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14-09-2019
GRUPO I
Leia o excerto de uma entrevista do Jornal de Letras à historiadora Isabel de Pina Baleiras. Em caso de
necessidade, consulte as notas apresentadas.
Leonor Teles passaria como a rainha má da nossa História […] Era uma mulher ambiciosa, que foi
interveniente politicamente, tanto em decisões régias, partilhadas com o rei D. Fernando, como na
diplomacia internacional. Reza a crónica de Fernão Lopes que tinha por amante o Conde Andeiro e que
manipulava efetivamente o poder. Se o tinha ou não, foi o que Isabel de Pina Baleiras procurou
averiguar na investigação de uma tese de mestrado que agora sai em livro, Leonor Teles, uma rainha
inesperada, mais um volume da coleção Rainhas de Portugal, que a Temas e Debates/Círculo de Leitores
tem vindo a publicar.
JL: Porque escolheu esta rainha tão mal afamada, que passou à História como «a aleivosa»?
Isabel de Pina Baleiras: Se calhar por esse lado supostamente maligno. Já no liceu, a Crise de 1383-1385
foi um período que me entusiasmou bastante. A época medieval, aliás, é aquela de que gosto mais, na
História de Portugal. E Leonor Teles, realmente, marcou-me, pela imagem de uma mulher bela,
sedutora, de alguma forma perversa. Sempre me atraíram as mulheres polémicas. Quando tive de
escolher o tema da tese de mestrado, interessou-me saber sobre o poder político desta rainha. E teve-
o?
Fernão Lopes diz que sim e depois praticamente toda a historiografia o vai repetir. Quis ver se outras
fontes o confirmaram. E creio que efetivamente foi uma rainha que teve poder político. Participou ao
lado do marido, D. Fernando, em muitas doações conjuntas.
(A) Explica que o poder de D. Leonor Teles fica comprovado pelos benefícios que conferia ao alto
clero e à nobreza.
(B) Reforça a ideia de generosidade de D. Fernando, citando dois cronistas da época.
(C) Publica a sua tese de mestrado com o título Leonor Teles, uma rainha inesperada.
(D) Atribui grande relevância a esta rainha por esta ter dirigido o processo de sucessão do reino,
particularmente na redação dos contratos de casamento de sua filha.
(E) Admite que «a aleivosa» tinha poder político, partilhando com o seu esposo a ação
governativa.
(F) Investiga, na sua tese de mestrado, a existência de um amante de Leonor Teles.
(G) Escolhe dedicar-se a esta rainha por ter ficado marcada pela imagem de mulher polémica que
a ela se associa.
2. Para responder a cada item, de 2.1 a 2.5, selecione a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto. Escreva o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2.3 Isabel de Pina Baleiras considera a escolha da «rainha tão mal afamada» (linha 9) como seu
objeto de estudo como resultado
(A) do seu fascínio pela imagem de mulheres belas, sedutoras e perversas.
(B) do seu entusiasmo pela crise de 1383-1385.
(C) das suas dúvidas acerca do poder político de D. Leonor Teles.
(D) da ideia da suposta malignidade que D. Leonor Teles teria.
GRUPO II
1. Classifique as palavras destacadas nas frases que se seguem, indicando a classe e a
subclasse.
a)«Fernão Lopes diz que sim e depois praticamente toda a historiografia o vai repetir.» (linha 16)
b)«(…) melhor se aceitaria e mais redentor seria o reinado bastardo […]» (linha 35)
2. Analise sintaticamente as frases apresentadas.
a) «Era uma mulher ambiciosa, que foi interveniente politicamente, […]» (linhas 1-2)
b) «[…] acredito que Fernão Lopes traduzia também uma certa mentalidade medieval […]» (linhas
36-37)
GRUPO III
A partir da leitura do texto apresentado, verifica-se que D. Leonor Teles se evidenciou no seu papel de
rainha consorte, quer durante o reinado do seu marido, sendo que D. Fernando apelou à participação
ativa da mulher no governo do reino, quer após a morte deste.
Escreva um texto no qual expresse a sua opinião sobre a igualdade ou as disparidades que existem entre
homens e mulheres na sociedade atual, nomeadamente no mundo profissional, apresentando razões e
exemplos ilustrativos que sustentem o seu ponto de vista.
O seu texto deve ter um mínimo de cento e oitenta e um máximo de duzentas e quarenta palavras.