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UniAGES

Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Agronômica

LADSON DE SOUZA TELES

DESEMPENHO VEGETATIVO DO SORGO GRAMÍNEO EM


DIFERENTES ESPAÇAMENTOS SOB O CLIMA DO
NORDESTE

Paripiranga
2019
LADSON DE SOUZA TELES

DESEMPENHO VEGETATIVO DO SORGO GRAMÍNEO EM


DIFERENTES ESPAÇAMENTOS SOB O CLIMA DO
NORDESTE

Monografia apresentada no curso de


Graduação do Centro Universitário AGES
como um dos pré-requisitos para a obtenção
do título de bacharel em Engenharia
Agronômica.

Orientadora: Prof. Me. Carlos Allan Pereira

Paripiranga
2019
LADSON DE SOUZA TELES

DESEMPENHO VEGETATIVO DO SORGO GRAMÍNEO EM


DIFERENTES ESPAÇAMENTOS SOB O CLIMA DO NORDESTE

Monografia apresentada como exigência


parcial para obtenção do título de bacharel
em ciências Agronômicas, à Comissão
Julgadora designada pelo colegiado do
curso de graduação do Centro Universitário
AGES.

Paripiranga, de de 2019.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Carlos Allan Pereira


UniAGES

UniAGES
À Amanda, esposa querida e aos meus pais, Vandilson e
Yolanda, que sempre me deram forças.
Aos meus irmãos Luan, Leandro, Alice e Tamires.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, acima de todas as coisas, por permitir que eu pudesse


concluir minha jornada acadêmica sem tropeços.
Ao Centro Universitário AGES que me presenteou com os anos mais
produtivos da minha vida.
Ao meu orientador, Carlos Allan, que contribuiu de forma incisiva na minha
formação profissional, tanto nos aspectos educativos como morais.
A todos os professores do colegiado de forma igualitária.
Aos meus queridos colegas, pelos anos de companheirismo.
Aos funcionários dessa casa que facilitaram muito a minha passagem por
essa instituição.
Aquele que aprende e não coloca em prática é
como aquele que ara e não semeia.
Saadi
RESUMO

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito associativo do espaçamento entre linhas
de plantio (20, 30, 40 e 50cm) e densidades de plantas (250, 150, 125 e 100 mil
plantas ha-1) no primeiro corte, sobre o desempenho vegetativo do híbrido de sorgo
gramíneo BM 515 da Agroceres (para corte e pastejo). Como experimento de campo
foi escolhido o delineamento experimental entre Blocos casualizados (DBC), sem
esquema fatorial com quatro repetições, testando a rebrota, a massa verde e a
massa seca, com duas rebrotas consecutivas. Verificou-se que o resultado houve
interações significativas entre espaçamento entre linhas e densidade populacional
para produção de matéria verde. O melhor desempenho produtivo e qualitativo do
hibrido de sorgo plantado foi obtido no cultivo com espaçamento entre linhas de
50cm, porém ficou constatado que o espaçamento de 40cm é mais recomendável
por ter melhor aproveitamento de espaço, além de obter bons resultados, tanto para
a matéria verde quanto para matéria seca. Para os espaçamentos de 20 e 30cm
entre linhas, não são recomendados pelo fato de dificultarem os trabalhos de
limpeza contra plantas invasoras. Devido às temperaturas noturnas amenas na
região do entorno de Paripiranga, na Bahia, inclusive no verão, a cultura do sorgo
tende a ser uma excelente alternativa para corte e pastejo em áreas irrigadas e
cerqueiras durante todo o ano para os pequenos pecuaristas locais.

PALAVRAS-CHAVE: Matéria verde. Matéria seca. Sorgo híbrido. Rebrota.


ABSTRACT

The objective of this study was to verify the associative effect of spacing between
planting lines (20, 30, 40 and 50 cm) and plant densities (250, 150, 125 and 100
thousand plants ha-1) in the first cut, in vegetative performance from Agroceres BM
515 hybrid sorghum (for cutting and grazing). As a field experiment, the experimental
design was randomized blocks (DBC), without a factorial scheme with four replicates,
testing the regrowth, the green mass and the dry mass, with two consecutive
regrowths. It was verified that in the result there were significant interactions between
line spacing and population density for green matter production. The best productive
and qualitative hybrid performance of planted sorghum was obtained in the
cultivation with spacing between lines of 50cm, but it was verified that the spacing of
40cm is more recommendable for having better space use, besides obtaining good
results, both for the matter green and dry matter. It was verified that in the result
there were significant interactions between line spacing and population density for
green matter production. The best productive and qualitative hybrid performance of
the planted sorghum was obtained in the cultivation with spacing between lines of
50cm, but it was verified that the spacing of 40cm is more recommendable for having
better use of space, besides obtaining good results, both for the matter green and dry
matter.

KEYWORDS: Green Matter. Dry matter. Hybrid sorghum. Regrowth


LISTAS

LISTA DE FIGURAS

1: Fases fenológicas do Sorgo


...................................................................................20
2: Antracnose em fase de Coalescência de lesões foliares
........................................27
3: Sintomas da helmintosporiose em folha de sorgo
...................................................28
4: Míldio do sorgo (Peronosclerospora sorghi) ..........................................................28
5: Ferrugem do sorgo (Puccinia purpurea) ................................................................29
6: Mancha Zonada (Gloeocercospora sorghi)
............................................................30
7: Larva-arame (Conoderus scalaris)
.........................................................................31
8: Bicho-bolo, Pão-de-galinha ou Corós
.....................................................................31
9: Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
...........................................................32
10: Broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea spp.)
............................................................32
11: Início dos trabalhos com preparação e limpeza da área
.......................................34
12: Marcação de área
.................................................................................................36
13: Semeadura...........................................................................................................37
14: Adubação pós-
emergente.....................................................................................38
15: Corte da Matéria
verde..........................................................................................39
16: Pesagem da Matéria verde
..................................................................................40
17: Primeiro corte
.......................................................................................................41
18: Segundo corte
......................................................................................................41
19: Secagem em estufa a 90°
.....................................................................................46
20: Pesagem da Matéria seca
....................................................................................47

LISTA DE GRÁFICOS

1: Produtividade MV dos tratamentos de acordo com os


cortes..................................43
2: Gráfico de MV.........................................................................................................46
3: Gráfico MS..............................................................................................................48
4: Produtividade de MS dos tratamentos de acordo com os
cortes.............................49
5: Comportamento da MV nos três
cortes...................................................................50
6: Comportamento da MS nos três
cortes...................................................................51

LISTA DE QUADRO
1: Esboço da distribuição das plantas na área ..........................................................35

LISTA DE TABELAS

1: Estágios de evolução de uma cultivar de sorgo com ciclo de 100 dias.................19


2: Teste de Tukey do 3º corte MV..............................................................................44
3: Teste de Tukey do 3º corte MS..............................................................................46
4: Valores dos pesos da Matéria Verde e da Matéria
Seca........................................48

LISTA DE SIGLAS

Conab Companhia Nacional de Abastecimento


DBC Delineamento em Blocos Casualizados
Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EUA Estados Unidos da América
FDA Fibra em Detergente Acido
FDN Fibra em Detergente Neutro
LPI Laboratório de Práticas Integradas
MIP Manejo Integrado de Pragas
MO Matéria Orgânica
MS Matéria Seca
MV Matéria Verde
NDT Nutrientes Digestíveis Totais
NPK Nitrogênio/Fósforo/Potássio
PB Proteína Bruta
PLSe Planosssolo Eutrófico
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 16
2.1 Origem e distribuição do sorgo ....................................................................... 16
2.2 Importância econômica ................................................................................... 17
2.3 Caracterização da cultura ............................................................................... 18
2.4 Aspectos morfofisiológicos da cultura do sorgo ............................................. 19
2.5 Exigências Edafoclimáticas da cultura do sorgo (clima e solo) ....................... 22
2.6 Sorgo e suas qualidades como fonte nutricional ............................................. 24
2.7 Sorgo e suas qualidades para Silagem ........................................................... 25
2.8 Principais Doenças que afetam o Sorgo ......................................................... 26
2.9 Principais Pragas que afetam o sorgo ............................................................ 31

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 34


3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................ 34
3.2 Localização e caracterização da área experimental ....................................... 35
3.3 Delineamento Experimental e Tratamentos .................................................... 36
3.4 Material, Instalação e condução do experimento ............................................ 38

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 43


4.1 Análise de matéria verde................................................................................. 44
4.2 Análise de matéria seca .................................................................................. 47
4.3 Análise de matéria verde versus matéria seca................................................ 50

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 53

6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 54
14

1 INTRODUÇÃO

O mercado atual da produção animal no Brasil tem motivado os produtores


rurais a buscar soluções técnicas que possibilitem torná-lo economicamente
rentável, procurando cada vez mais investir em genética, sistemas reprodutivos
eficientes, manejos que propiciem bem-estar animal e dietas com qualidade
nutricional elevada, tendo em vista que animais de alta produção só irão produzir
positivamente se estiverem bem alimentados.
No Nordeste brasileiro, devido aos longos períodos de estiagem, tem-se
buscado alternativas de plantas e cultivares que possibilitem sua adaptação ao
clima. Assim, escolheu-se o sorgo pela sua extraordinária capacidade de suportar
estresses ambientais e pelo alto potencial de produção de grãos e matéria seca da
cultura, tornando-se ótima opção na produção de forragens em variadas condições
de estresse hídrico, de acordo com Diniz (2010).
De acordo com Ribas (2008) a planta do sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é
um produto da intervenção do homem durante gerações, domesticando a espécie e
transformando-a para satisfazer as necessidades. Sua origem pode ser tanto da
África como da Ásia, tendo migrado para os países árabes por volta de 1000 a 800
AC e posteriormente para a Índia no 1° século, onde ocupa, hoje, a maior área de
cultivo do mundo.
Devido ao fato de se constituir num espécime que, de acordo com Rodrigues
(2015), suporta de forma extraordinária as condições ambientais mais adversas, em
que o milho e outras culturas graneleiras não aguentam, tanto no relevante ao déficit
hídrico, como em condições de baixa fertilidade do solo, se tornou uma alternativa
excelente como cultura de verão, oferecendo um alimento de boa qualidade, baixo
custo e liquidez para os produtores e pecuaristas e igualmente para a agroindústria
de rações. Dessa forma ,essa característica tem impulsionado a cultura a expandir-
se para outras regiões como no Norte e no Nordeste.
Rodrigues (2015) explica que, por ser um grande produtor de palha de alta
qualidade, o sorgo aparece como uma alternativa para substituir o milho na
alimentação do gado leiteiro ou como matéria prima de baixo custo na alimentação
de aves e suínos. Só, ou aliado a outros produtos, tornou-se uma excelente opção
para o mercado de rações e no auxílio ao produtor do semiárido nordestino.
15

As características enunciadas trouxeram à tona a indagação sobre qual o


melhor desempenho de um cultivar de Sorgo granífero plantado em fileiras duplas
para obter alta densidade, sem perda da sua produtividade. Que por sua vez,
acarretou no objetivo geral deste trabalho, o de verificar, através da análise de
massa úmida X massa seca, de qual espaçamento duplo permite um melhor
rendimento na produção do sorgo forrageiro, sob as condições climáticas do entorno
de Paripiranga na Bahia.
Nesta pesquisa, buscou-se avaliar, através da análise de massa úmida X
massa seca, qual o espaçamento que permite um melhor desempenho do sorgo
gramíneo (Sorghum bicolor), apurando-se o peso específico da massa úmida e
massa seca, o índice de germinação, a velocidade de rebrota e o vigor das
plântulas, após o primeiro corte, considerando o sorgo uma excelente alternativa
tanto para o pastejo como para a silagem, possibilitando o armazenamento para os
períodos mais secos do ano de acordo com Buso, et al.(2011). Como forma de
delimitação, o espaçamento entre plantas foi mantido.
O resultado subsequente deste conceito gerou quatro objetivos específicos: o
de apurar o índice de germinação nos diferentes espaçamentos; de averiguar o vigor
das plântulas nos diferentes espaçamentos; de verificar a velocidade de rebrota nos
diferentes espaçamentos; e de aferir o peso específico da massa úmida e massa
seca, nos diferentes tratamentos.
Levaram-se em consideração fatores que possibilitam o emprego dos
recursos disponíveis pelos pequenos pecuaristas da região, como a aquisição de
cultivares e formulações de adubação disponíveis nas casas comerciais locais e
determinou-se o espaçamento máximo de 50 cm por ser o mais comum por eles
empregado, assim os outros três tratamentos escolhidos de 20, 30 e 40 cm serão
considerados adensados.
Os resultados obtidos da pesquisa são inéditos na região do entorno de
Paripiranga – BA, nesta, a introdução do sorgo granífero ou forrageiro pode trazer
grandes benefícios diretos e indiretos aos pequenos produtores locais. Esse fator
justifica o trabalho que, além disso, traz à comunidade acadêmica local uma fonte a
mais de informações úteis tanto no sentido técnico como social que possibilitará o
desenvolvimento da região.
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Origem e distribuição do sorgo

Ribas (2008) aponta que o sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é um


produto de ação do homem que, durante gerações, foram domesticando a espécie e
transformando-a para satisfazer as necessidades. Sua origem pode ser tanto da
África como da Ásia, migrou para os países árabes por volta de 1000 a 800 AC e
posteriormente para a Índia no 1° século, onde ocupa hoje a maior área de cultivo do
mundo.
Nas Américas, só foi introduzido a partir da metade do século XIX, mais
precisamente no Caribe, foi levado para os EUA em 1853, lá se alastrou e tornou o
país o maior produtor mundial do grão. Na região também difundiu, através do
Departamento de Agricultura, o primeiro cultivar comercial do mundo, do qual se
misturou a outros vindos de várias partes do planeta, gerando numerosos materiais
genéticos, com características fenotípicas e funções as mais diversas. Depois dos
progressos conseguidos pelos cientistas como J.R.Quinby e J.C. Stephens, o
sucesso dos híbridos rompeu as fronteiras e espalhou-se por vários países, tais
como: Argentina; México; Austrália; China; Colômbia; Venezuela; Nigéria; Sudão;
Etiópia (RIBAS, 2008).
De acordo com Diniz (2010), o sorgo é uma excelente fonte de energia de
grande serventia nas regiões que possuem climas de alta temperaturas e muito
secas, dessa maneira, o agricultor não atinge boas produções de grãos e forragens
produzindo outras cultivares, como o milho. A alta qualidade do sorgo se destaca
pela alta absorção da água e nutrientes em fotoassimilados. Suas características
tornam exclusivamente importante para áreas de climas mais quentes e com baixo
índice de chuvas.
De acordo com Ribas (2008), a cultura se encontra no Brasil desde o período
em que chegou à América Central e do Norte, trazido pelos escravos africanos, por
esse motivo, eram denominados de "Milho d' Angola" ou "Milho da Guiné", no
entanto, só foi introduzida de forma ordenada a partir dos anos 50 – 60. Chegou
17

através de duas vertentes, uma no Sul, pampas gaúchos, trazida da Argentina e a


outra em São Paulo, trazida dos Estados Unidos. Ainda que tenha alternado sua
produção com altos e baixos, desde então, nos últimos anos tem se estabelecido de
forma formidável com um salto enorme tanto na produção como na produtividade,
principalmente no Centro-Oeste que se tornou seu principal centro produtor. Teixeira
e Teixeira (2004), afirmam que no início da década de 90, o sorgo deu um grande
salto em relação à área cultivada no território brasileiro.

2.2 Importância econômica

De acordo Ribas (2008), entre os fatores que tornam o sorgo interessante


economicamente está a sua versatilidade no uso, que diferencia desde o uso na
alimentação humana bem como a animal; além da utilização da matéria prima para
produção de álcool anidro, bebidas alcoólicas, colas e tintas; até o emprego de suas
panículas na produção vassoura. Os diversos tipos de cultivares são empregados
em quatro vertentes agroindustriais: granífero; forrageiro para silagem e/ou sacarino;
forrageiro para pastejo/corte verde/fenação/cobertura morta; e fabricação de
vassouras.
Para Rodrigues (2015), sua eficiência e qualidade tem justificado as políticas
governamentais brasileiras no aumento dos investimentos públicos para sua
produção e utilização por se tratar de uma cultura dentro dos conceitos atuais de
uma agricultura sustentável.
Diniz (2010), faz menção ao relatório divulgado pelo USDA - Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos, referentes à safra 2009/10, a qual informava que a
produção mundial de sorgo obteve 59,5 milhões de toneladas, diante do consumo de
61,9 milhões de toneladas. O relatório publicou a estimativa para a Safra 2010/11
que deveria alcançar uma produção de 64,3 milhões de toneladas, caracterizando
um acréscimo de 8,0% em comparação com a safra passada. Este aumento, por
sua vez, se dá pela amplificação da área reservada ao cultivo do sorgo na Índia,
Nigéria e Sudão. Dessa forma, o consumo deverá ser de 63,6 milhões de toneladas,
correspondente a 2,7%, número maior que o do ano anterior.
18

De acordo com os dados apresentados pela Companhia Nacional de


Abastecimento - CONAB, o cálculo para a produção do sorgo para a safra atual é de
1,9milhões de toneladas, em comparação com a produção da safra anterior, há um
aumento em 0,8% e 3,86%, em área colhida. No Brasil, os maiores produtores estão
localizados nas regiões, a saber: Goiás, Minas Gerais e Bahia apresentam aumento
produtivo de 14,47%, 6,08% e 11,42%, respectivamente (CONAB, 2018).
O crescimento na produção nos dois últimos anos, após um ano de quebra de
produção (2015), devido à diminuição de 19% de área plantada, contudo o mercado
aponta um movimento crescente nos preços, com o aumento das cotações nas
principais praças comerciais, como informa a (CONAB, 2018).
A Conab (2018), complementa que a safra de 2017/18 tem a possibilidade de
condicionar a produção de 2,9 milhões de toneladas, ressaltando o crescimento da
área plantada e reconsiderando as importações que devem permanecer abaixo de 1
milhão de toneladas, confirmando as estimativas da USDA.

2.3 Caracterização da cultura

De acordo com as pesquisas de Rodrigues (2015), a cultura do sorgo amplia-


se de forma rápida, especialmente por resistir de forma impressionante às situações
ambientais que o milho e outras culturas graneleiras não suportavam, tanto no
relevante ao déficit hídrico, como em condições de enfraquecimento de fertilidade do
solo. Esse fator o torna uma alternativa excelente como cultura de verão, oferecendo
um alimento de boa qualidade, baixo custo e liquidez para os produtores e
pecuaristas e igualmente para a agroindústria de rações. Dessa forma, a
característica tem impulsionado a cultura a expandir-se para outras regiões como no
Norte e no Nordeste.
Para Magalhães (2015), essa característica de resistência em relação à seca
demonstra que o sorgo se torna o cultivo mais apto para regiões áridas onde as
chuvas são mais escassas, se adequando a vastas variações ambientais e
produzindo em condições altamente desfavoráveis se comparado à maioria dos
outros cereais. É possível perceber que se obtém rendimentos de 1.500 a 12.000
19

sementes por panículas, com peso que pode variar de 25 a 35 mg, numa densidade
populacional de 30 a 60 plantas m-2 (300 mil a 600 mil plantas ha-1).
O sorgo é destacado por ser um excepcional produtor de palha de alta
qualidade, além de oferecer como opção no sistema de plantio direto, um elo entre o
sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e matéria prima de baixo custo na
alimentação de aves, suínos e bovinos. Só ou aliado ao próprio milho, ao trigo, ao
triticale, ao farelo de arroz e à fécula de mandioca, tem sido uma alternativa
excelente para substituir o milho na alimentação do gado leiteiro mantendo o
mercado de rações aquecido, com grãos de qualidade altamente confiáveis e custos
ajustados ao negócio (RODRIGUES, 2015).

2.4 Aspectos morfofisiológicos da cultura do sorgo

Trata-se de uma planta que apresenta metabolismo C4, com resposta


fotoperiódica típica de dia curto e de altas taxas fotossintéticas. O sorgo é
denominado uma planta autógama que possui pouca taxa de fecundação cruzada.
Boa parte dos materiais genéticos comercializados de sorgo necessitam de
temperaturas superiores a 210 C para um crescimento adequado (MAGALHÃES,
2015).
Diniz (2010), explica que o sorgo possui sílica na endoderme de seu sistema
radicular e é caracterizada por apresentar uma abundância de pelos absorvedores
com maiores índices de lignificação de periciclo, transferindo à cultura com grande
compreensão a seca do que as outras. O caule é fracionado em nós e entrenós e
folhas ao longo da planta inteira. Sua infrutescência é uma panícula e seu fruto é
uma cariopse ou grão seco.
A planta do sorgo pode alcançar de 1 a 4 metros de altura, possuindo vários
afilhamentos (caules por pé), em que cada um dos quais tem uma influência terminal
do tipo paniculado. De acordo com Diniz (2010), a planta do sorgo é classificada por
apresentar uma espiga séssil, fértil, cercada por duas espiguetas estéreis
pedunculadas que constitui o gênero, compreendendo espécies anuais e espécies
vivazes. Ainda de acordo com autor, um grande problema no uso do sorgo como
alimento animal é a presença do tanino, uma proteína encontrada em algumas
20

variações genéticas com predominância dos genes B1 e B2 que lhe conferem


algumas características agronômicas favoráveis, como é o caso da resistência de
pássaros e doenças, no entanto, os tornam pouco palatáveis e digestíveis, sendo
por tanto a escolha correta dos cultivares para uso alimentar um fator a
imprescindível a se considerar.
Rodrigues (2015), comenta que o maior crescimento vegetativo do sorgo se
dá entre os dias 30 e 40, quando começa a formação dos colmos e descreve em
seus relatos os estágios de evolução de uma cultivar de sorgo com ciclo de 100
dias, da seguinte forma:
Estágios Descrição
Do plantio ao aparecimento do coleóptilo na dimensão do solo,
que ocorre, frequentemente, dentro de 4 a 10 dias, conforme as
Estágio 0 (Emergência)
situações ambientais (principalmente, pela umidade,
temperatura, oxigênio e pela qualidade da semente).

Estágio 1 (Visível a lígula/colar ou Acontece, em circunstâncias normais, aproximadamente de 10


cartucho da 3ª folha) dias após a emergência.

Estágio 2 (Visível a lígula/colar da


Acontece em três semanas em seguida a emergência.
5ª folha)

Acontece cerca de 30 dias em seguida à emergência e


caracteriza a alteração do ponto de desenvolvimento vegetativo
para reprodutivo. Este ciclo é estabelecido pelas circunstâncias
ambientais e pelas propriedades genéticas de cultivar. A época
Estágio 3 (caracterização do ponto
do plantio e a classificação do ponto de desenvolvimento é por
de desenvolvimento)
volta de um terço do período indispensável para a maturidade
fisiológica, ou ciclo da cultura. Nesta época, inicia o aumento
rápido do colmo, quando se aproxima de 7 a 10 folhas, isso
significa que estão inteiramente desenvolvidas.

Acontece o rápido crescimento do colmo, todas as folhas estão


Estágio 4 (Folha bandeira visível) inteiramente desenvolvidas, com observação das últimas 3 ou
4.

Todas as folhas estão inteiramente crescidas, ocasionando na


Estágio 5 (Emborrachamento) máxima área foliar. A panícula consegue sua extensão
máxima, interiormente da bainha da folha bandeira.
A época da emergência a 50% de floração (por volta de 60
Estágio 6 (50% de floração) dias) próximo de 2/3 do tempo da emergência à maturação
fisiológica.
Por volta de 50% da matéria seca dos grãos já avançaram
Estágio 7 (Grão Leitoso) acumuladas (por volta de 70 dias em seguida a emergência), e
o peso do colmo deprecia.
Por volta de ¾ de matéria seca dos grãos já avançaram
Estágio 8 (Grão Pastoso)
acumuladas (por volta de 85 dias depois a emergência).
Os grãos encontrar-se com 22 a 23% de umidade (por volta de
Estágio 9 (Maturação fisiológica)
95 dias depois a emergência).
21

Tabela 1: Estágios de evolução de uma cultivar de sorgo com ciclo de 100 dias.
Fonte: Rodrigues (2015).

O perfilhamento na cultura do sorgo demonstra uma vantagem,


essencialmente nos cultivares forrageiros, em que ocorre o crescimento sobre o
volume de massa seca, entretanto, para os cultivares graníferos, essa peculiaridade
é tida como negativa por competirem com a planta mãe no uso dos nutrientes e da
água fornecida pelas raízes, principalmente no momento da formação dos grãos
(RODRIGUES, 2015).

Figura 1: Fases fenológicas do Sorgo.


Fonte: Nagai (2012)

Para Nagai (2012), no entanto, a eficiência da planta reside no fato de que


necessita apenas de 250 a 400gr de água para produzir 01 quilograma de matéria
seca, uma característica de superioridade à da grande maioria das gramíneas
tropicais, permitindo paralisar o crescimento ou diminuir as ações metabólicas no
decorrer do estresse hídrico, proporcionando reservas metabólicas e retomando o
aumento, quando a água se torna mais uma vez disponível.
22

2.5 Exigências Edafoclimáticas da cultura do sorgo (clima e solo)

Segundo Landau e Sans (2015), os fatores edafoclimáticos de grande


interferência, acerca da cultura do sorgo, é destacado pela temperatura do ar, a
raios solares, a precipitação e a disponibilidade da água no solo, no entanto, as
diversas variedades existentes apresentam diferentes respostas fisiológicas a esses
fatores ambientais, tanto no que concerne às particularidades da planta como no
grão.
Os autores retratam que o sorgo é uma planta adaptada ao clima quente,
apresentam-se propriedades xerófilas e mecanismos poderosos de transigência à
seca, contudo, pelo grande número de variedades e vertentes da cultura, se
adaptam a diversas zonas climáticas, até àquelas de clima temperado (pouco mais
frias), se nos locais houver incidência de estação estival quente, que permitam o
desenvolvimento da planta.
Suas eficiências de resistir a eminentes níveis de radiações solares se dão
ao fato de pertencerem ao grupo de plantas C4, fazendo com que responda com
fortes taxas de fotossintéticas, diminuindo a abertura dos estômatos e
consequentemente a redução da perda d`água. Dessa forma, a expansão da
intensidade luminosa provoca uma melhor produtividade quando as demais
condições estiverem mais convenientes. (LANDAU, SANS, 2015).
Uma das características da cultura está na sua adaptabilidade às diferentes
condições ambientais e sua resposta a estas depende tanto das condições
ambientais como das características genéticas do cultivar utilizado, uma vez que a
produção do sorgo está associada com a integração de alguns fatores, tais como:
interceptação de radiação pelo dossel, eficácia metabólica, eficácia de translocação
de produtos da fotossíntese para os grãos e competência de dreno da planta
(LANDAU, SANS, 2015).
O sorgo possui um sistema radicular comprido e ramificado que possibilita o
prolongamento na efetividade de absorvência de água com solutos do solo de
acordo com Rosa (2012). O autor explica que o sistema foliar reduz a perda de água
por transpiração e as melhores condições térmicas que favorecem seu metabolismo
23

se encontram entre 26 e 30° C. Sua temperatura média anual de 18º C, considerada


que o limite inferior não deve ser ultrapassado na fase de florescimento, sob pena de
perda total da safra.
Para Rosa (2012), a necessidade hídrica da planta durante seu ciclo varia de
450 a 500 mm, assim, em dois períodos a disponibilidade de água no solo se torna
crítica. O primeiro deles refere-se aos estágios 0, 1 e 2, logo imediatamente após o
plantio e vai até 20 a 25 dias após a germinação. O segundo ocorre entre a metade
o 5° estágio até o 7°, com a floração e enchimento do grão. Já para Landau e Sans
(2015), a necessidade hídrica se encontra entre 380 e 600 mm e a faixa de
temperaturas que a cultura suporta varia de 16 a 38° C.
Para Diniz (2010), essa faixa está relacionada ao fator tolerância que
depende do nível bioquímico de cada cultivar. Esclarece que a planta minimiza o
metabolismo, murcha (hiberna) e tem o poder de realizar o restabelecimento quando
o estresse é paralisado. Para se criar cultivares mais resistentes à seca, entretanto,
o autor aponta na pesquisa que o problema se esbarra no marcador para medir o
grau que o genótipo é visto como tolerante ou passível ao estresse estimulado pela
seca ainda não foram determinados. O autor explica ainda que nem sempre
materiais considerados mais resistentes possuem potencial produtivo maior sob
condições de estresse hídrico.
Com relação ao solo, o sorgo é uma cultura facilmente adaptável a diversos
tipos de solo, podendo ser cultivado adequadamente em solos que variam de
arenosos e argilosos. Solos com escala pH entre 5,5 e 6,5 e ricos em matéria
orgânica são ideais para o plantio. Preferencialmente, procuram-se áreas de
topografia plana com declividade inferior a 5%, com baixas intensidade umidade e
que produzem reparos de acidez. Apesar de altamente adaptável, obtém maior
produtividade em solos aluviais profundos e, principalmente, bem drenados
(LANDAU, SANS, 2015).
De acordo com Mantovani (2015), a cultura do sorgo transformou-se numa
interessante possibilidade quando introduzida num sistema de rotação e/ou
sucessão, no entanto, é preciso de condições mínimas de solo para que a cultura
possa se desenvolver de forma regular. Principalmente no Centro-Oeste, tem sido
muito usado na sucessão à soja precoce, tornando-se culturalmente chamada de
sorgo “safrinha”, deve ser verificada a conservação da matéria orgânica no solo
24

(palhada), com finalidade de manter a umidade necessária à cultura, com menor


perda por evaporação.
Na região Nordeste, a cultura é plantada na estação e em épocas de chuvas
ou durante o inverno em preparo convencional. A agitação da camada superficial do
solo tem como objetivo essencial melhorar as condições de germinação, embora se
faz necessário observar que é comum recomendar o uso da grade niveladora
diminuindo as torras e pulverizando o solo, devido ao tamanho das sementes. Essa
prática, contudo, favorece a erosão em caso de chuvas torrenciais e consequente
compactação do solo, formando pé-de-grade (MANTOVANI et al., 2015).

2.6 Sorgo e suas qualidades como fonte nutricional

Tem-se a premissa de que na América Central, Ásia e África, os grãos do


sorgo são destacados pela utilização na alimentação humana, integrando a cadeia
industrial da produção de farinha e amido que tem como principal foco a produção
de pães e de biscoitos, sejam eles na América do Sul, nos Estados Unidos e na
Austrália, o sorgo é utilizado essencialmente para a alimentação animal. Ao passo
em que a Embrapa Milho e Sorgo (MG) efetua pesquisas com grãos que possuem
elevadas taxas de ferro, zinco, proteínas, fibras e vitamina E. encontrou em alguns
genótipos (variedades) do cereal a existência de propriedades fenólicos que podem
contribuir no embate a doenças crônicas, tais como a obesidade, o diabetes e o
câncer, por possuírem alta capacidade antioxidante (BRITO, 2016).
Para este trabalho, no entanto, o interesse está voltado à alimentação animal,
por sua resistência às intempéries regionais, o que vem a caracterizar benefício aos
produtores rurais locais que podem utilizá-lo tanto no pastejo direto como na
produção de silagem, que apresenta alta qualidade, tornando-se, portanto, habilitado
a atender as ausências nutricionais dos animais, tanto na bovinocultura como na
suinocultura, na avicultura e na piscicultura (BUSO, et al. 2011).
Em recente pesquisa, Moreira (2013) examinou a mudança parcial do milho
pelo sorgo na dieta de leitoas primíparas nas fases da juventude e na gestação de
forma gradativa e consumou que a adição de 25 até 50% de sorgo na ração das
25

fêmeas suínas não causam perda de peso e não comprometem as variações


produtivas e reprodutivas das mesmas.
As similaridades nutricionais entre o sorgo e o milho demonstram o quanto é
viável a substituição do milho pelo sorgo na dieta dos animais sem perdas evidentes.
Nos quesitos matéria seca, proteína bruta, gordura e amido é possível notar que
apenas o milho em gérmen se destaca levemente, porém convém salientar que se
trata de um produto com valor de aquisição mais elevado, possibilitando que os
resultados finais de produção tendem a se igualar.
De acordo com Dykes et al. (2005) e Tabosa et al. (1993) No Brasil, o índice
de consumo do cereal sorgo por parte da alimentação humana é inferior se
comparado com outros países. Dessa maneira, o sorgo é plantado, mirando à
produção de grãos para abastecer a necessidade de empresas que comercializam
ração animal, além de usar a forragem para a alimentação de ruminantes dos
animais.

2.7 Sorgo e suas qualidades para Silagem

Através dos trabalhos de Vicente (2016), é possível verificar que, apesar de


não substituir o milho devido à sua composição bromatológica ser inferior, pode-se
melhorar sua composição se consorciá-lo com outros vegetais, como o feijão
guandu e o capim marandu. Além disso, o sorgo ajuda a recuperar pastagens pela
sua capacidade de produzir fitomassa.
Oliveira (2010) explica que o sorgo é uma das plantas mais adequada para
produção de silagem, atribuindo a esta característica que beneficiam, a forma de
fermentação adequada, apresentando elevado rendimento nas taxas de matéria
seca e de substratos fermentescíveis, apresentando-se baixo poder tampão, fatores
que, junto ao milho, lhe conferem uma maior produtividade por área.
Nas análises de Macedo, et al. (2012), é possível alterar a ação de teores da
matéria seca de forma linear em decorrência do processamento de adubação
nitrogenada. Segundo os autores, os valores de N-NH3 apresentam resposta
quadrática para as doses de nitrogênio. Já os teores de hemicelulose e matéria
mineral reduziram. Diante disso, os valores referentes à matéria seca, o pH e
26

amônia demonstram eficiência em relação ao processamento de fermentação da


silagem, independentemente da quantidade de nitrogênio usado. Portanto, torna-se
possível aumentar a produtividade da planta sem modificar a formação
bromatológica da silagem através da adubação.
Skonieski, et al. (2010), comenta que a grande variação genética entre plantas
de sorgo negociados, no Brasil, possibilitaram em consequência o alcance de
grandes números de híbridos, gerando variações tanto na produtividade, quanto nas
amostras de fermentação e formação bromatológica, quando utilizados para
silagem. Em seus experimentos, verificou-se que entre o sorgo forrageiro e o de
duplo propósito, o forrageiro apresenta maior produtividade, no entanto, os valores
nutricionais são semelhantes entre ambos.
De acordo com Moraes et al. (2013), o principal objetivo de se efetuar uma
ensilagem de algum vegetal é preservar a qualidade e os valores nutricionais da
forragem fresca, influenciada por diversos motivos na conservação desta. Tais
fatores, como as suas características fenotípicas, a facilidade de semeadura, o
manejo, a colheita e o armazenamento (Figura 2), são virtudes fundamentais para a
adequação da fermentação lática, verificando as propriedades de massa seca por
unidade de área e, se o resultado final, será uma silagem de alta ou de baixa
qualidade.

2.8 Principais Doenças que afetam o Sorgo

Da Silva (2015) destaca as diversas doenças que afetam o sorgo e que


estão vinculadas às condições ambientais e ao cultivar utilizado. Além desses
fatores, sua extensa faixa de situações ambientais para o plantio e a grande
diferença em relação ao uso, propiciam a entrada de numerosos agentes
patogênicos. Sua ocorrência pode ser causada tanto por patógenos, como por
agentes causais de doenças sistematizadas e de fungos de solo responsáveis de
podridões radiculares e viroses.
A autora cita como as mais importantes, no Brasil, as seguintes: antracnose
(Colletotrichum sublineolum), míldio (Peronosclerospora sorghi), helmintosporiose
(Exserohilum turcicum), ferrugem (Puccinia purpurea), ergot ou doença açucarada
27

(Claviceps africana) e a podridão seca (Macrophomina phaseolina). Chama ainda


uma atenção extra para o míldio que, além de afetar o sorgo, transfere seus efeitos
à cultura do milho.
Para Costa (2012), a Antracnose é uma das doenças principais que afetam o
cultivo do sorgo no Brasil (Figura 03), podendo chegar a 50%, 70% para Silva
(2015), inclusive detectado em outros países, indicando a presença de diversos
ecótipos do patógeno. Nesse sentido, tem-se buscado aumentar a variação genética
da população hospedeira através do uso de combinações genéticas, estabilizando a
população do patógeno e prevenindo a aparição ou a escolha de novas raças.
Como forma de manejo, Silva (2015) recomenda diferentes medidas como a
rotação de culturas, a extinção dos restos culturais e o aparecimento de hospedeiros
alternativos para a contenção do potencial de inóculo do patógeno na área de
plantio. Apesar de não existirem produtos registrados de forma legal no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o domínio de doenças foliares na cultura
do sorgo, as indicações são de fungicidas à base de triazóis e estrobilurinas
apresentando-se variações e eficiência no manejo da antracnose.

Figura 2: Antracnose em fase de Coalescência de lesões foliares.


Fonte: Cota (2010)
28

A recomendação básica no controle da Antracnose continua sendo a


utilização de cultivares resistentes bem como o manuseio adequado da cultura, no
entanto, para áreas onde a presença do fungo é significativa, o controle químico é
uma alternativa economicamente viável. Porém, experimentos tem revelado que a
aplicação de fungicidas e resistência genética atuam de forma sinergística,
mostrando que a eficácia do fungicida é tanto melhor quanto mais resistente é o
híbrido cultivado (SILVA, 2015).
Cota (2010) afirma que a incidência da helmintosporiose (Exserohilum
turcicum) tem aumentado concomitantemente com o aumento da área durante o
período da entressafra (safrinha), em que o clima ameno tem favorecido a presença
do seu agente causal Exserohilum turcicum (Pass.) K. J., que produz conídios de
coloração verde-oliva ou marrom-escura, fusiformes e ligeiramente curvos. Os
sintomas típicos da doença são lesões necróticas, elípticas, medindo de 2,5 a 15 cm
de comprimento (Figura 4).
Essas necroses apresentam coloração que varia de verde-cinza a marrom. As
primeiras lesões aparecem nas folhas mais velhas (COTA, 2010).

Figura 3: Sintomas da helmintosporiose em folha de sorgo.


Fonte: Cota (2010).

Para Silva (2015), a doença pode ocasionar perdas superiores a 50% quando
ocorrerem na fase de emergência da panícula, já Cota (2010) menciona em 40%
quando da produção de grãos e uma perda muito superior quando se trata de sorgo
forrageiro, devido às manchas necrosadas na área foliar diminuindo sensivelmente o
volume de matéria verde. Por se tratar, igualmente à antracnose, de uma doença
29

fúngica, as condições climáticas favorecem sua intensidade, o uso de cultivares


resistentes e o manejo adequado a melhor forma de controle ao seu aparecimento.
Outra doença mencionada por Silva (2015) é o Míldio do sorgo
(Peronosclerospora sorghi), também encontrado em todas as faixas de adaptação
climática no Brasil (Figura 05), ocorrendo na forma de infecção sistêmica e
localizada, formando faixas paralelas de tecidos verdes alternadas com áreas de
tecidos cloróticos e rasgando as áreas necrosadas através da ação dos ventos.

Figura 4: Míldio do sorgo (Peronosclerospora sorghi): infecção sistêmica (A), infecção localizada (B),
estádio mais avançado da infecção sistêmica (C).
Fonte: Cota (2010)

A Ferrugem (Puccinia purpurea) tem sua área de maior importância na região


Sudeste. Forma pústulas (urédias) de coloração castanho-avermelhadas com cerca
de 2,0 mm de comprimento que se distribuem paralelamente entre as nervuras e, ao
se desenvolverem, rompem liberando os uredosporos do patógeno que se
disseminam pelo vento (Figura 6), (SILVA, 2015).
Em testes para verificar a resistência de alguns híbridos açucareiros, Mourão
(2012) verificou que há variação na resistência dos genótipos de sorgo sacarino para
a antracnose, ferrugem e helmintosporiose. a variação entre esses genótipos em
relação a cada uma das doenças varia conforme as mudanças climáticas, sendo
30

necessário que testes de resistência genética sejam efetuados nas diferentes


regiões antes da escolha do híbrido a ser plantado.

Figura 5: Ferrugem do sorgo (Puccinia purpurea).


Fonte: Silva (2015).

Ainda que considerada de menor importância, Silva (2015) menciona que em


períodos de umidade elevada, a ocorrência da Mancha Zonada (Gloeocercospora
sorghi) pode se tornar significativa. Forma manchas vermelho púrpura até cinza,
aneladas com margens irregulares e dissemina-se pelo vento, pela chuva ou pela
semente, sempre que as condições de alta umidade propiciem a produção de
conídios (Figura 07). Por esse motivo, eliminar os restos de cultura e efetuar rotação
de culturas são atitudes importantes para a redução dos danos.
Para oliveira (2010), a amplitude da faixa de condições ambientais para
plantio do sorgo no Brasil representa um benefício relativo aos efeitos das mudanças
climáticas no planeta, sendo que algumas doenças perderão sua abrangência e
algumas perderão sua importância.
31

Figura 6: Mancha Zonada (Gloeocercospora sorghi).


Fonte: Silva (2015).

2.9 Principais Pragas que afetam o sorgo

Waquil (2015), lembra que é fundamental o reconhecimento por parte do


produtor se os insetos presentes são fitófagos e se têm potencial de causar
prejuízos, constituindo em importância comercial à sua lavoura. O autor lembra que
o porte da cultura e seus diferentes estádios de desenvolvimento, determinarão o
nível de dano para uma mesma espécie de inseto-praga. Portanto, é primordial
identificar o tipo e a finalidade do cultivo, ou seja, se o cultivo se destina à produção
de grãos, forragem ou matéria prima para bioenergia.
As pragas que atacam as lavouras de Sorgo se dividem, como nas demais,
em subterrâneas e aéreas. As subterrâneas, apesar da dificuldade de observação,
causam tanto dano quanto as aéreas por atacar o sistema radicular, as sementes ou
as plântulas, podendo provocar perdas consideráveis na cultura. Dentre essas, se
encontram a Larva-arame (Conoderus scalaris) (Figura 8), Bicho-bolo, Pão-de-
galinha ou Corós (Figura 9), são larvas de várias espécies de besouros dos gêneros:
Eutheola, Dyscinetus, Stenocrates, Diloboderus, Cyclocephala, Phytalus e
32

Phyllophaga, podendo provocar a morte de pequenas plantas causando redução na


população (WAQUIL, 2015).
De acordo com Mendes (2012), as pragas da parte aérea ou vegetativa
dividem-se ainda naquelas que atacam as folhas e as que atacam os colmos. Dentre
as que atacam as folhas, a mais importante é a lagarta-do-cartucho [Spodoptera
frugiperda (J. E. Smith)], é assim denominada por se encontrar dentro do cartucho
durante o dia e manter suas atividades durante a noite. Além disso, as lavouras de
sorgo são atacadas também por duas espécies de pulgões: o pulgão-verde
[Schizaphis graminum (Rondani)] e o pulgão-do-milho [Rhopalosiphum maidis
(Fitch)]. São insetos que se reproduzem num período de tempo relativamente curto,
podendo formar grandes colônias e causar danos expressivos.

Figura 7: Larva-arame (Conoderus scalaris). Figura 8: Bicho-bolo, Pão-de-galinha ou Corós.


Fonte: Viana (2015) Fonte: Oliveira (2015)

Dentre as pragas que atacam colmos, há a broca-da-cana [Diatraea


saccharalis (Fabr.)] são lagartas que raspam o limbo foliar e dirigem-se internamente
para a base da bainha das folhas, penetrando no colmo para se alimentar, formando
galerias e a Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) (Figura 10). Além de
provocar danos diretos através do consumo dos tecidos, a broca-da-cana (Figura
11) provoca danos indiretos, permitindo a entrada de fungos como o Fusarium
moniliforme (Sheld.) e Colletotricum falcatum Went. que promovem a inversão da
sacarose e a diminuição da pureza do caldo (MENDES, 2012).
33

Figura 9: Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)


Fonte: Viana (2012)

Valicente (2014), salienta que, para assegurar consequências favoráveis,


econômica, ecológica e socialmente aceitas, é preciso utilizar ações inteligentes no
controle de pragas, conhecidas como MIP – Manejo Integrado de Pragas. Informa
ainda que se considera praga apenas aquele inseto que pode vir a causar danos
econômicos na produção final, ressaltando que nem todo dano causado por inseto
na planta é intolerável, podendo a planta se recuperar e produzir normalmente.

Figura 10: Broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea spp.)


Fonte: Gabryel (2014).

É preciso que se monitore a presença dos insetos e defini-los entre praga


primária ou secundária, sua frequência de ocorrência e a época do ano, para poder
levar à decisão de aplicar ou não e quando aplicar inseticidas (VALICENTE, 2014),
dando prioridade à utilização de agentes de controle biológico prioritariamente, visto
que o baixo aporte de inseticidas disponíveis para utilização nas lavouras de sorgo,
no Brasil, impulsiona o setor produtivo e a pesquisa a buscar estratégias de controle
viáveis e sustentáveis (MENDES, 2012).
34

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Caracterização da pesquisa

O presente trabalho encarregou-se de uma pesquisa de campo, em que foi


realizada amostra de materiais do sorgo, de modo que pudesse ser feita a
comparação entre a matéria seca e a matéria verde. Gonçalves (2001) aborda que a
pesquisa de campo pretende buscar informações diretamente com o objeto de
estudo.
A pesquisa de campo é aquela utilizada com objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimento acerca de um problema, para qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou
ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (LAKATOS,
2010, p. 169).

No presente trabalho, tratou-se também de levantar estudos acerca da


pesquisa bibliográfica, assim, foram consultados referenciais teóricos sobre o tema,
na medida em que a teoria dialogasse com os conteúdos transcrito e desenvolvesse
com mais ênfase o conteúdo tratado. Segundo Lakatos (2010), a pesquisa
bibliográfica tem como objetivo expor o pesquisador em contato com algo que foi
escrito, dito ou filmado sobre determinado conteúdo.
Segundo Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de
materiais já produzidos como livros, artigos científicos. A autor aborda ainda que
esse tipo de pesquisa é de suma importância para o levantamento de informações
sobre aspectos ligados direto e indiretamente sobre determinado trabalho. Gil (2010)
complementa afirmando que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
materiais já publicados.
Desse modo, a atividade principal da metodologia é a pesquisa. O
conhecimento em uma realidade cotidiana é um conhecimento popular ou empírico.
Além disso, o presente esboço far-se-á uma pesquisa bibliográfica, organizada a
partir de material já desenvolvido, instituído, sobretudo de livros, artigos e material já
disponíveis.
Gil (2016, p. 9) define o método como “[...] o caminho para se chegar a
determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais
35

e técnicos adotados para se atingir o conhecimento”, como é o caso do presente


projeto que visa atingir o conhecimento sobre o rendimento da matéria do sorgo. .

3.2 Localização e caracterização da área experimental

O experimento foi conduzido no Campus II do Centro Universitário AGES -


UniAGES (Fazenda Experimental conjunta dos Colegiados de Engenharia
Agronômica e Med. Veterinária), localizada no município de Paripiranga, com
altitude de 430m, 10º 42’ de latitude Sul e 37º 51’ de longitude Oeste, no Nordeste
do Estado da Bahia, Brasil (Figura 12). O solo da área utilizada para cultivo é do tipo
PLSe22, classificado como Planosssolo Eutrófico (EMBRAPA, 2018).

Figura 11: Início dos trabalhos com preparação e limpeza da área.


Fonte: Próprio Autor

As visitas à área da cultura que estava sendo implantada eram realizadas


frequentemente, quando era observado se existiam ataques de pragas como:
formigas, grilos, lagartos, moscas e outros insetos que pudessem afetar a
produtividade da planta. Além disso, observou-se também se existia algum sinal de
doença, pois também poderia afetar o potencial produtivo, comprometendo o melhor
resultado para a pesquisa. Em campo, era levada uma prancheta para fazer
36

anotações, o celular para retirar fotos que, posteriormente, seriam comparadas para
analisar o desenvolvimento da planta.
Nos relatos de Diebel (2018), o município encontra-se na zona climática
“Tropical Semiárido” que pela classificação de Köppen é Sub-úmido (Aw, inverno
seco) com precipitação média anual de 897mm variando de 78mm em maio e 20mm
em setembro, temperaturas que variam de 17°C a 33°C e média anual de 22,6ºC,
com média mínima de 17ºC em agosto e média máxima de 33ºC em janeiro,
insolação de 4.334 horas de sol anuais, com nebulosidade que varia durante o ano
de 75% a 38% e umidade relativa do ar considerada “Abafada”, variando de 70% a
63%.

3.3 Delineamento Experimental e Tratamentos

Regazzi (2010) indica que as vantagens do uso do método de delineamento


com blocos casualizados não estão apenas no seu uso em campo aberto, mas no
fato de que os parâmetros de verificação dos dados podem ser analisados tanto por
meio das aproximações F ou qui-quadrado, sendo que a aproximação F deve ser
preferida.

Quadro 1: Esboço da distribuição das plantas na área.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).
37

A área para o plantio foi preparada de forma tradicional, com aração e


gradagem, utilizou-se uma grade aradora, com uma profundidade de corte de 30 cm,
e em seguida nivelado com uma grade niveladora. Porém, a área ainda apresentava
muitas matérias orgânicas, raízes, restos culturais de outras culturas que poderiam
alterar o resultado da pesquisa e, para isso, foi indispensável uma limpeza com
enxada e rastelo, deixando a área perfeitamente limpa.
Para a divisão da área, utilizou-se uma trena (para ter uma precisão dos
pontos), piquetes de marcação (para localizar cada ponto específico), fita de
marcação (para localizar o limite de cada bloco e os locais dos tratamentos), marreta
(para fixar os piquetes no solo) e placas de identificação.
Portanto, para esse experimento de campo foi escolhido o Delineamento
experimental entre Blocos Casualizados (DBC), sem esquema fatorial, com quatro
repetições. As 4 parcelas experimentais (aqui denominadas de Blocos) foram
preenchidas por 12 linhas de 2m de comprimento, 3 para cada espaçamento (20, 30,
40 e 50cm), separadas entre elas por um espaçamento de 40cm, ocupando uma
área de 10,20m², como os Blocos foram separados por corredores de 1m e
adicionou-se mais 40cm como arestas em todos os lados, o total da área utilizada
para o experimento foi de 60,76m². Todo o desenvolvimento do plantio seguiu as
distancias entre fileiras, tratamentos, blocos e a disposição das plantas (Figura 12).

Figura 12: Marcação da área.


38

Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).


3.4 Material, Instalação e condução do experimento

Semeado com 20 cm de espaçamento entre plantas em todos os tratamentos


e colocados 2 sementes por cova (Figura 16), após a emergência das plântulas, foi
realizado um desbaste em toda a área, mantendo apenas uma planta por cova,
perfazendo 6 plantas por metro linear, ou seja, com 12 plantas por linha.

Figura 13: Semeadura.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Com base na análise de solo realizada no Laboratório ITPS na cidade de


Aracaju-Sergipe e da exigência da cultura, foram realizadas duas adubações (Figura
13), uma de base com aplicação da fórmula NPK (10-30-15) e uma de cobertura
após o 15° dia com aplicação da Ureia agrícola, depositando 1gr por planta,
resultando em 250, 150, 125 e 100 kg ha-1 ,tendo o plantio sido realizado no dia 25
de abril, através do procedimento de abertura de 48 canaletas com 10cm de
profundidade para inserir a adubação de base e novamente fechada, posteriormente
foi efetuada a semeadura manual na profundidade de 1cm.
39

Figura 14: Adubação pós-emergência.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

O cultivar utilizado possui características de resistência e produtividade para


corte e pastejo, além de ser encontrada comercialmente na região, facilitando sua
aquisição também pelos pequenos pecuaristas. Trata-se do cultivar de sorgo hibrido
gramíneo, de ciclo precoce, BM 515 da Agroceres (para corte e pastejo) do qual
procurou-se respeitar sua principal característica, a grande capacidade de rebrota e
perfilhamento que garante a produção de massa verde em vários cortes durante as
estações mais quentes do ano, foram efetuados após 42 dias de semeio, conforme
recomendações do fornecedor, com o corte das plantas a 20 cm de altura do solo
(Figura 15), permitindo a permanência de pelo menos uma folha por planta
40

contribuindo para uma rebrota de 100% em todos os espaçamentos, inclusive com


mais de dois perfilhos em algumas plantas.

Figura 15: Corte da matéria verde.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

A cultivar escolhido possui alta resistência ao estresse hídrico, com


estimativa de 12 a 15% de Proteína Bruta, NDT 65 a 70% e FDN 58 a 65%. Além
disso é altamente resistente a Ferrugem, Antracnose e Turcicum, a resposta ao
investimento é considerada média e o 1° corte deve ser feito entre 35 a 45 dias,
como foi efetuado.
Após 42 dias, efetuou-se o corte quando a média de altura das plantas era de
115cm, assim que completaram seu ciclo vegetativo, utilizou-se 10 plantas retiradas
da linha central de cada tratamento, levadas para a balança e depois de pesadas
(Figura 17) encaminhadas para o LPI – Laboratório de Práticas Integradas da
UniAGES, onde foram deixadas por 24hs na temperatura de 90° para sua secagem
e posterior pesagem, seguindo as orientações de Botelho, et al. (2018).
41

Figura 16: Pesagem da matéria verde.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Rezende et al. (2011) efetuou estudo similar para comparação entre cultivares
de sorgo e milho com a finalidade de obter maximização da produtividade em
diferentes alternativas de manejo, avaliando a influência de diferentes sistemas de
corte (Figuras 18 e 19) e concluiu que a rebrota é influenciada pela altura do corte
tanto quanto a época de semeadura. Logo, nota-se que o sorgo possui uma
eficiência no que se refere à rebrota, apresentando situações de superioridade com
relação ao milho, uma vez que, a rebrota no sorgo possibilita uma oferta maior de
forragem.
42

Figura 17: Primeiro corte Figura 18: Segundo corte


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019). Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Em seguida, foram efetuados mais dois cortes, sempre a 40 dias de


intercalação, mantendo os níveis de desenvolvimento das plantas. Nos cortes foram
mantidos os padrões com altura de 20 a 25 cm, procurando manter o caule com,
pelo menos, a primeira folha.
Decorridos 5 dias do rebrote, efetuou-se um desbaste, no intuito de evitar
competições entre perfilhos da mesma planta pelos nutrientes absorvidos. Após 40
dias executou-se o segundo corte e, igualmente, após mais 40 dias o terceiro corte,
procurando manter o padrão de altura dos cortes anteriores, sendo todo o material
levado para o LPI para secagem e pesagem.
43

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para Ribas (2008) o sorgo é considerado um produto de ação do homem que


foi por muitos anos foi domesticando a sua espécie e transformando para satisfazer
as necessidades. De acordo com Ribas (2008) foi introduzido nas Américas por volta
do século XX, iniciando no Caribe e sendo levado para os EUA em 1985, sendo
nesse pais o local onde ele se alastrou e fez com que o pais se tornasse o maior
produtor desse grão no em todo o mundo.

De acordo com Diniz (2010) o sorgo é uma grande fonte de energia e que
carrega consigo uma grande serventia principalmente nos locais em que possuem
climas com altas temperaturas além de locais secos. A grande qualidade do sorgo
se destaca pela grande absorção de nutrientes e de água em fotoassimilados.Já
Ribas (2015) prefere destacar a sua grande importância econômica além de
acreditar que o cultivo do sorgo se faz interessante economicamente devido a
versatilidade no seu uso.

Assim como citado por Rodrigues (2015), a cultura do sorgo se estendeu de


forma rápida principalmente por ele conseguir resistir de uma maneira considerada
impressionante às situações ambientais de forma que o milho, assim como alguns
outras culturas graneleiras jamais suportariam.

Para Magalhães (2015), essa individualidade que o sorgo tem com relação a
sua resistência chega para demonstrar que o cultivo do sorgo se torna o cultivo mais
apto para as regiões áridas onde as chuvas são mais escassas, isso mostra que
esse tipo de planta se adaptar a diferentes e vastas variações ambientais e
conseguem ser produzidos em condições ambientais consideradas desfavoráveis.

O sorgo é grandemente utilizado como alimento animal e para Diniz (2010)


um grande problema nessa prática é a presença do tanimo que se trata de uma
proteína encontrada em diversas variações genéticas que tem predominância nos
genes B1 e B2, lhe conferindo características agronômicas favoráveis .

Ainda citado por Rodrigues (2015) o partilhamento que ocorre na cultura do


sorgo demonstra uma grande vantagem principalmente nos cultivares forrageiros
como será citado posteriormente com maia detalhes.
44

4.1 Análise de matéria verde

A produção de matéria verde apresentou queda percentual nos três cortes,


em todos os quatro tratamentos. O espaçamento com o menor índice de queda foi
40cm entre linhas. O espaçamento 20 X 20 obteve 49,92 ton ha -1 no 1° corte, 36,57
ton ha-1 no 2° corte e 23,52 ton ha-1 no 3° corte, com percentuais de queda em torno
dos 25% para todos os tratamentos.
O espaçamento com a menor queda nos índices de produtividade foi o de 40
X 20, obtendo 25,81 ton ha-1 no 1° corte, 20,87 ton ha-1 no 2° corte e 17,25 ton ha-1
no 3° corte, apresentando 19,14 e 17,25% de queda de produtividade (Gráfico 2).
O maior rendimento foi obtido no tratamento A, com espaçamento de 20cm
entre linhas, demonstrando que a alta densidade não influenciou na produtividade
das plantas (Gráfico 02), apresentando um ganho total de 110,01 ton ha-1. Nos
trabalhos de Albuquerque (2010), os rendimentos encontrados para 50, 90 e 1,10
não ofereceram divergências significativas de produtividade e o autor concluiu que
de modo geral a produção de matéria verde está muito mais relacionada com o porte
da planta, ou seja, do cultivar escolhido.

23.52
Peso em ton ha-1

36.57 17.26
17.25 15.39
25.8
20.87 19.35
49.92
34.56
25.81 24.65

ESP 20 X 20 ESP 30 X 20 ESP 40 X 20 ESP 50 X 20


Tratamentos

1° Corte 2° Corte 3° Corte

Gráfico 1: Produtividade MV dos tratamentos de acordo com os cortes.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

No que se refere à perda de rendimento, pode está ligada a dois fatores: o


período do ano ou desbaste na rebrota. O plantio foi efetuado no período de chuvas
e continuou até a rebrota do 1º e 2º corte, já a rebrota do 3º corte se deu já no
45

período seco com o auxílio de irrigação, na rebrota procurou-se efetuar um desbaste


nos perfilhos para não influenciar nos resultados individuais.
De acordo com Landau e Sans (2012), apesar de que cada cultivar tem sua
faixa ideal de plantio, a maioria dos cultivares do sorgo se adaptam bem em
temperaturas que variam de 16° a 38°, no entanto, os autores advertem que as
temperaturas noturnas que divergem da faixa ideal, cada 1° C, pode significar uma
perda de 14% de produtividade. A exigência volumétrica da planta se encontra entre
380 e 600mm e a radiação solar intensa não favorece a formação de toxinas,
patamares esses em que o município se encontra.
Segundo Diniz (2010), esses valores estão associados ao elemento tolerância
que precisa do nível bioquímico de cada um dos cultivares.
Ainda de acordo com Landau e Sans (2015) apesar do sorgo ser uma cultura
que consegue se adaptar em inúmeros tipos de solo, existe uma forma adequada de
cultiva-lo em solos que alternam entre argilosos e arenosos, resultando ainda que
solos ricos em matérias orgânicas e com pH entre 5,5 e 6,5 são ideais para o
plantio.
Mantovani e colaboradores (2015) relatam que na região do nordestina a
cultura do sorgo se dá no período do inverno ou em épocas de chuvas em preparo
convencional. Porém a agitação que ocorre nesse período na camada superficial do
solo tem como principal objetivo melhorar a qualidade do solo e consequentemente
a condição de germinação do solo.
O resultado satisfatório do 1° e 2º corte deve-se em muito ao fato de ser
implantada e concluída ainda durante o período das chuvas, justamente na janela de
plantio da região, com precipitações diárias, inclusive nos dias da rebrota que foi em
apenas dois dias, valores muito superiores aos alcançados na maioria das principais
áreas produtoras de sorgo do mundo, em que as precipitações anuais não
costumam ser superiores a 1.000mm anuais, como descreve Albuquerque (2011).
Botelho (2018) obteve resultado similar ao avaliar diversos híbridos,
principalmente no sorgo do ano. A divergência entre os experimentos está no fato de
que não efetuou desbaste após a rebrota, o que pode ter ocasionado numa perda de
nutrientes na planta mãe. Contudo, nesse experimento também houve perda no
rendimento após o primeiro desbaste, mas os contrastes de F se mantiveram
constantes a 5% de probabilidade.
46

Ao analisar os resultados do teste de Tukey do 3º corte, estaticamente os


resultados foram significativos, porém o espaçamento A não se diferenciou
estatisticamente do espaçamento B, no entanto se diferenciou do espaçamento C e
D. O espaçamento C se diferenciou do espaçamento D e A. Já o espaçamento D se
diferenciou estatisticamente do B e A. Diante disso, o espaçamento C e D foram os
que obtiveram os melhores resultados. Portanto, no 3º corte, os espaçamentos que
conseguiram manter a sua produção de matéria considerável foram o C e D.

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 377, 959089987301 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmônica do número de repetições (r): 4


Erro padrão: 85,5760569772748
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
A 940.650000 a1
B 1035.575000 a1 a2
C 1380.200000 a2 a3
D 1538.575000 a3

Tabela 2: Teste de Tukey do 3º corte MV


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Ao observar os dados da matéria verde, percebe-se que no espaçamento


20x40 e 20x50 obtiveram os melhores resultados em relação aos espaçamentos
mais adensados. Portanto, foi possível identificar que os espaçamentos 20x40 e
20x50 são ideais para a alimentação animal por conter maiores volumes de matéria.
Esses volumes são desenvolvidos com maior significância por esses espaçamentos
proporcionarem condições mais favoráveis para o seu crescimento.
Com relação aos cortes realizados, o 1º e 2º não tiveram diferenças
significativas entre os espaçamentos por apresentarem, em sua produção de
matéria, valores aproximados, isto é, os dois primeiros cortes foram realizados
durante o período de chuvas, por esse motivo, os espaçamentos não se
diferenciaram estatisticamente entre si, em questão de produção de matéria, pois as
chuvas propiciam melhores condições para produção da matéria.
47

Médias Kg
3,000.00

2,500.00

2,000.00

1,500.00

1,000.00

500.00

0.00
ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO
20X20 20X30 20X40 20X50
Médias do 1º corte 1,996.80 2,064.90 2,073.50 2,464.70
Médias do 2º corte 1,462.80 1,548.10 1,669.20 1,935.30

Gráfico 2: Gráfico de MV
Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

4.2 Análise de matéria seca

No que se refere à análise da matéria seca, foi realizado o processo de


secagem a uma temperatura de 90° C durante 24 h. Logo após, a matéria seca foi
efeituada a pesagem (Figuras 19 e 20), para então, obter os dados. O Local da
execução dos procedimentos foi no Laboratório de Práticas Integradas do Centro
Universitário AGES.
48

Figura 19: Secagem em Estufa a 90°. Figura 20: Pesagem da matéria seca.
Fonte: Criação do autor (produzida em 2019). Fonte: Criação do autor (produzida em
2019).

A produtividade do tratamento A obteve melhor rendimento, alcançando 41,04


ton ha-1 (Gráfico 03), maior 29% em relação ao Tratamento B com 29,23 ton ha -1.
Ao verificar o teste de Tukey na matéria seca do 3º corte, estatisticamente
foram significantes, porém, os tratamentos que se diferenciaram dos demais foram o
A e D, sendo que, quem obteve os melhores resultados, foram o C e D.

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 329,946609824903 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmônica do número de repetições (r): 4


Erro padrão: 74,7052541659554
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
A 466.025000 a1
B 545.025000 a1 a2
C 680.550000 a1 a2
D 827.900000 a2

Tabela 3: Teste de Tukey do 3º corte MS


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).
49

Ao analisar os dados da matéria seca no 1º e 2ª corte, observa-se que os


espaçamentos 20x40 e 20x50 obtiveram também os melhores resultados em relação
à produção de matéria seca, pois apresentou maiores volumes. Durante o
experimento, pode-se notar que esses espaçamentos, teve um desenvolvimento de
matéria bem relevante, se comparado com os espaçamentos 20x30 e 20x20. Dessa
forma, mostra-se que o sorgo plantado de forma adensada, não é viável, pois não há
uma produção de matéria significantes e ainda dificulta os tratos culturais por conta
do adensamento. Entretanto, os espaçamentos mais adensados é recomendável
para cultivares precoce e de menor porte, como relatam Coelho et al. (2002).

Médias em Kg
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO ESPAÇAMENTO
20X20 20X30 20X40 20X50
Médias do 1º corte 665.2 456.08 700.63 934.58
Médias do 2º corte 510.4 752.7 634.4 702.2

Gáfico 3: Gráfico MS
Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

De acordo com Diniz (2010), essa planta pode chegar a uma altura que varia
entre 1 e 4 metros de altura, contendo inúmeros afilhamentos. Rodrigues (2015)
chega para complementar que o maior pico de crescimento do sorgo se da entre os
dias 30 e 40 após a sua plantação ressaltando ainda que esse perfilhamento que
ocorre no cultivo do sorgo se apresenta como uma grande vantagem principalmente
nos cultivares forrageiros.
Para Andrade Neto (2011) a altura de plantas é uma medida importante
devido à boa correlação com a produção de matéria seca, fato confirmado nesse
trabalho, onde a altura média das plantas se manteve em 110cm e a diferença de
50

produção da MS do 1° corte para o 2° e 3° divergiram pouco (Gráfico 03), 94,3 e


97%. Para Neumann (2010), essa informação é relevante para o produtor que deve
a partir dela efetuar sua dinâmica de distribuição da produção de forragem.

11.65
Peso em ton ha-1

9.08
12.76
8.51 8.28

12.55 7.93 7.02


16.63
7.6 8.76 9.35

ESP 20 X 20 ESP 30 X 20 ESP 40 X 20 ESP 50 X 20


Tratamento

1° Corte 2° Corte 3° Corte

Gráfico 4: Produtividade de MS dos tratamentos de acordo com os cortes.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

4.3 Análise de matéria verde versus matéria seca

Avaliaram-se, ainda, os resultados comparando-se a MV com a MS e


verificou-se que o espaçamento de 50 cm obteve os melhores resultados (Tabela
03), demonstrando que, sendo esse o já utilizado pelos produtores rurais locais, sua
manutenção como espaçamento de referência é apropriada.

Peso médio de 10 Plantas em gr


Tratamentos Cortes MV Cortes MS
1° 2° 3° 1° 2° 3°
Trat. A →Espaçamento 20cm 1.996,80 1.462,80 940,6 665,2 510 466
Trat. B →Espaçamento 30cm 2.073,50 1.548,10 1.035,60 456,1 753 545
Trat. C →Espaçamento 40cm 2.064,90 1.669,20 1.380,20 700,6 634 681
Trat. D →Espaçamento 50cm 2.464,70 1.935,30 1.538,60 934,6 702 828
51

CV 11,5 11,5 13,9 8,2 25,4 15,9


Tabela 4: Valores dos pesos da Matéria Verde e da Matéria Seca.
Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Apesar de que os resultados por linha favoreçam o espaçamento de 50cm


entre plantas, quando comparados em toneladas por hectare, o aspecto muda, uma
vez que, quanto maior o adensamento, maior o número de plantas aumentando o
volume por m2. Diante dos experimentos realizados, os espaçamentos mais
adensados são mais recomendáveis para pastejo e quando o agricultor escolhe por
fazer apenas 1 corte.

.
3,000.00

2,500.00

2,000.00

1,500.00

1,000.00

500.00

0.00
Espaçamento 20 cm Espaçamento 30cm Espaçamento 40cm Espaçamento 50cm

Corte I Corte II Corte III

Gráfico 5: Comportamento da MV nos três cortes


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).

Gontijo (2008) considera que o número de cortes a serem realizados em


híbridos de sorgo está relacionado à época de plantio, tratos culturais, condições
ambientais e o objetivo do cultivo. Nas condições do Brasil Central, em plantios de
verão, considera-se economicamente viável a realização de três cortes, muito
embora haja grande influência de fatores edafoclimáticos.
Para Rodrigues (2015) se destaca como um grande produtor de palhar com
excelente qualidade, além do mas, ele oferece matéria prima com baixo custo na
alimentação de bovinos, suínos e aves.
52

De acordo com Lanza (2017) o sorgo possui duas finalidades, tanto para o
corte quanto para o pastejo, pois, o sorgo possui uma qualidade que é a alta
capacidade de fibra oriunda nas folhas. Diante disso, o autor destaca que o produto
é um alimento de alto equilíbrio, apresentando fibras e energias para todas as raças
de bovinos.
Diferente da Matéria Verde que se comporta de forma regular em todos os
espaçamentos, embora mantenha os índices estáveis, a matéria seca diverge muito
na produtividade, demonstrando uma inversão de valores (Gráfico 04) do tratamento
B em espaçamento de 30 cm onde o 1° corte obteve um rendimento menor que o 2°,
sendo que o 3° corte foi normal para todos os tratamentos.

1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

0
Espaçamento 20cm Espaçamento 30cm Espaçamento 40cm Espaçamento 50cm

Corte I Cote II Corte III

Gráfico 6: Comportamento da MS nos três cortes.


Fonte: Criação do autor (produzida em 2019).
53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o sorgo como uma excelente alternativa tanto para o pastejo


como para a silagem, o presente trabalho proporcionou avaliar, através da análise
de massa úmida X massa seca, assim como, quais, espaçamentos permitem um
melhor desempenho do sorgo gramíneo (Sorghum bicolor), apurando-se o peso
específico da massa úmida e massa seca, a velocidade de rebrota e o vigor das
plântulas, após o primeiro corte.
O município de Paripiranga, por ser uma região produtora de milho com
elevadas temperaturas no verão, o sorgo tende a ser uma excelente proposta para
corte em áreas cerqueiras ou irrigadas para alimentação animal, tendo em vista seu
perfil acidentado, mantem as temperaturas à noite ainda amenas, permitindo a
cultura do sorgo por todo o ano.
De acordo com os valores encontrados, houve diferenças significativas entre
os tratamentos. Os melhores valores foram para o tratamento “D”, com o
espaçamento de 50cm entre linhas já utilizado pelos produtores rurais locais, já nos
resultados da matéria seca não houve significância.
Os melhores rendimentos, no entanto, ao considerar a produtividade, estão
para os tratamentos A e B, com espaçamento de 20 e 30cm respectivamente, por
apresentar maior número de plantas por hectare, fornecendo mais volume por metro
quadrado de área. No entanto, para realizar os tratos culturais, esse tipo de
espaçamento muito adensado apresenta dificuldades.
Dessa forma, é possível compreender, a partir da pesquisa, que o
espaçamento mais viável para produção de sorgo é o de 20x40. Esta é a melhor
forma para aproveitamento de espaçamento, além de obter maiores resultados no
que se refere à produção.
54

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