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A Lua é o único satélite natural da Terra[nota 1] e o quinto maior do Sistema Solar.

É o maior satélite natural de um


planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu corpo primário,[nota 2] tendo 27% do diâmetro e 60% da

densidade da Terra, o que representa 1 ⁄


81 da sua massa. Entre os satélites cuja densidade é conhecida, a Lua é o

segundo mais denso, atrás de Io. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de 4,51 mil milhões* de
anos[2], relativamente pouco tempo após a formação da Terra. Embora no passado tenham sido propostas várias
hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual atualmente é a de que a Lua tenha sido formada a partir dos
detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro corpo do tamanho de Marte.

A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma face visível, marcada
por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras de impacto. É o mais brilhante
objeto no céu a seguir ao Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura, com uma refletância pouco acima da do
asfalto. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de fases tornaram a Lua, desde a antiguidade, uma
importante referência cultural na língua, em calendários, na arte e na mitologia. A influência da gravidade da Lua
está na origem das marés oceânicas e ao aumento do dia sideral da Terra. A sua atual distância orbital, cerca de
trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe
cobri-lo por completo durante um eclipse solar total.

A Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já pisaram. O Programa Luna, da União
Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo
dos Estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem
tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira das quais a Apollo 11.
Estas missões recolheram mais de 380 quilogramas de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a
origem, história geológica e estrutura interna da Lua. Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas
por naves espaciais não tripuladas, como pela última sonda do programa soviético Lunokhod. Desde
2004, Japão, China, Índia, Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia enviaram sondas espaciais ao satélite
natural. Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de água gelada em crateras lunares
permanentemente escuras nos pólos e vinculada ao regolito lunar. Missões tripuladas futuras para a Lua foram
planejadas, através de esforços de governos e do financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado
no Tratado do Espaço Exterior, livre para todas as nações que queiram explorar o satélite para fins pacíficos.

Índice

 1Nome e etimologia

 2Formação

 3Características físicas

 3.1Estrutura interna

 3.2Geologia de superfície

 3.2.1Características vulcânicas

 3.2.2Crateras de impacto

 3.2.3Presença de água

 3.3Campo gravitacional

 3.4Campo magnético

 3.5Atmosfera

 3.6Estações

 4Relação com a Terra

 4.1Órbita

 4.2Aparência a partir da Terra

 4.3Efeitos nas marés


 4.4Eclipses

 5Estudo e exploração

 5.1Primeiros estudos

 5.2Exploração direta (1959–1976)

 5.2.1União Soviética

 5.2.2Estados Unidos

 5.3Pós-corrida espacial (1990-atualidade)

 5.4Astronomia

 5.5Estatuto jurídico

 6Impacto cultural

 7Ver também

 8Notas

 9Referências

 10Bibliografia

 10.1Leitura adicional

 11Ligações externas

Nome e etimologia
O termo em português Lua tem origem no latim Luna. Outro termo menos comum é selene, derivado do grego
antigo selene (Σελήνη), de onde o prefixo "seleno-" (como em selenografia) derivou-se.[3]

Formação
Ver também: Hipótese do grande impacto e Origem da Lua

Escala do tempo geológico lunar (milhões de anos antes do presente)

Impressão artística do impacto entre a Terra e Theia. Os destroços do impacto teriam posteriormente formado a Lua.

Têm sido propostos vários mecanismos para explicar a formação da Lua, a qual ocorreu há 4,527 ± 0,010 mil
milhões de anos atrás e entre 30 e 50 milhões de anos após a origem do Sistema Solar.[4] Uma pesquisa recente
propõe uma idade ligeiramente mais jovem, entre 4,4 e 4,45 mil milhões* de anos.[5][6] Entre os mecanismos
propostos estão a fissão da Lua a partir da crosta terrestre através de força centrífuga[7] (o que exigiria uma imensa
força de rotação da Terra),[8] a captura gravitacional de uma lua pré-formada[9] (o que exigiria uma
improvável atmosfera alargada da Terra capaz de dissipar a energia da passagem da Lua)[8] e a formação simultânea
da Terra e da Lua no disco de acreção primordial (que não explica o esgotamento de ferro metálico na Lua).[8] Estas
hipóteses também não conseguem explicar o elevado momento angular do sistema Terra-Lua.[10]

A hipótese que hoje em dia prevalece é a de que o sistema Terra- Lua se formou em resultado de um gigantesco
impacto, durante qual um corpo do tamanho de Marte, denominado Theia, colidiu com a
recém-formada proto-Terra, projetando material para a sua órbita que se aglutinou até formar a Lua.[11] Modelos
de computador do gigantesco cenário de impacto freqüentemente afirmam que mais de 60% da lua deveria ser feita
de material de Theia, mas a Lua e a Terra são um espelho de uma para o outra em sua composição, lançando dúvidas
sobre uma origem principalmente de material lunar extraterrestre e, portanto, a única explicação de impacto [12]. Essa
objeção intrigante pode ser resolvida se a lua se formar quando Theia atingir a Terra enquanto ela ainda era jovem e
coberta de rocha derretida.[13] Uma teoria de 2017 propõe que a lua é feita de mini-luas. Uma amálgama de
mini-luas explica por que a lua tem uma composição química terrestre. [14]

Dezoito meses antes de uma conferência sobre a possível origem da Lua em outubro de 1984, Bill Hartmann, Roger
Phillips e Jeff Taylor desafiaram os colegas cientistas ao dizer: "Vocês têm 18 meses. Voltem para os dados da Apollo,
voltem para os computadores, façam o que tiverem que fazer, mas decidam-se. Não venham para a conferência a
menos que tenham algo a dizer sobre o nascimento da Lua." Na conferência de 1984 em Kona, no Havaí, a hipótese
do grande impacto emergiu como a mais popular. "Antes da conferência havia partidários das três teorias
"tradicionais", além de algumas pessoas que estavam começando a considerar o impacto gigante como uma
possibilidade séria e havia um enorme grupo apático que achava que o debate jamais seria resolvido. Posteriormente,
havia essencialmente apenas dois grupos: os defensores do grande impacto e os agnósticos." [15]

Pensa-se que os impactos gigantes tenham sido comuns nos primórdios do Sistema Solar. As simulações em
computador do modelo do grande impacto são consistentes com as medições do momento angular do sistema
Terra-Lua e com o pequeno tamanho do núcleo lunar. Estas simulações mostram também que a maior parte da Lua
tem origem no corpo que embateu, e não na proto-Terra.[16] No entanto, há testes mais recentes que sugerem que a
maior parte da Lua se formou a partir da Terra, e não do impacto. [17][18][19]

Oceanus Procellarum ("Oceano das Tempestades"). Fossas tectônicas antigas – estrutura retangular (visível – topografia – gradientes

gravitacionais da GRAIL)

Os meteoritos mostram que os outros corpos do Sistema Solar interior, como Marte e Vesta, têm composições
isotópicas de oxigénio e tungsténio muito diferentes das encontradas na Terra, enquanto a Terra e a Lua têm
composições isotópicas praticamente idênticas. A mistura de material vaporizado entre a Terra e a Lua em formação
após o impacto poderia ter equilibrado as suas composições isotópicas, [20] embora isto ainda seja debatido.[21]

A grande quantidade de energia libertada no evento de grande impacto e a posterior aglutinação de material na
órbita da Terra teriam fundido a camada externa terrestre, formando um oceano de magma.[22][23] A
recém-formada Lua teria tido também o seu próprio oceano de magma lunar; cuja profundidade se estima ter sido
entre 500 km e o raio total da Lua.[22] Apesar da hipótese do grande impacto ser precisa na explicação de muitas
linhas de evidência, existem ainda algumas questões em aberto, a maioria delas sobre a composição da Lua. [24]
Em 2001, uma equipa do Instituto Carnegie de Washington divulgou a medição mais precisa das assinaturas isotópicas
de rochas lunares até à atualidade.[25] Para sua surpresa, descobriram que as rochas do programa Apollo
apresentavam uma assinatura isotópica idêntica à de pedras da Terra e diferente de quase todos os outros corpos do
Sistema Solar. Tratou-se de uma observação inesperada, uma vez que se acreditava que a maior parte do material que
entrou em órbita para formar a Lua fosse proveniente de Theia. Em 2007, um grupo de investigadores do Instituto de
Tecnologia da Califórnia anunciou que a probabilidade da Terra e de Theia terem assinaturas isotópicas idênticas era
inferior a 1%.[26] Uma análise de isótopos de titânio nas amostras lunares trazidas pela Apollo, publicada em 2012,
demostrou que a Lua tem a mesma composição que a Terra.[27]

Características físicas
Estrutura interna
Ver artigo principal: Estrutura interna da Lua

Estrutura lunar

Composição química do regolito lunar[28]

Composição (wt %)

Composto Fórmula

Mares Montanhas

sílica SiO2 45.4% 45.5%

alumina Al2O3 14.9% 24.0%

cal CaO 11.8% 15.9%

óxido ferroso FeO 14.1% 5.9%

óxido de magnésio MgO 9.2% 7.5%


dióxido de titânio TiO2 3.9% 0.6%

óxido de sódio Na2O 0.6% 0.6%

Total 99.9% 100.0%

A Lua é um corpo diferenciado: a sua crosta, manto e núcleo são distintos em termos geoquímicos. A Lua possui um
núcleo interno sólido e rico em ferro com 240 km de raio e um núcleo externo fluido composto essencialmente por
ferro em fusão e com um raio de aproximadamente 300 km. O núcleo é envolto por uma camada parcialmente em
fusão com um raio de cerca de 500 km.[29] Pensa-se que esta estrutura se tenha desenvolvido a partir da cristalização
fracionada de um oceano de magma global, pouco tempo depois da formação da lua, há cerca de 4,5 mil milhões de
anos.[30] A cristalização deste oceano de magma teria criado um manto máfico através de precipitação e
afundamento dos minerais olivina, piroxena e ortopiroxena. Após a cristalização de cerca de três quartos do oceano de
magma, tornou-se possível a formação de plagioclases que permaneceram à superfície, formando a crosta. [31] Os
últimos líquidos a cristalizar teriam inicialmente permanecido entre a crosta e o manto, com elevada abundância de
elementos incompatíveis e produtores de calor. [32] De forma consistente com esta hipótese, o mapeamento geoquímico
a partir de órbita revela que a crosta é composta principalmente por anortosito,[33] enquanto que as amostras
de rocha lunar dos rios de lava que emergiram à superfície a partir da fusão parcial do manto confirmam a
composição máfica do manto, o qual é mais rico em ferro do que o da Terra. [32] As análises geofísicas sugerem que a
crosta tenha em média 50 km de espessura.[32]

A lua é o segundo satélite mais denso do Sistema Solar, atrás apenas de Io.[34] No entanto, o seu núcleo interno é
pequeno, com um raio de apenas 350 km ou menos,[32] o que corresponde apenas a cerca de 20% da sua dimensão,
em contraste com os cerca de 50% da maior parte dos outros corpos terrestres. A sua composição não está ainda
confirmada, mas é provavelmente de ferro metálico ligado com uma pequena quantidade de enxofre e níquel. A
análise da rotação da Lua indica que o núcleo se encontra num estado de fusão, pelo menos parcialmente.[35]

Geologia de superfície
Ver artigos principais: Geologia da Lua e Rocha lunar

Topografia da Lua. Note a região da Bacia do Polo Sul-Aitken, à esquerda, onde se encontram as menores altitudes do relevo lunar.

A topografia da Lua tem sido medida através de altimetria laser e análise estereoscópica.[36] A característica
topográfica mais proeminente é a Bacia do Polo Sul-Aitken, com cerca de 2240 km de diâmetro, o que faz dela a
maior cratera lunar e a maior cratera conhecida do Sistema Solar. [37][38] Com 13 km de profundidade, a sua base é
o ponto de menor altitude na Lua.[37][39] Os pontos de maior altitude encontram-se imediatamente a nordeste,
tendo sido sugerido que esta área possa ter sido formada através do próprio impacto oblíquo na superfície que deu
origem à bacia.[40] As outras bacias de impacto de grande dimensão, como os
mares Imbrium, Serenatis, Crisium, Smythii e Orientale, possuem igualmente pouca altitude e orlas elevadas.[37] A
face oculta da lua tem uma altitude média cerca de 1,9 km superior à face visível.[32]

Características vulcânicas

Ver artigo principal: Mare (Lua)

As planícies lunares escuras e relativamente desertas que podem ser facilmente observadas a olho nu são
denominadas mares (ou maria em latim, singular mare), uma vez que os astrónomos da Antiguidade acreditavam que
continham água.[41] Sabe-se hoje que são vastos depósitos de antiga lava basáltica. Embora semelhantes aos basaltos
terrestres, os basaltos dos mares têm uma abundância muito maior de ferro, ao mesmo tempo que não possuem
quaisquer minerais alterados pela água. [42][43] A maioria destas lavas afluiu ou foi projetada para as depressões
formadas por crateras de impacto, uma vez que eram as regiões de menor altitude da topografia lunar. Na orla dos
mares, encontram-se várias províncias geológicas com vulcões-escudo e domos lunares.[44]

Os mares encontram-se quase exclusivamente na face visível da Lua, cobrindo 31% da sua superfície, [45] enquanto que
na face oculta são raros e apenas cobrem 2% da superfície.[46] Pensa-se que isto seja devido à concentração de
elementos produtores de calor na face visível, observada em mapas geoquímicos obtidos através
de espectómetros de raios gama, a qual poderia ter provocado o aquecimento, fusão parcial, subida à superfície e
erupção do manto inferior.[31][47][48] A maior parte dos basaltos presentes nos mares surgiu durante erupções no
período ímbrico, há cerca de 3-3,5 mil milhões de anos, embora algumas amostras datadas através de radiometria
sejam de há 4,2 mil milhões de anos,[49] enquanto que as erupções mais recentes datam de há apenas 1,2 mil milhões
de anos.[50]

As regiões mais claras da superfície lunar são denominadas terrae ou montanhas, uma vez que são mais elevadas do
que a maior parte dos mares. Têm sido datadas, através de radiometria, de há 4,4 mil milhões de anos, e podem
representar cumulatos de plagioclase do oceano de magma lunar.[49][50] Em contraste com a Terra, pensa-se que
nenhuma das principais cadeias montanhosas da Lua tenha sido formada em consequência de eventos tectónicos. [51]

A concentração de mares na face visível é provavelmente o reflexo de uma crosta substancialmente mais espessa nas
montanhas da face oculta, as quais podem ter sido formadas durante o impacto a pouca velocidade de uma segunda
lua terrestre poucas dezenas de milhões de anos após a formação das próprias luas.

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