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BÀASIL. MINISTERIO DO IMPERIO
MINISTRO ( CANDIDO josÉ DE ARAUJO VIANNA )
RELATORIO... DO ANNO DE 1840 APRESENTADO
ASSEMBLEA GERAL LEGISLATIVA NA SESSAO ORD1NARIA

DE 1841. ( PUBLICADO EM 1841 )

1
tFORiO'

A SEXOORDINAIUADE

1844,, ..

pEO*IN*nto E SECRfrÂ1UO DE ESTADO J)OS


NGOCI()S bo iMi*IÕ.
-:

-
- w. :--- -e-.--
tttitflo3 1Lcecntantt
tt1t1t
Cfl)Ot1

flaçao.

Cabe-me a honra de apresentar-vos o Relatorio


da Repartição dos Negocios cIo Imperio, a que presido
em virtude do Decreto de 23 de Março deste anno.
He efle o resultado de trabalhos, corn que deparei já
preparados , contendo , 'como he de uso, as .ousas
priflCipaeS. A estreiteza do tempo,. e a necéssidade de'.
dirigir a attençdo para' objectos., sobre os quaes cum-
pria' prover com urgencia , mal .podião permittir o
.

varia-
miudo, é pensado exame dos 'muitos,' e mui
dos assulnptOs, que estão no dominio da Repartição.
Forçoso me foi portanto dar-me somente á verifiéa-
cão dos factos, que oft'ereço
á vossa consideração, ,ac
crescentando ácerca deites as observações, . que occor-
rerem. Espero que relevareis quaesquer: omissõçs, e
me dareis occasião de ieparal-as , exigindo opportun.-
mente as informações , 'de que houverdes mister.
Primeiro que ,tudo: releva conimunicar-VÓS que
o importantissirnO Acto de 23 de Julho dp
nno pas-
sado , 'por virtude do qual Sua.
Magestade' o. impe-
rador entrou no exercicio dos Pôderes, que a Gonti- :accei_
tuição .Lhé cónfere:, foi , como era de' esperar,
to pela Nação: corn irrefragavéis provas dé .alég!ia, e
approvação. De todos os pontos do Imperio tern sidO
de amor,
trazidas ao Throno expressivas demonstrações d'Aquel-
e lealdade; e fervorosos votos pela conservação
porvir de or-
le, que he o principal Penhor de hum
dem, e de felicidade.'
Devo tanibem añnunciàr-vOS ';que o Acto solem-
ne da Sagração e ;Corõação de:Sua 1\'lagestade o Im-
perador:, tem de celebrar-se' 'nó décurso
da presente
nestá Ce-
Sessão. A pompá ,. corn quedeve pràceder-sé
remonia festiva, 'e magestósa, requer déspezasextraOF
dinarias, diante das quaes não esmoreceO o Govern9,
confiado em vosso patriotisrno, e esperançado de que
Governo tern
serão por vós approvadas. A regra que o
pr.escripto a si mesmo, como parte do programma'A'
ministrativo, que adoptara; de guardar severa econo-
mia, não he por certo violada quando a despeza,
que decreta, he destinada a rodear o Throno de es-
plendor; condiçâo cssciicii;doSysterna, que abrac.
mos, e n'hurna epoca singular na vida do Monarcha.
ELEIÇõE.

As Eleições :ultim.amenté feitas pára Deputados das


Asseinbléas Legislativas', e para. os Cargos Municipacs,
forão em diversos lugares acompanhadas ide agi.1'açes
mais, ou menos 'graves;' de abusos, e. excessos thais,
ou menos. escandalosos, segundo o gráo. dc efferves.
cencia das paixões postas em :movimento pelos parti-
.

dos que ern.taes occasiões só' procurã.o triumphar a


todoo.custo, sem curar: dakgalidade dos rnc'ios, que
empregão. pni'a. conseguirem desejado flm.' Os deifei.
:0.
tos de nossas '.LeisEleitoraes são ass'ás orthecidos, e.
a experie.ncia'; os teni tornado tão palpaveis, que; pas-
salaos 'em.resenha seria duvidar, de vosso. discern.imen-
to; e corno entaes Leis. assenta, principalmente o Sys.
tema Representativo, não admirará que ,. continuando
a falta. de providencias vigorosas, o edificio: social,
minado em sua base ,. venha', a desmantelar-se' pouco,
.

e pouco, até que'. alfitn sé aniquile. A volta:'succes-


siva de cada periodo eleitoral áugmenta de dia em dia
a nócessidade de Leis adequadas, .' e. a Nação as espera
de vossa: sabedoria, e .patriotismo.
.

PRESIDECXAS PROVI'CIAEs.

O esclarecido zelo do Corpo Legislativo Brasileiro


não podia deixar de attender ás' justas observações dos
meus antecessores a' respeito do aluguel 'de casas, re-
paro, e mobilia de Palacios: dos Presidentes das 'Pro-
vin'cias. Tendo a Lei de 26. de Setembro do anno pas-
sado consignada para. aqueles objectos huma quantia
razoavel, o Governo ultimamente exigio as informações,
'que lhe são indispensaveis pra fazer della a convenien-
te 'distribuição em tempo competente.. A mesma razão,
4e vos guiou naquella providencia, conduzir-vos-ha
tambem' na concessão de huma quantia para a cons-
Irucção de Palacios Presidénciaes nas Provincias, onde
os não 'ha ; merecendo nesta parte sem duvida toda a
r

preferencia a dG Rio de Janeiro. A avulLala »rna ,

com: que essa Provincta concorre para Ni-


cionaes deve grangear4he especial ..contemplaç4iô .;.sefl
do além! disto menós decoroso que em frene,; ea pe
quena distancia da Capital do Imperio, o Delegado .do
Governo Supremo doEstado a prneira;AuõriLtad0i de
bumaProviflCia:.tãOP0Pt10Sa, e rica ,,!reidae im
edificio acanhado, e de propriedade particular..
vido por estas considerações o Governo: mandou'
vantar a Planta, e fazer o Plano coOrçarnentO d.e
hum' Palacio com .a capacidade necessaria para aCWU-
modar: tambem aq.uellas Repartições', :;que:0U pra
para maior celeridade no andamento dos :n..egocios, iou.
mais constante , e facil fiscaliaçáo; devem: jes'tr em
contactO immediatoH, é debaixo dos othosdoP1eSi
dente. : Esta: despeza traá vantageni . Yazeiula Ru-
:

bli:ca', 'desonerand'o-a do pagamento :dealuguei:em


hum lugar., onde elle.s'sAo elevados 'talvez mUiIQ..além
d 'proporção, em que dev.iáo estar como 'valor d'o
i
predios.' : :

Devo aqui repetir-vosa indicaçâo:dei. buma13O'


videncia! muitas vezes lembrada em. a.guns
saSa.r
dês Relatorios:.: consiste ella em' transferiN5Para°
da
Governo Geral as nomeações dos
Provincias. Não cansarei vossa attenção expond9 que
zães , e principios Politicos , e AdiniuisLratiNOS
aconselhão esta medida, porque: cUes
tamente escapar á vossa penetração e sabedoria.
ASSEMBLE'AS PROVICIAtS.

A Assembléa Legislativa da Provincia das.,Alagoas'


Ie No'-
ainda não tinh effectuado a sua reutllão.em 9
veinbro do anno passado. Não pôde o Go.verno. dar
alê da
ontra :algu:ma providencia sobre. este objecto ,
exarada no Aviso dc 6 de Junho do mesmo aflhIO TC
commendada no de. i5 de Dezembro, a.quaLse.i'duz :para
á convocacão dos Supplentes , a. quem tocar
substituirem os Deputados, que estiverem
te impedidos, mortos, ou presos.
Na Provincia da Parahiba não pôde a respectiva
Assembléa Legislativa onstitnirse rto4óngo .pério& .de
trepe dias,'Fpassados.cmYcalorososdebàtes deSess6es. pre-
paratorias', ;os.quaes derão uga?asnirregularidades,
i ntrc duaio.h
ma lista :da votação : :ue -tinha' '.havidono Colleglo
de Bánaneiras.:m 'hiar daActaauThen'tic voae
de htma;noi
va ápuraço:OGoverno Imperial nâos4UIgou inüto
regular esta:, medida, como: fez conhecer ao Presidente
dà Provincia em;Avisode i3 'de NovembrG .do'anno
passado : maselia produzio: 'o;dcsejado- etreito ;e a As
sembléa'. immediatarneñte se constituio,
seustrábaIhos. » :: .. '
e ;encetou : os

A';'vista das irregularidades cômmettidas. :'na fiña


apuráção de»:votos:.para.Deputados.Provinciaes no 'cea-
rá onde aCamara Mnnicipat;apuradora- no só tinha'
deixado de :coútar :os'.:que.haiãorecahido em certas
pessoas; rnas atéex'ciuido. in.teira'menté: o 'Coilegio da
Granja ; e tendo-se ;tornadà tum.ultuaria a. mesa 'As
sembiéa, segundo as participaçes Ofllciaes; o .VicePre-
sidente da Pi'ovjncja toinou:: a dcisão de ;adialea, de
mandar proceder a;nova :auração4 'e de. suspender a
execuço dosseus actos Quanto á: primeirã pate jul-
gou 'oGoverno acertado o':.'procedimento Ido VicePie
sidente ;quantoporêrn:as.'outra.s foi4'iver.so .o:eu 'pa.
recer, comoLllleIez constar' ém'Aviso:da'thesma data:
do' que:.' a'cirna'.'deixo .citad'o. :.

ARCHIVO PUBLICO.

O Regulamento de 2 de Janeiro de 1838 incum-


bia'. ao'Ocja1 Major da.;Secrêtarja'.d'Estado: do Nego-
cios do Imperio a Directoria do Archivo Publico ;.e
aos Officiaes .e mais'Empregados,; os' trabalhós daquel-
la" nascente,r e indipensavel Rèpaitiçao': ieflectindo'.se
porêm que simil'bante incumbencja'. :oi.baívi.a" de: .pre_:
judicar 'o serviço da 'referida Seõretai'ia: d'Estado .dis
trahindodeila.. os braços -quëso neêessariospara o
expediente «dos' seus n'umerosos eimportantes»nego-
elos; ou havia de onerar 'consideravelmente a Fazenda
Publica com a'nomeaco dc maior numero dcOfIlciaes,
n

e mais
.Emprcgados', do .que aqueU;qt1e.osérViÇO
proprio daSecretaria éxge, .juLgou. o:.Governo:e em
aosi ncónveniefltes ponderados , desligarintei'.
atteIiÇ0.'
rainente huma. ..da. ;ontra .ReparLiço e pa:ra esteifim
eipedllo à:Decreto'de 25 de 'AbriL
do.annopassadO
ArchivO Publico. acha.se provido dos armar
emGbilia,4'íé .pateceo' .indispenavel para. eoineço»ido'
Etabelecimeflt0::. a pessoa nomeada por Dccreto de21

de'Mao .coadjuv?ar' o Official :Maio:4a

ções, quetinha'de. exercér no.ArchLvoPu1iUco ,.passou


dois
a:'occaparõlUgar' .de,.D.irector doinestho.Arthi'VO'
OftléiaeS :, hum dos: quaes. tem. o litulo 4e.Otficia'LMaior,
vâodesempénbanda os .trabathos de
e dois. Amanueíises,
penna na conformidade :.de.,búm
Reu1amento interno
dado pelo Governo : ,hum ,Põrteiro .,.e hum.:. Ajudante,
queserve athesmo'tempO' deContinuo, estãoénear .o
regados do serviço, que he proprio destesLugares..
futuro anno finaneáiro.i. perceberão ;estesEm.pregadósal
lns'é'ciment0S n'a proporção dauantia,qUe na Lei
de 26 dé Setembro do anne passdovotasteS.Parate
Estabelecimefltó. Ella: he demasiadamflte' diminuta ,.. e
do;.Orçamen.tO
o Governo espera' que .a:eleveis na,Lei;
que tendes de decretar. ';'Os .trabalhosa1gurnà.: tem .:corneçado
1entidão;
e,r'ivão..c'qnt'inuand0, aindaque corn
comO; h .iàevitavel no .::p.rincipiO. de huma. Repartição
de simlihante natureza, a flmide que .ascousasmat'
evite
chem desde logo com methodo,. e. ordém, e se
huma..conf.usãO de papeis, que .edja .o decurso de annos
..
pira e. desenredar ..

; . ''
ISTRtCÇ0 PUBLICA. '.. ... ..

;OSOS Estabeleci-
A conveniencia da 'reunião dos corpo 4e Uni-
mentos deInstrucção Superior em hum sido. por. tantas
versidadé na Capital do. Imperio tem. e em alguns
vezes tratada nos Relatorios anterioreS, discorrer
OCiOSO se torna,
delles por tal maneira, queporém 'burn dos. meus :..an
sobre .este assum pto; como no.Rélatono
tecessores offereceo: ao' Corpo Legislativo,
apresentado no principio da Sessão de 1839, huina
ndeaço, propondo a conservação dos Estabeleci-
montos: ora existentes nas Provincias, em quo se 'acho
coRocados , e ficando estes a cargo das mesmas Pro-
vincias forçoso he dizer-vos que o Governo actual con-
corda coin aquella' idea .pelo que toca á: Escola de Me.
dicirn daBahia, mas della:se aparta no que diz res-
peito :ás Escolas de Direitá. Com duas Faculdades de
Medicida em exercicio, lugares populosos , Provineias
inteiras ha, onde não existe hum só Professor de Sau-
de devidamente habilitado: com iguàl numero de Fa-
culdades, de Direito, muitas das pessoas nellas gradua-
das no tem podido entrar na carreira da Magistratura
por: 'Mta de Lugares, nem 'encontrar no 'Foro subsis-
tencia por su'perahundancia de Advogados.
Os Mappas juntos debaixo dos N." 1 e 2, mos-
trão. o'resultado dos trabalhos em cada hum dos nos-
sos: Cursos 3uridicos no ultimo anne lectivo. No da
Cidade de S. 'Paulo pertendeo-se estabelecer a provi.
dencia..de serem os alumnos obrigados a justificar suas
faltas 'nas Congregaç5es mensaes, ficando inhibidos de
o fazerem na Congregação do fim do anno. O Gover-
no. Teonheceo que esta medida era util; mas obser-
vando por outra parte que ella he con traria aos res-
pectivos Estatutos , resolveo subrneuer este objecto á
vossa consideração para resolverdes , como julgardes
conveniente. O Officio do Director vos será para este
fim remettido em occasião opportuna.
Concluindo o que. tenho para dizer a respeito destes
Estabelecimentos, cumpre-me ponderar-vos que 'a crea-
cão de Cadeiras de Direito Administrativo, e de 'Direito
Romano, lembrada no ultimo Relatorio, he objecto
digno da vossa particular uenção. A affluencia, e
gravidade dos negocios tem inhibido o Governo de
promover a formação do plano scientifico,. de que no
mesmo Belatorio 'se fa.iIou., para regular os Estudos Pi'e-
paratorios; as esta necessidade será satisfeita com a
possvei prontidão. , . .

'Pelos :Mappas.j.untos em N.°3 e .4 , conheceeis


o dos trabalhos do ultimõ annoy lectivo nas
duas Escolas dc Medicina. Huma das principaes neces-
sidades destes Estabelecimentos he o augmento em O
numero dos Substitutos O
actual he limitado em re-
lação ás materias , que compoem
cadahuma das See-
necessario
çCS, e por isso tern sido algumas vezes
accurnular nos Lentes o ser'viço do Magisterio, ou
servirem os Substitutos fóta das suas Secções ; reme-
dios estes , que não (leixão de envolver alguns in-
convenientes. Esta nccessidade pode ser satisfeita sem
dispendio da Faienda Publica, creando-&e huma classe
d'e Substitutos honorarios, da qual se tirem os
Subs-
titutos eftectivos. O Governo c'hania com instancia a
vossa altençãO sobre esta providencia
que já no an-
tecedente Relatorio foi offerecida á vossa consideração
Eu me reporto ao mesmo Relatorio no que diz res-
peito á conveniencia de se exigirem para a admissão
dos alumnos ás nossas Escolas de Medicina o conheci-
mento das Linguas Grega e Ingleza assim corno o
da Algebra, e o da Geographia.
Passando a tratar da Escola de. Medicina do Rio
dc Janeiro cabe-me a satisfação de communicar-V0S
que tern havido regularidade no ensino, e aproveita-
mento nos aluamos. Os embaraços, que tem appare-
ciclo na combinação dos Estatutos (IC Paris com o Pro-
de huma
jecto em vigor ; a necessidade da creação premios a fa-
Escola pratica , e do estabelecimento de
vor dos discipulos mais distinctos, obrigão o Goyerno
Estatutos, que
a recornmendar á vossa solicitude os
se achão submettidos á vossa approvacãO. pertenCefl
Os Gabinetes de Physica, e Chimica,
suflicienterflcflte pro.
tes á Escola, de que fallo, ficarão logoque cheguem
idos dos respectivos instrumentos esperão
os que ultimamente se encomrnendárão, e se respeito
de Paris ; outro tanto porém não acontecepossivel
a
ex-
do Gabinete Cirurgico AnatornicO. Não he Operações , e
plicar-se sem instrumentos Anatomia que no fu-
Clinica Cirurgica o Governo confia em razoavel para
turo Orçamento consignareis huma quantia referidos
ser desde logo etripregada na acqulSlÇãO dos quan-
objectos. He indispensavel que lambem consignelS
Obras Scien-
tia para se concluir a compra das principaes deste
tificas , dc que deve estar provida a Bibliotheca des-
Est.abelecirneiito : feito , ternos só de occorrer a
lo

peza. da subscripçiio 'de algumas outrasperiodicas , que


pela sua importancia m'creço ser aIR cullocadas.
Por vezes vos tem sido ponderada a necessidade
de bum Horto Botanico para o ensino da respectiva
Sciencia; estaes informados pelO Relatorio, que vos
foi apresentado no' principio da 'Sessão de: 1839 , de
que o Governo começou a aender'a essa necessidade
pelo Decreto de16de Abril do anno antecedente; cum-
pre-me. agora dizer-vos que pelo de 18 de Abril do
anno passado se deo realidade ao que até então estava
em simples projecto. Por este Decreto foi intrinamente
encarregado da Direccio do Jardim Botanico estabele-
cido no Passeio Publico desta Córte o habit,' e activo
Naturalista Luiz 11'iedeI, com a Gratificação annual de
Rs. 6OO000: seus cuidados em pregárão-se immediata.-
mente em- distribuir, e amanhar o terreno, e em
adquirir plantas , e sementes, para o que de quasi
nenhum auxilio lhe servio o mesmo Passeio , nem o
Jardim Botanico da Lagoa ; sendo-lhe portanto' indis-
pensavel empregar alli , com louvavel generosidade',
muitas das que cultiva rio seu Horto particular, per-
tencendo humas á sua propria coileccão,' e outras á
coileccão da Sociedade Promotora' da Industria 1a-
cional; Corporação esta digna tambem de elogio, pelo
zelo, com que promove, quanto está ao seu alcance;
ludo o que 'pode concorrer para a prosperidade 'do
Pau nos objectos proprios da sua instituição. Estão
actualmente distribuidas , e plantadas mais de 400 es-
pecies de plantas pertencentes a varias' familias : ou-
tras tantas existem em caixas, viveiros , e sementei-
ras. O Governo espera que, dedicando a este nascente,
e importante Estabelecimento a attenção, que merece,
o habiliteis com os meios necessarios não só para lhe
dar maior desenvolvimento , como tambem para retri-
buir ao seu. Director, sc não de bunia maneira cor-
respondente ,' ao menos mais approximada ao seu zelo
e ás suas luzes.
Passando a tratar do edificio , em que se acha
estabelecida a Escola de Medicina desta Córte, o Go-
verno ultimamente mandou proceder ao concerto do
telhado , e ao 'dc huma das ea5as, para a qual he in
11

dispensavel, e urgente transferir-se a Secretaria da

ma Esco.la',vist0que se faz: precisa para deposito de


instrumentos 'de' Physica' e 'ou;tros ,' a que actualmente
está :occupa4a com aquelia Repartição. Não trato de
outras obras de maior importancia, porquanto., sul.sis-
tindo a. idea de se arrazar o morro do Castello., fra
imprudente fazer despezas, que hão de ficar inutilisadas.
A Escola de Medicina da Bahia continúa.com re-
gularidlade, e aproveitamento dos alu,mnos; porém soifre
gravissimas. faltas., muitasdas quaes' dev.em.eausar con-
siderav.eL. prejuizo ao ensino. Carece aquella Escola de
accommodações para Aulas, Secretaria, sala de Douto-
ramentos , e de Concursos; carece de mobilia; carece
de instrumentos para as. Aulas dc P.hysica, Anatomia,
e Operações; carece de hum Gabinete de Historia Na-
tural , e. Materia; Medica; he finalmente indispensavel
que se fação algumas obras para arranjo do seu La-
boratorioChimico ,,e que se.estabeieça hum Horto para
as lições de Botanica. A Bibliotheca deste Estabeleci-
mento. foi, augmentada com divêrsas Obras, que ulti-
mamente lhe chegárdo de França.
Concluirei o que tenho para dizer a respeito da
Escola de. Medicina da Bahia , 'trazendo . ao vosso co-
nhecimento que at ao meado de Outubro do anno
passado nenhum candidato se havia; alli apresentado ao
Lugar de Medico viajante. Em .14 daqueiie mez o Di-
rector representou ao Govern.o a 'convenie'ncia de se
conferir , a: exemplo do que se havia praticadna. Es-
cola de Medicina da Carte, aqueUe Lugar a algum .

dos lentes Proprietarios, ou Substitutos, que o dese-


jasse, vencendo alêm do seu Ordenado, e Gratifica-
ção., a quantia que-está destinada, a esta Corninissão;
mas o Governo entendeo que, sem embargo do. pre-
cedente apontado devia limitar-se a trazer ao VOSSO
conhecimento este objecto, e aguardar a decisão, que
vos aprouver dar-lhe.
No Coliegio dc Pedro Segundo estiverão em exer-
cicio, durante o anno lectivo passado, as Aulas de Gram-
matica ?acional ;, as das Linguas Grega, Latina, In-
gleza, e Franceza ; bem como as de Chronologia,
Bistoria. Patria., Arithmetica Algebra Geometria,
'12

Descnho , e Musica vocal sendo dc 42 o numero tIe


alum nos internos, e de 28 o dos alumnos externos,
que as frcquentáro. Hum Decreto datado do i..°
Fevereiro do corrente anuo ampliou, a sete annos o
curso completo dos estudos daquelle Colleglo, que es-
tava reduzido a seis annos e marcou os objectos do'
ensino, que em cadabum daquelles annos devia ter
lugar. Por Aviso de 3 do referido mez se designáro
os Classicos, que se devião traduzir em cadahum dos
annos nas Aulas de Linguas. Pelo que respeita ao cdi-
ficio , concluio-se o dormitorio grande , tanto no pa-
vimento terreo, como no superior. A obra, que mais
u'ge actualmente , he o reparo da Igreja , e a intro-
ducção de agua no edificio: a isto prestará o Governo
em tempo competente a sua auenção, habilitado, como
se acha, com os fundos d.ecretaios na Lei de 26 d
Setembro do anno passado.
No Mappa N. 5 se vos apresenta o resultado dos
trabalhos do ultimo anno lectivo nas duas Aulas , que
se achão debaixo da inspecção immediata do Tribunal
da Junta do Commercio. As providencias , que mais ur-
gem , para que daquelas Aulas se colhão os fructos
que se esperavão da sua instituição, reduzem-se, como
no antecedente Relatorio SC VOS expoz , á nomeação
de Lente proprietario para a Cadeira dos estudos de
hum dos annos á de hum Substituto, que sirva em
qualquer das Cadeiras nos impedimentos dos Lentes
finalmente á exigencia do conhecimento das Linguas
Franceza, e Ingleza, como condição indispensavel para
a matricula dos alumnos. O Governo julga de sumrna
importancia, e muito recommenda ao vosso zelo os me-
Ihoramentos apontados, assim como a sorte dos Pro-
fessores cujos Ordenados são sem duvida demasiada-
mente diminutos.
Comparando o Mappa, que vos offereço debaixo
do N. 6, com os que acorn panhárão os Relatorios an-
tecedentes , conhecereis que a nossa mocidade, creada
debaixo do belo Ceo do Brasil, continúa a dedicar-se
com enthusjasmo ao estudo das Bellas Artes na res-
pectiva Academia. No antecedente Relatorio se encofl-
trao ideas tão exactas, e tão uteis a respeito deste
'I)
importante Establccirnento, que o Governo as adopta
em toda a sua extensão , e com
eflicacia recommenda
não
á illustrada consideração do Corpo Legislativo ,
so no interesse de se abrir huma carreira distincta aoS
mancebos amantes daqueflas Artes, cemo tambem no
de se amaciarem os costumes, e levar-seogosto, e
a civilisaçáo áquellas das nossas
Pi'oviuvias ,.onde ella
está ainda muito atrazala. Pelo que respeita ao edificio,
pequena despeza se fez corn die durante o an.no pas-
sado : trata-se da acquisição dos predios por onde
deve abrir-se a nova rua cm frente da Academia das Bel-
Ias Artes. até á de S. Francisco de Paula; mas pelo que
até ao presente tem occorrido, parece que aquelle meiho-
ramento, cuja importancia , e urgencia, vos tem sido
por vezes ponderada, demandará Liuma despeza muito
superior á quantia, que para ella tendes consignado;
Não be este burn dos objectos , que se possa fazer
lentarnente : tern de ser comprados por huma vez os
predios precisos para aquelle fim : o Governo. pois es-
pera que auendendo a esta circunstancia, o habiliteis
com os meios necessarios para realisar a indicada compra.
Pelo Mappa junto em N. 7 conhecereis quantos
alum nos frequentárão durante o anno passado, no Mu-
niciplo da Côrte, as Aulas de Instrucção Secundaria,
assim como as de Instrucção Primaria destinadas :a
ensino dos individuos de hum , e de.outro sexo. O
Governo creou huma Escola para meninos no: CuratG
de Santa Cruz, e duas para meninas em S.: Chnsto-.
'vão, e na Freguezia de Paquetá, as quaes serão bre-
vemente providas.
Forçoso he confessar-vos que tanto a InstruCçao
Secundaria, como a Primaria, se acha no mesmo es-
Acon-
tado , que vos foi presente no Relatorio anterior.
tecimentos extraordinarios, e cuidados de outra ordem,
absorvérdo a auenção do Governo dc maneira que
não foi possivel dedicar se á organisacão do
Regula-
ÚS pro-
mento , que projectava dar á primeira , nem
videncias, que.a segunda exige. .Com effeito sem aquelle
Regulamento a Instrucção Secundaria continuaráaquellas
na es-
pede de desamparo , em que. se acha sem
providencias as ESCOlaS Prmat'ias deixarão de preencher
44
osséus .fins,."cothoatê 'agora'tem acoritucIo.' fl.
dosprimeirOs"iPaSsOS, que ao. Governo cumpre: dar
respeito destas :':he:scm duvidamand'ar levantar Pian-
tas , e:fazer Orçamentos' tlo .edificios' inchspensaveis
pata :a 'sua accomrnodação :ao menos na's Freguezias
da Cidade do Rio der'Janeiro :" sem que taes.- edifi cios
exlsião,:'.be ':inevitavet:"subordinar osytema'ds'Es_
colas' ás pro.põrçôeS 'das casas-, em que"eUns se esta-
belecem ,':enurIca poderemos conseguir ari.gorosa obser-
vancia «do Ensino Mutuo, corno 'a Lei prescreve. O
Governo prestará' .com 'urgcncia a sua.' attençio 'a' este
objecto, 'e trará ao vosso ;coühecimento o: resultado
das' diligencias, a que mandar proceder, para que pos-
saes tomal.o na devida consideração.'
Se as próvidencias . 'que'são .indispensa'veis 'a res-
peito' dos edificios' requerem demora, e' :avuEtada des-
peza de .capitaes , de outra -tanibem 'carece a' Instruc-
ção «Primariá, que. mais dependem' 'da contadedoLe-
gislador, do 'que de :dispendio da Fazenda 'Publica.
fuma deltas he a habilitação (los Professores. Quão
melindrosa,' e difllcil cousa 'seja preenche.r dignam ente
o encargo' de Preceptor da mocidade apenas sabida
das faixas infantis', está desenvolvido no: ultimo Re-
Iatorio; por isso ; o Governo julga de, sum ma impor-
tancia que os candidatos ás Çadeiras de Instrucção: Pri-
maria não :só:reuri,ão, aos mais, conhecimentos, que
devem possuir ,:;'os de Grammatica Latina., .e Philoso-
pina Racional», como no dito ReI,atorio, se propoz-,
mas tambem que 'sejão hoinens:de exemplar compor-
tamento. Factos se tem apresentado , '.que. levão o Go-
verno a recommendar com a maior instancia á C0fl
sideraço do Corpo Legislativo estas ultimas circuns-
tancias.
Outra providencia he o direito de inspecção sU
prema, de que 'deve estar revestido o Governo sobre
,

todas as Escolas , Aulas , e Collegios particulares , '8


com muito maior, razão a respeiLo daquetles dos', refe-
ridos Estabelecimentos, .que são dedicados á InstrucçãO
Primaria., ou em que esta faz parte das materias-,
que nelles'se ensinão. He por ventura a educação da
mocidade objecto de tão pcquena monta, que' se Con-
iu
I

si'n1a.na'éxistenc'ia de hu'ina muitdo-.de-casasdaquelIa


natureza . sem .que o' Governo tenha mui' partkula'r
conhecimento: do cabeça-de.- cadahunia'dssas- càsat',
das babilitaçes dos seus Professoresdas materas.'do
ensino 'da' pureza das doutrinas ,;: e. da maneirapor
que tanto o'. Director 'do,',.Estabeleciniento ,'comõ ós
mesmos- Professores desem-penhão as obri gaç6es para
com''as' pessoas .j: que lhes confio os seus filhos, -ou
os-, seus. 'tutlados?" Parece incrivel-', .Senhores', mas
he boina, triste verdade"que tudo isto se ignora naCa-pi-
tal do Imperio. Não me alargarei- mais sobre esta ma-
teria : importante- serviço fareis sem duvida ao Es
tado, se dedicardes , como he de esperar , a- vossa
atienção ás providencias, que ficão apontadas.
O'.Governo usaráem- tempo competente da' auto-
risação,.:que the conferistes-na Lei- de 26 de.Setem-
bro do anuo -'passado: para fazer na Bibliotheca Publica
a alteração,' quevos:havia sido-proposta. No- catalogo,
a que' se .deo pinci.pio;env-'Janeiro do'.'anno. passado-,
achão-se járeiacionadas todas asObrasdo gabinete dos
Classicos ,' contendo perto--de sete :mii.voiumes; algum
trabalho 'se.. tem feito :,n'as dos Gabinetes do Infantado,
e do Conde da Barca. 'Muito conveniente seria que
huma 'disposição Legislativa 'obrigasse todas- as. Typa-
graphias do Imperio :'a depositar na Bibliotheca - Pu-
blica daCrte burn exemplar' de cadahurna das obras,
que-imprimissem. Quauto.'-ás acquisiçôeS feitas'- por
compra, ou por donativo forão ellas. de pequenaun-
.

portancia no decurso do anuo -passado, se exceptuar-Se


do::numero destas ultimas as Obras offerecidas pelo
pela Aca-
nosso Enviado'- E,traordinario em Lisboa , e
demiaReüI das Sciencias daque-ila' Cidadeem-'lhefez -retri-.
buição ao presente, que o Governo do Brasil
da, Flora Fluminense, e alguns 'ManuscriptOS dados,
de
pelo Conselheiro José Paulo de' Figueiroa Nabuco
Araujo.. .

pas-
Existem :na Bibliotheca Publica cento e quinze
Ga
tas, contendo,,documentos manuscriPtos sobre o
verno.'Portuguez na :Regencia do: Senhor D. 3ooVI,
pas-
os' quaes, - por: morte:do Marquei de Santo Amaro
sarão do -seu abinctc particular' para aquelle -Estabe-
16
.iecimento:. Talv.ez:. grande- ;ffl.mer,O desses:. documentos
nteresse aoGoverno Portuguez,' e.S'eja. para nósobje
eLo de m'era;curiosidade: assimfazse indispensavel huni
:escrop:uloso exame. naqueles papeis .; e sendo verdadeira
a, supposiçã ,. .;em. que estou, convirá agenciar, a troca
;delles. por. outros que.interessem ao Brasil , etenháo
passado. daqueUa Bi blioTheca ..para Lis'boa', qua.odo..o
mesmo Senhor :0. loão 7iregressou.a PorLgal:':..
He 'tempo:, Senhores, de começar a charnaravossa
.aU.ençáo para a.. construcção de húm 'edificio .com»: a
commodidades , que são inclispensaveis. em huma Bi-
..bliotheca Aquelle, eia que».a' nossa está colocada,
he demasiada.men.te.:acanhado em relação ao grande nu-
mero de: volumes ,. de: que ella se com poem; não [em
hum SÓ Gab:inete reservado ,. eji que qualquer. litte-
xato possa dedicar-se a huma.. leitura mais m.editada
..flna1mente:.está; exposto a hu'm. inconveniente '.terri-
vel , qual. as incursõesdo. cu.pinl., que ali tem sido
mui frequentes, a.pezar.da mais avtiva vigilancia em
.evital-as', e da mais eUicaz: actividade em extinguir
aquelle: verme. destiuidor. He bem.. para temer ciuc. em
alguma occasião soifranios naquelle Estabelecimento con-
s'ideravel damno
Poucas , e de pequena iroportancia forão as acqui-
.siçes de Productos Na turaes, que o Musu Nacional
fez no. decurso, do 'anno passado; die. porêm se acha
actualmente, provido de algumas Obras Scient.iflcas in-
dispensaveis para a classificação dos.4variados objectos,
que .contêm aqu1le Estabelecimento.;.'
Como na 'Lei de 26 de Setembro do. anao pas-
sado hab1lLtasies o Go.vernõ para providenciar sobre. a
melhor .classiflcãção, e conservaÇão -dos Productos,
iada.por ora me cumpre dizer sobre este .pofltO 'p0-
rem. Insistirei no que nos antecedentes Relatorios SC
tem ponderado. a respeito das providencias relativas nãO'
só a acquisicao de novos Productos, e substituição .:da
queues, cujos exemplares, em consequencia de.trocas,
ou 'das 'deterioracõescausadas. pelo tem o VãOSe re-
uzindo ..a.pequeno numero., mas Lambem. á. necessi-
dade de se :ampliar o 'espaço, melhorando-se o pavi-
fllento terreo, que,. inferior ao nivcl da rua, e p01'
cousequencia humido, pouca serventa presta e4c0n*

cluindOsé o edi&cio, como se acha .projectao0


existente S0 necessarias algumas aIteraçes, cujde
peza .incluiüdo. as !obras necessarias para se ;lev&fttar

o: 'pavimento terreo, stá'orçda:eti


Como a :instrucção.da objectode
trânscendentei unportancia :": seguindo o exempio :de meà
a,nteceSSOreS'aqU1' vos apresentarei em resumO.aSifl
forinaçôeS':, que:sobreeLLe :c01hi 'nos Relatorios Pro
vinciaes , que depois' da vossa ultima reunido: annuaL
chegado a' esta Repartição "
tern
Os Estabelecimentos Publicos deinstrucçã0' Pr
maria', e Secundaria, 'forão': frequentadós duraúte'
0
: por
anno passado, no Termo' da Cidade da Bahia
2.13 alumnos. Haveñdó consideravel úurnero de Cot-
legios ; i e Aulas .pàrticulares ntende' o Presidente ,da
Provincia quet a educação da moàidade nãó heath
deiada em reprehensivel desprezo.
'As' vinte' Esoias de' Primeiras'. Letras que estão
dessimi'nada pela Proincia: do R:io,'. Grande do' Norte
para o, ensúó dos meninos, forãó
,
frequentadas por
77 alumnos : '107 ine:ninas"se aproveitárão das' tres
Escolas'dedicadas á 'instrucçã6 'do seu se'o. No' Athe
neo da Capital da Provincia a Aula' dé Philosophia
Geometria 7:,:.á de
teve apenas hum alumno, a de AuLa's.de La-
Latim 28, a de:.Francez 6. A quatrodiversos outros
tim : que' se' chão estabelecidas 'eii
pontos': da Provincia, tiverãó '44 alumnos.
'Sobe a mais d I .O7& o numero
de meninos,
que frequentárão as Escolas: PubUcàs de
Primeiras Letras
naProvincia do Ceará: 1O3.meni,flaSreCe0
iflStrUC
estabelécidas para
cão nas. poucas:, que ahli se achão
:altimnos' frequen
a'.ethicação 'do séú seo.:;ApenaS3
tão. a Aula de:Logica, e outros tantos a de numerode
Rhetorica.
Nãoexcede ?
Publicas se dedi
atumnos, que . nas respectivas Aulas
Cão ao: estudo: dá: Lingua Latiná..
Provincta do
Segundo observou o: Presidente da'respeCtiV0'
.

As
Pará: nó iltiino Relatorio' apresentado á
Elementar. não se
sernbéa Legisativa, a InsirlicçãO
acha animada, nem' 'bem dirigida naquehla .Provincia"
Is

o. que não' he. para admirar, attent'as as ckcunStancas


cxtraordinarias., cm que ella tem: 'estado. As.. Escolas
de.',Pri.meir.as Letras para meninos.'contavão eiità'o 729
alamnos: as de meninas someiite .25. PêlO que. res-
peita: aos Estudos Secundarios; 1Q alumnos se. dedica.
vâoá.hilosaphia, 17. á .Geon tria:;3 á Rhetorica,
46'á'.Lingua..L:ativa.,:;.e 2. .'Lingua.'Franëeza. He
tal o estado. .daquella: Provincia. .. depois ,:das :ho.rriveis
corAmoçes: alli occorridas, que 'chega:. a. experimen-
tar-se falta de. pessoas mediocremente. habilitadas para
o Magisterio da 1nstrucço El eatar, ô qual em
muitos; Iugarsifoiindispensavel co.m.mettér. provisoria-
mente aôs Parochos, para'. não .. cóntinuar a barbaria,
a que a mais deenfreada anarehia : a redüzo.
Re digno de lastima o. estado, a que: se acha. re-
duzida . a InstL'ucção Publica na. Proincia de Mato
.

GossQ. De treze Cadeiras. desUn'ads Instrucção E[e


mentar dos meninos somente oito .chão providas:
as: quatro Cadei&as, que estão. creada& para' o énsino
das meninas ,': existem .todasl vagas, e o znésmõ acon
tece cam as. de: Fran.cez, Rhetorica:, Philosophia, e
.

Geometria. A Escolas de.., Primeiras Letras en exer-


cicio:. apenas con.tão 185 alumnos: 16. alíi:mnos. Ire-
quentão: as. duas.. nicas Aulas de Latinidadé, 4ue.'ha
na Provincia, .

Aindaque não.; excedesse a. &468. a numero de


meninos, e a; :605 o dé meninas, qué frequentárão as
respectivas Escolas. .de. Instrucção .Priniaria na. Provia-
cia de. Minas Geraes, com4tudo' eleva-se a 9.00,0 o nU
mero. das .pesoas.' de. huiü e Outro sexo, que. se ma-
tricularão;. e daqui. se, pode inferir, que, se a fre-
quencia não he tal,, como póde , e deve, desejar-se,
nem a falta de vontade, nem a falta de convicção
. .

da necessidade destes. estudos.., concorre 'para isso. 41.5


alumnos frequentarão as: numerosas Aulas Secu.ndarias
dessiminadas peia Próvincia , 'segundo consta do i\/iap.pa
N.° 7 appenso ao Relatoiio do:Presidente. :0 Governo
Imperial V.10: com .s'aLiação que no; dia. 15 de Agosto
do. anno passado se inaugurou: na. Capital da Provin
cia hum Collegio, em. cujos Estatuios se contêm as
disposiç6es, que parecêrão mais uteis, do Coilegio de
119

Pedro Segundo Naquélle .Collegib estern actualmente


creadas as .segtnntes CadMast! i: Escola Norrnal;
2a ,.de'L;ttith de i?rancez Geographiti, cHis-
tona 4a ,:de inlez; de ,Anith:metica , Geom.
triaPiana Desenho-Linear, e Agrimensura; 6e
7., de Pharmacia 8, 'de.P:hitospphia. c Rhëtoricaj
g.a de GeométHa4: e Tigdnothetria O numerô totl
que freqüentão as
Aulas indicadas, .obè a 137.
Passando ;Pr&,inia de S Paulo consta que :8.7
alum nos aili .frequéñtthi as cihco, Aulas de Latinidade,
que se' achão em exercitho: .385 meninos, 232 me-
ninas a pplicãose ao estudo das Primeiras Letras nas
respect.iva' Escolas;: . ': -'
Na' 'Prov.incia ae;S. .Cathain-a 361 meninos, e
63 meñi'nis ,::fi:ecpientárão: as Escolas Primarias des-
i.inadas á irlstru'ç&o de hüm,:. e de outro sexo: a
.

Aula de Latinidade contou apenas 7. discipulos: a de


Rhetorica, e::'Philpsohia,.assim cõmo a. de Geome-
tria, estiverão dértas.
Concluirei o presente artigo com huma obseva-
cão, e vem a ser, que em quasi todas as Provincias
se experimenta, como fla do Pará, grande faltaj de
pessoas habilitadas para o Magisterio.

AGRICULTURA..

Começando este artigo pelo Jardim Botanlco da


Lagoa de Rodrigo de Freitas, cumpre-me dizer-vos
que naquelle Estabelecimento tiverão Lugar, no de-
curso. do anno passado, os trabalhos ordinarios de
conservação; não. perrnittin4o a falta de braços uteis
que se désse o cOnveniente desenvolvimento á sua
plantação, e se. cuidasse em substituir por arvores
nO

vas as que estão: reduzidas a esqueletos, as que ca-


minhio para este estado.
Por alguns dos. antecedentes Relatorios tereis
Co-

nhecido que. o Govérno algumas diligencias tem em-e


pregado para conseguirmos a producção d seda,
augmentarmos com ella o numero dos preciosos obje-
(tOS, que possuimos: umpI'e.me agora informar-vos
quo no principio de Fevéreiro.deste anuo o Director
renetteó á Secretariá de Estadó, a que actualmente.
présido,. .hma.'boa porçáode casulos 'fabricados no
Jardim pe!os. respectivos insectos; tendo estes sido ali
mentados com folhas de boas amoreiras, que já exis-
tem .acli'madas ';: é propagadas. no terreno daquelle Es-
tabelecimento. Os casulos .forão remettidos a Fructuoso
Luiz da Moita, pessoa muito intelligente naquella ma-
teria, para proceder aos convenientes exames. O re-
sultado deites hé mui saLisfactorio. Segundo informa
o mencionado Fructüoso Luiz da Motta a seda he de
superior qualidade, :e de producção mais vantajosa,
do que 'na Europa. ''

Como tenho tratado do Jardim Botanko da Lagoa,


concluirei o que em particular teúho para dizer a res-
peito delle, pondrando. que', sendo mui diminuta a
quantia destinada na Lei.de20 de Outubro de 1833 para
a construcçãó de hum portão de alguma maneira cor-
respondente ao Estabelecimento, não' selem dado começo
a esta obra, que poderá custar 8 .00OOOO rs. sem faltar
na importancia da grade
Pelos Relatorios da Sociedade Meclico-Botanica, e
de outras Corporações da Cidade de Londres, está o
Governo informado de que oichá produzido no Jardim
Botanico da Lagoa de Rodrigo de Freitas, e na Pro-
vincia de S. Paulo, he geralmente de boa qualidade;
mas que precisa de algum aperfeiçoamento na mani-
pulação, e abatimento no preço, para poder concorrer
com os da China. Aqu.eiles Relatorios forão commu-
nicados não só ao Director do mencionádo Jardim e
ao Presidente da. Provincja de S. Paulo, mas tambein
ao de i\linas Geraes, para fazerem o conveniente uso
das observações, que nelles . se contêm: he de esperar
que a industria Brasileira deltas se 'aproveite e. que,
tendo vencido ja» as maiores dificuldades., chegue em
poucos annos a possuir mais esta. fonte perenne de ri-
queza. Na Provincia do Espirito Santo, ;e na dasAla-
goas, começa a tentar-se a cultura daquelia, e de outras
.

plantas Asiaticas; e no intuito 'de favorecer taes dis-


posições tem o Governo remettido aos respectivos Pre
s entes algumas sementes.
21

Faltárâo absoliLàmente inføt4iaçesa respeito do


estadO 'da üossa agricultura nas diversa' Provincias
a penas se cnhece q'e a de Minas vai deixando as
ariscadas empresas"da mineração do ouro; para sede.
dicar a ella; eqUe na do Ceará começa a desenvol-'
ver-se a cultura do caf, do qual existem -já .valiosas
plantações em Baturitë, Aratanha, e Maranguape
MiERAÇ0.

No ultimo Relatorio fostes informados do resul-


tado das explorações do Di'. Julio Parigot: na -Pro vincia
das Alagoas, e em Camaragibe, relativas á. sup posta
existencia de carvão de pedra naquelles lugares; cum-
pre-me ag atrazer ao vosso conhecimento o resul-
tado das indagações do dito Dr. Parigot na Provincia
de Santa Catharina. Eis-aqui as suas expressões a.este
respeito, extrahidas da Meinoria, que dirigio ao Go-
verno coin data de 8 de Janeiro do corrente anno «Na
« Provincia de Santa.
Catharina encontra-se hum ter-
« reno carbonifero, consideravel pela sua extensão. Este
« terreno occupa liuma grande parte dos sertões, que
« começão na Provincia do Rio Grande,- e segue a
provalveliflente á
« direcção da serra principal, até observa-
« Provincia de S. Paulo., onde, segundo as
« ções, devem estar os seus limites do Norte:será
assim
de
a extensão deste terreno do Norteandará
(C
ao Sul
de oito a
cenT leguas; a -sua largura media
«dez kguas. Dimensões tão' vastas em extensão não
c(

deixão em duvida que a profundidade deste terreno


tra-
«seja-igualmente grande; entretanto os primeiros
devem ter
« baihos, que se praticarem nas minas
incerteza a simi-
« -por fim remover toda, e qualquer
«lhante respeito, e ao mesmo tempo obter-se ehum es-
« conhecimento positivo do numero, qualidade
« pessura. das camadas.» veIOS de carvão no
0--Dr. .Parigot abrio hum dos descobrio:
barranco denominado Passa Dois, e ali
Camadas espessas de hydrate de ferro.
1.0

2.° Carvão de pedra meio_bitumifl00


3.° Schistos bituminosOS.
22
A. presença do fer1'o nest'es terrenOs he de hum
valor extraordinario porque a'lli: se.:encontra o metai
juntamente com õ combustive!, que he necessario para
a sua' manipulaçao A natureza au nos apresentah unia
fonte de riqueza., o nos ÓtFerece ao mesmo tempo os
meios de a podèrmõs aproveitar, facilitando a cons-
tracção de estradas .d& ferro para transporte tanto do
combustivel, como deste mineral.
llama questão, Senhores, pode suscitar-se, e vem
a ser: se o Governo deve explorar as minas, ou li-
mitar-se a fazer as concesses, e deixar a exploração
aosparticulares. O. Governo entende que a questão deve
ser resolvida pela primeira parte:, fundando-se para
isso era tres razões capitaes: a primeira consiste na
manifesta iinprudencia, que. haveria em se fazeremcon-
cesscs., sem se possuir. haia conhecimento. exaclo do
valor da. coisa concedida: a segnda era que, vendo
os particulares o proveito, que o Governo tirar da sua
exploracão ,concorrerão em muito maiOr numero,. serão
as suas proposts mais vantajosas para o Estado, e os
seus trabalhos conduzidos corn aquelle ardor, que a cer-
teza do lucro costuma produzir, e que se não encontra
nas especulacões novas, corno esta be entre nós: a ter-
ceirafinalmente, em evitarmos que as nossas mínas sejão
injustamente desacreditadas. e in beneficio da impor taçio
do carvo estrãngeiro.
Sei que tem passado como principio inquestionavel
que os Governos nunca explorão com proveito; mas
exemplos em contrario nos offerece a Suecia, o Ela-
novre, a Saxonia, a Austria, e a Belgica. Bons Re-
gulamentos faráo que o Governo encontre utilidade,
onde a encontrão os particulares. He de esperar, Se-
nhores., que tomeis este objecto em pronta considera-
ço, vIsto: que o Governo não pôde nelle progredir,
sem quepara. isso o autoriseis com a f;rculdade, e meios
necessarios para dar principio aos trabalhOs, que se
devera seguir ás investigacões, que estão feitas, e as
que se continuão a fazer para conhecimento das vias'
de transporte desde o ponto, que for agora escolhido
para a primeira lavra:, até ao embarque no Rio de S.
Francisco, e por etle abaixo á sua foz.
23

Por oficio, do Presidente da Provinciada Bahia


f0i, O Governo Imperial informado de. ter apparecido
ouro, e diamantes, na Serra de Assurúá, pertencente
á Comarca do Ilio de S. Francisco Remeueo..se aquelle
Oficio á Repartição dos Negocios da Fazenda, para sr
por .ella tomado em consideração o seu objecto, a res
peito. do qual nada mais tem chegado ao meu conhe.
cimento.
o antecedente Relatorio se vos connuuni.cóu. a
descoberta de' huma mina de. ferro na Serra do. Pa
sira, e se. 'ponderou a urgente necessidade de prover-se
ácerca da conservação das matas visinhas, e da acquL
siçãó de terreno', em que haja'. pedra calcaria :. he de
espécar,' Senhores, que tomeis este objecto em. con
sideração. Tambem naquelle Rel'atorio se. vos (illou das
indicios. de huma mina de prata nasa visinhanças desta
C.rte, segundo. as explorações do.Dr.'Roque Schuch ,.:as-
sim como na descoberta de huma de.antirnonio em
Pauto; mas nada posso por ora accrescen tar ao, que então
vos ti com.mnnicado a respeito destes objectos.
COMMERCIO.

Ainda desta vez não foi posivel. apresentar-VOS


hum quadro das nossas relações commerciaeS com os
paizes estrangeiros no decurso do anno financeiro pas-
sado.. Somente. 1a Provincia de Santa Catharina se re-
cebêrão,:esthrecimentos áquel;le respeito'., e aqui; o.ff&
reço á vossa consideração o seu resultado.' unicoS'
Monitevkleo, e o,s Estados Unidos farão . os
paizes, que, no periodo referido, t.iverão relações.
.COifl-

merciaes directas com .aq:uella. Provincia.; e: no res-


mencionados.' Es..
pectivo :Mappa figura o primeiro. dos
tados. com a. importação de diversos generos no vatoi
d.c. Rs.. 51 .834t25, e os outros
com a . inipntacãO
tambem. de diversos generos noval.or de 'Rs. 4591
G25.

Peanida a estas 'quantias a de Rs. 6..564150p' impoctaÇO


v.enienLe de pesca, temos o valor total da.
exportação ye-se que
Rs..62.9893OO. Pelo Mappa da
o valor da que se . effectuou para Montevideo foi de
Rs. 3G.813561 , e da que teve lugar para. os Es..
24
tados Unidos'foide Rs. 1Q.616150;' parcelas estas,
que, 'reunidas kde Rs. 2O4.00O,.importaneia dc ge.
'zieros remettidos. pra Goa , formão o total de Rs,
49.633711 ; sendo por tanto a importação. superior
'á exportação no valor de Rs. 13.355589.
A proveitando -me dos succintos esciarecimeatos, que
8e; 'encontrão no ültimó Relatorioapresentadp pelo Pre..
sidente da Provincia do Pará á respectiva Assembléa
Legislativa, posso informar:-vos; que a importação dos
paizes estrangeiros para aquella Provincia no anno de
1839'a 1840 foi no valor de Rs.899.577233, e a
esportação da Próvincia para portos ':estrangeiros no
de lis.: 1.O92.949579; ha;vendo por tanto a favor
da exportação h.uinadi1ferença de Rs. 193.372346.
Comparadas as differenças' a favor da exportação com
as diferenças éontra efl&,. naquele anno, e nos dois
antecedentes,. tira-se o. resultado' de que a exportação
excede nesse periodo á 'importacão no' valor de Rs.
203 308. 268. .; . .

Terminarei este pequeno A rti go asseverando-vos


que novas ordens se remettêrão ás respectivas Pro-
vindas para se obterem os elementos necessarios á for-
macão de hum quadro completo a respeito de objecto
tão importante. '

INDUSTRIA.

Não tem chegado ao Governo informações algu-


mas a respeito do estado prospero, ou decadente, dos
Estabelecimentos industriaes, de que em seus ilda-
torios tern tratado os meus antecessores:' ellas serão
brevemente exigidas. .

-
Pelo ultimo Relatorjo do Presidente da Provincia
.

do Ceará, apresentado á respectiva Assembléa Legis-


lativa, va-se que a industria fabril alli deve. 'começar
a desenvolver-se; não podendo aquela Provincia com-
petir com as outras na. agricultura, e tendo tocado o
seu termo natural na creação 'dos gados. Nas margens
do 'Rio .Jaguaribe se alimenta grande. quantidade de
rebanhos de' oveihas, cujas lãs se perdem, e poderiao
ser utilmente aproveitadas, exportando-se, ou fabri
.

cando.se alguns tecidos: na Comarca d.o Sobral já SC


w
b t

ça
grande quantidade de atanados ,: e lie muito. rnaiov
de courama miuda , que dafli annualmonte se ex-
porta. Na Pro'inca de Santa Catharina a eoncurrefl-
ca de fazendas estrangeiras Ior baixo preçoá teinani-
qual se
quilado a industria (los tecidos grosseiros ,
davão corn algum proveito as classes mais indigentes.
Por Deciito de 28 de Julho do anno passdo
cóncedeOse a' João iorge Young hum Privilegio: Ex.-
cttisTVo portnte annos para fabricar pannos de. todas
as qualidades , tinto de lá, como de
peito de gado
vaccum , e eavaliar , pelo niethodo inventado por R-
,brtsone melhorado por Robinson, dibaio (las con-
(hçöe.s expressadas no referido 1)ecrcto. Aquella con-
cessão tem de vos ser apresentada,. a fim de que lhe
concedaes a approvação, de que depetide.
POPtLAÇO.

Continua a mesma obscuridade, em que at aora


temos existido a-respeito da nossa população. Debalde
se tem tratado zdeste objecto nos Relatorios da Repar-
tiçio a meu cargo: parece que os Administradores Pro-
vinciaes descouheceni a necessidade destes esclareci-
mentos, que entretanto são indispenSaveis parademui- re-
tos calculos Administrativos ; fi.endo-se digno
paro que as Provincias, onde, pela sua se iUustraÇO
organiSa-
se deve presümir maior facilidade; para Clii. qne
rem. OS: respectivos Quadros, são aqueltas
trabalhos.
menos se tem cuidado de similliantes trazido ao vosso
Nos: Relatorios antecedentes tem-se colher a
conhecimento tudo, quanto o Governo pôde ao que
respeito dete1mportante objecto: acereScelitareldos Pre-
nelles estádito o que consta dos Relatorios
sidentes das Provincias do Pará, e Mato Grosso, ulti-
Legislativas das
marnente ap-resentados ás Assembléas da pu-
mesmas Provincias. Pelo Mappa cio Presidente
da Provincla o nu-
meira (lá-se á Comarca da CapitalBrag1flÇá o de 9.782;
mero de :70 158 habitantes; á de formando tudo
- e á do Baixo Amazonas o de 30.020, a estas
a somma total de 109.960 pessoas.
Juntaiido
o numero dc 30 a 40.000, que muitos auribuein ao
4
26
Alto Amazonas, resulta o total dt '140.00o .a1mis
porém a referido Presidente jul;a este computo
inferior á realidade , e crê que se a' Provincia não
coQtêin' mais de .200,000 habitantes, no contêai de
certo muito. menos.' Acerescenta elle que ,a populacão
tern .consideravelmente decrescido não só pelo que res-
peita aosque nascêrüo entre nós, como pelo que toca
aos Indios aldeados: que Aldêas , e tiigar's existião,
ha sessenta, ou setenta 'annos, corn trezenlas, e mais
casas, e hoje se achão quasi désertas, ou inteiramente
desapparecêráo. Este eff'eito attribue. o Presidente a in-
numeras circunstancias., e considera como principacs
dellas á devastação, de quê tem sido tlieatro., a Previu-
eia, e o 'abandono,. cm que ficárão desde muito, tempo
os Indigenas. os'quaes, faltando-lhes Directores pru-
dentes, que soubessem conserval-os em sociedade, e
manter nelics o amor ao trabalho, abandonárão o novo
modo de existencia , e recolhrrão-se ás brenhas, em
que.nascêrão. O mesmo decrescimento de população
se:observa na Provincia do Ceará, a respeito dn qual,
scgurdo a opinião do respectivo Preidente, milita a
mesma razão, que acabo de referir.
Passando á Provincia de Mato Grosso, aval'iase
a população livre dos Districtos de Santa Anna da
Chapada, Parr.ahiba , e Cidade de 'fdato Grosso , em
7.987 homens,' e 9.257 mulherés, prefazendo o total
de :17.244 pessoas: avalia-se a população captiva em
3.399 homens, e'2.638 mulheres, fazendo o total de
6.037 individuos. 'Reunidas as duas sommas resulta
que o total geral 'da' população naquelles Distrktos he
de 23.81. Com.parando-se a população livre com a
captiva, 'vê-se que ha huma' diferença de '11.207 pCS
soas a favor da. primeira. O Presidente. (la Provincia
observa que considera irnperí'eitissimo o'Mappa da po-
pulação, porque apresenta. burn resultado muito me-
nor, do que na realidade 'deve ser.
Pelo Mappa em .N.° 8 conhecereis quantos Con-
sorcios, baptismos, e obitos tiverão lugar, durante o
anuo passado, no Municipio da Carte.
7

CTILC11ESE, E CIVTJilSAÇ0 nos IND1GEAS.

Convencido o Governo de que a melhor maneira


de' trazer os Indigenas á civilisacão, e de fazer por
este modo cessar as mortes ,
e os estragos, que commet-.
tem nas suas frequentes incursões, era promover a. sua
catechese, mandou para est fim vir da Europa vinda
oito
:da
Missionarios Capuchinhos, e promoverá a
oUtOS se para isso for por vós habilitadO com os
fundos precisos. rfres desses Missonarios ficárão na
Provincia de Pernambuco, em consequenCia de requi-
icào do respectivo Presidente: dois forão mandados
para a' Provincia do Maranhão, pi. assim o haver outros
pedid o Reverendo Bispo daquella Diocese:
dois partirão para a Provincia de Goraz, onde' mui
necessaria se torna a sua presença: restava nesta Côrte
o Prefeito daquelles
Religiosos, que., não podendo ser
empregado, segundo os Estatutos da sua Ordem, seta
ter outro em sua companhit"r.eccbe0 Aviso para dos
re-
que
gressar a Pernambuco, donde dev,e 'vir humProvincia
aUi ficárão, o qual está destinado para a
destes 1\lissio-
do Espirito Santo. Corn o transporte
narios até Pernambuco fez-se a despeza de £ de 37,7,3.
maior
Disse que o Governo promoverá a vinda VÓS ha-
numero de Missionarios, se para isso for por algumas
bilitado., e corn effeito as
.circunstanciaS de
providen9ia.
Provincias reclamão com urgencia estade Goaz ricas
Na parte Septentrional da Provincia achão inteiramente
Fazendas, e ingues pastagens se dos Indios e
abandonadas, por causa das incursões
civilisação, ou aquella
ou estes' hão de ser chamados á estado primi-
1arte da Provjncia ha de cahir no seu Iridios Coroa-
tivo: na' Provincia de Mato Grosso osgeral, que Cofl-
dos in festão grande parte da estrada S. Lourenço,
duz a Goyaz, e as jmediaç6e do Riointuito de afu-
na estrada nova do Piquiri, com o
a frequenta-la;
gentarem os viandantes, que começão Cabixis, e Parecis,
e o mesmo praticão os BororóS, oriental do Rio
que occupão quasi toda a margem Amazonas, tão
Gelera: na Provjncia do Pará o Alto conta huma
povoado de Nações de indigenaS, apenas
SÓ MisSO, C ,P,:flhl:fl1CVO dc incflos ldeados.., que (F»
outro tempo s.c elevava a. sessenta mil,. acha-se hoje
reduzido a menos de metade:. na Proviucia do Ceará
acontece o mesmo ,. 'que nesta ..ultima na de Santa .

Catharina, os BoLecudos não cessão de repetir as suas


hostil idades. .

Tendo chegado. ;&. esta :C&te o Chere cio huma


t1s tribos de.Indigenas da Irovincia.do Espirito Santo,
G,uido ,Pocran.e., UlgOU conveniente o Governo, man-
.

dar distribuirp1os.individuos daquella, e de outras


trib:us,, algtius objectos, .que, para isso foiào rernettidos
ao Presidente da :Pt07iflC1a, não excedendo ,o seu Va-
br á, quaI!tia. de..:Rs. ,56.7'OOO: da mesma maneira se
portou Presidente da, Provincia de Mato Grosso com
Os, individuos2:de ,vaia .:tribus., que app.ar.ecêrão na
Capita1da referida .Provincia. ,OGovrno .ulga.objecto
de..summa 1capottancia que os Indi.genas sintao o peso
de.;nossas.armas,,. qúatdo riosaceommettexern; mas con-
vem que eNes experimentem tairthem pela .nôssa libe.
alid'ade os ef1eUosda ci.'ilisaco., para que m:is. f-
dilmente abandonem a. vida errante, chat bara ,..v m que
se '.cÕtserão., e abracem. a que. se.. lhes offert'ce. Cim-
p're .po.is que. no futaro Orçamento cousigueis. quantia
para .ser .emregada. em. tao. importante ohjeto.
Veio á prse.n.ca do GoVerno hum }Atuo para. ai-
deamduLo. dos. 'iradio, que povodo as :margens; do Rio
S. Math.eu.s. Esse pkuio foi remettido;. ao, resideute da
Provmncia do Espirito Santo. 'para '.ifot'rnar-sobrea sua
utilidade., :e sobre a possibilidade de erxutado. Logo
.

chegue a. infør. inação ei.gida,. o. Ço!e1'io, tomara


este objecto na;.ctnsideraeào,.de que for digno..

COLON!SÀÇo.. ... S

He este hum objecto, sobie o qual o Goerno julga


dever chamar 'om .'instancjaTa' vossa A fe solicitude.2

devida aos. Tratados ordena que ceSse ó. trafico. da' es-


cravatura, a L isiacão.: vigente corn ma rigorosas penas
contra 'os. que nelle, se empre.gão; entretanto be. for-
çoso., confessar que:, apezar'davigilaneia dos:CruzadQI'eS
Brasileiros , e Britanicos, apczr das d.iligcncis do Go
20
verno, csse trafico continua. Despendemos sovniias con
sideraveis côm cruzeiros, arruina:mos. as fortunas de
rnuitOP'tl, sem conseguinos os. fins, aque
nos dirigimos. Corn effeito assim deve acontecer, por
quesedecretou a abolição do trafico, mas nãó se pro.
denetoUs0bre a maneira de supprir-se a falta de. braços
que cssa,aboliço deixava para os trabalhos da lavoura.
Pensa.oGov.er110 que a eoncesso de terras a jnd.jfduos,
ou:Cornpanhias, que as cultivem corn braços. livres; que
a. concessão de vantagens aos lavradores
que
actuaes4

forem substituindo por esses braços os captivos, que


ernpregãO; são os meios mais eIl'icazes, de que podemos
lançar rnào, e que não encontrão na sua execução os gra-
vissjmos 1.inconvenientes. da colonisação -feita por conta
do Governo. Povoar 'o 'Brasilá. custa somente dos Co-
('res Publ.icos»he( seja-me .perniittida .a.express$o) huma
verdadeira chimera; esperar que os Agentes .do Governo
le.v,rn ao ponto de exactidão, que se deve desejar., o
exame sobre o. proedimento dos individuos,:, que se
propoern: a.eIuigra.r, para que não recebamos pessoas
turbulentas,. ou de huma moral corrompida, ou final-
mente inuteis , em. lugar. de. trabalhadores aptos, bem
eomportados,e pacificos-, lie outra..Os exemplos, de casa
a respeito da. colonisação feita . por sinuilhante systema
sobejamente nos adverte dos seus inconvenienLeS. A co-
lonisação pelo meio. indicado...he sem duvida a melhor:
na. acqU.t
Os particulares., . .queetn pregão os- seus capitaeS
sição. de braços.. para os seus propriOS trabalhos, são
.05

penultimo
mais interessados na boa escolha delles. No segundoas
Relatorio se apontárão os lugares, em que,
informações até então obtidas, se podem assentar nu-
merosas Colonias. intuito de
O Presidente da Provincia da Pará, nopromover o
povoar algunslugares importantes e de 5 de
desenvolvimento da' agricultura,, fundou, no dia
Maio do anno- passado hurna Colonia de INacioneS:fl.t
indivi'
margem direita do Araguary. Setenta e quatro' dos
duos entre homens, mulheres, crianças, provados nu-a
instrumentos necessarios para a lavoura, formão o da
cleo daquella nascente povoaÇãO que, na epoca
apresentação do Relatorio do referido Presidente a res
3t,

pectiva Âsembléa ,' jâ devia contar mais dc cem lessoas;


-PassandoáProvincia de Santa Catharina , que ai-
guma coisa se tem esforçado por fazer neste objecto,
colhe-se das informace' dadas peIo Presidente á res-
pectiva Assembléa Legislativa que a Colonia denomi-
nada de S. Pedro foi infeliz pela má situação d;ms ter-
i'as, que se lhe disiribuirão'; vai porém prosperando a
das Tejucas Grandes, assim' como a de Ita:jahy 'Grande.
'ota-se que entre as' pessOas, que (ormãó estas Colo-
nias, são os Allernãs as mais activas e 'industriosas.
A parte, que el!es 'oceupãõ, promeue florecer em pouco
tempo.
Cabeaquicommunicar--vos' que rwsta Carte se acha
o Dr. Mure,--esirangeiro 'instru-ido , que na-qualidade
de Agente de liumaasociaçào :industrjal oganisada em
Paris com o intuito dc estabelecer-se no Im'perio, so-
licitou a protecção do Govérno para lhe franquear os
meios de investigar hum lugar apropriado para assento
de huma Colonia, co Governo, pela n'ianeiraque pôde,
prestou-se a estaj pertenção, reõmmendando-a ao Pre-
sidente' da. Provincia de Santa -Catharina' :onde o' refe-
rido Dr. deparnomo sitio desejado. Não tem e Go-
-verno acceita'doas ulte'iores propostas do Dr.'Mure para
oransjiorte, e sustentacão dos colonos no decurso do
primeiro anhio'dd sua emigraçio, por não estar corn-
petenternenie. autorisado por :vós, e por depender este
negocio. de. muito serias investigacões; eiitrttanto i'eeo-
n'hece que a introduccão, de colonos tão importantes,
como os que promette o Dr.' Mure, será de grandis-
simo interesse: para- -o Imperio.

SAUDE PUBLiCA.

He agradavel Ler -de participar-vos que no decurso


do anno passado nenhuma enfermidade 'de 'caracter In-
dernico , ou -epidemico se manifestou nesta Cidade, -e
seu 'Municipjo.
A Junta da Instituição Vaccinica desta Carte con-
tinúa em' seus trabalhos com a costumada regularidade.
Desde o-principio cio anno passado até meado de Fe-
vereiro do corrente alli se vaccinárão 2,2O2 j)OSSO15,
3'i

das quaes forâo julgadas corn .bóa vaccina, 1 .193; no


11uizeráo continuar a ser vaccinadas,.' depois de haver
falhado a segunda , e terceira vaecinaço., 49.
nárão-Se pOVObSCrvaçàO .16 individuos qUC prPSIJThiO
ter.m já tido vaceina. ãO comparet'êràO nainstitui-
cao 944 das.. pessoas. vaccinadas , tendo maior pa re
a

deUa deixado dc .o faier: por. itulisculpavel deleixo


Diversas Provnças , e alguns Municipis' da do l%io
de .Jaiieiro, for.o su'ppi'idas de' fluido 'accinico (anto
em. laminas, conto em crostas. O trabalho desta: Re-
partiçio, que cresce .apar do desenvolvimento 4apo-
pula.ção da Capital 'do Imperio, tornou indispensavel
que se augmentasse ,o numero dos vaecinadores, e por
este mótivo. se acha servindo netla. desde' Outubro de
.

1837'corn :toda a. assiduidade, C zelo, i "Dr. Antonio


Jos.Rodrigues Capistrano, sem perceber. Ior esse tra-
balho veicijiientó: atg.im Cuui.pre q'i habi'liteis o.Go
verno Corn: os fundos necessarios' para .reiribui,r os ser
viços daquetle Empregado', que pela cireunstancia :pon.
derada se faz digno de partictlar eonideraçã&; asirn';como
que eleveis convenieriternente a consignação" otada para
despeias' miudas, a Ffilmde se poder as,alar.ia hurna
pessDa, que seja. incumbida. dos sé:rviçÓs humildes da
casa.: ...............................
A Inspecção da Saude'dor porto clésta Capital con-
tinúa: em 'regular andamento. Segundoas' inforiRações
dadas ao Goveino pelo actual Provedor .a'lgunias prom
videncias. se'aem; necessarias 'para;
Repartiço na :Ilhade,VillgaigflOfl, :como'o reparo d'a
casa, queella alli' occupa; a reunião ;de Outra, .qu.e
lhe fica imunediata; a abertura de hutna porta Clii hUm
teiheiro, que existe na Ilha, e:póde servir para se re-
colherem os escaleres. He de mister; que habiliteis o
Governo para conceder hum pequenO augrneflto a: tVl

pólaão do Escaler, pondo-a a par da dos escaleres d


Alfandega, cujo servico entretantO he alternado.
pequeno accrescimo. de despeza traz eta provide'nc;m:
e com cita se auende' corn' equidade á sorte. de pessoas
empregadas em burn trabalho, queno tem menos de
perigoso, que de pesado. Falta-nos ainda hum Liza
reto, como existe em quasi todas as Nações cultas;
e a e perit'nda' já li umi vez nos 'fez sentir a marga.
mente essa falta por occasio da arribada 'dos Colonos
das Canarias , como fostes in formados pelo Rolatorio,
apresentado no principio da Sessão (Ic 1837. 0 Go-
verno (ledicará a este objecto a sua attençáo, e eni fa-
vor delle solicitará do Corpo Legislativo aquellas pro-
videncias, que não couberem na orbita das attribuiçeses
do' mesmo Governo.
Discorrendo pelas Provincias, segundo o Relato-
rio ultimamente apresentado pelo Presidente da do Rio
de Janeiro á respectiva Assembléa, nada constava, que
merecesse ser notado : pelas informações recebidas o
pus vaccinico havia siclo applicado a 2.147 pessoas.
O numero das pessoas vaccinadas no decurso do anuo
passado na Capital da Provincia da Bahia tinha che-
gado a 1 .340 mas muitas, e diversa circunstancias,
como sejão a dessiminação da população, a repug-
nancia dos' habitantes, e mesmo a falta de Profes-
sores, impedem a propagação da vaccina no inte-
rior da Provincia. Em Sergipe' ella se achava em com-
pleto abandono ; mas algumas providencias refere o
respectivo Presidente ter dado, as quaes não forão in-
teiratnente infructiferas. Na Provincia do Rio Grande
do Norte forão menos duradouras , e mais benignas
as febres intermittentes, que, durante a estação inver-
nosa, costuinão grassar na sua Capital, e nas Villas
visinhas ; mas appareceá o flagello 'das bexigas, que
fez algumas victimas nos [Vlunicipios de S. Gonçalo,
Estreinoz, S. 'José,. Flor,' e' principalmente no da Prin-
ceza. No Ceará desenvolveo.-se o sarampo nos lugares,
por onde passava a Tropa expedicionaria de Pernam-
buco para o Piauby. No Pará consta pelo Relatorio
do respectivó Presidente que o estado da saude pu-
blica, aindaque não completamente satisfactorio, com-
tudo não he desanimador, e que a vaccina vai fazendo
alguns progressos: as febres intermittentes são as que
maiores receios causão nesta Provincia. Passando á de
Mato Grosso, o flagello das bexigas appareceo em 1839
no Termo do Alto Paraguay Diamantino , mas feliz-
mente não grassou depois daquella epoca desen-
volverão-se febres intermittentes nos Municipios do
33
Diamantino , e Mato Grosso ; reconhecendo-se como
causa desta enfermidade as estagnaçôes' paludosas dos
Rios Arinos, e Caporé. A respeito da Provincia do
S. Paulo a vaccina vai-se vulgarisando na Capital,
e nas ViUas de Atibaia, S. Roque, S. Vicente, Ca-
pivary, Guaratinguetá, Aréas, Iguape, e Sorocaba:
o numero. dos vaccinados já subio a mais de 2.500
pessoas. Finalmente na Provincia de Santa Catharina
a vaccina marcha lentaniente , e o sarampo ali teia
feito nestes ultimos tempos algumas victimas.
Julgo dever informar-vos neste lugar que o Dr.
Manoel de Mello Franco, encarregado pelo Governo
de examinar as aguas thermaes da Provincia de Goyaz,
como vos foi communicado no anterior Relatorio, apre-
sentou huina Memoria sobre aquelle objecto; a qual
foi submetUda á Faculdade de Medicina desta C6rte
em Agosto do anuo passado. Não veio ainda ao conhe-
cimento do Governo o juizo da dita Faculdade sobre
aquelle objecto, nem o parecer, que em 1839 se exigio
delta, assim como da Academia Imperial de Medicina,
que ainda não respondeo , a respeito da necessidade da
revaccinação. Ernquanto não for conhecida a opinião da
Faculdade a respeito das aguas thermaes, de que acabo
de fallar, julgo exteinporaneo chamar a vossa atten-
cão para as providencias, que em beneficio dos en-
fermos forão lembradas no antecedente Relatorio da
Repartição, que agora se acha a meu cargo.
SOCCORROS PtIELICOS.

No Relatorio, que deixo citado, se disse que o


Governo havia exigido do Presidente da Prowincia do
Ceará huma cjrcunstanciada informação a respeilo dos
prejuizos causados na Villa do Aracaty pela inundação
do Rio Jaguaribe, que teve lugar em 1839: cumpre-
me agora trazer ao vosso conhecimento que com offi-
cio de Julho cio anuo passado alguns esclarecimentos
enviou o dito Presidente ácerca daquelte desastroso sac-
CCSSO. Existem estes em hum officio do Juiz de Di-
reito da respectiva Comarca, o qual informa que as
aguas do Jaguarihe trasborciárão, e cobrirão em altura
5
34
de cinco, e maispalmos, a vasta planice, em que est
assentada a Villa, soffrendo em consequencia maior,
ou menor estrago todos os seus predios, e ficando al-
guns delles inteiramente arruinados. Estirnão-se no va-
lor de Rs. 20.0000OO aquelles estragos; mas repu-
tão-se no valor de Rs. 60 a 80.000O00 os que tive-
rão lugar fóra da Villa em gado, cercas, plantacões,
e preios.
A excepção de hum escravo idoso não consta que
outra pessoa perecesse na Villa por occasiáo daquelLa
inundação ; mas forão vistos alguns cadaveres huma-
nos entre s destroços , que as aguas arrastavão. Eu
vos rem etterei o officio , de que trato, a fim de que
habiliteis o Governo corn os meios necessarios para
prestar ás pessoas mais indigentes aquefles soccorros
que são compativeis corn as nossas pouco favoraveis
circunstancias.

ESTABELECIMENTOS DE CARIDADE.

A actual Administração da Santa Casa da Mise-


rjcordja desta Cidade continúa com louvavel zelo na
tarefa de realisar os muitos , e importantes melhora-
mentos, de que necessitavão os pias Estabelecimentos,
que estão debaixo dos seus cuidados.
A Receita ordjnarja da Santa Casa, no anno de-
corrido do 1.0 (ie Julho de 1839 a 30 de Junho de
1840, foi de Hs. 146.2 17993 e a extraordinaria
,

de Rs. 23.5975o5 prefazendo ambas o total de Rs.


,

i69.815498 : a Despeza ordinaria no mesmo pe-


rjodofoj de Rs. 87.816S1 1, e a extraordinaria de
Rs. 79.246431 ,prefazendo ambas o total de Rs.
167.063242, e existindo portanto hum saido de fls.
2.752256 en-i favor da Receita. No semestre do 1.'
de Julho a 31 dc Dezembro de 1840 foi a RecciUt
ordinaria de Rs. 67. 178442 , e a extraordinaria
dc ils. 3.439663 fazendo ambas o total de fls.
,

70.6 181O5: no mesmo tempo a Despeza ordinaria


foi de Eis. 46.643985 e a extraordinaria de Rs.
,

36.16653o3, fazendo ambas o total de Rs. 79.8 iO288,


e existindo burn deficit de Rs. 9.192l83. A divida
passiva do Uopital , que cm 30 dc Junho de 1839
se elevava a Rs. 32.83O505, achava-se reduzida em
30 dc Junho (10 anuo passado a Rs. 13'.985840 ,
pertenceutes ao cofre das Loterias da Santa Casa, im-
portancLa de prernios não procurados, que são pagos
á vista. Daquella data em diante já se tem feito al-
guns pagamentos, e tem por consequ.encia havido re-
ducção na divida.
Tratarão-se no Hospital durante o anno passado
4.102 enfermos: destes sahírão curados 2.765 , falle-
cérão 949 (incluindo-se neste numero 151 que en-
trárão muribundos), e ficárão existindo no, ultimo de
Dezembro 388. Além dos mencionados enfermos fo-
ro ao Uospital 67, para serem tratados de ferimentos
leves , e outras enfermidades, os quaes salúrão logo ,
recebendo remeclios , e outros soccorros.
Com o estabelecimento do Campo Santo na Ponta
do Cajú ficou esta populosa Capital isenta das exha-
lacões do antigo ceiniterio, que não podiáo deixar de
exercer perniciosa influencia sobre a sua, salubridade.
No decurso do anuo passado sepultarão-se 2.772 pes-
pessoas no Campo Santo: as suas obras porém não ti-
verão vigoroso andamento, por ser necessarlo appli-
car quasi todas as forças á construCçãO do novo Hos-
pital.
Em Agosto de 1839, arneaçárão os tectos, e huma
parte da Igreja da Misericordia total ruma : foiqual in-
dispensavel acudir com urgencia ao seu reparo, o
se acha concluido por tal maneira que aqucile Tem-
PIO apparece hoje mais digno, regular, e magestoso,
do que antes era. Está tambem concluido
Governo
o encana-
para o ser-
mento das aguas concedidas pelo Em
viço do Hospital , e dos Estabelecimentos annexos. fun-
2 de 3ulho do anno passado foi
lançada a pedra
continuado
damentat do novo Hospital, cujas obras tem huma
sem interrupção achando-se já fóra da terra dos alicer-
porção consideravel da parte mais difficil
ces. Muitas das alienadas, que jaiio encarceradas no
Praia Ver.
Ilospital , forão removidas para a chacara da
melha He de esperai' que esta
mudança e'ectUe con-
sideravel melhoramento no estado de muitas daqueUa
infelizes.
Passando á Casa dos Expostos, teve este Estabe.
lecimento, no anuo decorrido do 1.0 de Julho de 1839
ao ultimo de Junho de 1840, a Receita ordinaria de
Rs. 30.969301, e aextraordinaria de Rs. 9.538907,
fazendo ambas o total de Rs. 40.508208: no semes-
tre do 1.° de Julho ao ultimo de Dezembro de 184&
foi a Receita ordinaria deRs. 20.828659, e a ex-
traordinaria de Rs. 439170. A Despeza ordinaria
no anuo citado foi de Rs. 31.136570 , e a extra-
ordinaria de Rs. 15943857 , fazendo ambas o total
de Rs. 47.o80.427: a Despeza ordinaria no semestre
seguinte foi de Rs. l6.437279, e a extraordinaria
de Rs. 923182. Desde o 1.0 de Janeiro ao ultimo
de Dezembro do anno passado entrárão na Roda 412,
que, reunidos aos 31, que alli existiáo (lo anuo an-
tecedente , prefazem o total de 447; sendo para las-
timar que se lançassem na mesma Roda muitas crian-
ças maltratadas, outras a expirar, e algumas já mor-
tas. Daquetles 447 Expostos faliecérão 280 , derão-se
a criar 132 , e fieárào existindo 35. A administra-
ção da Casa dos Expostos necessitava de hum Regu-
lamento: esse Regulamento já existe, e foi approvado
por Decreto de 22 de Junho do anno passado.
Restame tratar do Recolhimento das Orfâs. Foi
a sua Receita ordinaria , no anno decorrido do 1.0
de Julho de 1839 ao ultimo de Junho de 1840, de
Rs. 14.691156, e a extraordinaría de Rs. 31.216,
fazendo ambas o total de Rs. 46.007156 a sua Des-
peza ordinaria foi de Rs. 13.251495, e a extraor-
dinaria de fls. 36$3o979: no semestre do 1.0 de Ju.
Iho ao ultimo de Dezembro daquelle anno foi a Re-
ceita ordinarja de Rs. 7.45625 , e a extraordina-
ria de Rs. 5.3o96OO; a Despeza ordinaria de Rs.
5.906O6, a extraordinarja de Rs. 21 .248621.
Pesa sobre o Recolhimento a consideravel divida de
lis. 20.0OOOoo, procedida de dotes recebidos, que
tem de ser pagos a diversas Orfãs , e Expostas, no
acto dos seus casamentos , e esta divida acaba de ser
augrnentacia com a de Rs 10.00O000, dinheiro de
37.

pmprestimo contrahido para andamento das obras. No


fim do anno passado eistiáo no Recolhimento somente
87 pessoas. As obras., de que se fez menção no an-
tecedente Relatorio, não ficárão todas prontas em Se-
tembro do anuo passado; mas caiculase que tanto es-
sag, como algumas mais alti não especificadas esta-
rão roncluidas este anito por aquelte tempo. Deo-se
principio ao dormitorio, que deve fechar a quadra do
Jstabelecimeflt0, e brevemente receberá a telha; mas
não poderá levar-se ao fim por falta de meios.
1LLUMU4AÇO PUBLICA.

A illuminação publica desta Capital não tem con-


servado aquella regularidade, que se deseja. Faltas se
notavão no tempo, em que cita estava por arremata-
ção: faltas ainda mais f!equentes, e maiores se. obser-
vão hoje , estando ella por administração. Não per-
tendo com isto criminar a a(lministraçao que tern
actualmente a seu cargo este ramo do serviço: ellas
podem f)rovr antes da má qualidade do azeite, que
existe no mercado do que da falta de zelo da parte
do administrador; entretanto o Governo pertende no-
varnente pôr em arrematação este objecto, não na sua
totalidade, mas por ditrictos, a 6rn de ver se por
nada
este meio se consegue hurna illurniriaçlo que a ii-
deixe para desejar em quanto se não dependente
reatisa
da
luminação por gaz, cujo Contracto está
vossa approvação.
Sinto ter de participar vos que no corrente anno
financeiro haverá neste ramo do Serviço hum deficit
talvez superior quantia de Rs. 17.0000OO, moti-
experimentado
vad pela falta de azeite, que se tem Duni-
no mercalo, e consequente alta no seu preço. alguns
nuir a iliuminacão privar do beneficio della
remedio para
dos lugares, que a pocsuem, fora o unicOvisto informar
se evitar aquelle excesso de despeza, restricta
a Camara Mutilei ai ue se emprega a mais esa-
economia, e fiscalisação; mas esse reinedio seria
gradavel, e prejudicial ao cornmodo,domer.cado
e á segurança
mu
publica, Pôde ser que as circustancias
o o
'-'C,

dern; mas qualquer. esperança a este respeito pôde or.


nar-se ilLusoria cumpre portanto que provi(Lencieis s-
br'e este objecto , como julgardes. mais conveniente,

]AVEGAÇO INTERNA.

Tendo-se suscitado duvida a- respeito do Privile-


gio Exclusivo concedido á Companhia. de Nicterohy
para a navegção por vapor nas hahias , e rios da Pro-
vincia do Rio de Janeiro, entendendo algumas pessoas
que o Decreto de 2 de Maio de 1836 , que declara
comprehendida nesse Privilegio :a navegação de porto a
porto, excede a faculdade concedida ao Governo na Re-
solução de 8 de Outubro de 1833, e entendendo outras
que elk está dentro dessa faculdade, porquanto a. nào
se comprehender nesta Resolução a navegação.costeira,
tornar-se-bia.ii.ulla a providencia dada pela, mesma Re-
solução, autorisandô o Governo para conceder o Pri-
vilegio de tal navegaÇão somente dentro de rios , e
bahias, onde ella não póde de maneira alguma SflS-

tentar-se julgou o! mesmo Governo que devia deixai'


,
as coisas no estado, em que se acha vão , até que de-
clarasseis a verdadeira intelligencia da citada Resolu-
cão; sendo certo que só nestes ultimos tempos se tem
duvjdado da curialidade do sobredito Decreto de 2
de Maio de 13.36 , çue até esses tempos a Compa-
nhia de iNicteroby tem estado no gozo (lo seu Privi-
legio pela maneira declarada neste Decreto sem a me-
nor-Contestação, e que finalmente tern sofl'rido hum
onus consderavel no transporte gratuito de numerosos
passageiros do Estado para os portos da sua navega-
çao costeira; onus, que de muito bom grado tem sup-
portaao, mas a que de outra sorte não estava sugeita.
Pesando em vossa sabedoria as razões de conveniencia,
e as de Direitõ ; dai , Senhores, a respeito daquella
Resolucão a declaração, que se faz mister.
O Canal. da Pavuna soifreo consideravel estrago
com as copiosas chuvas, que sobrevierão no principio
deste anno. A sua navegação ficou interceptada O,

que causa não pequeno transtorno ao com mercio das


Provincias do Rio de Janeiro, S. Paulo, e Mits Ge-
:39

raes, que importa, e exporia OV aquellõ canal hum


grande parte dos seus generos. O Governo mandõu
immediatamente proceder aos reparos mais urgents;
e fazer o Orçamento dos que admittissem alguma de-
mora, e fossem mais dispendiosos. Esse Orçamento sobe
á quantia de Rs. 32.182Ooo. A limpeza do canal,
trabalho, que he necesario fazer-se antes de se arre-
matar a conservação do mesmo canal, está orcada em
Rs. 42.336O0O.
Pelo Relatorio apresentado á Assembléa Legisla-
tiva da Provincia do Pará, na sua ultima reunião, fl-
con o Governo inteirado de que o Presidente da re-
ferida Provincia havia dado as convenientes providen-
cias, corn os fundos para isso decretados pela mesma
Assembléa , para se desobstruir a varzea Seyval , de
que se vos failou no Relatorio, que vos foi apresen-
tado no principio da Sessão de 1838. Com esta pro-
videncia muito se facilita a navegação entre a refe-
rida Provincia, e a de Mato Grosso, evitando-se por
aquella varzea a corrente do Rio Tapajós, e o incom-
modo da passagem das suas numerosas cachoeiras.
Passando a tratar da navegação entre a Provin-
eia de Mato Grosso, e a de S. Paulo, quan4o o Pre-
sidente daquella Provincia apresentou o seu ultimo Re-
latorio á respectiva Assembléa Legislativa, ainda não
havia noticia do resultado da ultima expedição pro-
movida pelo Capitão João José Gomes, Coinrnandante
do Presidio de 1\'iiranda , e auxiliada pelo Governo
para seguir pelo Rio AnhanduhyAssu até á Villa de
Porto Feliz. Segundo informações dadas por aquelle
Capitão ao referido Presidente a respeito do varadouro
já estabelecido, com quanto a respectiva estrada se
ache aberta , e mesmo beneficiada com os aterrados
necessarios em algumas vertentes, por onde fordo va-
radas as canoas daquella exploração todavia elle esta
na diligenria de obter, em outro braço do Anhanduy,
hum vara.louro mais curto, e facil.

CO'1MUiNICÀÇOEs TERREST11FS.

O Governo antorisado pela Resolução de 30 (10


40
Outubro de 1839, approvou por Decreto de 9 de Maio
do anno passadO as condições da Companhia, que se
propoem a construir sobre o mar hum camniho, que
communique a Rua da União, no Saco do Alferes,
com a do Imperador , no sitio de S. Christovào. Tendo
a Companhia o prazo de dezoito mezes, contados da
data do Contracto , para dar principio aos trabalhos,
nada mais por ora ha sobre este objecto, que possa
ser trazido ao vosso conhecimento.
O Governo, tomando em consideração as Repre-
sentações de numerosos habitantes do Municipio da
Crte , e da Provincia do Rio de Janeiro , e sobro
tudo o Parecer da Comrnissão de Agricultura de huma
das Augustas Carnaras Legislativas, dado em 23 de
Setembro de 1839; aitendendo tambern á convenien-
cia de se transplantar para o Brasil hurna industria
de que nào ternos ainda conhecimento Pratico; con-
cedeo a Thornaz Cochrane o Privilegio Exclusivo, pelo
tempo de oitenta annos, para a construcção de hum
caminho de ferro, que deve principiar no Municipio
da Crte, e terminar na Proviricia de S. Paulo; con-
cedendo-lhe para isso as vantagens, qie o mesmo Go-
verno enteiideo caberem nas suas attribuições, e cons-
tão, assim como as obrigações da Companhia, que o
dito Coclirane tem de oiganisar para levar a efi'eito
aquella empresa, das Condições annexas ao Decreto de
4 de Novembro do anno passado. Corn as simples con-
cessões do Governe não poderá realisar-so aquella obra;
o empresario lerá de certo de recorrer ao Córpo Le-
gislativo para amplial-as de huma maneira proporcio-
nada á magnitude do objecto.
O. Governo não tem perdido de vista a abertura
da estrada entre a Provincia (lo Espirito Santo, e a
de Minas Geraes demora nas inf'ormacões indispen-
saveis para se dar a este objecto o conveniente im-
pulso, tem retardado o seu andamento.
Ainda se não acha o Governo em estado de p0
der formar hum juizo definitivo a respeito das estra-
das de conrnunieacão entre a Provincia (Ia Bahia, e
as de Minas, e Maranhão. Alguns esclarecimentos se
fazem mister , os quaes se exigirão em meado (i(
4,

I'evcreiro desteanuo cio Presidente da primeira das


mencionadas Provincias. Pelo que respeita ás commu-
iiicações entre a Provincia da Bahia, e a de Minas
cm lugar de se cuidar em estradas, talvez convenha
mais cuidar-se no melhoramento da navegação peló Rio
Grande de Belmonte, e pelo Jequitinhonha ; navega-
cào, coin a 'juat parece que não só se proverá mais
facilmente de sal a mencionada Provincia de Minas.,
que tanto consumo faz deste genero, e que o recebe
por subido preço, em consequencia das enormes des-
pezas do transporte por terra, mas tambem se apro-
veitarão immensos terrenos , explorar-se-hão minas ri-
quissirnas , e se conseguirá, senão a civilisação dos In-.
digenas , que infestáo aquelles lugares, ao menos o
seu aEistamento a paralisação das suas hostilidades.
, \C

O projecto he vasto , e necessita de ser maduramente


meditado.
Pelo mesmo motivo acima apontado, no pôde tam-
bem o Governo tomar ainda huma decisão definitiva
a respeito da direcção, que se deve dar á estrada de
communicacão entre a Provincia do Ceará, e as do
Rio Grande do Norte, Parahiha , e Pernambuco. Será
indipeuavel mandar hum Engenheiro habil a esta im-
pOrtante Corumissão, para nos não fiarmos, em ma-
teria de tanto peso, nas simples opinião de pessoas Cu.
riosas, e das Camaras Municipaes.
CORREIOS, E PAQUETES.

Principiando pelos Correios, não posso deixar de


Offerecer á vossa consideração que o serviço na Ad-
minist ração Geral da Carte 1e excessivamente pesado,
e o Pessoal pouco numeroso para bern desempenhal0.
Para coadjuvarem os trabalhos daquella Repartição,
adnuujo o Governo dous Praticantes addidos, sem ven-
cimento algum ; porém bum desses Praticantes passoLl
a Ser empregado na Thesouraria da Provincia do Rio
de Janeiro: resta o outro, e muito conviria que ha-
- -. -... S I 'J
c.t-vrnn
fl
_J .I V
ínm
-.
OS ff1COS
A
neceSSarios para
retribuir o seu serviço, assim como o de mais cInco
Praticantes , e bum Official que O Chefe daquella
6
42

tepavtiço julga indspensavcis, a fim de se poderem


os Empregados dividir em duas turmas, huma das quaes
sirva desde as 8 horas da manhã até ás 2 da tarde
e a outra 'desta hora até ás 8 horas da noite.
Tendo attenção á brevidade, com que devem ser
expostas ao Publico as listas dos correios chegados, e
á facilidade de procurarem as pessoas rnteressads as suas
cartas nas mesmas listas, julgou conveniente o Governo
que estas se reduzissem somente a tres; sendo huma
dellas destinada para as cartas dos correios .terresti'es,
outra para a dos correios maritimos, e a terceira para
as dos correios estrangeiros.
Sendo muito conveniente que, tanto para conhe.
cimento da Administração , como para conhecimento
dos particulares, as cartas tenhão marcado no sobre-
scripto o dia da sua expedição, mandou o Governo
pr em pratica esta providencia em todo o Imperio,
ordenando para isso a factura dos necessarios carimbos.
O Encarregado de Negocios de Sua Magestade Bri-
tan nica pro poz a adopção de certas medidas, que o
Governo da sua Nação deseja se fação extensivas, por
meio de arranjos reciprocos, aos paizes estrangeiros;
tendo aquellas medidas por fim o diminuir muito o
porte das cartas. Sem duvida, tudo quanto concorre
para facilitar a correspondencia commercial, he van-
tajoso; mas como entre nós o porte das cartas cons-
titue hum ramo da Receita Geral do Imperio, depende
este negocio de providencia do Corpo Legislativo.
Passando á Pi'ovjncja do Rio de Janeiro, o De-
creto de 14 de Abril do anno passado estabeleceo ven-
cimentos áqueilas Administrações , e Agencias que
ainda os não: tinhão; mas são em verdade demasia-
damente diminutos muitos desses vencimentos: prati-
careis hum acto de justiça, hahlitando o Governo para
melhor retribuir o servico dos res ectivos Emprega-
dos: L\a Freguezia de Araruama, pertencente ao Mu-
nicipio de Cabo Frio, creou-se huma Agencia; na
Administração da Cidade de Campos elevou-se a Rs.
16Oo a diana dos Estafetas em viagem percebendo
somente a de Rs. i000 fóra daquelle caso: na da
Villa de Cantagallo estabelecco-se hum Correio a cavallo,
4,3

a fim de se evitar a irregularidade das suas marchas,


OcCaslonada em grande parte pelo máo estado das es-
tiiadas, e pela falta de pontes: na Villa de Paraty ele-
vou-se a Rs. 15OOOO a gratificação do Administra-
dor do respectivo Correio: no Districto do Sacco da
Villa , e 1unicipio de Mangaratiba , creou-se huma
Agencia ; e creação similhante teve lugar na Fregue-
zia de . S. da Conceição da Ribcira, Termo da Ci-
dade d'Angra. Na Provincia de Minas creouse buma
Agencia na Villa da Oliveira, e esttbcliceo.se de cinco
em cinco dias a marcha dos Cori'cios entre as Villas
de Pouso Alegre, e Lorena. Na Provieia de S. Paúlo
creou-se o Lugar de Ajudante do Adminitrador no Cor.
reio da Cidade de Santos; e etabeleceo.se huma Agen-
cia na Freguezia de Queluz, j)ertencerlte á Villa de
Aréas. Na Provincia de Santa Catharina teve lugar a
creação de Agencias nas Villas de S. José, S. Miguel,
e Porto Bello ; e nos Districtos (te 'l1ejucas Grandes ,
Itajahy, e Itaparocy. Na P'ovincia das Alagoas auto-
visou-se a admissão de bum collahorador pelo tempo,
que for necessario para se pr em dia a escripturaçãO
do Correio Geral. daquefla Provincia.
A navegação dos Paquetes de Vapor para o Norte
não tem podido conservar a regularidade estabelecida
no respectivo contrato apezar das diligencias da Coin-
panhia. Nas circunstancias, em que a referida Coinpa-
nhia se acha, exigir a resricta observancia do contrato
seria acabar com aquelle interessante Estabelecimento'
que, apezar de todas as irregularidades, ainda presta
hum serviço superior ao que razoavelmeute se póde es-
perar dos Paquetes de vela. Para se fazer huma idea
do estado de decadencia da Companhia, basta consi-
derar-se que as suas acções tem baixado a quasi me-
tade do seu valor, O Governo espera que tomeis este
objecto em prom pta, e seria considcração, autorisando-o
para augmentar com mais dons contos de réis porCom- via-
gem a consignaÇão que actualmente percebe a Pa-
panhia, e pra isentar os Paquetes de tocarem na de
rabiba, e Rio Grande do Norte. Sendo estes portos
muito pro-
pequena irnporLancia commercial, e ficando
ximos a Pernambuco, parece que razão nenhuma plau
44
sivel existe para se conservarem na escala dos
tes corn grave risco das embarcaçoes da Compaulua P°'
serem taes. portos mal seguros, com dispetidio avul-
tado de combustivel, e não pqueno atrazo das viagens
em prejuizo da celeridade da correspondencia peiten.
cente ás Provincias de maior impor tancia.
Acontecimentos imprevistos, e mesmo a estreiteza
do prazo, não permittlrào o estabelecimento de Paquc-
tes de Vapor para o Sul no tempo estipulado nas Con-
dições annexas ao Decreto de 12 de Abril de 1839.
Tomando o Governo em consideração o que a este res-
peito representou o Enipresario Frederico Fomm , es-
paçou, em 9 de Julho do anno passado, por niais nove
inezes aquelle tempo, e por tres mezes o que se achava
estabelecido para a iealisação do deposito dc dez contos
de réis em Apolices da Divida Publica. Parece que a
iealisação desta empresa continúa a soifrer contraric-
dades.
Cumpre-me trazer ao vosso conhecimento qe o Go-
verno contratou com Guilherme Morgan o transporte,
em Barcas de Vapor, da correspondencia official e par-
ticular, tanto da Inglaterre para o Rio de Janeiro, e
e vice-versa, como do Rio de Janeiro para Montevido
e BuenosA yres, 'vice-versa, tocando nos Portos in-
termethos de Pernambuco, Bahia, e Sant Catharina.
As condições do indicado contrato dependem da vossa
approvacão.
OBRAS PUBLICAS.

Neste artigo poderia eu proporvos importantes tra-


balhos, e melhoramentos; mas a necessidade de fazer
grandes economias , em quanto durar a luta do Rio
Grande do Sul, e mesmo algum tempo depois de sua
terminação, tem movido o Governo a tomar a delibe-
ração de não emprehenth'r obras novas , de avultado
dispendio; e das existentes continuar somente aquellas
absolutamente indispensaveis. A obra, que absorve toda
a altenção do Governo, he, Sehores, a pacificação do
Rio Grande: para alli são dirigidos os seus esforços, e
elles não serão improficuos, se forem ajudados, COÍflO
tem sido 'até agora, pela vossa efficaz cooperação.
Referirei os trabalhos prineipacs, que tiveráo lu-
gar. nas diiíerentes obras a cargo do Ministerio do Im-
peno no decurso do anuo passado.
No Chafariz da Carioca apromplarose .65 pedras
de
de base de corpo Atico, 63 lisas do
cirnaiha , 17
mesmo corpo, 9 dc cornija , e 7 degráos; as quaes
todas, á ecepcãO destes ultimos, se assentárão em seus
lugares. Por cima do terrapleno fizero-se 2.411 ps
cubicos de maçame., 4.6Z5 pés cubicos de parede de
pedra e cai para encontro da cantaria , 120 palmos de
cimaiha lancada corn tilolos de alvenaria, 2.580 pés
quadrados de emboços , e reboques, e 650 pés quadra-
dos de calçada: duas caixas .do reseivatorio, e 37 bra-
ças do encnameflto por cima dos arcos, forão betti-
madas. Esta obra não comprehenclidos os ornatos, p0-
derá ficar concluida em poucos mezes
Para remate do Chafariz de Santa Rita fizerão-se
6 pedras circulares de faxa , e 2 de cano ; escavarão-
se para alicerce, e para cano dc esgoto, 47.007 pés
cubicos ; construirão-se 3.072 pés cubicos do maçame
de pedra, e cal, 752 palmos de bordad uva, 38S de
coberta com lages. de alvenaria para receber o tubo de
do
chumbo , assentarão-se em seu lugar 356 braças
dito tubo. A agua he distrihuida ao povo por 8 bicas
de bronze, que para isso se fabricárão, ben corno 16
travesses de ferro, em que assentão os barris. Esta
obra acha-se concluida. pés
No Chafariz de Mataporcos fizerão-se 6.765
cubicos de escavação; 5.671 pés cubicos de maçarne de
de pedra, e cal; 3 canos de esgoto, 90 palmos60 palmos
cirnalba lancada corn tijolos de alvenaria quadra-
de moldura por cima da platibanda 312 pés 400
dos de embocos, 100 pés quadrados de reboqueS,
de telha: as-
de telhado embraceirado, e 40 de cano 4 puas-
sentarão-se 30 palmos de çapata de cantaria, 2 portadas,
trins, 14 forras, 16 pedras de bordadura fundo do re-
e huma janella de cantaria; 12 lages no forma de
servatorio , 4 capiteis, 3 pedras toscasconclusão
em
desta
verga, e 3 soleiras de cantaria. assentarem.se
Para
os tubos
obra falta fazer-se a escavação, e Inglaterra.
de chumbo, que ultimamente chegárão de
46
No Chafariz do Largo do Paço lnvraro-se 884
pés quadrados de superfleie no corpo pira'*iidal ;
grandes vasos, que ornão os angulos do;mesnio Chafi
riz; 38 palmos de corremão, e 32 balausires da va-
randa: arreou-se a antiga Coroa, e reparou-se o enca-
namento de chumbo, que estava arrombado em duas
partes ; sendo necessaria , para concertal-o, fazerem-
se 250 pés cubicos de maçame de pedra, e cai. Para
conclusão da obra deste Chafariz falta assentarem-se as
pedras de bordadura' do novo ianque, nas quaes se tra-
l)alha ; collocar-se no respectivo lugar a nova Coroa,
e acabar-se o lavrado, O tempo necessario para estes
trabalhos não excederá a deus niezes.
Passando ao Chafariz de Catumby , alli se cons-
trñrão 352 pés cubicos de alicerce; 366 de maçarne
de pedra, e cai; 2.474 pés quadrdos de ('alçada, 460
palmos de cano de esgoto com tijolos de alvenaria, 2
tanques para cavallos, e 2 pequenas caixas para as so-
bras dos mesmos tanques: assentárão-se 38 palmos de
çapata, 33 de forras, 8 pedras de bordadura, outras
tantas da caixa do tanque das bicas , 36 palmos de
pedra coin moldura para cornija do mesmo, 87 ps
quadrados de lages, 2 frades de pedra, e 30 tijolos
de marniore : levantou-se o encanamento do Lagarto
no comprimento de 55 pairnos' por dentro da mina;
finalmente Iavrarão.se 583 pés quadrados de supercie
de cantaria no corpo do Chafariz. Esta obra acha-se
conclujda.
No Quartel. do Campo fez-se hum Chafariz com
duas torneiras , e tanques para cavallos, e lavagem de
roupas.
Poucos f'orão os trabalhos que tiverão luoar no
Chafariz da Gloria: os prnicipaes consistirão na cons-
trução de hurna calcada de 120 pés uadrados e na
abertura de hum cano de esgoto de 60 palmos. ? O
Chatrjz de S. Christovo levantárão 137 palmas de
lagedo do encanamento, fizerãose 150 palmas de. bar-
dadura, e reparouse em diferentes lugares o encana-
mento de ferro. Forão pequenos os reparos , de que
precjsárào os Chafarizes da 'Birreira, Matacavalios, e
Botafogo: Passarei a tratar dos aqueductos.
47
Principiando polo aqueducto da Carioca, nelle se
construirão 2332 pés cubicos demuraiha de pedra, e
cai; fez.se hum aterro dc 1. 127 pés cubicos entre a
muralha e O encanamento ; por cima do mesmo en-
canalnento flzet'ãose 115 palmas de abobada, 2.139 de
bordadtlra e por dentro 3.545 pés quadrados de re-
boques: por cima da abobada fizerdo-se 1.157 pés qua-
drados de espigao. Aièm destes trabalhos fizerãose tres
arcos de tijolo (le alvenaria, e 224 paimos de ladrilho;
assentárãose 68 telhões , e betumarão-se diversas cai-
xas, e não pequena extensão do encanamento.
Passando ao aqueducto das Paineiras , alli teve
lugar huma escavação de 2.588 pés cubicos para a1i
cerce; a construção de 9.221 pés cubicos de muralha
de pedra, e cai; a de huma caixa côm tijolos de al-
venaria; aterrárãO-Se 10.048 péS cubicos entre a mu-
ralha, e a montanha; fizerão-se algumas pontes, e ca-
has, que se assentárão nos seus lugares.
No aqueducto do Maracanã fizerão-se 10.971 pés
cubicos de escavação para alicerce; 3.907 dc mura-
lha de pedra, e cai; 650 palmos de cano de ladrilho,
2:552 de bordadura, hum arco de tijolo de alvenaria
com 14 palmas de vão, 24 braças de escavação em
roda do encanamento, 888 pés quadrados de paredão,
87 brcas de valia: fez-se, e assentou-se grande nu-
mero (le calhas: finalmente todo o encanamento de ma-
deira foi calafetado, pregado, e alcatroado de novo. No
aqueducto do Chafariz denominado do Aragão, assen-
tárão 112 manilhas de chumbo, e soldou-se o encana-
mento deferro.
Passando ao aqueducto das LarangeiraS, aili se flue-
rão 291 braças de escavação para banqueta em roda2
do encanamento , 8 caixas de tijolos de alvenaria1.688
pequenos arcos, 21 palmos de cano de ladrilho,
1

de bôrdadura , 470 de reboques , e 20 de cano co-


berto cóm lages de alvenaria: roçou-se grande quan-
tidade de mato desobstruio-se consideravel extensão
do encanamento assentarão-se algumas calhas
e te-
alcatroado nos
lhões , e foi tudo pintado, calafetado, e
lugares , em que se í'tzia mister este beneficio. para
Tem continuado a obra do Passeio Publico :
48
ella se:1avráro 259 pés quadrados dé faxà de can
tarja , 106 de ladrilho de pedra , assentarãose 180
de ladrilho iio terra pleno, e 2 faxas no parapeito,
Passando a tratar de outras obras Publicas , cun
pre.me trazer ao vosso conheemento que se tem con-
tinuado a trabalhar na estrada de Mambucaba. No de-
curso do anuo passado ali se fizerão 275 braças de
aterrado corn as competentes valias de hum , e butro
lado ; 150 braças de cavas em morretes e 8 ponti-
lhões , tendo tres destes paredões de pedra. A Cons-
trucção de hurna ponte sobre o rio daquelle nome
a qual já esteve contratada cm 1832 , mas não che-
gou a realisar-se he objecto de grande necessidade:
para resolver sobre elk o Governo espera pela planta,
e pelo orçarnenio da obra.
O concerto da ponte sobre o rio Pavuna, cio qual
se vos failou no ultimo Relatorio da Repartição actual-
mente a meu cargo, acha.se concluido; mas ainda se
não recebeu a Planta, o P1no, e o Orçamento da ponte
de pedra, que se deve construir naquelle rio , visto
que a ponte. existente promette pouca duração.
Concluirei o que tenho para dizer sobre este ramo
da Adminjstracão, trazendo ao vosso conhecimento que
o Governo tem exigido , tanto do Presidente da Pro-
vincja de S. Paulo, como do Presidente da Provincia
de Mato Grosso , informações muito circunstanciadas
a respeito da nova estrada, que deve communicar aquel-
las duas Provincias. Essas informações ainda não che-
gárão. Na primeira das referidas Provincias havia
necessidade de pessoa intelligente para a direccão dos
trabalhos concernentes á mencionada estrada , e em
consequencia disso foi nomeado para aquella commis-
são, em principio de Agosto do referido anno, o Ca-
pitão do Corpo de Engenheiros Luiz José Monteiro,
o qual immediatamente partio para o seu destino.
Eis-aqui, Senhores, quanto me pareceo digno de
ser trazido ao vosso conhecimento.
Palacio do Rio de Janeiro de Maio de 1841.

Candido José de Araujo /7janna.


. 1 1ZI7 JL7r% 1 A
ACADEMIA JURIDICA DE S. PAULO EM 1840.

ANNOS.
TOTAL. OBSEIWA ÇES.
13.014.815.0
1°r2
f,1atricuIaro-se.................... ii 14 10 lo 8 53 (a)
ForoApprovados 8 1.4 5 44 b) O que se Doutorou no pertence a este anuo, mas
2 cj tornou o Gráo de Bacharel formado no anno de 1839.
ii Reprovados
Premiados
3 .... . .............
.
3de
Deixái'o defazerActo ........ . .............. 1 3 4 (f
Perdêro o anuo
.... .... & S
Doutoraro.-se. . . . . .... . ... .... ....... 1 1 Ci)

NATURALIDADES.
-U

I I

a)
b)
102
9 2
1
1
1 22715461 2
1 2 2 6 12 2 4 1 2
cj
(d
e
1 .. i I
1 1

fI III SI III 1 2 .... I

I.... 1 ...).... 1 1 1

1) 1
I
i. 2. - QUtDRC) ESTA'IISTVCO DO [tESULTADO DOS TflALUOS DO CURSO TUflIDICO DE OLNDk tt 14().

ANNOS.
- -
1oc)ooÁoO
. " s

1',1att'icuIavo-sc ........... ,.... 49 23 24 22 37 155 a


Plenaniente. . . , ....... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... . 43 23 21 21 37 147 bj
£Olc%O appiovauos. Sm li t 2 2 C
» reprovados..............::::::::::.:::::::::::::::::::::::.:::: 1 :::: :::: :::: ::::
pt emiados. . ............ . . ............
..,...... ... .............. .. . .. e e
...... . ....... . .............. .
»
DeixdrIo de fazei' Acto. . . . . . . . . ....
1 2 1

....... .
Perdêi'o o anho. . . , . . . . . . , . . . , . . . . . . .... .... . . 2 ... 1 . ....... 3
......... .
VIii ai ao Cai.ta. . . . . . . . . . . . . , ..... . . . . . . .......... . . . . a a a e 30
Joutovaiose ............................... . . . . ..... . . . . . , . . . . . . . . . ...
e

. . e e. e a s e . see 4 (1

NATUBALIDADES.

8 1
.

Ia..

I
a
b
C
d .5
4
4 .
... 19
18
1
1
1. . ......
. .I...e..I.
5
4

1.1
11
86
2
17
17

..
4
4
10
9

i
3
3
13
13
7
7 ......

e
...l..... j I

' .

;' . . 3
1 2 .51115 It.I5.II.5. I
QUADRO ESTATÍSTICO DO RESULTADO DOS 1)0 ANN() LECTIVO DA
.° 3.
FACULDADE DE MEDICINA DO IUO DE JANEIRO EL O ANNO DE 1840.

ANNOS.
_______
1.0 2 0
-
3o 4o 5.°jO.°
TOTAL. OBSERVAÇÕES.

MatricualäO-SC....... . ....... ..... 50 37 25 34 39 28 213 (a no numero total (los Estudantcs, tres pertenceni á
Unanimernente 2 3 7 5 13 12 12 (li antiga Academia Mcdko-Cirurgica.
Forflo approvados Dito com laude 15 17 8 17 10 15 Dos Appt'ovados cm Cirurgia bum era Estudante do
;
Simpicitci. .. . 17 5 5 7 9 . . . i3 afluo anterior.
li (C
» Reprovados ..................10 1
Dos I)OOradf)S 2 ero aluinnos do anno anterior,
DeixárO de fazer acto..... 8 5 2 3 .... 1 17 (f
e 2 CItO Cirwgies Formados.
Perdêro o anno 0 3 2 1 .. . 12 (g
Forno approvados cm Cirurgia . . . . . . . .
2 (Ii) Veiiflcarto-se 2 titulos dc Pbarmacenticos, I dc Chu-
DoutoiaLO-Se .. . .
20 (i) giao 1)eulsst.t, Ide P:utcui,c2 de Medico
f

N ATUR AI4IDADES.

I .

- - .-.a -'
-S . .

a
b)
1208
21) 2
43
2
2 1 3
I
1 1

i
42
10
H
I
la
.
a

e) 48 3 3 3 I It) 7 4

d) 20 3 I I I 1 7 . .....
1(b) 9 2
2
2
8 I 2 I
(g)

2 .................... 1 4 2 1
3
13 1 I 1
N.° 4 QUADRO ESTATISTICO DO RESULTADO DO AfNO LECTIVO DA FACULDADE DE MEDICINA.
DA BAhIA EM 1840.,

TOTAL. OBSERVAÇÕES.
1..o 2.01 6.°
'°I '°I °I

Matricu1ai'.o-se..............o..... 30 13 9.14.. 14 9 81) a)..


2 ....
.

(Plenam. com louvor.


rOldO appo- P1enamente ,......
3 1 4 3 13 b) Do numero total dos Estudantes, quatrõ seguem o
22 7 0 7 .9 6 57 c) Curso de Iharmacia.
(Sinipliciter......... 2 1 2 4 9 d) Doutorai'o-se mais dous Cirurgies Approvados pElo
ForIo reprovados ....... .. 3 1 .... 2 .. O e) antigo Coilegio Medico-Cirurgico.
Deixáro de fazer Acto ......... 1 1 ... 2 f) Verificailo-se, na conformidade da Lei Organica, 5
Perdêrl(o o anno............... I. 1 2 Diplomas de Doutor em Medicina.
Doutorarão-se..................... .sI.

NATURALIDADES.

e.,

5 9 2 I

3721
1

J -'.,

.... 2 1 9,,,
N.° í. - QUADRO ESTATISTICO DO RESULTADO DOS TRABALHOS DO ANNO LECTIVO DÁ
AULA DO COMMERCIO DO MUNICIPIO DA CORTE EM 1840.

A NNO.
-
IC) C)0
1' . o

P,Iatricularão-se. . . , . . . . . . . . . , . , 49 26 75
Plenamente.. 17 15 3
Forno approvacios.
SinipiLciter . . 17 '2 19
Forâo ileproados . . 1 2 3
Deixrâo de fazer Acto. . 5 4 9
Perdérão o Anuo ....... 9 12
N. 6. QJADRO STATJSTICO DO RESULTADO DOS TRAB&[ TIOS DO ANNO ESCOLASTICO DA ACADEMIA DAS
J3ELLAS ARTES, EM 1840.

CLASSES.

.2
I

.)
..

4.)
'..

4.) e..
d OBSERVAÇÕES.

p
..

e,.. 'ê
g
4 8 5 7 7 63 94 a) Neste auno, o numero dos amadores, que chegou a
MatricUhirllOSe........e.s.s.s..s..s 20 (17 na Aula de Desenho, 4 na de Pintura Historica,
Aproveit&lr.o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7 & 44 67 b
Não aproveitárO.................... 1 3 2 ...... 2 19 27 c
26 d
6 nade Paizageni, I na de Escultura, e I nade Gra-
vura) eleva o algarismo total dos Estudantes acima do
uIsungu1L'.ose. . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 2 3 3 13
rdedalha grande... ..... a.. ieee.. e.... I 1(e qualquer dos annos antecedentes no fazendo meno
coma
2 6(f). de diversos individuos, que tem frequentado as Aulas,
indepeudentcmente de matricula.
premiado ''T 1 6(g)
Menço honrosa... 1 2 1 . .. .. . . ... e 1 s(b) Vinte e deus alumnos frequentho o Curso n'Ana-
Perdêro o anno . . . . . . . e . . . . . . . . . . 1 2 1 .... .. I II 16 (1) toania, e delles approveitárão dezasete.

NATURMIIDADE DOS ALUMNOS.

I'
i. c:-

k 1
(a) 89 1 I
ii' I

(b) 64 ....e, I I

(c) 26 1 . I

(cl) 24 ...... I I

(e) I

(1) 4 se. l

(g) 6 ..
(h) S
(i) 25 ........... ... ... I
N.° 7. - QUADRO ESTATISrIIICO DAS AULAS PUBLICAS MENORES, CREADAS NO MUNICIPIO
DA CORTE, coM DECLA:RAÇÂO DAS QUE SE ACHAO VAGAS OU PROVIDAS, E DO
NUMERO DE ALUMNOS QUE AS FREQUENTARÃO EM 1840.

ISTADO DAS AULAS.


V
E
ODSBRVAÇÕES.
DZNOMINAÇXO DAS AULAS.

P
___- - -- --
Para 1'Ieninas.. . . e e 6 6 365
Primeiras Letras. Para Meninos.. .eee 15 15 1 .004
Latim................eee''.e'' e.... 3 95 D'entre os 19 Alumnos de Francez
Philosophia...............'..e .... 1
1
1
1
ultiinráo o estudo desta lingua 7.
Iti-jetorica e . . e. . . . e . e e . . .

1 1 4
..... . .. .....a.eee
1'rancez. 1 e.e.c 1 1 19
8
Inglez. . 1 1

-- ---
ee e . e .ee e e ee e ee e .ee .e
Georrletriae.........e........... 1 eees
I -. -
1 29 29 1.495

:1
N.° - MAPPA DOS BAPTiSMOS, OBITOS, E CASAMENTOS QUE T1VERAO LUGAR OMUNIC1PIO DA CORTE NO ANO DÉ1840.

CASAMENTOS. B;PTLSMOS. OBITOS.

LiVRES E LIBERTOS. ESCRAVOS. SÔMMA. LIVRES E LIBERTOS. ESCRAVOS. SOMMA. OBSERVAÇÕES.

LIVRES E LIVRES E
Masà. Fern. Masc. Fern. ESCRAV. Masc. Fern. Masc. Fern. EscnAv.
LIBERT.

Capella Imperial ............ 6 6 3 2 9 3 5 7 ....... 12

Sacramento 87 4 245 222 198 187 467 385 234 272 119 III 506 230 (a) No se tendo recebido o Mappa
64 57 114 83 121 197 28 46 30 57 87
dos Casamentos, Baptismos,
Candelaria 28 1
e Obitos que tivero lugar na
So José 60 1 15 138 132 136 296 268 90 105 28 32 195 60 FregueziadeGuaratibanomez
Santa Rita 52 230 15S 122 97 38 21 162 146 69 68 308 137 deFevereiro, foi estafaltasup-
mesmo mez
Santa Anna 65 1 166 174 114 136 340 250 164 183 84 71 347 155

Gloria 20 53 62 55 54 115 109 40 43 26 19 83 45


(b) Pelo mesmo motivo os do Cu-
Lagoa 3 1 31 27 26 27 58 53 28 32 26 30 60 56 rato de Santa Cruz de todo o
anuo, forflo suppridos com os
Engenho Velho 36 10 45 75 94 78 120 172 71 59 140 109 130 249
de 1839.
Jacarepaguá ....................12 8 43 52 75 79 95 154 36 52 83 64 88 147
(c) No numero de 2.909 obitos que
Inhaúma. 5 22 16 20 30 38 50 13 11 12 18 24 30 apresenta a Santa Casa, se
comprehendem 1.960 cadave-
Jrajá ........................... . 12 1 21 18 74 45 39 119 38 48 29 63 77
res que de fóra au se recebê-
Campo Grande 29 8 89 98 80 67 187 147 60 58 117 71 118 188 r5o para se dar sepultura.
Guaratiba .................. (a) 20 9 86 87 65 72 173 137 53 35 45 38 88 83

Ilha do Governadoi' S 25 28 9 6 53 15 20 10 22 13 30 35

Paquetá 3 10 9 18 11 19 29 3 6 18 11 9 29

Santa Cruz ................ (b) 5 8 23 17 45 50 40 95 10 6 50 42 16 92

Santa Casa da Misericordia. .(c) 14 225 187 412 911 441 1.008 549 1.352 L557

-- ----
462
514
52 1.542
2.970
1.428 1.243
---------
2.402
1.159 2.970 2.402

£372
-.-------
1.966 1.537
3.503
1.925
---..--.--
3.259
..---6.760-.--
1.332 3.503 3.257

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