Sei sulla pagina 1di 12

!

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

Trabalho de Lógica e Argumentação

O politicamente correto é nocivo para a sociedade.


Beatriz Carvalho

Leticia Netto
Matheus Goulart
Thaian Marques
TRABALHO DA G1

Rio de Janeiro, Abril de 2019.

1
Sumário

1. – Introdução

2. – Politicamente Correto

3. – Milo Yiannopoulos

4. – Ben Shapiro

4.1 - Caso da Universidade de Vanderbilt

4.2 – Conclusão do pensamento de Shapiro

5. – Primeiras Premissas

6. – Theodore Dalrymple

7. – Podres de Mimados

7.1.1 - Caso: Pupilos ou Estudantes.



7.1.2 - Conclusão do Caso: Pupilos ou Estudantes.

7.2 - Consequência da Expressão Pública do Sentimentalismo

7.3 - O Culto a Vítima. 

7.4 - Conclusões do Livro

8. – Análise das Conclusões.


2
1. - Introdução

O objetivo desse trabalho é provar que o comportamento e a exigência do politicamente


correto afeta negativamente a sociedade democrática. O projeto defende a ideia que,
atualmente, as pessoas usam tal método como máscara, para esconder a censura, a
quebra da do direito de liberdade de expressão. 

Nos primeiros capítulos, promove-se a formação das premissas que sustentarão, através
do Modus Ponens, a conclusão formalmente válida de que o politicamente correto é, de
fato, nocivo para a sociedade.

2. - Politicamente Correto

O termo não tem uma origem clara, teve seu primeiro registro em 1793 – usado da
forma literal. 

Outros críticos afirmam que o termo nasceu na União Soviética, significando que os
interesses do partido deveriam ser tratados como realidade – que está acima da própria
realidade.

Em 1960/1970, com os movimentos dos grupos minoritários (EUA), o termo ganhou


outro significado; ser politicamente correto era saber medir suas palavras de modo que
não ofendam as minorias.

Atualmente, o termo é usado para descrever linguagens ou ações que devem ser
evitadas, por serem vistas como excludentes ou ofensivas, ainda muito similar ao
movimento de 1960/1970.

3. – Milo Yiannopoulos

De acordo com o livro DANGEROUS do jornalista e palestrante Milo Yiannopoulos, o


politicamente correto costumava ser um jeito de se falar e pensar, de modo a se mostrar
um bom exemplo para sociedade. Atualmente, os sentimentos alheios se tornam mais
importante do que o fato em si.

O autor defende, devido a suas experiências como jornalista e palestrante, que a


“marca” do politicamente correto é: você só pode falar o que é sociavelmente aceito,

3
caso contrário estará gerando um discurso de ódio.

O que esse tipo de comportamento gera é um silenciamento da oposição (aqueles que
buscam a liberdade de expressão plena). Ignora-se que dentro da liberdade de expressão
tem-se a liberdade de discordar.

4. – Ben Shapiro

De acordo com esse escritor, cientista político, advogado e colunista, uma pesquisa da
empresa Pew Research Center mostrou que 40% dos Americanos entre 18-34 anos
pensam que o governo deveria prevenir que as pessoas façam comentários ofensivos a
grupos minoritários.

Assim como Milo, Ben Shapiro diz que politicamente correto faz "sentimentos serem
mais importantes do que a realidade".

De acordo com o colunista, os ideológicos do politicamente correto forçam as


instituições de ensino ou mesmo o governo a adotarem "medidas baseadas em
'sentimentos', e não em fatos objetivos".

Shapiro argumenta que toda e qualquer percepção de "opressão", quando relatada pelo
movimento, leva os simpatizantes a exigirem mudanças em leis ou regulamentos, ainda
que os problemas "denunciados" não existam de fato.

4.1 - Caso da Universidade de Vanderbilt

Na Universidade de Vanderbilt, um saco cheio de fezes de cachorro apareceu na frente


da porta do Centro afro-cultural da universidade. O tumulto entre os estudantes
começou, acusando a reitoria de ser racista e ter faltas de providências tomada pela
mesma. A polícia investigou o caso e descobriu o responsável. Para a surpresa dos
coletivos negros, ninguém foi preso, pois quem deixou o saco foi uma menina cega que
estava com um cão guia. Ela não conseguiu encontrar uma lata de lixo, então deixou na
frente da porta para que um faxineiro encontrasse e jogasse fora.

Os militantes pediram desculpas, mas logo voltaram a atacar a reitoria: “os alunos com
deficiência dessa universidade estão marginalizados!”. 


4
Na sociedade de hoje, os sentimentos transformam os fatos e as vítimas são heroínas.

De acordo com o pensamento militante, todos os negros são vítimas porque sofrem
racismo; as mulheres são reféns do patriarcado; gays, lésbicas e transsexuais são vítimas
da homofobia e islâmicos são vítimas da islamofobia.

4.2 – Conclusão do pensamento de Shapiro

Ben Shapiro expõe que, relacionando com a pesquisa do psiquiatra polonês Andrzej
Łobaczewski, os militantes de esquerda sofrem com a chamada "histeria".

A histeria, seria o resultado da submissão dos militantes ao discurso dos líderes de
correntes do chamado 'politicamente correto'.

Łobaczewski afirmou que os líderes dos movimentos políticos de esquerda possuem
controle do comportamento coletivo (propagados pela liderança), estabelecidos nos
grupos e que induzem os participantes à negação dos fatos percebidos, para
favorecimento da ideologia imposta pelo partido.

5. – Primeiras Premissas

Com isso, pode-se ter como premissa que: O politicamente correto gera um
favorecimento dos sentimentos, deixando os fatos em segundo plano.

Podendo, assim, considerar que, esse movimento é um meio de controle de


comportamento e modo de alienar os indivíduos dos reais problemas de uma
sociedade.

Pode-se concluir que: O politicamente correto é, por tanto, uma medida


sentimentalista para resguardar os sentimentos das pessoas. É o favorecimento dos
sentimentos em relação aos fatos.

Através de tais conclusões é possível se afirmar que o politicamente correto gera


problemas para sociedade.

6. – Theodore Dalrymple

Theodore é um dos pseudônimos de Anthony Daniels, que é um ensaísta e


psiquiatra. O autor escreveu, em seu livro: Podres de Mimados – As consequências

5
do sentimentalismo tóxico, sobre a estreita relação entre o sentimentalismo e a
brutalidade.

De acordo com o mesmo: “Há uma geração de mimados, para quem os bens de que
goza custou muito pouco”. 

O livro trata de como o sentimentalismo e seu “culto” destruíram a capacidade
humana de pensar e de entender a importância de exercer o mesmo. Ou seja, os
indivíduos devem entender quais são as consequências sociais e políticas das ações
de uma sociedade que tem suas regras de conduta baseadas no sentimentalismo
(como, por exemplo, o politicamente correto).

A narrativa do livro - de acordo com o mesmo - serve como prova empírica da


existência do sentimentalismo e de como estamos sendo afetados pelo mesmo.

7.0 - Podres de Mimados

7.1.1 - Caso: Pupilos ou Estudantes.

Para entender o ponto do caso, deve-se perceber as diferenças entre pupilos e


estudantes.

Pupilos são pessoas dependentes dos professores para aquilo que aprendem. O professor
decidia o que era necessário ensinar para o aluno. Os estudantes, entretanto, já eram
pessoas dominantes de certas capacidades básicas e tinham determinado nível de
conhecimento. Seu aprendizado era mais autodirigido.

No livro, o autor conta sobre um professor que ensinava alunos com deficiência a se
tornarem o mais independentes possíveis (colocar a roupa, por exemplo), entendendo e
respeitando suas limitações. Certo dia, um órgão governamental empregou que as
crianças deveriam ser tratadas como estudantes.

Tal medida supunha uma premissa: Crianças com deficiências poderiam ter suas
condições alteradas (que suas realidades pudessem ser mudadas). 

Tal afirmação pode ser considerada inválida – uma falácia – , visto que pessoas que
nascem com síndrome de Down (doença gerada durante a fecundação), nunca
conseguiram mudar a realidade das limitações do problema que sempre terão, sendo
assim, a conclusão não pode ser considerada verdadeira. Destacando que, apesar de não

6
poderem mudar a realidade de suas limitações, não significa que não consigam se
desenvolver até determinado ponto – dependendo da gravidade ou intensidade do
problema.

O decreto dificultava a distinção das diferentes pessoas. Basicamente, bota em pé de


igualdade a pessoa que estava aprendendo a amarrar os sapatos à pessoa que estava
aprendendo física ou matemática. Em tese, o uso da palavra “estudante’ promoveria o
respeito por aqueles com graves deficiências (aumentando a inclusão). 

A mudança lexical, apesar de parecer inofensiva, causa um efeito dominó de ignorância.
A alienação das diferenças dificulta tanto na hora de compreender a sociedade quanto
no momento em que se deve encarar a subjetividade do individuo.

Confúncio, um grande filósofo e pensador político da China, uma vez declarou que:

“ Se a lingua não é correta, então aquilo que se diz não é o que se quer dizer; se o que se
diz não é o que se quer dizer, então que deve ser feito permanece por fazer; se isso
permanece por fazer; a moral e a arte vão deteriorar-se; se a justiça se perder, as pessoas
ficarão confusas. Por isso, não deve haver qualquer arbitrariedade naquilo que se diz.
Isso é mais importante que tudo.” - texto retirado do livro “Podres de Mimados"

Com tal pensamento, o filósofo visava retornar as palavras com suas reais conotações
(não tratando do caso específico de estudantes ou pupilos), visto que tal ação
influenciaria o conhecimento dos fatos, tornando possível o conhecimento da verdade.

7.1.2 - Conclusão do Caso: Pupilos ou Estudantes.

Segundo o autor, as mudanças na linguagem são tentativas de realizar um fim político -


um fim que se deseja, mas que sabe que é impossível.

Essa situação expõe o Ad Misericodiam, o apelo à misericórdia, quando a justificativa


para o decreto existir é de falar como é ofensivo e abala a autoestima daqueles que tem
deficiência de serem chamados de deficientes.

A reforma mostra que é mais importante resguardar a autoestima da criança do que


assegurar que a mesma domine uma capacidade ou conhecimento significativo. Tudo
isso vem de uma premissa que supõe que as crianças são psicologicamente frágeis, por

7
isso não aguentariam sofrer correção ou crítica (isso faz parte da falácia Ad
Misericordiam).

O caso conta sobre um de muitos exemplos que comprovam uma tendencia da


sociedade ao tal Sentimentalismo e como ele vai afetando a ignorância dos indivíduos.

7.2 - Consequência da Expressão Pública do Sentimentalismo

1) A expressão pública do sentimentalismo exige uma reação dos que a presenciam, e


tal reação deve ratificar a mesma, o individuo se submete a uma pressão social que o
intimida a tomar parte ou a se calar. Ser contra é entrar em confronto com a pessoa
sentimental e correr o risco de ser julgado e caluniado.

Para esse efeito ocorrer, a pressão social deve ter poder, o que geram exibições de
expressão exageradas e extravagantes, afetando, assim, a percepção objetiva da
intensidade dos problemas.

2) As exibições de sentimentalismo afetam as políticas públicas, pois permitem que o


governo manipule a sua população e deixe de enfrentar problemas de maneira lógica
e direta. O livro cita diversos casos onde uma pessoa é condenada pela mídia ou
investigada pela polícia quando algum crime acontece, por não demonstrar os
sentimentos desejados pela sociedade. Espera-se que uma mãe se mostre destruída
quando sua filha é sequestrada, caso contrário ela é acusada ou suspeita do crime.
Ignora-se a individualidade e a maneira que cada um tem de se expressar. Exigindo
dos demais reações não tão verdadeiras. Isso acaba sendo uma promoção da
desonestidade.

As duas consequências destacadas mostram que o sentimentalismo exige um padrão de


comportamento que se não for respeitado gera uma expulsão social do individuo. As
pessoas são incentivadas a não falarem que de fato pensam, por medo de rejeição, e a
agirem não como elas mesmas, mas como a sociedade demanda.

Esse é um classico exemplo de Ad Baculum (Apelo ao porrete), ele é um argumento que


se baseia na ameaça: Ou você se junta a onda sentimentalista e o que ela prega, ou você

8
será excluído socialmente e mal visto pela sociedade - podendo sofrer tanto agressões
verbais quanto físicas.

7.3 - O Culto a Vítima.

Uma das maiores bases que originaram o politicamente correto é o culto a vítima. Como
foi visto anteriormente, o Politicamente Correto nada mais é do que uma medida gerada
pelos sentimentalistas para resguardar seus sentimentos, não só na hora de relatar fatos,
mas na hora do uso da comédia (humor negro) ou de relatar pensamentos, expressar
opniões.

O culto a vítima, de acordo com o livro, é uma doutrina que, na realidade, é indiferente
com o sofrimento alheio, apesar de parecer ser o oposto. Ela exprime a ideia de que
todo sofrimento deve ser considerado a partir da estimativa do sofredor. Ou seja, sofre
mais aquele que mostra mais.

A doutrina começa quando a sociedade trata a vítima como algum tipo de herói,
independentemente do que tornou essa pessoa uma vítima (seja um xingamento, uma
agressão, um fora em rede nacional, ou até mesmo algo que tenha acontecido com seus
antepassados ou conterrâneos). Não só isso, mas tal doutrina pode ser considerada uma
apropriação do sofrimento alheio, sendo a mesma uma expressão do sentimentalismo.

É oferecida à vitima atenção, apoio social, compaixão e um pedestal, ou seja, um


exagero de coisas são feitas sem considerar as reais necessidades daqueles que
realmente sofreram.

Não é surpreendente, portanto, quando se aparecem pessoas com falsas histórias, afim
de atrair a admiração e as oportunidades que são oferecidas para aqueles que realmente
precisam, por serem vítimas reais. De acordo com o livro, são cada vez mais frequentes
aquelas pessoas que aparecem nas mídias com falsas histórias fantásticas ou dramáticas,
como por exemplo:

9
Uma mulher Belga chamada Misha Defonseca relatou uma história sobre seu passado
no Holocausto, sendo ela judia. Ela teria andado pela Europa Ocupada até a Ucrânia,
fazendo, até, amizade com lobos. O livro foi publicado em até 18 idiomas e também foi
transformado em uma Ópera Italiana e um filme francês. Anos depois a fraude foi
descoberta. Misha Defonseca era, na verdade, Monique De Wael, filha de pais católicos
que morava em Bruxelas. Seu pai era da residência Belga e foi capturado quando a
escritora tinha 4 anos, acredita-se que ele foi torturado até dedurar seus companheiros.
Monique cresceu com outros pais.

Quando o publico descobriu a verdade, a farsante respondeu que não era a verdadeira
realidade, mas a realidade dela.

Esse é mais um exemplo de como a verdade e os fatos são passados para trás quando o
“sentimento" está em jogo. O culto a vitima torna-se aceitável a pessoa tomar algo
como verdade, porque se sente de tal forma. Basicamente, por ela se sentir como se
tivesse passado por tudo que escreveu, isso se tornou uma realidade.

Não satisfeita somente com a resposta anterior, Monique apelou em explicar que tinha
dificuldades em diferencias a realidade do seu mundo interior. Depois disso a discussão
criou outro rumo, afinal, não é politicamente correto criticar, estigmatizar ou expressar
preconceito contra os doentes mentais. Sem parar por ai, ela continuou contando como
ela sofreu e foi maltratada, como sempre se sentiu judia.

O culto a vitima pode ser caracterizado, portanto, como a relação entre o


sentimentalismo, a brutalidade e o que isso gera. Uma pessoa que não sofre, teria
deficiências de caráter e sentimentos. Inclusive, a virtude nascia do sofrimento.

Vê-se, portanto, o nascimento da ideia que: “Somente a pessoa que viveu o sofrimento
tem o direito de falar dele; e foi o sofrimento que a investiu dessa autoridade especial.”

Passando tal contexto para a prática, o que a ideia exprime é que: Um sociólogo não
pode falar da pobreza, pois não vive nela, ou um psiquiatra não pode falar de loucura, já
que não é louco. Isso é uma falácia reduzida ao absurdo.

10
Apesar da visão ser logicamente inválida, os sentimentalistas a adotaram de tal forma
que tornou-se comum aceitar que a vítima é aquela que se crê vítima. Tal forma de
pensamento é considerada uma falácia de relevância, destacando o Ad Misericordiam.

7.4 - Conclusões do Livro

O livro aborda como, através de falácias Ad Baculum e Ad Misericordiam, os


sentimentalistas manipulam todo um movimento social, regrando o comportamento e
cortando a liberdade das pessoas. Através das observações do livro, podemos concluir
que: O sentimentalismo é nocivo para a sociedade. 


8.0 - Análise das Conclusões.

Primeira Premissa, formada no tópico 5: "O politicamente correto é, por tanto, uma
medida sentimentalista para resguardar os sentimentos das pessoas. É o favorecimento
dos sentimentos em relação aos fatos."

Segunda Premissa, formada no tópico 7.3: "O sentimentalismo é nocivo para a


sociedade"

Conclusão: Como o politicamente correto é uma vertente do Sentimentalismo, e o


mesmo é nocivo para a sociedade. LOGO, O politicamente correto é nocivo para a
sociedade.

Tal conclusão é válida formalmente, visto que apresenta uma estrutura de Modus
Ponens. O que a torna informalmente valida é a verdade por trás das premissas que
foram formadas com base no trabalho apresentado.

11
Bibliografia

Livros:

Dangerous – Milo Yiannopoulos

Evil in America – Ben Shapiro

Podres de Mimados – Theodore Dalrymple

Introdução à Lógica - Irving Copi

Internet:

BEN Shapiro - politicamente correto faz "sentimentos serem mais importantes do


que a realidade". 2017. Elaborada pela página: Diário da Insurgência. Disponível em:
<http://diariodainsurgencia.blogspot.com/2017/09/ben-shapiro-politicamente-correto-
faz.html>. Acesso em: 19 abr. 2019.

KIM KATAGUIRI. IREE - Instituto Para Reforma das Relações Entre Estado e Empresa.
“Isso me ofende!”: o principal argumento da esquerda pós-moderna. Disponível em:
<https://iree.org.br/o-principal-argumento-da-esquerda-pos-moderna/>. Acesso em:
19 abr. 2019.

LUIZA BANDEIRA. Jornal Nexo. De onde vem o "Politicamente Correto" e quais


suas conotações. 2019. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/
2018/01/14/De-onde-vem-o-%E2%80%98politicamente-correto%E2%80%99.-E-quais-
suas-conota%C3%A7%C3%B5es>. Acesso em: 10 abr. 2019.

12

Potrebbero piacerti anche