiera
toutes ses forces pour bien servir Ia grandeur de notre cause.

¦
286 —

Secção Noticiosa.

Revista Estf^ngeira.
França. (Nontron Dordogne). — Publicamos no Boletim de
Janeiro a carta o Ven.-. da Loj/. " Avenir de Nontron „ di-
que
rigio ao Maire da dita cidade; em seguida transcrevemos a res-
posta do Maire:
« Snr. Presidente da Loj.-. Maç.'. «L'Avenir de Nontron».— Agra-
deço-vos a offerta nacional da Loj/. Maç.-. que presidis, bem como os
sentimentos de benevolência e patriotismo contidos em vossa carta.
« Espero que vossa Loj.-., ainda que em seu começo, porém com
justissima razão denominada «L'Avenir», por sua ardente e generosa
iniciativa excederá suas co-irmãs installadas já ha muito no nosso de-
partamento.
« O fim a que vos propondes, isto é, fazer da^ humanidade uma só
familia de irmãos, ó grande, nobre e sublime. E igualmente o fim a
que querem attingir todos os republicanos sinceros. Resignação, cora-
gem e dedicação, e alcançaremos, apezar de tantos obstáculos, a solu-
ção deste grandioso e diíficil problema.
« Aceitai, Snr. Presidente, os protestos de minha estima. (Assig-
nado) Pecon-Laugerie, Maire de Nontron. » (La Chame d9Union).

Hespanha.— A Loj.'. Cap.-. "Los Puritanos,, da jurisdic-


ção do Gr.*. Or/. de Hespanha, dirigio ás cortes uma petição
afim de ser abolida a pena de morte. A Loj/. " Luz de Ia Mon-
tanas,, adherio á esta petição. Esta Loj.'., ao Or/. de Santander,
tem um pessoal muito digno, proprietários, commerciantes, me-
dicos, engenheiros e militares.

Hèussia. — Publicou-se neste paiz um livro contendo vários


documentos históricos em referencia á Maçonaria. Quando a nossa
sublime instituição foi supprimida na Rússia, todo o material das
LLoj/. e as insignias dos maçons russos forão apprehendidos e
archivados na bibliotheca de Moscowa. M. Pypin, laborioso histo-
riador, reunio estes materiaes e publicou-os sob o titulo de
Materiaes para a historia das lojas maçonicas.
287 -
*

esta obra foi publicada, não ha-


« satísfactorio saber-se que
alguma por parte das autondades.
venao opposicão

" Humanitas,,, ao Or/. de Vienna, sita


4«iHia
Áustria. - a.
A Loj/. a
franquêa
7, 1. anaar, nanq durante
m Neubau Dreilaufergasse n. aos macons, das 10 horas
losição nacional o seu edificio
manhã ás 7 da tarde.

e de todas as lajuj.
seu Gr/. M/. protector
ruega o Rei Oscar II.
- Falleceu o B.-. e 111, *^**. ^
MaMra. do F- ^

Ven,. da Loj.-. Liberdade^¦£•• e am
Obreiro virtuoso, activo incansável
foi reverenoado come o
Se» cadáver £W«£ iado
na occaaião em o.ue foi
S&íJS S^deCedo
sepultado o Ir/. Vieira.

/**. - A Maçonaria italiana, */wV^ofma"- ™^


a verificar as eleições geraes «s
para-se A Maçom™ P^ ^
„icos da communhão nae.onal •
de 3 CConsist/. nacionaes, 8 CConsei.
LLoj,. estrangeiras,
27 CCap.-. e 171 «.«é»r£ado, orm«o o
*
a do to.. iviesiu ,
porém reconhecendo jurisdicção
. total de 209 corpos maçonicos.

« Colombo , » °£*££
:-.t
Gênova. - A Loj,. Christovão
nova, deu força e vigor aos ««^"4
¦vi

Italfa na
•ií

do Gi.. Oi.
zelo do Ir/. Miguel Barabino, Deleg..
.$
"V Liguria.
O Gr/. M.\ sanccionou tal acto.
m
L>. *
388
*

Tisloia. — Os obreiros da Loj.-. " Ferrucio „, movidos do


justíssimo desejo de ver realizada na Itália a sublime e humani-
taria idéa da expulsão dos jesuitas, inimigos acerrimos de toda
a lei humana e civil, resolverão dirigirem-se ao Gr:. Or.*. da
Maçonaria italiana sollicitando-lhe que faça chegar á representação
nacional uma petição para que sejão expulsos do território ità-
liano todos os jesuitas e as ordens filiadas a esta seita.

Attemanha. — Publicou-se o relatório annual da "União dos


Franco-maçons Allemães „ (Verein deutscher Freimauerer). Esta
associação compoe-se presentemente de 848 membros activos,
pertencentes a maior parte ás LLoj.\ allemães, e de 33 membros
correspondentes estrangeiros. O numero dos associados em breve
augmentará. A receita de 1871 a 1872 foi de 1,434 thalers e
a despeza 777. Os archivos e a bibliotheca da sociedade são
em Würzburg, na Loj/. " In den zwei Sáulen am Stein. „
Ella celebra sessões maçonicas annualmente, independente da
direcçao official das GGr/. LLoj/., com o fim de tratar de tra-
balhos maçqnicos espirituaes (Geistige Arbeit), e estabelecer re-
laçoes não officiaes, porém mais intimas entre os maçons das
officinas.
A ultima sessão de 1872 effectuou-se em Hameln, seus traba-
lhos forão importantes. A próxima reunião de 1873 celebrar-se-
ha em Charlsruhe (Gram Ducado de Baden).
A fusão a que aspira esta associação é necessariamente o es-
tabelecimento de uma pequena republica federativa das diversas
LLoj/. allemães, modificação profunda na actual organisação dos
centros maçonicos allemães, cuja geral influencia ha de ser muito
salutar.

OBreslau.— A Loj:. "Horas,,, installada nesta cidade, ini-


ciou no dia 4 de Agosto um Israelita. Este facto altamente tes-
temunha os princípios de tolerância que predominão nella.
Em breve iniciar-se-hão outros Israelitas.

Francfort sobreoMein—A Loj.\"L'Aurore montante,, desse


Or:., que trabalhava sob a jurisdicção da Gr:. Loj:. de Inglaterra,
funcciona actualmente sob a jurisdicção da confederação eclectica.
289
- Falleceu na idade de 56 annos o 111.'. Ir.'. Júlio
Suissa Ronv.
ffvtol Gr ' * . Orad.'. do Dir.'. Hei.'.
immensa para a grande família maçomca.
t! uma perda

. • ' dominicano. — Este corpo maçonico fundou


r Or
de soccorros afim de prestar o devido auxilio
/pnixa central
da sua juvis^o o ao, dos 00,-. estran-
r ma ons po„ves viuvas e filhos.
Liros bem como ás suas
Sts«rão-Se duas officinas em 18« so a ,ursd, ao
mais
a Loj.-. "Concorde,, e o Cap. Thaboi „
deste grande corpo, Com.-, acl «tom do Gr.. Oi..

O Tr Thoma Bobadilla, Gr.-.
o anno passado em Jaemel (Ha»,) tmhana
Domiucano,"eu leido e iniciara-se na idade de M.
falecimento 92 annos,
época do

México. - Existem neste paiz dous W""^^*^


Ant, e Acc . . Gr,O, . Na.<**-o.
Cone,, do Eif.Esc,
Estes dous ««^;ettó *.»<*» M
ate 1871, porem em
permanecerão
decretado o seguinte: ^ rh • E<*p • Ant. . e Acc. ., exi&-

»
m LLoi • do Rit.-. Nac. Mexicano. nws aggra-
um outro decreto ,ue
Em 32 de Maio appareceu
*:+?&* Ri..- E»e,.
e —no o rito denotado

é aos maçpns vibi


rito, assim como prohibido pnnclnio
relações maçonicas com seus membros. concirno
datado de 31 de Julho
Finalmente, um outro decreto
o rompimento da união: con,
N
o Rrt. . Nac. .
o tratado
« L. 1, É irrito e nuUo18b», u. • v. celebrado
.
Mexicano em 11 de Julho de relações^ maconicas
maconrea dos mem-
as
« Art. 2.o Ficão Fohibidas todas• Nac • iv ^
do nosso
bros i do Rit.-. com os do
cio Ril.
ru, aos GGr.'.
^-
dovrdas />nniTn11_icac5es
« Art. 3.. Expodir-se-hao as cio J^arça^e
.^
OOr.-. estrangeiros, ás GGr.-. LLoj. . ^
de nossa jurisdicção. A p r n; . aaio
. • Loj.. Salomon,
(Extrahido da pr.\ fa.R.
ao Or.-. de Guadalaxara.)
390

Noticiário Interno.
>ty

LOJAS DE OBEDIÊNCIA AO NOSSO CIRCULO NAS PRO-


VINCIAS. —É de necessidade que esclareçamos o espirito pu-
blico a respeito deste assumpto, pois que alguém ou alguns
interessados em desconceituar-nos escreve e diz haverem-se se-
parado de nós algumas Officinas.
Affirmamos que nenhumas perdemos, desde que nos reconsti-
tuimos com vida mais enérgica; mas é certo que se empregou
com empenho ardis de todo o gênero para introduzir a sizania
em algumas dessas Officinas, e induzidos forão dellas alguns
denominação. Os
poucos membros formando Lojas sob idêntica
maçons irregulares, autores dessas revoltas, devem hoje estar
certos do quanto é difficil, senão impossível, vencer por meios
reprovados a adhesão de Officinas maçonicas.
Não se impõe a homens intelligentes, e menos ainda quando
os actos ainda palpitantes de verdade attestão a razão e o di-
reito que nos assistia de eliminar alguns membros perturbadores
de nossa Ordem.
Nesta capital o nosso Circulo conta para mais de 6,000 Ilr.-.
na maior parte membros activos das nossas 40 Officinas, que
funccionão ao Valle do Lavradio. A's 40 das províncias, que
tantas são as que prestão inteira obediência ao nosso Oriente,
podem-se juntar 12 novas, recentemente regularisadas e algumas
mais que se pretende formar em pouco tempo.
É este o aspecto de nosso Circulo, e de certo muito lisongeiro
em uma época que carece dos esforços maçonicos.
Nestes últimos dous mezes é extraordinário o numero dos ini-
ciados que fazem parte activa de nossos quadros. Parece que
a actividade regular de nossa Ordem falia alto e eloqüentemente
a todos os espiritos ávidos de verdade.
Com nossas fileiras robustecidas não receiamos a revolta que
os inimigos da humanidade com zelo preparão contra a nossa
Instituição; e o mundo poderá avaliar quaes os maçons do Bra-
zil que mais contribuem para o engrandecimento e realidade de
nossa Subi.-. Ord.*.
291
'¦;...'

conhecemos difficuldades que se não vcnção com per-


Nós não
cpverante honestidade e prudência.
ao mundo que nos lê o que somos e como nos
Explicámos já
reconstituímos.
Cumprimos nosso dever. suas columnas umca
.
avante este Boletim só consagrara
De ora
aos actos de nossa Ordem, sua analyse e seus
e exclusivamente
Tirnízressos. _. ...
só temos diante de nós apóstolos de falsos princípios,
F como
no erro voluntário, e iremos ao norte de
os deixaremos pairar
nossas generosas aspirações. t
e de
não é possivel quando um dos contendores
A discussão
na fé e de caprichoso espirito de contradicção.
e os mbUnhados com apostrophes guardaremos v
As reticências fomos muno-
espinhos de contenda com que
em memória como Ha tristes honras
manejadores da offensa.
dos por hábeis
são também do séquito e do cabedal de vai-
neste mundo que
dades incalculáveis!
dever sagrado escrevendo e defendo .nossas
Cumprimos e com aquella leal-
intenções- e o fazemos de vizeira erguida
um maçou honesto e activo. Se esta forma
2\ue'caracterisa desculpem ha
de cortesias demasiadas
d saia neste secnlo de seus austeros
nunca cedem
a„Xs hem intencionados que
costumes.
DEZOITO" DE JULHO. - Na
SESSiO DE POSSE DA LOJA de posse deste
teve lugar a sessão solemne
noite de 23 de Abril
1 e REesp,. Ilr.'. enchia o
% «so numeroso de IlhV.
Templo, que se achava ornado brilhantemente. .
decentissimo concerto de *>^J*"»ffi2
Íelm um na uu «
e deltaveis individualidades reinava
i
e digno de ser imitado, que aln se compieueni
belleza a fraternidade as festas maçomeas. em luminosa e
O 111- e Resp-. Veneravel, o Dr. Brancante,
os acontecimentos ma, noteve.s de
M hS perpassou assumpto e vida na argu
nossa Ordem, dando-lhe novidade no
¦ menção elevada «5-» de sua enunciaçao
O vigor do seu discuiso, ítumuu ^
V
- 292

ares que bem cabião naquella Officina em


davão-lhe paternaes,
e elle, esse nosso caro Ir.'., com tanto tino e pru-
festa, que
ciência dirige e amestra.
ao ca-
É que, quando se junta a intelligencia activa e culta
dcá uma probidade jamais maculada, ergue-se o homem
racter que
altura do maçon, tal como a nossa Subi.'. Ord.\ o
á verdadeira
E então é o discurso proveitoso e philosophico: é a
iclealisa,
de architectura, a molde daquella, puríssima e
verdadeira peça
como a entendião e executavão os nossos victoriosos
correcta,
de disci-
antepassados, que derão ao mundo doutrina e ensino
plina social. vez, no
.
seio cie
O 111.'. Iiv. Dr. Brancante ainda mais uma
brilhantíssimo auditório, mostrou quanto é digno de empu-
um
nhar aquelle malhete da sabedoria e da virtude.
O joven e distincto 111.'. Ir.'. Secretario Braga, dando conta
aquelle
da tarefa annual daquella importante Officina, amenisou
seu luminoso relatório, entrando em vastas e interessantíssimas — que elle
considerações sobre — a regeneração da Maconaria
decahir, ao passo que a indifferença penetra em nossos
julga
Templos. Naquelle seu discurso sentia-se o vigor do estudo e
a aturada observação sobre o estado da Maconaria actual, que,
desprezando o da união, afrouxa seus laços fraternaes, e
poder
deixa penetrar em seus arraiaes inimigos do bem e da nossa
Subi.'. Ord:.
O 111.'. Ir.'. Braga assentou naquella noite solemne o funda-
mento de uma nova ordem de estudo sobre a Maconaria, e lan-
o germen de theses que o futuro desenvolverá com critério
çou
e reflexão.
É fora de toda a duvida que a nossa Instituição decahe, por-
e,
que lhe não dão vida os indifferentes que nella se filião;
além disso, porque a dissidência lhe prepara golpes que a de-
generão.
Cabe ao nosso Oriente, o único motor da vida maçonica no
Brazil, imprimir-lhe um movimento generoso e activo, tendo á
frente apóstolos cheios de actividade, zelo e intelligencia como o
nosso caro Ir/. Braga.
A pleiade dos bons e dos justos ainda é numerosa entre nós,
no nosso Circulo. Que o Supr.-. Arch.'. do Univ.*. a auxilie e a
illumine,
292

e distingo cabe á A„g, Off, *£**»


Gra„de gloria
• i. «a numero de seus obreiros o 111.'. e bap.. ir.. vou
Corrêa, que nessa noite festiva torno»
^St Mld F ancisco
memorável acrisolado
y amor de patna.
(,eXnCUe o inspirado niramita, sem nenhuma
Alh naqueiit C"iub • ta- d
sentimentos no-
'o a oe suas idéas e a
bres e dava 55Í
r:T£ é
aos qu *improvisado
SU« de
sensibilidade de seu coação ^
^.^

S;rgah~; ao auditório a attenç~ao e as nuü-


Ve impnnMo
tiplas sensações. liberdades santo e de todas
Naquelle congresso de todas as

e sente se oi,
I virtudes civicas particulares
da civilisaçao e leg
destinos superiores na communhao
çao humana.
O estylo è o homem. , discurso do
m*;/•
•i<.

coração e ao nomear socai


fdafTda e6 SiíS — *e
6 .ais
t% o mais vivo juWo, cueios do
£**,«—-
rrrr-tMtc:xn;r'uXnre*isSi,noprese„te
Ir/. Conselheiro M.l.Lonea pcm u sessão a sua
de festa que deu naquella memorável
\Zgffl-
officina, a Dezoito de Julho. oradores
vanos »'^ de
Muitos discursos forão pronunciados festapor
aquella noto 1. l«
outras officinas que visitavão conecta pi
dizer que a poesia, cheia de inspiração,
echôou sob aquellas abobadas abençoadas.
— 204 -

Flores que não murchão, flores e fructos de variado perfume


e sabor forão sem duvida aquellcs discursos e aquellas poesias
applaudidissimas. #
Cuidadosamente as guardará o archivo da Dezoito de Julho,
como uma recordação jubilosa daquella noite em que as horas
corrião com a presteza dos segundos.
Receba a Aug.-. OfiV. as homenagens a que tem direito de
todo o nosso Circulo pela regularidade de seus trabalhos e pelo
amor decidido que consagra á nossa Instituição.
Grande é o seu quadro e nelle figurão nomes caros á huma-
nidade e á sociedade, nomes que estão gravados no coração de
todos os homens de bem e que têm direito a serem respeitados
todos aquelles para quem a probidade e outras virtudes são
por
cultos sagrados.
Fora omissão imperdoável deixar de consignar aqui um facto
significativo da importância e créditos que nosso Circulo merece
a muitas instituições europeas.
A " Scuolo Dantesca „ de Nápoles, que é uma academia onde
se avalião e commentão os autores clássicos da lingua italiana e
sua'soberba e ardente poesia, concedeu diplomas de sócios bene-
méritos ao nosso caro Pod.\ 111.'. Sap.-. Gr.-. Mest.-. o Visconde
do Rio-Branco, ao nosso caro e 111.-. Ir.-. Dr.*. Costa Brancante
e ao nosso Ir.-, o Gr.-. Secret.-. Ger.-. da Ordem.
Uma commissão, da qual foi orador o 111.*. e Resp.'. Ir.*. De-
zembargador Alencar Araripe, naquella magna e memorável ses-
são de da Dezoito de Julho, depoz no Altar aquelles di-
posse
para serem entregues aos Ilr.-. a que erão destinados.
plomas,
Tão secreta e tão obscura não é pois nossa Ordem ao mundo
não galardoem
profano, que as associações de homens de letras
com prêmios preciosos aquelles MMaç.*. que activamente traba-
lhão em bem da humanidade.
É que só os prelados ultramontanos e os senadores emperra-
dos nos não querem comprehender!
Em seguida transcrevemos a brilhante poesia que foi pronun-
ciada nesta solemnidade pelo 111.-. Iiy. Orad.\ da Aug.-. Loj.-.
Cap.*. Reunião Beneficente:

/.
r% •t «i

i.

a nnl)A1,(í. nm
auroia, era oií
p?> cerraig fileiras
Maçou». raiou
Mnoons! * orovnclasoip as viseiras,
Que osnainimigos vem,
destra a o*communhao,
roupelas
„nK,.n a vingança o sob as vis
M
Zl ó TM™
feeomososj
• ^ »masc'r,s i>rotas
^ y exüuC(,^
o tribunal, acccsas as fogueiras
Fluido
a cruz de ferro e as forcas altaneira*
Io centro
cm face dessa cruz,
e guindastes, cunhas, grelhas,
Masmorras prisões,
o liberdade e reis, simples ovelhas
K poTo
cVantipodas da luz. ...
é edificante, o fundo é magestoso,
O cuadro
í antigo, aiada assim; grampo
O estjío ja
no todo, que nos diz:
sangue a monita romana
Que só com muito
introduzir em terra americana
Poderá
seus dogmas servis!
a nós compete a reacção divina,
Mas não- e»s,na
a lei W a totiagmr
MoZmo-lhes
o falso do real,
ella-ao velho Vaücano
Escudados por
um um exaltar Salviano
Iremos por
do alto Quirinal.
nós as armas inyenciveis
Pois que? Não temos
em terríveis,
NatUs da razão, provadas
cruéis perseguições,
Naotemospo^UiroopLaroLaa^d ou a meai
hecatombe aba
Que na vasta
liberta por Maçons?!
' achavão- animados
nao hoje,
Nesse tempo, mas fanatisados
D'estultas prevenções povos
ao peso do terror,
. K ,acil M ao ctao acanhar«j*^
cious r
Impôr-se, dominar e dos
senhor.
proclamar-se
i nlní
« nue o justo escolta
Mas uma nova luz, a q™
contra o forte os *J
Do oppresso
'
e as trevas espancou, o e«j
E da face da terra eclipsou-se ratai ae
Paraonde, não sei-, porem p
uma hora só bastou.

... -v ¦-:,;..¦
— 296 -

Depois a paz e a vida e o livre curso á^ idéa


E replantada^a lei em que a moral basêa
a queda das paixões,
Tal foi o resultado, o qual, se a luz nao fora,
Jamais conseguiria a prole sóffredora
dos martyrios maçons.
Eia, pois, Maçons, alerta! a nuvem que ameaça
Alijar sobre nós os diques que a desgraça
só poderáõ conter,
Insidiosa vem ultrapassando os mares,
Rugindo, condensar-se em nossos castos lares
nos filhos, na mulher!
Mas não; longe, bem longe irá, raça maldita
De abjectos reptis, persegue-os a infinita
visão de Galileu,
E dessa maldição, sem tréguas perseguidos,
Desgraçados, sem pátria, errantes, foragidos,
irão ao escarceu!
A nós cumpre somente exercer sobre a terra
Direitos naturaes, quer na paz ou na guerra
seremos sempre irmãos,
E a civilisação encontra em nossos peitos
Corações, que á virtude e á liberdade affeitos
não têm preceitos vãos.
Preceitos que a razão produz: a tolerância,
A caridade, a fe, a pura substancia
das taboas do Sinai;
E em geral communhão, sciencias diffundidas
E a irrupção da luz nas trevas confundidas
do erro que decahe.
Preceitos que são lei, que são nosso regimen,
Dos quaes, por seu dever, ufanos nao se eximem
catholicos Maçons,
Catholicos na essência em que a razão austera
Da sãa religião os dogmas vertera
na fé das tradições.
ii.
Cahio a Roma antiga; a soberba soberana
Curvou a fronte ao sol da pátria italiana,
respeitando uma vez;
Uma coroa de rei, que n'outros tempos fora
Sevandijada aos pós da indomita senhora
no ardor da insensatez!
— 297 —

tanto tempo infensa


k mitra do poder, que
do erro, achou a recompensa,
pndo fructoí
no domínio da razão-,
^8 níí0 ser' a0 maglC0 °0tÍ
Cahio m ao nobre pacto
sta phUosophia alliada
Da
da civilisaçãò.
immenso ao rolar no fundo abysmo
O baque foi
famosa Babel do tredo fanatismo
Da
a lapide angular.
luz povoou as rumas
TWnis • íocunda
attestató a doida das doutrmas
«Tão mundo
avassallar.
que o quiz
convenceu-se, e já no Vaticano
O mundo
desilusões, porém o desengano
Surgem
guarida lá não tem;
na hecatombe agora eil-e« »e „evo
Kspc„ J o ppo
Antipodas d« Z«, catechisando
conformo lhes convém!

Pita é multe «arde» W^"**^ sei em ou


a
Não têm mais propensão
-nnr meio do terror, .
poi meu» Evangelho ensina
°/v^
Conhecem que a moral que
á concepção divina
É a base essencial
do nosso Creador.
no Í^*$M.calma,
E adorão-no e crêm, e a
e na consciência
Encontrão doce paz,
no pensamento a Deus, -e - l,roüíei
a,
Na, ereaças^envieese, prefee sinceio
o estudo, mais que vos,
Que
incute aos filhos seus.
1 sabeis excedem
• - ido ^tnflo ah» vós
vo bem ^& que
estudo, ah.
¦ :.

Convicções m
bem,
Vossas grandes lições. Pois
suecumbir,
que as façais ias
Pregai superstições, bentinhos, pemten
no estudo das
Emquanto que os Maçons
vão os povos instruir.
Depois vereis quem mais ^^*J^^a a se p j
. A Igreja que é de Deus, e nao que
de que hajão Maçons
a luz ao vosso e»
Se nós levando baptismo
a tomar o salutar
E incitando-o -,
das nossas instrucçoes

.-iT-í ...tt-írtfTr.
..^wí-í:-^0""
— 298 - .
Fazendo que mais tarde a pátria, em vez de ignaros,
Ache homens do acção, e cidadãos preclaros
para a servir e a Deus;
Se vós, amaldiçoando o curso do progresso,
Fundindo em convenções, em fanatismo expresso
a lei dada aos Hebreus.
O porvir quo antolhais, propicio aos vossos sonhos,
Contando que achareis espíritos bisonhos
fáceis de conduzir, ^
Trará, máo grado vosso, em letras d'ouro impresso:
Idéas, liberdade, amor, gloria ao progresso
e heis de então succumbir.
Então, quando de novo escorregardes todos
No vosso próprio abysmo entre geraes apodos
e sarcasmos mil,
Lastimaremos nós a vossa incoheroncia
E calmos, ao porvir, ao progresso, á sciencia
ergueremos o Brazil.

A CHALAÇA DO JORNALISMO.—É inaudita a perversão do


espirito jornalístico desta cidade.
Suppunhamos que apenas só a Reforma e outros navegassem
por esses mares chocarreiros de penna em punho.
Ahi temos o Diário do Rio de Janeiro, jornal de breviario e
estola, no dizer de muitos, que de vez em quando deixa a com-
postura do estylo e da exposição da idéa e torna-se pasquim.
Ainda ha poucos dias leu-se com magoa a pieguice litterana
franco-beocia occupando-se do nosso Boletim.
A chalaça pois invade também os espíritos que querem ser
sérios; e sobretudo os jornaes que nos fazem, a miúdo, prelec-
de
ções picantes de purismo de lingua, recordando a Synonymia
Frei F. de S. Luiz.
E o Diário é o que mais grita faz a respeito da publica ins-
trucçao!
Tristes destinos os da nossa mocidade talentosa entregues á
aprendizagem de mestres ou propàgandistas que, antes de tudo,
pretendem amestrar truões!
A vaidade do saber e do ter, cega e brutalisa, Formão-se ahi
núcleos obstinados em jamais admittir estranhos ás suas lides
litterarias. Para ahi convém, não o saber, mas o saber viver
— 299 -

e da Hsorja servida no festo da


meio do elogio constante
por
«Tttl o cabedal da intelligencia é
a nçai
li^otapôncada, ,ue
__
E ja que ^^ adubar os
sen, raáo, nem consciência do
«ufl-^em
^sT*
que fazem. V ^ade, catllrre e brinque com o
'"rir deverá a humanidade do pórvrr, e
i„
m ™1^11 P lhe
uco fl
f speito a que üã0 BOubo honrar,
em
menos ainda patna -togm ™M
No plano incido ^ ouMc(t esse atardo
achamos einpucUc
q»e nos no

^c^d^^^
KS corUndido e péssima-
ÍS
da — --d^omana p^dem
&JS&

respeito publico e mdlvldl^ lho8 de nossos filhos


pelo
Se ao menos fosse possível ^ond|#^ ^
esses *£ <**?**• *££££&£ «IU habitações, e ahi
formiga damnmha que se íntiouuz
»««^eh.amente
L a cevar sens appetites d* pel„ Diário
Isto é no tocante á *A*i / tíc0 e
^ne^m
e «^ Quanto a sob o titulo de
como apparece no Jornal sohfmatumUãades, essa
^jZTTtZl
tetrico, «frete* conga
Pm onde «amoel e q«emmb
o fetichismo e cor.
caminha direito para admnaveis
e henguella nos dá commentanos
™K* »«i *». í""""8' m se escrevão; o que
Não uos oppomos a t,f:
que P
taesiadiSparates
taes
^
nos espanta é como ha joinaes que ^
A publicidade excessiva se e a «
a sua grand^» J| ^ a„
é muitas vezes também es^ond do ^
E já que ninguém ha que tenha
^
do - P«™ "»*;<,m ehriàtoismo e animo
pMlosopho
vamos para o porvir; levamos . «*¦£*£, 0
lespcuai g Eyangelho; le-
determinadissimo a respeitar e fazei

- "
^.wí*.-*-*- **«
.,.^l«í'ü)»«*»'-•"•
— 300

experiência de séculos que nos derao a conhecer


vamos também suas intenções e suas vis-
a medida do fanatismo, seus cálculos,
a regeneração de erros crassos
tas sinistras. Vamos pois para
nue nos flagellárão e flagellão ainda.
4 sempre, nos no caminho, nol-o cs-
I a Maçonaria, como guia
contra as aggressões dos mãos espirito.,
clarece e nos defende
e dos esbirros romanos.
dos pessimistas aos indagao de
deve responder que
Isto é o que o jornalismo
deixando a chalaça para jornaes cie
nós o que pretendemos fazer,
caricaturas.

DA AUG/. OFF/. AMPARO DA VIR-


SESSÃO DE POSSE recorda ainda
_ cujo nome tradicional nos
TUDE Esta officina, acto
nossos direitos atacados por imprudente
a ardente defeza de e talentos, teve
em si obreiros de virtudes
episcopal, que conta o officu.es.
ao empossar as suas dignidade*
Ta festa brilhante a eloqüência da-
Fora mister que o mundo profano ouvisse
solemnes, avaliar como no remanso
quelles momentos para poder
se no bem da humanidade, e com que
da fraternidade pensa
vigor se advoga a sua causa. em família hu-
Santo e innocente mysterio é este que guarda
agitações da idéa do bem e co justo e
mildemente as poderosas da-
o mundo profano viole a castidade
que não consente que
quella simplicidade solemne. .
Instituição.
>¦ É certo que a indifferença não penetra em nossa
e venerão estas festas que constituem ver-
. Ainda se conservão
dadeiras congregações de satisfação e eloqüência.
ceremonial accommoda-se por tal fôrma a fraternidade
O nosso
a imaginação e o sentimento tem nelle o seu
e cordialidade, que
festim. . a
têm uma fôrma imponente e cavalheiro sa;
As saudações
aquellas abobadas, sensível e melodiosa. Pa-
!
phrase echoa por
com
I
rece que os echos dos séculos passados ainda ahi reboão
aquella sublime hombridade que caracterisava a nossa Ordem.
f

Amparo da Virtude conta em seu seio não só notáveis vir-


O
tudes, como notáveis talentos.
', denominação fosse sempre real e verda-
Que essa magnífica
deira no tocante a seus dignos obreiros.
301 —

occasiío alguns de seus mais cultos obrei™


Em mais de uma
S»'f° a Loj, A^o í.
lÍnfZTc^sauaamo,
venturas e crescente desenvolvnnento
^TlheWos ^1 U f\ /*« .«- /

cm seus trabalhos.
do-
¦onpTnrTTEZAGENS DA «REFORMA,,.-No folhetim de
P0BÍ? burlesco, serve-se o escnptor
S*como sempre lhe res-
contra aquelle que
fS° «tessl o <« e mimosa
"olevaute,
P°*e democrático, Uberaliss mo e cm-
er^ mUd é agradecido, e
foi dirigido,
cir:r:r:h^i—z«~ *••«; c *
„,ado .m intenção com que

" é o que responde.


», pois, a ife/o«n« q«e ««M»
Bera- ' - a„ «ia ntvabilis democrática; ^^è temos
apenas so sua à«
Lamentamos

SESSI0 BE PQBS .B^f -iSííÜSS


tornecia as gatas da
S;7!ÍTmr^c:*«e
ceremonia magna. «no-eleza nos actos so-
Nós o dissemos já, por if^^g^éta cio mento *» a
lemnes que falia alto em favor
*£-e
«o tocante como i-^J*?53£5S si»*
Parece que obreiros avaros da candade,
as gai ^.^ ^^
escrupulosos, guardão economicamente
soccorrem, e P»*g P
aos clesventurados que ,
destinado «.nfeto
modesta parte do cabedal
Nós applandimos a itam» miã0 n0 acto de dar
maçonica e a ^«
mais esut* „ e
pera existência o alhvio, o conselho, conforto
aos pobres que lhe pedem
ry 1

s.
.f

302

POSSE DA AUG.*. OFFICINA CONCÓRDIA


SESSÃO DE
esta Loj.*. de sua posse uma festa singela,
SEGUNDA.-Fez
de ser citada pela concórdia que a cila presidia.
diena
singelo é o ramo de acácia que symbolisa nossa confra-
Bem
e comtudo elle orna o nosso altar e é o
ternidade hiramita,
emblema de nossa concórdia na arte que professamos,
mysterioso
homenagem a todas as virtudes.
prestando
Saudei saúde! saúde á Concórdia Segunda!

ASYLO DA PAZ.—Na noite de sabbado 26 de Abril


LOJ' de uma
Off.\ sua Sessão de Iíegularisação
celebrou esta Aug.*.
maneira solemne e brilhante.
se congregas-
Era iusto e coherente que os obreiros da paz
Asylo da Paz; o que ficará sendo uma realidade, para
sem no
nossa Subi.*. Ord.'., e mais uma prova eloqüente da
gloria de
lutamos neste mundo, que nos não comprehende
fôrma por que
e nos ataca. ,
o culto
é nossa arma poderosa de combate
Obreiros da paz,
ás idéas e aos actos da mais acnsolada
que rendemos generosas
justiça e tolerância. ser o que so-
Não disputamos a ninguém o direito de poder
áquelles que nos negão o direito cie
mos; oppomo-nos porém
sermos o que somos. ne-
e a fé não são de ninguém, de
Que a virtude privilegio
de du-
isoladamente. O que é porém fora
nhuma corporação
no asylo da de nossos Templos, só nos occupa-
vida é que, paz
mos do bem em nome de Deus e de nossa consciência.
A controvérsia política ou religiosa não sendo da competência
ordem, somos obreiros das grandes ideas
de nossa pois pacíficos
e do amor á humanidade.
da Paz, fiel a este de nossa lei
A Loj.'. Asylo programma
maçonica, trilhará caminho glorioso, e as bênçãos e saudações
de nossa Ord.*. a cobriráõ no futuro.
ao trabalho activo e regular, e conceda o
Dedique-se ella
do Univ.*. a todos os seus OObiv. prudência, vi-
Supr.*. Arch.'.
gor, saúde, união e amor á nossa Subi.'. Ord.'.
É o que cordialmente lhe desejamos.
POR UM. - Ê a divisa que o
mi POTí TODOS E TODOS de seus adeptos
á attenção
,VU, ,Lal *«mo*no, joga séculos; e com ella, ainda
^E.SSa ,1vZ e nossa desde muitos
conter excessos de poder c
« ine vivemos, saberemos c nossa fé
<1- envergonho a «ossa civiUsa^o
ChS
Ch?a um c verá como será desfeito
o « Avostolo ainda pouco,

Deus, não recahirásobre nossas


^'verdadeiro anathema, por ~^X
os imprudentes^
M mas sofre
'^^^To^otdrcSbo isto q«e lhe —.

noite de 28 do cor-
t^ttattudF E BENEFICÊNCIA.-Na de com
Loj, a sua festividade posse
IS" en»« W-^
Sndt e com verdadeiro ^
acta^ oiao jm
No principio desse imponente M.g. U^ ^
ombros honorários a meuc.onada
do SoK M . e
II,-. Repr. Part, |.. ut». fla
do Sap/. Gr.'. Or.'., (*r, • sectei..
A"?-'4L5'offCataa^arcSm;ence„cia, cujo estado é prospero e
N
um futuro <p,e nos parece
Usong^/ S—rada para
o melhor possível. -d e fervor)
fr&_ rei-
todos os seus OOdi. dieios
Solidários
suas columnas a paz, a ^naldac^e
nando em
tórnidade, em breve esta Aug.t, Loj, í**^0,»^4 do nosso Circulo.
duvida lhe compete entre as pr.me.ras

'1 se refere a posse cia Aug.. ^i- ±


BL

seiJnovo, empregados, oue


ffii 5HSST-da" maçonieo. ^^
têm de regêl-a no corrente anno
304

" Depois de abertos os trabalhos, e introduzidos os visitantes,


dispensarão as formalidades do cstylo, uma commissâo de
que senhoras,
membros de altos gráos deu ingresso ás Exmas. perten-
ás famílias dos irmãos da Loja, como se havia anterior-
centes
mente deliberado. ' .' ,
« Saudadas as Exmas. senhoras á sua entrada, e tocando a
tempo o Snr. Barão de Britenbauch, membro da Loja, uma
esse
assento no thro-
alegre e arrebatadora cavatina ao piano, tomarão
no as mesmas Exmas. senhoras.
« Dada a posse aos novos empregados, o Veneravel dingio as
senhoras uma concisa allocução relativa á causa que moti-
Exmas.
um tal convite, sendo o seu verdadeiro fim desviar dellas
vara
impressão desfavorável que porventura nutrissem por
qualquer execrando je-
effeito das malévolas doutrinas, que por um lado o
e outro o néscio vulgo propalavão contra a mais be-
suitismo, por
nefica instituição do Universo.
« Explicou-lhes a origem da Maçoneria, e quaes os seus ver-
concluindo demonstrar que em tão santa Insti-
dadeiros fins, por
se exercitavão actos de verdadeira caridade, e que ao
tuição só
de ser ella opposta á Religião e ao Estado, como na
contrario
apregoavão o ultramontanismo e os seus sectários,
actualidade
era antes o seu verdadeiro sustentaculo.
« Concluída esta allocução, o orador da Loja pronunciou um
eloqüente discurso análogo ao acto, e sustentando as explicações
acerca da Maçoneria pelo Veneravel; cujo discurso foi ouvi-
ciadas
do com a maior attenção, e devidamente applaudido.
« Ultimado o enthusiastico discurso do orador, forão distribui-
ramos de flores naturaes por todas as senhoras,
dos lindos
pelos visitantes, e membros da Loja.
" Encerrados os trabalhos foi convidada aExma.Sra. D.Rachel
de Freitas Bessa, digna esposa do Veneravel, para can-
Antonia
tar o hymno maçonico, acompanhada a piano pelo já dito Sr. Ba-
rão dé Britenbauch, findo o qual o Veneravel deu vivas á Loja
'
Capitular Progresso, ás Exmas. senhoras, e aos visitantes. „

O ÍRIS MAÇONICO-Acaba de apparecer em Maceió um jor-


destinado a advogar e os princípios maçonicos. O seu
nal propagar
numero nos revela o escriptor cortez, lógico e grave.
primeiro
- 305

« O verdadeiro Oriente.
• de nossos respeitáveis ir-
" Ma'i £« fAm andado alguns
incautos, pelo doce o melodioso
Ttèm
se tem dxtóo
» guiar,
* que £
exa ; os sentimentos
^^ Coitados pro-
canto com que iazao
curto enganar os «JW^ s
COBiptulheiroS dos
" M templos, colunmas po-
rt^lôs «dos nossos

das dissensoes .d. d., couta. ^ .


d„s campos
« Um dos nossos mmoiehdcNeicscoi Evangelhos
o juramento sagrado, #»« oriente
te inviolável a te eterna ^
cons
prestamos, de obediencm ligados pelos laços
^
á que nos achamos
respeitosa obediência..mcmdos grandes
u mystevios
y da
. H. qualidade de maçons, ^
temos a to M>— ^ande
s«me Ordem á que ^ ^
uma mesma famiha, uma ne neceB8ario8 e con-
mamos o poder,,i Instituição
e ligados, constituem a força e
e duracaoda^ nossa,V^
Jentes á estabilidade as o ^^
« Os resentimentos, as paixões asuct^
nos purificados umbiaes
não podem ter entrada
pios! . xrtlloiip« mie não têm a dita
. O cpre uos constitue de pensa-
luz e sem Sdauv a^ecWão
costumes
de conhecer a verdadeira ^f« a-™™ta o fc
mentes, a nobreza dos sentimentos
cie todas as obia^^°sobVe
e a pratica constante sublime que pres-
ver e os luminosos dictames do código
tamos todos os nossos juramentos. ^ do BrMÜ a0
« Unidos, como temos estado, ao wa™ , nos sa 0rdem,
e reguador da
Valle do Irradio, «nico legislador ^ ^
ao qual prestamos sempre toda a oDeu «temente
constantemente a recom-
Constituição, e do qual temos recebido
- 306

devida aos nossos trabalhos, não nos cumpre hoje, por


pensa duvida não tem
uma simples questão de capricho, na qual sem
bellos das nossas leis, abandonar o antigo
reinado os preceitos
Oriente, abrilhantado por tão distinctos irmãos, que
e respeitável
forão nossos amigos e protectores, para abraçarmos a
sempre
se transviando dos seus deveres maçomcos, fugindo
causa dos que,
e da tão convenientes aos nossos templos, se têm
da ordem paz
adversários rancorosos do Valle do Lavradio!
constituído
« Semelhante passo não seria tão somente uma injustiça da
mas sim falta de lealdade, inqualificável trai-
nossa parte; grande
ção pelo maior de todos os perjúrios!
« Entretanto, ha chegado ao nosso conhecimento, que um ir-
houve, se deixando influenciar até mesmo por sugges-
mão que
lhe forão lançadas por cabeças eivadas de
toes profanas, que
sahira, de porta em porta, com estudadas
exaltações políticas,
catechisando seus irmãos e convidando-os ao
e melifluas palavras
aherramento do dever e ao terrivel crime do perjúrio!
" Sim esse irmão, que tanto nos merece pelo seu talento e
cavillosa, que
reconhecidas virtudes, não pôde eximir-se da rede
cabeça lançarão os inimigos do nosso Valle!
sobre sua
« Elle chegou a desconhecer o motivo primordial de toda essa
benedictinos, para convencer-se da oppor-
: celeuma levantada pelos
tmidade legal, da mais horrível traição!
" E a sua obra realisou-se!
" Oh! Não vêm esses nossos irmãos, que nos deixão com
victimas
tanto desamor e sem a menor reflexão, que estão sendo
conhecem
de calculados planos e sinistras combinações! Não
como elles, o bem, amamos a verdade e de-
que nós, procuramos
sejamos a luz?!
" E por que nos desamparão?
" Por que nos deixão isolados, quando mais precisávamos das
seus conselhos, dos seus trabalhos e da sua as-
suas luzes, dos
sistencia?
" Mictão com a precisa moderação e despidos de. toda a
encarem de frente o novo idolo, que se propõem adorar.
paixão
" Não se persuadão que os benedictinos são os únicos que com-
o e desejão a regeneração das idéas; não. Os
batem jesuitismo
seus planos são todos politicos, e os seus manejos se revelão
hostis á pessoa do nosso Grão Mestre!
- 307

a nulo do se» despeito, a causa do


« É esta, somente esta,
seu desmando. • oriente de Maceió, des-
" E lei, que nSo consentidos
fiS-X «»
I*S ões e políticas, concorrer
J IZ discus partidárias su-
cavar -da mais a ruina da nossa
iTrossoTpí P«
blime Ordem?! presuinpçosamente apresentada para
' A *»*»*£, c não tem sido estu-
tf benedictinos que
motivar a irmãos, nós hoje publica-
^f^^ os n0SS08

*. a -* p—
ysr.âjr«r^-„
e desleal dos maçons benedictmos. c0„heceráõ que
. Leião e aprecem com a —^^« mis do
ass.ste, e que nao tomo constituição
to(,a a razão nos amor a ordem, P
do nosso
que victimas
'que nos rege.o «condido com
com a lealdade e sin-
. Sobre tudo que temos eM>e. bdo ese
ate a p
ceridade de maçon, aceresce toado
que
como ^
os bened ctoos do
* ^ g ^
um valle reconheerdo gpM^ ao
estrangeiros lhes nao tem Patenteaoo
« Outrotanto, porem, nao açoite ao lo
como ullic0
« Os mesmos Orientes, que o havialecoi
e vel,*,o neste «gSK da nossa su-
JW*
o giancie íe&w Sador
e protecçâo como
blime Ordem. *„««,«* em amplexos fraternaes,
. Convém, portanto que >f Tm^^prosperidade, força e
trabalhemos (
e, como dantes, £***£
1 »"^I1 ^ do saMo, justo
sublimidade da nossa.prezada Commeudador da Or-
do Gram-Mestre wam
m e poderoso malhete
dem ao Valle do Lavradio 1 „

SUSPENSÃO DE OKÍS^^DOT^O|0,
Noru U^Jomeu
-Dizem do Rio Grande do d da tòcna
do ^
Natal,
o virtuoso vigário da freguezia
Fagundes. io
- 308 —
* ¦ .

Este acto de severidade episcopal havia produzido, como é na-.


tural, geral e profundo desgosto.
Esse nosso caro e 111/. Ir/, deve resignar-se e saber esperar
com calma época mais christã; lembrando-se sempre que ha
alguma cousa de que nenhum Bispo o pode suspender — é do
conceito que goza um padre virtuoso entre os homens de bem
que o acatão e venerão.
E desse conceito e alta estima goza, sem duvida, o padre Fa~
gundes.
A sua consciência pode dar a essa suspensão o valor que ella
tem.

MERCADORIA DA SECRETARIA EPISCOPAL. — É sabido


que os contrahentes podem, em lugar da confissão auricular
obrigativa, lançar no cofre da mitra a quantia de cineo mil réis
por cada um.
É barato; mas é immoral.
Mas, neste ponto, manda quem pôde e deve ser cegamente obe-
decido.
Haverá entre musulmanos também esta arte de mandar'!
Garantimos a veracidade destes factos, que diariamente se re-
produzem.

MOLDE DA PROPAGANDA ADHESIONISTA DO GRUPO


BENEDICTINO. — Em seguida publicamos a carta imposta por
um propagandista benedictino, em viagem, a um seu amigo, c a
resposta que recebeu á sua miserável proposta. É datada do
Rio Novo, 22 de Abril, e dirigida a um nosso Resp/. e 111/. Ir/,
em Barbacena, digno Ven/. de uma Loj/. de nossa jiirisdicção.
O original está archivado nesta secretaria; se por acaso hou-
ver por ahi algum S. Thomé, que venha apreciar bellezas dissi-
dentes:
« Illm. Snr
« Rio Novo, 22 de Abril de 1873.
« Compadre, Amigo e Iiv.
« Aqui está o Snr. José Mathias de Sampaio Brito Lobo, que se
empenha comigo para que a Aug.-. e Resp.*. Loj.*. União Fraternal
reconheça como legitimo Oriente o Gr.*. Or.\ U.\ do B.\ ao Valle dos
Benedictinos, e que essa Loj.*. lhe preste obediência passando a per-
tencer-lhe.

#
— 309 -
¦¦¦¦*}

offerocidas por aquello Oriento são muito vantajo-


a As vantagens sem pagar nada e
seguintes: - Concede-lhe o gráo 33
S . íÈ são às aos 18 o 22 e concede licença para que
C°n ^ me o 30 e concede
• sem esse fim seja preciso gastar nada.
T„i seia Capitular que para
tem o 33 som gastar nada, eu tenho o 30 da
C* vê o comadre quo nada,
«.«.TiPira e fica a Loi.-. elevada a Capitular sem pagar
o H a todos o» membros des.a Lo^, o que anrma
XdoconZt deve lembrar-se a principio tinha-
S aos obreiros da mesma e que
áquelle Or.-. e que agora offerece-se esta
ZdeUbeíado o pertencer esta o «jr«r
oPm„it„ boa/ O Snr. Lobo aqui |tH.
Tas» qào ac, me responda com toda a
eZctma proposta acima e pede para que
a na certeza do ,.e o1. aqm se
SSo SO aooíta ou não proposta
espero sua decisão, no caso
Sá só até segunda-feira, dia em que
a e se não lhe fôr muito custoso pôde vir
ae The convenhf proposta elle vai lá para trata-
uLatum e caso não possa
ate aíui
mjm para um compadre tinha o gráo 30 e disse-me que lhe
ora d»s,iè tonha o 33 está tudo decidido o que
m *Ònò dioi ,ue fica a Loj. .
TmM ha sempre grande demora e que agora e ja e
mo toca, attendondo as vantagens
II &&"Tpia parte ,ue

a Aug.-. e Resp.'. Loj. . Cap. . Com


mas LLoj.'. do Pará e pertence
""'IVogtihe e -"*«"•£•'
considerar e ver se é conveniente
metiv<><*>*•££\«»|
com toda8a brevidade que é este o único carta da^sposto a
isto é, Capeie a
escreva-me Juiz de Fora, causa isto grande
não haja demora pois
&...., Juiz de Fora, para que
transtorno ao Snr. Lobo. mw u de 1873
aos 22 dias do
« Feita em lugar oceulto
P*'- Yv- « Vosso Ir/, e amigo,
« ¦
. . Gr.-. 18.-. »
" ' *

de me mandar uma carta com se-


« Muito me admira, meu Ir.-.,
meinante pronta I nun^e«i
da a ^ rede.ao pois
maiores Ve'°'^" "3
capaz de quebrar meu juramento, por M
e sempre a^p|W
sas e vaníagens que pudesse obter, ggW"
serviços e por actos de mérito Peo
honras adquiridas por prestados os
os aceita e quem
contrario cobrem de vergonha quem J^**
Muito admira que homens que querem ser Maçons P^^S
offerecendo-lhes em prêmio viUanTa,
desta vülania,
Maçons de serem perjuros, nao e*
mostrao que
honras e glorias!. . Pois com este procedimento e honra, que
tivão em seu seio sentimentos de probidade, nobreza
310
dos fins e da Maçonaria e que por isso nao
se compenetrarão preceitos
e todo o homem que se preza, e principalmente todo o
são Macous; ao de semelhante
isso ter pejo de pertencer grêmio
Maçon/devè por
Rente. sempre.
«O Sup.-. Arch.-. do Un.-. vos guie -^
« Barbacena, 25 de Abril de 1873. _
^ q ^
GiV. oi/. »

de LLoj/. e CCap/. para o presente


Administrações
anno maçon/. 5873.
- — ' — *
i ¦

E ORDEM, ao Or/. do Gr/. Pod/.


LOJ/. PHILANTROPIA
Centr.\-Ven.\, E. Moriamé, C.\ R/. f£, u.. «f..
1.° Vig/., Antônio José Pacheco, C..
o.» Vig/., J. Antônio Paiva, C.\ R/. T-'-
Orad/., José Joaquim Fontes Júnior, 3/.
Secíet/., George Becher, 3/.
Thes/., J. B. Sarthou, 31/.
• DOUS DE DEZEMBRO, ao Or/. do Gr/. Pod.-. Centr/.
LOJ
-Ven/., Joaquim José Fulgencio Carlos de Castro, 33/.
1• Vig/., Antônio Lopes da Costa, 30/.
<i'o Vig/., Bernardino José Ferreira, C.\ R/. ?*•'•
Figueiredo, 33/.
Orad/., Dr. Carlos Honorio de «f?/-.
Secret/., Júlio Veiga, C/. R,\
Thes/., José Domingues Passos, 33.-.
LOJ/. UNIÃO FRATERNAL, ao Or/. de Barbacena (Minas-
Geraes)'.—Ven.'., João Augusto da Rosa, 31/. .
1.° Vig/., Eduardo Augusto Dalloz, C.\ R/. T-'.
».• Vig/., José Pinto de Souza, C,\ R.\ 4«.\
Orad.*., Timotheo José Cordeiro Abranches Júnior.
>$.'.
Secret/., Roberto Henrique de Barros, C.\ R.\
Thes/., João Manoel de Oliveira Brazil, C.\ R/. ¥•'•
LOJ/. UNliO E COSTANCIA, ao Or/. da Bahia.-Ven/.,
Dr. Guilherme Pereira Rebello, 30.-.
1/ Vig/., João Goston, 30/.
2.° Vig/., Dr. Pedro Borges Leitão, 3.-.
Orad/., Dr. Firmino José Doria, 17/.
Secret/., Francisco José Rufino Salles, 17/.
Thes/., José Antônio Gomes da Cruz, C.\ R/. £•/.
— 311 -

• DE MARÇO, ao Or/. do Recife (Pernambuco).-


t íyt SEIS

' Tavares Coelho, C.. h.. *..


v I'. Daniel 3.
Ribeiro de Oliveira,
Orad'", Domingos de Siqueira Ferraz, 3..
S cíet-., José Vieira
José D® da Cunha, 3/.
!£•:,

• E HUMANIDADE ao Or.;. de Pelotas (Rio


, oi HONRA 30/.
i'' i$SnS - Ven • Vasco da Silva I eijo,
GT.dVig.%
deeSá'e Oliveira, «.•• R.. +. •
Cypriano Martins Corrêa, C..
». Vig/ José 3
• Antônio Lopes dos Santos,
Orad Merelnn, 3/
da Cunha
S-., Marcolino Gonçalves Guimarães, 3..
Tlies/., José Antônio

NICTHEROY, ao Or/ do Gr/. Pod/.


t m • T^PERANCA DE Magalhães, C..
de Qneiroz
Ce«"enü Antônio Joaqnim
R'i
»*VÍg:-., Antônio José da MottaC.\C.vR.^fr".
R.. *.*
o „ via- , Miguel José Mendes, C.. B.. * .
Fortnna e Silva
Orad?; José Domingues
Secret/., Antônio Carlosf^Gp.RW.%. G.. K.. IP- •
Tlies/., Manoel Antônio burlado,

Pod,. Centr,. -
DA ORDEM ao Or,. do G;v.
LOJ,. AMOR o... -*• • X- _
Ven • Dr José Thomaz de Lima, •
Chaves O . i.. *
Í/Víg.:. Manoel Gomes MonteiroJumor, 0.. R. • *• •
o Vig • José Francisco de Sá
|
Orad/., Roberto José Tavares, 6/. C • R. • *.
;

Secret/., João Prosper Philigret,
Joaquim dos Santos, C.. R.. IP-
Tlies/., Antônio

ao OrA do Gr,. Pod,.


LOJ,. UNIÃO E TRANQULLIDADE, C.. R, • *••
Centr/.- Ven/., José Manoel de Menezes,
Pinto Rangel C.. R.. *. •
1 .o Vig/., Manoel Ribeiro . ri. • T-•
2.» Vig/., Manoel Joaquim de ba, U
Figueiredo G.. K.. f.
Orad/ , Torquato dos Santos C-.K.- *• •
Secret/., Guilberme Gomes freira,
da Costa, C/. K.. T- •
Thes/., José Gomes
*
— 313

E UNIÃO, ao Or/. do Gr/. Pod/. Centr/.


LOJ' CARIDADE
—Ven • José Pedro das Neves, C.\ R/. *.'. R/.
o Claudino Antônio Gonçalves, C/. jy.
1 Vig/. G.vR/. *..
fi> Vie- José Henrique Castro Gomes,
José Luiz Villela Ramos, C/. R/. *.'.
Orad.*
Secret/., José Maria Pinto, 3/. t.. li,. «p- •
Thes.'., João Antônio Rodrigues,

ao Vai/, de Campos. — Arth/., Joaquim


CAP/. PROGRESSO,
Taussia de Bellido, 33/. Lisboa, r . p . -
C.. R.. *.,

1 Vig',, José Vieira de Mattos
* Sebastião Soares de Carvalho, C.\ R.\ *.'.
2° Vig ,
Orad/., Prudencio Joaquim de Bessa, 30/.CR..
Secret/., José Adolpho Pereira Coimbra, C.. tf..^
Thes/., Antônio Manoel da Silva Campos, *..

E CONSTÂNCIA, ao Vai/, da Bahia.—Arth/.,


CAP/. UNIÃO
Dr. Guilherme Pereira Rabello, 30/.
Io Vig/., João Goston, 30/. C.\ R,\ T-•
2» Vig* José Antônio Gomes da Cruz,
Orad/., Luiz Olympio Telles de Menezes, C.\ R/. */.
Secret/., Manoel da Costa Maia, C.\ R.\ t-'«
Pereira de Mattos, C.\ R/. ?$</.
Thes/., Augusto

CAP/. SEIS DE MARÇO, ao Vai/, do Recife (Pernambuco).


—Artli/., João Soares da Fonseca Velloso, 31/.
Io Vig/., Francisco de Paula Machado, 30/.
%'• Vig'/., Antônio José de Araújo Braga, C.\ R.\ *.*;
Orad/., Jesuino José Tavares, 33/.
Secret/., Joaquim Gonçalves Vieira Guimarães, 32/.
Thes/., Cláudio Dubeux, 31/.

CAP/. DOUS DE DEZEMBRO, ao Vai/, do Gr/. Pod/. Centr/.


— Arth/., Manoel Ribeiro Pinto Rangel, 30/.
l.° Vig/., Lauriano José Dias, 30/.
2.Q Vig/., José Joaquim da Costa, 30/.
Orad/., Joaquim José Fulgencio Carlos de Castro, 33/.
Secret/., Antônio Joaquim de Oliveira Coelho Júnior, C.\ R.\ T-'-
Thes/., José Domingues Passos, 33/.
V
— 313 —

DO NORTE, ao Vai:, do Gr:. Pod:.


mP. ESTRELLA 31:.
,C. ." Arth- LuizBcrutti,
Centr:.r^^o-' V p t icio (la Silva) 30:.
da Silva Guimarães 80a
Jí v!»-'' «co Joaquim _
Justino de A mcicla, 30..
W' Antônio
João Baptista Ricaldom, 32:.
Thesl"

AO TEABAT.HO ao Val-.doDv.-.l'od.-.Centi-.-.
CAP- AMOR de-.Carvalho Cunha, 31..
Jlrt;...Manoel José Pereira 31..
1°•• Vig*., Manoel Antônio
Justino de Sou» Gomes, 31..
t|-. João Lobão ò\..
Orad'?,• Francisco Antônio •
da Rocha, C.. R.. +.
W Delfim Ferreira 30.-.
Antônio Martins,
S-:; Joaquim

DA VIRTUDE,ao Vai,.do G,-.Pod,.Ceutr,.


CAP.-. AMPARO ionseca, o2 . .
-Arth:., José Augusto da
Augusto d Fonseca, áu..
l.o° Vig:.,• Manoel
o Via Casimiro Alves Villela, 30.. 30..
Oral'?;"Francisco Antônio do Souzatopos,
Secret:., Bento Domingues I«J^ Costa Braga, 3Q.
dü. .
Thes:., José dos Santos da
Pod.-.
CAP.-. ESPERANÇA DEwÕ&g"™:-*»0£ da 5 »* K
Centv.-.- Sapientis.-., Antônio de Jose .
Queiroz. alagam^ ,
1, Vig:., Antônio Joaquim C.. R, *• •
2.o Vig:., Antônio Pinto Mendes •
Pinta C, 3-. *•
Orad.-8, José Antônio de Souza iv.. i•?-. +
Secret:., Antônio Carlos César, Ç..
Gonçalves da Costa, U . rw T
Thes:., José Joaquim
ao Vai,.Jo Gr,.
CAP,. IGUALDADE E ™™fCIA da Silva bun
Pod:. Centr:.-Sapientis:., José Mana
^l.%-., de Azevedo C:. R:;
Manoel Alves Corrêa C.. • |y
*
2.o Vig:. Antônio José de Miranda Avintes,
Freitas 0. K- |;
*• •
Orad: , José Augusto da Silva Braga,^... .•
Secret:., Manoel Antônio da Costa *.
Caivalho, U.
Thes:., Antônio Teixeira de Mattos »

'M

¦¦¦.¦' ¦¦-,
.^',
%

314

EXPEDIENTE.
—*•

Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio


A Grande
aberta diariamente, das 9 cás 2 horas.
n. 53 K, acha-se

Gr.'. Com/, da Ordem despacha todos os


O Sob* Gr* M*
ou requerimentos serem entregues na
dias, devendo as petições
Gr.*. Secret/. Ger.*.

* da Ordem attende a todos os Maçons


„„Ger.*. <5npvpt •
O Gr Secret/.
na r„.
Gi. • oeciei.. Ger'
uei. •,. «»á 1 hora da tarde de
que o procurarem
todos os dias úteis. _______

ou informações que tenhão de ser publica-


Todas as noticias Redactor em
devem ser dirigidas ao
das no Boletim Official
chefe, rua do Lavradio n. 53 K.

tou. les rédacteurs autueis nona envoyons notre


M.Ü. prl.na
Men nous remettre en échange regul.erement leurs
Buliettn de vouloir
Journaux. n. oS K.
Adresse du Secretariai: - Rua do Lavradio
Rio de Janeiro. — Brcsil.

\y\/\ AAAAA ' V/V/Vv.' \^./>rvw^

Typ. do G-rande Oriente, ao Valle de Lavradio 53 K

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