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Gêneros do discurso e tipologia

textual
APÓS UMA REFLEXÃO SOBRE O DISCURSO E OS GÊNEROS DO DISCURSO NOS TEMAS ANTERIORES,
VAMOS DAR ATENÇÃO À DISTINÇÃO ENTRE TIPO E GÊNERO TEXTUAL ? DISTINÇÃO ESTA NECESSÁRIA
PRINCIPALMENTE QUANDO VAMOS TRABALHAR TEXTOS EM SALA DE AULA.

Nos temas anteriores, tratamos de questões ligadas ao discurso e ao gênero do discurso numa perspectiva
bakhtiniana, atividade esta que nos mostrou como é grande a possibilidade de gêneros que nos rodeiam.
Poderíamos, inclusive, afirmar que se trata de uma quantidade quase infinita, pois as nossas atividades

também são inúmeras. Como ficou claro, os gêneros estão diretamente ligados às nossas atividades. Vimos
também nas nossas análises que sempre trabalhamos com textos. Isso nos habilita a dizer que eles são

concretizações dos gêneros. Assim, quando tocamos na questão dos gêneros, passamos necessariamente
pelos textos (verbais e não verbais, orais e escritos).

Uma vez que damos atenção aos textos, quando falamos de gêneros, encontramos na teoria de alguns
autores – devidamente reconhecidos no cenário dos estudos linguísticos – a designação "gêneros textuais".

Neste tema vamos primeiro tratar teoricamente da diferença que se estabelece entre gênero e tipo textual.

Um manual deve ser elaborado da forma mais completa possível. Normalmente, pode conter as seguintes
partes básicas:

Para Marcuschi (2002, p. 22):

Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie desequência teoricamente
definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos,

tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia
dúzia de categorias conhecidas como:narração, argumentação, exposição, descrição,
injunção.

Veja que o autor estabelece cinco tipos de textos dos quais partem gêneros específicos. A seguir, vamos
especificar um pouco mais essa classificação do autor:

Tipo narrativo = aqui há os traços da narração como a conhecemos como,


por exemplo, a presença da dimensão de tempo, espaço, personagem, narrador;
uma trama composta por situação inicial, complicação, clímax, situação
final.
Tipo argumentativo = na argumentação há a necessidade de se defender
um ponto de vista, uma ideia, um fato.
Tipo expositivo = aqui a atividade principal é apresentar, expor um fato, uma
ideia, alguém , alguma coisa.
Tipo descritivo = a atividade aqui é relacionada com o levantamento de características de alguém, de
alguma coisa.
Injunção = aqui a ordem, o imperativo, a inquirição são atividades frequentes.
É importante destacar que um texto pode perfeitamente ser heterogêneo, ou seja, num único texto
podemos encontrar sequências de mais de um tipo textual. Um gênero como o conto de fada concretiza-se
por meio dos tipos narrativo (a trama da história) e descritivo (quando caracterizamos as personagens,

lugares etc).
Marcuschi (2002, p. 23) explica o conceito de gênero da seguinte maneira:

Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositadamente vaga para referir
os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais,

estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros
são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta
comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva,
reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio,
lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial,
resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica,

bate-papo por computador,aulas virtuais e assim por diante.

O autor reafirma o que já vimos em temas anteriores, principalmente quando expusemos a teoria
bakhtiniana, isso porque Marcuschi visita o arcabouço teórico de M. Bakhtin. Para ele, os tipos textuais são
de número reduzido, enquanto os gêneros são incontáveis – a lista que ele nos propôs já dá uma ideia sobre
esse fato e, principalmente, quando ele diz que os gêneros são textos materializados, ou seja, o que
produzimos nas nossas interações não são tipos textuais, são gêneros específicos que carregam marcas
de(os) tipo(s) textual(is).
Nessa proposta de tipologia e distinção dos textos e gêneros textuais, o mesmo autor ainda nos traz outro

elemento importante que é o domínio discursivo, definido por ele como:

uma esfera ou instância da produção discursiva humana. Esses domínios não são textos

nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. Do ponto


de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso
religioso, etc., já que as atividades jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem um
gênero em particular, mas dão origem a vários deles. (MARCUSCHI, 2002, p. 23-24).

Esta noção de domínio discursivo nos lembra que todo texto – manifestação concreta de um gênero,
suportado por um tipo textual – parte sempre de um lugar, de uma instância, de um domínio da sociedade
com as suas ideologias, interações, interlocutores, intenções específicos.
Depois de toda essa teoria, vamos trabalhar alguns textos específicos para entendermos como tudo isso
pode ser verificado na prática, principalmente como vários tipos podem ser encontrados num único gênero.

Observe o texto criado a seguir:


Uma possível análise da carta, na tentativa de se estabelecer exatamente onde se encontram os tipos de

textos, poderia ser a seguinte:


Note que estamos diante de um gênero (carta pessoal) materializado por meio de um texto composto por
sequências narrativas, descritivas, injuntivas, expositiva e argumentativa. É evidente que ele foi criado com

a intenção de que todas essas sequências aparecessem por uma questão didática, mas em outras cartas
podemos ter apenas dois ou três tipos de sequências.

EXERCÍCIOS (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/ling68/a20ex01_ling68.pdf)

REFERÊNCIA
http://www4.uninove.br/ojs/index.php/dialogia/article/viewFile/1567/1677

(http://www4.uninove.br/ojs/index.php/dialogia/article/viewFile/1567/1677)
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/g00003.htm

(http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/g00003.htm)
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São

Paulo: Parábola editorial, 2008.

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