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CAPÍTULO 4 - ADORAÇÃO NA HISTÓRIA DA IGREJA

Após o tempo dos apóstolos a igreja continuou sendo perseguida, o que foi benéfico
para manter a simplicidade e santidade da igreja do Senhor. Porém logo mudanças
começaram a surgir tais como, padronização e estruturação para organizarem os
trabalhos, o que foi aos poucos diminuindo a liberdade dos cristãos e a ação do
Espírito Santo tão característicos da igreja primitiva.

Um documento bastante importante e que revela um pouco sobre a igreja desta


época é o Didaquê. Foi escrito entre 60 e 90 d.C., provavelmente na Palestina ou na
Síria e é, ao que parece, fruto de várias fontes orais e escritas e que retratam a
tradição das primeiras comunidades cristãs. É de senso comum que não tenha sido
escrito pelos apóstolos. Seu título é uma referência a Atos 2:42 “e perseveravam na
doutrina dos apóstolos”. Contém 16 capítulos que tratam sobre os 2 caminhos, o da
vida e o da morte, a proibição do aborto, do esoterismo e da astrologia, exortação à
unidade dos irmãos, a prática do batismo e da ceia do Senhor, os cuidados contra
falsos profetas e mestres, a existência de bispos e diáconos e sobre a volta do
Senhor.

Neste documento o evangelho de Jesus é recomendado e cita os seguintes livros do


Novo Testamento: Mateus, Lucas, I Coríntios, Hebreus, I Pedro, Atos dos Apóstolos,
Romanos, Efésios, Carta aos Tessalonicenses e Apocalipse.

Wikipédia, A Biblioteca Livre num artigo comenta: “A descoberta desse manuscrito,


na íntegra, em grego, num códice do século XI ( ano 1056 ) ocorreu somente em
1873 num mosteiro em Constantinopla, o chamado Codex Hierosolymitanus”.

Embora fosse uma boa liturgia aos poucos foi substituindo a livre direção dos cultos
dada pelo Espírito Santo, tranformando as reuniões em cultos formais, repetitivos, e
portanto frios e sem vida.

Um outro documento do ano 150 de Justino, o Mártir relata que o culto era no
domingo, reuniam-se todos os cristãos de uma cidade num mesmo lugar, liam os
escritos dos apóstolos ainda não canonizados, o presidente comentava e exortava
que todos seguissem o que foi lido, faziam orações, realizavam a Ceia do Senhor e
os que tinham recursos faziam suas ofertas.
Séculos II e III
Os séculos II e III são um período conhecido como “A Era dos Mártires”. Os cristãos
eram rejeitados e perseguidos pelos judeus que não aceitavam a Jesus, mas
também eram perseguidos pelos pagãos, pois o cristianismo era contrário aos seus
rituais religiosos aos seus muitos deuses. Ainda, ao contrário dos pagãos, os
cristãos não tinham templo, altar, sacrifícios, sacerdotes e nem imagens e esculturas
de seu Deus, e mesmo assim pregavam a superioridade do cristianismo em relação
ao paganismo.

Séculos IV e V
Depois de muitos cristãos morrerem por sua fé, o imperador Constantino em 313
concede liberdade total à igreja, o que levou a muitos serem cristãos, pois agora tal
posição era honrosa.
A partir dessa data as reuniões passam a ter um caráter imponente e suntuoso. Os
cristãos saíram das catacumbas e adentraram as basílicas para suas celebrações. E
a liturgia sofre forte influência da cultura romana. A Bíblia continua sendo a principal
fonte de inspiração, porém elementos do culto pagão foram introduzidos no
cristianismo tais como a prática de construir o templo voltado para o oriente para o
nascer do sol. A festa do natal entrou no lugar da festa do nascimento do deus sol
da religião pagã. Com o imperador Teodósio I em 380 d.C. o cristianismo se
converteu em religião oficial do Império Romano, e no fim do século IV os cristãos já
eram a maioria.

A Igreja no Início da Idade Média – anos 590 à 1073

Com a liberdade veio também a expansão do cristianismo por todo o império


Romano. E as grandes cidades tiveram também grandes igrejas e eram elas
Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Roma e Constantinopla.
Em 531 Justiniano utiliza o título de "patriarca" para designar exclusivamente os
bispos destas cidades. E estes deveriam estar sujeitos a autoridade do papa de
Roma.
A missa da igreja católica romana cada vez mais era executada pelos sacerdotes e
o povo estava cada vez mais expectante. Era realizada em latim, mesmo em outros
países que não falassem essa língua, o que distanciava ainda mais o povo da
adoração.
Neste período a idolatria que anteriormente começava a se manifestar tornou-se
comum e outros deuses passaram a ser adorados no culto que deveria ser exclusivo
ao Senhor. Robert Hastings Nichols comenta em seu livro A História da Igreja: O
culto que anteriormente começou a mostrar sinais de paganismo agora era
totalmente tomado por ele. Santos e a Virgem Maria tinham um lugar maior até do
que o próprio Deus.”
Quanto à Maria pensavam que por ser mãe e mulher demonstrava mais compaixão
e graça para com as pessoas, consideravam-na intercessora e protetora. Deus era
apresentado ao povo como Criador e Dominador supremo e Jesus como Juiz muito
severo.

Como consequência da idolatria, a condição moral e de caráter da igreja tornou-se


péssima. Embriaguez, adultério, venda dos cargos eclesiásticos tornaram-se
práticas comuns. Padres e freiras que haviam adotado o celibato, mantinham
relações sexuais dentro dos próprios mosteiros, para onde haviam se recolhido, a
fim de fugirem da depravação que permeava a sociedade.

Descontentes com a liderança papal, com os rumos que a igreja havia tomado os
patriarcas se opuseram a autoridade do papa gerando atritos que levaram a
separação.

Em 1054 houve a ruptura e surgiram duas igrejas: A Igreja Grega e seu chefe era o
patriarca de Constantinopla, e a Igreja do Ocidente que era a Romana, cujo chefe
era o papa.

Basicamente mantinham os mesmos costumes, porém na igreja Grega, havia mais


leitura da Bíblia e esta foi traduzida para a língua dos povos alcançados. Os ritos
também eram realizados na língua do povo.

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Os papas da igreja romana Gregório VII e Inocêncio III realizaram reformas, mas a
liturgia ainda continuava distante do povo e cada vez mais clerical. E um exemplo
era a Ceia que tornou-se a adoração da hóstia, que era vista de longe pelos fiéis;
para isto os padres adotaram o ato de elevar a hóstia e o cálice, e por ser o
momento mais importante dentro da missa, foi adotado um sino que era tocado
antes deste momento para que chamasse atenção para os elementos da ceia. A
adoração da eucaristia substituiu o verdadeiro sentido da Ceia do Senhor realizada
na igreja primitiva, e tirou o foco do verdadeiro sentido das reuniões do povo de
Deus.
Muitos outros artifícios foram incorporados a liturgia romana como o uso de velas,
vestes especiais para os sacerdotes, adoração aos santos, o culto aos mortos, o dia
de Corpus Cristi que se tornou mais importante até do que a própria Páscoa, e ao
longo dos anos outros itens foram acrescentados à prática litúrgica daquela que se
dizia igreja, e que a tornava muito diferente da que foi criada pelo Senhor Jesus.

Para isto muitos padres foram ordenados exclusivamente para rezar missas onde
aprendiam a liturgia conveniente a cada evento bem como toda a dramatização dos
gestos tais como sinal da cruz, genuflexões, e o andar sobre o altar. A liturgia
tornou-se um teatro religioso medieval e perdurou por muito tempo.

A adoração no período medieval era centralizada na missa como descrita acima e as


Escrituras Sagradas eram deixadas totalmente fora das celebrações. Somente o
papa era autorizado a interpretá-la e este elaborava alguns textos que eram lidos
nas missas.

Quanto a música e louvor neste período Samuel Fratelli comenta o seguinte: “A


música litúrgica no decorrer dos séculos foi ficando cada vez mais aprimorada, com
o uso da polifonia e da introdução do órgão nas catedrais. Porém, também foi
ficando cada vez mais complexa, mais focada na desenvoltura da execução musical
do que no seu conteúdo e objetivo primário. É claro que para o povo, o canto já não
tinha muito sentido, uma vez que era cantado em latim e eles não entendiam uma
palavra sequer do que era cantado. Mas com a complexidade, até o próprio
conteúdo lírico foi desprezado.”

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A Reforma

Com o passar dos anos surgiram homens que se levantaram contra estas práticas,
que enfrentaram a liderança papal por entenderem que a Bíblia deveria ser ensinada
ao povo. Alguns que se destacaram foram Roberto Grosseteste (1168-1253), John
Wycliffe (1320-1384) e John Huss (1369-1415). E quanto a isso podemos afirmar

como diz Samuel Fratelli: “em primeiro lugar a reforma protestante foi um movimento
de retorno às Escrituras. Sendo assim, a mudança na liturgia era essencialmente
necessária”. Estes homens foram precursores da Reforma de Martinho Lutero que
viveu entre 1483 e 1546 e fixou suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg.

Com a reforma vieram mudanças na liturgia, porém na tradição luterana muito do


que era praticado durante as missas permaneceram. O que não aconteceu na
reforma influenciada por Zuinglio, onde tudo foi mudado e até órgãos e música
instrumental foram excluídos para evitar a idolatria da própria música.

Porém Lutero por ser músico, teve atitude diferente e aprovava a música durante as
missas. Inclusive compôs hinos que foram usados em sua época e alguns perduram
até hoje, como o hino Castelo Forte de número 323 do hinário Cantor Cristão.
Samuel Fratelli menciona o seguinte sobre Lutero: “Ele é lembrado como aquele que
deu a Bíblia e o hinário ao povo alemão, na sua própria língua.”

A reforma protestante tinha como objetivo a volta às Sagradas Escrituras e uma


transformação na vida, na adoração e na doutrina.

Também deve ser lembrado João Calvino que fez parte da segunda geração de
reformadores, e seguiu o modelo de Zuinglio.
Porém Calvino estava insatisfeito com o modelo frio dos cultos sem cânticos, e
quando foi a Estrasburgo e pastoreou ali uma igreja, viu que eles cantavam salmos
na sua própria língua.
Assim, ele metrificou vários salmos em francês e usou melodias de Mattheus Greider
e Wolfgang Dachstein para cantá-los. Os salmos eram cantados pela congregação
em uníssono e sem acompanhamento

Com a Reforma foram estabelecidos slogans que tinham suas bases nos pontos
centrais da Reforma e que se tornaram referência para a fé evangélica.
Eram 5 pontos chamados 5 solas e que eram:
a ) Sola Scritura: somente a escritura, ou seja as canções deveriam ser a Palavra
de Deus cantada.
b ) Sola Fide: só a fé, era a questão de que a justificação era somente pela fé.
c ) Sola Gratia: somente pela graça, a salvação é totalmente de graça.
d ) Solus Christus: somente Cristo; o culto era Cristocêntrico
e ) Soli Deo Glória: somente à Deus a glória. A vida do cristão é para a glória de
Deus, como bem recomenda Paulo em I Co 10:31 Portanto, quer comais, quer
bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. E ainda em
Rm 11:36 “Porque todas as coisas são Dele, por Ele e para Ele. A Ele seja a glória
eternamente! Amém.”

Johann Sebastian Bach (1685-1750) que viveu neste período, era luterano e
dedicou-se a música e inclusive a música sacra, colocava no final de cada uma de
suas partituras a sigla S.D.G. ( Soli Deo Glória ) pois entendia que todo seu trabalho,
seja para utilização nos cultos ou na corte, primeiramente era para a glória de Deus.
Também é desta época George Friederic Handel que, após se trancar num quarto
por 23 dias escreveu um oratório de 260 páginas, e pôs o nome de O Messias, o
qual contém a obra tão cantada até hoje que é o Aleluia de Handel.

Sobre este período Earle E. Cairns em seu livro O Cristianismo Através dos Séculos
comenta o seguinte:
“A Reforma marcou o fim do controle de uma igreja universal. A Igreja Católica
Romana foi substituída por uma série de igrejas oficiais protestantes nacionais nas
regiões onde o protestantismo venceu. Os luteranos na Alemanha e na
Escandinávia. O calvinismo na Suíça, Escócia, Holanda, França Boêmia e Hungria.
Os ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana oficial. Os radicais da reforma, os
anabatistas, não haviam estabelecido igrejas oficiais, mas eram fortes em países
como a Holanda, o norte da Alemanha, e a Suíça; somente eles se opuseram à
união de Igreja e Estado e igualmente ao domínio papal.”

Como resultado da Reforma nasceram denominações que se diferenciavam umas


das outras em pontos como batismo ou predestinação, porém eram unânimes em
crer na salvação pela fé somente, na autoridade exclusiva da Bíblia como regra
infalível de fé e prática, e no sacerdócio dos crentes.

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